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CADERNO DE ERROS – PROCESSO CIVIL

A contagem do prazo de 30 (trinta) dias previsto no art. 308 do CPC/2015 para formulação do pedido
principal se inicia na data em que for totalmente efetivada a tutela cautelar. Info 718.

NÃO ERREI MAS ACHO IMPORTANTE DEIXAR REGISTRADO: O Código de Processo Civil permite a execução
provisória da multa cominatória mesmo antes da prolação de sentença de mérito. 

Art. 294, parágrafo único, CPC: A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida
em caráter antecedente ou incidental.

NÃO ERREI MAS É IMPORTANTE:

 temporal - decurso do tempo - necessidade de agir antes do termo final


 consumativa - impossibilidade da prática de um ato processual em razão de ele já ter sido
praticado, com a produção de efeitos imediatos. O art. 200 do Código de Processo Civil
 lógica - contradição entre o ato processual que se tem a faculdade de praticar e a conduta da parte
processual, incompatível com o ato processual pretendido. 
 punitiva - ocorre quando há a prática de um ato ilícito e, consequentemente, opera-se a preclusão
para a prática processual.

Data de publicação: é o dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça


eletrônica, conforme art. 224, § 2º, do CPC. No presente caso será o dia 09 de março (quarta-feira).

Contagem do Prazo: primeiro dia útil que seguir ao da publicação, conforme art. 224, § 3º, do CPC. Logo
contará a partir de 10 de março, quinta-feira.

 O início da contagem dos prazos nos atos cuja comunicação se dá por Diário da Justiça eletrônico começa
no dia seguinte ao da publicação (arts. 224, § 2º, e 231, VII, CPC) e a publicação ocorre no dia seguinte ao
da disponibilização (art. 224, § 1º, CPC). Na contagem dos prazos processuais, excluímos o dia do começo,
incluímos o do vencimento (art. 224, caput, CPC) e computados apenas os dias úteis (art. 219, CPC).

Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a
conceder não for interposto o respectivo recurso.

§ 1º No caso previsto no caput , o processo será extinto.

Art. 326. É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz conheça do
posterior, qdo não acolher o anterior.

Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. Parágrafo único. A tutela


provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou
incidental.
Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a
efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se: IV - o juiz acolher a alegação de decadência
ou prescrição da pretensão do autor.

Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de


dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: II - as alegações de fato puderem
ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos
repetitivos ou em súmula vinculante;

NÃO ERREI MAS É BOM DEIXAR REGISTRADO:


"As medidas adequadas para efetivação da tutela provisória independem do trânsito em julgado,  inclusive
contra o Poder Público  (art. 297 do CPC)".

 As astreintes não têm caráter punitivo, mas coercitivo e tem a finalidade de pressionar o réu ao
cumprimento da ordem judicial, logo não pode ser retroativa, ou seja, não pode ser aplicada após o
cumprimento da decisão judicial. (STJ, AgRg no AREsp 419.485/RS, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA
TURMA, julgado em 04/12/2014, DJe 19/12/2014)

I. A probabilidade do direito que autoriza o emprego da técnica antecipatória é a probabilidade lógica,
que surge da confrontação das alegações e das provas com os elementos constantes nos autos. É provável
a hipótese que encontra maior grau de conformação e menor grau de refutação nesses elementos.

II. A tutela de urgência é um instituto que permite a antecipação de um direito da parte. Pode ter por
finalidade a aquisição desse direito (natureza antecipada/satisfativa) ou mesmo a garantia de sua
aquisição (natureza cautelar).

III. A estabilização da tutela provisória constitui uma técnica de sumarização material e


procedimental porque, basicamente, sumariza tanto a matéria quanto o procedimento. A sumarização da
cognição sempre implica a sumarização do procedimento. Mas o inverso não é verdadeiro. Por exemplo, o
procedimento sumário e o procedimento dos juizados especiais preservam o exercício da cognição
exauriente — ou seja, sumarizam o procedimento, mas não a matéria.

IV. De fato a tutela da evidência está fundada na necessidade da distribuição isonômica do tempo entre
os litigantes; tradução de diversos princípios constitucionais do processo — devido processo legal,
duração razoável, isonomia. Quer dizer: não é razoável que a parte provavelmente vencedora da demanda
judicial espere todo o trâmite do processo sem usufruir o bem da vida, enquanto o sujeito
que provavelmente não tenha razão desfrute dele.

NÃO ERREI MAS JÁ VI QUE CAI MUITO ESSE NEGÓCIO DE COGNIÇÃO EXAURIENTE: E
COGNIÇÃO SUMÁRIA:

A tutela provisória pode ser concedida na sentença, o que implica a circunstância de já ter transcorrido
toda a instrução processual; assim, a tutela não será mais concedida em análise sumária, mas
em cognição exauriente. A utilidade dessa concessão na sentença se funda na circunstância de que o
recurso de apelação tem, via de regra, efeito suspensivo (art. 1.012 CPC).

Cognição sumária é o exame rápido e não aprofundado do processo, característico das decisões urgentes
como as liminares. É baseado num juízo de probabilidade e não de certeza.

Cognição exauriente é o exame aprofundado das provas, exaurir significa esgotar a prova, ver tudo. É
próprio das sentenças e fundado num juízo de certeza.
A primeira característica essencial da tutela provisória é a “sumariedade da cognição” (DIDIER JR, 2015:
568). O juízo, para conceder uma tutela provisória, realiza uma cognição mais superficial, um juízo de
probabilidade. Por outro lado, em sede de tutela definitiva, realiza-se uma cognição exauriente.

A segunda característica é a “precariedade” (DIDIER JR, 2015: 568). A tutela provisória pode ser revogada
ou modificada a qualquer tempo, conforme redação do artigo 296, caput, do CPC.

Finalmente, a terceira característica é que a tutela provisória é “inapta a tornar-se indiscutível pela coisa
julgada” (DIDIER JR, 2015: 568), exatamente por ser uma decisão precária, assentada em cognição sumária.

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