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TRABALHO DE CONTABILIDADE GERAL I

SOCIEDADES COMERCIAIS

Grupo: Iº
Gestão Bancária e de Seguros

Autores:
Benvinda Chimuco - 221791
Euclides Joaquim - 222215
Janice Gabriel - 224829
Segunda Francisco - 223977

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Instituto Superior de Administração e Finanças Contabilidade Geral I Iº ano Grupo Iº
ÍNDICE

1. LEI DAS SOCIEDADES COMERCIAIS - Lei n.º 1/04, de 13 de fevereiro......................... 3


1.1. SOCIEDADE EM NOME COLECTIVO .................................................................... 3
1.2. SOCIEDADE POR QUOTAS ................................................................................... 4
1.3. SOCIEDADE UNIPESSOAL POR QUOTAS .............................................................. 5
1.4. SOCIEDADE ANÓNIMA ....................................................................................... 5
1.5. SOCIEDADE EM COMANDITA .............................................................................. 7
2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 7

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1. LEI DAS SOCIEDADES COMERCIAIS - Lei n.º 1/04, de 13 de fevereiro
Aprovado por: Lei n.º 1/04, de 13 de Fevereiro
A aprovação de um novo diploma para regular a matéria das sociedades comerciais
responde a uma necessidade imperiosa, determinada pela profunda evolução da
economia, tanto nacional, ao longo dos últimos anos, como internacional.
1.1. SOCIEDADE EM NOME COLECTIVO
A sociedade em nome colectivo é o modelo puro das chamadas sociedades de pessoas,
em que a responsabilidade dos sócios perante os credores é ilimitada, solidária e subsidi-
ária em relação à sociedade, devendo, logisticamente, somente ser constituída entre pes-
soas unidas por um forte vínculo de solidariedade e por uma grande confiança recíproca.
Responsabilidade – pelas obrigações sociais, os sócios respondem:
- ilimitadamente, pois além de responderem com suas entradas de capital, respondem
ainda com os bens que integram o seu património pessoal;
- solidariamente, na medida em que cada sócio responde integralmente pelo cumpri-
mento das obrigações sociais, podendo ser interpelado individualmente pelos credores
da sociedade. Vigora o princípio de “um por todos e rodos por um”. Assim, em caso de
falência, a parte da dívida que não foi coberta por bens afectos à actividade económica
pode ser exigida pelos credores, indiferentemente a qualquer sócio, independentemente
do valor da sua entrada para o capital social. Contudo, o sócio que pagar dívidas sociais
tem direito de regresso sobre os restantes, no montante que excede a sua participação
na dívida;
- subsidiariamente, no sentido em que os sócios só respondem pelas dívidas da sociedade
depois desta, isto é, quando o seu capital se encontrar executado.
Sócios
O número mínimo de sócios é de dois. Em termos do funcionamento da Assembleia, cada
sócio possui um voto, independente da natureza ou valor da sua entrada
Capital
A lei não estabelece um montante mínimo obrigatório para o capital social, já que os só-
cios respondem ilimitadamente pelas obrigações da sociedade.
Firma
A firma da sociedade em nome colectivo deve, quando não individualizar todos os sócios,
conter, pelo menos, o nome ou firma de um deles, com o aditamento “& Companhia ou
& C.”, ou qualquer outro nome que indique a existência de outros sócios
Exemplo
“Grupo Um & Companhia”
Tomada de decisões

