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DESMISTIFICANDO A PERÍCIA GRAFOTÉCNICA E

DOCUMENTOSCÓPICA, ANALISE DE
ASSINATURAS E DOCUMENTOS. CADEIA DE
CUSTODIA.
DIFERENÇA ENTRE GRAFOTECNIA, DOCUMENTOSCOPIA E
DIFICULDADES ATUAIS SOBRE O ASSUNTO. A PROBLEMÁTICA
DA IDADE DAS TINTAS. BREVE RELATO SOBRE CADEIA DE
CUSTÓDIA E QUÍMICA FORENSE.

Fabio Andre Bernardo


18/12/2019 às 11:45
Muito se fala em perícias judiciais gerando um tabu sobre o tema. No
presente artigo tentamos sucintamente explicar alguns quesitos e
técnicas atuais auxiliando de maneira direta quem busca informações
sobre o assunto.

DESMISTIFICANDO A PERÍCIA GRAFOTÉCNICA E


DOCUMENTOSCÓPICA, ANALISE DE
ASSINATURAS E DOCUMENTOS. CADEIA DE
CUSTODIA.
por Fabio Andre Bernardo

DESMISTIFICANDO A PERÍCIA GRAFOTÉCNICA E


DOCUMENTOSCÓPICA, ANALISE DE ASSINATURAS E
DOCUMENTOS CADEIA DE CUSTODIA.

DIFERENÇA ENTRE GRAFOTECNIA, DOCUMENTOSCOPIA E


DIFICULDADES ATUAIS SOBRE O ASSUNTO.

A PROBLEMÁTICA DA IDADE DAS TINTAS.

BREVE RELATO SOBRE CADEIA DE CUSTÓDIA E QUÍMICA


FORENSE.

Muito se fala e questiona quando o assunto é a perícia de documentos


e assinaturas.

Comumente as pessoas associam qualquer modalidade de


falsificação de um documento com o nome “Perícia Grafotécnica”.
Apenas a título de conhecimento, no dia a dia deste perito, houveram
nomeações judiciais para realização de “Perícia Grafotécnica”, quando
na verdade o r. juízo gostaria de saber se o documento havia sido
alterado, no que respeita datas, seu conteúdo, acréscimo, alteração,
ou subtração de conteúdo, entre outros.

É que na pratica, devido ao “tabu” gerado sobre a matéria não é


comum que peritos falem abertamente sobre o assunto, até mesmo no
campo de trabalho, dificilmente encontramos peritos que ajudem-se de
bom grado sobre as técnicas utilizadas e aprendizados.

Neste aspecto, esperamos sinceramente que em um futuro próximo,


as barreiras sejam transpassadas e que exista uma maior
disseminação do conteúdo prático e pedagógico, afinal a centralização
do conhecimento e o medo do repasse, pode fazer com que técnicas e
experiências sejam desperdiçadas e perdidas com o encerramento da
atividade do perito.

Em outras palavras, a maior evolução ocorre quando os


conhecimentos são passados de geração a geração, as quais trazem
com suas novas ideias e tecnologia, inovações para a solução de um
problema encontrado.

Vivenciamos essa questão em nosso dia a dia, pois existem muitas


técnicas e conceitos antigos que ainda são utilizados e estudados, os
quais certamente tiveram no mínimo restrições pelas pesquisas e
tecnologia do seu tempo.

E de modo simplificado, para que estas breves considerações não


tornem o texto cansativo, temos que a perícia grafotécnica é a parte
integrante da documentoscopia, a qual visa detectar a autenticidade, o
autor, bem como falsificações em assinaturas, rubricas e textos
completos através de técnicas específicas.

Pois dentro da Documentoscopia, existem diversas “espécies”, como


se ela fosse um “gênero” das demais.

E sobre a diferença deste conceito, para as demais disciplinas


existentes sobre o tema, temos os dizeres do professor Lamartine
Mendes, coordenado por Domingos Tochetto, na obra
“Documentoscopia”, com a seguinte classificação:

“...A documentoscopia se distingue de outras


disciplinas, que também se preocupam com os
documentos, porque ela tem um cunho
nitidamente policial: não se satisfaz com a
prova da ilegitimidade do documento, mas
procura determinar quem foi seu autor, os
meios empregados, o que não ocorre em
outras...”

E para tanto, a Documentoscopia possui uma enorme abrangência,


onde podemos citar:

 - Grafotécnica;

 - Mecanografia;

 - Alterações em Documentos Particulares ou Públicos;

- Exame de Moedas Metálicas;

- Exame de Papéis;

- Exame de Tintas;

- Exame de Instrumentos Escreventes;

- Entre diversos outros.

