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RESOLUÇÃO Nº 001/05 – CME/ PRIMAVERA DO LESTE-MT

Fixa normas para a oferta da Educação Básica


no Sistema de Ensino de Primavera do Leste,
Estado de mato Grosso.

O Conselho Municipal de Educação de Primavera do Leste, Estado de


Mato Grosso, no uso de suas atribuições, em cumprimento ao disposto no
artigo 209 e seus incisos da Constituição Federal e na Lei 9394/96, e
considerando a necessidade de rever e consolidar dispositivos referentes às
normas para o credenciamento de estabelecimentos de ensino e autorização de
cursos dispostos para o Sistema Municipal de Ensino, bem como dar novas
providências, e por decisão da Plenária de 16/08/2005,

RESOLVE:

CAPÍTULO I
Das Disposições Preliminares

ART. 1º- O funcionamento de Estabelecimentos de Ensino de Educação


Básica nas diversas etapas e modalidades de ensino dependerá de criação
formalizada e credenciamento do estabelecimento de ensino, bem como de
autorização das etapas da educação básica e/ou modalidades de ensino,
conforme o disposto nesta resolução.

ART. 2º- O credenciamento, processo de institucionalização de entidades


educacionais, assegura o cadastramento das mesmas no Conselho Municipal
de Educação, possibilitando à mantenedora solicitar autorização das etapas
e/ou modalidades de ensino que pretende oferecer.
ART. 3º- O recredenciamento é o ato de renovação do credenciamento,
mediante processo devidamente formalizado.

ART. 4º- Autorização é o ato emitido pelo Conselho Municipal de Educação,


de caráter temporário, pelo qual a mantenedora pública ou privada inicia a
oferta de etapas e/ou modalidades de ensino da educação básica.

Parágrafo Único – A autorização dar-se-á para cada etapa e/ou modalidade


de ensino da educação básica, podendo a solicitação ser feita através de
processo único, desde que contemple os respectivos Planos de Curso em
separado, conforme disposto nesta Resolução e normas específicas vigentes.

ART. 5º- A solicitação de natureza desta Resolução será formalizada ao


Conselho Municipal de Educação pelo mantenedor, quando entidade privada,
e pelo dirigente escolar, quando entidade pública.

Parágrafo Único – O funcionamento de escolas estaduais e municipais, por


ser dever inerente ao Poder Público, poderá ocorrer imediatamente ao ato de
criação, devendo os processos de credenciamento do estabelecimento de
ensino e de autorização das etapas e/ou modalidades de ensino serem
encaminhados ao CME/PVA DO LESTE/MT, no prazo máximo de 120 dias
da data de início das atividades.

ART. 6º- Todo estabelecimento de ensino público municipal de Educação


Infantil Ensino Fundamental, e privado de Educação Infantil em
funcionamento fica sujeito à supervisão, fiscalização e avaliação do Sistema
Municipal de Ensino.

CAPÍTULO II
Da Criação de Escolas Públicas Municipais e Privadas

ART. 7º- A criação de escolas públicas municipais dar-se-á por Decreto do


poder Executivo municipal, mediante processo instruído e encaminhado à
Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esportes e Lazer, com os
seguintes documentos e informações:
I- Requerimento do representante da Secretaria Municipal de
Educação, Cultura, Esporte e Lazer, ao Conselho Municipal de
Educação, solicitando a criação da Unidade Escolar;
II- Justificativa fundamentada da solicitação;
III- Indicação das etapas e/ou modalidades de ensino pretendidas;
IV- Previsão de: início, número de alunos, turmas e turnos de
funcionamento, recursos humanos habilitados e disponíveis;
V- Forma de implantação: imediata ou gradativa;
VI- Biografia do patrono ou histórico da denominação escolhida;
VII- Previsão de instalações e informações referentes ao prédio,
equipamentos e materiais pedagógicos adequados à etapa e/ou
modalidades de ensino pretendidas, endereço completo, número de
dependências e a que se destinam, capacidade de atendimento, área
construída, área livre e quadra de esporte, se é próprio ou não
juntando-se, preferencialmente, a planta baixa e acrescentando-se na
2ª hipótese, contrato de locação ou termo de comodato ou
comprovante de doação.

Parágrafo Único – Recomenda-se, no que pertine às instalações, que as salas


de aula atendam ao correspondente de 1,30m2 (um metro quadrado e trinta
centímetros) por aluno e área livre com capacidade para até 500 alunos, no
mínimo de 500 m2 dos quais 50% ( cinqüenta por cento) sejam destinados à
quadra poliesportiva.

