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ÉTICA E ESTATUTO DA

OAB
Ética do Advogado, Regras
Deontológicas

Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
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outra forma de uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o
transgressor às penalidades previstas civil e criminalmente.

CÓDIGO:
230511316391

CÍNTHIA BIESEK

Assessora Jurídica do Ministério Público do Trabalho. Professora em cursos


preparatórios para carreiras jurídicas. Autora de livros e artigos jurídicos. Aprovada
no concurso de Analista Jurídico do TJ-SC. Especialista em Direito Administrativo
– Extensão em Direito Digital.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Deise Lucia - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
ÉTICA E ESTATUTO DA OAB
Ética do Advogado, Regras Deontológicas
Cínthia Biesek

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Ética do Advogado, Regras Deontológicas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1. Ética do Advogado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2. Sigilo Profissional. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3. Publicidade Profissional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Mapa Mental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

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Cínthia Biesek

APRESENTAÇÃO
Olá, prezado(a) aluno(a). Tudo bem? Desejo que sim!
O exame que avalia a capacitação de bacharéis em Direito para exercer a advocacia no
Brasil é realizado pela Ordem dos Advogados do Brasil e organizado pela Fundação Getúlio
Vargas (FGV).
A prova é composta de duas fases, sendo que a primeira conta com 80 questões objetivas.
As questões da prova objetiva serão do tipo múltipla escolha, com quatro alternativas
(a, b, c, d) e uma única resposta correta, de acordo com o comando da questão. Cada
questão vale um ponto e a nota da prova será a soma da pontuação obtida nas questões,
considerando-se aprovado na primeira fase quem obtiver o mínimo de 50% de acertos,
ou seja, 40 pontos ou mais.
A matéria que vamos estudar agora é de extrema relevância, já que o próprio edital
estabelece que a prova objetiva conterá, no mínimo, 15% de questões versando sobre
Estatuto da Advocacia e da OAB e seu Regulamento Geral, Código de Ética e Disciplina,
Direitos Humanos e Filosofia do Direito, o que representa um grande número de questões
e um pequeno conteúdo quando comparado com as demais.
O nosso método de estudo será direcionado na individualização dos artigos, na inserção
de comentários, contextualização dos conceitos trazidos na lei, bem como na resolução de
questões de provas anteriores.
A regra será trazer os artigos do Estatuto da Advocacia (Lei n. 8.906/1994) e, de modo
complementar, vamos adicionar os artigos e princípios estabelecidos no Código de Ética
e Disciplina da OAB e no Regulamento Geral, pois os diplomas legais são complementares.
Vamos praticar muito resolvendo provas anteriores para que você consiga identificar o
“perfil” das questões, não confunda a matéria e não caia em pegadinhas clássicas da banca.
Todas as questões serão comentadas e nos comentários vamos enfatizar as afirmativas
corretas para facilitar a memorização da aplicação adequada do conteúdo e da fonte
da questão.
Dessa forma, meu (minha) caro(a), fique tranquilo(a), vamos esmiuçar todo o conteúdo
do edital e garantir que com a leitura atenta dessas aulas você irá confiante para a prova,
tendo a garantia de que todos os tópicos relevantes foram estudados.
Ah! Não se esqueça de avaliar esta aula, pois sua opinião é muito importante para
melhorarmos ainda mais nossos materiais.

SUPORTE

Estou à disposição para sanar todas as suas dúvidas que surgirem no decorrer da
aula. Não hesite em mandá-las, por mais simples que possam parecer. Citarei exemplos,
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explicarei de forma mais contextual ou doutrinária, se necessário, mas tenho certeza de


que se a dúvida for esclarecida você seguirá seus estudos de forma eficaz e não esquecerá
do assunto tratado. Caso contrário, um pequeno detalhe que não foi esclarecido poderá
comprometer sua preparação. Sendo assim, não existem dúvidas irrelevantes. Portanto,
contate-me sempre que julgar necessário.
Grande abraço e bons estudos!
SEJA IMPARÁVEL!

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ÉTICA DO ADVOGADO, REGRAS DEONTOLÓGICAS

1. ÉTICA DO ADVOGADO
O advogado desempenha uma atividade essencial à justiça, revestida de múnus público,
uma vez que é um dos defensores do Estado Democrático de Direito, dos direitos humanos
e das garantias fundamentais, da cidadania, da moralidade, da Justiça e da paz social (art.
133 da Constituição Federal de 1988).
Como vimos, o desempenho da atividade da advocacia e a denominação de advogado
são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil, preenchidos os requisitos
legais (art. 3º c/c art. 8º do Estatuto da OAB).
Os advogados possuem Estatuto próprio que lhes confere uma gama de direitos e
prerrogativas, a fim de garantir lisura e subsidiar o bom desempenho de sua atuação
na defesa dos direitos e interesses de seus constituintes, seja em âmbito extrajudicial,
seja judicial.
Por outro lado, diante da essencialidade da atividade do advogado no meio social e
na administração da Justiça, bem como a fim de zelar pelo respeito e pela dignidade da
categoria, é exigida conduta compatível do advogado com a função social que exerce,
necessário, para tanto, que o profissional proceda em todos os atos do seu ofício com
lealdade e boa-fé, observando os princípios éticos e morais.

A banca organizadora não costuma adentrar no mérito e nas características filosóficas


de cada um dos institutos que envolvem a ética do advogado, como o conceito de ética,
boa-fé, honra, valores fundamentais, as diferenças entre ética e moral e assim por diante.

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Desse modo, vou ser bem prática nesse tópico, trazendo características básicas para
subsidiar seus estudos para que possamos nos concentrar no que realmente nos interessa:
os desdobramentos e a aplicação da ética no ministério da advocacia.
Pois bem.
De acordo com Paulo Lobo (Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB – 2017):

A ética profissional é parte da ética geral, entendida como ciência da conduta. Nosso campo
de atenção é o da objetivação da ética profissional, que se denomina deontologia jurídica, ou
estudo dos deveres dos profissionais do direito, especialmente dos advogados, porque de todas
as profissões jurídicas a advocacia é talvez a única que nasceu rigidamente presa a deveres éticos.

Ética e moral são termos que normalmente são empregados como sinônimos, entretanto,
destaco que não são. O significado de ética trazido pelo dicionário é:

Ramo da filosofia que tem por objetivo refletir sobre a essência dos princípios, valores
e problemas fundamentais da moral, tais como a finalidade e o sentido da vida humana, a
natureza do bem e do mal, os fundamentos da obrigação e do dever, tendo como base as normas
consideradas universalmente válidas e que norteiam o comportamento humano (Michaelis).

Moral, de outra parte, é conceituada como:

Relativo às regras de conduta e aos costumes estabelecidos e admitidos em determinada


sociedade. Que é conforme e procede conforme os princípios da ética e da moralidade aceitos
socialmente. Que procede de maneira honesta ou correta (Michaelis).

Perceba que os conceitos não são iguais: enquanto a ética é o estudo, a moral é uma
constante de comportamentos associados aos valores de certo e errado. Porém, no contexto
da advocacia podem ser utilizados como complementares.
O Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil ao estabelecer os
princípios fundamentais da ética do advogado instituiu os seguintes deveres:

CED-OAB
Art. 2º
Parágrafo único. São deveres do advogado
I – preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo
caráter de essencialidade e indispensabilidade da advocacia;
II – atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade
e boa-fé;
III – velar por sua reputação pessoal e profissional;
IV – empenhar-se, permanentemente, no aperfeiçoamento pessoal e profissional;
V – contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das leis;
VI – estimular, a qualquer tempo, a conciliação e a mediação entre os litigantes, prevenindo,
sempre que possível, a instauração de litígios;

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VII – desaconselhar lides temerárias, a partir de um juízo preliminar de viabilidade jurídica;


VIII – abster-se de:
a) utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente;
b) vincular seu nome ou nome social a empreendimentos sabidamente escusos;
c) emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da
pessoa humana;
d) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o
assentimento deste;
e) ingressar ou atuar em pleitos administrativos ou judiciais perante autoridades com as quais
tenha vínculos negociais ou familiares;
f) contratar honorários advocatícios em valores aviltantes.
IX – pugnar pela solução dos problemas da cidadania e pela efetivação dos direitos individuais,
coletivos e difusos;
X – adotar conduta consentânea com o papel de elemento indispensável à administração da
Justiça;
XI – cumprir os encargos assumidos no âmbito da Ordem dos Advogados do Brasil ou na
representação da classe;
XII – zelar pelos valores institucionais da OAB e da advocacia;
XIII – ater-se, quando no exercício da função de defensor público, à defesa dos necessitados.

Ademais, de acordo com o artigo 9º do Código de Ética, o advogado deve informar o


cliente, de modo claro e inequívoco, quanto a eventuais riscos da sua pretensão, e das
consequências que poderão advir da demanda. Deve, igualmente, denunciar, desde logo,
a quem lhe solicite parecer ou patrocínio, qualquer circunstância que possa influir na
resolução de submeter-lhe a consulta ou confiar-lhe a causa.
O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de mercantilização
(art. 5º do CED-OAB), sendo vedado o oferecimento de serviços profissionais que impliquem,
direta ou indiretamente, em angariar ou captar clientela (art. 7º do CED-OAB), como
veremos mais adiante.
No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e manifestações, nos
limites da lei (art. 2º, § 3º, EOAB), ou seja, possui imunidade profissional, não constituindo
injúria ou difamação puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua
atividade.
Todavia, é defeso (PROIBIDO) ao advogado expor os fatos em Juízo ou na via administrativa
falseando deliberadamente a verdade e utilizando de má-fé (art. 6º do CED-OAB).

Nos termos do artigo 7º, § 2º, do EOAB, o advogado tem imunidade profissional, não
constituindo injúria, difamação puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício

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de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a
OAB, pelos excessos que cometer.

Na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 1127 o Supremo Tribunal Federal considerou


que a imunidade profissional é indispensável para que o advogado possa exercer condigna
e amplamente seu múnus público.
Como mandamentos que devem conduzir a conduta do advogado, o Conselho Federal da
OAB trouxe, ao instituir o Código de Ética, a lealdade e boa-fé em suas relações profissionais
e em todos os atos do seu ofício, ser fiel à verdade para poder servir à Justiça como um
de seus elementos essenciais.

O Estatuto da OAB, no capítulo VIII, dispõe sobre a ética do advogado e estabelece que
deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito e que contribua para o prestígio
da classe e da advocacia, mantendo sua independência em qualquer circunstância, sendo
que nenhum receio de desagradar a magistrado ou a qualquer autoridade, nem de incorrer
em impopularidade, deve deter o advogado no exercício da profissão (art. 31, EOAB).
É conveniente destacar que ao tempo em que o Estatuto exige do advogado a observância
de preceitos éticos, lhe assegura a independência funcional, que é um dos pilares das
prerrogativas do advogado.
Quanto à independência, o Código de Ética e Disciplina da OAB determina que o advogado,
ainda que vinculado ao cliente ou constituinte, deve zelar pela sua liberdade e independência,
permitindo-se, inclusive, a recusa do patrocínio de causa e de manifestação, no âmbito
consultivo, de pretensão concernente a direito que também lhe seja aplicável ou contrarie
orientação que tenha manifestado anteriormente (art. 4º do CED-OAB).
A associação da liberdade de atuação do profissional advogado e a observância dos
preceitos éticos é trazida por Paulo Lobo (Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB
– 2017) no seguinte sentido:

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Além da independência técnica, o advogado deve preservar sua independência política e de


consciência, jamais permitindo que os interesses do cliente confundam-se com os seus. O
advogado não é e nunca pode ser o substituto da parte; é o patrono. Por outro lado, em momento
algum deve ele deixar-se levar pelas emoções, sentimentos e impulsos do cliente, que deverão
ser retidos à porta de seu escritório.
A ética do advogado é a ética da parcialidade, ao contrário da ética do juiz, que é a da isenção.
Contudo, não pode o advogado cobrir com o manto ético qualquer interesse do cliente,
cabendo-lhe recursar o patrocínio que viole sua independência ou a ética profissional. Não
há justificativa ética, salvo no campo da defesa criminal, para a cegueira dos valores diante
da defesa de interesses sabidamente aéticos ou de origem ilícita. A recusa, nesses casos, é um
imperativo que engrandece o advogado.

Ao atuar como patrono da parte, no exercício do mandato, o advogado deverá imprimir à


causa orientação que lhe pareça mais adequada, sem se subordinar a intenções contrárias
do cliente, mas, antes, procurando esclarecê-lo quanto à estratégia traçada (art. 11
do CED-OAB).
Além do mais, o advogado não se sujeita à imposição do cliente que pretenda ver com
ele atuando outros advogados, nem fica na contingência de aceitar a indicação de outro
profissional para com ele trabalhar no processo, nos termos do artigo 24 do Código de Ética.
O importante a ser destacado é que é direito e dever do advogado assumir a defesa
criminal, sem considerar sua própria opinião sobre a culpa do acusado, uma vez que não
há causa criminal indigna de defesa, cumprindo ao advogado agir no sentido de que a
todos seja concedido tratamento condizente com a dignidade da pessoa humana, sob a
égide das garantias constitucionais (art. 23 do CED-OAB).
Em contrapartida, outro preceito ético é que o advogado é responsável pelos atos
que, no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa. Em caso de lide temerária, o
advogado será solidariamente responsável com seu cliente, desde que coligado com este
para lesar a parte contrária, o que será apurado em ação própria (art. 32, EOAB).

Obs.: O Código de Ética e Disciplina da OAB regula os deveres do advogado para com a
comunidade, o cliente, o outro profissional e, ainda, a publicidade, a recusa do
patrocínio, o dever de assistência jurídica, o dever geral de urbanidade e os respectivos
procedimentos disciplinares, consequentemente o advogado obriga-se a cumprir
rigorosamente os deveres consignados no Código de Ética e Disciplina (art. 33, EOAB).

Como vimos na nossa primeira aula, são diversos os regramentos éticos que devem
orientar as relações dos advogados com seus clientes.
As relações entre advogado e cliente devem se basear na confiança recíproca. Caso o
advogado sinta que essa confiança lhe falta, o Código de Ética recomenda que externe sua

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impressão ao seu cliente e, não se dissipando as dúvidas existentes, promova, em seguida,


o substabelecimento do mandato ou a ele renuncie (art. 10 do CED-OAB).
Nos termos do artigo 12 do Código de Ética, a conclusão ou desistência da causa,
independentemente da extinção do mandato, obriga o advogado a devolver ao cliente
bens, valores e documentos que lhe hajam sido confiados e ainda estejam em seu poder,
bem como a prestar-lhe contas, pormenorizadamente, sem prejuízo de esclarecimentos
complementares que se mostrem pertinentes e necessários, observando-se que a parcela
dos honorários paga pelos serviços até então prestados não se inclui entre os valores a
serem devolvidos.
Advogados integrantes da mesma sociedade profissional ou reunidos em caráter
permanente para cooperação recíproca, não podem representar clientes com interesses
opostos, em juízo ou fora dele (art. 19, CED-OAB).
Ademais, o artigo 20 do Código de Ética determina ao advogado que sobrevindo conflito
de interesses entre seus constituintes e não conseguindo harmonizá-los, deverá optar,
com prudência e discrição, por um dos mandatos, renunciando aos demais, resguardado
sempre o sigilo profissional.
Do mesmo modo, ao advogado cumpre abster-se de patrocinar causa contrária à
validade ou legitimidade de ato jurídico em cuja formação haja colaborado ou intervindo
de qualquer maneira; da mesma forma, deve declinar seu impedimento ou o da sociedade
que integre quando houver conflito de interesses motivado por intervenção anterior no
trato de assunto que se prenda ao patrocínio solicitado (art. 22 do CED-OAB).
Ainda, o artigo 25 do Código de Ética estabelece que é defeso (PROIBIDO) ao advogado
funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto do empregador
ou cliente.

Os deveres éticos consignados no Código não são recomendações de bom comportamento,


mas sim normas jurídicas dotadas de obrigatoriedade, que devem ser cumpridas com rigor,
sob pena de cometimento de infração disciplinar (Paulo Lobo – Comentários ao Estatuto
da Advocacia e da OAB – 2017).

2. SIGILO PROFISSIONAL
Um desdobramento da conduta ética do advogado refere-se ao sigilo profissional.
Parece evidente e como já mencionei as relações entre advogado e cliente baseiam-
se na confiança recíproca (art. 10 do CED-OAB): de um lado, o cliente deve esclarecer

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completamente os fatos ao advogado, de outro, o advogado tem o dever de guardar sigilo


dos fatos de que tome conhecimento no exercício da profissão (art. 35 do CED-AOB).
Do mesmo modo, o sigilo profissional abrange os fatos de que o advogado tenha tido
conhecimento em virtude de funções desempenhadas na Ordem dos Advogados do Brasil.
O sigilo profissional é de ordem pública e está previsto na Constituição Federal de
1988: “XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte,
quando necessário ao exercício profissional”.
Tal prerrogativa não está limitada aos advogados, já que é aplicável a todas as categorias
profissionais.
As comunicações de qualquer natureza entre advogado e cliente presumem-se
confidenciais, independendo de solicitação de reserva pelo cliente. Ademais, o advogado,
quando no exercício das funções de mediador, conciliador e árbitro, se submete às regras
de sigilo profissional (art. 36 do CED-OAB).
Nos termos do Código de Ética e Disciplina da OAB:

CED-OAB
Art. 20. Sobrevindo conflito de interesses entre seus constituintes e não conseguindo o
advogado harmonizá-los, caber-lhe-á optar, com prudência e discrição, por um dos mandatos,
renunciando aos demais, resguardado sempre o sigilo profissional.
Art. 21. O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra ex-cliente ou ex-empregador,
judicial e extrajudicialmente, deve resguardar o sigilo profissional.

Dessa forma, por mais que o advogado deixe de prestar serviços a determinado cliente
não poderá valer-se das informações por ele repassadas, seja em proveito próprio ou alheio,
sob pena de violar o sigilo profissional, considerando que apenas tomou conhecimento dos
fatos por meio da sua relação de confiança estabelecida com o constituinte.
Inerente ao dever de sigilo, é direito do advogado recusar-se a depor como testemunha
em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de
quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem
como sobre fato que constitua sigilo profissional (art. 7º, inciso XIX, do Estatuto da OAB).
No mesmo sentido, dispõe o artigo 38 do Código de Ética e Disciplina da OAB: O advogado
não é obrigado a depor, em processo ou procedimento judicial, administrativo ou arbitral,
sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional.
Destaco que o sigilo profissional poderá ser afastado pela autorização concedida pelo
constituinte, ficando a critério do advogado o interesse em prestar ou não o depoimento.

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A Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022 instituiu que é vedado ao advogado efetuar


colaboração premiada contra quem seja ou tenha sido seu cliente, e a inobservância
importará em processo disciplinar, que poderá culminar na aplicação da penalidade de
exclusão, sem prejuízo das penas previstas no Código Penal para o delito de violação do
segredo profissional (art. 7º, § 6º-I, EOAB).

O ordenamento jurídico processual nacional está em consonância com o direito


do advogado:
O Código de Processo Penal, em seu artigo 207, estabelece que são proibidas de depor
as pessoas que, em razão de profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela
parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.
O Código de Processo Civil, de outra parte, traz que a parte não é obrigada a depor a
respeito de fatos sobre os quais, por estado ou profissão, deva guardar sigilo (art. 388,
inciso II).
Violar o sigilo profissional, sem justa causa, constitui infração disciplinar prevista no
artigo 34, inciso VII, do Estatuto da OAB, punível com censura (art. 36, inciso I, EOAB).
Ademais, o Código Penal estabelece como crime a violação do segredo profissional:

Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função,
ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem:
Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa de um conto a dez contos de réis.
Parágrafo único. Somente se procede mediante representação.

É importante destacar que a produção de dano a outrem é elementar do crime de


violação do segredo profissional. Assim sendo, a revelação de segredo que não chega a
causar dano a alguém não configura crime.

Devemos observar sempre se a conduta do advogado não está acobertada por algumas das
hipóteses de JUSTA CAUSA, o que também afasta o cometimento de infração disciplinar
e o crime de violação de segredo profissional.

Nesse ponto, cabe mencionar que o sigilo profissional cederá em face de circunstâncias
excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à
vida e à honra ou que envolvam defesa própria do advogado (art. 37 do CED-OAB).

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Temos como exemplo de grave ameaça ao direito à vida quando o cliente revela sua
intenção (ou participação) ao advogado em assassinar alguém.

3. PUBLICIDADE PROFISSIONAL
A atividade desempenhada pelo advogado não pode ser vista sob a ótica de atividade
exclusivamente econômica. Devemos lembrar que o advogado, por mais que se utilize da
advocacia como meio de garantir frutos para sua subsistência, no seu ministério privado
presta serviço público e exerce função social.
Lembre-se, o exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de
mercantilização (art. 5º do CED-OAB), sendo vedado o oferecimento de serviços profissionais
que implique, direta ou indiretamente, em angariar clientela (art. 7º do CED-OAB).
Com isso, a publicidade profissional se afasta da mercantilização da profissão, da captação
de clientela e possui caráter meramente informativo, devendo primar pela discrição e
sobriedade (art. 39 do CED-OAB).
Conforme traz Paulo Lobo (Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB – 2017):

É vedado ao advogado utilizar-se dos meios comuns de publicidade empresarial e a regra de


ouro é a discrição e moderação, divulgando apenas as informações necessárias de sua identificação,
podendo fazer referência a títulos acadêmicos conferidos por instituições universitárias, a
associações culturais e científicas, aos ramos do direito em que atua, aos horários de atendimento
e aos meios de comunicação.

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Considerando a proibição de utilizar os meios comuns de publicidade empresarial, são


vedados como meio de publicidade profissional (art. 40 do CED-OAB):
• a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão;
• o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade;

Obs.: É permitida a utilização de placas, painéis luminosos e inscrições apenas em fachadas,


exclusivamente para fins de identificação dos escritórios de advocacia, possuindo
apenas caráter meramente informativo, devendo primar pela discrição e sobriedade
(art. 40, parágrafo único, do CED-OAB).
• as inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço público;
• a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades ou a
indicação de vínculos entre uns e outras;
• o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou
artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem
assim quando de eventual participação em programas de rádio ou televisão, ou
em veiculação de matérias pela internet, sendo permitida a referência a e-mail;
• a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas de
publicidade, com o intuito de captação de clientela.

Além disso, de acordo com o artigo 42 do Código de Ética e Disciplina da OAB, é vedado
ao advogado:
• responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios de
comunicação social;
• debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o patrocínio de outro advogado;
• abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição
que o congrega;
• divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de clientes e demandas;
• insinuar-se para reportagens e declarações públicas.

Já vimos nas aulas anteriores que é dever do advogado prevenir, sempre que possível,
a instauração de litígios, bem como desaconselhar lides temerárias.
Consequentemente, as colunas que o advogado mantiver nos meios de comunicação
social ou os textos que por meio deles divulgar não deverão induzir o leitor a litigar nem
promover a captação de clientela (art. 41 do CED-OAB).
O advogado que eventualmente participar de programa de televisão ou de rádio, de
entrevista na imprensa, de reportagem televisionada ou veiculada por qualquer outro
meio, para manifestação profissional, deve visar a objetivos exclusivamente ilustrativos,
educacionais e instrutivos, sem propósito de promoção pessoal ou profissional, vedados

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pronunciamentos sobre métodos de trabalho usados por seus colegas de profissão (art.
43 do CED-OAB).
Conforme o parágrafo único do artigo acima, quando convidado para manifestação
pública, por qualquer modo e forma, visando ao esclarecimento de tema jurídico de
interesse geral, deve o advogado EVITAR insinuações com o sentido de promoção pessoal
ou profissional, bem como o debate de caráter sensacionalista.
Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e material de escritório
de que se utilizar, o advogado fará constar seu nome, nome social ou o da sociedade de
advogados, o número ou os números de inscrição na OAB (art. 44 do CED-OAB).
Poderão ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e as distinções
honoríficas relacionadas à vida profissional, bem como as instituições jurídicas de que
faça parte, e as especialidades a que se dedicar, o endereço, e-mail, site, página eletrônica,
QR code, logotipo e a fotografia do escritório, o horário de atendimento e os idiomas em
que o cliente poderá ser atendido (art. 44, § 1º, do CED-OAB).
É vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões de visitas
do advogado, bem como menção a qualquer emprego, cargo ou função ocupado, atual ou
pretérito, em qualquer órgão ou instituição, salvo o de professor universitário (art. 44, §
2º, do CED-OAB).
Por fim, são admissíveis como formas de publicidade o patrocínio de eventos ou
publicações de caráter científico ou cultural, assim como a divulgação de boletins, por
meio físico ou eletrônico, sobre matéria cultural de interesse dos advogados, desde que sua
circulação fique adstrita a clientes e a interessados do meio jurídico (art. 45 do CED-OAB).

