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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 

PROCESSO PRINCIPAL: 0209410-61.2021.8.19.0001


AGRAVO DE INSTRUMENTO: 0005308-12.2023.8.19.0000
RECORRENTE: CARLA TORRES ROSALBA
RECORRIDO: MARCOS VINÍCIUS DE JESUS SILVA

MARCOS VINÍCIUS DE JESUS SILVA, já qualificado nos autos


do Recurso em epígrafe, vem à presença de Vossa Excelência, propor
CONTRARRAZÕES AO AGRAVO DE INSTRUMENTO proposto por CARLA
TORRES ROSALBA, que faz nos seguintes termos:

I. DA TEMPESTIVIDADE

Consoante o disposto nos artigos art. 219, caput e art. 1.019, inc. II, ambos do Código de
Processo Civil, as contrarrazões ao agravo de instrumento deverão ser apresentadas no
prazo de 15 (quinze) dias úteis, a contar da intimação do agravado.

No presente caso, o agravado foi devidamente intimado da interposição do agravo de


instrumento no dia 22/05/2023, conforme comprova a certidão de intimação anexada aos
autos. Acrescente-se que não houve expediente forense nos dias 08 e 09/06/2023 (feriado
de Corpus Christi).

Dessa forma, considerando que as presentes contrarrazões estão sendo apresentadas dentro
do prazo legal de 15 (quinze) dias úteis, restam preenchidos todos os requisitos de

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tempestividade, conforme estabelecem os artigos art. 219, caput e art. 1.019, inc. II, ambos
do Código de Processo Civil.

II. DO PEDIDO DE GRATUIDADE DE JUSTIÇA

Em conformidade com o artigo 98 do Código de Processo Civil, o agravado, Marcos


Vinícius de Jesus Silva, pleiteia a concessão da gratuidade de justiça, haja vista não ter
condições financeiras de arcar com as despesas processuais, sem prejuízo do sustento
próprio e de sua família.

Nesse sentido, declara, sob as penas da lei, a veracidade das informações apresentadas e
anexa à presente manifestação as últimas três declarações de Imposto de Renda
comprobatórias da sua hipossuficiência econômica.

Diante do exposto, requer a Vossa Excelência a concessão do benefício da gratuidade de


justiça, a fim de que o(a) Requerente possa prosseguir no processo sem a obrigatoriedade
de pagamento das custas e despesas processuais, nos termos da legislação vigente.

III. DA AUSÊNCIA DE PEÇAS OBRIGATÓRIAS

Preliminarmente, cumpre-nos ressaltar que, conforme previsto em lei, os documentos


obrigatórios devem compor o instrumento indispensável para o conhecimento do recurso.

A doutrina ao disciplinar sobre a matéria, destaca sobre a incumbência do Agravante em


instruir o Agravo com as peças obrigatórias e necessárias ao convencimento do Juízo:

"O instrumento de agravo deve ser formado com as peças mencionadas


no art. 1.017, CPC. Trata-se de ônus do agravante bem formar o
instrumento do agravo. Essas peças podem ser divididas em peças
obrigatórias ou em peças facultativas." (MITIDIERO, Daniel.
ARENHART, Sérgio Cruz. MARINONI, Luiz Guilherme. Novo Código
de Processo Civil Comentado - Ed. RT, 2017. e-book, Art. 1.017)

Portanto, a ausência de qualquer das peças obrigatórias deve resultar no imediato


arquivamento do Agravo, conforme precedentes sobre o tema:

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AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO (ART. 544 DO CPC/73) -
AUTOS DE AGRAVO DE INSTRUMENTO NA ORIGEM -
AUSÊNCIA DE PEÇA OBRIGATÓRIA - DECISÃO MONOCRÁTICA
QUE NEGOU PROVIMENTO AO RECLAMO.IRRESIGNAÇÃO DOS
AGRAVANTES.1. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é
pacífica no sentido de que a ausência, no momento da interposição, das
peças obrigatórias de que trata o art. 525, inciso I, do CPC/73 (dentre as
quais a cópia da procuração outorgada ao advogado de todos os
agravantes, incluída a cadeia de substabelecimentos), importa o não
conhecimento do agravo de instrumento. Precedentes 1.1 Na hipótese ora
em foco, quando da interposição de agravo de instrumento (artigo 522 do
CPC/73), não foi juntado aos autos cópia da procuração da agravante,
peça obrigatória prevista no inciso I do artigo 525 do Codex
Processual/73. Precedentes. Incidência da Súmula 83/STJ.2. Não há falar
em abertura de prazo para regularização da representação no agravo de
instrumento, por constituírem a procuração e os posteriores
substabelecimentos peças obrigatórias, nos termos do art. 525, I, do
CPC/73. Precedentes. 2.1. A previsão expressa de regularização de
vícios processuais de menor gravidade, disposta no art. 1.029, § 3º, do
CPC/2015, não se aplica aos recursos interpostos antes do início da
vigência do NCPC, em observância ao princípio do tempus regit actum
consagrado pelos Enunciados Administrativos nº 2/STJ e 5/STJ.
Precedentes.3. Agravo regimental desprovido. (STJ, AgRg no AREsp
840.607/PR, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA,
julgado em 27/02/2018, DJe 05/03/2018, #03502353).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMPREGADOR. AGRAVO DE