DA ANÁLISE E CONCEITOS DA PERÍCIA GRAFOTÉCNICA

Ultrapassado de maneira simplificada a questão conceitual dos


institutos, vale apresentar algumas particularidades no que respeita a
escrita, as quais valem para análise de assinaturas, textos, entres
outras situações apresentadas, seja qual for o idioma da escrita.

Para que exista uma boa perícia grafotécnica devemos analisar


padrões com ampliações detalhadas, equipamentos e iluminação
próprios, interpretadas pelas Quatro Leis da Grafoscopia, elaborados
por Solange Pellat.

Edmond Solange Pellat, considerado o pai da grafoscopia,


estabeleceu os fundamentos do grafismo em seu livro "Les Lois de
L’ècriture", um dos mais conceituados estudiosos sobre o tema.

E segundo as referidas Leis de Solange Pellat, norte de todas as


análises escritas, temos algumas características a serem observadas.

Vejamos.
1ª LEI DA ESCRITA:

“O gesto gráfico está sob a influência


imediata do cérebro. Sua forma não é
modificada pelo órgão escritor se este
funciona normalmente e se encontra
suficientemente adaptado à sua função.”

2ª LEI DA ESCRITA:

“Quando se escreve, o “eu” está em ação,


mas o sentimento quase inconsciente de
que o “eu” age passa por alternativas
contínuas de intensidade e de
enfraquecimento. Ele está no seu máximo
de intensidade onde existe um esforço a
fazer, isto é, nos inícios e no seu mínimo de
intensidade onde o movimento escritural é
secundado pelo impulso adquirido, isto é,
nas extremidades.”

3ª LEI DA ESCRITA:

“Não se pode modificar voluntariamente em


um dado momento sua escrita natural
senão introduzindo no seu traçado a
própria marca do esforço que foi feito para
obter a modificação.”

4ª LEI DA ESCRITA:

“O escritor que age em circunstâncias em


que o ato de escrever é particularmente
difícil, traça instintivamente ou as formas
de letras que lhe são mais costumeiras, ou
as formas de letras mais simples, de um
esquema fácil de ser construído.”

Pautado nos conceitos citados, a doutrina atual converge no sentido


de que uma “boa perícia” deve contar alguns requisitos básico.

Segundo eles, devem ser respeitados quatro critério essenciais para


os padrões de Confronto, quais sejam:
a) AUTENTICIDADE – os padrões devem ser colhidos na presença de
pessoas que possam declarar sua veracidade;

Sobre o critério da autenticidade, acreditamos que a melhor forma de


colheita é na presença do r. perito designado, o qual poderá, ainda,
valer-se de técnicas periciais de modo a minimizar o “estresse” ou a
tentativa de ludibriar o laudo a ser realizado, demonstrando a
assinatura da parte periciada em sua melhor “naturalidade”.

b) ADEQUABILIDADE – os padrões devem ter coerência/semelhança


com a peça periciada;

Em suma, devemos observar a qualidade do papel, se o instrumento


escrevente tem as mesmas características e cor, se a peça periciada
e os padrões de confronto em sua maioria possuem pautas ou
ausência delas e se espaçamentos semelhantes;

c) CONTEMPORANEIDADE – os padrões não podem ser muito


divergentes da data da assinatura;

Variações gráficas podem ser normais ou ocasionais (como exemplo a


idade avançada, enfermidades físicas ou psíquicas, entre outros), com
isso é sempre prudente respeitar padrões contemporâneos à peça
utilizada, mesmo com as exceções existentes, uma vez que alguns
escritores mantem o grafismo por diversos anos;

d) QUANTIDADE – deve ser respeitado uma quantidade mínima para


realização dos testes;

Segundo a doutrina de Tito Lívio Ferreira Gomide e Lívio Gomide


(Manual de Grafoscopia).

Tem-se que inegavelmente “quanto maior o número de padrões de


confronto, melhor para a perícia”, sendo necessário “uma ou duas
dezenas” de padrões para confronto.

TESTES COMUMENTE REALIZADOS

Sobre os testes realizados, temos as seguintes características:

 1 - PRESSÃO E EVOLUÇÃO – a dinâmica formada por estes 02


(dois) elementos interfere diretamente na execução da escrita,
formando um traçado mais escuro e grosso ou um mais claro e fino, e
a harmonia existente entre ambos resulta no lançamento caligráfico;
2 - MOMENTOS GRÁFICOS – a análise do desenvolver do
lançamento gráfico, observando as paradas onde é necessário retirar
o instrumento do suporte e recolocar para progredir com o
lançamento;

3 - COMPORTAMENTO DE PAUTA/BASE – o Comportamento de


Pauta é a análise do lançamento caligráfico tomando por base a pauta
(linha), comportamento este que pode ser tangente, superior ou
inferior, já o Comportamento de Base é a análise do lançamento
gráfico quando não existe pauta(linha) que pode ser horizontal,
ascendente ou descendente.

