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ÉTICA E ESTATUTO DA OAB

ÉTICA DO ADVOGADO. REGRAS DEONTOLÓGICAS


FUNDAMENTAIS. PUBLICIDADE. SIGILO
PROFISSIONAL

Livro Eletrônico
CÍNTHIA BIESEK

Professora de Cursinhos para Concurso Público.


Chefe da Assessoria Jurídica do 1º Ofício da
Procuradoria do Trabalho do Município de
Criciúma. Atuou na produção biográfica de
livro e artigos.

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Ética do Advogado. Regras Deontológicas Fundamentais.
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Prof.ª Cínthia Biesek

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Profissional.................................................................................................9
1. Sigilo Profissional................................................................................... 17
2. Publicidade Profissional........................................................................... 20
Mapa Mental............................................................................................. 24
Resumo.................................................................................................... 25
Questões de Concurso................................................................................ 34
Gabarito................................................................................................... 58
Gabarito Comentado.................................................................................. 59

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Apresentação

Olá, querido(a) aluno(a). Tudo bem? Espero que sim!

Preparado(a) para arrasar na sua prova e garantir sua aprovação no EXAME DE

ORDEM UNIFICADO DA OAB? Certamente sim, não é mesmo?! Então, vamos lá!

O exame é organizado pela Ordem dos Advogados do Brasil, que avalia

a capacitação de bacharéis em Direito para exercer a advocacia no Brasil e a

instituição responsável pela organização da nossa prova é a Fundação Getúlio

Vargas (FGV). Antigamente, a prova era realizada por cada Estado da Federação,

mas, a partir de 2010, o exame se tornou nacional e unificado, sendo que a mesma

prova é aplicada para todos os brasileiros.

A prova é composta de 2 (duas) fases, sendo que a 1ª (primeira) conta com

80 (oitenta) questões objetivas de múltipla escolha, referentes a todas as

disciplinas integrantes do currículo mínimo do curso de Direito, fixadas pela Reso-

lução n. 9/2004 do Conselho Nacional de Educação (Direito Administrativo, Direito

Civil, Direito Processual Civil, Direito Constitucional, Direito do Trabalho, Direito

Processual do Trabalho, Direito Empresarial, Direito Penal, Direito Processual Penal,

Direito Tributário e Processual Tributário), além de Direitos Humanos, Código do

Consumidor, Estatuto da Criança e do Adolescente, Direito Ambiental, Direito Inter-

nacional, Filosofia do Direito e o Estatuto da Advocacia e da OAB, seu Regulamento

Geral e o Código de Ética e Disciplina da OAB.

Saliento que a prova objetiva conterá, no mínimo, 15% (quinze por cento)

de questões versando sobre o Estatuto da Advocacia e da OAB, seu Regu-

lamento Geral, Código de Ética e Disciplina, Direitos Humanos e Filosofia

do Direito.

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Inicialmente o percentual pode parecer pequeno, mas você deve levar em con-

sideração o extenso volume de matérias que serão cobradas na prova, bem como

o número de tópicos e assuntos presentes em cada uma delas. Assim, tendo em

vista a praticidade de estudos quanto a Ética e Estatuto da OAB, a nossa matéria

merece uma atenção especial.

Você precisa saber que a FGV poderá formular questões que reflitam a juris-

prudência pacificada nos Tribunais Superiores. Desse modo, vamos apreciar

e abordar o posicionamento das Cortes nacionais.

Na 2ª (segunda fase) é realizada a avaliação prático-profissional, composta

por redação da peça profissional, acerca de tema da área jurídica de opção do

examinando, e da resposta de 4 (quatro) questões discursivas, sob a forma de

situações-problemas, também relativas à área de conhecimento escolhida por

você, examinando.

Vamos com calma, ok?! Antes de se preocupar com a segunda fase, vamos dire-

cionar nossa atenção para a primeira etapa. As questões da prova objetiva serão

do tipo múltipla escolha, com quatro opções (A, B, C e D) e uma única respos-

ta, de acordo com o comando da questão. Cada questão da prova objetiva vale

1 (um) ponto e a nota da prova será a soma da pontuação obtida nas questões,

considerando-se aprovado nesta fase quem obtiver o mínimo de 50% (cinquen-

ta por cento) de acertos, ou seja, 40 (quarenta) pontos ou mais.

A matéria que vamos estudar agora é de extrema relevância, já que, como

dito acima, representa um grande número de questões e um pequeno conte-

údo quando comparado com as demais.

Essa aula conta com diversos conceitos jurídicos indeterminados e um tanto

quanto abstratos, mas, tendo em vista as preferências da banca organizadora do

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Exame, não vamos dispender muito nosso tempo nesses conceitos, vamos priori-

zar a sua aplicação nas questões. Assim, com as nossas aulas, vamos abordar os

temas principais da matéria e garantir essas questões, combinado!?

A prova poderá ser realizada por todos os estudantes que estiverem matriculados

nos últimos dois semestres ou no último ano do curso de graduação em Direito, des-

sa forma, não é pré-requisito para a realização da prova o grau de bacharel

em Direito. Eu sei que durante a graduação são muitas as atividades que precisam

ser desenvolvidas, principalmente nas fases finais, além de outras questões que

dependem de você para serem resolvidas, sejam elas em relação a colação de grau,

formatura, pós-graduação e outros, ou, ainda, à dúvida sobre a carreira a seguir...

Mas, se você chegou até aqui, significa que está decidido a prestar o exame

da ordem e, como você apostou no método Gran OAB Cursos Online, sua

aprovação será o nosso foco e vamos fazer isso com maestria, empenhando

todos os esforços que forem necessários!

O nosso método de estudo será direcionado para a resolução de questões.

É claro que iremos ler a legislação trazida sobre o assunto, analisando todos os

artigos separadamente, com comentários individualizados, bem como contextu-

alizar os conceitos trazidos na lei, contudo, diante do perfil da banca organiza-

dora (FGV), em que não são cobrados apenas conhecimentos literais, mas sim sua

aplicação em casos concretos, vamos precisar praticar muito resolvendo provas

antigas para que você consiga identificar o “perfil” das questões, não confundir a

matéria e não cair em pegadinhas clássicas da banca.

Como o nosso método de estudo será focado na individualização dos artigos, na

inserção de comentários e na resolução de questões, a regra será trazer os artigos do

Estatuto da Advocacia (Lei n. 8.906/1994) e, de modo complementar, vamos adicio-

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nar os artigos e princípios estabelecidos no Código de Ética e Disciplina da Ordem

dos Advogados do Brasil (CED-OAB) e no Regulamento Geral do Estatuto da OAB,

pois os diplomas legais são complementares. Dessa forma, quando não houver referên-

cia, o artigo trata do Estatuto da OAB, caso contrário, vamos utilizar a sigla referente ao

Código de Ética: CED-OAB ou mencionar o Regulamento Geral. Combinado?!

Portanto, querido(a) aluno(a), fique tranquilo, vamos esmiuçar todo o conteúdo

do edital e garantir que, com a leitura atenta dessas aulas, você irá confiante para

a prova, tendo a garantia de que todos os temas importantes foram estudados.

Para facilitar a compreensão e não tornar maçante a leitura das aulas, fiz a se-

guinte divisão da matéria:

Cronograma das Aulas

AULA CONTEÚDO
01 Atividade de Advocacia. Advocacia Pública. Honorários Advocatícios.
02 Inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. Estágio Profissional.
03 Direitos e Prerrogativas do Advogado. Desagravo Público.
04 Ética do Advogado. Regras Deontológicas Fundamentais. Publicidade. Sigilo Profissional.
05 Infrações e Sanções Disciplinares.
06 Processo na OAB: Processo Disciplinar e Recursos. Tribunal de Ética e Disciplina
07 Sociedade de Advogados. Advogado Empregado.
08 Incompatibilidade e Impedimentos.
09 Composição da OAB - Conselho Federal, Conselho Pleno, Órgão Especial, Câmaras,
Sessões, Conferências e Colégios de Presidentes; Conselho Seccional, Subseção e Caixa
de Assistência dos Advogados. Eleições e Mandato.

Suporte

Estou à disposição para sanar todas as eventuais dúvidas que surgirem no de-

correr da aula. Não hesite em mandá-las, por mais simples que possam parecer. Ci-

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tarei exemplos, explicarei de forma mais contextual ou doutrinária, se necessário,

mas tenho certeza que, se a dúvida for esclarecida, você seguirá seus estudos de

forma eficaz e não se esquecerá do assunto tratado. Caso contrário, um pequeno

detalhe que não foi esclarecido poderá comprometer sua preparação.

Assim, não existem dúvidas irrelevantes. Portanto, contate-me sempre que jul-

gar necessário.

Grande abraço e bons estudos!

Seja imparável!

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O advogado desempenha uma atividade essencial à justiça, revestida de

múnus público, uma vez que é um dos defensores do Estado Democrático de

Direito, dos direitos humanos e das garantias fundamentais, da cidadania,

da moralidade, da Justiça e da paz social (art. 133 da Constituição Federal de

1988).

Como vimos, o desempenho da atividade da advocacia e a denominação de

advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil, pre-

enchidos os requisitos legais (art. 3º c/c art. 8º do Estatuto da OAB), que possuem

Estatuto próprio que lhes confere uma gama de direitos e prerrogativas, a fim de

garantir lisura e subsidiar o bom desempenho de sua atuação na defesa dos di-

reitos e interesses de seus constituintes, seja em âmbito extrajudicial, seja judicial.

Por outro lado, diante da essencialidade da atividade do advogado no meio

social e na administração da Justiça, bem como a fim de zelar pelo respeito e

pela dignidade da categoria, é exigida conduta compatível do advogado com

a função social que exerce, necessário, para tanto, que o profissional proceda em

todos os atos do seu ofício com lealdade e boa-fé, observando os princípios

éticos e morais.

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A banca organizadora não costuma adentrar no mérito e nas características


filosóficas de cada um dos institutos que envolvem a ética do advogado, como o
conceito de ética, boa-fé, honra, valores fundamentais, as diferenças entre ética e
moral e assim por diante. Desse modo, vou ser bem prática nesse tópico, trazendo
características básicas para subsidiar seus estudos para que possamos nos con-
centrar no que realmente nos interessa: os desdobramentos e a aplicação
da ética no ministério da advocacia.
Pois bem. De acordo com Paulo Lobo (Comentários ao Estatuto da Advocacia e
da OAB – 2017):

A ética profissional é parte da ética geral, entendida como ciência da conduta.


Nosso campo de atenção é o da objetivação da ética profissional, que se denomina
deontologia jurídica, ou estudo dos deveres dos profissionais do direito, especialmente
dos advogados, porque de todas as profissões jurídicas a advocacia é talvez a única que
nasceu rigidamente presa a deveres éticos.

Ética e moral são termos que normalmente são empregados como sinôni-
mos, entretanto, destaco que não são. O significado de ética trazido pelo dicio-

nário é:

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Ramo da filosofia que tem por objetivo refletir sobre a essência dos princípios,
valores e problemas fundamentais da moral, tais como a finalidade e o sentido da vida
humana, a natureza do bem e do mal, os fundamentos da obrigação e do dever, tendo
como base as normas consideradas universalmente válidas e que norteiam o compor-
tamento humano (Michaelis).

Moral, de outra parte, é conceituada como:

Relativo às regras de conduta e aos costumes estabelecidos e admitidos em determi-


nada sociedade. Que é conforme e procede conforme os princípios da ética e da
moralidade aceitos socialmente. Que procede de maneira honesta ou correta (Mi-
chaelis).