INSTRUMENTO. PEÇAS OBRIGATÓRIAS. MÁ FORMAÇÃO. NÃO
CONHECIMENTO. É obrigação e responsabilidade da parte a formação
do instrumento, pelos termos do § 5º do art. 897 da CLT e também do
inciso X da Instrução Normativa nº. 16/99 do C. TST. Agravo de
instrumento não conhecido, por defeito de formação. (TRT-6, Processo:
Ag - 0000811-65.2017.5.06.0391, Redator:Ruy Salathiel de Albuquerque
e Mello Ventura, Data de julgamento: 18/06/2018, Terceira Turma, Data
da assinatura: 18/06/2018, #23502353)

O presente Agravo, portanto, não pode ser sequer recebido, sob pena de inobservância às
disposições do Código de Processo Civil.

IV. DA VERDADE DOS FATOS

Trata-se originariamente de ação de busca e apreensão com pedido de


liminar urgente para cumprimento de acordo de visitação. O processo seguiu sem
apensamento aos autos originais 0000419-92.2011.8.19.0078 (oferecimento de alimentos
pelo pai, em que ambos os genitores estavam assistidos pela Defensoria Pública ) tendo em

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vista que este se trata de autos físicos (conforme decisão do juízo de fls. 54 do processo
209410-61.2021.8.19.0001). Assim, como a agravante continuou a descumprir
sistematicamente o acordo de visitação, prosseguiu-se com os autos digitais
0209410-61.2021.8.19.0001.

O Ministério Público, em prosseguimento, solicitou a realização de estudo


psicossocial, COM URGÊNCIA, devido a uma mensagem da agravante num print de
conversa entre os genitores pelo whatsapp em que a mãe alienadora acusa falsamente o pai
de maus tratos ao filho. Neste ponto, ressalte-se que a prática de falsa acusação é típica da
alienação parental e, com o desenrolar do processo, não houve nenhuma comprovação de
maus tratos pelo pai, até porque na verdade nunca houve. O pai sempre foi amoroso, e
sempre cuidou bem do seu filho.

Então houve entrevista dos genitores e do menor com psicóloga forense, bem
como visita da assistente social forense às residências materna e paterna. Por este motivo, a
agravante requer nulidade da decisão alegando o princípio da não surpresa, e ofensa aos
princípios do contraditório e da ampla defesa, o que não merece prosperar como
demonstraremos a seguir.

Nos termos da legislação vigente e em consonância com os princípios


norteadores do processo legal, é importante destacar que a realização de entrevistas com
profissionais da área de Psicologia Forense e Assistência Social Forense não acarreta
prejuízo à parte que não foi previamente intimada, não configurando, assim, ofensa ao
princípio da não surpresa, ao princípio do contraditório e à ampla defesa.

O princípio do contraditório e da ampla defesa é assegurado


constitucionalmente, permitindo às partes a possibilidade de se manifestarem, contestarem
e produzirem provas no decorrer do processo. Entretanto, essa garantia não impede a
realização de diligências, como entrevistas com especialistas, desde que estas não
restrinjam a possibilidade de defesa e contraditório da parte contrária.

No contexto forense, é comum a utilização de técnicas especializadas para a


análise de fatos e circunstâncias relacionados a um caso, visando contribuir para a

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elucidação da verdade e a tomada de decisões judiciais fundamentadas. Nesse sentido, a
entrevista com psicóloga forense e assistente social forense foram realizadas para fornecer
informações relevantes e subsidiar o juízo de valor a ser realizado.

Assim, é importante salientar que a agravante não comprovou que houve


cerceamento de defesa, pois foi apresentada contestação nos autos principais e demais
peças de defesa. A ausência de intimação prévia da parte para a referida entrevista não é
suficiente, por si só, para caracterizar a violação dos princípios constitucionais
mencionados.

Uma eventual nulidade da decisão só seria admitida caso ficasse


demonstrado que a falta de intimação prévia e a realização da entrevista geraram prejuízo
concreto e efetivo à parte contrária, limitando seu direito de defesa e contraditório. Caso
contrário, a realização da entrevista com a psicóloga forense e a assistente social forense se
insere dentro da margem de discricionariedade do julgador, não comprometendo, assim, a
regularidade do processo.