ART. 8º- A criação de escolas privadas dar-se-á por ata da reunião dos
representantes legais da mantenedora, publicada em D.O.M ou jornal de
grande circulação, em que se consigne o interesse dos mesmos pela
manutenção de uma unidade escolar, bem como o cumprimento dos requisitos
dos incisos II, III, VII e Parágrafo Único, do artigo anterior.

CAPÍTULO III
Do Credenciamento e Recredenciamento de Estabelecimentos de
Educação Básica
ART. 9º- Para a oferta da Educação Básica a mantenedora, ou dirigente
escolar, conforme a instância, poderá solicitar o credenciamento do
estabelecimento de ensino por 04 (quatro) ou 06 (seis) anos, conforme as
condições em que se encontra.

ART. 10 – O credenciamento de estabelecimento de ensino públicos e


privados, por 04 (quatro) anos dar-se-á pelo Conselho Municipal de Educação,
mediante a comprovação de atendimento dos requisitos seguintes:
I- Da entidade mantenedora e dirigentes escolares:
a) Requerimento dos responsáveis legais da mantenedora, ou dirigente
escolar, conforme a instância à Presidência do Conselho Municipal de
Educação, solicitando o credenciamento do Estabelecimento de Ensino;
b) Denominação e Endereço da mantenedora;
c) Documentos de constituição da empresa no caso de entidade privada:
 ato de constituição na Junta Comercial do Estado ou estatuto
vigente, ata de eleição e de posse da atual diretoria registrados,
quando se tratar de entidades societárias, ou documentação
comprobatória de outras formas de constituição;
 ata de alteração dos objetivos sociais ou da natureza jurídica,
quando houver, registrada;
d) Documento de inscrição da mantenedora no CNPJ, INSS, FGTS e
Fazenda Municipal no caso de entidade privada;
e) Documentos de idoneidade dos responsáveis pela mantenedora no caso
de entidade privada, e dirigentes no caso de entidade pública mediante:
Certidões negativas da Justiça Federal e Estadual (ações criminais)
execução e de Protestos e Títulos;
f) Documento que comprove a aquisição ou doação dos bens patrimoniais
e equipamentos disponíveis;
g) Documento de qualificação dos dirigentes do estabelecimento de ensino
público e privado – Curriculum Vitae simplificado, acompanhado dos
principais títulos de escolaridade e formação profissional;
h) Alvará de Funcionamento.

II – Do Estabelecimento de Ensino Público e Privado:


a) Identificação: denominação e endereço, incluindo das salas anexas,
quando houver;
b) Biografia do Patrono ou histórico da denominação escolhida;
c) Documentos de constituição: cópia do Ato legal que cria o
estabelecimento de ensino, e alterações posteriores;
d) Objeto da solicitação: Indicação das etapas ou modalidades de ensino
pretendidas formas de oferta, previsão de início de funcionamento,
regime de implantação, capacidade e previsão de atendimento (número
de alunos, de turnos e turmas);
e) Estudo da viabilidade econômica, quando entidade privada;
f) Relação dos equipamentos específicos e mobiliários existentes,
equipamentos laboratoriais e outros;
g) Indicação do acervo bobliográfico em número de volumes de livros e
periódicos disponíveis na biblioteca;
h) Escritura quando prédio próprio ou contrato de locação ou cedência,
com o prazo mínimo de 04 (quatro) anos;
i) Projeto de execução, constando prazo de construção, quando houver
reforma, ampliação ou obra ainda não acabada, assinado por
profissional habilitado;
j) Documentos de estruturação física:
 Planta de localização do edifício no terreno ou croqui, com
indicação da área livre e coberta e os afastamentos vizinhos
assinada por profissional habilitado e no caso de croqui pelo
diretor secretário e Conselho Deliberativo da Comunidade
Escolar ou similar;
 Planta baixa do edifício ou croqui em que funcionará a etapa e ou
modalidade de ensino, com a indicação, pelo menos , do pé
direito abertura para iluminação e ventilação, localização das
salas de aula, biblioteca, sala de professores, salas de
administração, sanitários e área coberta para recreação, prática
desportiva e abrigo, ajustada ao plano da escola e à população
escolar, devidamente assinada por profissional habilitado e no
caso de croqui pelo diretor e secretário e Conselho Deliberativo
da Comunidade Escolar ou similar;
 Laudo técnico expedido pelo órgão de vigilância sanitária ou
engenheiro sanitarista com referência a:
- condições de salubridade e higiene da área escolar;
- condições dos reservatórios e qualidade da água;
- destinação do lixo;
- sistema de esgoto ou fossa séptica.
 Laudo técnico expedido pelo setor de urbanismo ou equivalente
do poder público ou engenheiro civil habilitado, com referência
a:
- área apropriada para localização do estabelecimento;
- instalações das redes elétrica e hidráulica; condições de
segurança quanto ao acesso e a circulação nas áreas
internas e externas;
- espaço de lazer, recreação e educação física adequados
aos turnos de funcionamento das etapas e/ou modalidades
ofertadas;
- existência de dispositivos de prevenção contra sinistros
abastecidos;
- adequação das barreiras arquitetônicas a fim de garantir o
acesso do portados de deficiência física, tais como:
rampas de acesso, colocação de barras de apoio,
banheiros adaptados e alargamento de portas;