001. (FGV/2021/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXIII) O renomado advogado José deseja


editar, para fins de publicidade, cartões de apresentação de suas atividades profissionais
como advogado.
José, especialista em arbitragem e conciliação, já exerceu a função de conciliador junto a
órgãos do Poder Judiciário. Além disso, José, atualmente, é conselheiro em certo Conselho
Seccional da OAB e é professor aposentado do curso de Direito de certa universidade federal.
Considerando as informações dadas, assinale a afirmativa correta.
a) É vedada menção, nos cartões de apresentação de José, à sua condição de conselheiro
do Conselho Seccional, bem como à pregressa atuação de José como conciliador e à de
professor universitário.
b) É vedada menção, nos cartões de apresentação de José, à sua condição de conselheiro
do Conselho Seccional. Todavia, autoriza-se a referência nos cartões à pregressa atuação
de José como conciliador e à atividade de professor universitário.

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c) É vedada menção, nos cartões de apresentação de José, à sua pregressa atuação como
conciliador. Todavia, autoriza-se a referência nos cartões à condição de conselheiro do
Conselho Seccional, bem como, à atividade de professor universitário.
d) É vedada menção, nos cartões de apresentação de José, à sua condição de conselheiro
do Conselho Seccional, bem como à pregressa atuação de José como conciliador. Todavia,
autoriza-se a referência nos cartões à atividade de professor universitário.

Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e material de escritório de que


se utilizar, o advogado fará constar seu nome, nome social ou o da sociedade de advogados,
o número ou os números de inscrição na OAB (art. 44 do CED-OAB). É VEDADA a inclusão de
fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões de visitas do advogado, bem como menção
a qualquer emprego, cargo ou função ocupado, atual ou pretérito, em qualquer órgão
ou instituição, SALVO O DE PROFESSOR UNIVERSITÁRIO (art. 44, § 2º, do CED-OAB).
Letra d.

ADVOCACIA PRO BONO

De acordo com o artigo 30 do CED-OAB, considera-se advocacia pro bono a prestação


gratuita, eventual e voluntária dos serviços jurídicos em favor de instituições sociais
sem fins econômicos e aos seus assistidos, sempre que os beneficiários não dispuserem
de recursos para a contratação de profissional.
A advocacia pro bono pode ser exercida em favor de pessoas naturais que, igualmente,
não dispuserem de recursos para, sem prejuízo do próprio sustento, contratar advogado.
Todavia, é importante destacar que o advogado não pode se utilizar da advocacia pro
bono para fins político-partidários ou eleitorais, nem beneficiar instituições que visem a
tais objetivos, ou como instrumento de publicidade para captação de clientela.
De todo modo, no exercício da advocacia pro bono, e ao atuar como defensor nomeado,
conveniado ou dativo, o advogado empregará o zelo e a dedicação habituais, de forma que
a parte por ele assistida se sinta amparada e confie no seu patrocínio.

PUBLICIDADE VEICULADA PELA INTERNET OU POR OUTROS MEIOS ELETRÔNICOS

Tendo em vista as mudanças na dinâmica social, a publicidade poderá ser veiculada


pela internet ou por outros meios eletrônicos, como a telefonia (inclusive para o envio de
mensagens a destinatários certos), desde que observadas as diretrizes do Código de Ética
e Disciplina da OAB e que não impliquem o oferecimento de serviços ou representem forma
de captação de clientela (art. 46 do CED-OAB).

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DICA
A publicidade foi recentemente regulamentada pelo
Provimento n. 205/2021, o qual recomendo a leitura
completa, uma vez que veremos seus principais tópicos.

É importante ter em mente que o próprio artigo 47 do CED-OAB traz que as normas de
publicidade profissional podem ser complementadas por outras que o Conselho Federal
aprovar, observadas as diretrizes do CED.
O Provimento n. 205/2021 permite o marketing jurídico, desde que exercido de forma
compatível com os preceitos éticos e respeitadas as limitações impostas pelo Estatuto
da Advocacia, Regulamento Geral, Código de Ética e Disciplina, ou seja, as informações
veiculadas devem ser objetivas e verdadeiras, sendo de exclusiva responsabilidade das
pessoas físicas identificadas e, quando envolver pessoa jurídica, dos sócios administradores
da sociedade de advocacia, que respondem pelos excessos perante a OAB, sem excluir a
participação de outros inscritos que para ela tenham concorrido.

Obs.: As normas estabelecidas no provimento também se aplicam à divulgação de conteúdos


que, apesar de não se relacionarem com o exercício da advocacia, possam atingir a
reputação da classe à qual o profissional pertence, considerando que é indispensável
a preservação do prestígio da advocacia.

Para compreender o provimento faz-se necessário o conhecimento de alguns conceitos


(art. 2º, Prov. n. 205/2021):
• Marketing jurídico: Especialização do marketing destinada aos profissionais da área
jurídica, consistente na utilização de estratégias planejadas para alcançar objetivos
do exercício da advocacia;
• Marketing de conteúdos jurídicos: estratégia de marketing que se utiliza da criação
e da divulgação de conteúdos jurídicos, disponibilizados por meio de ferramentas
de comunicação, voltada para informar o público e para a consolidação profissional
do(a) advogado(a) ou escritório de advocacia;
• Publicidade: meio pelo qual se tornam públicas as informações a respeito de pessoas,
ideias, serviços ou produtos, utilizando os meios de comunicação disponíveis, desde
que não vedados pelo Código de Ética e Disciplina da Advocacia;
• Publicidade profissional: meio utilizado para tornar pública as informações atinentes
ao exercício profissional, bem como os dados do perfil da pessoa física ou jurídica
inscrita na OAB, utilizando os meios de comunicação disponíveis, desde que não
vedados pelo CED-OAB;

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• Publicidade de conteúdos jurídicos: divulgação destinada a levar ao conhecimento


do público conteúdos jurídicos;
• Publicidade ativa: divulgação capaz de atingir número indeterminado de pessoas,
mesmo que elas não tenham buscado informações acerca do anunciante ou dos
temas anunciados;
• Publicidade passiva: divulgação capaz de atingir somente público certo que tenha
buscado informações acerca do anunciante ou dos temas anunciados, bem como por
aqueles que concordem previamente com o recebimento do anúncio;
• Captação de clientela: para fins do provimento, é a utilização de mecanismos de
marketing que, de forma ativa, independentemente do resultado obtido, se destinam
a angariar clientes pela indução à contratação dos serviços ou estímulo do litígio,
sem prejuízo do estabelecido no Código de Ética e Disciplina e regramentos próprios.
Como já vimos, publicidade profissional deve ter caráter meramente informativo e
primar pela discrição e sobriedade, não podendo configurar captação de clientela ou
mercantilização da profissão.
Nesse contexto, para o Provimento são vedadas, ainda, as seguintes condutas (art. 3º,
Prov. n. 205/2021):

I – referência, direta ou indireta, a valores de honorários, forma de pagamento, gratuidade


ou descontos e reduções de preços como forma de captação de clientes;
II – divulgação de informações que possam induzir a erro ou causar dano a clientes, a outros(as)
advogados(as) ou à sociedade;
III – anúncio de especialidades para as quais não possua título certificado ou notória especialização,
nos termos do parágrafo único do art. 3º-A do Estatuto da Advocacia;
IV – utilização de orações ou expressões persuasivas, de autoengrandecimento ou de comparação;
V – distribuição de brindes, cartões de visita, material impresso e digital, apresentações dos
serviços ou afins de maneira indiscriminada em locais públicos, presenciais ou virtuais, salvo em
eventos de interesse jurídico.

Entende-se por publicidade profissional sóbria, discreta e informativa a divulgação


que, sem ostentação, torna público o perfil profissional e as informações atinentes ao
exercício profissional, conforme estabelecido pelo § 1º, do art. 44, do CED-OAB, sem incitar
diretamente ao litígio judicial, administrativo ou à contratação de serviços, sendo vedada
a promoção pessoal (art. 3º, § 1º, Prov. n. 205/2021).

CED-OAB
Art. 44.
§ 1º Poderão ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e as distinções honoríficas
relacionadas à vida profissional, bem como as instituições jurídicas de que faça parte, e as
especialidades a que se dedicar, o endereço, e-mail, site, página eletrônica, QR code, logotipo e

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a fotografia do escritório, o horário de atendimento e os idiomas em que o cliente poderá ser


atendido.

No marketing de conteúdos jurídicos poderá ser utilizada a publicidade ativa ou passiva,


desde que não esteja incutida a mercantilização, a captação de clientela ou o emprego
excessivo de recursos financeiros, sendo admitida a utilização de anúncios, pagos ou não,
nos meios de comunicação, exceto nos meios vedados pelo art. 40 do CED-OAB e desde que
respeitados os limites impostos pelo inciso V do mesmo artigo (art. 4º, Prov. n. 205/2021).
CED-OAB
Art. 40. Os meios utilizados para a publicidade profissional hão de ser compatíveis com a diretriz
estabelecida no artigo anterior, sendo vedados:
I – a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão;
II – o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade;
III – as inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço público;
IV – a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades ou a indicação
de vínculos entre uns e outras;
V – o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou artigos
literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem assim quando de
eventual participação em programas de rádio ou televisão, ou em veiculação de matérias pela
internet, sendo PERMITIDA a referência a e-mail;
VI – a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas de publicidade,
com o intuito de captação de clientela.

Obs.: Para os fins do previsto no inciso V do art. 40 do Código de Ética e Disciplina,


equiparam-se ao e-mail, todos os dados de contato e meios de comunicação
do escritório ou advogado(a) (telefone), inclusive os endereços dos sites (blogs),
das redes sociais (instagram, facebook, telegrama, linkedin) e os aplicativos de
mensagens instantâneas (whatsapp), podendo também constar o logotipo, desde
que em caráter informativo, respeitados os critérios de sobriedade e discrição
(art. 4º, §3º, Prov. n. 205/2021).
É vedada a publicidade mediante uso de meios ou ferramentas que influam de forma
fraudulenta no seu impulsionamento ou alcance.
Do mesmo modo, é vedado o pagamento, patrocínio ou efetivação de qualquer outra
despesa para viabilizar aparição em rankings, prêmios ou qualquer tipo de recebimento
de honrarias em eventos ou publicações, em qualquer mídia, que vise destacar ou eleger
profissionais como detentores de destaque (art. 5º, §1º, Prov. n. 205/2021).
Prov. n. 205/2021
Art. 6º Fica vedada, na publicidade ativa, qualquer informação relativa às dimensões, qualidades
ou estrutura física do escritório, assim como a menção à promessa de resultados ou a utilização
de casos concretos para oferta de atuação profissional.

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Parágrafo único. Fica vedada em qualquer publicidade a ostentação de bens relativos ao


exercício ou não da profissão, como uso de veículos, viagens, hospedagens e bens de consumo,
bem como a menção à promessa de resultados ou a utilização de casos concretos para oferta
de atuação profissional.

Por outro lado, admite-se, na publicidade de conteúdos jurídicos, a identificação


profissional com qualificação e títulos (pós-graduação, mestrado), desde que verdadeiros
e comprováveis quando solicitados pela Ordem dos Advogados do Brasil, bem como com a
indicação da sociedade da qual faz parte (art. 4º, § 1º, Prov. n. 205/2021).
Ademais, na divulgação de imagem, vídeo ou áudio (como por exemplo vídeo no youtube,
informativos no whatsapp, post nas redes sociais do instagram, facebook), contendo
atuação profissional, inclusive em audiências e sustentações orais, em processos judiciais
ou administrativos, não alcançados por segredo de justiça, serão respeitados o sigilo e a
dignidade profissional e vedada a referência ou menção a decisões judiciais e resultados
de qualquer natureza obtidos em procedimentos que patrocina ou participa de alguma
forma, ressalvada a hipótese de manifestação espontânea em caso coberto pela mídia
(art. 4º, §2º, Prov. n. 205/2021).
É permitida a utilização de logomarca e imagens, inclusive fotos dos(as) advogados(as)
e do escritório, assim como a identidade visual nos meios de comunicação profissional,
sendo vedada a utilização de logomarca e símbolos oficiais da Ordem dos Advogados do
Brasil (art. 5º, §2º, Prov. n. 205/2021).

DICA
Não confunda, aqui não estamos tratando do cartão de
visita, que segue as regras específicas do CED-OAB, que
estudamos anteriormente, mas sim de postagens em mídias
sociais, como no instagram, por exemplo.

É permitida a participação do advogado ou da advogada em vídeos ao vivo ou gravados,


na internet ou nas redes sociais, assim como em debates e palestras virtuais (lives, canal no
youtube), desde que observadas as regras dos arts. 42 e 43 do CED, sendo vedada a utilização
de casos concretos ou apresentação de resultados (art. 5º, § 3º, Prov. n. 205/2021).

Não é permitido vincular os serviços advocatícios com outras atividades ou divulgação


conjunta de tais atividades, SALVO a de magistério, ainda que complementares ou afins
(art. 8º, Prov. n. 205/2021).

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Obs.: Não caracteriza infração ético-disciplinar o exercício da advocacia em locais


compartilhados (coworking: salas coletivas), sendo vedada a divulgação da atividade
de advocacia em conjunto com qualquer outra atividade ou empresa que compartilhem
o mesmo espaço, ressalvada a possibilidade de afixação de placa indicativa no espaço
físico em que se desenvolve a advocacia e a veiculação da informação de que a
atividade profissional é desenvolvida em local de coworking.
Por fim, destaco que o Provimento criou o Comitê Regulador do Marketing Jurídico,
que é vinculado à Diretoria do Conselho Federal, que nomeará seus membros, com mandato
concomitante ao da gestão (3 anos), e será composto por 9 pessoas, quais sejam (art. 9º,
Prov. n. 205/2021):

I – 05 (cinco) Conselheiros(as) Federais, um(a) de cada região do país, indicados(as) pela Diretoria
do CFOAB;
II – 01 (um) representante do Colégio de Presidentes de Seccionais.
III – 01 (um) representante indicado pelo Colégio de Presidentes dos Tribunais de Ética e Disciplina;
IV – 01 (um) representante indicado pela Coordenação Nacional de Fiscalização da Atividade
Profissional da Advocacia; e
V – 01 (um) representante indicado pelo Colégio de Presidentes das Comissões da Jovem Advocacia.

O Comitê Regulador do Marketing Jurídico possui caráter meramente CONSULTIVO


e se reunirá periodicamente para acompanhar a evolução dos critérios específicos sobre
marketing, publicidade e informação na advocacia, podendo propor ao Conselho Federal
a alteração, a supressão ou a inclusão de novos critérios e propostas de alteração do
provimento.
Além do mais, o Comitê poderá propor ao Órgão Especial, com base nas disposições do
Código de Ética e Disciplina e pelas demais disposições previstas no provimento, sugestões
de interpretação dos dispositivos sobre publicidade e informação, com a finalidade de
pacificar e unificar a interpretação dos temas pertinentes perante os Tribunais de Ética
e Disciplina e Comissões de Fiscalização das Seccionais.
Todavia, as Seccionais poderão conceder poderes coercitivos à respectiva Comissão de
Fiscalização, permitindo a expedição de notificações com a finalidade de dar efetividade
às disposições do provimento (art. 10, Prov. n. 205/2021).

O artigo 47-A do Código de Ética e Disciplina da OAB, incluído pela Resolução n. 4/2020, de
03/11/2020, estabelece que será admissível a celebração de TERMO DE AJUSTAMENTO
DE CONDUTA – TAC para fazer cessar a publicidade irregular praticada por advogados e
estagiários.

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No mesmo sentido, o artigo 58-A prevê que será admitida a celebração de TAC no âmbito
dos Conselhos Seccionais e do Conselho Federal nos casos de infração ético-disciplinar
punível com censura, se o fato apurado não tiver gerado repercussão negativa à advocacia.
O Provimento n. 200/2020 regulamenta o Termo de Ajustamento de Conduta a ser celebrado
entre o Conselho Federal ou os Conselhos Seccionais com advogados ou estagiários inscritos
nos quadros da Instituição, que se aplica às hipóteses relativas à publicidade profissional
(art. 39 a art. 47 do CED) e às infrações disciplinares puníveis com censura.
A possibilidade de celebrar TAC é muito recente e tem chances enormes de ser explorada
nos próximos Exames da OAB, portanto, muita atenção.

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RESUMO
• O Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil ao estabelecer os
princípios fundamentais da ética do advogado instituiu os seguintes deveres:

São deveres do advogado


I – preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo
caráter de essencialidade e indispensabilidade da advocacia;
II – atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade
e boa-fé;
III – velar por sua reputação pessoal e profissional;
IV – empenhar-se, permanentemente, no aperfeiçoamento pessoal e profissional;
V – contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das leis;
VI – estimular, a qualquer tempo, a conciliação e a mediação entre os litigantes, prevenindo,
sempre que possível, a instauração de litígios;
VII – desaconselhar lides temerárias, a partir de um juízo preliminar de viabilidade jurídica;
VIII – abster-se de:
a) utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente;
b) vincular seu nome ou nome social a empreendimentos sabidamente escusos;
c) emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da
pessoa humana;
d) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o
assentimento deste;
e) ingressar ou atuar em pleitos administrativos ou judiciais perante autoridades com as quais
tenha vínculos negociais ou familiares;
f) contratar honorários advocatícios em valores aviltantes.
IX – pugnar pela solução dos problemas da cidadania e pela efetivação dos direitos individuais,
coletivos e difusos;
X – adotar conduta consentânea com o papel de elemento indispensável à administração da
Justiça;
XI – cumprir os encargos assumidos no âmbito da Ordem dos Advogados do Brasil ou na
representação da classe;
XII – zelar pelos valores institucionais da OAB e da advocacia;
XIII – ater-se, quando no exercício da função de defensor público, à defesa dos necessitados.

• O advogado deve informar o cliente, de modo claro e inequívoco, quanto a eventuais


riscos da sua pretensão, e das consequências que poderão advir da demanda.
Deve, igualmente, denunciar, desde logo, a quem lhe solicite parecer ou patrocínio,
qualquer circunstância que possa influir na resolução de submeter-lhe a consulta
ou confiar-lhe a causa.

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• O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de mercantilização,


sendo vedado o oferecimento de serviços profissionais que impliquem, direta ou
indiretamente, em angariar ou captar clientela, como veremos mais adiante.
• No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e manifestações,
nos limites da lei, ou seja, possui imunidade profissional, não constituindo injúria ou
difamação puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade.
− É defeso (PROIBIDO) ao advogado expor os fatos em Juízo ou na via administrativa
falseando deliberadamente a verdade e utilizando de má-fé.
• o advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação puníveis
qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora
dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que
cometer.
• O advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito e que
contribua para o prestígio da classe e da advocacia, mantendo sua independência
em qualquer circunstância, sendo que nenhum receio de desagradar a magistrado ou
a qualquer autoridade, nem de incorrer em impopularidade, deve deter o advogado
no exercício da profissão.
• Ao atuar como patrono da parte, no exercício do mandato, o advogado deverá
imprimir à causa orientação que lhe pareça mais adequada, sem se subordinar
a intenções contrárias do cliente, mas, antes, procurando esclarecê-lo quanto à
estratégia traçada.
• É direito e dever do advogado assumir a defesa criminal, sem considerar sua
própria opinião sobre a culpa do acusado, uma vez que não há causa criminal indigna
de defesa, cumprindo ao advogado agir no sentido de que a todos seja concedido
tratamento condizente com a dignidade da pessoa humana, sob a égide das garantias
constitucionais.
• O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar com
dolo ou culpa. Em caso de lide temerária, o advogado será solidariamente responsável
com seu cliente, desde que coligado com este para lesar a parte contrária, o que será
apurado em ação própria.
• As relações entre advogado e cliente devem se basear na confiança recíproca. Caso o
advogado sinta que essa confiança lhe falta, o Código de Ética recomenda que externe
sua impressão ao seu cliente e, não se dissipando as dúvidas existentes, promova,
em seguida, o substabelecimento do mandato ou a ele renuncie.
• A conclusão ou desistência da causa, independentemente da extinção do mandato,
obriga o advogado a devolver ao cliente bens, valores e documentos que lhe hajam
sido confiados e ainda estejam em seu poder, bem como a prestar-lhe contas,

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pormenorizadamente, sem prejuízo de esclarecimentos complementares que se


mostrem pertinentes e necessários, observando-se que a parcela dos honorários paga
pelos serviços até então prestados não se inclui entre os valores a serem devolvidos.
• Advogados integrantes da mesma sociedade profissional ou reunidos em caráter
permanente para cooperação recíproca, não podem representar clientes com
interesses opostos, em juízo ou fora dele.
• Ao advogado que sobrevindo conflito de interesses entre seus constituintes e não
conseguindo harmonizá-los, deverá optar, com prudência e discrição, por um dos
mandatos, renunciando aos demais, resguardado sempre o sigilo profissional.
• Ao advogado cumpre abster-se de patrocinar causa contrária à validade ou
legitimidade de ato jurídico em cuja formação haja colaborado ou intervindo de
qualquer maneira; da mesma forma, deve declinar seu impedimento ou o da sociedade
que integre quando houver conflito de interesses motivado por intervenção anterior
no trato de assunto que se prenda ao patrocínio solicitado.
• É defeso (PROIBIDO) ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente,
como patrono e preposto do empregador ou cliente.

SIGILO PROFISSIONAL

• As comunicações de qualquer natureza entre advogado e cliente presumem-se


confidenciais, independendo de solicitação de reserva pelo cliente. Ademais, o
advogado, quando no exercício das funções de mediador, conciliador e árbitro, se
submete às regras de sigilo profissional.
• Sobrevindo conflito de interesses entre seus constituintes e não conseguindo o
advogado harmonizá-los, caber-lhe-á optar, com prudência e discrição, por um dos
mandatos, renunciando aos demais, resguardado sempre o sigilo profissional.
• O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra ex-cliente ou ex-empregador,
judicial e extrajudicialmente, deve resguardar o sigilo profissional.
• É direito do advogado recusar-se a depor como testemunha em processo no qual
funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja
ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem
como sobre fato que constitua sigilo profissional.
• O advogado não é obrigado a depor, em processo ou procedimento judicial,
administrativo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional.
• A Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022 instituiu que é vedado ao advogado efetuar
colaboração premiada contra quem seja ou tenha sido seu cliente, e a inobservância
importará em processo disciplinar, que poderá culminar na a aplicação da penalidade

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de exclusão, sem prejuízo das penas previstas no Código Penal para o delito de violação
do segredo profissional (art. 7º, § 6º-I, EOAB).
• O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais que configurem
justa causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra ou que
envolvam defesa própria do advogado.

PUBLICIDADE PROFISSIONAL

• A publicidade profissional se afasta da mercantilização da profissão, da captação de


clientela e possui caráter meramente informativo, devendo primar pela discrição
e sobriedade.

São vedados como meio de publicidade profissional:


− a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão;
− o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade;
− as inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço
público;
− a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades
ou a indicação de vínculos entre uns e outras;
− o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou
artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem
assim quando de eventual participação em programas de rádio ou televisão, ou
em veiculação de matérias pela internet, sendo permitida a referência a e-mail;
− a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas
de publicidade, com o intuito de captação de clientela.
• É vedado ao advogado:
− responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios de
comunicação social;
− debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o patrocínio de outro
advogado;
− abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição
que o congrega;
− divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de clientes e demandas;
− insinuar-se para reportagens e declarações públicas.
• As colunas que o advogado mantiver nos meios de comunicação social ou os textos
que por meio deles divulgar não deverão induzir o leitor a litigar nem promover a
captação de clientela.