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Não havendo estipulação em contrário todos os sócios são gerentes, todavia, por delibe-
ração unânime dos sócios, podem ser nomeados gerentes um ou alguns dos sócios sob o
controlo da assembleia de sócios.
1.2. SOCIEDADE POR QUOTAS
A sociedade por quotas é a estrutura jurídica mais adoptada, na medida em que, para a
sua constituição, bastam dois sócios, vigora o princípio da separação patrimonial e os só-
cios têm uma grande intervenção na gestão social. Estas características fazem com que
este tipo de sociedade se adapte perfeitamente à maioria das situações de criação de
uma pequena ou média empresa.
Responsabilidade
Os sócios possuem responsabilidade limitada ao valor da sua quota (o valor da entrada
de cada sócio) e ao valor das quotas subscritas pelos restantes sócios, mas enquanto estes
a não realizarem. É, pois, uma responsabilidade solidária e subsidiária. São solidariamente
responsáveis por todas as entradas convencionadas no contrato social, isto é, qualquer
um dos sócios responde integralmente pelas dívidas da sociedade, tendo, porém, direito
de regresso por parte do sócio em dívida.
Sócios
No mínimo dois, obrigados a entrar para a sociedade com numerário – entrada pecuniária
– e/ou com bens susceptíveis de penhora-entrada em espécie.
A soma das entradas em dinheiro já realizadas deve ser depositado em instituição de cré-
dito, antes da celebração do contrato, numa conta aberta em nome da futura sociedade,
devendo ser exigido no notário o comprovativo de tal depósito.
Capital
O capital social divide-se em quotas, correspondendo a cada sócio uma única quota. A
sociedade por quotas não pode constituir-se com um capital social inferior ao valor cor-
respondente a USD 1 000,00, equivalente em kwanza.
Firma
A firma destas sociedades deve ser formada, com ou sem sigla, pelo nome (completo ou
abreviado) ou firma de todos, algum ou alguns dos sócios, ou por uma denominação par-
ticular, ou pela reunião de ambos esses elementos, mais em qualquer caso concluirá pela
palavra “Limitada” ou pela abreviatura “Lda.”.
Exemplos: “Melhor Grupo, Lda.”
Tomadas de decisão
A sociedade é administrada e representada por um ou mais gerentes, que podem ser
escolhidos de entre estranhos à sociedade e devem ser pessoas singulares. Assim, as de-
cisões correntes são tomadas pelo/s gerente/s; as decisões ordinárias e extraordinárias
são tomadas pela assembleia dos sócios.

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1.3. SOCIEDADE UNIPESSOAL POR QUOTAS
Figura jurídica criada recentemente para responder ao aparecimento e desenvolvimento
de pequenas empresas, sinónimo de estabilidade, criação de emprego e revitalização da
iniciativa privada. Permite que os empreendedores se dediquem à actividade comercial,
beneficiando do regime de responsabilidade limitada, sem necessidade de recorrer a so-
ciedades fictícias indesejáveis
A sociedade unipessoal por quotas funciona como uma sociedade normal, com um único
sócio que é titular de todo o capital social.
A firma destas sociedades deve ser formada pela expressão “sociedade unipessoal” ou
pela palavra “unipessoal” antes da palavra “Limitada” ou abreviada “Lda.”.
Exemplo: “Segunda Francisco, Sociedade Unipessoal. Lda.”
Tomada de decisões
As decisões tomadas pelo sócio único em assembleia-geral têm de ser registadas em acta.
Quaisquer negócios jurídicos celebrados entre o sócio e a sociedade devem ser públicos
para qualquer interessado.
Outra vantagem deste tipo de sociedade é a possibilidade de passar a sociedade por quo-
tas e voltar à forma inicial sem alterar os estatutos. O registo é alterado, mas mantém-se
o ente jurídico com o mesmo número de pessoa colectiva.
1.4. SOCIEDADE ANÓNIMA
A sociedade anónima é o modelo puro das sociedades de capitais, baseando-se, portanto
não na pessoa dos associados, mas nos capitais investidos por eles.
Esta forma jurídica adapta-se, preferencialmente, a empreendimentos de considerável di-
mensão em termos de investimento e com grande potencial de desenvolvimento ou re-
lativamente aos quais se preveja a necessidade de abertura permanente a novos associ-
ados. É uma sociedade de responsabilidade limitada, no verdadeiro rigor do conceito,
portanto, os accionistas limitam a sua responsabilidade ao valor das acções por si subs-
critas.
Responsabilidade
A responsabilidade de cada sócio é limitada ao valor daas acções que subescreveu, pelo
que os credores sociais só se podem fazer pagar pelos bens da sociedade.
Sócio
Os sócios são vulgarmente designados por accionistas, que entram para a sociedade com
dinheiro, coisas ou direitos susceptíveis de penhora.