Parágrafo Único – Havendo restrições quanto a qualquer item dos Laudos


técnicos, os mesmos deverão estar acompanhados de cronograma de execução
dos serviços para adequação e justificativa fundamentada das especificidades
locais, assinada pela mantenedora quando privada e, quando entidade publica,
pela direção e Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar ou similar.

ART. 11- o CREDENCIAMENTO DE Estabelecimentos de ensino públicos e


privados, por 06 (seis) anos será emitido pelo Conselho Municipal de
Educação mediante a comprovação de atendimento dos requisitos exigidos no
artigo anterior e mais os contemplados nos incisos abaixo:

I – Da entidade mantenedora e dirigentes escolares:


a) Documentos que comprove a regularidade fiscal e para-fiscal da pessoa
jurídica, no caso de entidade privada, mediante Certidões Negativas de
débitos:
- Receita Federal;
- FGTS;
- ISS;
- INSS;
- Justiça Federal ( ações cíveis);
- Protesto de Títulos;
b) Documentos de estruturação patrimonial e financeira:
- Balanços patrimoniais e demonstrativos financeiros dos
últimos três anos, quando instituições privadas em funcionamento;
- Certidão de registro de imóveis, de propriedade e posse da
mantenedora ou de imóveis a serem transferidos para esta, de acordo com o
cronograma;
- Laudo de avaliação dos Bens Patrimoniais assinado por
profissional habilitado.

Parágrafo Único - Em caso de Certidões Positivas poderão ser


apresentados os termos de acordo, parcelamento dos débitos e/ou
documentos que comprove o questionamento jurídico.

II - Do Estabelecimento de Ensino Público e privado:


a) Descrição do local equipamentos par os laboratórios essenciais: ciências,
línguas e informática.
b) Documentos de estruturação física:
- Planta de localização do edifício no terreno e palnta
baixa, assinada por profissional habilitado;
- Laudo técnico expedido pelo órgão de Vigilância Sanitáia
ou engenheiro sanitarista nos termos do artigo anterior, sem
restrições;
- Laudo Técnico expedido pelo setor de urbanismo ou
engenheiro civil, nos termos do artigo anterior sem
restrições, contendo ainda:
- Indicação do estado de conservação do prédio escolar
destacando piso, paredes, janelas, vidros e telhados, sem restrições;
- Indicação do estado de conservação dos equipamentos e
mobiliários existentes, sem restrições;
- Comprovação da existência do espaço físico para a
biblioteca e condições de uso.

ART. 12 - Para garantir a continuidade da oferta, a mantenedora ou


dirigente escolar, conforme a instância, deverá solicitar o recredenciamento
por 06 (seis) anos, 120 (cento e vinte) dias antes de findar o prazo
concedido no ato de credenciamento, mediante processo instruído
conforme o disposto nos artigos 10 e 11 desta resolução, acrescentando a
cópia do ato e credenciamento do estabelecimento de ensino.

Parágrafo Único - Os estabelecimentos de ensino públicos e privados,


uma vez credenciados por 04 (quatro) anos, deverão progredir na busca dos
requisitos para o recredenciamento por 06 (seis) anos.

ART. 13 - O credenciamento ou o recredenciamento será precedido de


Verificação Prévia, a ser feita a pela Comissão do Conselho Municipal de
Educação do Município.

§ 1º - A verificação Prévia para o credenciamento ou recredenciamento


objetivará ao CME o exame de dados que comprovem a organização
jurídica da mantenedora e as condições físicas do estabelecimento de
ensino, em conformidade com o estabelecido na presente resolução.

§ 2º - A verificação prévia deverá ser realizada em tempo não superior a 60


(sessenta) dias, a contar da data do protocolo inicial do processo.

ART. 14 - Realizada a Verificação Prévia, referente ao credenciamento ou


recredenciamento, a Comissão do CME do Município encaminhará o
processo ao Conselho Municipal de Educação, acompanhado do respectivo
Relatório Técnico, circunstanciado, datado e assinado.