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• O advogado que eventualmente participar de programa de televisão ou de rádio,


de entrevista na imprensa, de reportagem televisionada ou veiculada por qualquer
outro meio, para manifestação profissional, deve visar a objetivos exclusivamente
ilustrativos, educacionais e instrutivos, sem propósito de promoção pessoal ou
profissional, vedados pronunciamentos sobre métodos de trabalho usados por seus
colegas de profissão.
− Quando convidado para manifestação pública, por qualquer modo e forma, visando
ao esclarecimento de tema jurídico de interesse geral, deve o advogado EVITAR
insinuações com o sentido de promoção pessoal ou profissional, bem como o de-
bate de caráter sensacionalista.
• Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e material de escritório
de que se utilizar, o advogado fará constar seu nome, nome social ou o da sociedade
de advogados, o número ou os números de inscrição na OAB.
− Poderão ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e as distinções
honoríficas relacionadas à vida profissional, bem como as instituições jurídicas
de que faça parte, e as especialidades a que se dedicar, o endereço, e-mail, site,
página eletrônica, QR code, logotipo e a fotografia do escritório, o horário de aten-
dimento e os idiomas em que o cliente poderá ser atendido.
− É vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões de
visitas do advogado, bem como menção a qualquer emprego, cargo ou função
ocupado, atual ou pretérito, em qualquer órgão ou instituição, salvo o de professor
universitário.
• São admissíveis como formas de publicidade o patrocínio de eventos ou publicações
de caráter científico ou cultural, assim como a divulgação de boletins, por meio
físico ou eletrônico, sobre matéria cultural de interesse dos advogados, desde que
sua circulação fique adstrita a clientes e a interessados do meio jurídico.

ADVOCACIA PRO BONO

• Considera-se advocacia pro bono a prestação gratuita, eventual e voluntária dos


serviços jurídicos em favor de instituições sociais sem fins econômicos e aos seus
assistidos, sempre que os beneficiários não dispuserem de recursos para a contratação
de profissional.
− A advocacia pro bono pode ser exercida em favor de pessoas naturais que, igual-
mente, não dispuserem de recursos para, sem prejuízo do próprio sustento, con-
tratar advogado.

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− Todavia, o advogado não pode se utilizar da advocacia pro bono para fins político-
-partidários ou eleitorais, nem beneficiar instituições que visem a tais objetivos,
ou como instrumento de publicidade para captação de clientela.
• O artigo 47-A do CED-OAB, incluído pela Resolução n. 4/2020, de 03/11/2020, estabelece
que será admissível a celebração de TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA – TAC
para fazer cessar a publicidade irregular praticada por advogados e estagiários.
No mesmo sentido, o artigo 58-A prevê que será admitida a celebração de TAC no
âmbito dos Conselhos Seccionais e do Conselho Federal nos casos de infração ético-
disciplinar punível com censura, se o fato apurado não tiver gerado repercussão
negativa à advocacia.

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MAPA MENTAL

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QUESTÕES DE CONCURSO

001. (FGV/2023/OAB/EXAME DA ORDEM UNIFICADO XXXVII/PRIMEIRA FASE/ADAPTADA)


Pedro, advogado, é investigado criminalmente, em conjunto com Antônio, seu ex-cliente,
e Matheus, juiz da comarca, em razão de sua suposta participação em atos fraudulentos
que importaram o pagamento de benefícios previdenciários indevidos.
No âmbito das investigações, a autoridade judiciária competente determina medida cautelar
de busca e apreensão que importa violação do local de trabalho de Pedro. Posteriormente,
Pedro é consultado pelo órgão encarregado da investigação criminal acerca de seu interesse
na celebração de acordo de colaboração premiada.
Sobre essas medidas, assinale a afirmativa correta.
a) É válida a medida de busca e apreensão executada no local de trabalho de Pedro se
fundada exclusivamente em declarações de outro colaborador, sem confirmação por outros
meios de prova.
b) Em hipótese excepcional, podem ser usados na investigação documentos, mídias e objetos
pertencentes a outros clientes de Pedro.
c) Se Pedro efetuar colaboração premiada contra Antônio, tal ato importará em processo
disciplinar, que poderá culminar com a aplicação da sanção de suspensão.
d) Se Pedro efetuar colaboração premiada contra Matheus, não estará sujeito às penas
relativas ao crime de violação do segredo profissional.

002. (FGV/2022/OAB/EXAME DA ORDEM UNIFICADO XXXVI/PRIMEIRA FASE) A advogada


Carolina e a estagiária de Direito Beatriz, que com ela atua, com o intuito de promover sua
atuação profissional, valeram-se, ambas, de meios de publicidade vedados no Código de
Ética e Disciplina da OAB.
Após a verificação da irregularidade, indagaram sobre a possibilidade de celebração de
termo de ajustamento de conduta tendo, como objeto, a adequação da publicidade.
Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
a) É admitida a celebração do termo de ajustamento de conduta apenas no âmbito do
Conselho Federal da OAB, para fazer cessar a publicidade praticada pela advogada Carolina
e pela estagiária Beatriz.
b) É admitida a celebração do termo de ajustamento de conduta, no âmbito do Conselho
Federal da OAB ou dos Conselhos Seccionais, para fazer cessar a publicidade praticada
pela advogada Carolina, mas é vedado que o termo de ajustamento de conduta abranja a
estagiária Beatriz.

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c) É vedada pelo Código de Ética e Disciplina da OAB a possibilidade de celebração de termo


de ajustamento de conduta no caso narrado, uma vez que se trata de infração ética.
d) É admitida a celebração do termo de ajustamento de conduta no âmbito do Conselho
Federal da OAB ou dos Conselhos Seccionais, para fazer cessar a publicidade praticada pela
advogada Carolina e também pela estagiária Beatriz.

003. (FGV/2022/OAB/EXAME DA ORDEM UNIFICADO XXXVI/PRIMEIRA FASE) O advogado


João ajuizou uma lide temerária em favor de seu cliente Flávio. Sobre a responsabilização
de João, assinale a afirmativa correta.
a) João será solidariamente responsável com Flávio apenas se provado conluio para lesar
a parte contrária.
b) João será solidariamente responsável com Flávio independentemente de prova de conluio
para lesar a parte contrária.
c) João será responsável subsidiariamente a Flávio apenas se provado conluio para lesar a
parte contrária.
d) Flávio será responsabilizado subsidiariamente a João independentemente de prova de
conluio para lesar a parte contrária.

004. (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXV/2022) O estagiário de Direito Jefferson


Santos, com o objetivo de divulgar a qualidade de seus serviços, realizou publicidade
considerada irregular por meio da Internet, por resultar em captação de clientela, nos
termos do Código de Ética e Disciplina da OAB. Quanto aos instrumentos admitidos no caso
em análise, assinale a afirmativa correta.
a) É admitida a celebração de termo de ajustamento de conduta, tanto no âmbito dos
Conselhos Seccionais quanto do Conselho Federal, para fazer cessar a publicidade irregular
praticada.
b) Não é permitida a celebração de termo de ajustamento de conduta, tendo em vista
tratar-se de estagiário.
c) É admitida a celebração de termo de ajustamento de conduta para fazer cessar a
publicidade irregular praticada, que deverá seguir regulamentação constante em provimentos
de cada Conselho Seccional, quanto aos seus requisitos e condições.
d) Não é permitida a celebração de termo de ajustamento de conduta, tendo em vista a
natureza da infração resultante da publicidade irregular narrada.

005. (FGV/2022/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXIV) O advogado Pedro praticou infração


disciplinar punível com censura, a qual gerou repercussão bastante negativa à advocacia, uma
vez que ganhou grande destaque na mídia nacional. Por sua vez, o advogado Hélio praticou

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infração disciplinar punível com suspensão, a qual não gerou maiores repercussões públicas,
uma vez que não houve divulgação do caso para além dos atores processuais envolvidos.
Considerando a situação hipotética narrada, assinale a afirmativa correta.
a) É admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta tanto por Pedro como
por Hélio.
b) Não é admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta por Pedro nem por
Hélio.
c) É admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta por Pedro, mas não é
admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta por Hélio.
d) É admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta por Hélio, mas não é
admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta por Pedro.

006. (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXII/2021) O advogado Filipe, em razão de


sua notoriedade na atuação em defesa das minorias, foi procurado por representantes de
certa pessoa jurídica X, que solicitaram sua atuação pro bono em favor da referida pessoa
jurídica, em determinados processos judiciais.
De acordo com o Código de Ética e Disciplina da OAB, assinale a opção que apresenta a
resposta que deve ser dada por Filipe a tal consulta.
a) É vedada a atuação pro bono em favor de pessoas jurídicas, embora seja possível a
defesa das pessoas físicas que sejam destinatárias das suas atividades, desde que estas
não disponham de recursos para contratação de profissional.
b) É autorizada a atuação pro bono em favor de pessoas jurídicas, desde que consideradas
instituições sociais e que não se destinem a fins econômicos, e aos seus assistidos, sempre
que os beneficiários não dispuserem de recursos para a contratação de profissional.
c) É autorizada a atuação pro bono em favor de pessoas jurídicas, mesmo que destinadas
a fins econômicos, desde que a atividade advocatícia atenda a motivos considerados
socialmente relevantes, independentemente da existência de recursos para contratação
de profissional.
d) É autorizada a atuação pro bono em favor de pessoas jurídicas, mesmo que destinadas
a fins econômicos, desde que a atividade advocatícia se dirija a motivos considerados
socialmente relevantes e as pessoas físicas beneficiárias das suas atividades não disponham
de recursos para contratação de profissional.

007. (FGV/2021/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXIII) Luiz Felipe, advogado, mantém


uma coluna semanal em portal na internet destinado ao público jurídico. Para que a conduta
de Luiz Felipe esteja de acordo com as normas relativas à publicidade da profissão de
advogado, ele poderá

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a) debater causa sob o patrocínio de outro advogado.


b) externar posicionamento que induza o leitor a litigar.
c) responder à consulta sobre matéria jurídica de forma esporádica.
d) fazer referência ao seu telefone e e-mail de contato ao final da coluna.

008. (FGV/2021/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXIII) Antônio, residente no Município


do Rio de Janeiro, ajuizou em tal foro, assistido pelo advogado Bernardo, ação ordinária
em face do Banco Legal, com pedido de pagamento de indenização por danos morais
supostamente sofridos por ter sido ofendido por segurança quando tentava ingressar em
agência bancária localizada em Niterói.
Ao despachar a petição inicial, o juiz verificou que Antônio ocultou a circunstância de que
já havia proposto, perante um dos juizados especiais cíveis da comarca de Niterói, outra
ação em face do Banco Legal em razão dos mesmos fatos, na qual o pedido indenizatório
foi julgado improcedente, em decisão que já havia transitado em julgado quando ajuizada
a ação no Rio de Janeiro.
Em tal situação, caso se comprove que Bernardo agiu de forma coligada com Antônio para
lesar o Banco Legal, Bernardo será responsabilizado
a) solidariamente com Antônio, conforme apurado em ação própria.
b) solidariamente com Antônio, conforme apurado nos próprios autos.
c) subsidiariamente com Antônio, conforme apurado em ação própria.
d) subsidiariamente em relação a Antônio, conforme apurado nos próprios autos.

009. (FGV/2021/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXIII) O renomado advogado José deseja


editar, para fins de publicidade, cartões de apresentação de suas atividades profissionais
como advogado.
José, especialista em arbitragem e conciliação, já exerceu a função de conciliador junto a
órgãos do Poder Judiciário. Além disso, José, atualmente, é conselheiro em certo Conselho
Seccional da OAB e é professor aposentado do curso de Direito de certa universidade federal.
Considerando as informações dadas, assinale a afirmativa correta.
a) É vedada menção, nos cartões de apresentação de José, à sua condição de conselheiro
do Conselho Seccional, bem como à pregressa atuação de José como conciliador e à de
professor universitário.
b) É vedada menção, nos cartões de apresentação de José, à sua condição de conselheiro
do Conselho Seccional. Todavia, autoriza-se a referência nos cartões à pregressa atuação
de José como conciliador e à atividade de professor universitário.

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c) É vedada menção, nos cartões de apresentação de José, à sua pregressa atuação como
conciliador. Todavia, autoriza-se a referência nos cartões à condição de conselheiro do
Conselho Seccional, bem como, à atividade de professor universitário.
d) É vedada menção, nos cartões de apresentação de José, à sua condição de conselheiro
do Conselho Seccional, bem como à pregressa atuação de José como conciliador. Todavia,
autoriza-se a referência nos cartões à atividade de professor universitário.

010. (FGV/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2020) Um escritório de renome


internacional considera expandir suas operações, iniciando atividades no Brasil. Preocupados
em adaptar seus procedimentos internos para que reflitam os códigos brasileiros de ética
profissional, seus dirigentes
estrangeiros desejam entender melhor as normas a respeito da relação entre clientes e
advogados no país.
Sobre esse tema, é correto afirmar que os advogados brasileiros
a) podem, para a adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis, aceitar procuração de
quem já tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento deste.
b) deverão considerar sua própria opinião a respeito da culpa do acusado ao assumir defesa
criminal.
c) podem funcionar, no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto de
seu cliente, desde que tenham conhecimento direto dos fatos.
d) podem representar, em juízo, clientes com interesses opostos se não integrarem a mesma
sociedade profissional, mas estiverem reunidos em caráter permanente para cooperação
recíproca.

011. (FGV/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2020) Em certo município, os advogados


André e Helena são os únicos especialistas em determinado assunto jurídico. Por isso,
André foi convidado a participar de entrevista na imprensa escrita sobre as repercussões
de medidas tomadas pelo Poder Executivo local, relacionadas à sua área de especialidade.
Durante a entrevista, André convidou os leitores a litigarem em face da Administração
Pública, conclamando-os a procurarem advogados especializados para ajuizarem, desde
logo, as demandas que considerava tecnicamente cabíveis.
Porém, quando indagado sobre os meios de contato de seu escritório, para os leitores
interessados, André disse que, por obrigação ética, não poderia divulgá-los por meio daquele
veículo. Por sua vez, a advogada Helena, irresignada com as mesmas medidas tomadas pelo
Executivo, procurou um programa de rádio, oferecendo-se para uma reportagem sobre o
assunto. No programa, Helena manifestou-se de forma técnica, educativa e geral, evitando
sensacionalismo.

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Considerando as situações acima narradas e o disposto no Código de Ética e Disciplina da


OAB, assinale a afirmativa correta.
a) André e Helena agiram de forma ética, observando as normas previstas no Código de
Ética e Disciplina da OAB.
b) Nenhum dos dois advogados agiu de forma ética, tendo ambos inobservado as normas
previstas no Código de Ética e Disciplina da OAB.
c) Apenas André agiu de forma ética, observando as normas previstas no Código de Ética
e Disciplina da OAB.
d) Apenas Helena agiu de forma ética, observando as normas previstas no Código de Ética
e Disciplina da OAB.

012. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXVIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2019) A


advogada Leia Santos confeccionou cartões de visita para sua apresentação e de seu
escritório. Nos cartões, constava seu nome, número de inscrição na OAB, bem como o site
do escritório na Internet e um QR code para que o cliente possa obter informações sobre o
escritório. Já o advogado Lucas Souza elaborou cartões de visita que, além do seu nome e
número de inscrição na OAB, apresentam um logotipo discreto e a fotografia do escritório.
Considerando as situações descritas e o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB,
assinale a afirmativa correta.
a) Leia e Lucas cometeram infrações éticas, pois inseriram elementos vedados pelo Código
de Ética e Disciplina da OAB nos cartões de apresentação.
b) Nenhum dos advogados cometeu infração ética, pois os elementos inseridos por ambos
nos cartões de apresentação são autorizados.
c) Apenas Leia cometeu infração ética, pois inseriu elementos vedados pelo Código de Ética
e Disciplina da OAB nos cartões de apresentação. Os elementos empregados por Lucas são
autorizados.
d) Apenas Lucas cometeu infração ética, pois inseriu elementos vedados pelo Código de
Ética e Disciplina da OAB nos cartões de apresentação. Os elementos empregados por Leia
são autorizados.

013. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXX EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2019) Antônio


e José são advogados e atuam em matéria trabalhista. Antônio tomou conhecimento de
certos fatos relativos à vida pessoal de seu cliente, que respondia a processo considerado
de interesse acadêmico. Após o encerramento do feito judicial, Antônio resolveu abordar
os fatos que deram origem ao processo em sua dissertação pública de mestrado. Então, a
fim de se resguardar, Antônio notificou o cliente, indagando se este solicitava sigilo sobre
os fatos pessoais ou se estes podiam ser tratados na aludida dissertação. Tendo obtido
resposta favorável do cliente, Antônio abordou o assunto na dissertação.

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Por sua vez, o advogado José também soube de fatos pessoais de seu cliente, em razão de
sua atuação em outro processo.
Entretanto, José foi difamado em público, gravemente, por uma das partes da demanda.
Por ser necessário à defesa de sua honra, José divulgou o conteúdo particular de que teve
conhecimento.
Considerando os dois casos narrados, assinale a afirmativa correta.
a) Antônio infringiu o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, violando o dever de
sigilo profissional. Por outro lado, José não cometeu infração ética, já que o dever de sigilo
profissional cede na situação descrita.
b) Antônio e José infringiram, ambos, o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB,
violando seus deveres de sigilo profissional.
c) José infringiu o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, violando o dever de sigilo
profissional. Por outro lado, Antônio não cometeu infração ética, já que o dever de sigilo
profissional cede na situação descrita.
d) Antônio e José não cometeram infração ética, já que o dever de sigilo profissional, em
ambos os casos, cede nas situações descritas.

014. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXV EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2018) O


advogado Valter instalou, na fachada do seu escritório, um discreto painel luminoso com
os dizeres “Advocacia Trabalhista”. A sociedade de advogados X contratou a instalação de
um sóbrio painel luminoso em um dos pontos de ônibus da cidade, onde constava apenas
o nome da sociedade, dos advogados associados e o endereço da sua sede. Já a advogada
Helena fixou, em todos os elevadores do prédio comercial onde se situa seu escritório,
cartazes pequenos contendo inscrições sobre seu nome, o ramo do Direito em que atua e
o andar no qual funciona o escritório.
Considerando as situações descritas e o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB,
assinale a afirmativa correta.
a) Apenas Valter e a sociedade de advogados X violaram a disciplina quanto à ética na
publicidade profissional.
b) Apenas Helena violou a disciplina quanto à ética na publicidade profissional.
c) Valter, Helena e a sociedade de advogados X violaram a disciplina quanto à ética na
publicidade profissional.
d) Apenas a sociedade de advogados X e Helena violaram a disciplina quanto à ética na
publicidade profissional.

015. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2018) Rafaela,


advogada, atua como árbitra em certa lide. Lena, também regularmente inscrita como

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advogada perante a OAB, exerce atualmente a função de mediadora. Ambas, no exercício


de suas atividades, tomaram conhecimento de fatos relativos às partes envolvidas. Todavia,
apenas foi solicitado a Rafaela que guardasse sigilo sobre tais fatos.
Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
a) Apenas Rafaela, no exercício da profissão, submete-se ao dever de guardar sigilo dos
fatos de que tomou conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circunstâncias
excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos à
vida e à honra, bem como em caso de defesa própria.
b) Apenas Lena, no exercício da profissão, submete-se ao dever de guardar sigilo dos fatos
de que tomou conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circunstâncias excepcionais
que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos à vida e à honra,
bem como em caso de defesa própria.
c) Ambas as advogadas, no exercício da profissão, submetem-se ao dever de guardar sigilo
dos fatos de que tomaram conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circunstâncias
excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos à
vida e à honra, bem como em caso de defesa própria.
d) Apenas Rafaela, no exercício da profissão, submete-se ao dever de guardar sigilo dos
fatos de que tomou conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circunstâncias
excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos
à vida e à honra. Porém, não se admite a relativização do dever de sigilo para exercício de
defesa própria.

016. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2017) O Dr.


Silvestre, advogado, é procurado por um cliente para patrociná-lo em duas demandas em
curso, nas quais o aludido cliente figura como autor. Ao verificar o andamento processual
dos feitos, Silvestre observa que o primeiro processo tramita perante a juíza Dra. Isabel,
sua tia. Já o segundo processo tramita perante o juiz Dr. Zacarias, que, coincidentemente,
é o locador do imóvel onde o Dr. Silvestre reside.
Considerando o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, assinale a afirmativa correta.
a) O Dr. Silvestre cometerá infração ética se atuar em qualquer dos processos, tendo em
vista o grau de parentesco com a primeira magistrada e a existência de relação negocial
com o segundo juiz.
b) O Dr. Silvestre cometerá infração ética apenas se atuar no processo que tramita perante
a juíza Dra. Isabel, tendo em vista o grau de parentesco com a magistrada. Quanto ao
segundo processo, não há vedação ética ao patrocínio na demanda.

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c) O Dr. Silvestre cometerá infração ética apenas se atuar no processo que tramita perante
o juiz Dr. Zacarias, tendo em vista a existência de relação negocial com o magistrado. Quanto
ao primeiro processo, não há vedação ética ao patrocínio na demanda.
d) O Dr. Zacarias não cometerá infração ética se atuar em ambos os feitos, pois as hipóteses
de suspeição e impedimento dos juízes versam sobre seu relacionamento com as partes,
e não com os advogados.

017. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2017) Em


determinada edição de um jornal de grande circulação, foram publicadas duas matérias
subscritas, cada qual, pelos advogados Lúcio e Frederico. Lúcio assina, com habitualidade,
uma coluna no referido jornal, em que responde, semanalmente, a consultas sobre matéria
jurídica. Frederico apenas subscreveu matéria jornalística naquela edição, debatendo certa
causa, de natureza criminal, bastante repercutida na mídia, tendo analisado a estratégia
empregada pela defesa do réu no processo.
Considerando o caso narrado e o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, assinale
a afirmativa correta.
a) Lúcio e Frederico cometeram infração ética.
b) Apenas Lúcio cometeu infração ética.
c) Apenas Frederico cometeu infração ética.
d) Nenhum dos advogados cometeu infração ética.

018. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXII EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2017) Marcelo,


renomado advogado, foi convidado para participar de matéria veiculada pela Internet,
por meio de portal de notícias, com a finalidade de informar os leitores sobre direitos
do consumidor. Ao final da matéria, mediante sua autorização, foi divulgado o e-mail de
Marcelo, bem como o número de telefone do seu escritório. Sobre essa situação, de acordo
com o Código de Ética e Disciplina da OAB, assinale a afirmativa correta.
a) Marcelo não pode participar de matéria veiculada pela Internet, pois esse fato, por si só,
configura captação de clientela.
b) Marcelo pode participar de matéria veiculada pela Internet, mas são vedadas a referência
ao e-mail e ao número de telefone do seu escritório ao final da matéria.
c) Marcelo pode participar de matéria veiculada pela Internet e são permitidas a referência
ao e-mail e ao número de telefone do seu escritório ao final da matéria.
d) Marcelo pode participar de matéria veiculada pela Internet, mas é vedada a referência
ao número de telefone do seu escritório ao final da matéria, sendo permitida a referência
ao seu e-mail.

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019. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXII EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2017) Juliana,


advogada, foi empregada da sociedade empresária OPQ Cosméticos e, em razão da sua
atuação na área tributária, tomou conhecimento de informações estratégicas da empresa.
Muitos anos depois de ter deixado de trabalhar na empresa, foi procurada por Cristina,
consumidora que pretendia ajuizar ação cível em face da OPQ Cosméticos por danos causados
pelo uso de um de seus produtos. Juliana, aceitando a causa, utiliza-se das informações
estratégicas que adquirira como argumento de reforço, com a finalidade de aumentar a
probabilidade de êxito da demanda. Considerando essa situação, segundo o Estatuto da
OAB e o Código de Ética e Disciplina da OAB, assinale a afirmativa correta.
a) Juliana não pode advogar contra a sociedade empresária OPQ Cosméticos, tampouco se
utilizar das informações estratégicas a que teve acesso quando foi empregada da empresa.
b) Juliana pode advogar contra a sociedade empresária OPQ Cosméticos, mas não pode se
utilizar das informações estratégicas a que teve acesso quando foi empregada da empresa.
c) Juliana pode advogar contra a sociedade empresária OPQ Cosméticos e pode se utilizar
das informações estratégicas a que teve acesso quando foi empregada da empresa.
d) Juliana não pode advogar contra a sociedade empresária OPQ Cosméticos, mas pode
repassar as informações estratégicas a que teve acesso quando foi empregada da empresa,
a fim de que sejam utilizadas por terceiro que patrocine a causa de Cristina.

020. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XIX EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2016)


Alexandre, advogado que exerce a profissão há muitos anos, é conhecido por suas atitudes
corajosas, sendo respeitado pelos seus clientes e pelas autoridades com quem se relaciona
por questões profissionais. Comentando sua atuação profissional, ele foi inquirido, por um
dos seus filhos, se não deveria recusar a defesa de um indivíduo considerado impopular,
bem como se não deveria ser mais obediente às autoridades, diante da possibilidade de
retaliação.
Sobre o caso apresentado, observadas as regras do Estatuto da OAB, assinale a opção
correta indicada ao filho do advogado citado.
a) O advogado Alexandre deve recusar a defesa de cliente cuja atividade seja impopular.
b) O temor à autoridade pode levar à negativa de prestação do serviço advocatício por
Alexandre.
c) As causas impopulares aceitas por Alexandre devem vir sempre acompanhadas de apoio
da Seccional da OAB.
d) Nenhum receio de desagradar uma autoridade deterá o advogado Alexandre.

021. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2016) Janaína


é procuradora do município de Oceanópolis e atua, fora da carga horária demandada pela

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função, como advogada na sociedade de advogados Alfa, especializada em Direito Tributário.


A profissional já foi professora na universidade estadual Beta, situada na localidade, tendo
deixado o magistério há um ano, quando tomou posse como procuradora municipal.
Atualmente, Janaína deseja imprimir cartões de visitas para divulgação profissional de seu
endereço e telefones. Assim, dirigiu-se a uma gráfica e elaborou o seguinte modelo: no
centro do cartão, consta o nome e o número de inscrição de Janaína na OAB. Logo abaixo, o
endereço e os telefones do escritório. No canto superior direito, há uma pequena fotografia
da advogada, com vestimenta adequada. Na parte inferior do cartão, estão as seguintes
inscrições “procuradora do município de Oceanópolis”, “advogada – Sociedade de Advogados
Alfa” e “ex-professora da Universidade Beta”. A impressão será feita em papel branco com
proporções usuais e grafia discreta na cor preta.
Considerando a situação descrita, assinale a afirmativa correta.
a) Os cartões de visitas pretendidos por Janaína não são adequados às regras referentes
à publicidade profissional. São vedados: o emprego de fotografia pessoal e a referência ao
cargo de procurador municipal. Os demais elementos poderão ser mantidos.
b) Os cartões de visitas pretendidos por Janaína, pautados pela discrição e sobriedade, são
adequados às regras referentes à publicidade profissional.
c) Os cartões de visitas pretendidos por Janaína não são adequados às regras referentes
à publicidade profissional. São vedados: o emprego de fotografia e a referência ao cargo
de magistério que Janaína não mais exerce. Os demais elementos poderão ser mantidos.
d) Os cartões de visitas pretendidos por Janaína não são adequados às regras referentes
à publicidade profissional. São vedados: a referência ao cargo de magistério que Janaína
não mais exerce e a referência ao cargo de procurador municipal. Os demais elementos
poderão ser mantidos.

022. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2016) As


advogadas Juliana e Patrícia, iniciando carreira na advocacia, acreditam que seja necessária a
divulgação de seus serviços, para se tornarem conhecidas. Assim, decidem realizar publicidade
de sua atuação, mediante as seguintes medidas: primeiramente, publicam um anúncio,
em jornal de grande circulação, onde constam seus nomes, números de inscrição na OAB e
endereço de atuação. Além disso, anunciam no rádio suas qualificações profissionais, bem
como expedem correspondências a seus clientes e a colegas advogados, contendo boletim
informativo e comentários à legislação.
Sobre a situação apresentada, assinale a opção correta.
a) Se realizadas com discrição e moderação, as publicações no jornal e as correspondências
expedidas não representam infração ética, porém a veiculação do anúncio no rádio viola o
Código de Ética e Disciplina da OAB.

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b) As três medidas de publicidade adotadas por Juliana e Patrícia violam o disposto no


Código de Ética e Disciplina da OAB, pois é vedado ao advogado anunciar seus serviços
profissionais de forma a alcançar uma coletividade de pessoas.
c) Apenas a expedição de correspondências contendo boletim informativo e comentários
à legislação configura violação ao previsto no Código de Ética e Disciplina da OAB, já que
é vedada a comunicação do advogado por correspondências, salvo aquelas destinadas a
informar os clientes de seus interesses.
d) Se realizadas com razoabilidade, nenhuma das medidas adotadas viola o Código de Ética
e Disciplina da OAB, porque o advogado pode anunciar seus serviços profissionais, individual
ou coletivamente, desde que observadas moderação e discrição quanto ao conteúdo, forma
e dimensões.

023. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2016)


Florentino, advogado regularmente inscrito na OAB, além da advocacia, passou a exercer
também a profissão de corretor de imóveis, obtendo sua inscrição no conselho pertinente.
Em seguida, Florentino passou a divulgar suas atividades, por meio de uma placa na porta
de um de seus escritórios, com os dizeres: Florentino, advogado e corretor de imóveis.
Sobre o tema, assinale a afirmativa correta.
a) É vedado a Florentino exercer paralelamente a advocacia e a corretagem de imóveis.
b) É permitido a Florentino exercer paralelamente a advocacia e a corretagem de imóveis,
desde que não sejam prestados os serviços de advocacia aos mesmos clientes da outra
atividade. Além disso, é permitida a utilização da placa empregada, desde que seja discreta,
sóbria e meramente informativa.
c) É permitido a Florentino exercer paralelamente a advocacia e a corretagem de imóveis.
Todavia, é vedado o emprego da aludida placa, ainda que discreta, sóbria e meramente
informativa.
d) É permitido a Florentino exercer paralelamente a advocacia e a corretagem de imóveis,
inclusive em favor dos mesmos clientes. Também é permitido empregar a aludida placa,
desde que seja discreta, sóbria e meramente informativa.

024. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2016) Michael


foi réu em um processo criminal, denunciado pela prática do delito de corrupção passiva.
Sua defesa técnica no feito foi realizada pela advogada Maria, que, para tanto, teve acesso
a comprovantes de rendimentos e extratos da conta bancária de Michael. Tempos após o
término do processo penal, a ex-mulher de Michael ajuizou demanda, postulando, em face
dele, a prestação de alimentos. Ciente de que Maria conhecia os rendimentos de Michael,
a autora arrolou a advogada como testemunha.

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Considerando o caso narrado e o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, assinale


a afirmativa correta.
a) Maria deverá depor como testemunha, prestando compromisso de dizer a verdade, e
revelar tudo o que souber, mesmo que isto prejudique Michael, uma vez que não é advogada
dele no processo de natureza cível.
b) Maria deverá depor como testemunha, mesmo que isto prejudique Michael, uma vez que
não é advogada dele no processo de natureza cível, mas terá o direito e o dever de se calar
apenas quanto às informações acobertadas pelo sigilo bancário de Michael.
c) Maria deverá recursar-se a depor como testemunha, exceto se Michael expressamente
autorizá-la, caso em que deverá informar o que souber, mesmo que isto prejudique Michael.
d) Maria deverá recursar-se a depor como testemunha, ainda que Michael expressamente
lhe autorize ou solicite que revele o que sabe.

025. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2016) Pedro é


advogado empregado da sociedade empresária FJ. Em reclamação trabalhista proposta
por Tiago em face da FJ, é designada audiência para data na qual os demais empregados
da empresa estarão em outro Estado, participando de um congresso.
Assim, no dia da audiência designada, Pedro se apresenta como preposto da reclamada, na
condição de empregado da empresa, e advogado com procuração para patrocinar a causa.
Nesse contexto,
a) Pedro pode funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto
do empregador, em qualquer hipótese.
b) Pedro pode funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto
do empregador, pois não há outro empregado disponível na data da audiência.
c) Pedro pode funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto
do empregador, em qualquer hipótese, desde que essa circunstância seja previamente
comunicada ao juízo e ao reclamante.
d) Pedro não pode funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e
preposto do empregador ou cliente.

026. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2016) José,


bacharel em Direito, constitui Cesar, advogado, como seu procurador para atuar em demanda
a ser proposta em face de Natália.
Ajuizada a demanda, após o pedido de tutela provisória ter sido indeferido, José orienta
César a opor Embargos de Declaração, embora não vislumbre omissão, contradição ou
obscuridade na decisão, tampouco erro material a corrigir. César, porém, acredita que a
medida mais adequada é a interposição de Agravo de Instrumento, pois entende que a
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decisão poderá ser revista pelo tribunal, facultando-se, ainda, ao juízo de primeira instância
reformar sua decisão.
Diante da divergência, assinale a opção que indica o posicionamento correto.
a) César deverá, em qualquer hipótese, seguir a orientação de José, que é parte na demanda
e possui formação jurídica.
b) César deverá esclarecer José quanto à sua estratégia, mas subordinar-se, ao final, à
orientação deste, pois no exercício do mandato atua como patrono da parte.
c) César deverá imprimir a orientação que lhe pareça mais adequada à causa, sem se
subordinar à orientação de José, mas procurando esclarecê-lo quanto à sua estratégia.
d) César deverá imprimir a orientação que lhe pareça mais adequada à causa, sem se
subordinar à orientação de José, e sem procurar esclarecê-lo quanto à sua estratégia, pois,
no seu ministério privado, presta serviço público.

027. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2016) Maria Clara
contratou o advogado Benjamim para sua defesa em um processo criminal, no qual figura
como ré. Após reuniões destinadas a estruturar a defesa técnica de Maria Clara, Benjamim
percebe que a cliente não demonstra plena confiança no patrono, deixando de revelar fatos
importantes para a sua atuação em juízo.
Diante dessas circunstâncias, é recomendável que Benjamim
a) mantenha-se no patrocínio da causa, pois constitui dever do advogado assumir a defesa
criminal, sem considerar sua própria opinião sobre a culpa do acusado e independentemente
de saber a verdade real sobre os fatos ocorridos.
b) externe à cliente sua impressão, solicitando que ela lhe revele os fatos necessários à sua
defesa. Caso não seja estabelecida a confiança, Benjamim poderá renunciar ao mandato,
sendo vedado que este o substabeleça a outrem, uma vez que a quebra da confiança com
o substabelecente contamina a relação com o substabelecido.
c) renuncie desde logo ao mandato, pois as relações entre advogado e cliente baseiam-se
na confiança recíproca e o profissional não deve perquirir junto ao acusado a verdade real
sobre os fatos que lhe são imputados.
d) externe à cliente sua impressão, solicitando que ela lhe revele os fatos necessários à sua
defesa. Caso não seja estabelecida a confiança, Benjamim poderá renunciar ao mandato
ou promover o substabelecimento a outrem.

028. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2016) A advogada


Kátia exerce, de forma eventual e voluntária, a advocacia pro bono em favor de certa
instituição social, a qual possui personalidade jurídica como associação, bem como de
pessoas físicas economicamente hipossuficientes.

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Em razão dessa prática, sempre que pode, Kátia faz menção pública à sua atuação pro bono,
por entender que isto revela correição de caráter e gera boa publicidade de seus serviços
como advogada, para obtenção de clientes em sua atuação remunerada.
Considerando as informações acima, assinale a afirmativa correta.
a) Kátia comete infração ética porque a advocacia pro bono não pode ser destinada a
pessoas jurídicas, sob pena de caracterização de aviltamento de honorários. Kátia também
comete infração ética ao divulgar sua atuação pro bono como instrumento de publicidade
para obtenção de clientela.
b) Kátia comete infração ética, ao divulgar sua atuação pro bono como instrumento de
publicidade para obtenção de clientela. Quanto à atuação pro bono em favor de pessoas
jurídicas, inexiste vedação.
c) Kátia comete infração ética porque a advocacia pro bono não pode ser destinada a pessoas
jurídicas, sob pena de caracterização de aviltamento de honorários. Quanto à divulgação
de seus serviços pro bono para obtenção de clientela, inexiste vedação.
d) A situação narrada não revela infração ética. Inexistem óbices à divulgação por Kátia de
seus serviços pro bono para obtenção de clientela, bem como à atuação pro bono em favor
de pessoas jurídicas.

029. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2015) Epitácio


é defendido pelo advogado Anderson em processo relacionado à dissolução de sua sociedade
conjugal. Posteriormente, Epitácio vem a se envolver em processo de natureza societária
e contrata novo advogado especialista na matéria. Designada audiência para a oitiva de
testemunhas, a defesa de Epitácio arrola como testemunha o advogado Anderson, diante
do seu conhecimento de fatos decorrentes do litígio de família, obtidos exclusivamente
diante do seu exercício profissional e relevantes para o desfecho do litígio empresarial.
Consoante o Estatuto da Advocacia, o advogado deve.
a) atuar como testemunha em qualquer situação.
b) depor, porém sem revelar fatos ligados ao sigilo profissional.
c) resguardar-se e requerer autorização escrita do cliente.
d) buscar suprimento judicial para depor em Juízo.

030. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XVIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2015) Os


advogados criminalistas X e Y atuavam em diversas ações penais e inquéritos em favor de um
grupo de pessoas acusadas de pertencer a determinada organização criminosa, supostamente
destinada ao tráfico de drogas. Ao perceber que não havia outros meios disponíveis para a
obtenção de provas contra os investigados, o juiz, no âmbito de um dos inquéritos instaurados
para investigar o grupo, atendendo à representação da autoridade policial e considerando
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manifestação favorável do Ministério Público, determinou o afastamento do sigilo telefônico


dos advogados constituídos nos autos dos aludidos procedimentos, embora não houvesse
indícios da prática de crimes por estes últimos. As conversas entre os investigados e seus
advogados, bem como aquelas havidas entre os advogados X e Y, foram posteriormente
usadas para fundamentar a denúncia oferecida contra seus clientes.
Considerando-se a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
a) A prova é lícita, pois não havia outro meio disponível para a obtenção de provas.
b) A prova é lícita, pois tratava-se de investigação de prática de crime cometido no âmbito
de organização criminosa.
c) Considerando que não havia outro meio disponível para a obtenção de provas, bem como
que se tratava de investigação de prática de crime cometido no âmbito de organização
criminosa, é ilícita a prova obtida a partir dos diálogos havidos entre os advogados e seus
clientes. É, no entanto, lícita a prova obtida a partir dos diálogos havidos entre os advogados
X e Y.
d) A prova é ilícita, uma vez que as comunicações telefônicas do advogado são invioláveis
quando disserem respeito ao exercício da profissão, bem como se não houver indícios da
prática de crime pelo advogado.

031. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2015) O


advogado Nelson, após estabelecer seu escritório em local estratégico nas proximidades dos
prédios que abrigam os órgãos judiciários representantes de todas as esferas da Justiça,
resolve publicar anúncio em que, além dos seus títulos acadêmicos, expõe a sua vasta
experiência profissional, indicando os vários cargos governamentais ocupados, inclusive o
de Ministro de prestigiada área social.
Nos termos do Código de Ética da Advocacia, assinale a afirmativa correta.
a) O anúncio está adequado aos termos do Código, pois indica os títulos acadêmicos e a
experiência profissional.
b) O anúncio está adequado aos termos do Código, por não conter adjetivações ou referências
elogiosas ao profissional.
c) O anúncio colide com as normas do Código, pois a referência a títulos acadêmicos é
vedada por indicar a possibilidade de captação de clientela.
d) O anúncio colide com as normas do Código, que proíbem a referência a cargos públicos
capazes de gerar captação de clientela.

032. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2014) Andrea


e Luciano trocam missivas intermitentes, cujo conteúdo diz respeito a processo judicial em
que a primeira é autora, e o segundo, seu advogado. A parte contrária, ciente da troca de

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informações entre eles, requer ao Juízo que esses documentos sejam anexados aos autos
do processo em que litigam.
Sob a perspectiva do Código de Ética e Disciplina da Advocacia, as comunicações epistolares
trocadas entre advogado e cliente
a) constituem documentos públicos a servirem como prova em Juízo.
b) são presumidas confidenciais, não podendo ser reveladas a terceiros.
c) podem ser publicizadas, de acordo com a prudência do advogado.
d) devem ser mantidas em sigilo até o perecimento do advogado.

033. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2014) A


advogada Maria Vivian procura apresentar os seus serviços profissionais como de excelente
qualidade, utilizando a estratégia aprendida em tempos em que atuava no teatro, quando
finalizava a peça pedindo indicação aos amigos, se tivesse aprovado o espetáculo e, caso
negativo, indicasse aos inimigos. A par disso, organiza um sistema sofisticado de divulgação
de material de propaganda, informando o número de vitórias obtido em várias causas com
temas próprios das causas de massa.
Nos termos do Código de Ética da Advocacia, o advogado não pode
a) realizar propaganda, mesmo moderada, da sua atividade.
b) ofertar serviços profissionais que impliquem exposição de clientela.
c) apresentar o seu currículo profissional em público.
d) distribuir cartões de visita com seu endereço profissional.

034. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2014) Mara


é advogada atuante, tendo especialização na área cível. Procurada por um cliente da área
empresarial, ela aceita o mandato. Ocorre que seu cliente possui, em sua empresa, um
departamento jurídico com numerosos advogados e um gerente. Por indicação deles, o
cliente determina que Mara inclua, no mandato que lhe foi conferido, os advogados da
empresa, para atuação conjunta.
Com base no caso apresentado, observadas as regras do Estatuto da OAB e do Código de
Ética e Disciplina da OAB, assinale a opção correta.
a) A advogada deve aceitar a imposição do cliente por ser inerente ao mandato.
b) A advogada deve aceitar a indicação de um advogado para atuar conjuntamente no
processo.
c) A advogada deve acolher o comando, por ser natural na vida forense a colaboração.
d) A advogada não é obrigada a aceitar a imposição de seu cliente no caso.

035. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2014) Valdir


representa os interesses de André em ação de divórcio em que estão em discussão diversas

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questões relevantes, inclusive de cunho financeiro, como, por exemplo, o pensionamento e


a partilha de bens. Irritado com as exigências de sua ex-esposa, André revela a Valdir que
pretende contratar alguém para assassiná-la.
Deve Valdir por seu cliente às autoridades comunicar o segredo revelado competentes?
a) Valdir não pode revelar o segredo que lhe foi confiado por André, pois o advogado deve
sempre guardar sigilo sobre o que saiba em razão do seu ofício.
b) Valdir poderia revelar o segredo que lhe foi confiado por André, mas apenas no caso de
ser intimado como testemunha em ação penal eventualmente deflagrada para a apuração
do homicídio que viesse a ser efetivamente praticado.
c) Valdir pode revelar o segredo que lhe foi confiado por André, em razão de estar a vida
da ex-esposa deste último em risco.
d) Valdir não pode revelar o segredo que lhe foi confiado por André, mas tem obrigação
legal de impedir que o homicídio seja praticado, sob pena de se tornar partícipe do crime.

036. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2014) A


advogada Ana integrou o departamento jurídico da empresa XYZ Ltda. e, portanto, participava
de reuniões internas, com sócios e diretores, e externas, com clientes e fornecedores, tendo
acesso a todos os documentos da sociedade, inclusive aos de natureza contábil, conhecendo
assim, diversos fatos e informações relevantes sobre a empresa.
Alguns anos após ter deixado os quadros da XYZ Ltda., Ana recebeu intimação para comparecer
a determinada audiência e a prestar depoimento, como testemunha arrolada pela defesa,
no âmbito de ação penal em que um dos sócios da empresa figurava como acusado do crime
de sonegação fiscal. Ao comparecer à audiência, Ana afirmou que não prestaria depoimento
sobre os fatos dos quais tomou conhecimento enquanto integrava o jurídico da XYZ Ltda.
O magistrado que presidia o ato ressaltou que seu depoimento havia sido solicitado pelo
próprio sócio da empresa, que a estaria, portanto, desobrigando do dever de guardar sigilo.
Sobre a questão apresentada, observadas as regras do Estatuto da OAB e do Código de
Ética e Disciplina da OAB, assinale a opção correta.
a) Ana terá o dever de depor, pois o bem jurídico administração da justiça é mais relevante
do que o bem jurídico inviolabilidade dos segredos.
b) Ana terá o dever de depor, pois foi desobrigada por seu ex-cliente do dever de guardar
sigilo sobre os fatos de que tomou conhecimento quando atuou como advogada da XYZ Ltda.
c) Ana terá o dever de depor, pois não integra mais o departamento jurídico da empresa
XYZ Ltda., tendo cessado, portanto, seu dever de guardar sigilo.
d) Ana não terá o dever de depor, pois o advogado tem o direito de se recusar a depor,
como testemunha, sobre fato relacionado à pessoa de quem foi ou seja advogado, mesmo
quando solicitado pelo cliente.

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037. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XV EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2014) Fátima


é advogada de Carla em processo proposto em face da empresa LL Serviços Anônimos,
por contrato não cumprido. Posteriormente, Fátima patrocina os interesses de Leonídio
em ação de responsabilidade civil, apresentada em face de Ovídio. Pelos descaminhos do
destino, Carla e Leonídio estabelecem sociedade que, dois anos após a sua constituição,
vem a ser dissolvida. Com os ânimos exaltados, Carla e Leonídio procuram sua advogada
de confiança, Fátima, diante dos serviços de qualidade prestados anteriormente. Com sua
rara habilidade persuasiva, a advogada consegue compor os interesses em conflito.
Sobre o caso apresentado, observadas as regras do Estatuto da OAB e do Código de Ética
e Disciplina da OAB, assinale a opção correta.
a) A advogada deveria optar por um dos clientes na primeira consulta.
b) O litígio envolve interesses irremediavelmente conflitantes, o que exige a opção do
advogado
c) A conciliação purga o confronto de interesses entre os clientes da advogada.
d) O eventual acordo entre os litigantes, no caso, deveria ser feito por outro advogado.

038. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XI EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2013) José é


advogado de João em processo judicial que este promove contra Matheus. Encantado com
as sucessivas campanhas de conciliação, busca obter o apoio do réu para um acordo, sem
consultar previamente o patrono da parte contrária, Valter.
Nos termos do Código de Ética, deve o advogado
a) buscar a conciliação a qualquer preço por ser um objetivo da moderna Jurisdição.
b) abster-se de entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído,
sem o assentimento deste.
c) entender-se com as partes na presença de autoridade sem necessidade de comunicação
ao ex adverso.
d) participar de campanhas de conciliação e, caso infrutíferas, tentar o acordo extrajudicial
diretamente com a parte contrária.

039. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2012) Daniel,


advogado, resolve divulgar seus trabalhos contratando empresa de propaganda e marketing.
Esta lhe apresenta um plano de ação, que inclui a contratação de jovens, homens e mulheres,
para a distribuição de prospectos de propaganda do escritório, coloridos, indicando as
especialidades de atuação e apresentando determinados temas que seriam considerados
acessíveis à multidão de interessados. O projeto é realizado.
Em relação a tal projeto, consoante as normas aplicáveis aos advogados, é correto afirmar
que

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a) a moderna advocacia assume características empresariais e permite publicidade como


a apresentada.
b) atividades moderadas como as sugeridas são admissíveis.
c) desde que autorizada pela OAB, a propaganda pode ser realizada.
d) existem restrições éticas à propaganda da advocacia, entre as quais as referidas no texto.

040. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2012) Mévio,


advogado, é procurado por Eulâmpia, que realiza consulta sobre determinado tema jurídico.
Alguns meses depois, o advogado recebe uma intimação para prestar depoimento como
testemunha em processo no qual Eulâmpia é ré, pelos fatos relatados por ela em consulta
profissional. No concernente ao tema, à luz das normas estatutárias, é correto afirmar que
a) o advogado deve comparecer ao ato e prestar depoimento como testemunha dos fatos.
b) é caso de recusa justificada ao depoimento por ter tido o advogado ciência dos fatos
em virtude do exercício da profissão.
c) a simples consulta jurídica não é privativa de advogado, equiparada a mero aconselhamento
protocolar.
d) o advogado poderá prestar o depoimento, mesmo contra sua vontade, desde que
autorizado pelo cliente.

