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Introdução

Como a ampla maioria das empresas nacionais é constituída na forma limitada


(LTDA), a sociedade em nome coletivo não costuma ser tão conhecida pelos
empresários. Logo, suas as normas e funcionamento podem gerar dúvidas.

A sociedade em nome coletivo refere-se a constituição de uma empresa por


sociedade onde todos os sócios respondem de forma ilimitada.Também chamada de
sociedade geral ,sociedade ilimitada ou sociedade solidária ilimitada . Ao conhecer
melhor as suas características, as suas vantagens e as suas desvantagens, pode
descobrir se este tipo de empresa é o mais indicado ou não para a criação e a
execução do seu negócio. Ainda que você não opte pela sociedade em nome coletivo,
é importante se informar e conhecer principalmente a responsabilidade dos sócios.
Os sócios das sociedades em nome coletivo ,além de responderem perante a
sociedade pela sua obrigação de entrada ,respondem ainda perante os credores da
sociedade pelas obrigações desta
Sociedade em nome coletivo

Trata-se da sociedade formada exclusivamente por pessoas físicas, as quais são


responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações. Isso significa dizer que, em
caso de dívida, se o empreendimento não suportar a cobrança, cada sócio pode ser
cobrado pela integralidade do débito.

A sociedade em nome coletivo está ligada a negócios baseados em vínculos de


confiança. Na Idade média, era o modelo utilizado em empreendimentos familiares, em
que pais e filhos compartilhavam responsabilidades. Hoje, ela é chamada de
personalíssima, porque a vontade de “A” se associar a “B” precede a questão
econômica.

Esse carácter personalíssimo é manifestado nas condições de sua existência:

 A integração não pode ser feita por pessoa jurídica;


 Os sócios são responsáveis pela integralidade das dívidas;
 Somente sócios podem ser administradores;
 O credor não pode pretender a liquidação da quota de nenhum sócio para
pagar a dívida sem dissolver a sociedade antes;
 O nome de, pelo menos, um dos sócios deve constar na razão social, bem
como a indicação da expressão “e companhia ou e cia” para deixar clara a existência
de outros participantes.
Vale ressaltar que tudo aquilo que não for regulamentado pelas regras específicas
da sociedade em nome coletivo — que criam o mencionado caráter personalíssimo —
segue as normas das sociedades simples.

Tipos de sociedade em nome coletivo

A sociedade em nome coletivo pode ser empresarial ou não empresarial. Em ambos


os casos, as regras personalíssimas estarão presentes.
Sociedade simples em nome coletivo

É utilizada para o exercício de atividade intelectual, artística ou científica, bem como


para atividades sem o intuito de lucro. A principal diferença para outras sociedades
simples está na proteção à relação personalíssima, porque o credor não poderá liquidar
a quota do sócio. Além de ser necessário respeitar as normas de administração.

Sociedade empresária em nome coletivo

É criada para exercer atividade econômica organizada para circular bens ou serviços


no mercado e obter lucro. A vantagem, como no tipo anterior, é manter o vínculo de
confiança. Contudo, aqui, são admitidos pedidos de recuperação judicial e falência.

Vale ressaltar que um ponto comum aos tipos é a existência de uma legislação
menos intervencionista. Assim, os envolvidos têm ampla liberdade para estipular regras
de convivência, administração e repartição dos ganhos.

No entanto, é preciso tomar cuidado com a responsabilidade pelas obrigações.


Basicamente, todo o patrimônio do sócio estará exposto a cobranças judiciais se o
empreendimento não quitar suas dívidas.

Portanto, avalie com cuidado os prós e contras da sociedade em nome coletivo. Se


possível, consulte sempre a opinião de profissionais experientes, que possam auxiliar
na busca pelo melhor regime jurídico para o empreendimento.

Principais características da sociedade em nome coletivo

 Existência mínima de dois sócios, podendo ser admitidos sócios de indústria;


 os sócios respondem de forma ilimitada e subsidiária perante a empresa e
solidariamente entre si perante os seus credores sociais;
 a responsabilidade dos sócios inclui o valor das suas entradas e os bens que
incorporam o património pessoal;
 os sócios que satisfaçam as obrigações da sociedade podem exigir dos
restantes sócios o pagamento da parte que lhes cabe nas referidas obrigações;
 a denominação da empresa, quando não individualiza todos os sócios, deve
conter o nome ou firma de um deles, com o acréscimo (abreviado ou por extenso) de “e
Companhia”, “Cia” ou outra referência que indique a existência de mais sócios (e
Irmãos”, por exemplo).