ART. 15 - O Conselho Municipal de Educação, à vista do Relatório de


Verificação Prévia, da comprovação do cumprimento dos requisitos
previstos no Capítulo III desta Resolução e das disposições das normas
específicas pertinentes, emitirá um Parecer conclusivo sobre o pedido em
reunião plenária.

§ 1º - Havendo irregularidades a serem sanadas, o processo será devolvido


a parte interessada, sendo fixado um prazo de até 60 (sessenta) dias para o
seu retorno ao Conselho Municipal de Educação, para reanálise.

§ 2º - O não cumprimento da diligência, no prazo pré-fixado para o devido


saneamento, incorrerá na cessação de trâmite por decurso do prazo.
§ 3º - A declaração de cessação de trâmite, por decurso do prazo,
implicará, quando da oferta irregular, nas penalidades previstas nesta
resolução e demais legislações vigentes.

§ 4º - Havendo parecer favorável do Plenário do Conselho Municipal de


Educação, será emitida Portaria de Credenciamento ou de
recredenciamento.

CAPÍTULO IV
Da autorização e renovação da autorização dos cursos
da Educação Básica

ART. 16 - Os processos relativos à solicitação de autorização para a oferta


de etapas e/ou modalidades de ensino de escolas privadas serão
encaminhados da seguinte forma:
- O Processo referente à Educação Infantil será protocolado no Conselho
Municipal de Educação (por ser esta modalidade de ensino da competência
do município) pela mantenedora, no mínimo 120(cento e vinte) dias antes
da data prevista para início das matrículas em caso de escola nova ou do
vencimento do prazo de autorização no caso de renovação da autorização.
- O processo referente às outras etapas e/ou modalidades (Ensnio
Fundamental e Médio) será protocolado na Assessoria Pedagógica do
Município ( por serem estas modalidades de competência do Estado) pela
mantenedora, no mínimo 120 (cento e vinte) dias antes do início das
matrículas ou do vencimento do prazo de autorização anterior.

ART. 17 - A mantenedora ou dirigente escolar, conforme a instância


deverá solicitar a autorização das etapas e/ou modalidades de ensino, por
04 (quatro) ou 06 (seis) anos, mediante apresentação de processo em 01
(uma) via, com páginas numeradas e rubricadas, ao Conselho Municipal de
Educação.

ART. 18 - O Conselho Municipal de Educação emitirá a autorização das


etapas e/ou modalidades de ensino por 04 (quatro anos, mediante processo
instruído com os documento e informações, organizados sequencialmente,
conforme os itens destacados a seguir:
I - Requerimento de solicitação de autorização de funcionamento da etapa
e/ou modalidade de ensino pretendida à Presidência do Conselho
Municipal de Educação, contendo denominação e endereço do
estabelecimento de ensino;
II- Cópia do ato de criação, do credenciamento do estabelecimento de
ensino (ou processo de credenciamento concomitantemente) e da
autorização dos cursos oferecidos, quando se tratar de estabelecimento em
funcionamento;
III- Proposta do Projeto Político Pedagógico incluso o Regimento Escolar
elaborada conforme as normas vigentes, contendo no mínimo:

a) Do objeto da solicitação:
- Etapa e/ou modalidade de ensino pretendida;
- Justificativa da solicitação;
- Forma de implantação: imediata ou gradativa;
- Início do funcionamento;
- Regime de implantação;
- Previsão de atendimento (número de alunos, turmas e turnos);
b) Da Escrituração Administrativa:
- Indicação da modalidade de escrituração escolar e de arquivo
com a relação de toda a documentação pertinente;
- Relação de livros, impressos, fichas e outras formas de
escrituração existente;
- Quadro do corpo docente co indicação de nome, habilitação
profissional, área de atuação, permitindo-se, no máximo 25% (vinte e cinco
por cento) dos profissionais em busca da qualificação adequada, quando se
tratar de município que apresente ausência de recursos humanos
devidamente habilitados para as áreas do conhecimento;
- Relação da equipe técnico-administrativa com indicação da
respectiva qualificação profissional, sendo o Secretário com habilitação
mínima de Ensino Médio, o Diretor e a equipe técnico-pedagógica
habilitados em Ensino Superior ou cursando-o.
c) Da Estruturação Pedagógica:
- Filosofia e objetivos da etapa e/ou modalidade de ensino;
- Fundamentação legal e político-pedagógica;
- Requisitos de acesso do aluno;
- Organização curricular no termos das Diretrizes Curriculares
Nacionais;
- Matriz curricular e calendário escolar do ano de início;
- Critérios de aproveitamento de estudos, progressão parcial,
adaptação, avaliação, promoção e recuperação;
- Recursos materiais e didático-pedagógicos disponíveis para a
etapa e/ou modalidade de ensino pretendida;
- Instalações e equipamentos disponíveis para a etapa e/ou
modalidade de ensino;
- Indicação do acervo bibliográfico, em número de volumes de
livros e periódicos existentes.