Perceba que os conceitos não são iguais: enquanto a ética é o estudo, a mo-

ral é uma constante de comportamentos associados aos valores de certo e errado.

Porém, no contexto da advocacia podem ser utilizados como complementares.

O Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil ao estabelecer

os princípios fundamentais da ética do advogado instituiu os seguintes deve-

res (art. 2º do CED-OAB):

I – preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelan-


do pelo caráter de essencialidade e indispensabilidade da advocacia;
II – atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, leal-
dade, dignidade e boa-fé;
III – velar por sua reputação pessoal e profissional;
IV – empenhar-se, permanentemente, no aperfeiçoamento pessoal e profissional;
V – contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das leis;
VI – estimular, a qualquer tempo, a conciliação e a mediação entre os litigantes, pre-
venindo, sempre que possível, a instauração de litígios;
VII – desaconselhar lides temerárias, a partir de um juízo preliminar de viabilidade
jurídica;
VIII – abster-se de:
a) utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente;
b) vincular seu nome ou nome social a empreendimentos sabidamente escusos;
c) emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dig-
nidade da pessoa humana;
d) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o
assentimento deste;

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e) ingressar ou atuar em pleitos administrativos ou judiciais perante autoridades com as


quais tenha vínculos negociais ou familiares;
f) contratar honorários advocatícios em valores aviltantes.
IX – pugnar pela solução dos problemas da cidadania e pela efetivação dos direitos
individuais, coletivos e difusos;
X – adotar conduta consentânea com o papel de elemento indispensável à administra-
ção da Justiça;
XI – cumprir os encargos assumidos no âmbito da Ordem dos Advogados do Brasil ou
na representação da classe;
XII – zelar pelos valores institucionais da OAB e da advocacia;
XIII – ater-se, quando no exercício da função de defensor público, à defesa dos neces-
sitados.

Ademais, de acordo com o artigo 9º do Código de Ética, o advogado deve in-

formar o cliente, de modo claro e inequívoco, quanto a eventuais riscos da sua

pretensão, e das consequências que poderão advir da demanda. Deve, igual-

mente, denunciar, desde logo, a quem lhe solicite parecer ou patrocínio, qualquer

circunstância que possa influir na resolução de submeter-lhe a consulta ou

confiar-lhe a causa.

O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de mer-

cantilização (art. 5º do CED-OAB), sendo vedado o oferecimento de serviços pro-

fissionais que impliquem, direta ou indiretamente, em angariar ou captar cliente-

la (art. 7º do CED-OAB), como veremos mais adiante.

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No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e manifes-

tações, nos limites da lei (art. 2, § 3º), ou seja, possui imunidade profissional,

não constituindo injúria ou difamação puníveis qualquer manifestação de sua parte,

no exercício de sua atividade. Todavia, perceba que tal garantia não é absoluta e

não autoriza o advogado a falsear deliberadamente a verdade e utilizar de

má-fé (art. 6º do CED-OAB).

Na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 1127 o Supremo Tribunal Fede-

ral considerou que a imunidade profissional é indispensável para que o advoga-

do possa exercer condigna e amplamente seu múnus público.

Como mandamentos que devem conduzir a conduta do advogado, o Conselho

Federal da OAB trouxe, ao instituir o Código de Ética, a lealdade e boa-fé em suas

relações profissionais e em todos os atos do seu ofício, ser fiel à verdade para

poder servir à Justiça como um de seus elementos essenciais.

O Estatuto da OAB, no capítulo VIII, dispõe sobre a ética do advogado e es-

tabelece que deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito e que

contribua para o prestígio da classe e da advocacia, mantendo sua indepen-

dência em qualquer circunstância, sendo que nenhum receio de desagradar a

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magistrado ou a qualquer autoridade, nem de incorrer em impopularidade, deve

deter o advogado no exercício da profissão (art. 31).

É conveniente destacar que ao tempo em que o Estatuto exige do advogado a

observância de preceitos éticos, lhe assegura a independência funcional, que é

um dos pilares das prerrogativas do advogado.

Quanto à independência, o Código de Ética e Disciplina da OAB determina

que o advogado, ainda que vinculado ao cliente ou constituinte, deve zelar pela

sua liberdade e independência, permitindo-se, inclusive, a recusa do patrocí-

nio de causa e de manifestação, no âmbito consultivo, de pretensão concernente

a direito que também lhe seja aplicável ou contrarie orientação que tenha manifes-

tado anteriormente (art. 4º do CED-OAB).

A associação da liberdade de atuação do profissional advogado e a ob-

servância dos preceitos éticos é trazida por Paulo Lobo (Comentários ao Esta-

tuto da Advocacia e da OAB – 2017) no seguinte sentido:

Além da independência técnica, o advogado deve preservar sua independência po-


lítica e de consciência, jamais permitindo que os interesses do cliente confun-
dam-se com os seus. O advogado não é e nunca pode ser o substituto da parte; é o
patrono. Por outro lado, em momento algum deve ele deixar-se levar pelas emoções,
sentimentos e impulsos do cliente, que deverão ser retidos à porta de seu escritório.
A ética do advogado é a ética da parcialidade, ao contrário da ética do juiz, que é
a da isenção. Contudo, não pode o advogado cobrir com o manto ético qualquer
interesse do cliente, cabendo-lhe recursar o patrocínio que viole sua indepen-
dência ou a ética profissional. Não há justificativa ética, salvo no campo da defe-
sa criminal, para a cegueira dos valores diante da defesa de interesses sabidamente
aéticos ou de origem ilícita. A recusa, nesses casos, é um imperativo que engrandece o
advogado.

Ao atuar como patrono da parte, no exercício do mandato, o advogado deverá

imprimir à causa orientação que lhe pareça mais adequada, sem se subor-

dinar a intenções contrárias do cliente, mas, antes, procurando esclarecê-lo

quanto à estratégia traçada (art. 11 do CED-OAB).

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Além do mais, o advogado não se sujeita à imposição do cliente que preten-

da ver com ele atuando outros advogados, nem fica na contingência de aceitar a

indicação de outro profissional para com ele trabalhar no processo, nos termos do

artigo 24 do Código de Ética.

O importante a ser destacado é que é direito e dever do advogado assumir

a defesa criminal, sem considerar sua própria opinião sobre a culpa do acu-

sado, uma vez que não há causa criminal indigna de defesa, cumprindo ao ad-

vogado agir no sentido de que a todos seja concedido tratamento condizente com

a dignidade da pessoa humana, sob a égide das garantias constitucionais (art. 23

do CED-OAB).

Em contrapartida, outro preceito ético é que o advogado é responsável pelos

atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa. Em caso de

lide temerária, o advogado será solidariamente responsável com seu cliente,

desde que coligado com este para lesar a parte contrária, o que será apurado em

ação própria (art. 32).

O Código de Ética e Disciplina da OAB regula os deveres do advogado para com

a comunidade, o cliente, o outro profissional e, ainda, a publicidade, a recusa do

patrocínio, o dever de assistência jurídica, o dever geral de urbanidade e os res-

pectivos procedimentos disciplinares, consequentemente o advogado obriga-se

a cumprir rigorosamente os deveres consignados no Código de Ética e Dis-

ciplina (art. 33).

Como vimos na nossa primeira aula, são diversos os regramentos éticos que

devem orientar as relações dos advogados com seus clientes.

As relações entre advogado e cliente devem se basear na confiança recíproca.

Caso o advogado sinta que essa confiança lhe falta, o Código de Ética recomenda

que externe sua impressão ao seu cliente e, não se dissipando as dúvidas exis-

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tentes, promova, em seguida, o substabelecimento do mandato ou a ele renuncie

(art. 10 do CED-OAB).

Nos termos do artigo 12 do Código de Ética, a conclusão ou desistência da

causa, independentemente da extinção do mandato, obriga o advogado a devolver

ao cliente bens, valores e documentos que lhe hajam sido confiados e ainda

estejam em seu poder, bem como a prestar-lhe contas, pormenorizadamente,

sem prejuízo de esclarecimentos complementares que se mostrem pertinentes e

necessários, observando-se que a parcela dos honorários paga pelos serviços até

então prestados não se inclui entre os valores a serem devolvidos.

Advogados integrantes da mesma sociedade profissional ou reunidos em ca-

ráter permanente para cooperação recíproca, não podem representar clien-

tes com interesses opostos, em juízo ou fora dele.

Ademais, o artigo 20 do Código de Ética determina ao advogado que sobrevindo

conflito de interesses entre seus constituintes e não conseguindo harmonizá-los,

deverá optar, com prudência e discrição, por um dos mandatos, renunciando

aos demais, resguardado sempre o sigilo profissional.

Do mesmo modo, ao advogado cumpre abster-se de patrocinar causa con-

trária à validade ou legitimidade de ato jurídico em cuja formação haja cola-

borado ou intervindo de qualquer maneira; da mesma forma, deve declinar seu

impedimento ou o da sociedade que integre quando houver conflito de interesses

motivado por intervenção anterior no trato de assunto que se prenda ao patrocínio

solicitado (art. 22 do CED-OAB).

Ainda, o artigo 25 do Código de Ética estabelece que é defeso (PROIBIDO)

ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e

preposto do empregador ou cliente.

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Os deveres éticos consignados no Código não são recomendações de bom

comportamento, mas sim normas jurídicas dotadas de obrigatoriedade, que

devem ser cumpridas com rigor, sob pena de cometimento de infração disciplinar

(Paulo Lobo – Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB – 2017).

1. Sigilo Profissional
Um desdobramento da conduta ética do advogado refere-se ao sigilo pro-

fissional.

Parece evidente e como já mencionei as relações entre advogado e cliente

baseiam-se na confiança recíproca (art. 10 do CED-OAB): de um lado, o cliente

deve esclarecer completamente os fatos ao advogado, de outro, o advogado

tem o dever de guardar sigilo dos fatos de que tome conhecimento no exer-

cício da profissão (art. 35 do CED-AOB).

Do mesmo modo, o sigilo profissional abrange os fatos de que o advogado tenha

tido conhecimento em virtude de funções desempenhadas na Ordem dos

Advogados do Brasil (parágrafo único).

O sigilo profissional é de ordem pública e está previsto na Constituição Fede-

ral de 1988: “XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o

sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional”. Tal prerrogativa

não está limitada aos advogados, já que é aplicável a todas as categorias profis-

sionais.

As comunicações de qualquer natureza entre advogado e cliente presumem-se

confidenciais, independendo de solicitação de reserva pelo cliente. Ademais,

o advogado, quando no exercício das funções de mediador, conciliador e árbitro, se

submete às regras de sigilo profissional (art. 36 do CED-OAB).

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Nos termos do Código de Ética e Disciplina da OAB:

Art. 20. Sobrevindo conflito de interesses entre seus constituintes e não conseguin-


do o advogado harmonizá-los, caber-lhe-á optar, com prudência e discrição, por um dos
mandatos, renunciando aos demais, resguardado sempre o sigilo profissional.
Art. 21. O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra ex-cliente ou ex-empre-
gador, judicial e extrajudicialmente, deve resguardar o sigilo profissional.

Dessa forma, por mais que o advogado deixe de prestar serviços a determina-

do cliente não poderá valer-se das informações por ele repassadas, seja em

proveito próprio ou alheio, sob pena de violar o sigilo profissional, considerando

que apenas tomou conhecimento dos fatos por meio da sua relação de con-

fiança estabelecida com o constituinte.

Inerente ao dever de sigilo, é direito do advogado recusar-se a depor como

testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato rela-

cionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado

ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profis-

sional (art. 7º, inciso XIX, do Estatuto da OAB).