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GABARITO

1. d 35. c
2. d 36. d
3. a 37. c
4. a 38. b
5. b 39. d
6. b 40. b
7. c
8. a
9. d
10. a
11. b
12. b
13. a
14. d
15. c
16. a
17. a
18. d
19. b
20. d
21. a
22. a
23. c
24. d
25. d
26. c
27. d
28. b
29. b
30. d
31. d
32. b
33. b
34. d

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GABARITO COMENTADO

001. (FGV/2023/OAB/EXAME DA ORDEM UNIFICADO XXXVII/PRIMEIRA FASE/ADAPTADA)


Pedro, advogado, é investigado criminalmente, em conjunto com Antônio, seu ex-cliente,
e Matheus, juiz da comarca, em razão de sua suposta participação em atos fraudulentos
que importaram o pagamento de benefícios previdenciários indevidos.
No âmbito das investigações, a autoridade judiciária competente determina medida cautelar
de busca e apreensão que importa violação do local de trabalho de Pedro. Posteriormente,
Pedro é consultado pelo órgão encarregado da investigação criminal acerca de seu interesse
na celebração de acordo de colaboração premiada.
Sobre essas medidas, assinale a afirmativa correta.
a) É válida a medida de busca e apreensão executada no local de trabalho de Pedro se
fundada exclusivamente em declarações de outro colaborador, sem confirmação por outros
meios de prova.
b) Em hipótese excepcional, podem ser usados na investigação documentos, mídias e objetos
pertencentes a outros clientes de Pedro.
c) Se Pedro efetuar colaboração premiada contra Antônio, tal ato importará em processo
disciplinar, que poderá culminar com a aplicação da sanção de suspensão.
d) Se Pedro efetuar colaboração premiada contra Matheus, não estará sujeito às penas
relativas ao crime de violação do segredo profissional.

É vedado ao advogado efetuar colaboração premiada contra quem seja ou tenha sido seu
cliente. Considerando que Matheus é juiz da comarca, não há o que se falar em vedação
nem mesmo aplicação de penalidade por violação de segredo profissional.
a) Errada. A medida judicial cautelar que importe na violação do escritório ou do local de
trabalho do advogado deve ser aplicada excepcionalmente, sendo VEDADA a determinação
quando fundada exclusivamente em elementos produzidos em declarações de colaborador,
sem confirmação por outros meios de prova (art. 7º, §§ 6º-A e 6º-B, EOAB).
b) Errada. É vedada, em qualquer hipótese, a utilização dos documentos, das mídias e dos
objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos
de trabalho que contenham informações sobre clientes (art. 7º, § 6º, EOAB).
c) Errada. É vedado ao advogado efetuar colaboração premiada contra quem seja ou tenha
sido seu cliente, e a inobservância importará em processo disciplinar, que poderá culminar
na aplicação da penalidade de exclusão, sem prejuízo das penas previstas no Código Penal
para o delito de violação do segredo profissional (art. 7º, § 6º-I, EOAB).
Letra d.

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002. (FGV/2022/OAB/EXAME DA ORDEM UNIFICADO XXXVI/PRIMEIRA FASE) A advogada


Carolina e a estagiária de Direito Beatriz, que com ela atua, com o intuito de promover sua
atuação profissional, valeram-se, ambas, de meios de publicidade vedados no Código de
Ética e Disciplina da OAB.
Após a verificação da irregularidade, indagaram sobre a possibilidade de celebração de
termo de ajustamento de conduta tendo, como objeto, a adequação da publicidade.
Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
a) É admitida a celebração do termo de ajustamento de conduta apenas no âmbito do
Conselho Federal da OAB, para fazer cessar a publicidade praticada pela advogada Carolina
e pela estagiária Beatriz.
b) É admitida a celebração do termo de ajustamento de conduta, no âmbito do Conselho
Federal da OAB ou dos Conselhos Seccionais, para fazer cessar a publicidade praticada
pela advogada Carolina, mas é vedado que o termo de ajustamento de conduta abranja a
estagiária Beatriz.
c) É vedada pelo Código de Ética e Disciplina da OAB a possibilidade de celebração de termo
de ajustamento de conduta no caso narrado, uma vez que se trata de infração ética.
d) É admitida a celebração do termo de ajustamento de conduta no âmbito do Conselho
Federal da OAB ou dos Conselhos Seccionais, para fazer cessar a publicidade praticada pela
advogada Carolina e também pela estagiária Beatriz.

O Termo de Ajustamento de Conduta pode ser celebrado entre o Conselho Federal ou os


Conselhos Seccionais com advogados ou estagiários inscritos nos quadros da Instituição,
que se aplica às hipóteses relativas à publicidade profissional (artigo 47-A do Código de
Ética e Disciplina da OAB).
Letra d.

003. (FGV/2022/OAB/EXAME DA ORDEM UNIFICADO XXXVI/PRIMEIRA FASE) O advogado


João ajuizou uma lide temerária em favor de seu cliente Flávio. Sobre a responsabilização
de João, assinale a afirmativa correta.
a) João será solidariamente responsável com Flávio apenas se provado conluio para lesar
a parte contrária.
b) João será solidariamente responsável com Flávio independentemente de prova de conluio
para lesar a parte contrária.
c) João será responsável subsidiariamente a Flávio apenas se provado conluio para lesar a
parte contrária.
d) Flávio será responsabilizado subsidiariamente a João independentemente de prova de
conluio para lesar a parte contrária.

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De acordo com o artigo 32 do Estatuto da OAB, o advogado é responsável pelos atos que,
no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa. Em caso de lide temerária, o advogado
será solidariamente responsável com seu cliente, desde que coligado com este para lesar
a parte contrária, o que será apurado em ação própria.
Letra a.

004. (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXV/2022) O estagiário de Direito Jefferson


Santos, com o objetivo de divulgar a qualidade de seus serviços, realizou publicidade
considerada irregular por meio da Internet, por resultar em captação de clientela, nos
termos do Código de Ética e Disciplina da OAB. Quanto aos instrumentos admitidos no caso
em análise, assinale a afirmativa correta.
a) É admitida a celebração de termo de ajustamento de conduta, tanto no âmbito dos
Conselhos Seccionais quanto do Conselho Federal, para fazer cessar a publicidade irregular
praticada.
b) Não é permitida a celebração de termo de ajustamento de conduta, tendo em vista
tratar-se de estagiário.
c) É admitida a celebração de termo de ajustamento de conduta para fazer cessar a
publicidade irregular praticada, que deverá seguir regulamentação constante em provimentos
de cada Conselho Seccional, quanto aos seus requisitos e condições.
d) Não é permitida a celebração de termo de ajustamento de conduta, tendo em vista a
natureza da infração resultante da publicidade irregular narrada.

O artigo 47-A do Código de Ética e Disciplina da OAB, incluído pela Resolução n. 4/2020, de
03/11/2020, estabelece que será admissível a celebração de TERMO DE AJUSTAMENTO
DE CONDUTA – TAC para fazer cessar a publicidade irregular praticada por advogados e
estagiários.
O Provimento n. 200/2020 regulamenta o Termo de Ajustamento de Conduta a ser celebrado
entre o Conselho Federal ou os Conselhos Seccionais com advogados ou estagiários inscritos
nos quadros da Instituição, que se aplica às hipóteses relativas à publicidade profissional
(art. 39 a art. 47 do CED) e às infrações disciplinares puníveis com censura.
Letra a.

005. (FGV/2022/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXIV) O advogado Pedro praticou infração


disciplinar punível com censura, a qual gerou repercussão bastante negativa à advocacia, uma
vez que ganhou grande destaque na mídia nacional. Por sua vez, o advogado Hélio praticou
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infração disciplinar punível com suspensão, a qual não gerou maiores repercussões públicas,
uma vez que não houve divulgação do caso para além dos atores processuais envolvidos.
Considerando a situação hipotética narrada, assinale a afirmativa correta.
a) É admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta tanto por Pedro como
por Hélio.
b) Não é admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta por Pedro nem por
Hélio.
c) É admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta por Pedro, mas não é
admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta por Hélio.
d) É admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta por Hélio, mas não é
admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta por Pedro.

O artigo 58-A do Código de Ética e Disciplina da OAB, incluído pela Resolução n. 4/2020, de
03/11/2020, estabelece que será admissível a celebração de TERMO DE AJUSTAMENTO
DE CONDUTA - TAC, nos casos de infração ético-disciplinar punível com censura, se o fato
apurado não tiver gerado repercussão negativa à advocacia.
Desse modo, considerando que a infração praticada por Pedro gerou repercussão bastante
negativa à advocacia e que a praticada pelo advogado Hélio, apensar de não ter gerado
maiores repercussões, é punível com suspensão, não é admissível a celebração de TAC nem
por Pedro nem por Hélio.
Lembre-se que nos termos do artigo 47-A também será admitida a celebração de TAC no
âmbito dos Conselhos Seccionais e do Conselho Federal para fazer cessar a publicidade
irregular praticada por advogados e estagiários.
Letra b.

006. (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXII/2021) O advogado Filipe, em razão de


sua notoriedade na atuação em defesa das minorias, foi procurado por representantes de
certa pessoa jurídica X, que solicitaram sua atuação pro bono em favor da referida pessoa
jurídica, em determinados processos judiciais.
De acordo com o Código de Ética e Disciplina da OAB, assinale a opção que apresenta a
resposta que deve ser dada por Filipe a tal consulta.
a) É vedada a atuação pro bono em favor de pessoas jurídicas, embora seja possível a
defesa das pessoas físicas que sejam destinatárias das suas atividades, desde que estas
não disponham de recursos para contratação de profissional.
b) É autorizada a atuação pro bono em favor de pessoas jurídicas, desde que consideradas
instituições sociais e que não se destinem a fins econômicos, e aos seus assistidos, sempre
que os beneficiários não dispuserem de recursos para a contratação de profissional.

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c) É autorizada a atuação pro bono em favor de pessoas jurídicas, mesmo que destinadas
a fins econômicos, desde que a atividade advocatícia atenda a motivos considerados
socialmente relevantes, independentemente da existência de recursos para contratação
de profissional.
d) É autorizada a atuação pro bono em favor de pessoas jurídicas, mesmo que destinadas
a fins econômicos, desde que a atividade advocatícia se dirija a motivos considerados
socialmente relevantes e as pessoas físicas beneficiárias das suas atividades não disponham
de recursos para contratação de profissional.

De acordo com o artigo 30 do CED-OAB, considera-se advocacia pro bono a prestação


gratuita, eventual e voluntária dos serviços jurídicos em favor de instituições sociais
sem fins econômicos e aos seus assistidos, sempre que os beneficiários não dispuserem
de recursos para a contratação de profissional.
Letra b.

007. (FGV/2021/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXIII) Luiz Felipe, advogado, mantém


uma coluna semanal em portal na internet destinado ao público jurídico. Para que a conduta
de Luiz Felipe esteja de acordo com as normas relativas à publicidade da profissão de
advogado, ele poderá
a) debater causa sob o patrocínio de outro advogado.
b) externar posicionamento que induza o leitor a litigar.
c) responder à consulta sobre matéria jurídica de forma esporádica.
d) fazer referência ao seu telefone e e-mail de contato ao final da coluna.

De acordo com o artigo 42 do Código de Ética e Disciplina da OAB, é VEDADO ao advogado


responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios de comunicação
social, ou seja, poderá responder à consulta sobre matéria jurídica desde que de forma
esporádica.
a) Errada. É VEDADO ao advogado debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob
o patrocínio de outro advogado (art. 42 do CED-OAB).
b) Errada. É dever do advogado prevenir, sempre que possível, a instauração de litígios,
bem como desaconselhar lides temerárias. Consequentemente, as colunas que o advogado
mantiver nos meios de comunicação social ou os textos que por meio deles divulgar não
deverão induzir o leitor a litigar nem promover a captação de clientela (art. 41 do CED-OAB).
d) Errada. Considerando a proibição de utilizar os meios comuns de publicidade empresarial, é
vedado como meio de publicidade profissional o fornecimento de dados de contato, como

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endereço e telefone, em colunas ou artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos,


publicados na imprensa, bem assim quando de eventual participação em programas de rádio
ou televisão, ou em veiculação de matérias pela internet, sendo PERMITIDA A REFERÊNCIA
A E-MAIL (art. 40 do CED-OAB).
Letra c.

008. (FGV/2021/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXIII) Antônio, residente no Município


do Rio de Janeiro, ajuizou em tal foro, assistido pelo advogado Bernardo, ação ordinária
em face do Banco Legal, com pedido de pagamento de indenização por danos morais
supostamente sofridos por ter sido ofendido por segurança quando tentava ingressar em
agência bancária localizada em Niterói.
Ao despachar a petição inicial, o juiz verificou que Antônio ocultou a circunstância de que
já havia proposto, perante um dos juizados especiais cíveis da comarca de Niterói, outra
ação em face do Banco Legal em razão dos mesmos fatos, na qual o pedido indenizatório
foi julgado improcedente, em decisão que já havia transitado em julgado quando ajuizada
a ação no Rio de Janeiro.
Em tal situação, caso se comprove que Bernardo agiu de forma coligada com Antônio para
lesar o Banco Legal, Bernardo será responsabilizado
a) solidariamente com Antônio, conforme apurado em ação própria.
b) solidariamente com Antônio, conforme apurado nos próprios autos.
c) subsidiariamente com Antônio, conforme apurado em ação própria.
d) subsidiariamente em relação a Antônio, conforme apurado nos próprios autos.

De acordo com o artigo 32 do Estatuto da OAB, o advogado é responsável pelos atos que,
no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa. Em caso de lide temerária, o advogado
será solidariamente responsável com seu cliente, desde que coligado com este para lesar
a parte contrária, o que será apurado em ação própria.
Letra a.

009. (FGV/2021/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXIII) O renomado advogado José deseja


editar, para fins de publicidade, cartões de apresentação de suas atividades profissionais
como advogado.
José, especialista em arbitragem e conciliação, já exerceu a função de conciliador junto a
órgãos do Poder Judiciário. Além disso, José, atualmente, é conselheiro em certo Conselho
Seccional da OAB e é professor aposentado do curso de Direito de certa universidade federal.
Considerando as informações dadas, assinale a afirmativa correta.
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a) É vedada menção, nos cartões de apresentação de José, à sua condição de conselheiro


do Conselho Seccional, bem como à pregressa atuação de José como conciliador e à de
professor universitário.
b) É vedada menção, nos cartões de apresentação de José, à sua condição de conselheiro
do Conselho Seccional. Todavia, autoriza-se a referência nos cartões à pregressa atuação
de José como conciliador e à atividade de professor universitário.
c) É vedada menção, nos cartões de apresentação de José, à sua pregressa atuação como
conciliador. Todavia, autoriza-se a referência nos cartões à condição de conselheiro do
Conselho Seccional, bem como, à atividade de professor universitário.
d) É vedada menção, nos cartões de apresentação de José, à sua condição de conselheiro
do Conselho Seccional, bem como à pregressa atuação de José como conciliador. Todavia,
autoriza-se a referência nos cartões à atividade de professor universitário.

Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e material de escritório de que


se utilizar, o advogado fará constar seu nome, nome social ou o da sociedade de advogados,
o número ou os números de inscrição na OAB (art. 44 do CED-OAB). É VEDADA a inclusão de
fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões de visitas do advogado, bem como menção
a qualquer emprego, cargo ou função ocupado, atual ou pretérito, em qualquer órgão
ou instituição, SALVO O DE PROFESSOR UNIVERSITÁRIO (art. 44, § 2º, do CED-OAB).
Letra d.

010. (FGV/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2020) Um escritório de renome


internacional considera expandir suas operações, iniciando atividades no Brasil. Preocupados
em adaptar seus procedimentos internos para que reflitam os códigos brasileiros de ética
profissional, seus dirigentes
estrangeiros desejam entender melhor as normas a respeito da relação entre clientes e
advogados no país.
Sobre esse tema, é correto afirmar que os advogados brasileiros
a) podem, para a adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis, aceitar procuração de
quem já tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento deste.
b) deverão considerar sua própria opinião a respeito da culpa do acusado ao assumir defesa
criminal.
c) podem funcionar, no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto de
seu cliente, desde que tenham conhecimento direto dos fatos.
d) podem representar, em juízo, clientes com interesses opostos se não integrarem a mesma
sociedade profissional, mas estiverem reunidos em caráter permanente para cooperação
recíproca.

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De acordo com o artigo 14 do Código de Ética e Disciplina da OAB, o advogado não deve
aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento deste,
SALVO por motivo plenamente justificável ou para adoção de medidas judiciais urgentes
e inadiáveis.
Comentando as demais alternativas:
b) Errada. É direito e dever do advogado assumir a defesa criminal, SEM CONSIDERAR SUA
PRÓPRIA OPINIÃO sobre a culpa do acusado, uma vez que não há causa criminal indigna de
defesa, cumprindo ao advogado agir no sentido de que a todos seja concedido tratamento
condizente com a dignidade da pessoa humana, sob a égide das garantias constitucionais,
nos termos do artigo 23 do CED-OAB.
c) Errada. É defeso ao advogado (PROIBIDO) funcionar no mesmo processo, simultaneamente,
como patrono e preposto do empregador ou cliente, nos termos do artigo 25 do CED-OAB.
d) Errada. Advogados integrantes da mesma sociedade profissional ou reunidos em caráter
permanente para cooperação recíproca, NÃO PODEM representar clientes com interesses
opostos, em juízo ou fora dele (art. 19, CED-OAB).
Letra a.

011. (FGV/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2020) Em certo município, os advogados


André e Helena são os únicos especialistas em determinado assunto jurídico. Por isso,
André foi convidado a participar de entrevista na imprensa escrita sobre as repercussões
de medidas tomadas pelo Poder Executivo local, relacionadas à sua área de especialidade.
Durante a entrevista, André convidou os leitores a litigarem em face da Administração
Pública, conclamando-os a procurarem advogados especializados para ajuizarem, desde
logo, as demandas que considerava tecnicamente cabíveis.
Porém, quando indagado sobre os meios de contato de seu escritório, para os leitores
interessados, André disse que, por obrigação ética, não poderia divulgá-los por meio daquele
veículo. Por sua vez, a advogada Helena, irresignada com as mesmas medidas tomadas pelo
Executivo, procurou um programa de rádio, oferecendo-se para uma reportagem sobre o
assunto. No programa, Helena manifestou-se de forma técnica, educativa e geral, evitando
sensacionalismo.
Considerando as situações acima narradas e o disposto no Código de Ética e Disciplina da
OAB, assinale a afirmativa correta.
a) André e Helena agiram de forma ética, observando as normas previstas no Código de
Ética e Disciplina da OAB.
b) Nenhum dos dois advogados agiu de forma ética, tendo ambos inobservado as normas
previstas no Código de Ética e Disciplina da OAB.

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c) Apenas André agiu de forma ética, observando as normas previstas no Código de Ética
e Disciplina da OAB.
d) Apenas Helena agiu de forma ética, observando as normas previstas no Código de Ética
e Disciplina da OAB.

Vamos analisar a conduta dos advogados individualmente: André durante entrevista


concedida à imprensa escrita convidou os leitores a litigarem. Querido(a) aluno(a), já vimos
nas nossas aulas que é DEVER do advogado prevenir, sempre que possível, a instauração de
litígios. Consequentemente, as colunas que o advogado mantiver nos meios de comunicação
social ou os textos que por meio deles divulgar não deverão induzir o leitor a litigar nem
promover a captação de clientela, de acordo com o artigo 2º, inciso VI, e artigo 41 do CED-OAB.
Helena, por sua vez, procurou um programa de rádio, oferecendo-se para uma reportagem.
Pois bem, de acordo com o 42 do CED-OAB, é VEDADO ao advogado insinuar-se para
reportagens e declarações públicas.
Dessa forma, nenhum dos dois advogados agiu de forma ética, tendo ambos inobservado
as normas previstas no Código de Ética e Disciplina da OAB.
Letra b.

012. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXVIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2019) A


advogada Leia Santos confeccionou cartões de visita para sua apresentação e de seu
escritório. Nos cartões, constava seu nome, número de inscrição na OAB, bem como o site
do escritório na Internet e um QR code para que o cliente possa obter informações sobre o
escritório. Já o advogado Lucas Souza elaborou cartões de visita que, além do seu nome e
número de inscrição na OAB, apresentam um logotipo discreto e a fotografia do escritório.
Considerando as situações descritas e o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB,
assinale a afirmativa correta.
a) Leia e Lucas cometeram infrações éticas, pois inseriram elementos vedados pelo Código
de Ética e Disciplina da OAB nos cartões de apresentação.
b) Nenhum dos advogados cometeu infração ética, pois os elementos inseridos por ambos
nos cartões de apresentação são autorizados.
c) Apenas Leia cometeu infração ética, pois inseriu elementos vedados pelo Código de Ética
e Disciplina da OAB nos cartões de apresentação. Os elementos empregados por Lucas são
autorizados.
d) Apenas Lucas cometeu infração ética, pois inseriu elementos vedados pelo Código de
Ética e Disciplina da OAB nos cartões de apresentação. Os elementos empregados por Leia
são autorizados.

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Ética do Advogado, Regras Deontológicas
Cínthia Biesek

De acordo com o artigo 44 do Código de Ética e Disciplina da OAB, na publicidade profissional


que promover ou nos cartões e material de escritório de que se utilizar, o advogado fará
constar seu nome, nome social ou o da sociedade de advogados, o número ou os números
de inscrição na OAB.
Poderão ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e as distinções honoríficas
relacionadas à vida profissional, bem como as instituições jurídicas de que faça parte, e
as especialidades a que se dedicar, o endereço, e-mail, site, página eletrônica, QR code,
logotipo e a fotografia do escritório, o horário de atendimento e os idiomas em que
o cliente poderá ser atendido, sendo vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de
terceiros nos cartões de visitas do advogado, bem como menção a qualquer emprego,
cargo ou função ocupado, atual ou pretérito, em qualquer órgão ou instituição, salvo
o de professor universitário (art. 44, §§ 1º e 2 º, do CED-OAB).
Dessa forma, tendo em vista as regras que tratam da publicidade foram observadas e os
elementos inseridos por ambos nos cartões de apresentação são autorizados, nenhum dos
advogados cometeu infração ética.
Letra b.

013. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXX EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2019) Antônio


e José são advogados e atuam em matéria trabalhista. Antônio tomou conhecimento de
certos fatos relativos à vida pessoal de seu cliente, que respondia a processo considerado
de interesse acadêmico. Após o encerramento do feito judicial, Antônio resolveu abordar
os fatos que deram origem ao processo em sua dissertação pública de mestrado. Então, a
fim de se resguardar, Antônio notificou o cliente, indagando se este solicitava sigilo sobre
os fatos pessoais ou se estes podiam ser tratados na aludida dissertação. Tendo obtido
resposta favorável do cliente, Antônio abordou o assunto na dissertação.
Por sua vez, o advogado José também soube de fatos pessoais de seu cliente, em razão de
sua atuação em outro processo.
Entretanto, José foi difamado em público, gravemente, por uma das partes da demanda.
Por ser necessário à defesa de sua honra, José divulgou o conteúdo particular de que teve
conhecimento.
Considerando os dois casos narrados, assinale a afirmativa correta.
a) Antônio infringiu o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, violando o dever de
sigilo profissional. Por outro lado, José não cometeu infração ética, já que o dever de sigilo
profissional cede na situação descrita.
b) Antônio e José infringiram, ambos, o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB,
violando seus deveres de sigilo profissional.

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c) José infringiu o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, violando o dever de sigilo
profissional. Por outro lado, Antônio não cometeu infração ética, já que o dever de sigilo
profissional cede na situação descrita.
d) Antônio e José não cometeram infração ética, já que o dever de sigilo profissional, em
ambos os casos, cede nas situações descritas.