ART. 19 - A autorização de etapas e/ou modalidades de ensino, por 06 (seis)


anos, dar-se-á mediante processo contendo o disposto no artigo anterior
e mais os seguintes requisitos:
- Quadro do corpo docente com indicação de nome, habilitação
profissional, área de atuação, constando professores devidamente
habilitados;
- Relação da equipe técnico-administrativa com indicação da respectiva
qualificação profissional, sendo o secretário com habilitação mínima e
Ensino Médio, diretor e equipe técnico-pedagógica habilitados em
Ensino Superior;
- Indicação do acervo bibliográfico classificado por área do
conhecimento da Base Comum Nacional e número de exemplares
disponíveis e suficientes para a etapa e/ou modalidade de ensino
pretendidas;
- Relatório de freqüência dos alunos à biblioteca, dos últimos três
meses, indicando o número de consultas, pesquisas e empréstimos de
exemplares, quando se tratar de estabelecimento de ensino em
funcionamento;
- Projeto Político Pedagógico incluso o Regimento Escolar, discutido e
aprovado pala comunidade escolar, quando pública, e amplamente
divulgado, quando privada, constando cópia da ata da reunião em que
ocorreu a aprovação e/ou alterações.

ART. 20 - Para continuidade da oferta em curso, a mantenedora ou dirigente


escolar conforme o caso deverá solicitar a renovação da autorização, no
mínimo 120 (cento e vinte) dias antes de findar o prazo da autorização,
conforme o disposto no capítulo IV desta resolução.

ART. 21 - Nos casos em que o prazo de novos atos de autorização ou de


renovação de autorização ultrapassar o prazo de vigência do credenciamento
ou recredenciamento, a mantenedora o dirigente escolar, conforme a instância,
deverá comprovar as exigências dispostas no Capítulo III desta resolução, para
efeito de prorrogação do credenciamento ou recredenciamento, mediante
processo formalizado concomitantemente, ao Conselho Municipal de
Educação.

Parágrafo Único - Em não sendo possível a prorrogação concomitante, o


prazo do ato de autorização e/ou renovação de autorização dever´pa coincidir
com o prazo vigente do credenciamento ou recredenciamento.

ART. 22 - O Ato de autorização ou de renovação de autorização é


condicionado à Verificação Prévia realizada pela Comissão do Conselho
Municipal de Educação do Município ou órgão delegado, conforme
formulário próprio elaborado pelo Conselho Municipal de Educação,
atestando o cumprimento dos requisitos para a autorização e informações
detalhadas sobre os seguintes aspectos:
I- Escrituração escolar e arquivos, físicos ou virtuais, que assegurem a
verificação da identidade de cada aluno, professor e demais funcionários, bem
como a regularidade e autenticidade do processo escolar, de forma a
apresentar:
a) Requerimento da matrícula;
b) Fichas individuais das séries, etapas, períodos, segmentos ou ciclos
cursados e histórico escolar;
c) Xerox da carteira de identidade, certidão de nascimento ou
casamento;
d) Arquivo individual do aluno com documentação e assentamentos
necessários;
e) Arquivo individual do professor e demais funcionários, contendo os
assentamentos e documentos comprobatórios da sua situação funcional e
habilitação, documentação pessoal e endereço atualizado;
f) Relação de livros, fichas, impressos e outras formas de escrituração
existente;
g) Registro de freqüência dos professores, equipe técnica e funcionários,
por ano letivo;
i) registro de freqüência diária dos alunos e processo de avaliação
efetuado.
II- Informações sobre o Regimento Escolar atualizado conforme as normas
vigentes;
III- Descrição de regularidade do currículo pelo oferecido: operacionalização
da matriz curricular e calendário escolar no caso de instituição em
funcionamento;
IV- Compatibilização do quadro de pessoal docente e técnico-administrativo,
apresentado no processo, e o operacionalizado na escola, no caso de
instituição em funcionamento;
V- Comprovação do estado de conservação do mobiliário, equipamentos,
recursos pedagógicos e acervo bibliográfico, descritos no processo e os
existentes e disponíveis para o curso;
VI- Análise do desempenho escolar, a partir dos dados de aprovação, evasão e
repetência, quando instituição em funcionamento.

§ 1º - A Verificação Prévia realizada pela Comissão do Conselho Municipal


de Educação deverá ser concluída em tempo não superior a 60 (sessenta) dias,
a contar da data do protocolo inicial do processo.

