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- Sociedades Comerciais
SOCIEDADES COMERCIAIS
“Organização de pessoas, que põem em comum os bens e serviços necessários ao
exercício de uma atividade económica, que não seja de mera fruição, com vista à
obtenção de lucro a repartir pelos sócios.”
Como podemos verificar a lei não nos dá um conceito de sociedade, pelo que teremos
de necessariamente de recorrer ao direito civil.
Assim a sociedade comercial é uma sociedade, obedecendo às caraterísticas
definidoras do artigo 980.º do C. Civ., acrescidas dos requisitos constantes do n.º 2 do
artigo 1.º do CSC.
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4. Elemento teleológico: repartição de lucros.
1. Sociedade Unipessoal por Quotas, um único sócio que poderá ser uma pessoa
singular ou coletiva, artigo 270-A, n.º 1:
Uma pessoa singular só pode ser sócia de uma única sociedade
unipessoal por quotas, artigo 270-C, n.º 1
As pessoas coletivas podem ser sócias de um número ilimitado
de sociedades pessoais por quotas
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Uma sociedade unipessoal por quotas não pode ser sócia única
de uma sociedade por quotas que se ache reduzida à
unipessoalidade.
A firma destas sociedades é diferente da das sociedades por
quotas, artigo 270.º-B CSC.
2. Sociedade Unipessoal Anónima, um único sócio, uma sociedade comercial,
sendo esta a única titular da totalidade das ações, artigo 488.º n.º 1.
2.Elemento Patrimonial:
Obrigação de contribuir com bens ou serviços, ou seja é a chamada obrigação de
entrada, através da qual os sócios efetuam contribuições que irão formar o património
inicial da sociedade.
No entanto não se exige a efetivação dessas contribuições logo no momento inicial,
podendo ser deixada para mais tarde, ao menos em parte.
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3.Elemento Finalístico (fim imediato ou objeto)
Exercício comum de certa atividade económica que não seja de mera fruição (prazer):
Ficam excluídas as de carater cultural, religioso.
Tem de haver:
Exercício comum, que consiste na intenção dos sócios de constituírem a
sociedade, ou seja, na vontade de, reunindo os seus contributos, criarem um
ente novo, com uma atividade específica própria – com um objeto
determinado.
Atividade não seja mera fruição, ou seja que se caracteriza pelo
desenvolvimento de uma atividade dos sócios geradora de uma utilidade, de
um valor económico novo, através de um processo produtivo ou especulativo,
que implique uma transformação física ou económica dos elementos
patrimoniais postos em causa.
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É anulável a deliberação que porventura negar a distribuição do dividendo
mínimo obrigatório, ou mandar distribuir montante inferior ao legal, fora casos
ressalvados nos artigos 217.º, n.º 1 e 294.º, n.º 3.
5.Objeto Comercial:
O objeto da sociedade consiste nos atos ou atividades que, segundo a vontade dos
sócios ela deverá praticar e prosseguir. Por conseguinte, é o carater comercial desses
atos e atividades que atribui às sociedades o carater de comerciantes.
Deverá tratar-se de atos de comércio objetivos e de atividades qualificadas de
comerciais.
Prática de atos de comércio.
A comercialidade das sociedades determina-se pelo seu objeto: basta que o seu objeto
seja comercial, para que a sociedade o seja.
As sociedades portanto são comerciantes natos., porque não necessitam de exercer
profissionalmente o comércio para adquirirem a qualidade de comerciantes. A
comercialidade advém-lhes da própria constituição, devendo o objeto constar do pp
contrato constitutivo.
É este elemento que distingue as sociedades comerciais das sociedades civis. O que
não impede que uma sociedade comercial possa praticar atos civis.
O que não impede que uma sociedade comercial pratique atos civis, nem que uma
sociedade civil pratique atos de comercio, desde que sejam ocasionais e inerentes aos
seus fins.
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Segundo o código são sociedades comerciais as que tenham por objeto a prática de
atos comerciais e que adotem um dos seguintes tipos:
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Capital social é do montante livremente fixado no contrato de sociedade, equivalendo
à soma das quotas subscritas pelos sócios e resulta das seguintes regras definidas:
a) Em principio cada socio responde pela sua entrada. Mas os sócios são
solidariamente responsáveis por todas as entradas, convencionadas no
pacto social, ex: se um socio não pagar a sua entrada, pode ser
excluído, sendo que os restantes sócios são solidariamente
responsáveis pelo pagamento da entrada, artigo 197.º n.º1;
b) Só a sociedade com o seu património responde pelas dívidas para com
os credores. Portanto, os sócios não respondem com os seus bens pelas
dívidas da sociedade, a menos que no pacto social se tenha estipulado
que um ou mais sócios serão responsáveis pelas dívidas daquela, artigo
197.º n.º 3 e art.º 198.º, n.º 1.
c) A participação de cada sócio na constituição da sociedade denomina-se
quota. Cada quota tem um valor mínimo 1 euro.
A sociedade unipessoal por quotas é-lhe aplicada as mesmas regras, com exceção das
regras relativas à pluralidade de sócios.
a) SOCIEDADE ANÓNIMA
d) Capital social de valor mínimo de 50.000,00 euros, artigo 276.º, n.º 3;
e) Cada sócio responde individual e exclusivamente para com a sociedade
pelo valor da sua entrada;
f) Só a sociedade é responsável, com o seu património, perante os seus
credores pelas suas dívidas;
g) As participações são denominadas de ações.
b) SOCIEDADE EM COMANDITA
O seu traço distintivo é terem 2 tipos de sócios:
- os sócios comanditados, assumem responsabilidade pelas dividas da sociedade, nos
mesmos termos dos sócios da sociedade em nome coletivo;
- sócios comanditários, não respondem por quaisquer dividas da sociedade.
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- nas sociedades em comandita simples, as participações de ambos os sócios
denominam-se de partes sociais;
- nas sociedades em comandita por ações, as participações dos sócios comanditados
denominam-se de partes sociais, mas as participações dos sócios comanditários são
ações.