No mesmo sentido, dispõe o artigo 38 do Código de Ética e Disciplina da OAB:

“O advogado não é obrigado a depor, em processo ou procedimento judicial,

administrativo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo pro-

fissional”.

Destaco que o sigilo profissional poderá ser afastado pela autorização conce-

dida pelo constituinte, ficando a critério do advogado o interesse em prestar ou

não o depoimento.

O ordenamento jurídico processual nacional está em consonância com o

direito do advogado: o Código de Processo Penal, em seu artigo 207, estabelece

que são proibidas de depor as pessoas que, em razão de profissão, devam guar-

dar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu

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testemunho. O Código de Processo Civil, de outra parte, traz que a parte não é

obrigada a depor a respeito de fatos sobre os quais, por estado ou profissão, deva

guardar sigilo (art. 388, inciso II).

Violar o sigilo profissional, sem justa causa, constitui infração discipli-

nar prevista no artigo 34, inciso VII, do Estatuto da OAB, punível com censura

(art. 36, inciso I).

Ademais, o Código Penal estabelece como crime a violação do segredo pro-

fissional:

Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de
função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem:
Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa de um conto a dez contos de réis.
Parágrafo único. Somente se procede mediante representação.

É importante destacar que a produção de dano a outrem é elementar do

crime de violação do segredo profissional. Assim sendo, a revelação de segredo que

não chega a causar dano a alguém não configura crime.

Ademais, devemos observar sempre se a conduta do advogado não está aco-

bertada por algumas das hipóteses de JUSTA CAUSA, o que também afasta o

cometimento de infração disciplinar e o crime de violação de segredo profissional.

Nesse ponto, cabe mencionar que o sigilo profissional cederá em face de cir-

cunstâncias excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de gra-

ve ameaça ao direito à vida e à honra ou que envolvam defesa própria do

advogado (art. 37 do CED-OAB). Temos como exemplo de grave ameaça ao

direito à vida quando o cliente revela sua intenção (ou participação) ao advo-

gado em assassinar alguém.

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2. Publicidade Profissional
A atividade desempenhada pelo advogado não pode ser vista sob a ótica de

atividade exclusivamente econômica. Devemos lembrar que o advogado, por

mais que se utilize da advocacia como meio de garantir frutos para sua subsistên-

cia, no seu ministério privado presta serviço público e exerce função social.

Lembre-se, o exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedi-

mento de mercantilização (art. 5º do CED-OAB), sendo vedado o oferecimento

de serviços profissionais que implique, direta ou indiretamente, em angariar clien-

tela (art. 7º do CED-OAB).

Com isso, a publicidade profissional se afasta da mercantilização da pro-

fissão, da captação de clientela e possui caráter meramente informativo, de-

vendo primar pela discrição e sobriedade (art. 39 do CED-OAB).

Conforme traz Paulo Lobo (Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB –

2017):

É vedado ao advogado utilizar-se dos meios comuns de publicidade empresa-


rial e a regra de ouro é a discrição e moderação, divulgando apenas as informações ne-
cessárias de sua identificação, podendo fazer referência a títulos acadêmicos conferidos
por instituições universitárias, a associações culturais e científicas, aos ramos do direito
em que atua, aos horários de atendimento e aos meios de comunicação.

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Considerando a proibição de utilizar os meios comuns de publicidade empresa-

rial, são vedados como meio de publicidade profissional (art. 40 do CED-OAB):

I – a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão;


II – o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade;
III – as inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço
público;
IV – a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades
ou a indicação de vínculos entre uns e outras;
V – o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou
artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem
assim quando de eventual participação em programas de rádio ou televisão, ou
em veiculação de matérias pela internet, sendo permitida a referência a e-mail;
VI – a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas
de publicidade, com o intuito de captação de clientela.

É permitida a utilização de placas, painéis luminosos e inscrições apenas

em fachadas, exclusivamente para fins de identificação dos escritórios de ad-

vocacia possuindo apenas caráter meramente informativo, devendo primar pela

discrição e sobriedade (art. 40, parágrafo único, do CED-OAB).

Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e material de escri-

tório de que se utilizar, o advogado fará constar seu nome, nome social ou o da

sociedade de advogados, o número ou os números de inscrição na OAB (art. 44 do

CED-OAB).

Poderão ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e as dis-

tinções honoríficas relacionadas à vida profissional, bem como as instituições

jurídicas de que faça parte, e as especialidades a que se dedicar, o endereço,

e-mail, site, página eletrônica, QR code, logotipo e a fotografia do escritório, o ho-

rário de atendimento e os idiomas em que o cliente poderá ser atendido (art. 44,

§ 1º, do CED-OAB).

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É vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões de

visitas do advogado, bem como menção a qualquer emprego, cargo ou função

ocupado, atual ou pretérito, em qualquer órgão ou instituição, salvo o de professor

universitário (art. 44, § 2º, do CED-OAB).

Tendo em vista as mudanças na dinâmica social, a publicidade poderá ser vei-

culada pela internet ou por outros meios eletrônicos, como a telefonia (inclu-

sive para o envio de mensagens a destinatários certos), desde que observadas

as diretrizes do Código de Ética e Disciplina da OAB e que não impliquem

o oferecimento de serviços ou representem forma de captação de clientela

(art. 46 do CED-OAB).

De acordo com o artigo 42 do Código de Ética e Disciplina da OAB, é vedado

ao advogado:

I – responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios de
comunicação social;
II – debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o patrocínio de outro ad-
vogado;
III – abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da insti-
tuição que o congrega;
IV – divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de clientes e demandas;
V – insinuar-se para reportagens e declarações públicas.

Já vimos nas aulas anteriores que é dever do advogado prevenir, sempre

que possível, a instauração de litígios, bem como desaconselhar lides temerá-

rias. Consequentemente, as colunas que o advogado mantiver nos meios de co-

municação social ou os textos que por meio deles divulgar não deverão induzir

o leitor a litigar nem promover a captação de clientela (art. 41 do CED-OAB).

O advogado que eventualmente participar de programa de televisão ou de

rádio, de entrevista na imprensa, de reportagem televisionada ou veiculada por

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qualquer outro meio, para manifestação profissional, deve visar a objetivos ex-

clusivamente ilustrativos, educacionais e instrutivos, sem propósito de pro-

moção pessoal ou profissional, vedados pronunciamentos sobre métodos de traba-

lho usados por seus colegas de profissão (art. 43 do CED-OAB).

Conforme o parágrafo único do artigo acima, quando convidado para manifes-

tação pública, por qualquer modo e forma, visando ao esclarecimento de tema

jurídico de interesse geral, deve o advogado evitar insinuações com o sentido de

promoção pessoal ou profissional, bem como o debate de caráter sensacio-

nalista.

Ademais, o advogado não pode se utilizar da advocacia pro bono como

instrumento de publicidade para angariar clientes. Advocacia pro bono é a pres-

tação gratuita, eventual e voluntária dos serviços jurídicos em favor de instituições

sociais sem fins econômicos e aos seus assistidos, sempre que os beneficiários não

dispuserem de recursos para a contratação de profissional (art. 30 do CED-OAB).

Por fim, são admissíveis como formas de publicidade o patrocínio de

eventos ou publicações de caráter científico ou cultural, assim como a divulga-

ção de boletins, por meio físico ou eletrônico, sobre matéria cultural de interesse

dos advogados, desde que sua circulação fique adstrita a clientes e a interessa-

dos do meio jurídico (art. 45 do CED-OAB).

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MAPA MENTAL

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RESUMO

• Tendo em vista a essencialidade da atividade do advogado no meio social

e na administração da Justiça, bem como a fim de zelar pelo respeito e

pela dignidade da categoria, é exigida conduta compatível do advoga-

do com a função social que exerce, necessário, para tanto, que o profissional

proceda em todos os atos do seu ofício com lealdade e boa-fé, obser-

vando os princípios éticos e morais.

• Ética e moral são conceitos distintos, porém, no contexto da advocacia, são

complementares. A ética profissional é parte da ética geral, entendida

como ciência da conduta. Moral é uma constante de comportamentos as-

sociados aos valores de certo e errado.

• São deveres do advogado: preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza

e a dignidade da profissão, zelando pelo caráter de essencialidade e in-

dispensabilidade da advocacia; atuar com destemor, independência, ho-

nestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé; velar por

sua reputação pessoal e profissional; empenhar-se, permanentemente, no

aperfeiçoamento pessoal e profissional; contribuir para o aprimoramento

das instituições, do Direito e das leis; estimular, a qualquer tempo, a conci-

liação e a mediação entre os litigantes, prevenindo, sempre que possível,

a instauração de litígios; desaconselhar lides temerárias, a partir de um

juízo preliminar de viabilidade jurídica; abster-se de: utilizar de influência

indevida, em seu benefício ou do cliente; vincular seu nome ou nome social a

empreendimentos sabidamente escusos; emprestar concurso aos que aten-

tem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da pessoa humana;

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entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído,

sem o assentimento deste; ingressar ou atuar em pleitos administrativos

ou judiciais perante autoridades com as quais tenha vínculos negociais ou

familiares; contratar honorários advocatícios em valores aviltantes. pugnar

pela solução dos problemas da cidadania e pela efetivação dos direitos

individuais, coletivos e difusos; adotar conduta consentânea com o papel

de elemento indispensável à administração da Justiça; cumprir os encargos

assumidos no âmbito da Ordem dos Advogados do Brasil ou na representa-

ção da classe; zelar pelos valores institucionais da OAB e da advocacia;

ater-se, quando no exercício da função de defensor público, à defesa dos

necessitados.

• O advogado deve informar o cliente, de modo claro e inequívoco, quanto

a eventuais riscos da sua pretensão, e das consequências que poderão

advir da demanda. Deve, igualmente, denunciar, desde logo, a  quem lhe

solicite parecer ou patrocínio, qualquer circunstância que possa influir na

resolução de submeter-lhe a consulta ou confiar-lhe a causa.

• O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de

mercantilização, sendo vedado o oferecimento de serviços profissionais

que implique, direta ou indiretamente, em angariar ou captar clientela.

• No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e mani-

festações, uma vez que possui imunidade profissional, não constituindo

injúria ou difamação puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercí-

cio de sua atividade. Todavia, essa garantia não é absoluta e não autoriza o

advogado a falsear deliberadamente a verdade e utilizar-se de má-fé

e como mandamentos que devem conduzir a conduta do advogado temos a

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lealdade e boa-fé em suas relações profissionais e em todos os atos do seu

ofício, ser fiel à verdade para poder servir à Justiça como um de seus elemen-

tos essenciais.

• O advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito

e que contribua para o prestígio da classe e da advocacia, mantendo sua

independência em qualquer circunstância, sendo que nenhum receio de

desagradar a magistrado ou a qualquer autoridade, nem de incorrer em

impopularidade, deve detê-lo no exercício da profissão. Ao tempo em que o

Estatuto exige do advogado a observância de preceitos éticos, lhe assegura

a independência funcional, que é um dos pilares das prerrogativas do

advogado.

• A ética do advogado é a ética da parcialidade. Contudo, não pode o

advogado cobrir com o manto ético qualquer interesse do cliente, ca-

bendo-lhe recursar o patrocínio que viole sua independência ou a ética

profissional. Não há justificativa ética, salvo no campo da defesa crimi-

nal, para a cegueira dos valores diante da defesa de interesses sabidamente

antiéticos ou de origem ilícita.