De acordo com o artigo 34, inciso VII, do Estatuto da OAB, constitui infração disciplinar
violar o sigilo profissional sem justa causa.
A justa causa afasta o cometimento de infração disciplinar e o crime de violação de
segredo profissional. O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais
que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra
ou que envolvam defesa própria do advogado (art. 37 do CED-OAB).
Sendo assim, Antônio infringiu o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, violando
o dever de sigilo profissional e, José, por outro lado, não cometeu infração ética, já que o
dever de sigilo profissional cede na situação descrita (circunstância excepcional – honra
do próprio advogado).
Letra a.

014. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXV EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2018) O


advogado Valter instalou, na fachada do seu escritório, um discreto painel luminoso com
os dizeres “Advocacia Trabalhista”. A sociedade de advogados X contratou a instalação de
um sóbrio painel luminoso em um dos pontos de ônibus da cidade, onde constava apenas
o nome da sociedade, dos advogados associados e o endereço da sua sede. Já a advogada
Helena fixou, em todos os elevadores do prédio comercial onde se situa seu escritório,
cartazes pequenos contendo inscrições sobre seu nome, o ramo do Direito em que atua e
o andar no qual funciona o escritório.
Considerando as situações descritas e o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB,
assinale a afirmativa correta.
a) Apenas Valter e a sociedade de advogados X violaram a disciplina quanto à ética na
publicidade profissional.
b) Apenas Helena violou a disciplina quanto à ética na publicidade profissional.
c) Valter, Helena e a sociedade de advogados X violaram a disciplina quanto à ética na
publicidade profissional.
d) Apenas a sociedade de advogados X e Helena violaram a disciplina quanto à ética na
publicidade profissional.

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Ética do Advogado, Regras Deontológicas
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São vedados como meio de publicidade profissional o uso de outdoors, painéis luminosos
ou formas assemelhadas de publicidade, bem como as inscrições em muros, paredes,
veículos, elevadores ou em qualquer espaço público, conforme determina o artigo 40,
incisos II e III, do Código de Ética e Disciplina da OAB. Por outro lado, é permitida a utilização
de placas, painéis luminosos e inscrições apenas em fachadas, exclusivamente para
fins de identificação dos escritórios de advocacia, possuindo apenas caráter meramente
informativo, devendo primar pela discrição e sobriedade, conforme dispõe o artigo 40,
parágrafo único, do Código de Ética e Disciplina da OAB.
Desse modo, o painel luminoso, discreto, de fachada do escritório do advogado Valter está
em conformidade com a publicidade profissional do advogado. Entretanto, a sociedade
de advogados X e Helena violaram a disciplina quanto à ética na publicidade profissional.
a) Errada. O painel luminoso, discreto, de fachada do escritório do advogado Valter está
em conformidade com a publicidade profissional do advogado, nos termos do artigo 40,
parágrafo único, do Código de Ética e Disciplina da OAB.
b) Errada. O painel luminoso em um dos pontos de ônibus da cidade, contratado pela
sociedade de advogados X, viola a disciplina quanto à ética na publicidade profissional, nos
termos do artigo 40, inciso II, do Código de Ética e Disciplina da OAB.
c) Errada. O painel luminoso, discreto, de fachada do escritório do advogado Valter está
em conformidade com a publicidade profissional do advogado, nos termos do artigo 40,
parágrafo único, do Código de Ética e Disciplina da OAB.
Letra d.

015. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2018) Rafaela,


advogada, atua como árbitra em certa lide. Lena, também regularmente inscrita como
advogada perante a OAB, exerce atualmente a função de mediadora. Ambas, no exercício
de suas atividades, tomaram conhecimento de fatos relativos às partes envolvidas. Todavia,
apenas foi solicitado a Rafaela que guardasse sigilo sobre tais fatos.
Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
a) Apenas Rafaela, no exercício da profissão, submete-se ao dever de guardar sigilo dos
fatos de que tomou conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circunstâncias
excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos à
vida e à honra, bem como em caso de defesa própria.
b) Apenas Lena, no exercício da profissão, submete-se ao dever de guardar sigilo dos fatos
de que tomou conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circunstâncias excepcionais
que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos à vida e à honra,
bem como em caso de defesa própria.

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c) Ambas as advogadas, no exercício da profissão, submetem-se ao dever de guardar sigilo


dos fatos de que tomaram conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circunstâncias
excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos à
vida e à honra, bem como em caso de defesa própria.
d) Apenas Rafaela, no exercício da profissão, submete-se ao dever de guardar sigilo dos
fatos de que tomou conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circunstâncias
excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos
à vida e à honra. Porém, não se admite a relativização do dever de sigilo para exercício de
defesa própria.

As relações entre advogado e cliente baseiam-se na confiança recíproca (art. 10 do CED-


OAB): de um lado, o cliente deve esclarecer completamente os fatos ao advogado, de
outro, o advogado tem o dever de guardar sigilo dos fatos de que tome conhecimento no
exercício da profissão (art. 35 do CED-OAB). Além disso, o sigilo profissional abrange os fatos
de que o advogado tenha tido conhecimento em virtude de funções desempenhadas
na OAB (parágrafo único).
As comunicações de qualquer natureza entre advogado e cliente presumem-se confidenciais,
independendo de solicitação de reserva pelo cliente. Ademais, o advogado, quando no
exercício das funções de mediador, conciliador e árbitro, se submete às regras de sigilo
profissional (art. 36 do CED-OAB).
O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais que configurem justa
causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra ou que envolvam
defesa própria do advogado (art. 37, CED-OAB).
Na questão, Rafaela atua como árbitra em certa lide e Lena exerce atualmente a função
de mediadora, ou seja, ambas as advogadas, no exercício da profissão, submetem-se ao
dever de guardar sigilo dos fatos de que tomaram conhecimento. Além disso, o dever de
sigilo cederá em face de circunstâncias excepcionais que configurem justa causa, como nos
casos de grave ameaça aos direitos à vida e à honra, bem como em caso de defesa própria.
a) Errada. Lena, que exerce atualmente a função de mediadora, deve submeter-se ao dever
de guardar sigilo dos fatos de que tomou conhecimento relativos às partes envolvidas, nos
termos do artigo 36, § 2º, do Código de Ética e Disciplina da OAB.
b) Errada. Rafaela, que atua como árbitra em certa lide, deve submeter-se ao dever de
guardar sigilo dos fatos de que tomou conhecimento relativos às partes envolvidas, nos
termos do artigo 36, § 2º, do Código de Ética e Disciplina da OAB.
d) Errada. Lena, que exerce atualmente a função de mediadora, deve submeter-se ao dever
de guardar sigilo dos fatos de que tomou conhecimento relativos às partes envolvidas,
nos termos do artigo 36, § 2º, do Código de Ética e Disciplina da OAB. Ademais, o dever de

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sigilo cederá em face de circunstâncias excepcionais que configurem justa causa, como nos
casos de grave ameaça aos direitos à vida e à honra, bem como em caso de defesa própria.
Letra c.

016. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2017) O Dr.


Silvestre, advogado, é procurado por um cliente para patrociná-lo em duas demandas em
curso, nas quais o aludido cliente figura como autor. Ao verificar o andamento processual
dos feitos, Silvestre observa que o primeiro processo tramita perante a juíza Dra. Isabel,
sua tia. Já o segundo processo tramita perante o juiz Dr. Zacarias, que, coincidentemente,
é o locador do imóvel onde o Dr. Silvestre reside.
Considerando o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, assinale a afirmativa correta.
a) O Dr. Silvestre cometerá infração ética se atuar em qualquer dos processos, tendo em
vista o grau de parentesco com a primeira magistrada e a existência de relação negocial
com o segundo juiz.
b) O Dr. Silvestre cometerá infração ética apenas se atuar no processo que tramita perante
a juíza Dra. Isabel, tendo em vista o grau de parentesco com a magistrada. Quanto ao
segundo processo, não há vedação ética ao patrocínio na demanda.
c) O Dr. Silvestre cometerá infração ética apenas se atuar no processo que tramita perante
o juiz Dr. Zacarias, tendo em vista a existência de relação negocial com o magistrado. Quanto
ao primeiro processo, não há vedação ética ao patrocínio na demanda.
d) O Dr. Zacarias não cometerá infração ética se atuar em ambos os feitos, pois as hipóteses
de suspeição e impedimento dos juízes versam sobre seu relacionamento com as partes,
e não com os advogados.

O Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil ao estabelecer os princípios


fundamentais da ética do advogado instituiu alguns deveres (art. 2º do CED-OAB), dentre os
quais o de abster-se de ingressar ou atuar em pleitos administrativos ou judiciais perante
autoridades com as quais tenha vínculos negocias ou familiares (inciso VIII, alínea e).
Dessa forma, considerando a existência de vínculo familiar entre Silvestre e a juíza Dra.
Isabel, sua tia, bem como o vínculo negocial entre Silvestre e o juiz Dr. Zacarias, que é o
locador do imóvel onde o Dr. Silvestre reside, o advogado Dr. Silvestre cometerá infração
ética se atuar em qualquer dos processos, tendo em vista o grau de parentesco com a
primeira magistrada e a existência de relação negocial com o segundo juiz.
b) Errada. O vínculo negocial existente entre o advogado Dr. Silvestre e o juiz Dr. Zacarias
também enseja o cometimento de infração ética se o advogado atuar no processo, nos
termos do artigo 2º, inciso VIII, alínea e, do Código de Ética e Disciplina da OAB.

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c) Errada. O vínculo familiar existente entre o advogado Dr. Silvestre e a juíza Dra. Isabel
também enseja o cometimento de infração ética se o advogado atuar no processo, nos
termos do artigo 2º, inciso VIII, alínea e, do Código de Ética e Disciplina da OAB.
d) Errada. O advogado Dr. Silvestre cometerá infração ética se atuar em qualquer dos
processos, tendo em vista o grau de parentesco com a primeira magistrada e a existência
de relação negocial com o segundo juiz.
Letra a.

017. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2017) Em


determinada edição de um jornal de grande circulação, foram publicadas duas matérias
subscritas, cada qual, pelos advogados Lúcio e Frederico. Lúcio assina, com habitualidade,
uma coluna no referido jornal, em que responde, semanalmente, a consultas sobre matéria
jurídica. Frederico apenas subscreveu matéria jornalística naquela edição, debatendo certa
causa, de natureza criminal, bastante repercutida na mídia, tendo analisado a estratégia
empregada pela defesa do réu no processo.
Considerando o caso narrado e o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, assinale
a afirmativa correta.
a) Lúcio e Frederico cometeram infração ética.
b) Apenas Lúcio cometeu infração ética.
c) Apenas Frederico cometeu infração ética.
d) Nenhum dos advogados cometeu infração ética.

De acordo com o artigo 42 do Código de Ética e Disciplina da OAB é vedado ao advogado


responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios de comunicação
social, bem como debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o patrocínio de
outro advogado (incisos I e II).
Sendo assim, Lúcio e Frederico cometeram infração ética ao subscrever as matérias no
jornal de grande circulação, já que Lúcio assina, com habitualidade, uma coluna no referido
jornal, em que responde, semanalmente, a consultas sobre matéria jurídica e Frederico
subscreveu matéria jornalística debatendo certa causa e analisando a estratégia empregada
pela defesa do réu em processo criminal.
b) Errada. Frederico cometeu infração ética ao debater e analisar em matéria jornalística
a estratégia empregada pela defesa do réu em processo criminal, nos termos do artigo 42,
inciso II, do Código de Ética e Disciplina da OAB.
c) Errada. Lúcio cometeu infração ética ao subscrever e assinar uma coluna em jornal de
grande circulação, com habitualidade (semanalmente), na qual responde a consultas sobre
matéria jurídica, nos termos do artigo 42, inciso I, do Código de Ética e Disciplina da OAB.

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d) Errada. Lúcio e Frederico cometeram infração ética ao subscrever as matérias no jornal


de grande circulação, já que Lúcio assina, com habitualidade, uma coluna no referido jornal,
em que responde, semanalmente, a consultas sobre matéria jurídica e Frederico subscreveu
matéria jornalística debatendo certa causa e analisando a estratégia empregada pela defesa
do réu em processo criminal.
Letra a.

018. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXII EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2017) Marcelo,


renomado advogado, foi convidado para participar de matéria veiculada pela Internet,
por meio de portal de notícias, com a finalidade de informar os leitores sobre direitos
do consumidor. Ao final da matéria, mediante sua autorização, foi divulgado o e-mail de
Marcelo, bem como o número de telefone do seu escritório. Sobre essa situação, de acordo
com o Código de Ética e Disciplina da OAB, assinale a afirmativa correta.
a) Marcelo não pode participar de matéria veiculada pela Internet, pois esse fato, por si só,
configura captação de clientela.
b) Marcelo pode participar de matéria veiculada pela Internet, mas são vedadas a referência
ao e-mail e ao número de telefone do seu escritório ao final da matéria.
c) Marcelo pode participar de matéria veiculada pela Internet e são permitidas a referência
ao e-mail e ao número de telefone do seu escritório ao final da matéria.
d) Marcelo pode participar de matéria veiculada pela Internet, mas é vedada a referência
ao número de telefone do seu escritório ao final da matéria, sendo permitida a referência
ao seu e-mail.

Quanto aos meios utilizados para a publicidade profissional é vedado o fornecimento de


dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou artigos literários, culturais,
acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, em eventual participação em programas
de rádio ou televisão ou em veiculação de matérias pela internet, sendo permitida a
referência a e-mail (art. 40, inciso V, do Código de Ética e Disciplina da OAB). Assim sendo,
Marcelo pode participar de matéria veiculada pela internet, mas é vedada a referência
ao número de telefone do seu escritório ao final da matéria, sendo permitida apenas a
referência ao seu e-mail.
a) Errada. É permitida a participação de Marcelo em matéria veiculada através da internet,
nos termos do artigo 40, inciso V, do Código de Ética e Disciplina da OAB.
b) Errada. É permitida a referência ao e-mail de Marcelo ao final da matéria veiculada através
da internet, nos termos do artigo 40, inciso V, do Código de Ética e Disciplina da OAB.

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c) Errada. É vedada a referência ao número de telefone do seu escritório ao final da matéria


veiculada através da internet, nos termos do artigo 40, inciso V, do Código de Ética e
Disciplina da OAB.
Letra d.

019. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXII EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2017) Juliana,


advogada, foi empregada da sociedade empresária OPQ Cosméticos e, em razão da sua
atuação na área tributária, tomou conhecimento de informações estratégicas da empresa.
Muitos anos depois de ter deixado de trabalhar na empresa, foi procurada por Cristina,
consumidora que pretendia ajuizar ação cível em face da OPQ Cosméticos por danos causados
pelo uso de um de seus produtos. Juliana, aceitando a causa, utiliza-se das informações
estratégicas que adquirira como argumento de reforço, com a finalidade de aumentar a
probabilidade de êxito da demanda. Considerando essa situação, segundo o Estatuto da
OAB e o Código de Ética e Disciplina da OAB, assinale a afirmativa correta.
a) Juliana não pode advogar contra a sociedade empresária OPQ Cosméticos, tampouco se
utilizar das informações estratégicas a que teve acesso quando foi empregada da empresa.
b) Juliana pode advogar contra a sociedade empresária OPQ Cosméticos, mas não pode se
utilizar das informações estratégicas a que teve acesso quando foi empregada da empresa.
c) Juliana pode advogar contra a sociedade empresária OPQ Cosméticos e pode se utilizar
das informações estratégicas a que teve acesso quando foi empregada da empresa.
d) Juliana não pode advogar contra a sociedade empresária OPQ Cosméticos, mas pode
repassar as informações estratégicas a que teve acesso quando foi empregada da empresa,
a fim de que sejam utilizadas por terceiro que patrocine a causa de Cristina.

As comunicações de qualquer natureza entre advogado e cliente presumem-se confidenciais,


independendo de solicitação de reserva pelo cliente (art. 36 do CED-OAB).
De acordo com o artigo 21 do Código de Ética e Disciplina da OAB, o advogado, ao postular
em nome de terceiros, contra ex-cliente ou ex-empregador, judicial e extrajudicialmente,
deve resguardar o sigilo profissional.
Dessa forma, por mais que o advogado deixe de prestar serviços a determinado cliente não
poderá valer-se das informações por ele repassadas, seja em proveito próprio ou alheio,
sob pena de violar o sigilo profissional, considerando que apenas tomou conhecimento
dos fatos por meio da sua relação de confiança estabelecida com o constituinte.
a) Errada. Juliana pode advogar contra a sociedade empresária OPQ Cosméticos, mas não
pode se utilizar das informações obtidas enquanto advogada da empresa.

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c) Errada. Juliana não pode se utilizar das informações obtidas enquanto advogada da
empresa.
d) Errada. Juliana pode advogar contra a sociedade empresária OPQ Cosméticos, mas não
pode repassar as informações obtidas enquanto advogada da empresa, mesmo que para
terceiro que patrocine a causa de Cristina.
Letra b.

020. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XIX EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2016)


Alexandre, advogado que exerce a profissão há muitos anos, é conhecido por suas atitudes
corajosas, sendo respeitado pelos seus clientes e pelas autoridades com quem se relaciona
por questões profissionais. Comentando sua atuação profissional, ele foi inquirido, por um
dos seus filhos, se não deveria recusar a defesa de um indivíduo considerado impopular,
bem como se não deveria ser mais obediente às autoridades, diante da possibilidade de
retaliação.
Sobre o caso apresentado, observadas as regras do Estatuto da OAB, assinale a opção
correta indicada ao filho do advogado citado.
a) O advogado Alexandre deve recusar a defesa de cliente cuja atividade seja impopular.
b) O temor à autoridade pode levar à negativa de prestação do serviço advocatício por
Alexandre.
c) As causas impopulares aceitas por Alexandre devem vir sempre acompanhadas de apoio
da Seccional da OAB.
d) Nenhum receio de desagradar uma autoridade deterá o advogado Alexandre.

O advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito e que contribua
para o prestígio da classe e da advocacia, mantendo sua independência em qualquer
circunstância, sendo que nenhum receio de desagradar a magistrado ou a qualquer
autoridade, nem de incorrer em impopularidade, deve detê-lo no exercício da profissão
(art. 31 do Código de Ética e Disciplina da OAB). Ao tempo em que o Estatuto exige do
advogado a observância de preceitos éticos, lhe assegura a independência funcional, que
é um dos pilares das prerrogativas do advogado.
a) Errada. O receito de incorrer em impopularidade não deve deter o advogado no exercício
da profissão, nos termos do artigo 31 do Código de Ética e Disciplina da OAB.
b) Errada. O receito de desagradar a magistrado ou qualquer autoridade não deve deter o
advogado no exercício da profissão, nos termos do artigo 31 do Código de Ética e Disciplina
da OAB.

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c) Errada. É competência do Conselho Federal velar pela independência da advocacia, de


modo que não pode interferir na atuação do advogado em causas impopulares, nos termos
do artigo 54, inciso III, do Código de Ética e Disciplina da OAB.
Letra d.

021. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2016) Janaína


é procuradora do município de Oceanópolis e atua, fora da carga horária demandada pela
função, como advogada na sociedade de advogados Alfa, especializada em Direito Tributário.
A profissional já foi professora na universidade estadual Beta, situada na localidade, tendo
deixado o magistério há um ano, quando tomou posse como procuradora municipal.
Atualmente, Janaína deseja imprimir cartões de visitas para divulgação profissional de seu
endereço e telefones. Assim, dirigiu-se a uma gráfica e elaborou o seguinte modelo: no
centro do cartão, consta o nome e o número de inscrição de Janaína na OAB. Logo abaixo, o
endereço e os telefones do escritório. No canto superior direito, há uma pequena fotografia
da advogada, com vestimenta adequada. Na parte inferior do cartão, estão as seguintes
inscrições “procuradora do município de Oceanópolis”, “advogada – Sociedade de Advogados
Alfa” e “ex-professora da Universidade Beta”. A impressão será feita em papel branco com
proporções usuais e grafia discreta na cor preta.
Considerando a situação descrita, assinale a afirmativa correta.
a) Os cartões de visitas pretendidos por Janaína não são adequados às regras referentes
à publicidade profissional. São vedados: o emprego de fotografia pessoal e a referência ao
cargo de procurador municipal. Os demais elementos poderão ser mantidos.
b) Os cartões de visitas pretendidos por Janaína, pautados pela discrição e sobriedade, são
adequados às regras referentes à publicidade profissional.
c) Os cartões de visitas pretendidos por Janaína não são adequados às regras referentes
à publicidade profissional. São vedados: o emprego de fotografia e a referência ao cargo
de magistério que Janaína não mais exerce. Os demais elementos poderão ser mantidos.
d) Os cartões de visitas pretendidos por Janaína não são adequados às regras referentes
à publicidade profissional. São vedados: a referência ao cargo de magistério que Janaína
não mais exerce e a referência ao cargo de procurador municipal. Os demais elementos
poderão ser mantidos.

Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e material de escritório de que se


utilizar, o advogado fará constar seu nome, nome social ou o da sociedade de advogados,
o número ou os números de inscrição na OAB (art. 44 do Código de Ética e Disciplina da OAB).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Deise Lucia - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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Ética do Advogado, Regras Deontológicas
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Poderão ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e as distinções honoríficas


relacionadas à vida profissional, bem como as instituições jurídicas de que faça parte, e
as especialidades a que se dedicar, o endereço, e-mail, site, página eletrônica, QR code,
logotipo e a fotografia do escritório, o horário de atendimento e os idiomas em que o
cliente poderá ser atendido (art. 44, § 1º, do CED-OAB).
É vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões de visitas do
advogado, bem como menção a qualquer emprego, cargo ou função ocupado, atual ou
pretérito, em qualquer órgão ou instituição, salvo o de professor universitário (art. 44,
§ 2º, do CED-OAB).
Dito isso, os cartões de visitas pretendidos por Janaína não são adequados às regras
referentes à publicidade profissional. São vedados: o emprego de fotografia pessoal e a
referência ao cargo de procurador municipal. Os demais elementos poderão ser mantidos.
b) Errada. É vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões de visitas
do advogado, bem como menção a qualquer emprego, cargo ou função ocupado, atual ou
pretérito, em qualquer órgão ou instituição, salvo o de professor universitário, de modo
que os cartões de visitas não são adequados às regras referentes à publicidade profissional,
nos termos do artigo 44, § 2º, do Código de Ética e Disciplina da OAB.
c) Errada. É vedada a inclusão a menção a qualquer emprego, cargo ou função ocupado,
atual ou pretérito, em qualquer órgão ou instituição, salvo o de professor universitário, nos
termos do artigo 44, § 2º, do Código de Ética e Disciplina da OAB.
d) Errada. É vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões de visitas
do advogado, nos termos do artigo 44, § 2º, do Código de Ética e Disciplina da OAB.
Letra a.

022. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2016) As


advogadas Juliana e Patrícia, iniciando carreira na advocacia, acreditam que seja necessária a
divulgação de seus serviços, para se tornarem conhecidas. Assim, decidem realizar publicidade
de sua atuação, mediante as seguintes medidas: primeiramente, publicam um anúncio,
em jornal de grande circulação, onde constam seus nomes, números de inscrição na OAB e
endereço de atuação. Além disso, anunciam no rádio suas qualificações profissionais, bem
como expedem correspondências a seus clientes e a colegas advogados, contendo boletim
informativo e comentários à legislação.
Sobre a situação apresentada, assinale a opção correta.
a) Se realizadas com discrição e moderação, as publicações no jornal e as correspondências
expedidas não representam infração ética, porém a veiculação do anúncio no rádio viola o
Código de Ética e Disciplina da OAB.

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Ética do Advogado, Regras Deontológicas
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b) As três medidas de publicidade adotadas por Juliana e Patrícia violam o disposto no


Código de Ética e Disciplina da OAB, pois é vedado ao advogado anunciar seus serviços
profissionais de forma a alcançar uma coletividade de pessoas.
c) Apenas a expedição de correspondências contendo boletim informativo e comentários
à legislação configura violação ao previsto no Código de Ética e Disciplina da OAB, já que
é vedada a comunicação do advogado por correspondências, salvo aquelas destinadas a
informar os clientes de seus interesses.
d) Se realizadas com razoabilidade, nenhuma das medidas adotadas viola o Código de Ética
e Disciplina da OAB, porque o advogado pode anunciar seus serviços profissionais, individual
ou coletivamente, desde que observadas moderação e discrição quanto ao conteúdo, forma
e dimensões.