4 - HÁBITOS GRAFICOS – representa a análise de qualquer


“costume” utilizado pelo escritor no momento que executa tanto um
texto quanto uma assinatura, apresentação como ideação que
acompanha o lançamento gráfico. 

5 - ATAQUES E REMATES – o Ataque é a análise da parte inicial da


escrita da qual pode ser classificada como apoiada, sem apoio e
infinita, podendo existir um pequeno arpão em variadas direções, já o
Remate é a parte final do lançamento e conforme a dinâmica do
punho pode ser apoiada, sem apoio e em fuga, e também pode conter
o arpão em variadas direções.

6 - INCLINAÇÃO AXIAL – É a inclinação das letras medidas em graus


em relação a uma linha de base, seja ela imaginária ou real, podendo
ser a esquerda, direita ou perpendicular.

7 – VALORES - Na verdade, sem somente os 6 testes anteriores já


possibilitam a conclusão do perito, entretanto, a realização de
comparação dos valores cria uma prova real dos testes anteriormente
realizados, acrescentando uma maior segurança e confirmação da
conclusão pericial.

A análise dos “VALORES” pauta-se na Teria Geral dos Movimentos


em Grafoscopia, pois quando uma “pessoa” escreve, além dos
impulsos cerebrais inconscientes, existem os movimentos
mecanizados que são a função de extensão, função de flexão e
função de rotação que são realizadas pelos três dedos que seguram o
instrumento responsável pelo lançamento caligráfico, que se move em
translação no suporte (esquerda para direita, de cima para baixo e de
baixo para cima), tudo isso aliado ao movimento do braço, ombro,
antebraço, cotovelo, mão e punho, que harmonizados resultam em um
plano gráfico personalíssimo.
8 - ANACRONISMO – Por fim o anacronismo que aperfeiçoa em um
erro cronológico, quando determinados conceitos, objetos,
pensamentos, costumes e eventos, datas, são utilizados para retratar
uma época diferente daquela a que de fato/ato concretizou. E o
anacronismo aparece na perícia, como exemplo, em datas utilizadas,
uma vez que o lançamento caligráfico pode pertencer a uma data em
que o periciado ainda não tinha iniciado a relação, pode ter acontecido
da mesma forma em um dia que o periciado esteve de licença ou não
esteve presente no “local” indicado, como exemplo aos finais de
semana, entre outros.

9 - ANÁLISE COM EQUIPAMENTOS PRÓPRIOS – Para efetuação


dos testes as peças são submetidas a ampliações microscópicas
digitais, além da utilização de ampliadores manuais e exposição a luz
especial (ultravioleta, fluorescente e amarela), com reforço de um
negatoscópio, tudo com intuito de procurar vestígios e analisar o
documento da maneira mais detalhada o possível.

IDADE DAS TINTAS

Atualmente não existe estudo conclusivo a respeito da “idade das


tintas”, assim sendo, não é possível concluir em que tempo foram
lançadas no documento, entre outras situações, que certamente
gerariam um “data específica” para o lançamento caligráfico ocorrido.

Nesta toada, Segundo José Del Picchia Filho, Celso Mauro Ribeiro
Del Picchia e Ana Maura Gonçalves Del Picchia, em sua obra Tratado
de Documentoscopia da Falsidade Documental, na página nº 787,
temos os seguintes questionamentos:

“O problema da Idade dos Documentos – Essa


questão geralmente é muito mal proposta na
vida judiciária. Com frequência, desejando-se
saber, apenas, se um documento foi, ou não
elaborado na data nele consignada, pergunta-
se: “em que época se fez esse documento?”,
ou, pior, ainda, “há quanto tempo a tinta de
escrever está lançada na peça em questão?”

As duas perguntas dizem respeito àquilo que


se costuma denominar “idade absoluta do
documento ou da tinta”. Em regra, não
oferecem ensejo para uma resposta, a não ser
a declaração de que é praticamente impossível
estabelecer a idade absoluta de um
documento, ou de um traço à tinta de escrever.

No entanto, raramente é esta a matéria


importante. Para a solução judiciária, bastaria
demonstrar que a escrita ou documento não
poderia ter sido produzido na data nele
declarada.

Para alicerçar essa resposta, poder-se-ia


alinhar uma série de anacronismos, alguns dos
quais de per si suficientes para revelar a
natureza fraudulenta, ou a insinceridade da
produção da peça em exame.” (grifo nosso).

Assim sendo, a análise não revela com exatidão o critério temporal,


mas é possível verificar muitas vezes, quais campos foram
primeiramente preenchidos, bem como se existe compatibilidade dos
instrumentos escritores, ainda que não possível mensurar se realizado
a escrita em “ato seguinte” ou após um determinado período temporal.