• O advogado deverá imprimir à causa orientação que lhe pareça mais ade-

quada, sem se subordinar a intenções contrárias do cliente, mas, an-

tes, procurando esclarecê-lo quanto à estratégia traçada. Ainda, não se su-

jeita à imposição do cliente que pretenda ver com ele atuando outros

advogados, nem fica na contingência de aceitar a indicação de outro profis-

sional para com ele trabalhar no processo.

• É direito e dever do advogado assumir a defesa criminal, sem considerar

sua própria opinião sobre a culpa do acusado, uma vez que não há causa

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criminal indigna de defesa, cumprindo ao advogado agir no sentido de que

a todos seja concedido tratamento condizente com a dignidade da pessoa

humana.

• O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional,

praticar com dolo ou culpa. Em caso de lide temerária, o advogado será

solidariamente responsável com seu cliente, desde que coligado com este

para lesar a parte contrária, o que será apurado em ação própria.

• A conclusão ou desistência da causa, independentemente da extinção do

mandato, obriga o advogado a devolver ao cliente bens, valores e do-

cumentos que lhe hajam sido confiados e ainda estejam em seu poder,

bem como a prestar-lhe contas, pormenorizadamente, sem prejuízo de

esclarecimentos complementares que se mostrem pertinentes e necessários,

observando-se que a parcela dos honorários paga pelos serviços até então

prestados não se inclui entre os valores a serem devolvidos.

• Ao advogado cumpre abster-se de patrocinar causa contrária à validade

ou legitimidade de ato jurídico em cuja formação haja colaborado ou

intervindo de qualquer maneira; da mesma forma, deve declinar seu impe-

dimento ou o da sociedade que integre quando houver conflito de interesses

motivado por intervenção anterior no trato de assunto que se prenda ao pa-

trocínio solicitado.

• Ainda, é defeso ao advogado funcionar no mesmo processo, simultanea-

mente, como patrono e preposto do empregador ou cliente.

• O Código de Ética e Disciplina da OAB regula os deveres do advogado para

com a comunidade, o  cliente, o  outro profissional e, ainda, a  publicidade,

a recusa do patrocínio, o dever de assistência jurídica, o dever geral de ur-

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banidade e os respectivos procedimentos disciplinares, consequentemente

os deveres éticos consignados no Código não são recomendações de bom

comportamento, mas sim normas jurídicas dotadas de obrigatoriedade

que devem ser cumpridas com rigor, sob pena de cometimento de infração

disciplinar.

• Um desdobramento da conduta ética do advogado é o sigilo profissional.

As relações entre advogado e cliente baseiam-se na confiança recípro-

ca: de um lado, o cliente deve esclarecer completamente os fatos ao

advogado, de outro, o advogado tem o dever de guardar sigilo dos fatos

de que tome conhecimento no exercício da profissão.

• O sigilo profissional é de ordem pública, previsto na Constituição Federal de

1988 (art. 5º, inciso XIV) e não está limitado aos advogados, já que é aplicá-

vel a todas as categorias profissionais.

• As comunicações de qualquer natureza entre advogado e cliente presumem-

-se confidenciais, independendo de solicitação de reserva pelo cliente.

O advogado, quando no exercício das funções de mediador, conciliador e ár-

bitro, se submete às regras de sigilo profissional.

• Sobrevindo conflito de interesses ou deixando o advogado de prestar ser-

viços a determinado cliente, não poderá valer-se das informações por

ele repassadas, seja em proveito próprio, seja em proveito alheio, sob pena

de violar o sigilo profissional, considerando que apenas tomou conheci-

mento dos fatos por meio da sua relação de confiança estabelecida

com o constituinte.

• Inerente ao dever de sigilo, é direito do advogado recusar-se a depor como

testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato

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relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando au-

torizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que consti-

tua sigilo profissional. O advogado não é obrigado a depor, em processo ou

procedimento judicial, administrativo ou arbitral, a respeito de fatos sobre

os quais deva guardar sigilo profissional.

• Violar o sigilo profissional, sem justa causa, constitui infração discipli-

nar prevista no artigo 34, inciso VII, do Estatuto da OAB, punível com cen-

sura (art. 36, inciso I). O Código Penal estabelece como crime a violação

do segredo profissional – art. 154: revelar alguém, sem justa causa, se-

gredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão,

e cuja revelação possa produzir dano a outrem.

• A produção de dano a outrem é elementar do crime de violação do se-

gredo profissional. Ademais, devemos observar sempre se a conduta do

advogado não está acobertada por algumas das hipóteses de justa

causa. A justa causa apenas ocorre em face de circunstâncias excepcio-

nais, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra ou que

envolvam defesa própria do advogado.

• A atividade desempenhada pelo advogado não pode ser vista sob a ótica de

atividade exclusivamente econômica. O advogado, no seu ministério

privado, presta serviço público e exerce função social, de modo que a

advocacia é incompatível com qualquer procedimento de mercantilização.

• A publicidade profissional se afasta da mercantilização da profissão, da

captação de clientela e possui caráter meramente informativo, devendo

primar pela discrição e sobriedade.

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• São vedados como meio de publicidade profissional: a veiculação da

publicidade por meio de rádio, cinema e televisão; o uso de outdoors,

painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade; as inscrições

em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço pú-

blico; a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras

atividades ou a indicação de vínculos entre uns e outras; o fornecimento

de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou artigos

literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem

assim quando de eventual participação em programas de rádio ou te-

levisão, ou em veiculação de matérias pela internet, sendo permitida a

referência a e-mail; a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos

ou formas assemelhadas de publicidade, com o intuito de captação de clien-

tela.

• É permitida a utilização de placas, painéis luminosos e inscrições apenas

em fachadas, exclusivamente para fins de identificação dos escritórios

de advocacia possuindo apenas caráter meramente informativo, devendo pri-

mar pela discrição e sobriedade.

• Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e material de es-

critório de que se utilizar, o advogado fará constar seu nome, nome social ou

o da sociedade de advogados, o número ou os números de inscrição na OAB.

Poderão ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e as

distinções honoríficas relacionadas à vida profissional, bem como as institui-

ções jurídicas de que faça parte, e as especialidades a que se dedicar,

o endereço, e-mail, site, página eletrônica, QR code, logotipo e a fotografia

do escritório, o horário de atendimento e os idiomas em que o cliente poderá

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ser atendido. É vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros

nos cartões de visitas do advogado, bem como menção a qualquer em-

prego, cargo ou função ocupado, atual ou pretérito, em qualquer órgão ou

instituição, salvo o de professor universitário.

• A publicidade poderá ser veiculada pela internet ou por outros meios ele-

trônicos, como a telefonia (inclusive para o envio de mensagens a desti-

natários certos), desde que observadas as diretrizes do Código de Ética e

Disciplina da OAB e que não impliquem o oferecimento de serviços ou

representem forma de captação de clientela.

• É vedado ao advogado: responder com habitualidade a consulta sobre

matéria jurídica, nos meios de comunicação social; debater, em qualquer

meio de comunicação, causa sob o patrocínio de outro advogado; abordar

tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição

que o congrega; divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de clientes

e demandas; insinuar-se para reportagens e declarações públicas.

• As colunas que o advogado mantiver nos meios de comunicação social ou

os textos que por meio deles divulgar não deverão induzir o leitor a liti-

gar nem promover a captação de clientela.

• O advogado que eventualmente participar de programa de televisão ou de

rádio, de entrevista na imprensa, de reportagem televisionada ou veiculada

por qualquer outro meio, para manifestação profissional, deve visar a ob-

jetivos exclusivamente ilustrativos, educacionais e instrutivos, sem

propósito de promoção pessoal ou profissional, vedados pronunciamentos

sobre métodos de trabalho usados por seus colegas de profissão. Quando

convidado para manifestação pública, por qualquer modo e forma, visan-

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do ao esclarecimento de tema jurídico de interesse geral, deve o advogado

evitar insinuações com o sentido de promoção pessoal ou profissional,

bem como o debate de caráter sensacionalista.

• O advogado não pode se utilizar da advocacia pro bono como instrumen-

to de publicidade para angariar clientes.

• São admissíveis como formas de publicidade o patrocínio de eventos ou

publicações de caráter científico ou cultural, assim como a divulgação de

boletins, por meio físico ou eletrônico, sobre matéria cultural de interesse

dos advogados, desde que sua circulação fique adstrita a clientes e a inte-

ressados do meio jurídico.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1    (FGV/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2020) Um escritório

de renome internacional considera expandir suas operações, iniciando atividades

no Brasil. Preocupados em adaptar seus procedimentos internos para que reflitam

os códigos brasileiros de ética profissional, seus dirigentes estrangeiros desejam

entender melhor as normas a respeito da relação entre clientes e advogados no

país.

Sobre esse tema, é correto afirmar que os advogados brasileiros

a) podem, para a adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis, aceitar procu-

ração de quem já tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento deste.

b) deverão considerar sua própria opinião a respeito da culpa do acusado ao assu-

mir defesa criminal.

c) podem funcionar, no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e pre-

posto de seu cliente, desde que tenham conhecimento direto dos fatos.

d) podem representar, em juízo, clientes com interesses opostos se não integrarem

a mesma sociedade profissional, mas estiverem reunidos em caráter permanente

para cooperação recíproca.

Questão 2    (FGV/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2020) Em certo mu-

nicípio, os advogados André e Helena são os únicos especialistas em determinado

assunto jurídico. Por isso, André foi convidado a participar de entrevista na impren-

sa escrita sobre as repercussões de medidas tomadas pelo Poder Executivo local,

relacionadas à sua área de especialidade. Durante a entrevista, André convidou os

leitores a litigarem em face da Administração Pública, conclamando-os a procura-

rem advogados especializados para ajuizarem, desde logo, as demandas que consi-

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derava tecnicamente cabíveis. Porém, quando indagado sobre os meios de contato

de seu escritório, para os leitores interessados, André disse que, por obrigação

ética, não poderia divulgá-los por meio daquele veículo. Por sua vez, a advogada

Helena, irresignada com as mesmas medidas tomadas pelo Executivo, procurou

um programa de rádio, oferecendo-se para uma reportagem sobre o assunto. No

programa, Helena manifestou-se de forma técnica, educativa e geral, evitando sen-

sacionalismo.

Considerando as situações acima narradas e o disposto no Código de Ética e Disci-

plina da OAB, assinale a afirmativa correta.

a) André e Helena agiram de forma ética, observando as normas previstas no Có-

digo de Ética e Disciplina da OAB.

a) Nenhum dos dois advogados agiu de forma ética, tendo ambos inobservado as

normas previstas no Código de Ética e Disciplina da OAB.

a) Apenas André agiu de forma ética, observando as normas previstas no Código

de Ética e Disciplina da OAB.

a) Apenas Helena agiu de forma ética, observando as normas previstas no Código

de Ética e Disciplina da OAB.

Questão 3    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXV EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DA OAB/2018) O advogado Valter instalou, na fachada do seu escritório, um dis-

creto painel luminoso com os dizeres “Advocacia Trabalhista”. A sociedade de ad-

vogados X contratou a instalação de um sóbrio painel luminoso em um dos pontos

de ônibus da cidade, onde constava apenas o nome da sociedade, dos advogados

associados e o endereço da sua sede. Já a advogada Helena fixou, em todos os

elevadores do prédio comercial onde se situa seu escritório, cartazes pequenos

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contendo inscrições sobre seu nome, o ramo do Direito em que atua e o andar no

qual funciona o escritório.

