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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

FACULDADE DE PSICOLOGIA
CURSO DE FÉRIAS – PSICOLOGIA SOCIAL II
IDENTIFICAÇÃO DA(O) ESTUDANTE
NOME COMPLETO:
POLLYANNA FURTADO LIMA
MATRÍCULA: 22060237
DATA: 04.01.2022
REPORTAGEM ESCOLHIDA PELA/O ESTUDANTE

'Holocausto Brasileiro' documentário mostra barbárie em hospital psiquiátrico em


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que se propunha a deixá- do hospital, parentes de ex-
internados, além de jornalistas e cineastas
las vivas – a melhorá-las. O que era para deixá-las melhor, as destruiu. que denunciaram a violação dos
direitos
(Momento humanos
do filme: 1:05:29 ocorridos
– 1:06:20)naquela época. Tais temas encontram ressonâncias
em conceitos debatidos ao longo da disciplina de Psicologia Social II,
principalmente os conceitos apresentados no livro Manicômios, prisões e
conventos, de Erving Goffman e as perspectivas de poder, saber e controle da
loucura de Michel Foucault, apresentados por Roberto Machado em Por uma
genealogia do poder, bem como de conceitos apresentados no artigo História
da Loucura de Michel Foucault como uma “História do outro”, de Rafael
Haddock-Lobo. Alguns pontos a seres destacados são: 1. formas de aniquilação
do sentido do eu; 2. das contaminações física e simbólica nas instituições totais
e violação da intimidade e 3. sobre a desmoralização do interno através da
exploração do trabalho. A metodologia utilizada é a descrição direta e indireta
de trechos dos depoimentos, seguida de análise dos discursos.
O início do filme é marcado por um silêncio carregado de sentido, e
imagens panorâmicas dos pavilhões vazios do Centro Psiquiátrico de Barbacena
são alternadas por fotografias em preto e branco, retratando o cotidiano dos
internos, num jogo de imagens que lança luz no presente e no passado da
instituição. Criado em 1903, o hospital foi o cenário de uma história de
extermínio entre 1930 e 1980. Os pacientes chegavam de trem e eram, na maior
parte, esquecidos no local. Cerca de 60 mil morreram por conta das condições
precárias.
1. Várias formas de aniquilação do eu em uma instituição total
O depoimento de Walkiria Monteiro, ex-enfermeira do hospital, denuncia o
descaso e o processo de degradação aos quais os internados estavam
submetidos. Ela se refere a instituição como um depósito de gente, pois não
tinha condições mínimas de higiene e de atendimento para suprir as
necessidades dos internos. E é nesse ponto que a questão da degradação do eu
se apresenta conforme indica Goffman no ensaio sobre instituições totais.
Segundo ele,

Entre

Entre os muitos processos de mortificação do eu, o autor fala daqueles


provocados pela barreira institucional entre mundo interno e externo, o que
causa o despojamento de papéis sociais. Um exemplo é o caso dos meninos de
Oliveira, pois quando o Hospital de Psiquiatria Infantil de Oliveira foi
desativado, cerca de 140 crianças foram levadas para o Hospital Colônia.
Antônio da Silva, ex-menino de Oliveira, relata a violência e os maus-tratos que
sofreu no hospital. Ele diz que sofria castigos físicos, levava choques,
apanhava, andava pelado e sem nenhum cuidado. Ele foi praticamente
abandonado pela família e demonstra clara consciência da brutalidade da qual
foi vítima. Isso revela muito do grau de degradação humana a que chegaram os

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