RESPEITO A CADEIA DE CUSTÓDIA NA DOCUMENTOSCOPIA

Trata-se de um tema de enorme discussão e extremamente


respeitada no direito americano.

No Brasil, embora pouco conhecida por motivos diversos,


frequentemente temos um verdadeiro desrespeito a tal instituto, que
certamente deve ser observado, seja qual for a perícia a ser realizada.

Isso mesmo, na rotina de pericial, tal instituto deve ser aplicado,


independentemente se a perícia a ser realizada incluir
documentoscopia, análise de produtos falsificados, análise de drogas
de abuso, entre outros.

E para esboçar alguns conceitos sobre a cadeia de custódia, trazemos


os ensinamentos utilizados pelo professor Elvis Medeiros de Aquino,
proferido em curso presencial pela Helix Cursos.

Segundo o professor, a Cadeia de Custódia consiste em:

“Conjunto de ações que possibilita o rastreamento da


movimentação de amostra, bem como a sua idoneidade desde à
sua coleta até o seu descarte/destruição.”
E para que ela seja aplicada da maneira correta precisamos da
análise e atendimento dos seguintes tópicos:

“ 1) Documentação;

2) Armazenamento/transporte;

3) Lacração;

4) Análise;  

5) Descarte/destruição”.

Tal questão, trazendo para o mundo da Documentoscopia, nos deixa a


mensagem de que o mínimo a ser respeitado, no que respeita a
Cadeia de Custódia, são:

-> Os documentos devem ser armazenados em local lacrado e


numerado, desde sua colheita até o seu descarte ou arquivo;

-> Deve existir informações do processo, informações do fórum e


informações do perito;

Tudo isso para garantir que os objetos sejam totalmente rastreáveis,


identificáveis, a qualquer lugar e qualquer tempo definido em lei.

Todos esses cuidados devem ser aplicados nos “documentos”


periciados, é um requisito mínimo a ser observado.

Nesta toada, se o procedimento utilizado pelo perito não possuir uma


cadeia de custódia adequada, poderá criar uma prova totalmente
defeituosa/duvidosa e ilícita, viciando completamente todo o feito.

RESPEITO A CADEIA DE CUSTÓDIA NO PROCESSO CRIMINAL


(QUÍMICA FORENSE)

Acreditamos que a persecução penal do Estado não pode acontecer a


“qualquer custo” ao indivíduo, pois isso deixaria em jogo o direito de
defesa de diversos acusados, atribuindo poderes a entidade punitiva
(Estado) e aos demais representados por ela, restando em riscos pela
concentração de poderes macabros aos “fiscais e participantes da lei“.

Partindo para a química forense, em um Laudo Químico Toxicológico,


a substância recebida para o Laudo Químico toxicológico deve ser a
mesma retirada das embalagens apreendidas.
Parece óbvio!

Não pode existir qualquer vício de “qualidade”, “quantidade”,


“contaminação”, entre uma sérias de outras coisas que podem ocorrer,
entre basicamente, a apreensão, transporte, acomodação, etc.,
chegando até o descarte ou destino final.

Perceba que em nenhum momento estamos falando de idoneidade de


“pessoas” que manipularam os produtos periciados, e, sim, dos
procedimentos adotados!

Se bem observarmos, não são palavras ao vento, pois a


Resolução SSP-336 de 11-12-2008, que dispõe sobre os
procedimentos referentes à formalização da apreensão,
acondicionamento, guarda e incineração de drogas no Estado de
São Paulo, prega o conteúdo narrado.

Ou seja, se estivermos debruçado sobre o estudo de cadeia de


custódia na análise de “drogas”, além de outras situações, temos
uma resolução Estadual específica.

Vamos a algumas observações:

“Art. 2º. Antes do encaminhamento, a


Autoridade Policial deverá determinar que o
material apreendido, já acondicionado, seja
lacrado, fotografado e pesado na forma
bruta. Parágrafo único. A fotografia deverá
instruir o respectivo procedimento de
polícia judiciária.

Art. 3º. Recebido o material, o responsável


pela perícia o fotografará novamente e
providenciará, após conferência do número
do lacre, a retirada deste e de quantidade
necessária para a realização das perícias,
tanto de constatação, quanto da definitiva.

Parágrafo único. Após o exame, a droga


deverá ser novamente acondicionada em
embalagem própria da SPTC e receber
novo lacre numerado.
Art. 4º. Do laudo de constatação provisório
deverão constar o peso líquido, identificação
da substância, os números dos lacres
recebidos da Autoridade Policial e os
colocados na sede da unidade da SPTC.”
(grifo nosso).

Se observarmos estes três artigos acima citados com todo o cuidado,


temos que a resolução trata da “Cadeia de Custódia” deste elementos,
pois fala em acondicionamento adequado, lacre, fotografias,
quantidade, conferência e reposição de lacres.