Considerando as situações descritas e o disposto no Código de Ética e Disciplina da

OAB, assinale a afirmativa correta.

a) Apenas Valter e a sociedade de advogados X violaram a disciplina quanto à ética

na publicidade profissional.

b) Apenas Helena violou a disciplina quanto à ética na publicidade profissional.

c) Valter, Helena e a sociedade de advogados X violaram a disciplina quanto à ética

na publicidade profissional.

d) Apenas a sociedade de advogados X e Helena violaram a disciplina quanto à

ética na publicidade profissional.

Questão 4    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DA OAB/2018) Rafaela, advogada, atua como árbitra em certa lide. Lena, também

regularmente inscrita como advogada perante a OAB, exerce atualmente a função

de mediadora. Ambas, no exercício de suas atividades, tomaram conhecimento de

fatos relativos às partes envolvidas. Todavia, apenas foi solicitado a Rafaela que

guardasse sigilo sobre tais fatos.

Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta.

a) Apenas Rafaela, no exercício da profissão, submete-se ao dever de guardar

sigilo dos fatos de que tomou conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de

circunstâncias excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave

ameaça aos direitos à vida e à honra, bem como em caso de defesa própria.

b) Apenas Lena, no exercício da profissão, submete-se ao dever de guardar sigilo

dos fatos de que tomou conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circuns-

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tâncias excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça

aos direitos à vida e à honra, bem como em caso de defesa própria.

c) Ambas as advogadas, no exercício da profissão, submetem-se ao dever de guar-

dar sigilo dos fatos de que tomaram conhecimento. O dever de sigilo cederá em

face de circunstâncias excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de

grave ameaça aos direitos à vida e à honra, bem como em caso de defesa própria.

d) Apenas Rafaela, no exercício da profissão, submete-se ao dever de guardar

sigilo dos fatos de que tomou conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de

circunstâncias excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave

ameaça aos direitos à vida e à honra. Porém, não se admite a relativização do de-

ver de sigilo para exercício de defesa própria.

Questão 5    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXIII EXAME DE ORDEM UNIFICA-

DO DA OAB/2017) O Dr. Silvestre, advogado, é procurado por um cliente para

patrociná-lo em duas demandas em curso, nas quais o aludido cliente figura como

autor. Ao verificar o andamento processual dos feitos, Silvestre observa que o pri-

meiro processo tramita perante a juíza Dra. Isabel, sua tia. Já o segundo processo

tramita perante o juiz Dr. Zacarias, que, coincidentemente, é o locador do imóvel

onde o Dr. Silvestre reside.

Considerando o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, assinale a afirma-

tiva correta.

a) O Dr. Silvestre cometerá infração ética se atuar em qualquer dos processos,

tendo em vista o grau de parentesco com a primeira magistrada e a existência de

relação negocial com o segundo juiz.

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b) O Dr. Silvestre cometerá infração ética apenas se atuar no processo que tramita

perante a juíza Dra. Isabel, tendo em vista o grau de parentesco com a magistrada.

Quanto ao segundo processo, não há vedação ética ao patrocínio na demanda.

c) O Dr. Silvestre cometerá infração ética apenas se atuar no processo que tramita

perante o juiz Dr. Zacarias, tendo em vista a existência de relação negocial com o

magistrado. Quanto ao primeiro processo, não há vedação ética ao patrocínio na

demanda.

d) O Dr. Zacarias não cometerá infração ética se atuar em ambos os feitos, pois as

hipóteses de suspeição e impedimento dos juízes versam sobre seu relacionamento

com as partes, e não com os advogados.

Questão 6    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DA OAB/2017) Em determinada edição de um jornal de grande circulação, foram

publicadas duas matérias subscritas, cada qual, pelos advogados Lúcio e Frederico.

Lúcio assina, com habitualidade, uma coluna no referido jornal, em que responde,

semanalmente, a consultas sobre matéria jurídica. Frederico apenas subscreveu

matéria jornalística naquela edição, debatendo certa causa, de natureza criminal,

bastante repercutida na mídia, tendo analisado a estratégia empregada pela defesa

do réu no processo.

Considerando o caso narrado e o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB,

assinale a afirmativa correta.

a) Lúcio e Frederico cometeram infração ética.

b) Apenas Lúcio cometeu infração ética.

c) Apenas Frederico cometeu infração ética.

d) Nenhum dos advogados cometeu infração ética.

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Questão 7    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXII EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DA OAB/2017) Marcelo, renomado advogado, foi convidado para participar de ma-

téria veiculada pela Internet, por meio de portal de notícias, com a finalidade de

informar os leitores sobre direitos do consumidor. Ao final da matéria, mediante sua

autorização, foi divulgado o e-mail de Marcelo, bem como o número de telefone do

seu escritório. Sobre essa situação, de acordo com o Código de Ética e Disciplina

da OAB, assinale a afirmativa correta.

a) Marcelo não pode participar de matéria veiculada pela Internet, pois esse fato,

por si só, configura captação de clientela.

b) Marcelo pode participar de matéria veiculada pela Internet, mas são vedadas a

referência ao e-mail e ao número de telefone do seu escritório ao final da matéria.

c) Marcelo pode participar de matéria veiculada pela Internet e são permitidas a

referência ao e-mail e ao número de telefone do seu escritório ao final da matéria.

d) Marcelo pode participar de matéria veiculada pela Internet, mas é vedada a

referência ao número de telefone do seu escritório ao final da matéria, sendo per-

mitida a referência ao seu e-mail.

Questão 8    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XIX EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DA OAB/2016) Alexandre, advogado que exerce a profissão há muitos anos, é co-

nhecido por suas atitudes corajosas, sendo respeitado pelos seus clientes e pelas

autoridades com quem se relaciona por questões profissionais. Comentando sua

atuação profissional, ele foi inquirido, por um dos seus filhos, se não deveria recu-

sar a defesa de um indivíduo considerado impopular, bem como se não deveria ser

mais obediente às autoridades, diante da possibilidade de retaliação.

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Sobre o caso apresentado, observadas as regras do Estatuto da OAB, assinale a

opção correta indicada ao filho do advogado citado.

a) O advogado Alexandre deve recusar a defesa de cliente cuja atividade seja

impopular.

b) O temor à autoridade pode levar à negativa de prestação do serviço advocatício

por Alexandre.

c) As causas impopulares aceitas por Alexandre devem vir sempre acompanhadas

de apoio da Seccional da OAB.

d) Nenhum receio de desagradar uma autoridade deterá o advogado Alexandre.

Questão 9    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DA OAB/2016) Janaína é procuradora do município de Oceanópolis e atua, fora da

carga horária demandada pela função, como advogada na sociedade de advogados

Alfa, especializada em Direito Tributário. A profissional já foi professora na univer-

sidade estadual Beta, situada na localidade, tendo deixado o magistério há um ano,

quando tomou posse como procuradora municipal.

Atualmente, Janaína deseja imprimir cartões de visitas para divulgação profissional

de seu endereço e telefones. Assim, dirigiu-se a uma gráfica e elaborou o seguinte

modelo: no centro do cartão, consta o nome e o número de inscrição de Janaína

na OAB. Logo abaixo, o endereço e os telefones do escritório. No canto superior

direito, há uma pequena fotografia da advogada, com vestimenta adequada. Na

parte inferior do cartão, estão as seguintes inscrições “procuradora do município

de Oceanópolis”, “advogada – Sociedade de Advogados Alfa” e “ex-professora da

Universidade Beta”. A impressão será feita em papel branco com proporções usuais

e grafia discreta na cor preta.

Considerando a situação descrita, assinale a afirmativa correta.

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a) Os cartões de visitas pretendidos por Janaína não são adequados às regras re-

ferentes à publicidade profissional. São vedados: o emprego de fotografia pessoal

e a referência ao cargo de procurador municipal. Os demais elementos poderão ser

mantidos.

b) Os cartões de visitas pretendidos por Janaína, pautados pela discrição e sobrie-

dade, são adequados às regras referentes à publicidade profissional.

c) Os cartões de visitas pretendidos por Janaína não são adequados às regras re-

ferentes à publicidade profissional. São vedados: o emprego de fotografia e a refe-

rência ao cargo de magistério que Janaína não mais exerce. Os demais elementos

poderão ser mantidos.

d) Os cartões de visitas pretendidos por Janaína não são adequados às regras re-

ferentes à publicidade profissional. São vedados: a referência ao cargo de magisté-

rio que Janaína não mais exerce e a referência ao cargo de procurador municipal.

Os demais elementos poderão ser mantidos.

Questão 10    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DA OAB/2016) As advogadas Juliana e Patrícia, iniciando carreira na advocacia,

acreditam que seja necessária a divulgação de seus serviços, para se tornarem

conhecidas. Assim, decidem realizar publicidade de sua atuação, mediante as se-

guintes medidas: primeiramente, publicam um anúncio, em jornal de grande cir-

culação, onde constam seus nomes, números de inscrição na OAB e endereço de

atuação. Além disso, anunciam no rádio suas qualificações profissionais, bem como

expedem correspondências a seus clientes e a colegas advogados, contendo bole-

tim informativo e comentários à legislação.

Sobre a situação apresentada, assinale a opção correta.

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a) Se realizadas com discrição e moderação, as publicações no jornal e as cor-

respondências expedidas não representam infração ética, porém a veiculação do

anúncio no rádio viola o Código de Ética e Disciplina da OAB.

b) As três medidas de publicidade adotadas por Juliana e Patrícia violam o disposto

no Código de Ética e Disciplina da OAB, pois é vedado ao advogado anunciar seus

serviços profissionais de forma a alcançar uma coletividade de pessoas.

c) Apenas a expedição de correspondências contendo boletim informativo e co-

mentários à legislação configura violação ao previsto no Código de Ética e Disciplina

da OAB, já que é vedada a comunicação do advogado por correspondências, salvo

aquelas destinadas a informar os clientes de seus interesses.

d) Se realizadas com razoabilidade, nenhuma das medidas adotadas viola o Códi-

go de Ética e Disciplina da OAB, porque o advogado pode anunciar seus serviços

profissionais, individual ou coletivamente, desde que observadas moderação e dis-

crição quanto ao conteúdo, forma e dimensões.

Questão 11    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DA OAB/2016) Florentino, advogado regularmente inscrito na OAB, além da advo-

cacia, passou a exercer também a profissão de corretor de imóveis, obtendo sua

inscrição no conselho pertinente. Em seguida, Florentino passou a divulgar suas

atividades, por meio de uma placa na porta de um de seus escritórios, com os di-

zeres: Florentino, advogado e corretor de imóveis.

Sobre o tema, assinale a afirmativa correta.

a) É vedado a Florentino exercer paralelamente a advocacia e a corretagem de

imóveis.

b) É permitido a Florentino exercer paralelamente a advocacia e a corretagem de

imóveis, desde que não sejam prestados os serviços de advocacia aos mesmos

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clientes da outra atividade. Além disso, é permitida a utilização da placa emprega-

da, desde que seja discreta, sóbria e meramente informativa.

c) É permitido a Florentino exercer paralelamente a advocacia e a corretagem de

imóveis. Todavia, é vedado o emprego da aludida placa, ainda que discreta, sóbria

e meramente informativa.

d) É permitido a Florentino exercer paralelamente a advocacia e a corretagem de

imóveis, inclusive em favor dos mesmos clientes. Também é permitido empregar a

aludida placa, desde que seja discreta, sóbria e meramente informativa.