§ 2º - A verificação Prévia objetivará, ao CME, o exame de dados que


comprovem as condições pedagógicas para o funcionamento da etapa e/ou
modalidade de ensino a ser autorizada.

ART. 23 - Realizada a Verificação Prévia, a Comissão do CME encaminhará


o processo ao Conselho Municipal de Educação, com o respectivo Relatório
Técnico Circunstanciado, datado e assinado.

ART. 24 - O CME, à vista dos autos, Relatório de Verificação Prévia, das


disposições desta resolução e normas específicas, conforme o caso, emitirá um
Parecer conclusivo sobre o pedido em reunião plenária.

§ 1º - Havendo irregularidades a serem sanadas, o processo será devolvido a


parte interessada, sendo fixado um prazo de até 60 (sessenta) dias para o seu
retorno ao CME, para reanálise;
§ 2º - O não cumprimento da diligência no prazo pré-fizado incorrerá na
cessação do trâmite, devendo a interessada, em caso de interesse posterior,
protocolar novo processo com dados atualizados.

§ 3º - Havendo parecer favorável o CME emitirá Resolução de Autorização.

ART. 25 - Para o atendimento às diversidades étnico-culturais do Município


ou de uma localidade, poderão ser dispensadas ou adiadas, excepcionalmente,
por este Conselho, exigências contidas nos capítulo III e IV desta resolução,
quando conflitarem com as especificidades do Projeto Político Pedagógico da
escola, mediante justificativa fundamentada, devidamente formalizada pelos
signatparios.

CAPÍTULO V
Da desativação e reativação das atividades escolares

ART. 26 - A desativação de estabelecimentos de Educação Básica


credenciados e de cursos de qualquer etapa de ensino e/ou modalidade de
ensino, autorizados a funcionar ou com ato legal vencido, poderá ocorrer:
a) por iniciativa de entidade mantenedora, entendida como voluntária;
b) por determinação da autoridade competente, entendida como desativação
compulsória.

Parágrafo Único - A desativação das atividades, nas formas acima previstas,


poderá ocorrer em caráter:
a) temporário ou definitivo;
b) parcial, quando se tratar de curso, etapa ou modalidade;
c) total, no caso de estabelecimento de ensino.

ART. 27 - Para a desativação voluntária de atividades, que estejam dentro do


prazo de vigência do ato legal de funcionamento, a mantenedora encaminhará
processo próprio ao CME, constituído de:
a) justificativa incluindo o caráter da desativação;
b)cronograma de desativação;
c) descrição dos procedimentos relativos à continuidade da oferta regular de
ensino até a desativação;
d) garantia de regularização de escrituração escolar e arquivo;
e) cópia do ato legal de credenciamento do estabelecimento de ensino e
autorização dos cursos para comprovação dos prazos de vigência.

§ 1º - É de responsabilidade do estabelecimento expedir documentação


regular, em tempo hábil, para assegurar aos alunos a continuidade dos estudos.

§ 2º - A regularidade dos atos da escola em relação ao processo de desativação


voluntária será verificada "in loco" por uma comissão especial, designada para
este fim pelo CME.

§ 3º - Da aprovação do processo de desativação voluntária de etapas e/ou


modalidades decorrerá Resolução do CME.

ART. 28 - A desativação voluntária temporária poderá ser autorizada no


máximo até 02 (dois) anos, período no qual ficam suspensos os efeitos do ato
de credenciamento da instituição e de autorização dos cursos.

Parágrafo Único - O reinício das atividades desativadas nos termos do caput


do artigo dar-se-á mediante solicitação pela mantenedora, quando entidade
privada ou direção da escola, quando pública, em tempo hábil, e após o
Parecer favorável do CME, à vista do Relatório de Verificação "in loco"
efetivada pela Comissão do CME.

ART. 29 - A desativação voluntária definitiva, parcial ou total, importará na


revogação do ato legal de credenciamento do estabelecimento de ensino e
autorização dos cursos, por ato expresso do CME.

§ 1º - No caso de desativação parcial, a documentação escolar ficará sob a


guarda do próprio estabelecimento de ensino.

§ 2º - No caso de desativação definitiva e total, a documentação escolar será


recolhida pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esportes e Lazer do
município ou outro órgão que vier substituí-la, para efeito de arquivamento, de
acordo com as normas vigentes
ART.30 - A desativação compulsória de estabelecimento de ensino e/ou
cursos ocorrerá após esgotados todos os recursos e trâmites previstos nesta
resolução.

ART. 31 – A reativação de estabelecimentos de ensino, de qualquer etapa e/ou


modalidade de ensino, no caso de desativação definitiva, voluntária ou
compulsória, após o prazo concedido pelo CME, dependerá da aprovação de
novo credenciamento do estabelecimento de ensino e da autorização dos
cursos, nos termos da presente resolução.