Vantagens da sociedade em nome coletivo

 Não existe um montante mínimo de capital social obrigatório;


 solidariedade entre os empresários perante os credores;
 partilha de conhecimentos e de responsabilidades entre sócios;
 facilidade de obtenção de crédito bancário;
 admissão de sócios de indústria;
 as entradas dos sócios podem ser em indústria, dinheiro ou outros bens;
 os sócios de indústria não respondem pelas perdas sociais nas relações
internas.

Desvantagens da sociedade em nome coletivo

 Apesar de serem admitidas contribuições de indústria, o seu montante não é


computado no capital social;
 diluição do controlo da empresa;
 possibilidade de se verificarem conflitos entre os sócios;
 responsabilidade subsidiária aos restantes sócios;
 risco de afetação do património pessoal dos sócios às dívidas da empresa;
 obrigatoriedade de trabalhar em regime de contabilidade organizada;
 complexidade de constituição e de dissolução da sociedade.
Segue subsidiariamente as normas da sociedade simples. São sociedade de
pessoas que se constituem por um contrato social. É a sociedade mais simples, por
isso ela é considerada o protótipo das sociedades empresariais em geral. Se não
estiver expressa a opção por um determinado tipo societário, estamos diante de uma
sociedade em nome coletivo – Princípio do tipo social mais simples ou princípio da
prevalência da igualitariedade social. Todos os sócios têm responsabilidade
subsidiária, solidária e ilimitada pelas obrigações sociais, sem que haja exceção.

Subsidiária – os sócios só assumem responsabilidade após o exaurimento do


patrimônio da sociedade
Solidária – não sendo suficiente o patrimônio social, cada sócio responde perante
os credores pela dívida inteira e depois se volta contra os demais sócios. — ILIMITADA
– não importa o valor das quotas sociais, cada sócio responde com todo o seu
patrimônio pelas obrigações. Pode haver limitação da responsabilidade entre os sócios,
mas não perante terceiros.

Responsabilidade subsidiária

Responsabilidade subsidiária é a relação entre, pelo menos, duas empresas em que


o cumprimento de obrigações de uma afeta também a outra, o que pode acontecer nas
questões trabalhistas, como direitos e deveres dos empregados, como também em
relação às dívidas e tributações.

Normalmente, isso acontece na terceirização de serviços. Então, suponha que um


gestor de uma faculdade contrate uma equipe de limpeza. Se os funcionários dessa
empresa não estiverem com seus direitos trabalhistas em dia, a faculdade, que é a
contratante, também terá que responder por eles.

Funcionamento responsabilidade subsidiária

Mediante dívidas ou abusos trabalhistas, os colaboradores recorrem à Justiça e ela,


por sua vez, julgará dois devedores: o principal, que é a empresa fornecedora da mão
de obra, e o subsidiário, que é a empresa contratante ou tomadora. 

Ou seja, em caso de inadimplemento da prestadora de serviços, a subsidiária


precisará resolver o problema com os funcionários prejudicados. 

Por isso, uma gestão empresarial bem-feita é tão importante. Fechar um contrato
com uma empresa que não tenha suas obrigações em dia pode custar muito, isto é, se
responsabilizar por uma dívida ou processo que, a princípio, não era de sua
responsabilidade. 

Exemplo de caso de responsabilidade subsidiária


Em 2021, a Justiça determinou que as empresas American Airlines e Azul Linhas
Aéreas Brasileiras pagassem créditos trabalhistas a um auxiliar de rampa, em
Salvador. 

As companhias contrataram o colaborador pela empresa VIT Serviços Auxiliares de


Transportes Aéreos, isto é, a fornecedora da mão de obra, em 2017. Sua função era
descarregar cargas e bagagens e, assim, não estava no escopo das empresas aéreas.
Por isso, ele foi terceirizado.

Mas, no final de 2016, a VIT encerrou contrato com o operário sem cumprir suas
obrigações contratuais. Como a Airlines e a Azul eram subsidiárias nessa relação, elas
precisaram arcar também com esse processo trabalhista.