Questão 12    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DA OAB/2016) Michael foi réu em um processo criminal, denunciado pela práti-

ca do delito de corrupção passiva. Sua defesa técnica no feito foi realizada pela

advogada Maria, que, para tanto, teve acesso a comprovantes de rendimentos e

extratos da conta bancária de Michael. Tempos após o término do processo penal,

a ex-mulher de Michael ajuizou demanda, postulando, em face dele, a prestação

de alimentos. Ciente de que Maria conhecia os rendimentos de Michael, a autora

arrolou a advogada como testemunha.

Considerando o caso narrado e o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB,

assinale a afirmativa correta.

a) Maria deverá depor como testemunha, prestando compromisso de dizer a ver-

dade, e revelar tudo o que souber, mesmo que isto prejudique Michael, uma vez

que não é advogada dele no processo de natureza cível.

b) Maria deverá depor como testemunha, mesmo que isto prejudique Michael, uma

vez que não é advogada dele no processo de natureza cível, mas terá o direito e o

dever de se calar apenas quanto às informações acobertadas pelo sigilo bancário

de Michael.

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c) Maria deverá recursar-se a depor como testemunha, exceto se Michael expres-

samente autorizá-la, caso em que deverá informar o que souber, mesmo que isto

prejudique Michael.

d) Maria deverá recursar-se a depor como testemunha, ainda que Michael expres-

samente lhe autorize ou solicite que revele o que sabe.

Questão 13    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DA OAB/2015) Epitácio é defendido pelo advogado Anderson em processo relacio-

nado à dissolução de sua sociedade conjugal. Posteriormente, Epitácio vem a se

envolver em processo de natureza societária e contrata novo advogado especialista

na matéria. Designada audiência para a oitiva de testemunhas, a defesa de Epitácio

arrola como testemunha o advogado Anderson, diante do seu conhecimento de fa-

tos decorrentes do litígio de família, obtidos exclusivamente diante do seu exercício

profissional e relevantes para o desfecho do litígio empresarial.

Consoante o Estatuto da Advocacia, o advogado deve.

a) atuar como testemunha em qualquer situação.

b) depor, porém sem revelar fatos ligados ao sigilo profissional.

c) resguardar-se e requerer autorização escrita do cliente.

d) buscar suprimento judicial para depor em Juízo.

Questão 14    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XVIII EXAME DE ORDEM UNIFICA-

DO DA OAB/2015) Os advogados criminalistas X e Y atuavam em diversas ações

penais e inquéritos em favor de um grupo de pessoas acusadas de pertencer a

determinada organização criminosa, supostamente destinada ao tráfico de drogas.

Ao perceber que não havia outros meios disponíveis para a obtenção de provas

contra os investigados, o juiz, no âmbito de um dos inquéritos instaurados para

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investigar o grupo, atendendo à representação da autoridade policial e conside-

rando manifestação favorável do Ministério Público, determinou o afastamento do

sigilo telefônico dos advogados constituídos nos autos dos aludidos procedimentos,

embora não houvesse indícios da prática de crimes por estes últimos. As conversas

entre os investigados e seus advogados, bem como aquelas havidas entre os advo-

gados X e Y, foram posteriormente usadas para fundamentar a denúncia oferecida

contra seus clientes.

Considerando-se a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.

a) A prova é lícita, pois não havia outro meio disponível para a obtenção de provas.

b) A prova é lícita, pois tratava-se de investigação de prática de crime cometido no

âmbito de organização criminosa.

c) Considerando que não havia outro meio disponível para a obtenção de provas,

bem como que se tratava de investigação de prática de crime cometido no âmbito

de organização criminosa, é ilícita a prova obtida a partir dos diálogos havidos en-

tre os advogados e seus clientes. É, no entanto, lícita a prova obtida a partir dos

diálogos havidos entre os advogados X e Y.

d) A prova é ilícita, uma vez que as comunicações telefônicas do advogado são

invioláveis quando disserem respeito ao exercício da profissão, bem como se não

houver indícios da prática de crime pelo advogado.

Questão 15    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XVII EXAME DE ORDEM UNIFICA-

DO DA OAB/2015) O advogado Nelson, após estabelecer seu escritório em local

estratégico nas proximidades dos prédios que abrigam os órgãos judiciários repre-

sentantes de todas as esferas da Justiça, resolve publicar anúncio em que, além

dos seus títulos acadêmicos, expõe a sua vasta experiência profissional, indicando

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os vários cargos governamentais ocupados, inclusive o de Ministro de prestigiada

área social.

Nos termos do Código de Ética da Advocacia, assinale a afirmativa correta.

a) O anúncio está adequado aos termos do Código, pois indica os títulos acadêmi-

cos e a experiência profissional.

b) O anúncio está adequado aos termos do Código, por não conter adjetivações ou

referências elogiosas ao profissional.

c) O anúncio colide com as normas do Código, pois a referência a títulos acadêmi-

cos é vedada por indicar a possibilidade de captação de clientela.

d) O anúncio colide com as normas do Código, que proíbem a referência a cargos

públicos capazes de gerar captação de clientela.

Questão 16    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DA OAB/2014) Andrea e Luciano trocam missivas intermitentes, cujo conteúdo diz

respeito a processo judicial em que a primeira é autora, e o segundo, seu advoga-

do. A parte contrária, ciente da troca de informações entre eles, requer ao Juízo

que esses documentos sejam anexados aos autos do processo em que litigam.

Sob a perspectiva do Código de Ética e Disciplina da Advocacia, as comunicações

epistolares trocadas entre advogado e cliente

a) constituem documentos públicos a servirem como prova em Juízo.

b) são presumidas confidenciais, não podendo ser reveladas a terceiros.

c) podem ser publicizadas, de acordo com a prudência do advogado.

d) devem ser mantidas em sigilo até o perecimento do advogado.

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Questão 17    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XIII EXAME DE ORDEM UNIFICA-

DO DA OAB/2014) A advogada Maria Vivian procura apresentar os seus serviços

profissionais como de excelente qualidade, utilizando a estratégia aprendida em

tempos em que atuava no teatro, quando finalizava a peça pedindo indicação aos

amigos, se tivesse aprovado o espetáculo e, caso negativo, indicasse aos inimigos.

A par disso, organiza um sistema sofisticado de divulgação de material de propa-

ganda, informando o número de vitórias obtido em várias causas com temas pró-

prios das causas de massa.

Nos termos do Código de Ética da Advocacia, o advogado não pode

a) realizar propaganda, mesmo moderada, da sua atividade.

b) ofertar serviços profissionais que impliquem exposição de clientela.

c) apresentar o seu currículo profissional em público.

d) distribuir cartões de visita com seu endereço profissional.

Questão 18    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DA OAB/2014) Mara é advogada atuante, tendo especialização na área cível. Pro-

curada por um cliente da área empresarial, ela aceita o mandato. Ocorre que seu

cliente possui, em sua empresa, um departamento jurídico com numerosos advo-

gados e um gerente. Por indicação deles, o cliente determina que Mara inclua, no

mandato que lhe foi conferido, os advogados da empresa, para atuação conjunta.

Com base no caso apresentado, observadas as regras do Estatuto da OAB e do Có-

digo de Ética e Disciplina da OAB, assinale a opção correta.

a) A advogada deve aceitar a imposição do cliente por ser inerente ao mandato.

b) A advogada deve aceitar a indicação de um advogado para atuar conjuntamente

no processo.

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c) A advogada deve acolher o comando, por ser natural na vida forense a colabo-

ração.

d) A advogada não é obrigada a aceitar a imposição de seu cliente no caso.

Questão 19    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DA OAB/2013) José é advogado de João em processo judicial que este promove

contra Matheus. Encantado com as sucessivas campanhas de conciliação, busca

obter o apoio do réu para um acordo, sem consultar previamente o patrono da par-

te contrária, Valter.

Nos termos do Código de Ética, deve o advogado

a) buscar a conciliação a qualquer preço por ser um objetivo da moderna Jurisdi-

ção.

b) abster-se de entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono

constituído, sem o assentimento deste.

c) entender-se com as partes na presença de autoridade sem necessidade de co-

municação ao ex adverso.

d) participar de campanhas de conciliação e, caso infrutíferas, tentar o acordo ex-

trajudicial diretamente com a parte contrária.

Questão 20    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XIII EXAME DE ORDEM UNIFICA-

DO DA OAB/2014) Valdir representa os interesses de André em ação de divórcio

em que estão em discussão diversas questões relevantes, inclusive de cunho finan-

ceiro, como, por exemplo, o pensionamento e a partilha de bens. Irritado com as

exigências de sua ex-esposa, André revela a Valdir que pretende contratar alguém

para assassiná-la.

Deve Valdir comunicar o segredo revelado por seu cliente às autoridades compe-

tentes?

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a) Valdir não pode revelar o segredo que lhe foi confiado por André, pois o advo-

gado deve sempre guardar sigilo sobre o que saiba em razão do seu ofício.

b) Valdir poderia revelar o segredo que lhe foi confiado por André, mas apenas no

caso de ser intimado como testemunha em ação penal eventualmente deflagrada

para a apuração do homicídio que viesse a ser efetivamente praticado.

c) Valdir pode revelar o segredo que lhe foi confiado por André, em razão de estar

a vida da ex-esposa deste último em risco.

d) Valdir não pode revelar o segredo que lhe foi confiado por André, mas tem

obrigação legal de impedir que o homicídio seja praticado, sob pena de se tornar

partícipe do crime.

Questão 21    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XIV EXAME DE ORDEM UNIFICA-

DO DA OAB/2014) A advogada Ana integrou o departamento jurídico da empresa

XYZ Ltda. e, portanto, participava de reuniões internas, com sócios e diretores,

e externas, com clientes e fornecedores, tendo acesso a todos os documentos da

sociedade, inclusive aos de natureza contábil, conhecendo assim, diversos fatos e

informações relevantes sobre a empresa.

Alguns anos após ter deixado os quadros da XYZ Ltda., Ana recebeu intimação para

comparecer a determinada audiência e a prestar depoimento, como testemunha

arrolada pela defesa, no âmbito de ação penal em que um dos sócios da empresa

figurava como acusado do crime de sonegação fiscal. Ao comparecer à audiência,

Ana afirmou que não prestaria depoimento sobre os fatos dos quais tomou conhe-

cimento enquanto integrava o jurídico da XYZ Ltda.

O magistrado que presidia o ato ressaltou que seu depoimento havia sido solicitado

pelo próprio sócio da empresa, que a estaria, portanto, desobrigando do dever de

guardar sigilo.

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Sobre a questão apresentada, observadas as regras do Estatuto da OAB e do Códi-

go de Ética e Disciplina da OAB, assinale a opção correta.

a) Ana terá o dever de depor, pois o bem jurídico administração da justiça é mais

relevante do que o bem jurídico inviolabilidade dos segredos.

b) Ana terá o dever de depor, pois foi desobrigada por seu ex- cliente do dever de

guardar sigilo sobre os fatos de que tomou conhecimento quando atuou como ad-

vogada da XYZ Ltda.

c) Ana terá o dever de depor, pois não integra mais o departamento jurídico da

empresa XYZ Ltda., tendo cessado, portanto, seu dever de guardar sigilo.

d) Ana não terá o dever de depor, pois o advogado tem o direito de se recusar a

depor, como testemunha, sobre fato relacionado à pessoa de quem foi ou seja ad-

vogado, mesmo quando solicitado pelo cliente.

Questão 22    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DA OAB/2012) Daniel, advogado, resolve divulgar seus trabalhos contratando em-

presa de propaganda e marketing. Esta lhe apresenta um plano de ação, que inclui

a contratação de jovens, homens e mulheres, para a distribuição de prospectos

de propaganda do escritório, coloridos, indicando as especialidades de atuação e

apresentando determinados temas que seriam considerados acessíveis à multidão

de interessados. O projeto é realizado.