Dessa forma, é evidente que a entrevista com a psicóloga forense e a


assistente social forense, quando realizada sem a intimação prévia da parte, não caracteriza
ofensa ao princípio da não surpresa, ao princípio do contraditório e à ampla defesa, desde
que não haja comprovação de cerceamento efetivo da defesa. Assim, não se vislumbra a
necessidade de anulação da decisão com base nesse fundamento.

V. DA PERDA DO OBJETO

Insurge-se, pois, a agravante contra a decisão proferida pelo Exmo. Juiz de


Direito da 1ª vara da Comarca de Armação dos Búzios, que deferiu cautelar de busca e
apreensão do menor VINÍCIUS TORRES DE ROSALBA, seu filho, tendo em vista o
descumprimento do acordo de visitação pela Ré na ocasião das férias escolares em que o
menor tem o direito de passar quinze dias das férias com o pai/Autor.

Contudo, informamos a este Egrégio Tribunal que o mandado de busca e


apreensão foi devidamente cumprido pelas autoridades competentes no dia 26/01/2023

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(conforme fls. 361 do processo originário n. 0209410-61.2021.8.19.0001), antes mesmo da
interposição deste recurso. Assim, o menor foi entregue a seu pai no dia 26/01/2023 para
passar uma quinzena das férias de janeiro, não havendo mais qualquer objeto para a
discussão do presente Agravo de Instrumento.

Confira-se a seguir, a decisão do juízo objeto do presente agravo:

“Decisão

Trata-se de cautelar de busca e apreensão do adolescente VINICIUS TORRES ROSALBA DE


JESUS, nascido em 18/05/2010, para que se cumpra acordo de visitação movida por MARCOS
VINÍCIUS DE JESUS SILVA em face de CARLA TORRES ROSALBA. Acordo de visitação,
fls.14/15. Decisão de indeferimento da liminar pretendida, fls.29/30. Petição autoral, fls.58,
informando que a ré continua a descumprir o acordo de visitação. Relatório psicológico, fls.74/80,
sugerindo uma mínima convivência entre pai e filho. Relatório social, fls.81/83. Manifestação do
MP, fls.88. Relatório técnico, fls.152/153, sugerindo que as visitas ao genitor ocorram sem pernoite.
Petição autoral, fls.165/198, aduzindo a necessidade da busca e apreensão do adolescente, tendo
aventado, inclusive, a ocorrência de atos de alienação parental. Contestação, fls.218/238. Decisão,
fls.265/270, determinando o cumprimento do acordo de visitação, ressalvando que em todos os
dias de visita, deverá ocorrer sem pernoite e no horário compreendido entre 12h e 19h, devendo,
para tanto, a ré providenciar terceira pessoa para levar e buscar o adolescente VINICIUS. Petição
autora, fls.307/313, informando que a ré descumpre as decisões judiciais sobre visitação inúmeras
vezes. Às fls.328/329, o MP manifesta-se favoravelmente à busca e apreensão do adolescente. É
O RELATÓRIO. DECIDO. Conforme relatado, diversas medidas foram empregadas para que o
genitor pudesse ter acesso ao filho, cumprindo-se, assim, o acordo de fls.14/15. Frise-se que,
inclusive, foi estabelecido um horário (decisão de fls.265/270) para a visitação, seguindo sugestão
do parecer técnico de fls.152/153. Não obstante, há notícias de continuidade no descumprimento
do acordo de visitação, bem como atos de alienação parental. Nesse sentido, em que pese a
medida seja drástica, não resta outra alternativa a não ser a expedição de mandado de busca e
apreensão para que sejam cumpridas as cláusulas do acordo de fls.14/15, com a ressalva que, em
todas as oportunidades de visita, não haverá pernoite, além de ocorrerem de 12h às 19h. Destarte,
razão assiste ao MP quando postula o desentranhamento da petição de fls.165/198, para que seja
instaurado, em apartado, incidente de alienação parental. Isso porque tal medida está
expressamente prevista no art.5º da Lei 12.318/2010. Diante de todo o exposto, DETERMINO: 1.
Expeça-se, com urgência, mandado de busca e apreensão do adolescente VINICIUS TORRES
ROSALBA DE JESUS, a ser realizado pelo OJA, para que seja cumprido o acordo de fls.14/15, o
qual deverá acompanhar o respectivo mandado, com a limitação prevista na Decisão de
fls.265/270 (que também deverá acompanhar o mandado), ou seja, que, em todas as