Evitar problemas com responsabilidade subsidiária

De forma mais abrangente, basta contratar uma empresa especializada em gestão


de terceiros. É dessa forma que se reduz o risco de passivos trabalhistas e tributários.
Normalmente, os consultores começam pelo ciclo de terceirização. Veja como ele se
dá:

 avaliar os riscos de terceiros e estabelecer requisitos de controle;


 negociar o contrato e revisar os riscos;
 monitorar o relacionamento;
 determinar riscos inerentes.

Empreender no Brasil nunca foi fácil e ter um compromisso a mais, que é o de vigiar
se o fornecedor de mão de obra cumpre a legislação perfeitamente, pode dificultar o
desenvolvimento dos negócios.

Mas a falta desse monitoramento pode contribuir com um custo silencioso e com
potencial de afundar uma empresa, que é a responsabilidade subsidiária quando há
inadimplência. 

Vale lembrar que, mesmo sem condenação, a subsidiária pode sofrer desvantagens
com defesa em juízo, custas e advogados e também uma má reputação.
Dessa forma, voltando ao exemplo da faculdade e da empresa de limpeza, podemos
pensar pelo lado trabalhista. O desejável é que a faculdade se comprometa a,
mensalmente, exigir os recibos dos pagamentos dos funcionários, orientar os
terceirizados a verificarem os depósitos do FGTS etc. 

Responsabilidade solidária

Ainda no contexto de entraves trabalhistas, operacionais ou tributários entre uma


empresa terceirizada e uma contratante, temos também a possibilidade de
responsabilidade solidária.

Enquanto a responsabilidade do tipo subsidiária preconiza a punição da contratante


quando a fornecedora deixa de cumprir com suas obrigações, na solidária, ambas
devem resolver o problema, de forma igualitária. 

É um tipo de relação mais objetiva que a responsabilidade subsidiária, já que não


exige a comprovação longa e onerosa de que a prestadora não consegue responder na
Justiça. Porém, é compensada pelo fato de se estender também às relações na CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho), nos contratos entre empreiteiros e
subempreiteiros. 

Responsável, com origem no vocábulo latino responsum, é um termo com vários


usos. Neste caso, importa-nos a sua acepção enquanto adjectivo que qualifica a
pessoa que tem a obrigação, seja esta moral ou legal, de responder por algo ou
alguém. Solidário, por sua vez, é aquilo ou quem está relacionado ou vinculado com
uma causa, uma necessidade, etc.

Conhece-se por responsabilidade solidária a obrigação partilhada por várias partes


relativamente a una dívida ou outro compromisso. Quando existe uma responsabilidade
solidária, uma pessoa tem o direito de reclamar o pagamento de uma dívida ou o
ressarcimento de um dano a qualquer um dos responsáveis ou inclusive a todos eles,
sem que nenhum se possa recusar para evadir a sua responsabilidade.

Isto significa que, no caso de uma dívida, o credor pode reclamar a totalidade do
pagamento a qualquer um dos indivíduos que forem responsáveis solidários. Estes não
podem decidir abonar só uma parte nem pedir que o credor se remeta a um dos outros
responsáveis. Posto noutros termos, o responsável solidário tem a obrigação de
ressarcir a totalidade do reclamado apesar de existirem também outros devedores.

Para o credor, a existência de responsáveis solidários supõe uma vantagem uma


vez que pode reclamar o pagamento da dívida a qualquer um deles, uma vez que todos
devem responder pelos seus direitos. Quando consegue que a dívida seja saldada por
algum dos responsáveis solidários, já não pode reclamar o pagamento aos restantes
(não pode pretender cobrar a sua dívida mais de uma vez).

Muitas das vezes, há que destacar que se tende a confundir pelos cidadãos o
conceito de responsabilidade solidária com o de responsabilidade subsidiária. No
entanto, são coisas diferentes. Esta última refere-se àquela que tem um indivíduo pelo
incumprimento no pagamento de uma dívida por parte de uma terceira pessoa. Em
concreto, aquilo que acontece é que, visto a impossibilidade de conseguir angariar
dinheiro junto do titular, passa-se essa obrigação àqueles que detenham quantias
pendentes de pagamento com ele.