Em relação a tal projeto, consoante as normas aplicáveis aos advogados, é correto

afirmar que

a) a moderna advocacia assume características empresariais e permite publicidade

como a apresentada.

b) atividades moderadas como as sugeridas são admissíveis.

c) desde que autorizada pela OAB, a propaganda pode ser realizada.

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d) existem restrições éticas à propaganda da advocacia, entre as quais as referidas

no texto.

Questão 23    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DA OAB/2012) Mévio, advogado, é procurado por Eulâmpia, que realiza consulta

sobre determinado tema jurídico. Alguns meses depois, o advogado recebe uma

intimação para prestar depoimento como testemunha em processo no qual Eulâm-

pia é ré, pelos fatos relatados por ela em consulta profissional. No concernente ao

tema, à luz das normas estatutárias, é correto afirmar que

a) o advogado deve comparecer ao ato e prestar depoimento como testemunha

dos fatos.

b) é caso de recusa justificada ao depoimento por ter tido o advogado ciência dos

fatos em virtude do exercício da profissão.

c) a simples consulta jurídica não é privativa de advogado, equiparada a mero

aconselhamento protocolar.

d) o advogado poderá prestar o depoimento, mesmo contra sua vontade, desde

que autorizado pelo cliente.

Questão 24    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXVIII EXAME DE ORDEM UNIFI-

CADO OAB/2019) A advogada Leia Santos confeccionou cartões de visita para sua

apresentação e de seu escritório. Nos cartões, constava seu nome, número de ins-

crição na OAB, bem como o site do escritório na Internet e um QR code para que

o cliente possa obter informações sobre o escritório. Já o advogado Lucas Souza

elaborou cartões de visita que, além do seu nome e número de inscrição na OAB,

apresentam um logotipo discreto e a fotografia do escritório.

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Considerando as situações descritas e o disposto no Código de Ética e Disciplina da

OAB, assinale a afirmativa correta.

a) Leia e Lucas cometeram infrações éticas, pois inseriram elementos vedados pelo

Código de Ética e Disciplina da OAB nos cartões de apresentação.

b) Nenhum dos advogados cometeu infração ética, pois os elementos inseridos por

ambos nos cartões de apresentação são autorizados.

c) Apenas Leia cometeu infração ética, pois inseriu elementos vedados pelo Código

de Ética e Disciplina da OAB nos cartões de apresentação. Os elementos emprega-

dos por Lucas são autorizados.

d) Apenas Lucas cometeu infração ética, pois inseriu elementos vedados pelo Có-

digo de Ética e Disciplina da OAB nos cartões de apresentação. Os elementos em-

pregados por Leia são autorizados.

Questão 25    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXII EXAME DE ORDEM UNIFICA-

DO OAB/2017) Juliana, advogada, foi empregada da sociedade empresária OPQ

Cosméticos e, em razão da sua atuação na área tributária, tomou conhecimento de

informações estratégicas da empresa. Muitos anos depois de ter deixado de tra-

balhar na empresa, foi procurada por Cristina, consumidora que pretendia ajuizar

ação cível em face da OPQ Cosméticos por danos causados pelo uso de um de seus

produtos. Juliana, aceitando a causa, utiliza-se das informações estratégicas que

adquirira como argumento de reforço, com a finalidade de aumentar a probabilida-

de de êxito da demanda. Considerando essa situação, segundo o Estatuto da OAB

e o Código de Ética e Disciplina da OAB, assinale a afirmativa correta.

a) Juliana não pode advogar contra a sociedade empresária OPQ Cosméticos, tam-

pouco se utilizar das informações estratégicas a que teve acesso quando foi em-

pregada da empresa.

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b) Juliana pode advogar contra a sociedade empresária OPQ Cosméticos, mas não

pode se utilizar das informações estratégicas a que teve acesso quando foi empre-

gada da empresa.

c) Juliana pode advogar contra a sociedade empresária OPQ Cosméticos e pode se

utilizar das informações estratégicas a que teve acesso quando foi empregada da

empresa.

d) Juliana não pode advogar contra a sociedade empresária OPQ Cosméticos, mas

pode repassar as informações estratégicas a que teve acesso quando foi emprega-

da da empresa, a fim de que sejam utilizadas por terceiro que patrocine a causa

de Cristina.

Questão 26    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2016) Pedro é advogado empregado da sociedade empresária FJ. Em recla-

mação trabalhista proposta por Tiago em face da FJ, é designada audiência para

data na qual os demais empregados da empresa estarão em outro Estado, partici-

pando de um congresso.

Assim, no dia da audiência designada, Pedro se apresenta como preposto da recla-

mada, na condição de empregado da empresa, e advogado com procuração para

patrocinar a causa.

Nesse contexto,

a) Pedro pode funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e

preposto do empregador, em qualquer hipótese.

b) Pedro pode funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e

preposto do empregador, pois não há outro empregado disponível na data da au-

diência.

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c) Pedro pode funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e

preposto do empregador, em qualquer hipótese, desde que essa circunstância seja

previamente comunicada ao juízo e ao reclamante.

d) Pedro não pode funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono

e preposto do empregador ou cliente.

Questão 27    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2016) José, bacharel em Direito, constitui Cesar, advogado, como seu procu-

rador para atuar em demanda a ser proposta em face de Natália.

Ajuizada a demanda, após o pedido de tutela provisória ter sido indeferido, José

orienta César a opor Embargos de Declaração, embora não vislumbre omissão,

contradição ou obscuridade na decisão, tampouco erro material a corrigir. César,

porém, acredita que a medida mais adequada é a interposição de Agravo de Instru-

mento, pois entende que a decisão poderá ser revista pelo tribunal, facultando-se,

ainda, ao juízo de primeira instância reformar sua decisão.

Diante da divergência, assinale a opção que indica o posicionamento correto.

a) César deverá, em qualquer hipótese, seguir a orientação de José, que é parte

na demanda e possui formação jurídica.

b) César deverá esclarecer José quanto à sua estratégia, mas subordinar-se, ao fi-

nal, à orientação deste, pois no exercício do mandato atua como patrono da parte.

c) César deverá imprimir a orientação que lhe pareça mais adequada à causa, sem

se subordinar à orientação de José, mas procurando esclarecê-lo quanto à sua es-

tratégia.

d) César deverá imprimir a orientação que lhe pareça mais adequada à causa, sem

se subordinar à orientação de José, e sem procurar esclarecê-lo quanto à sua es-

tratégia, pois, no seu ministério privado, presta serviço público.

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Questão 28    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2016) Maria Clara contratou o advogado Benjamim para sua defesa em um

processo criminal, no qual figura como ré. Após reuniões destinadas a estruturar a

defesa técnica de Maria Clara, Benjamim percebe que a cliente não demonstra ple-

na confiança no patrono, deixando de revelar fatos importantes para a sua atuação

em juízo.

Diante dessas circunstâncias, é recomendável que Benjamim

a) mantenha-se no patrocínio da causa, pois constitui dever do advogado assumir

a defesa criminal, sem considerar sua própria opinião sobre a culpa do acusado e

independentemente de saber a verdade real sobre os fatos ocorridos.

b) externe à cliente sua impressão, solicitando que ela lhe revele os fatos neces-

sários à sua defesa. Caso não seja estabelecida a confiança, Benjamim poderá

renunciar ao mandato, sendo vedado que este o substabeleça a outrem, uma vez

que a quebra da confiança com o substabelecente contamina a relação com o subs-

tabelecido.

c) renuncie desde logo ao mandato, pois as relações entre advogado e cliente ba-

seiam-se na confiança recíproca e o profissional não deve perquirir junto ao acusa-

do a verdade real sobre os fatos que lhe são imputados.

d) externe à cliente sua impressão, solicitando que ela lhe revele os fatos neces-

sários à sua defesa. Caso não seja estabelecida a confiança, Benjamim poderá re-

nunciar ao mandato ou promover o substabelecimento a outrem.

Questão 29    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XV EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2014) Fátima é advogada de Carla em processo proposto em face da empresa

LL Serviços Anônimos, por contrato não cumprido. Posteriormente, Fátima patro-

cina os interesses de Leonídio em ação de responsabilidade civil, apresentada em

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face de Ovídio. Pelos descaminhos do destino, Carla e Leonídio estabelecem socie-

dade que, dois anos após a sua constituição, vem a ser dissolvida. Com os ânimos

exaltados, Carla e Leonídio procuram sua advogada de confiança, Fátima, diante

dos serviços de qualidade prestados anteriormente. Com sua rara habilidade per-

suasiva, a advogada consegue compor os interesses em conflito.

Sobre o caso apresentado, observadas as regras do Estatuto da OAB e do Código

de Ética e Disciplina da OAB, assinale a opção correta.

a) A advogada deveria optar por um dos clientes na primeira consulta.

b) O litígio envolve interesses irremediavelmente conflitantes, o que exige a opção

do advogado

c) A conciliação purga o confronto de interesses entre os clientes da advogada.

d) O eventual acordo entre os litigantes, no caso, deveria ser feito por outro ad-

vogado.

Questão 30    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXX EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2019) Antônio e José são advogados e atuam em matéria trabalhista. Antônio

tomou conhecimento de certos fatos relativos à vida pessoal de seu cliente, que

respondia a processo considerado de interesse acadêmico. Após o encerramento

do feito judicial, Antônio resolveu abordar os fatos que deram origem ao processo

em sua dissertação pública de mestrado. Então, a  fim de se resguardar, Antônio

notificou o cliente, indagando se este solicitava sigilo sobre os fatos pessoais ou se

estes podiam ser tratados na aludida dissertação. Tendo obtido resposta favorável

do cliente, Antônio abordou o assunto na dissertação.

Por sua vez, o advogado José também soube de fatos pessoais de seu cliente, em

razão de sua atuação em outro processo.

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Entretanto, José foi difamado em público, gravemente, por uma das partes da de-

manda. Por ser necessário à defesa de sua honra, José divulgou o conteúdo parti-

cular de que teve conhecimento.

Considerando os dois casos narrados, assinale a afirmativa correta.

a) Antônio infringiu o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, violando o

dever de sigilo profissional. Por outro lado, José não cometeu infração ética, já que

o dever de sigilo profissional cede na situação descrita.

b) Antônio e José infringiram, ambos, o disposto no Código de Ética e Disciplina da

OAB, violando seus deveres de sigilo profissional.

c) José infringiu o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, violando o de-

ver de sigilo profissional. Por outro lado, Antônio não cometeu infração ética, já que

o dever de sigilo profissional cede na situação descrita.

d) Antônio e José não cometeram infração ética, já que o dever de sigilo profissio-

nal, em ambos os casos, cede nas situações descritas.

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GABARITO
1. a 25. b

2. b 26. d

3. d 27. c

4. c 28. d

5. a 29. c

6. a 30. a

7. d

8. d

9. a

10. a

11. c

12. d

13. b

14. d

15. d

16. b

17. b

18. d

19. b

20. c

21. d

22. d

23. b

24. b

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GABARITO COMENTADO
Questão 1    (FGV/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2020) Um escritório

de renome internacional considera expandir suas operações, iniciando atividades

no Brasil. Preocupados em adaptar seus procedimentos internos para que reflitam

os códigos brasileiros de ética profissional, seus dirigentes estrangeiros desejam

entender melhor as normas a respeito da relação entre clientes e advogados no

país.