CAPÍTULO VI
Das mudanças de mantenedora, de sede e de denominação da mantida

ART. 32 – As modificações que alteram a organização de estabelecimentos de


ensino credenciados e que mantenham cursos, etapas e/ou modalidades de
ensino autorizados em relação à mantenedora, sede ou denominação do
estabelecimento deverão ser submetidas ao CME, para análise e aprovação,
em processo próprio, instruído de:
I- Quanto à mudança de mantenedora, no caso de pessoa jurídica de
direito privado:
a) Comprovação da existência jurídica da nova mantenedora, mediante
registro no Cartório de Títulos e Documentos, na Junta Comercial do
Estado, e inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas;
b) Prova de regularidade fiscal junto ao INSS, FGTS, e IR;
c) Prova de capacidade financeira e da situação patrimonial para manter o
estabelecimento de ensino, indicando previsão da receita e da despesa;
d) Cópia de documentação referente ao ato jurídico que legalizou a
transferência;
e) Certidão negativa de débitos da pessoa jurídica antecessora, nas esferas
federal, estadual e municipal, bem como da sucessora, exceto se esta for
recém inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas;
f) Prova de idoneidade dos mantenedores e dirigentes da nova entidade
mantenedora, através de certidão negativa de ações criminais e protesto
de títulos;
II- Quanto à mudança de sede da mantida:
a) Prova de propriedade de terreno e edifício onde funcionará o
estabelecimento de ensino ou prova de direito de uso do edifício, pelo
prazo mínimo de 04 (quatro) anos;
b) Documentos de estruturação física constantes da alínea “j” inciso II do
ART. 10 desta resolução.
III- Quanto à mudança de denominação da mantida:
a) Comunicação formal, com justificativa, encaminhado pela mantenedora
quando entidade privada e direção quando pública;
b) Comprovante da decisão da mantenedora, quando se tratar de
estabelecimento de ensino da rede particular;
c) Concordância da autoridade municipal, quando se tratar de
estabelecimento pertencente à rede municipal;
d) Concordância da autoridade estadual e ata da assembléia do Conselho
Deliberativo da Comunidade Escolar ou similar, quando se tratar de
estabelecimento de ensino da rede municipal.

§ 1º- Os casos de mudança de mantenedora ou da sede do estabelecimento


de ensino dependerão de manifestação formal ao CME.

§ 2º- A aprovação da mudança de mantenedora, de sede ou de


denominação, obriga o estabelecimento a fazer as adaptações regimentais e
de escrituração escolar correspondentes e, inclusive, estatutária, quando
couber.

CAPÍTULO VII
Das infrações e penalidades

ART. 33 – Constitui infração o não cumprimento desta resolução, bem


como de todas as normas que garantam os direitos da criança e do
adolescente, submetendo-se os infratores à aplicação das penalidades
previstas nesta resolução, sem prejuízos daquelas fixadas na legislação
administrativa, civil, penal e de defesa do consumidor.

ART. 34 – A apuração de irregularidade no funcionamento de


estabelecimentos de ensino público ou privado apontada pela Comunidade
Escolar ou por outras vias, será efetuada por uma Comissão Averiguadora,
designada pelo CME.

§ 1º - Caberá à Comissão Averiguadora indicar os procedimentos de


correção, conforme a legislação vigente, para o saneamento das
irregularidades constatadas, sem prejuízo das sanções cabíveis, registrando
em ato próprio ao CME.

§ 2º - A Comissão Averiguadora, em no máximo 30 (trinta) dias, elaborará


Relatório Circunstanciado ao CME, que decidirá, conforme a gravidade do
caso, quanto |à instauração do processo apuratório.

ART. 35 – O processo apuratório deve atender o princípio da celeridade e


economia processual, respeitando o direito de defesa dos implicados que
consistirá basicamente em:
a) notificar os envolvidos das infrações detectadas no relatório da
Comissão Averiguadora;
b) dar um prazo de 10 dias para os acusados apresentarem defesa escrita
que pode vir acompanhada de provas documentais que entender
necessárias.

§ 1º - O processo apuratório será responsabilidade de uma Comissão


Apuradora de no mínimo, três membros, constituída pela Secretaria Municipal
de Educação, Cultura, Esporte e Lazer para apreciar a defesa dos acusados e
apresentar Relatório com Parecer conclusivo ao CME, no prazo máximo de 30
(trinta) dias;

§ 2º - Ao CME é reservado o direito de indicar mais um membro para compor


a Comissão de que trata o parágrafo anterior, nos casos em que entender
necessário;

§ 3º - Poderá a Comissão Apuradora aplicar, naquilo que couber, as regras


processuais do princípio do contraditório e da ampla defesa constantes do
processo administrativo/ disciplinar previstas na Lei.