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oportunidades de visita, não haverá pernoite, além de ocorrerem de 12h às 19h, devendo,
conforme o caso, a ré providenciar, a ida e volta do adolescente.
2. Desentranhe-se a petição de fls.165/198 e autue-se em apartado, nos termos do art.5º da Lei
12.318/2010, juntando-se ainda a manifestação do MP de fls.328/329.
3. Oficie-se à ETIC, para proceder à entrevista com adolescente e pontue, objetivamente se a
genitora está realizando campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício
da paternidade, nos termos do artigo 2º, parágrafo único, inciso I da Lei 12.318/10, anexando o link
apontado pelo MP https://drive.google.com/drive/folders/1Yr-ourxn0q1NbLJpQFIkNqjdqAcq9o8m).
4. Certifique-se se houve resposta ao ofício de fls.97 pelo CREAS. Caso negativo, reitere-se.
5. Oficie-se à Secretaria de Saúde do Município de Armação dos Búzios, para acompanhamento
psicológico ambulatorial dos envolvidos. Armação dos Búzios, 24/01/2023.”

Ocorre que conforme passará a demonstrar, o Agravo não merece ter


provimento, pelos fatos e motivos que passa a expor.

Diante do cumprimento integral do mandado de busca e apreensão no dia


26/01/2023, conforme CERTIDÃO POSITIVA SEGUIDA DE AUTO DE BUSCA E
APREENSÃO E ENTREGA junto às fls. 361 do processo originário
0209410-61.2021.8.19.0001, resta evidente a perda superveniente do objeto do presente
Agravo de Instrumento, não subsistindo, portanto, qualquer utilidade prática no
prosseguimento deste recurso. tornando-se prejudicada a análise do recurso interposto pela
Agravante.

VI. DO PEDIDO DE INDEFERIMENTO DA INSTAURAÇÃO DO INCIDENTE DE


ALIENAÇÃO PARENTAL E DO DIREITO DE PETIÇÃO GARANTIDO PELA
CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA

A recorrente alega, em seu Agravo de Instrumento, o indeferimento da


instauração do incidente de alienação parental, pleiteando a reforma da decisão que admitiu
sua realização. Contudo, as alegações apresentadas carecem de fundamento jurídico e não
merecem prosperar.

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A alienação parental é uma situação grave que pode ocorrer no âmbito
familiar, causando danos irreparáveis ao desenvolvimento emocional e psicológico da
criança ou adolescente envolvido(a). Nesse contexto, a legislação brasileira, visando à
proteção dos direitos fundamentais desses sujeitos vulneráveis, instituiu a Lei nº
12.318/2010, que dispõe sobre a alienação parental e estabelece medidas preventivas e
protetivas.

No presente caso, a decisão que deferiu a instauração do incidente de


alienação parental fundamentou-se em elementos probatórios consistentes, que apontam
indícios da prática de alienação parental pela recorrente. Cabe ressaltar que a instauração do
incidente tem como finalidade apurar a veracidade dos fatos alegados, bem como avaliar o
impacto da conduta alienante no bem-estar da criança ou adolescente.

Além disso, o direito de petição, consagrado no artigo 5º, inciso XXXIV,


alínea a, da Constituição Federal de 1988, assegura a todo cidadão o direito de apresentar
pleitos aos órgãos públicos, requerendo medidas em defesa de seus direitos ou interesses
legítimos. Trata-se de um dos pilares fundamentais do Estado Democrático de Direito,
garantindo a participação do cidadão na administração da justiça.

No caso em tela, é evidente que a instauração do incidente de alienação


parental é um meio legítimo de salvaguardar o superior interesse da criança ou do
adolescente, conforme preconiza o artigo 4º da Lei nº 12.318/2010. A medida busca
proteger a criança contra a prática de atos que possam comprometer o vínculo afetivo com
um dos genitores, visando sempre o seu bem-estar emocional e psicológico.

Ademais, é importante destacar que o instituto da alienação parental visa


resguardar o melhor interesse da criança ou adolescente, princípio norteador de todas as
decisões judiciais envolvendo questões familiares. Sendo assim, o deferimento da
instauração do incidente de alienação parental é uma medida essencial para garantir a
proteção integral do menor e assegurar a efetivação de seus direitos fundamentais.

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VII. DO CARÁTER MERAMENTE PROTELATÓRIO DO RECURSO

Ademais, é imperioso salientar que o recurso em apreço possui caráter meramente


protelatório, uma vez que se fundamenta em argumentos destituídos de qualquer amparo
legal e factual.