Com isto, referimo-nos ao facto de que este tipo de responsabilidade só tem lugar no
momento em que o devedor principal não paga a dívida que tem contraída.

Para poder entender bem essa diferença entre ambos os tipos de responsabilidade
nada melhor do que recorrer a um exemplo específico. Assim, por exemplo, se
fizermos referência a um empréstimo com avais, deparamo-nos com o facto de os
avalistas terem uma responsabilidade subsidiária, enquanto se responsabilizarem pelo
pagamento da dívida no caso de o titular não o fazer como corresponde.

Da mesma maneira, esses avalistas também são compostos por uma


responsabilidade solidária porque se pode exercer sobre qualquer um deles, de
maneira indiversa, uma acção de cobrança. Responsabilidade esta que, neste caso
concreto, é totalmente exigível sem necessidade de o devedor principal se declarar
incapaz de o fazer relativamente a essa dívida.

Capital social
O capital social é o valor investido por cada um dos sócios para começar um
negócio, seja em bens financeiros, bens materiais ou bens imateriais. Além disso, o
capital social deve ser registrado no Contrato Social da empresa.

Esse é o documento que oficializa a criação de um negócio societário e contém


todos os dados da companhia, como razão social, endereço da sede e informações
sobre os sócios.

Para entender esse conceito de forma mais completa, entretanto, é necessário olhar
para três perspectivas diferentes: financeira, social e de limitação de responsabilidade.

Capital social do ponto de vista financeiro

Quando uma ou mais pessoas decidem começar uma empresa, o valor indicado
como capital social é aquele que vai ser utilizado para manter o negócio
funcionando enquanto ele ainda não gera lucro. Podendo ser em:

 Bens financeiros: dinheiro;

 Bens materiais: carros, imóveis, matérias-primas;

 Bens imateriais: marca, patentes.

E esse capital não é estático. Sempre que um sócio retira um valor da companhia
(redução do capital social) ou aumenta a quantia investida na empresa, o capital social
também deve ser alterado.

Capital social do ponto de vista social

A partir do valor investido por cada pessoa, também são definidas as regras quanto
ao poder de ação de cada sócio, a participação nos resultados da empresa e o limite
de responsabilidade de cada um.
Capital social do ponto de vista de limitação de responsabilidade

A quantia que cada pessoa investe no negócio também define o limite de


responsabilidade de cada um caso a empresa contraia dívidas. Quanto maior a
participação, maior a responsabilidade – e vice-versa.

Se uma pessoa é responsável por 60% do capital social de uma empresa, por
exemplo, ela vai responder por 60% dos débitos com credores.

Formação do capital social

O capital social é formado após a definição das percentagens e valores que serão
disponibilizados para começar um negócio. Esses capitais podem ter origem em bens
materiais pessoais e/ou reservas pessoais. Com base nesses valores é formado o
capital social de uma empresa, e assim ela tem sua valoração apresentada para o
mercado.

Cálculo do capital social de uma empresa

Não existe uma fórmula específica para calcular o capital social de uma empresa. O
primeiro passo para calcular o capital social de uma empresa é considerar em qual tipo
societário ela se enquadra. Se for Empresa Individual de Responsabilidade Limitada
(EIRELI), por exemplo, é necessário ter um capital inicial equivalente a pelo menos 100
salários mínimos – que corresponde a R$110 mil, atualmente.

Já para outros tipos societários, como MEI, Empresário Individual (EI), Sociedade


Limitada (LTDA) e Sociedade Limitada Unipessoal (LTDA Unipessoal), não existe um
valor mínimo para o capital social.

Nestes casos, cabe aos empreendedores definir qual a quantia necessária para
começar o negócio até que a empresa dê lucro. Recomenda-se:
1. Ter um bom plano de negócio ou um bom planejamento que ajude a
dimensionar os gastos iniciais da empresa;

2. Considerar que, enquanto a companhia não der lucro, as contas serão pagas
pelo capital investido pelos sócios;

3. Começar com um valor mínimo necessário para arcar com os custos iniciais. 

Formatos do capital social

Cada tipo societário estabelece uma regra diferente sobre o capital social. Veja os
detalhes abaixo.

Capital social para MEI

Quem vai começar como MEI não é obrigado a informar um capital social inicial.
Afinal, o micro empreendedor individual é o único responsável pelo negócio e não
precisa investir um valor mínimo para começar. 