E todo esse cuidado não é em vão, existe para gerar uma idoneidade


material “desde à sua coleta até o seu descarte/destruição.”, ou
seja, o devido respeito a cadeia de custódia.

E se cadeia de custódia não assegurou a idoneidade da prova


obtida, se ela não sanou todos os tipos de dúvidas quanto à sua
fonte do início ao fim, houve o comprometimento de todo o
conjunto de elementos que foram colhidos, o que deve ser
evitado a todo custo, havendo certamente a sua ruptura, também
denominada como “break on the chain of custody”. 

Nesta toada, se as provas presentes nos autos não possuírem


“idoneidade material da coleta até o descarte/destruição”, deverão
certamente serem excluídas, tornando-se ilícitas, pois a única garantia
para a persecução penal, seria exatamente a cadeia de custódia, a
qual garantiria que a prova passou pelos transmites do contraditório e
ampla defesa, não desmerecendo nenhum momento ou garantia
processual.

É o que se espera para fazer valer a paridade de armas no processo.

CADEIA DE CUSTÓDIA NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E


PROJETO DE LEI ANTICRIME

Neste sentido, houve julgamento da 6ª Turma do Superior Tribunal de


Justiça, no HC de nº 160.662, na investigação denominada “Negócio
da China” o qual enfrentou o tema com muita sabedoria:

HABEAS CORPUS Nº 160.662 - RJ (2010/0015360-8)