A publicidade profissional se afasta da mercantilização da profissão, da captação de clientela


e possui caráter meramente informativo, devendo primar pela discrição e sobriedade
(art. 39 do Código de Ética e Disciplina da OAB).
Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e material de escritório de que
se utilizar, o advogado fará constar seu nome, nome social ou o da sociedade de advogados,
o número ou os números de inscrição na OAB, de acordo com o artigo 44 do CED-OAB. Da
mesma forma, poderá ser indicado, dentre outros, o endereço (art. 44, § 1º, do CED-OAB).
É admissível como forma de publicidade a divulgação de boletins, por meio físico ou
eletrônico, sobre matéria cultural de interesse dos advogados, desde que sua circulação
fique adstrita a clientes e a interessados do meio jurídico (art. 45 do CED-OAB).
Porém, é vedada a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão (art.
40, inciso I, do CED-OAB).
Desse modo, as publicações no jornal e as correspondências expedidas por Juliana e Patrícia
não representam infração ética, se realizadas com discrição e moderação, porém a veiculação
do anúncio no rádio viola o Código de Ética e Disciplina da OAB.
b) Errada. Somente é vedada a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e
televisão, nos termos do artigo 40, inciso I, do CED-OAB.
c) Errada. É admissível como forma de publicidade a divulgação de boletins, por meio físico ou
eletrônico, sobre matéria cultural de interesse dos advogados, desde que sua circulação fique
adstrita a clientes e a interessados do meio jurídico, nos termos do artigo 45 do CED-OAB.
d) Errada. A publicidade profissional se afasta da mercantilização da profissão, da captação
de clientela e possui caráter meramente informativo, devendo primar pela discrição e
sobriedade. Contudo, é vedada a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e
televisão, nos termos do artigo 40, inciso I, do CED-OAB.
Letra a.

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Ética do Advogado, Regras Deontológicas
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023. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2016)


Florentino, advogado regularmente inscrito na OAB, além da advocacia, passou a exercer
também a profissão de corretor de imóveis, obtendo sua inscrição no conselho pertinente.
Em seguida, Florentino passou a divulgar suas atividades, por meio de uma placa na porta
de um de seus escritórios, com os dizeres: Florentino, advogado e corretor de imóveis.
Sobre o tema, assinale a afirmativa correta.
a) É vedado a Florentino exercer paralelamente a advocacia e a corretagem de imóveis.
b) É permitido a Florentino exercer paralelamente a advocacia e a corretagem de imóveis,
desde que não sejam prestados os serviços de advocacia aos mesmos clientes da outra
atividade. Além disso, é permitida a utilização da placa empregada, desde que seja discreta,
sóbria e meramente informativa.
c) É permitido a Florentino exercer paralelamente a advocacia e a corretagem de imóveis.
Todavia, é vedado o emprego da aludida placa, ainda que discreta, sóbria e meramente
informativa.
d) É permitido a Florentino exercer paralelamente a advocacia e a corretagem de imóveis,
inclusive em favor dos mesmos clientes. Também é permitido empregar a aludida placa,
desde que seja discreta, sóbria e meramente informativa.

De acordo com o artigo 1º, § 3º, do Estatuto da OAB é vedada a divulgação de advocacia em
conjunto com outra atividade. Ademais, é vedada como meio de publicidade profissional
a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades ou a
indicação de vínculos entre uns e outras, conforme o artigo 40, inciso IV, do Código de Ética
e Disciplina da OAB).
Sendo assim, é permitido a Florentino exercer paralelamente a advocacia e a corretagem
de imóveis. Todavia, é vedado o emprego da aludida placa, ainda que discreta, sóbria e
meramente informativa.
a) Errada. A vedação se restringe a divulgação e não ao exercício paralelo de outra atividade,
nos termos do artigo 1º, § 3º, do Estatuto da OAB c/c artigo 40, inciso IV, do Código de Ética
e Disciplina da OAB.
b) Errada. Não há limitação quanto aos clientes da atividade da advocacia e da atividade
desenvolvida paralelamente. Ademais, é vedado o emprego da aludida placa, ainda que
discreta, sóbria e meramente informativa, nos termos do artigo 1º, § 3º, do Estatuto da
OAB c/c artigo 40, inciso IV, do Código de Ética e Disciplina da OAB.
d) Errada. É vedado o emprego da aludida placa, ainda que discreta, sóbria e meramente
informativa, nos termos do artigo 1º, § 3º, do Estatuto da OAB c/c artigo 40, inciso IV, do
Código de Ética e Disciplina da OAB.
Letra c.

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024. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2016) Michael


foi réu em um processo criminal, denunciado pela prática do delito de corrupção passiva.
Sua defesa técnica no feito foi realizada pela advogada Maria, que, para tanto, teve acesso
a comprovantes de rendimentos e extratos da conta bancária de Michael. Tempos após o
término do processo penal, a ex-mulher de Michael ajuizou demanda, postulando, em face
dele, a prestação de alimentos. Ciente de que Maria conhecia os rendimentos de Michael,
a autora arrolou a advogada como testemunha.
Considerando o caso narrado e o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, assinale
a afirmativa correta.
a) Maria deverá depor como testemunha, prestando compromisso de dizer a verdade, e
revelar tudo o que souber, mesmo que isto prejudique Michael, uma vez que não é advogada
dele no processo de natureza cível.
b) Maria deverá depor como testemunha, mesmo que isto prejudique Michael, uma vez que
não é advogada dele no processo de natureza cível, mas terá o direito e o dever de se calar
apenas quanto às informações acobertadas pelo sigilo bancário de Michael.
c) Maria deverá recursar-se a depor como testemunha, exceto se Michael expressamente
autorizá-la, caso em que deverá informar o que souber, mesmo que isto prejudique Michael.
d) Maria deverá recursar-se a depor como testemunha, ainda que Michael expressamente
lhe autorize ou solicite que revele o que sabe.

É direito do advogado se recusar a depor como testemunha em processo no qual funcionou


ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado,
mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que
constitua sigilo profissional (art. 7º, inciso XIX, do Estatuto da OAB).
No mesmo sentido, dispõe o artigo 38 do Código de Ética e Disciplina da OAB: “O advogado
não é obrigado a depor, em processo ou procedimento judicial, administrativo ou arbitral,
sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional”.
O ordenamento jurídico processual nacional está em consonância com o direito do advogado,
conforme traz o Código de Processo Penal, em seu artigo 207, são proibidas de depor as
pessoas que em razão de profissão devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela
parte interessada, quiserem dar o seu testemunho. O Código de Processo Civil traz que a
parte não é obrigada a depor sobre fatos a cujo respeito, por estado ou profissão, deva
guardar sigilo (art. 388, inciso II).
Portanto, Maria deverá recursar-se a depor como testemunha, ainda que Michael
expressamente lhe autorize ou solicite que revele o que sabe.

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Ética do Advogado, Regras Deontológicas
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a) Errada. Maria não é obrigada a depor como testemunha, sendo seu direito recusar-se,
nos termos do artigo 7º, inciso XIX, do Estatuto da OAB c/c artigo 38 do Código de Ética e
Disciplina da OAB.
b) Errada. Maria não é obrigada a depor como testemunha, sendo seu direito recusar-se,
nos termos do artigo 7º, inciso XIX, do Estatuto da OAB c/c artigo 38 do Código de Ética e
Disciplina da OAB.
c) Errada. O sigilo profissional poderá ser afastado pela autorização concedida pelo
constituinte, ficando a critério do advogado o interesse em prestar ou não o depoimento,
nos termos do artigo 7º, inciso XIX, do Estatuto da OAB.
Letra d.

025. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2016) Pedro é


advogado empregado da sociedade empresária FJ. Em reclamação trabalhista proposta
por Tiago em face da FJ, é designada audiência para data na qual os demais empregados
da empresa estarão em outro Estado, participando de um congresso.
Assim, no dia da audiência designada, Pedro se apresenta como preposto da reclamada, na
condição de empregado da empresa, e advogado com procuração para patrocinar a causa.
Nesse contexto,
a) Pedro pode funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto
do empregador, em qualquer hipótese.
b) Pedro pode funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto
do empregador, pois não há outro empregado disponível na data da audiência.
c) Pedro pode funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto
do empregador, em qualquer hipótese, desde que essa circunstância seja previamente
comunicada ao juízo e ao reclamante.
d) Pedro não pode funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e
preposto do empregador ou cliente.

De acordo com o artigo 25 do Código de Ética e Disciplina da OAB, é defeso (PROIBIDO) ao


advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto
do empregador ou cliente.
Letra d.

026. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2016) José,


bacharel em Direito, constitui Cesar, advogado, como seu procurador para atuar em demanda
a ser proposta em face de Natália.
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Ética do Advogado, Regras Deontológicas
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Ajuizada a demanda, após o pedido de tutela provisória ter sido indeferido, José orienta
César a opor Embargos de Declaração, embora não vislumbre omissão, contradição ou
obscuridade na decisão, tampouco erro material a corrigir. César, porém, acredita que a
medida mais adequada é a interposição de Agravo de Instrumento, pois entende que a
decisão poderá ser revista pelo tribunal, facultando-se, ainda, ao juízo de primeira instância
reformar sua decisão.
Diante da divergência, assinale a opção que indica o posicionamento correto.
a) César deverá, em qualquer hipótese, seguir a orientação de José, que é parte na demanda
e possui formação jurídica.
b) César deverá esclarecer José quanto à sua estratégia, mas subordinar-se, ao final, à
orientação deste, pois no exercício do mandato atua como patrono da parte.
c) César deverá imprimir a orientação que lhe pareça mais adequada à causa, sem se
subordinar à orientação de José, mas procurando esclarecê-lo quanto à sua estratégia.
d) César deverá imprimir a orientação que lhe pareça mais adequada à causa, sem se
subordinar à orientação de José, e sem procurar esclarecê-lo quanto à sua estratégia, pois,
no seu ministério privado, presta serviço público.

De acordo com o artigo 11 do Código de Ética e Disciplina da OAB, ao atuar como patrono
da parte, no exercício do mandato, o advogado deverá imprimir à causa orientação que
lhe pareça mais adequada, sem se subordinar a intenções contrárias do cliente, mas,
antes, procurando esclarecê-lo quanto à estratégia traçada.
Letra c.

027. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2016) Maria Clara
contratou o advogado Benjamim para sua defesa em um processo criminal, no qual figura
como ré. Após reuniões destinadas a estruturar a defesa técnica de Maria Clara, Benjamim
percebe que a cliente não demonstra plena confiança no patrono, deixando de revelar fatos
importantes para a sua atuação em juízo.
Diante dessas circunstâncias, é recomendável que Benjamim
a) mantenha-se no patrocínio da causa, pois constitui dever do advogado assumir a defesa
criminal, sem considerar sua própria opinião sobre a culpa do acusado e independentemente
de saber a verdade real sobre os fatos ocorridos.
b) externe à cliente sua impressão, solicitando que ela lhe revele os fatos necessários à sua
defesa. Caso não seja estabelecida a confiança, Benjamim poderá renunciar ao mandato,
sendo vedado que este o substabeleça a outrem, uma vez que a quebra da confiança com
o substabelecente contamina a relação com o substabelecido.

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Ética do Advogado, Regras Deontológicas
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c) renuncie desde logo ao mandato, pois as relações entre advogado e cliente baseiam-se
na confiança recíproca e o profissional não deve perquirir junto ao acusado a verdade real
sobre os fatos que lhe são imputados.
d) externe à cliente sua impressão, solicitando que ela lhe revele os fatos necessários à sua
defesa. Caso não seja estabelecida a confiança, Benjamim poderá renunciar ao mandato
ou promover o substabelecimento a outrem.

As relações entre advogado e cliente devem se basear na confiança recíproca. Caso o


advogado sinta que essa confiança lhe falta, o Código de Ética recomenda que externe sua
impressão ao seu cliente e, não se dissipando as dúvidas existentes, promova, em seguida,
o substabelecimento do mandato ou a ele renuncie, nos termos do artigo 10 do Código
de Ética e Disciplina da OAB.
a) Errada. De fato, é direito e dever do advogado assumir a defesa criminal, sem considerar
sua própria opinião sobre a culpa do acusado, uma vez que não há causa criminal indigna de
defesa, cumprindo ao advogado agir no sentido de que a todos seja concedido tratamento
condizente com a dignidade da pessoa humana, sob a égide das garantias constitucionais
(art. 23 do CED-OAB). Todavia, as relações entre advogado e cliente devem se basear na
confiança recíproca.
b) Errada. O advogado poderá, casso as dúvidas existentes não se dissipem, promover o
substabelecimento do mandato.
c) Errada. Antes de renunciar o advogado deve externar sua impressão ao seu cliente e,
não se dissipando as dúvidas existentes, poderá substabelecer o mandato.
Letra d.

028. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2016) A advogada


Kátia exerce, de forma eventual e voluntária, a advocacia pro bono em favor de certa
instituição social, a qual possui personalidade jurídica como associação, bem como de
pessoas físicas economicamente hipossuficientes.
Em razão dessa prática, sempre que pode, Kátia faz menção pública à sua atuação pro bono,
por entender que isto revela correição de caráter e gera boa publicidade de seus serviços
como advogada, para obtenção de clientes em sua atuação remunerada.
Considerando as informações acima, assinale a afirmativa correta.
a) Kátia comete infração ética porque a advocacia pro bono não pode ser destinada a
pessoas jurídicas, sob pena de caracterização de aviltamento de honorários. Kátia também
comete infração ética ao divulgar sua atuação pro bono como instrumento de publicidade
para obtenção de clientela.

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Ética do Advogado, Regras Deontológicas
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b) Kátia comete infração ética, ao divulgar sua atuação pro bono como instrumento de
publicidade para obtenção de clientela. Quanto à atuação pro bono em favor de pessoas
jurídicas, inexiste vedação.
c) Kátia comete infração ética porque a advocacia pro bono não pode ser destinada a pessoas
jurídicas, sob pena de caracterização de aviltamento de honorários. Quanto à divulgação
de seus serviços pro bono para obtenção de clientela, inexiste vedação.
d) A situação narrada não revela infração ética. Inexistem óbices à divulgação por Kátia de
seus serviços pro bono para obtenção de clientela, bem como à atuação pro bono em favor
de pessoas jurídicas.

O advogado não pode se utilizar da advocacia pro bono como instrumento de publicidade
para angariar clientes. Advocacia pro bono é a prestação gratuita, eventual e voluntária
dos serviços jurídicos em favor de instituições sociais sem fins econômicos e aos seus
assistidos, sempre que os beneficiários não dispuserem de recursos para a contratação de
profissional. A advocacia pro bono pode ser exercida em favor de pessoas naturais que,
igualmente, não dispuserem de recursos para, sem prejuízo do próprio sustento, contratar
advogado (art. 30, CED-OAB).
Dito isso, Kátia cometeu infração ética ao divulgar sua atuação pro bono como instrumento
de publicidade para obtenção de clientela, prevista no artigo 34, inciso IV, do Estatuto da
OAB. Quanto à atuação pro bono em favor de pessoas jurídicas, inexiste vedação.
Comentando as demais alternativas:
a) Errada. Advocacia pro bono é a prestação gratuita, eventual e voluntária dos serviços
jurídicos em favor de instituições sociais sem fins econômicos e aos seus assistidos, sempre
que os beneficiários não dispuserem de recursos para a contratação de profissional, nos
termos do art. 30, CED-OAB.
c) Errada. Advocacia pro bono é a prestação gratuita, eventual e voluntária dos serviços
jurídicos em favor de instituições sociais sem fins econômicos e aos seus assistidos, sempre
que os beneficiários não dispuserem de recursos para a contratação de profissional. Por
sua vez, o advogado não pode se utilizar da advocacia pro bono como instrumento de
publicidade para angariar clientes, nos termos do art. 30, CED-OAB.
d) Errada. Advocacia pro bono é a prestação gratuita, eventual e voluntária dos serviços
jurídicos em favor de instituições sociais sem fins econômicos e aos seus assistidos, sempre
que os beneficiários não dispuserem de recursos para a contratação de profissional. Por
sua vez, o advogado não pode se utilizar da advocacia pro bono como instrumento de
publicidade para angariar clientes, nos termos do art. 30, CED-OAB.
Letra b.

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029. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2015) Epitácio


é defendido pelo advogado Anderson em processo relacionado à dissolução de sua sociedade
conjugal. Posteriormente, Epitácio vem a se envolver em processo de natureza societária
e contrata novo advogado especialista na matéria. Designada audiência para a oitiva de
testemunhas, a defesa de Epitácio arrola como testemunha o advogado Anderson, diante
do seu conhecimento de fatos decorrentes do litígio de família, obtidos exclusivamente
diante do seu exercício profissional e relevantes para o desfecho do litígio empresarial.
Consoante o Estatuto da Advocacia, o advogado deve.
a) atuar como testemunha em qualquer situação.
b) depor, porém sem revelar fatos ligados ao sigilo profissional.
c) resguardar-se e requerer autorização escrita do cliente.
d) buscar suprimento judicial para depor em Juízo.

É direito do advogado se recusar a depor como testemunha em processo no qual funcionou


ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado,
mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que
constitua sigilo profissional (art. 7º, inciso XIX, do Estatuto da OAB).
No mesmo sentido, dispõe o artigo 38 do Código de Ética e Disciplina da OAB: “O advogado
não é obrigado a depor, em processo ou procedimento judicial, administrativo ou arbitral,
sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional”.
O ordenamento jurídico processual nacional está em consonância com o direito do advogado,
conforme traz o Código de Processo Penal, em seu artigo 207, são proibidas de depor as
pessoas que em razão de profissão devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela
parte interessada, quiserem dar o seu testemunho. O Código de Processo Civil traz que a
parte não é obrigada a depor sobre fatos a cujo respeito, por estado ou profissão, deva
guardar sigilo (art. 388, inciso II).
Portanto, Anderson deverá depor, porém sem revelar fatos ligados ao sigilo profissional.
a) Errada. Anderson não é obrigado a depor como testemunha, sendo seu direito recusar-
se, nos termos do artigo 7º, inciso XIX, do Estatuto da OAB c/c artigo 38 do Código de Ética
e Disciplina da OAB.
c) Errada. O sigilo profissional poderá ser afastado pela autorização concedida pelo
constituinte, ficando a critério do advogado o interesse em prestar ou não o depoimento,
nos termos do artigo 7º, inciso XIX, do Estatuto da OAB.
d) Errada. O ordenamento jurídico processual nacional está em consonância com o direito
do advogado de se recusar a prestar depoimento na condição de testemunha, conforme
traz o Código de Processo Penal, em seu artigo 207, e o Código de Processo Civil, em seu
artigo 388, inciso II.
Letra b.

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030. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XVIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2015) Os


advogados criminalistas X e Y atuavam em diversas ações penais e inquéritos em favor de um
grupo de pessoas acusadas de pertencer a determinada organização criminosa, supostamente
destinada ao tráfico de drogas. Ao perceber que não havia outros meios disponíveis para a
obtenção de provas contra os investigados, o juiz, no âmbito de um dos inquéritos instaurados
para investigar o grupo, atendendo à representação da autoridade policial e considerando
manifestação favorável do Ministério Público, determinou o afastamento do sigilo telefônico
dos advogados constituídos nos autos dos aludidos procedimentos, embora não houvesse
indícios da prática de crimes por estes últimos. As conversas entre os investigados e seus
advogados, bem como aquelas havidas entre os advogados X e Y, foram posteriormente
usadas para fundamentar a denúncia oferecida contra seus clientes.
Considerando-se a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
a) A prova é lícita, pois não havia outro meio disponível para a obtenção de provas.
b) A prova é lícita, pois tratava-se de investigação de prática de crime cometido no âmbito
de organização criminosa.
c) Considerando que não havia outro meio disponível para a obtenção de provas, bem como
que se tratava de investigação de prática de crime cometido no âmbito de organização
criminosa, é ilícita a prova obtida a partir dos diálogos havidos entre os advogados e seus
clientes. É, no entanto, lícita a prova obtida a partir dos diálogos havidos entre os advogados
X e Y.
d) A prova é ilícita, uma vez que as comunicações telefônicas do advogado são invioláveis
quando disserem respeito ao exercício da profissão, bem como se não houver indícios da
prática de crime pelo advogado.

As relações entre advogado e cliente baseiam-se na confiança recíproca (art. 10 do CED-


OAB), de um lado o cliente deve esclarecer completamente os fatos ao advogado, por outro,
o advogado tem o dever de guardar sigilos dos fatos de que tome conhecimento no
exercício da profissão (art. 35 do CED-AOB).
O sigilo profissional é de ordem pública e está previsto na Constituição Federal de 1988:
“XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando
necessário ao exercício profissional”. Tal prerrogativa é aplicável a todas as categorias
profissionais.
As comunicações de qualquer natureza entre advogado e cliente presumem-se confidenciais,
independendo de solicitação de reserva pelo cliente. Associado a isso, temos a inviolabilidade
do escritório do advogado ou do local de trabalho, que abrange também seus instrumentos
de trabalho, sejam seus arquivos e dados, suas correspondências escrita, eletrônica,
telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia (art. 7º, inciso II,

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do Estatuto da OAB). Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime


por parte de advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da
inviolabilidade, em decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, específico
e pormenorizado (§ 6º).
Desse modo, a prova obtida através da quebra do sigilo telefônico dos advogados X e
Y é ilícita, uma vez que as comunicações telefônicas do advogado são invioláveis quando
disserem respeito ao exercício da profissão, bem como se não houver indícios da prática
de crime pelo advogado.
a) Errada. A prova obtida através da quebra do sigilo telefônico dos advogados X e Y é ilícita,
uma vez que as comunicações telefônicas do advogado são invioláveis quando disserem
respeito ao exercício da profissão, bem como se não houver indícios da prática de crime
pelo advogado, nos termos dos artigos 35, do Código de Ética e Disciplina da OAB c/c artigo
7º, inciso II, do Estatuto da OAB.
b) Errada. A prova obtida através da quebra do sigilo telefônico dos advogados X e Y é ilícita,
uma vez que as comunicações telefônicas do advogado são invioláveis quando disserem
respeito ao exercício da profissão, bem como se não houver indícios da prática de crime
pelo advogado, nos termos dos artigos 35, do Código de Ética e Disciplina da OAB c/c artigo
7º, inciso II, do Estatuto da OAB.
c) Errada. A prova obtida através da quebra do sigilo telefônico dos advogados X e Y é ilícita,
uma vez que as comunicações telefônicas do advogado são invioláveis quando disserem
respeito ao exercício da profissão. Além disso, mesmo que lícita o Estatuto restringe o
acesso aos dados referentes aos investigados, impedindo que intimidade profissional do
advogado seja completamente violada.
Letra d.

031. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2015) O


advogado Nelson, após estabelecer seu escritório em local estratégico nas proximidades dos
prédios que abrigam os órgãos judiciários representantes de todas as esferas da Justiça,
resolve publicar anúncio em que, além dos seus títulos acadêmicos, expõe a sua vasta
experiência profissional, indicando os vários cargos governamentais ocupados, inclusive o
de Ministro de prestigiada área social.
Nos termos do Código de Ética da Advocacia, assinale a afirmativa correta.
a) O anúncio está adequado aos termos do Código, pois indica os títulos acadêmicos e a
experiência profissional.
b) O anúncio está adequado aos termos do Código, por não conter adjetivações ou referências
elogiosas ao profissional.

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c) O anúncio colide com as normas do Código, pois a referência a títulos acadêmicos é


vedada por indicar a possibilidade de captação de clientela.
d) O anúncio colide com as normas do Código, que proíbem a referência a cargos públicos
capazes de gerar captação de clientela.

Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e material de escritório de que


se utilizar, o advogado fará constar seu nome, nome social ou o da sociedade de advogados,
o número ou os números de inscrição na OAB (art. 44 do CED-OAB). Poderão ser referidos
apenas os títulos acadêmicos do advogado e as distinções honoríficas relacionadas à vida
profissional, bem como as instituições jurídicas de que faça parte, e as especialidades a
que se dedicar, o endereço, e-mail, site, página eletrônica, QR code, logotipo e a fotografia
do escritório, o horário de atendimento e os idiomas em que o cliente poderá ser atendido
(art. 44, § 1º, do CED-OAB). É vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos
cartões de visitas do advogado, bem como menção a qualquer emprego, cargo ou função
ocupado, atual ou pretérito, em qualquer órgão ou instituição, salvo o de professor
universitário (art. 44, § 2º, do CED-OAB).
O anúncio promovido pelo advogado Nelson colide com as normas do Código, que proíbem
a referência a cargos públicos capazes de gerar captação de clientela.
a) Errada. O anúncio promovido pelo advogado Nelson colide com as normas do Código,
que em que pese permitirem a referência aos títulos acadêmicos, veda menção a qualquer
emprego, cargo ou função ocupado, atual ou pretérito, em qualquer órgão ou instituição,
salvo o de professor universitário, nos termos do artigo 44, caput e § 2º, do Código Ética
e Disciplina da OAB.
b) Errada. Por mais que o anúncio promovido pelo advogado Nelson não contenha adjetivações
ou referências elogiosas, colide com as normas do Código de Ética e Disciplina da OAB, que
veda expressamente a menção a qualquer emprego, cargo ou função ocupado, atual ou
pretérito, em qualquer órgão ou instituição, nos termos do artigo 44, § 2º, do Código Ética
e Disciplina da OAB.
c) Errada. Poderão ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e as distinções
honoríficas relacionadas à vida profissional, bem como as instituições jurídicas de que faça
parte, e as especialidades a que se dedicar, o endereço, e-mail, site, página eletrônica, QR
code, logotipo e a fotografia do escritório, o horário de atendimento e os idiomas em que
o cliente poderá ser atendido, nos termos do artigo 44, § 1º, do Código Ética e Disciplina
da OAB.
Letra d.

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032. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2014) Andrea


e Luciano trocam missivas intermitentes, cujo conteúdo diz respeito a processo judicial em
que a primeira é autora, e o segundo, seu advogado. A parte contrária, ciente da troca de
informações entre eles, requer ao Juízo que esses documentos sejam anexados aos autos
do processo em que litigam.
Sob a perspectiva do Código de Ética e Disciplina da Advocacia, as comunicações epistolares
trocadas entre advogado e cliente
a) constituem documentos públicos a servirem como prova em Juízo.
b) são presumidas confidenciais, não podendo ser reveladas a terceiros.
c) podem ser publicizadas, de acordo com a prudência do advogado.
d) devem ser mantidas em sigilo até o perecimento do advogado.

O sigilo profissional é de ordem pública e está previsto na Constituição Federal de 1988:


“XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando
necessário ao exercício profissional”. Tal prerrogativa não está limitada aos advogados, já
que aplicável a todas as categorias profissionais. As comunicações de qualquer natureza
entre advogado e cliente presumem-se confidenciais, independendo de solicitação de
reserva pelo cliente, de acordo com o artigo 36 do Código de Ética e Disciplina da OAB.
a) Errada. As comunicações de qualquer natureza entre advogado e cliente presumem-se
confidenciais, independendo de solicitação de reserva pelo cliente, de acordo com o artigo
36 do Código de Ética e Disciplina da OAB.
c) Errada. O advogado tem o dever de guardar sigilos dos fatos de que tome conhecimento
no exercício da profissão, nos termos do artigo 35 do Código de Ética e Disciplina da AOB.
d) Errada. O advogado tem o dever de guardar sigilos dos fatos de que tome conhecimento
no exercício da profissão, assim como as comunicações de qualquer natureza entre advogado
e cliente presumem-se confidenciais, independendo de solicitação de reserva pelo cliente,
nos termos dos artigos 35 e 36 do Código de Ética e Disciplina da AOB.
Letra b.

033. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2014) A


advogada Maria Vivian procura apresentar os seus serviços profissionais como de excelente
qualidade, utilizando a estratégia aprendida em tempos em que atuava no teatro, quando
finalizava a peça pedindo indicação aos amigos, se tivesse aprovado o espetáculo e, caso
negativo, indicasse aos inimigos. A par disso, organiza um sistema sofisticado de divulgação
de material de propaganda, informando o número de vitórias obtido em várias causas com
temas próprios das causas de massa.

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Ética do Advogado, Regras Deontológicas
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Nos termos do Código de Ética da Advocacia, o advogado não pode


a) realizar propaganda, mesmo moderada, da sua atividade.
b) ofertar serviços profissionais que impliquem exposição de clientela.
c) apresentar o seu currículo profissional em público.
d) distribuir cartões de visita com seu endereço profissional.

No âmbito da publicidade profissional é vedado ao advogado divulgar ou deixar que


sejam divulgadas listas de clientes e demandas, conforme traz o artigo 42, inciso IV, do
Código de Ética e Disciplina da OAB. Portanto, a advogada Maria Vivian não pode ofertar
serviços profissionais que impliquem exposição de clientela.
a) Errada. A publicidade profissional se afasta da mercantilização da profissão, da captação
de clientela e possui caráter meramente informativo, devendo primar pela discrição e
sobriedade, nos termos do artigo 39 do Código de Ética e Disciplina da OAB.
c) Errada. A publicidade profissional se afasta da mercantilização da profissão, da captação
de clientela e possui caráter meramente informativo, devendo primar pela discrição e
sobriedade, nos termos do artigo 39 do Código de Ética e Disciplina da OAB.
d) Errada. Na publicidade profissional dos cartões de visita o advogado fará constar seu
nome, nome social ou o da sociedade de advogados, o número ou os números de inscrição
na OAB. Poderão ser referidos, dentre outros, o endereço, nos termos do artigo 44, caput
e § 1º, do Código de Ética e Disciplina da OAB.
Letra b.

034. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2014) Mara


é advogada atuante, tendo especialização na área cível. Procurada por um cliente da área
empresarial, ela aceita o mandato. Ocorre que seu cliente possui, em sua empresa, um
departamento jurídico com numerosos advogados e um gerente. Por indicação deles, o
cliente determina que Mara inclua, no mandato que lhe foi conferido, os advogados da
empresa, para atuação conjunta.
Com base no caso apresentado, observadas as regras do Estatuto da OAB e do Código de
Ética e Disciplina da OAB, assinale a opção correta.
a) A advogada deve aceitar a imposição do cliente por ser inerente ao mandato.
b) A advogada deve aceitar a indicação de um advogado para atuar conjuntamente no
processo.
c) A advogada deve acolher o comando, por ser natural na vida forense a colaboração.
d) A advogada não é obrigada a aceitar a imposição de seu cliente no caso.

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Ética do Advogado, Regras Deontológicas
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A ética do advogado é a ética da parcialidade, ao contrário da ética do juiz, que é a da


isenção. Contudo, não pode o advogado cobrir com o manto ético qualquer interesse
do cliente, cabendo-lhe recursar o patrocínio que viole sua independência ou a ética
profissional. Não há justificativa ética, salvo no campo da defesa criminal, para a cegueira
dos valores diante da defesa de interesses sabidamente aéticos ou de origem ilícita. A recusa,
nesses casos, é um imperativo que engrandece o advogado (Paulo Lobo – Comentários ao
Estatuto da Advocacia e da OAB – 2017).
Ao tempo em que o Estatuto exige do advogado a observância de preceitos éticos, lhe
assegura a independência funcional, que é um dos pilares das prerrogativas do advogado.
Logo, o advogado não se sujeita à imposição do cliente que pretenda ver com ele atuando
outros advogados, nem fica na contingência de aceitar a indicação de outro profissional
para com ele trabalhar no processo, conforme o artigo 24 do Código de Ética e Disciplina
da OAB.
a) Errada. O advogado não se sujeita à imposição do cliente que pretenda ver com ele atuando
outros advogados, nem fica na contingência de aceitar a indicação de outro profissional
para com ele trabalhar no processo, nos termos do artigo 24 do Código de Ética e Disciplina
da OAB.
b) Errada. O advogado não se sujeita à imposição do cliente que pretenda ver com ele atuando
outros advogados, nem fica na contingência de aceitar a indicação de outro profissional
para com ele trabalhar no processo, nos termos do artigo 24 do Código de Ética e Disciplina
da OAB.
c) Errada. O advogado não se sujeita à imposição do cliente que pretenda ver com ele atuando
outros advogados, nem fica na contingência de aceitar a indicação de outro profissional
para com ele trabalhar no processo, nos termos do artigo 24 do Código de Ética e Disciplina
da OAB.
Letra d.

035. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2014) Valdir


representa os interesses de André em ação de divórcio em que estão em discussão diversas
questões relevantes, inclusive de cunho financeiro, como, por exemplo, o pensionamento e
a partilha de bens. Irritado com as exigências de sua ex-esposa, André revela a Valdir que
pretende contratar alguém para assassiná-la.
Deve Valdir por seu cliente às autoridades comunicar o segredo revelado competentes?

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a) Valdir não pode revelar o segredo que lhe foi confiado por André, pois o advogado deve
sempre guardar sigilo sobre o que saiba em razão do seu ofício.
b) Valdir poderia revelar o segredo que lhe foi confiado por André, mas apenas no caso de
ser intimado como testemunha em ação penal eventualmente deflagrada para a apuração
do homicídio que viesse a ser efetivamente praticado.
c) Valdir pode revelar o segredo que lhe foi confiado por André, em razão de estar a vida
da ex-esposa deste último em risco.
d) Valdir não pode revelar o segredo que lhe foi confiado por André, mas tem obrigação
legal de impedir que o homicídio seja praticado, sob pena de se tornar partícipe do crime.

Violar o sigilo profissional, sem justa causa, constitui infração disciplinar prevista no artigo
34, inciso VII, do Estatuto da OAB, punível com censura (art. 36, inciso I). Entretanto, a justa
causa afasta o cometimento de infração disciplinar e o crime de violação de segredo
profissional. O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais que
configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra ou
que envolvam defesa própria do advogado (art. 37 do CED-OAB), como é o caso trazido na
questão, uma vez que André revela a Valdir que pretende contratar alguém para assassinar
sua ex-esposa. Assim, a fim de resguardar a vida da ex-esposa de Valdir, André pode revelar
o segredo que lhe foi confiado.
a) Errada. Em circunstâncias excepcionais que configurem justa causa, poderá o advogado
quebrar o sigilo profissional, como ocorre nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à
honra ou que envolvam defesa própria do advogado, nos termos do artigo 37 do Código
de Ética e Disciplina da OAB.
b) Errada. Não é necessária a intimação do advogado como testemunha para que possa
violar o sigilo profissional, já que não seria lógico aguardar o cometimento do crime. Dessa
forma, quando informada a intenção em contratar alguém para assassinar a ex-esposa,
André deverá comunicar às autoridades competentes.
d) Errada. O dever do advogado consiste em comunicar às autoridades competentes a
intenção de seu cliente em cometer um delito diante da grave ameaça ao direito à vida.
Letra c.

036. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2014) A


advogada Ana integrou o departamento jurídico da empresa XYZ Ltda. e, portanto, participava
de reuniões internas, com sócios e diretores, e externas, com clientes e fornecedores, tendo
acesso a todos os documentos da sociedade, inclusive aos de natureza contábil, conhecendo
assim, diversos fatos e informações relevantes sobre a empresa.

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Alguns anos após ter deixado os quadros da XYZ Ltda., Ana recebeu intimação para comparecer
a determinada audiência e a prestar depoimento, como testemunha arrolada pela defesa,
no âmbito de ação penal em que um dos sócios da empresa figurava como acusado do crime
de sonegação fiscal. Ao comparecer à audiência, Ana afirmou que não prestaria depoimento
sobre os fatos dos quais tomou conhecimento enquanto integrava o jurídico da XYZ Ltda.
O magistrado que presidia o ato ressaltou que seu depoimento havia sido solicitado pelo
próprio sócio da empresa, que a estaria, portanto, desobrigando do dever de guardar sigilo.
Sobre a questão apresentada, observadas as regras do Estatuto da OAB e do Código de
Ética e Disciplina da OAB, assinale a opção correta.
a) Ana terá o dever de depor, pois o bem jurídico administração da justiça é mais relevante
do que o bem jurídico inviolabilidade dos segredos.
b) Ana terá o dever de depor, pois foi desobrigada por seu ex- cliente do dever de guardar
sigilo sobre os fatos de que tomou conhecimento quando atuou como advogada da XYZ Ltda.
c) Ana terá o dever de depor, pois não integra mais o departamento jurídico da empresa
XYZ Ltda., tendo cessado, portanto, seu dever de guardar sigilo.
d) Ana não terá o dever de depor, pois o advogado tem o direito de se recusar a depor,
como testemunha, sobre fato relacionado à pessoa de quem foi ou seja advogado, mesmo
quando solicitado pelo cliente.

É direito do advogado se recusar a depor como testemunha em processo no qual funcionou


ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado,
mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que
constitua sigilo profissional (art. 7º, inciso XIX, do Estatuto da OAB).
No mesmo sentido, dispõe o artigo 38 do Código de Ética e Disciplina da OAB: “O advogado
não é obrigado a depor, em processo ou procedimento judicial, administrativo ou arbitral,
sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional”.
O ordenamento jurídico processual nacional está em consonância com o direito do advogado,
conforme traz o Código de Processo Penal, em seu artigo 207, são proibidas de depor as
pessoas que em razão de profissão devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela
parte interessada, quiserem dar o seu testemunho. O Código de Processo Civil traz que a
parte não é obrigada a depor sobre fatos a cujo respeito, por estado ou profissão, deva
guardar sigilo (art. 388, inciso II).
Posto isso, Ana não terá o dever de depor, pois o advogado tem o direito de se recusar a
depor, como testemunha, sobre fato relacionado à pessoa de quem foi, ou seja, advogado,
mesmo quando solicitado pelo cliente.
a) Errada. O direito de se recusar a depor conferido ao advogado não é absoluto. Todavia,
o Código de Ética e Disciplina da OAB traz as circunstâncias excepcionais que configuram

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justa causa para a quebra do sigilo profissional, quais sejam: grave ameaça ao direito à vida
e à honra ou que envolvam defesa própria do advogado, nos termos do artigo 37, do Código
de Ética e Disciplina da OAB. O sigilo profissional poderá ser afastado pela autorização
concedida pelo constituinte, ficando a critério do advogado o interesse em prestar ou não
o depoimento, nos termos do artigo 7º, inciso XIX, do Estatuto da OAB. Sendo assim, não
há o que se falar em relevância do bem jurídico administração da justiça.
b) Errada. O sigilo profissional poderá ser afastado pela autorização concedida pelo
constituinte, ficando a critério do advogado o interesse em prestar ou não o depoimento,
nos termos do artigo 7º, inciso XIX, do Estatuto da OAB.
c) Errada. O dever de guardar sigilo não finda com o encerramento da prestação de serviços
pelo advogado. Por mais que o advogado deixe de prestar serviços a determinado cliente
não poderá valer-se das informações por ele repassadas, seja em proveito próprio ou alheio,
sob pena de violar o sigilo profissional, considerando que apenas tomou conhecimento dos
fatos por meio da sua relação de confiança estabelecida com o constituinte.
Letra d.

037. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XV EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2014) Fátima


é advogada de Carla em processo proposto em face da empresa LL Serviços Anônimos,
por contrato não cumprido. Posteriormente, Fátima patrocina os interesses de Leonídio
em ação de responsabilidade civil, apresentada em face de Ovídio. Pelos descaminhos do
destino, Carla e Leonídio estabelecem sociedade que, dois anos após a sua constituição,
vem a ser dissolvida. Com os ânimos exaltados, Carla e Leonídio procuram sua advogada
de confiança, Fátima, diante dos serviços de qualidade prestados anteriormente. Com sua
rara habilidade persuasiva, a advogada consegue compor os interesses em conflito.
Sobre o caso apresentado, observadas as regras do Estatuto da OAB e do Código de Ética
e Disciplina da OAB, assinale a opção correta.
a) A advogada deveria optar por um dos clientes na primeira consulta.
b) O litígio envolve interesses irremediavelmente conflitantes, o que exige a opção do
advogado
c) A conciliação purga o confronto de interesses entre os clientes da advogada.
d) O eventual acordo entre os litigantes, no caso, deveria ser feito por outro advogado.

O artigo 20 do Código de Ética e Disciplina da OAB determina ao advogado que sobrevindo


conflito de interesses entre seus constituintes e NÃO CONSEGUINDO HARMONIZÁ-LOS,
deverá optar, com prudência e discrição, por um dos mandatos, renunciando aos demais,
resguardado sempre o sigilo profissional.
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No caso, Fátima conseguiu compor os interesses em conflito.


Letra c.

038. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XI EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2013) José é


advogado de João em processo judicial que este promove contra Matheus. Encantado com
as sucessivas campanhas de conciliação, busca obter o apoio do réu para um acordo, sem
consultar previamente o patrono da parte contrária, Valter.
Nos termos do Código de Ética, deve o advogado
a) buscar a conciliação a qualquer preço por ser um objetivo da moderna Jurisdição.
b) abster-se de entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído,
sem o assentimento deste.
c) entender-se com as partes na presença de autoridade sem necessidade de comunicação
ao ex adverso.
d) participar de campanhas de conciliação e, caso infrutíferas, tentar o acordo extrajudicial
diretamente com a parte contrária.

O Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil ao estabelecer os princípios


fundamentais da ética do advogado instituiu, dentre os deveres, a obrigação de estimular,
a qualquer tempo, a conciliação e a mediação entre os litigantes, prevenindo, sempre que
possível, a instauração de litígios, conforme determina o artigo 2º, inciso VI, do Código de Ética
da OAB. Todavia, é também dever do advogado abster-se de entender-se diretamente
com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o assentimento deste (art.
2º, inciso VIII, alínea d, do CED-OAB).
Assim sendo, em que pese regular as tentativas sucessivas de Valter em promover a
conciliação entre as partes, deve o advogado abster-se de entender-se diretamente com
a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o assentimento deste.
a) Errada. Apesar de ser um dever do advogado estimular, a qualquer tempo, a conciliação
e a mediação entre os litigantes, prevenindo, sempre que possível, a instauração de litígios,
esta não poderá ocorrer a qualquer custo, nos termos do artigo 2º, inciso VI, do Código de
Ética da OAB.
c) Errada. O advogado deve abster-se de entender-se diretamente com a parte adversa
que tenha patrono constituído, sem o assentimento deste, nos termos do artigo 2º, inciso
VIII, alínea d, do CED-OAB.
d) Errada. em que pese regular as tentativas sucessivas de Valter em promover a conciliação
entre as partes, deve o advogado abster-se de entender-se diretamente com a parte
adversa que tenha patrono constituído, sem o assentimento deste, nos termos do artigo
2º, incisos VI e VIII, alínea d, do CED-OAB.
Letra b.

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039. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2012) Daniel,


advogado, resolve divulgar seus trabalhos contratando empresa de propaganda e marketing.
Esta lhe apresenta um plano de ação, que inclui a contratação de jovens, homens e mulheres,
para a distribuição de prospectos de propaganda do escritório, coloridos, indicando as
especialidades de atuação e apresentando determinados temas que seriam considerados
acessíveis à multidão de interessados. O projeto é realizado.
Em relação a tal projeto, consoante as normas aplicáveis aos advogados, é correto afirmar
que
a) a moderna advocacia assume características empresariais e permite publicidade como
a apresentada.
b) atividades moderadas como as sugeridas são admissíveis.
c) desde que autorizada pela OAB, a propaganda pode ser realizada.
d) existem restrições éticas à propaganda da advocacia, entre as quais as referidas no texto.

A atividade desempenhada pelo advogado não pode ser vista sob a ótica de atividade
exclusivamente econômica. Devemos lembrar que o advogado, por mais que se utilize da
advocacia como meio de garantir frutos para sua subsistência, no seu ministério privado
presta serviço público e exerce função social. O exercício da advocacia é incompatível
com qualquer procedimento de mercantilização (art. 5º do CED-OAB), sendo vedado o
oferecimento de serviços profissionais que implique, direta ou indiretamente, em
angariar clientela (art. 7º do CED-OAB).
Considerando a proibição de utilizar os meios comuns de publicidade empresarial, é vedado
como meio de publicidade profissional a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas
de publicidade, com o intuito de captação de clientela, de acordo com o que dispõe o artigo
40, inciso VI, do Código de Ética e Disciplina da OAB.
a) Errada. O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de
mercantilização (art. 5º do CED-OAB), sendo vedado o oferecimento de serviços profissionais
que implique, direta ou indiretamente, em angariar clientela (art. 7º do CED-OAB).
b) Errada. É vedado como meio de publicidade profissional a distribuição de panfletos ou
formas assemelhadas de publicidade, com o intuito de captação de clientela, nos termos
do artigo 40, inciso VI, do Código de Ética e Disciplina da OAB.
c) Errada. A vedação da distribuição de panfletos ou a utilização de formas assemelhadas
de publicidade são imposição que devem ser observadas por todos os advogados,
independentemente de autorização ou não da OAB.
Letra d.

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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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Ética do Advogado, Regras Deontológicas
Cínthia Biesek

040. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2012) Mévio,


advogado, é procurado por Eulâmpia, que realiza consulta sobre determinado tema jurídico.
Alguns meses depois, o advogado recebe uma intimação para prestar depoimento como
testemunha em processo no qual Eulâmpia é ré, pelos fatos relatados por ela em consulta
profissional. No concernente ao tema, à luz das normas estatutárias, é correto afirmar que
a) o advogado deve comparecer ao ato e prestar depoimento como testemunha dos fatos.
b) é caso de recusa justificada ao depoimento por ter tido o advogado ciência dos fatos
em virtude do exercício da profissão.
c) a simples consulta jurídica não é privativa de advogado, equiparada a mero aconselhamento
protocolar.
d) o advogado poderá prestar o depoimento, mesmo contra sua vontade, desde que
autorizado pelo cliente.

Observe que a banca examinadora cobra com frequência os mesmos temas. Eu sei que pode
parecer repetitivo, mas a melhor forma de memorizar é lendo integralmente o assunto
tratado, compreendendo todo o contexto da questão, para fixar o conteúdo e também
garantir a questão caso a banca resolva alterar algum detalhe. Portanto, como já mencionei...
É direito do advogado se recusar a depor como testemunha em processo no qual funcionou
ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado,
mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que
constitua sigilo profissional (art. 7º, inciso XIX, do Estatuto da OAB).
No mesmo sentido, dispõe o artigo 38 do Código de Ética e Disciplina da OAB: “O advogado
não é obrigado a depor, em processo ou procedimento judicial, administrativo ou arbitral,
sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional”.
O ordenamento jurídico processual nacional está em consonância com o direito do advogado,
conforme traz o Código de Processo Penal, em seu artigo 207, são proibidas de depor as
pessoas que em razão de profissão devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela
parte interessada, quiserem dar o seu testemunho. O Código de Processo Civil traz que a
parte não é obrigada a depor sobre fatos a cujo respeito, por estado ou profissão, deva
guardar sigilo (art. 388, inciso II).
Posto isso, Mévio não terá o dever de depor, pois o advogado tem o direito de se recusar a
depor, como testemunha, sobre fato que teve ciência em virtude do exercício da profissão.
a) Errada. Mévio não é obrigado a depor na condição de testemunha, sendo seu direito
recusar-se, nos termos do artigo 7º, inciso XIX, do Estatuto da OAB c/c artigo 38 do Código
de Ética e Disciplina da OAB.

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ÉTICA E ESTATUTO DA OAB
Ética do Advogado, Regras Deontológicas
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c) Errada. De acordo com o art. 1º, inciso II, do Estatuto da OAB a atividade de consultoria
jurídica é atividade privativa da advocacia.
d) Errada. O sigilo profissional poderá ser afastado pela autorização concedida pelo
constituinte, ficando a critério do advogado o interesse em prestar ou não o depoimento,
nos termos do artigo 7º, inciso XIX, do Estatuto da OAB.
Letra b.

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