De toda forma, é importante calcular quanto será necessário investir para começar e
manter o negócio enquanto ele não dá lucro. Por isso, para manter a saúde financeira e
lucrar, é importante manter todos os compromissos burocráticos da categoria MEI em
dia.

Capital social para EIRELI

Por outro lado, para abrir uma Empresa Individual de Responsabilidade Limitada
(EIRELI) é necessário um capital inicial equivalente a pelo menos 100 salários
mínimos (R$110 mil, atualmente) – e o empreendedor deve deter 100% desse valor. 

Tendo atenção que embora não seja necessário comprovar a existência dessa
quantia na hora de começar o negócio, ela precisa estar disponível. Caso contrário, a
Receita Federal pode identificar essa inconsistência na Declaração do Imposto de
Renda da Pessoa Física do empreendedor.
Capital social para Empresário Individual

Assim como o MEI, o modelo Empresário Individual não exige uma quantia mínima
de capital social, o empreendedor pode declarar apenas o valor necessário para pagar
os custos iniciais da operação.

Capital social para Sociedade Limitada (LTDA)

No caso de uma Sociedade Limitada (LTDA), empresa com dois ou mais sócios,


também não existe um valor mínimo de capital social – ele é definido a partir da quantia
investida por cada sócio, seja em dinheiro ou outros bens.

Capital social para Sociedade Limitada Unipessoal

Na Sociedade Limitada Unipessoal (LTDA Unipessoal), uma opção para quem quer
começar um negócio sozinho sem comprometer o patrimônio pessoal, também não
existe um valor mínimo de capital social.

Mas, assim como no caso da EIRELI, o empreendedor precisa indicar a quantia


necessária para iniciar as atividades e garantir que esse dinheiro existe – mesmo que
ele não seja obrigado a declarar.

Capital integralizado

Integralização do capital social é o processo realizado para transferir para a empresa


a propriedade sobre o capital inicial investido por cada sócio. Em outras palavras,
quando os valores investidos deixam de ser da pessoa física e passam a ser da pessoa
jurídica.

Capital subscrito
O capital social subscrito, apesar do nome difícil, é o valor que cada sócio se
comprometeu a fornecer para formar (ou integralizar, usando o termo técnico) o capital
social da empresa como um todo.

Existe um prazo para que o capital social seja subscrito. Este é, portanto, o prazo
para que seu depósito seja feito na conta da empresa.

O capital subscrito se encontra dentro do balanço patrimonial, no campo dos


passivos da empresa. Ali ele permanece até o final do prazo de depósito, quando ele
se torna parte do capital integralizado da empresa. Isso porque, inicialmente, o capital
subscrito faz parte de um acordo entre as partes sócias para dar início às
atividades dos negócios. Então, quando o capital se integraliza, ele passa a compor
outras partes do balanço patrimonial, como um ativo.

Aumento ou redução de capital social

É possível fazer um aumento ou redução de capital social, mas é importante ficar


atento aos detalhes de cada operação.

Caso você indique um valor inicial, mas precise fazer um aumento de capital social,
todo o processo deve ser feito na Junta Comercial com a ajuda de um contador. Para
isso, você só vai precisar arcar com as taxas da Junta e com o serviço de
contabilidade.

Fazer a redução de capital social, por outro lado, é bem mais complexo. A empresa
não pode ter dívidas e é necessário fazer uma publicação em um jornal informando os
motivos da decisão, o que pode sair bem caro. O processo só é autorizado caso, 90
dias depois do anúncio publicado no jornal, ninguém se manifeste contra a redução. 

Em outras palavras: melhor começar com um valor pequeno de capital social e


aumentar depois.

Se você já sabe o que é e como otimizar seu capital social e busca alavancar ainda
mais seus negócios, você pode buscar por novos investimentos para a sua empresa.
Além disso, é importante saber como apresentar e vender suas ideias — o modelo de
apresentação em pitch pode te ajudar.

Tomada De Decisão

Numa organização a todo o momento uma decisão precisa ser tomada, e para tanto
se precisa de mais informações para tomá-la, isso acontece geralmente quando
estamos diante de um problema que apresenta mais de uma alternativa de solução,
mesmo quando para solucioná-lo, possuímos uma única opção a seguir, poderemos ter
a alternativa de adotar ou não essa opção. Todo este processo de escolher o caminho
mais adequado, também é conhecido como tomada de decisão (REZENDE 2002).