A agravante, Carla Torres Rosalba, não trouxe aos autos qualquer argumento capaz de
infirmar a decisão proferida pelo MM. Juízo de Primeiro Grau, que, de forma
fundamentada e em consonância com a legislação vigente, deferiu o mandado de busca e
apreensão requerido pelo agravado.

VIII. DA AUSÊNCIA DE REQUISITOS PARA O PROSSEGUIMENTO DO


AGRAVO DE INSTRUMENTO

Ainda, convém ressaltar que a agravante não logrou êxito em demonstrar a presença dos
requisitos necessários para o prosseguimento do Agravo de Instrumento. Não há qualquer
prova ou argumento capaz de evidenciar a presença de fumus boni iuris (fumaça do bom
direito) ou periculum in mora (perigo na demora), imprescindíveis para a concessão do
efeito suspensivo pleiteado.

Portanto, considerando a ausência de elementos que justifiquem a reforma da decisão


agravada, requer-se a manutenção da decisão proferida pelo MM. Juízo de Primeiro Grau.

IX. DA ALIENAÇÃO PARENTAL GRAVÍSSIMA

O adolescente se encontra em grave situação de violação de seus direitos


fundamentais garantidos pela Lei 8069/90, visto que a genitora agravante mantém
conduta alienadora contra o pai, avó paterna, avó materna, tios e demais parentes
maternos, isolando o adolescente de todos que criticam sua postura aleinadora,
causando-lhe graves abalos físicos e psicológicos decorrentes da alienação parental,
não restando assim, dúvidas quanto à NÍTIDA SITUAÇÃO DE
VULNERABILIDADE SOCIAL em que se encontra, conforme farta comprovação.

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Destacamos o IMPORTANTE vídeo no qual a avó materna (mãe da genitora, Dona Maria
Lúcia) apela ao pai para pedir a guarda do neto Vinícius, pois teme que a genitora mate o
adolescente, e se suicide em seguida, haja vista seu desequilíbrio mental (minuto 1:51 do
vídeo). O vídeo foi gravado pelo pai no mês de maio de 2022 próximo a data do
aniversário do menor, em visita a família extensa materna (também no vídeo fala o irmão
da genitora (Dute), e sua tia-avó Mônica Torres, disposta a colaborarem com a justiça).
Não restam dúvidas de que os direitos fundamentais de Vinícius estão sendo cruelmente
feridos pela genitora!!! - Link do vídeo da visita a avó materna:
https://drive.google.com/file/d/1RLvM5mjnVtam2MP9xDdTdz4wYMyrtYq3/view?usp=s
hare_link

É URGENTE!

Vinícius precisa da ajuda do Poder Judiciário!!!!!!!!!!!

Para que ele possa ter uma convivência saudável com suas avós, seus tios e
tias, seus primos! Emociona ver Vinícius no vídeo dando vários beijos em sua avó
Maria Lúcia após 6 anos sem contato!!! Triste!!!

No minuto 6:00 do vídeo, o irmão da genitora, Dute, diz que desconfia que
Carla sofre de esquizofrenia!!!

Infelizmente, o presente caso é de alienação gravíssima, que apenas a


reversão da guarda em favor do genitor alienado é capaz de, efetivamente, minimizar os
danos provocados no adolescente Vinícius alienado de toda família por sua mãe. Assim, nas
palavras de APOSTOLO:

“O genitor alienador implantará falsas memórias na mente do filho,


inclusive de cunho sexual, com a idéia de que falsamente houve um abuso
sexual. Incutirá sentimentos de rejeição, repúdio e ódio na criança em
relação ao outro genitor com o objetivo de desfazer os vínculos existentes
entre o genitor alienado e seu filho. O objetivo é o afastamento total do
convívio dele com o outro genitor. Num sentido mais amplo, a destruição
emocional de um vínculo afetivo poderá resultar simbolicamente na “morte”
da relação do genitor alienado com seu filho.

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A mensagem contínua e sistemática transmitida ao filho é a de que o outro
genitor é inadequado, pernicioso, ameaçador e malévolo, portanto
plenamente dispensável da vida da criança. Conforme o decorrer do tempo, e
a alienação mostrar-se bem sucedida, a criança passará a sentir-se órfã de pai
ou de mãe. Odiando a um dos genitores sem que ele tenha contribuído para a
instalação desse sentimento.