Capital

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O capital encontra-se dividido em acções. O capital das sociedades anónimas não pode
ser inferior a um valor, expresso em moeda nacional, equivalente a USD 20 000,00 de-
vendo ser sempre indexado esse valor.
A sociedade anónima não pode constituir-se com um número de sócios inferior a cinco
(5) podendo no entanto aquele número ser reduzido a dois (2) quando o Estado, e,presas
públicas ou entidades, para tal efeito, legalmente equiparadas ao Estado, detiverem a
maioria do capital social.
Existem dois tipos de acções:
- normativas, transmitem-se por declaração do seu titular, sendo a sua transmissão aver-
bada no livro de acções da sociedade
- ao portador, cuja transmissão é livre e se opera por mera transferência do título do seu
proprietário.
A subscrição de acções pode ser pública ou particular. A soma das entradas em dinheiro
já realizadas deve ser depositada em instituição de crédito, antes de celebrado o contrato,
numa conta aberta em nome da futura sociedade, devendo ser exibido ao notário o com-
provativo de tal depósito por ocasião da escritura pública.
Firma
A firma destas sociedades será formada, com ou sem sigla, pelo nome de um ou alguns
dos sócios ou por uma denominação particular, ou pela reunião de ambos esses elemen-
tos, mas em qualquer caso concluirá pela expressão “sociedade anónima” ou pela abre-
viatura “S.A.”
Exemplos: “T1 – Turma um, S.A.”
Tomada de decisões
Os órgãos principais deste tipo de sociedade são:
Assembleia-geral – é composta pelos sócios da empresa ou seus representantes e tem
por funções fundamentais: discutir, aprovar e modificar o relatório de gestão e as contas
do exercício e deliberar sobre a proposta de aplicação dos resultados. Pode ainda substi-
tuir os administradores e os membros do Conselho Fiscal;
Administração – órgão de gestão por excelência, sendo composto por uma equipa eleita
pela Assembleia geral;
Conselho Fiscal - é o órgão fiscalizador da sociedade, constituído pelo menos por três
membros, eleitos em Assembleia-geral, competindo-lhe examinar a escrita da sociedade,
verificar o cumprimento dos estatutos, dar parecer sobre o Balanço, Demonstração de
resultados líquidos e relatório apresentado pela administração.
Nestes termos, as decisões relativas à gestão corrente da sociedade são tomadas pela
administração e as decisões ordinárias e extraordinárias são tomadas pela Assembleia
geral

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1.5. SOCIEDADE EM COMANDITA
É uma sociedade de responsabilidade mista porque reúne sócios de responsabilidade li-
mitada (sócios comanditários) que contribuem com o capital, e sócios de responsabili-
dade ilimitada (sócios comanditados) que contribuem com a indústria.
Responsabilidade
Cada um dos sócios comanditários responde apenas pela sua vida entrada. Os sócios co-
manditados respondem pelas dívidas da sociedade nos mesmos termos dos sócios das
sociedades em nome colectivo , isto é, ilimitada e solidariamente.
Sócios
Existem dois tipos de sócios:
- Comanditados, as suas entradas consistem em trabalho e conhecimentos.
- Comanditários, cuja contribuição consiste em entradas constituídas por dinheiro, coisas
e direitos .
Firma
É formada pelo nome de pelo menos um dos sócios comanditados e o aditamento “ Em
comandita” ou “& Comandita” .
Exemplos: “Euclides Joaquim, em Comandita”
“Janice & Benvida , em Comandita por acções”
Tomada de decisões
Só os sócios comanditados podem ser gerentes, salvo estipulação em contrário no con-
trato de sociedade. Daqui decorre o seguinte: quem decide sobre os actos de mera gestão
são os gerentes, contudo as decisões de maior grau são tomadas pela Assembleia Geral
constituída por todos os sócios.

2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Lei das sociedades comerciais -Lei n.º 1/04, de 13 de Fevereiro;

LOUSÃ, Aires, Documentação e Legislação Comercial, Edições REDITEP, Luanda, 2010

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