RELATORA : MINISTRA ASSUSETE MAGALHÃES
IMPETRANTE : FERNANDO AUGUSTO FERNANDES E
OUTROS IMPETRADO : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL
DA 2A REGIÃO PACIENTE : LUIS CARLOS BEDIN
PACIENTE : REBECA DAYLAC EMENTA PENAL E
PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS
SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. UTILIZAÇÃO
DO REMÉDIO CONSTITUCIONAL COMO SUCEDÂNEO
DE RECURSO. NÃO CONHECIMENTO DO WRIT.
PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. QUEBRA DE
SIGILO TELEFÔNICO E TELEMÁTICO AUTORIZADA
JUDICIALMENTE. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA COM
RELAÇÃO A UM DOS PACIENTES. PRESENÇA DE
INDÍCIOS RAZOÁVEIS DA PRÁTICA DELITUOSA.
INDISPENSABILIDADE DO MONITORAMENTO
DEMONSTRADA PELO MODUS OPERANDI DOS
DELITOS. CRIMES PUNIDOS COM RECLUSÃO.
ATENDIMENTO DOS PRESSUPOSTOS DO ART. 2º, I A
III, DA LEI 9.296/96. LEGALIDADE DA MEDIDA.
AUSÊNCIA DE PRESERVAÇÃO DA INTEGRALIDADE DA
PROVA PRODUZIDA NA INTERCEPTAÇÃO
TELEFÔNICA E TELEMÁTICA. VIOLAÇÃO AOS
PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO, DA AMPLA DEFESA
E DA PARIDADE DE ARMAS. CONSTRANGIMENTO
ILEGAL EVIDENCIADO. HABEAS CORPUS NÃO
CONHECIDO. ORDEM CONCEDIDA, DE OFÍCIO. I. Dispõe
o art. 5º, LXVIII, da Constituição Federal que será concedido
habeas corpus "sempre que alguém sofrer ou se achar
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade
de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder", não
cabendo a sua utilização como substituto de recurso
ordinário, tampouco de recurso especial, nem como
sucedâneo da revisão criminal. II. A Primeira Turma do
Supremo Tribunal Federal, ao julgar, recentemente, os HCs
109.956/PR (DJe de 11/09/2012) e 104.045/RJ (DJe de
06/09/2012), considerou inadequado o writ, para substituir
recurso ordinário constitucional, em habeas corpus julgado
pelo Superior Tribunal de Justiça, reafirmando que o
remédio constitucional não pode ser utilizado,
indistintamente, sob pena de banalizar o seu precípuo
objetivo e desordenar a lógica recursal. III. O Superior
Tribunal de Justiça também tem reforçado a necessidade de
se cumprir as regras do sistema recursal vigente, sob pena
de torná-lo inócuo e desnecessário (art. 105, II, a, e III, da
CF/88), considerando o âmbito restrito do habeas corpus,
previsto constitucionalmente, no que diz respeito ao STJ,
sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por
ilegalidade ou abuso de poder, nas hipóteses do art. 105, I,
c, e II, a, da Carta Magna. IV. Nada impede, contudo, que,
na hipótese de habeas corpus substitutivo de recursos
especial e ordinário ou de revisão criminal que não merece
conhecimento, seja concedido habeas corpus, de ofício, em
caso de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou decisão
teratológica. V. Hipótese em que os pacientes foram alvo de
Operação deflagrada pela Polícia Federal, denominada
"Negócio da China", dirigida ao Grupo CASA & VÍDEO, que
resultou na denúncia de 14 envolvidos, como incursos nos
crimes dos arts. 288 e 334 do Código Penal e art. 1º, V e VII,
da Lei 9.613/98, em que se apura a ocorrência de
negociações fictícias, com o objetivo de dissimular a
natureza de valores provenientes da prática do delito de
descaminho, mediante a ilusão parcial do tributo devido na
importação de produtos, pela sociedade empresária. VI. Se
as pretensões deduzidas neste writ, com relação a um dos
pacientes, não foram formuladas perante o Tribunal de
origem, no acórdão ora impugnado, inviável seu
conhecimento pelo STJ, sob pena de indevida supressão de
instância. Precedentes. VII. A intimidade e a privacidade das
pessoas não constituem direitos absolutos, podendo sofrer
restrições, quando presentes os requisitos exigidos pela
Constituição (art. 5º, XII) e pela Lei 9.296/96: a existência de
indícios razoáveis de autoria ou participação em infração
penal, a impossibilidade de produção da prova por outros
meios disponíveis e constituir o fato investigado infração
penal punida com pena de reclusão, nos termos do art. 2º, I
a III, da Lei 9.296/96, havendo sempre que se constatar a
proporcionalidade entre o direito à intimidade e o interesse
público. VIII. O Superior Tribunal de Justiça tem decidido no
sentido de "ser legal, ex vi do art. 1º, parágrafo único, da Lei
nº 9.296/96, a interceptação do fluxo de comunicações em
sistema de informática e telemática, se for realizada em feito
criminal e mediante autorização judicial, não havendo
qualquer afronta ao art. 5º, XII, da CF" (STJ, RHC
25.268/DF, Rel. Ministro VASCO DELLA GIUSTINA
(Desembargador Convocado do TJ/RS), SEXTA TURMA,
DJe de 11/04/2012). IX. A decisão que determinou a quebra
de sigilo telefônico dos envolvidos na prática criminosa –
cujos fundamentos foram incorporados à decisão de quebra
de sigilo telemático – encontra-se devidamente
fundamentada, à luz do art. 2º, I a III, da Lei 9.296/96,
revelando a necessidade da medida cautelar, ante as provas
até então coligidas, em face de indícios razoáveis de autoria
ou de participação dos acusados em infração penal (art. 2º,
I, da Lei 9.296/96), para a apuração dos delitos de
sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, crime contra a ordem
tributária e formação de quadrilha, punidos com reclusão
(art. 2º, III, da Lei 9.296/96), demonstrando que a prova
cabal do envolvimento dos investigados na alegada trama
criminosa, para complementar as provas até então
recolhidas, não poderia ser obtida por outros meios que não
a interceptação telefônica, especialmente a prova do liame
subjetivo entre os investigados, para identificação, com
precisão, da atividade desenvolvida pelos alvos principais, o
modus operandi utilizado e as pessoas a eles associadas,
em intrincado e simulado grupo de empresas nacionais e
estrangeiras, destinado a ocultar seu verdadeiro controlador,
cujas negociações revestiam-se de clandestinidade, valendo
lembrar que, em casos análogos, é conhecida a dificuldade
enfrentada pela Polícia Federal para desempenhar suas
investigações, uma vez que se trata de suposto grupo
organizado, com atuação internacional e dotado de poder
econômico (art. 2º, II, da Lei 9.296/96). X. Apesar de ter
sido franqueado o acesso aos autos, parte das provas
obtidas a partir da interceptação telemática foi
extraviada, ainda na Polícia, e o conteúdo dos áudios
telefônicos não foi disponibilizado da forma como
captado, havendo descontinuidade nas conversas e na
sua ordem, com omissão de alguns áudios. XI. A prova
produzida durante a interceptação não pode servir
apenas aos interesses do órgão acusador, sendo
imprescindível a preservação da sua integralidade, sem
a qual se mostra inviabilizado o exercício da ampla
defesa, tendo em vista a impossibilidade da efetiva
refutação da tese acusatória, dada a perda da unidade
da prova. XII. Mostra-se lesiva ao direito à prova,
corolário da ampla defesa e do contraditório –
constitucionalmente garantidos –, a ausência da
salvaguarda da integralidade do material colhido na
investigação, repercutindo no próprio dever de garantia
da paridade de armas das partes adversas. XIII. É certo
que todo o material obtido por meio da interceptação
telefônica deve ser dirigido à autoridade judiciária, a qual,
juntamente com a acusação e a defesa, deve selecionar
tudo o que interesse à prova, descartando-se, mediante o
procedimento previsto no art. 9º, parágrafo único, da Lei
9.296/96, o que se mostrar impertinente ao objeto da
interceptação, pelo que constitui constrangimento ilegal a
seleção do material produzido nas interceptações
autorizadas, realizada pela Polícia Judiciária, tal como
ocorreu, subtraindo-se, do Juízo e das partes, o exame da
pertinência das provas colhidas. Precedente do STF. XIV.
Decorre da garantia da ampla defesa o direito do acusado à
disponibilização da integralidade de mídia, contendo o
inteiro teor dos áudios e diálogos interceptados. XV. Habeas
corpus não conhecido, quanto à paciente REBECA
DAYLAC, por não integrar o writ originário. XVI. Habeas
corpus não conhecido, por substitutivo de Recurso
Ordinário. XVII. Ordem concedida, de ofício, para anular as
provas produzidas nas interceptações telefônica e
telemática, determinando, ao Juízo de 1º Grau, o
desentranhamento integral do material colhido, bem como o
exame da existência de prova ilícita por derivação, nos
termos do art. 157, §§ 1º e 2º, do CPP, procedendo-se ao
seu desentranhamento da Ação Penal 2006.51.01.523722-
9. (grifo nosso).