Na esfera jurídica, a Alienação Parental é entendida como uma forma de


abuso emocional, pelo intenso dano causado ao psiquismo da criança. É
comparada em termos de gravidade e malefícios emocionais ao abuso
sexual. Visando coibir essa prática algumas medidas judiciais podem ser
propostas, dentre elas: o tratamento psicológico, psicoterapia familiar, e nos
casos cuja gravidade é extrema, é possível que seja determinada reversão da
guarda em favor do genitor alienado.” (APÓSTOLO, Ivana Maria Carvalho.
“MEDEIA”: UMA TRAGÉDIA COM FEIÇÕES DE UMA ALIENAÇÃO
PARENTA, in ALIENAÇÃO PARENTAL E FAMÍLIA CONTEMPOR
NEA: um estudo psicossocial, pg. 20: Disponível em
https://crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/publi/alienacao_parental/alienacao_
parental_e_familia_contemporanea_vol2.pdf)

O adolescente VINÍCIUS TORRES ROSALBA DE JESUS conta hoje com


13 anos de idade, e vive desde a dissolução da união estável sob a guarda da agravante,
regulamentada judicialmente a visitação ao pai, quinzenalmente, e fixada a prestação
alimentícia mensal de 30% do salário mínimo, nos autos do processo
000419-92.2011.8.19.0078.

Destacamos que o genitor é pai amoroso e desde a ocasião da separação faz


tudo o que pode para auxiliar na criação de seu único filho. Inclusive não requereu a
partilha de bens após o término da união estável, abrindo mão de seus direitos de
companheiro, deixando com a genitora a residência e o carro, que até hoje está em seu
nome.

Além disso, foi o genitor que, logo após a dissolução da união estável,
propôs ação de oferecimento de alimentos e regulamentação de visita, sendo autor no
processo 0000419-92.2011.8.19.0078 retro citado.

Reproduzimos abaixo alguns links de áudios e vídeos juntados pelo agravado

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nos autos do processo principal, que denotam fortes indícios de alienação parentals:

a) “Pai, eu não quero falar com você agora”


https://drive.google.com/file/d/1wY3XZ9c-5-NB5McxTMDFu-CEfsh3in87/view?u
sp=sharing
b) “Por que, meu filho, você não quer falar com seu pai? Estou com saudades! Seu
aniversário é por agora...”
https://drive.google.com/file/d/18xy1SbwWOZtkucURQzoEMe8XcQrPvnik/view?
usp=sharing
c) “Eu não estou com saudade de você”
https://drive.google.com/file/d/116dXJImuBr3rHkVKQl8JOKTCzyfeaLix/view?us
p=sharing
d) “Você nem é meu pai, nem me cuida”
https://drive.google.com/file/d/1iEdG1AITknIYei6wo0aw57i_yN8CGudZ/view?us
p=sharing
e) “Minha mãe até tá doente”
https://drive.google.com/file/d/1zrYTAziEz8NLQjmOeNneXuDA7kbOamjA/view?
usp=sharing
f) “Por causa de que você estressa muito ela”
https://drive.google.com/file/d/1pD1fASDNYPhRRYRke_jmMhSg9i-Gy3tD/view?
usp=sharing
g) “E esse vírus que ela tá, é porque você está estressando muito ela”
https://drive.google.com/file/d/1cEZ83LpBjybzs3wUeMRkx4WmAebbqkCd/view?
usp=sharing

O pai gravou a tentativa de buscar o filho no dia 21/10/2022. Nos vídeos a


genitora inventa óbices e repete seu discurso de ódio contra o pai na frente do adolescente,
como sempre faz, em flagrante atitude alienadora do genitor. Confira-se os vídeos pelos
links abaixo:

1. https://drive.google.com/file/d/1DelUH4fPzg4uU1LD_4ef8XMwDq0pQzFJ/view?
usp=share_link (A mãe não deixa o filho responder quando o pai chega para
buscá-lo na casa da mãe. A mãe acusa o pai de ter obrigado o filho a dormir na
mesma cama que ele. (Todavia, no último dia das férias de janeiro/22 em que o filho
ficou na casa do pai, pediu a a namorada do pai para dormir na mesma cama que o
pai: “Ana, posso dormir com meu pai hoje? É o último dia que vou ficar aqui com
ele”.) Seguindo o vídeo, a mãe está filmando e pergunta ao pai se ele está bêbado.
Na verdade, como se pode perceber no vídeo, não existe nada que indique