Conceito de decisão Segundo Gomes L.; Gomes C.; Almeida 2006, O conceito do
vocábulo decisão é constituído por “de” (que vem do latim e significa parar, extrair,
interromper) que se antepõe à palavra “cisão” (do latim caedere que significa cindir,
cortar). Sendo assim, literalmente decidir significa “parar de cortar” ou “deixar fluir”.

Levando em consideração este significado podemos entender o processo decisório


como uma parte crucial para a resolução otimizada de uma situação indesejada. O
estudo da tomada de decisão é, portanto, uma mescla de várias disciplinas do saber,
como matemática, sociologia, psicologia, economia e ciência políticas. A filosofia reflete
sobre o que uma decisão revela sobre nosso eu e nossos valores.

A crescente sofisticação da gestão de risco, a compreensão das variações do


comportamento humano e o avanço tecnológico que respalda e simula processos
cognitivos ajudam a melhorar em muitas situações a tomada de decisão. (LEIGH
BUCHANAN E ANDREW O’CONNELL 2006).

Classificação do processo decisório

Em cada tomada de decisão não nos é fácil perceber que em determinadas


situações ou decisões agimos da mesma maneira ou nos deparamos com problemas
idênticos, nas organizações onde encontramos uma hierarquia bem definida com 2
estruturas semelhantes é possível classificar essas decisões de maneira a relacioná-
las em aspectos e características.

No campo administrativo Simon (1970) descreve que todo problema equivale a um


processo de decisão. Relata também que esses dois tipos não são mutuamente
exclusivos, mas representam dois pontos extremos, entre os quais existe uma gama
contínua de decisões. Dentre os modelos Organizacionais temos:

O Modelo Burocrático que utiliza procedimentos operacionais padronizados


aperfeiçoados durante anos de uso;

O Modelo político que se baseia em barganhas políticas entre lideranças da alta


cúpula e grupos de interesse;

Modelo Lixeira Teoria nova que afirma que as organizações não são racionais. 4
Processo Decisório Racional Segundo Bazerman (2004) os tomadores de decisão
deveriam ser capazes de definir com perfeição o problema em situação de escolha, a
fim de chegar ao melhor resultado possível em um processo decisório.

A tomada de decisão é uma ação humana e comportamental. Esta envolve a


seleção, consciente ou inconsciente, de determinadas informações e ações entre
aquelas que são fisicamente possíveis para o decisor e para aquelas pessoas sobre as
quais ele exerce influência e autoridade. Segundo Robbins (2000) os decisores
deveriam usar um processo racional de tomada de decisão, ou seja, fazer escolhas
consistentes, maximizando o valor dentro de limitações específicas, que deveria seguir
etapas racionais, consistentes e decisivas para o seu sucesso destacadas a seguir:
definir o problema para entender melhor a decisão a ser tomada, para isso o problema
deve estar claro e com as informações completas.

É importante ao gerente reunir dados e informações e cumprir metas conhecidas e


acordadas, e ter todos os problemas devidamente formulados e definidos, dentro disto
é de grande importância o consenso entre os gerentes e todos os envolvidos estarem
cientes dos problemas e oportunidades existentes.

As informações coletadas devem dar maior certeza e para tanto devem estar
completas, após isso deve ser usado o processo racional e captar a complexidade real
dos eventos na organização.
Depois de iniciado o processo, após a coleta de informações, o agente precisa
entender que mesmo semelhante ou parecido com outras situações, todo processo
decisório deve ser encarado e abordado como uma nova situação e diante disto,
mesmo utilizando-se de heurísticas, fazê-lo de modo racional, obedecendo a regras,
critérios e etapas. É importante conhecer todos os critérios de avaliação das
alternativas, e assim selecionar a melhor, para isso essa busca não deve ser limitada,
sem restrições de recursos, pessoas e informações. Ao final é preciso tomar uma
decisão, sem acomodação, ordenando preferências, avaliando as alternativas e
destinando valores o que aumentará o alcance das metas que pretendem ser
alcançadas com sua implementação.

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