E da leitura da referida decisão, percebemos que embora as partes


tenham acessado os autos, manifestado sobre as provas e fatos,
houve a quebra da cadeia de custódia, impossibilitando o
rastreamento das provas em um dado momento, culminando na
contradição em garantir que a prova não foi adulterada e se de fato
fora colacionada de maneira integral.

Tamanha importância do tema, que vem sendo discutida e aplicada no


projeto denominado “LEI ANTICRIME” em vias de ser aprovado.

Tal projeto prevê uma alteração na Lei nº 12850/2013, com o artigo 3º-
A, §2º que poderá ter a seguinte redação:

"Art. 3º-A. O Ministério Público Federal e a


Polícia Federal poderão firmar acordos ou
convênios com congêneres estrangeiros para
constituir equipes conjuntas de investigação
para a apuração de crimes de terrorismo,
crimes transnacionais ou crimes cometidos por
organizações criminosas internacionais

...
§ 2º O compartilhamento ou a transferência
de provas no âmbito das equipes conjuntas
de investigação devidamente constituídas
dispensam formalização ou autenticação
especiais, sendo exigida apenas a
demonstração da cadeia de
custódia... (GRIFO NOSSO).

Restando claro que seja qualquer trabalho realizado por equipes de


investigação, é dispensado formalidades exacerbadas, entretanto
deve ser preservado a todo custo a cadeia de custódia.

Levando a crer que o legislador pretende simplificar os atos sejam


periciais ou não, entretanto, não se pode dispensar os princípios
básicos aqui elencados relativos a cadeia de custódia

CONCLUSÃO

Temos que certamente na perícia, o perito deve ter acompanhar todos


os fatos e possibilidades com o seu sentir, suas experiências, sua
razão.

Isso se dá pelos princípios que norteiam boas perícias, uma vez que,
dentre eles, devemos respeitar o princípio da observação, partindo do
pressuposto que as ações e interações periciadas certamente estarão
carregadas de "vestígios" (marcas) e somente uma boa e profunda
observação técnica e pessoal poderia contribuir para um
desfecho probandi.

Ademais, se pensarmos cientificamente, a título de exemplo, não é


possível em um crime, imaginar a perícia apenas em imagens (fotos)
do local, objetos utilizados, entre outros, se não sabemos como foram
colhidos, se não sabemos se foi respeitada uma cadeia de custódia
eficaz e aplicável ao caso, seria o mesmo que periciar o acontecido
com as consequências (contaminação dos elementos) que existiram
até o momento de chegada ao perito, como sua colheita, seu
transporte, sua acomodação em locais próprios, entre outros.

 Não seria possível descrever e documentar algo que possa ter sofrido
interferências alheias ao evento, certamente contaminando todo o
ocorrido.
E com isso, certamente não é possível prever se houve o respeito a
cadeia de custódia, o que pode tornar a observação deturpada e as
conclusões equivocadas.

Entrementes, como todas as regras possuem exceções, e pelo fato da


perícia técnica não ser uma ciência exata, deverá para os casos de
perícia em que não se pode diligenciar um perito capacitado ao
ocorrido, observar uma maior cautela e análise das provas, concluindo
com exatidão apenas em casos extremos.

Malgrado exista o esforço para levar o material periciado ao perito, por


muitas vezes poderá não existir uma conclusão certeira, pautada na
falta de contato pessoal, levantando o perito às hipóteses que julgar
necessário e colocando à disposição do juízo, que as verificará
juntamente com outras provas e as valorará de acordo com a
instrução processual, para que exista uma decisão segura do Estado
em relação ao fato/indivíduo a ser julgado.