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embriaguez, sendo apenas mais uma forma utilizada pela genitora de alienar o pai
com falsas acusações). Em seguida ameaça chamar a polícia, como sempre costuma
fazer. Porém nunca chama a polícia pois não há motivos para isso. O pai tem
temperamento dócil, e é sempre paciente com a genitora, pois já conhece o
temperamento perverso e alienador da mãe de seu filho.)
2. https://drive.google.com/file/d/1pg2FO7Azvr38sQ041xLLIeJjW9x0SBxg/view?usp
=share_link (O pai argumenta que a mãe não é psicóloga, não estando autorizada a
fazer análise. A mãe ao fundo diz que o filho não quer ir. Depois manda a criança
dizer o mesmo. O adolescente repete o discurso da mãe. (Os estudiosos dizem que a
alienação é justamente essa dominação da mãe alienadora sobre o filho, que não faz
ideia da violência psicológica perpetrada pela genitora, e movido por sentimento de
lealdade a alienadora, coloca-se a seu lado e contra o pai). Fato: Vinícius é um
adolescente alienado!
3. https://drive.google.com/file/d/1gzEQXRLWN7akNm6vacWj6jW7kI1MT_Rn/view
?usp=share_link (O pai havia ido buscar o filho de moto. A mãe então não quer
deixar o pai levar o filho porque não tem capacete para os dois. A mãe manda o
filho falar para o pai que quer passear, que quer dormir em casa (na casa da mãe),
que ele não é obrigado a dormir na mesma cama que o pai (praticas alienadoras!). O
pai argumenta que o quarto do menor está pronto, que ele vai dormir em seu quarto
próprio, na sua cama de solteiro. No minuto 0:44 a mãe acusa o pai de ter sido
sempre ausente e diz: “Por toda maldade que você fez por ter abandonado ele por
todos esses anos ...” (mentira! O pai até hoje luta para estar presente na vida do
filho, luta para vencer os obstáculos que mãe alienadora injustamente impõe). Neste
ponto é importante refletir que pai e filho dormirem na mesma cama de casal queen
não é nada demais, se estivessem dentro de um casamento saudável. Mas para a
mãe alienadora, movida em seu íntimo por ressentimentos contra o
ex-companheiro, o qual busca destruir a qualquer custo, esse fato normal ganha
relevância e é considerado “inadmissível”, uma “falta de respeito com o filho”. )
4. https://drive.google.com/file/d/1M-BXmjSD_1g9F3vmKmm8lj2-Ob2J6Ibp/view?u
sp=share_link (A mãe pergunta ao pai se ele quer se vingar dela, pois não respeita o
filho “obrigando-o a dormir na mesma cama” (Repise-se que somente neste único

#3502353 Mon Jun 12 06:16:03 2023


fim de semana de visitação o pai precisou que o filho dormisse no mesmo quarto. A
mãe diz que paga escola particular, inglês e natação para o filho, e que o pai não
paga nada. Pergunta ao pai na frente do filho: “Você não tem orgulho de nada
disso? Você não gosta do seu filho. Você quer maltratar ele, ameaçar ele, né?” (a
mãe sempre repete o mesmo discurso mentiroso e alienador para a criança,
lamentável!!!) Ao que o pai responde: “Carla, eu só quero ficar com meu filho!”. A
mãe continua a destilar seu ódio contra o pai e fala já visivelmente alterada: “Ele
não quer ir para a sua casa, lá não tem roupa para ele, não tem tênis” (Sim, o filho
tem roupas na casa do pai, mas como está em fase de crescimento, a maior parte das
roupas e calçados que o pai compra para ele, ele leva para a casa da mãe, pois a
visitação paterna está restrita a apenas dois finais de semana por mês, e se esses
itens ficassem na casa do pai, a criança perderia as roupas e calçados sem poder
usá-las, ou usando muito pouco. Assim, a criança deveria levar esses itens para a
casa do pai nos dias de visitação, normalmente, de forma a poder usufruir melhor
das roupas e calçados comprados pelo pai.) A mãe ainda acusa o pai de não se
importar de o filho jogar no celular o dia inteiro, porém na verdade o pai se importa
e convida o filho para ir a praia, fazer algum passeio, mas o adolescente se recusa
devido a alienação que sofre. Ademais, o filho também joga no celular quando está
na guarda materna, que pode ser facilmente comprovado observando-se as fases do
jogo que o filho vai alcançando, resultado de horas dedicadas aos joguinhos no
celular, comum entre crianças e adolescentes de hoje). Então, algumas vezes, o pai
joga junto com o filho os joguinhos no celular, de modo a participar como pode do
mundo da criança/adolescente). A mãe também jogo com o filho, inclusive durante
a visitação paterna! E mais, a mãe tem a senha do controle parental do celular do
filho, e se realmente se importasse com o tempo em que o adolescente fica ao
celular, poderia bloquear o aparelho. Mas não o faz, justamente para poder acusar o
pai! Lamentável!
5. https://drive.google.com/file/d/13BLuNn9oQiWPUYavZTg4CrmIFtoBoO6-/view?u
sp=share_link (o pai não deixa a mãe entrar em sua casa porque sabe que ela é uma
alienadora e tudo é motivo para alienar mais ainda o pai. No minuto 0:25 do vídeo
a mãe diz ao pai na frente do filho: “Você é violento. Quer fazer maldade com ele (o