ART. 36 – Na hipótese do Relatório da Comissão Apuradora concluir pela


confirmação das irregularidades ou deficiências apontadas nos processos
supra, serão impostos aos estabelecimentos e/ou aos responsáveis, de acordo
com a natureza da infração, e com base no Parecer final do processo
apuratório, a juízo do CME, uma ou mais das sansões abaixo discriminadas:
I- Aos estabelecimentos de ensino:
a) advertência;
b) proibição temporária de matricular novos alunos e/ ou suspensão da
oferta de séries ou períodos iniciais oferecidos pelo estabelecimento;
c) desativação compulsória parcial das atividades do estabelecimento;
d) desativação definitiva das atividades do estabelecimento.
II- Aos responsáveis:
a) advertência e representação ao seu chefe imediato, se for servidor
público;
b) representação ao Ministério Público.

§ 1º - Quando a responsabilidade por irregularidade comprovada recair na


pessoa de servidor público, caberá instauração de sindicância ou processo
disciplinar para a aplicação das medidas disciplinares previstas na legislação
específica.

§ 2º - A emissão de documentos escolares antes do credenciamento e da


efetiva autorização, sujeita seu emitente às penas previstas neste artigo, sem
prejuízo das sanções penais decorrentes da prática de falsidade ideológica
entre outras.
§3º - Da decisão do que trata o caput deste artigo, no prazo de 10 (dez) dias de
sua publicação, caberá um único recurso ao CME que apreciará no prazo de
30 (trinta) dias.

ART. 37 – Além das penalidades que forem aplicadas aos infratores na forma
e condição desta resolução, ficam os mesmos proibidos de abrir ou dirigir
estabelecimentos de ensino, pelo prazo de 05 (cinco) anos, após apuradas as
responsabilidades.

ART. 38 – Toda autoridade de qualquer hierarquia ou servidor escolar que


tiver conhecimento de irregularidade referidas nesta resolução é obrigado a
promover denúncia, sob pena de omissão, passiva ou ativa e conivência, a ser
apurada em processo administrativo disciplinar.
ART. 39 – O CME, sempre que identificar o funcionamento irregular de
ensino, formalizará a denúncia ao Ministério Público, ou autoridade
competente, independente dos procedimentos administrativos constantes desta
norma, visando buscar todas as frentes que coíbam tais práticas no Estado.

ART. 40 – A reiteiração de decisões do CME formará entendimento próprio e


aplicar-se-á aos casos e fatos semelhantes futuros.

CAPÍTULO VIII
Das disposições gerais e transitórias

ART. 41 – Compete ao Conselho Municipal de Educação prorrogar por 01


(um) ano, o prazo dos atos de credenciamento do estabelecimento de ensino, e
de autorização de cursos, quando os processos de recredenciamento ou de
renovação de autorização, protocolados em tempo hábil, contendo toda a
documentação exigida, sofrer retardamento em sua tramitação, sem
responsabilidade do requerente.

ART. 42 – Os Estabelecimentos de ensino que possuem cursos autorizados


e/ou reconhecidos por ato do Conselho Estadual de Educação- CEE/MT nos
termos da resolução 118/01 serão considerados credenciados, prevalecendo o
prazo de vigência do último ato respectivo, expedido pelo CEE para
autorização ou reconhecimento de etapas e/ou modalidades de ensino da
educação básica.

§ 1º - Os estabelecimentos de ensino credenciados na forma deste artigo,


deverão adequar-se às exigências desta Resolução encaminhando processo de
recredenciamento e de renovação de autorização de cursos, 120 (cento e vinte)
dias antes de expirar o prazo de vigência constante do último ato de
autorização ou reconhecimento de etapas e/ou modalidades de ensino.

§ 2º - Poderão ser contemplados com o disposto no caput deste artigo todos os


estabelecimentos de ensino que tiverem processos instruídos conforme a
resolução 118/01 CEE/MT, tramitando ou que vierem a ser protocolados neste
Conselho, até 90 (noventa) dias da publicação desta Resolução.

ART. 43 – Os casos omissos serão resolvidos pelo CME.


ART. 44 – Esta Resolução entra em vigor no ato da sua publicação, revogadas
as disposições em contrário.

PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE

Primavera do Leste, 16 de agosto de 2005.

_________________________
Prof. Adércio Vilmar Reder
Presidente do Conselho Municipal de Educação

HOMOLOGO:

Marilena Pimentel de Souza


Secretária de Educação, Cultura, Esporte e Lazer.

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