REFERÊNCIAS

a) Monteiro, André Luís Pinheiro. A grafoscopia a serviço perícia


judicial; a importância do perito em assinaturas e combate às fraudes.
Curitiba: Juruá. 2008.

b) Gomide, Tito Lívio Ferreira. Manual de grafoscopia. 2ª ed. rev. e


atual. São Paulo: Liv. e Ed. Universitária de Direito, 2005.

c) Falat, Luiz Roberto F. Entendendo o laudo pericial grafotécnico & a


grafoscopia. 1ª Ed. (ano 2003), 6ª Reimpr./Curitiba: Juruá, 2012.

d) Vale, Geraldo de Araújo. Documentoscopia e grafologia: Oriente,


1975.

e) Mendes, Lamartine Bizarro. Documentoscopia/Lamartine Bizarro


Mendes; coordenador Domingos Tochetto. – Porto Alegre: Editora
Sagra Luzzato, 1999.

f) Tratado de documentoscopia: “da falsidade documental”/ José Del


Picchia Filho, Celso Mauro Ribeiro Del Picchia, Ana Maura Gonçalves
Del Picchia – 3. ed. rev., ampl. e atual. São Paulo : Editora Pillares,
2016.

g) BRASIL. [STJ] HABEAS CORPUS Nº 160.662 - RJ (2010/0015360-


8) Relatora : Ministra Assusete Magalhães Impetrante : Fernando
Augusto Fernandes e outros Impetrado : Tribunal Regional Federal da
2a Região Paciente : Luis Carlos Bedin Paciente : Rebeca Daylac
Ementa penal e processual penal. : Habeas Corpus substitutivo de
recurso ordinário. Utilização do remédio constitucional como
sucedâneo de recurso. Não conhecimento do writ. Precedentes do
Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça. Quebra
de sigilo telefônico e telemático autorizada judicialmente. Supressão
de instância com relação a um dos pacientes. Presença de indícios
razoáveis da prática delituosa. Indispensabilidade do monitoramento
demonstrada pelo modus operandi dos delitos. Crimes punidos com
reclusão. Atendimento dos pressupostos do art. 2º, i a iii, da lei
9.296/96. Legalidade da medida. Ausência de preservação da
integralidade da prova produzida na interceptação telefônica e
telemática. Violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa e
da paridade de armas. Constrangimento ilegal evidenciado. Habeas
corpus não conhecido. Ordem concedida, de ofício. I.. [S. l.: s. n.],
2010. Disponível em: https://ww2.stj.jus.br/processo/pesquisa/?
tipoPesquisa=tipoPesquisaNumeroRegistro&termo=201000153608&to
talRegistrosPorPagina=40&aplicacao=processos.ea. Acesso em: 6
dez. 2019.

h) SEGURANÇA PÚBLICA (Brasil, São Paulo, SP). Secretário de


Segurança Pública. 12/12/2008. Resolução SSP-336, de 11-12-2008
Dispõe sobre os procedimentos referentes à formalização da
apreensão, acondicionamento, guarda e incineração de drogas no
Estado de São Paulo. Resolução SSP-336, de 11-12-2008 : Dispõe
sobre os procedimentos referentes à formalização da apreensão,
acondicionamento, guarda e incineração de drogas no Estado de São
Paulo, São Paulo, 12 dez. 2008.

i) PROJETO DE LEI ANTICRIME. Projeto de Lei nº 2019, de 3 de


fevereiro de 2019. Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
1940, o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941, a Lei nº 4.737,
de 15 de julho de 1965, a Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, a Lei
nº 8.072, de 25 de julho de 1990, a Lei nº 8.429, de 2 de junho de
1992, a Lei nº 9.296, de 24 de julho de 1996, a Lei nº 9.613, de 3 de
março de 1998, a Lei nº 10.826, de 23 de dezembro de 2003, a Lei nº
11.343, de 23 de agosto de 2006, a Lei nº 11.671, de 8 de maio de
2008, a Lei nº 12.037, de 1º de outubro de 2009, a Lei nº 12.850, de 2
de agosto de 2013, e a Lei nº 13.608, de 10 de janeiro de 2018, para
estabelecer medidas contra a corrupção, o crime organizado e os
crimes praticados com grave violência à pessoa. PROJETO DE LEI
ANTICRIME : ANTEPROJETO DE LEI Nº , DE 2019,
Https://www.justica.gov.br/news/collective-nitf-content-
1549284631.06/projeto-de-lei-anticrime.pdf, 3 fev. 2019. Disponível
em: https://www.justica.gov.br/news/collective-nitf-content-
1549284631.06/projeto-de-lei-anticrime.pdf. Acesso em: 13 dez. 2019.

DESMISTIFICANDO A PERÍCIA GRAFOTÉCNICA E DOCUMENTOSCÓPICA, ANALISE DE


ASSINATURAS E DOCUMENTOS. CADEIA DE CUSTODIA. - Jus.com.br | Jus Navigandi

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