#3502353 Mon Jun 12 06:16:03 2023


filho)”. Em seguida o pai pede ao filho para ir a seu quarto e filmar para mostrar a
mãe. O adolescente fica em silêncio ao lado da mãe, que no minuto 0:41 “autoriza”
o filho a responder: “Pode falar Vinícius”. A mãe repete a pergunta: “Na semana
passada tinha uma cama para ele?” – é a desculpa para mais um descumprimento
do acordo de visitação. A mãe pergunta porque não tinha uma cama para o filho na
semana passada (primeiro fim de semana de outubro de 2022). O filho responde que
tinha uma escada. Isso porque o quarto estava passando por uma melhoria, situação
normal. A mãe em seguida dispara contra o pai: “Ele não é obrigada a dormir com
você. Ele já não quer vir aqui. Por que você não fica amigo dele? Por que não
conquista ele aos poucos? Não vou deixar que maltratem ele.” (implantação de
falsas memórias) O pai questiona: “Quem é você para falar isso?” A mãe
rapidamente responde: “Eu sou a mãe dele, que cuida, que paga as contas dele”.
(O pai paga a pensão alimentícia em dia, repise-se, porém o discurso da alienadora
é de que só ela cuida, só ela paga a despesa do filho). Mais a frente no vídeo, a mãe
desqualifica o pai mais uma vez na frente do adolescente: “A gente não confia em
você. Você não é uma pessoa confiável. Você é uma pessoa estranha” (os estudiosos
da alienação parental ensinam que a alienadora entende que o filho é uma extensão
dela, não respeitando a individualização do menor, processo chamado de simbiose.
O ressentimento da mãe pelo fim da relação conjugal é transmitido para criança por
meio de manipulações sutis, desqualificação injusta do pai).
6. https://drive.google.com/file/d/1HVQ95p3n7dJDEE_COA7JKa146CjtWNsO/view?
usp=share_link (a mãe leva o filho embora com ela, descumprindo o acordo de
visitação sem motivo justo. O pai pede um abraço do filho, que segue ao lado da
mãe, leal, numa relação de simbiose com a alienadora. A mãe diz que o filho não
quer dar um abraço, o filho em silêncio. A mãe diz que o pai não tem que obrigar o
filho a fazer as coisas, e acusa o pai de ter sido ausente no passado ((implantação de
falsas memórias - mentiras que a mãe repete para o filho sempre há anos). A mãe
repete seu discurso alienador na frente do filho, dizendo que o adolescente tem
medo do pai, que o pai o ameaça, e repete que o pai o obrigou a dormir no mesmo
quarto um dia que precisou, como se isso fosse algo ruim ou prejudicial para a
criança. Lamentável postura alienadora da mãe!!!

#3502353 Mon Jun 12 06:16:03 2023


Em verdade, a vontade do adolescente não é livre, pois a alienação praticada
pela mãe durante toda sua vida, inclusive com implantação de falsas memórias, mantém o
adolescente sob seu total controle, como um fantoche em suas mãos. O fato é que Vinícius
é um adolescente (13 anos) completamente alienado! Lamentável!

Inclusive é importante repisar que a alienação foi intensificada pela genitora


após o genitor pedir na justiça o desarquivamento do processo originário de acordo de
visita, devendo ser investigada na ação de incidental de alienação parental em curso
conforme processo nº 0000276-83.2023.8.19.0078.

DOS PEDIDOS

Ante o exposto, requer-se a Vossa Excelência que se digne a conhecer das


presentes contrarrazões e, ao final, negar provimento ao Agravo de Instrumento interposto
pelo agravante, mantendo-se integralmente a decisão proferida pelo MM. Juízo de Primeiro
Grau, por sua total e irretocável consonância com a legislação e os princípios jurídicos
aplicáveis à espécie. Requer-se ainda o que se segue:

a) A concessão do benefício da gratuidade de justiça, nos termos dos artigos 4°, da Lei nº
1060/50, e artigos 98 e seguintes do Código de Processo Civil;

b) O reconhecimento da perda de objeto do presente Agravo de Instrumento, em virtude


do cumprimento integral do mandado de busca e apreensão;

c) A declaração da prejudicialidade do recurso interposto pelo(a) Agravante,


determinando-se o seu arquivamento;

d) Que seja mantida a decisão que deferiu a instauração do incidente de alienação


parental, por ser a medida mais adequada e necessária para garantir a proteção e o
bem-estar do adolescente envolvido.

#3502353 Mon Jun 12 06:16:03 2023


Armação dos Búzios/RJ, 14 de junho de 2023

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#3502353 Mon Jun 12 06:16:03 2023

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