Sobre esse tema, é correto afirmar que os advogados brasileiros

a) podem, para a adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis, aceitar procu-

ração de quem já tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento deste.

b) deverão considerar sua própria opinião a respeito da culpa do acusado ao assu-

mir defesa criminal.

c) podem funcionar, no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e pre-

posto de seu cliente, desde que tenham conhecimento direto dos fatos.

d) podem representar, em juízo, clientes com interesses opostos se não integrarem

a mesma sociedade profissional, mas estiverem reunidos em caráter permanente

para cooperação recíproca.

Letra a.

De acordo com o artigo 14 do Código de Ética e Disciplina da OAB, o advogado

não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído, sem prévio

conhecimento deste, SALVO por motivo plenamente justificável ou para adoção de

medidas judiciais urgentes e inadiáveis.

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Comentando as demais alternativas:

b) Errada. É direito e dever do advogado assumir a defesa criminal, SEM CONSI-

DERAR SUA PRÓPRIA OPINIÃO sobre a culpa do acusado, uma vez que não

há causa criminal indigna de defesa, cumprindo ao advogado agir no sentido de que

a todos seja concedido tratamento condizente com a dignidade da pessoa humana,

sob a égide das garantias constitucionais, nos termos do artigo 23 do CED-OAB.

c) Errada. É defeso ao advogado (PROIBIDO) funcionar no mesmo processo,

simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente, nos ter-

mos do artigo 25 do CED-OAB.

d) Errada. Advogados integrantes da mesma sociedade profissional ou reunidos

em caráter permanente para cooperação recíproca, NÃO PODEM represen-

tar clientes com interesses opostos, em juízo ou fora dele (art. 19, CED-OAB).

Questão 2    (FGV/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2020) Em certo mu-

nicípio, os advogados André e Helena são os únicos especialistas em determinado

assunto jurídico. Por isso, André foi convidado a participar de entrevista na impren-

sa escrita sobre as repercussões de medidas tomadas pelo Poder Executivo local,

relacionadas à sua área de especialidade. Durante a entrevista, André convidou os

leitores a litigarem em face da Administração Pública, conclamando-os a procura-

rem advogados especializados para ajuizarem, desde logo, as demandas que consi-

derava tecnicamente cabíveis. Porém, quando indagado sobre os meios de contato

de seu escritório, para os leitores interessados, André disse que, por obrigação

ética, não poderia divulgá-los por meio daquele veículo. Por sua vez, a advogada

Helena, irresignada com as mesmas medidas tomadas pelo Executivo, procurou

um programa de rádio, oferecendo-se para uma reportagem sobre o assunto. No

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programa, Helena manifestou-se de forma técnica, educativa e geral, evitando sen-

sacionalismo.

Considerando as situações acima narradas e o disposto no Código de Ética e Disci-

plina da OAB, assinale a afirmativa correta.

a) André e Helena agiram de forma ética, observando as normas previstas no Có-

digo de Ética e Disciplina da OAB.

b) Nenhum dos dois advogados agiu de forma ética, tendo ambos inobservado as

normas previstas no Código de Ética e Disciplina da OAB.

c) Apenas André agiu de forma ética, observando as normas previstas no Código

de Ética e Disciplina da OAB.

d) Apenas Helena agiu de forma ética, observando as normas previstas no Código

de Ética e Disciplina da OAB.

Letra b.

Vamos analisar a conduta dos advogados individualmente: André durante entre-

vista concedida à imprensa escrita convidou os leitores a litigarem. Querido(a)

aluno(a), já vimos nas nossas aulas que é DEVER do advogado prevenir, sempre

que possível, a instauração de litígios. Consequentemente, as colunas que o

advogado mantiver nos meios de comunicação social ou os textos que por meio

deles divulgar não deverão induzir o leitor a litigar nem promover a captação

de clientela, de acordo com o artigo 2º, inciso VI, e artigo 41 do CED-OAB.

Helena, por sua vez, procurou um programa de rádio, oferecendo-se para uma

reportagem. Pois bem, de acordo com o 42 do CED-OAB, é VEDADO ao advogado

insinuar-se para reportagens e declarações públicas.

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Dessa forma, nenhum dos dois advogados agiu de forma ética, tendo ambos inob-

servado as normas previstas no Código de Ética e Disciplina da OAB.

Questão 3    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXV EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DA OAB/2018) O advogado Valter instalou, na fachada do seu escritório, um dis-

creto painel luminoso com os dizeres “Advocacia Trabalhista”. A sociedade de ad-

vogados X contratou a instalação de um sóbrio painel luminoso em um dos pontos

de ônibus da cidade, onde constava apenas o nome da sociedade, dos advogados

associados e o endereço da sua sede. Já a advogada Helena fixou, em todos os

elevadores do prédio comercial onde se situa seu escritório, cartazes pequenos

contendo inscrições sobre seu nome, o ramo do Direito em que atua e o andar no

qual funciona o escritório.

Considerando as situações descritas e o disposto no Código de Ética e Disciplina da

OAB, assinale a afirmativa correta.

a) Apenas Valter e a sociedade de advogados X violaram a disciplina quanto à ética

na publicidade profissional.

b) Apenas Helena violou a disciplina quanto à ética na publicidade profissional.

c) Valter, Helena e a sociedade de advogados X violaram a disciplina quanto à ética

na publicidade profissional.

d) Apenas a sociedade de advogados X e Helena violaram a disciplina quanto à

ética na publicidade profissional.

Letra d.

São vedados como meio de publicidade profissional o uso de outdoors, painéis

luminosos ou formas assemelhadas de publicidade, bem como as inscrições em

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muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço público, conforme

determina o artigo 40, incisos II e III, do Código de Ética e Disciplina da OAB. Por

outro lado, é permitida a utilização de placas, painéis luminosos e inscrições

apenas em fachadas, exclusivamente para fins de identificação dos escritórios de

advocacia, possuindo apenas caráter meramente informativo, devendo primar pela

discrição e sobriedade, conforme dispõe o artigo 40, parágrafo único, do Código

de Ética e Disciplina da OAB.

Desse modo, o painel luminoso, discreto, de fachada do escritório do advogado

Valter está em conformidade com a publicidade profissional do advogado. Entre-

tanto, a sociedade de advogados X e Helena violaram a disciplina quanto à ética na

publicidade profissional.

a) Errada. O painel luminoso, discreto, de fachada do escritório do advogado Val-

ter está em conformidade com a publicidade profissional do advogado, nos termos

do artigo 40, parágrafo único, do Código de Ética e Disciplina da OAB.

b) Errada. O painel luminoso em um dos pontos de ônibus da cidade, contratado

pela sociedade de advogados X, viola a disciplina quanto à ética na publicidade pro-

fissional, nos termos do artigo 40, inciso II, do Código de Ética e Disciplina da OAB.

c) Errada. O painel luminoso, discreto, de fachada do escritório do advogado Val-

ter está em conformidade com a publicidade profissional do advogado, nos termos

do artigo 40, parágrafo único, do Código de Ética e Disciplina da OAB.

Questão 4    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DA OAB/2018) Rafaela, advogada, atua como árbitra em certa lide. Lena, também

regularmente inscrita como advogada perante a OAB, exerce atualmente a função

de mediadora. Ambas, no exercício de suas atividades, tomaram conhecimento de

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fatos relativos às partes envolvidas. Todavia, apenas foi solicitado a Rafaela que

guardasse sigilo sobre tais fatos.

Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta.

a) Apenas Rafaela, no exercício da profissão, submete-se ao dever de guardar

sigilo dos fatos de que tomou conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de

circunstâncias excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave

ameaça aos direitos à vida e à honra, bem como em caso de defesa própria.

b) Apenas Lena, no exercício da profissão, submete-se ao dever de guardar sigilo

dos fatos de que tomou conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circuns-

tâncias excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça

aos direitos à vida e à honra, bem como em caso de defesa própria.

c) Ambas as advogadas, no exercício da profissão, submetem-se ao dever de guar-

dar sigilo dos fatos de que tomaram conhecimento. O dever de sigilo cederá em

face de circunstâncias excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de

grave ameaça aos direitos à vida e à honra, bem como em caso de defesa própria.

d) Apenas Rafaela, no exercício da profissão, submete-se ao dever de guardar

sigilo dos fatos de que tomou conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de

circunstâncias excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave

ameaça aos direitos à vida e à honra. Porém, não se admite a relativização do de-

ver de sigilo para exercício de defesa própria.

Letra c.

As relações entre advogado e cliente baseiam-se na confiança recíproca (art. 10

do CED-OAB): de um lado, o cliente deve esclarecer completamente os fatos

ao advogado, de outro, o advogado tem o dever de guardar sigilo dos fatos de

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que tome conhecimento no exercício da profissão (art. 35 do CED-OAB). Além dis-

so, o sigilo profissional abrange os fatos de que o advogado tenha tido conhe-

cimento em virtude de funções desempenhadas na OAB (parágrafo único).

As comunicações de qualquer natureza entre advogado e cliente presumem-

-se confidenciais, independendo de solicitação de reserva pelo cliente. Ade-

mais, o advogado, quando no exercício das funções de mediador, conciliador

e árbitro, se submete às regras de sigilo profissional (art. 36 do CED-OAB).

O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais que con-

figurem justa causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à

honra ou que envolvam defesa própria do advogado (art. 37, CED-OAB).

Na questão, Rafaela atua como árbitra em certa lide e Lena exerce atualmente

a função de mediadora, ou seja, ambas as advogadas, no exercício da profissão,

submetem-se ao dever de guardar sigilo dos fatos de que tomaram conhecimento.

Além disso, o dever de sigilo cederá em face de circunstâncias excepcionais que

configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos à vida e à

honra, bem como em caso de defesa própria.

a) Errada. Lena, que exerce atualmente a função de mediadora, deve submeter-se

ao dever de guardar sigilo dos fatos de que tomou conhecimento relativos às partes

envolvidas, nos termos do artigo 36, § 2º, do Código de Ética e Disciplina da OAB.

b) Errada. Rafaela, que atua como árbitra em certa lide, deve submeter-se ao

dever de guardar sigilo dos fatos de que tomou conhecimento relativos às partes

envolvidas, nos termos do artigo 36, § 2º, do Código de Ética e Disciplina da OAB.

d) Errada. Lena, que exerce atualmente a função de mediadora, deve submeter-

-se ao dever de guardar sigilo dos fatos de que tomou conhecimento relativos às

partes envolvidas, nos termos do artigo 36, § 2º, do Código de Ética e Disciplina

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da OAB. Ademais, o dever de sigilo cederá em face de circunstâncias excepcionais

que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos à vida e

à honra, bem como em caso de defesa própria.

Questão 5    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXIII EXAME DE ORDEM UNIFICA-

DO DA OAB/2017) O Dr. Silvestre, advogado, é procurado por um cliente para

patrociná-lo em duas demandas em curso, nas quais o aludido cliente figura como

autor. Ao verificar o andamento processual dos feitos, Silvestre observa que o pri-

meiro processo tramita perante a juíza Dra. Isabel, sua tia. Já o segundo processo

tramita perante o juiz Dr. Zacarias, que, coincidentemente, é o locador do imóvel

onde o Dr. Silvestre reside.

Considerando o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, assinale a afirma-

tiva correta.

a) O Dr. Silvestre cometerá infração ética se atuar em qualquer dos processos,

tendo em vista o grau de parentesco com a primeira magistrada e a existência de

relação negocial com o segundo juiz.

b) O Dr. Silvestre cometerá infração ética apenas se atuar no processo que tramita

perante a juíza Dra. Isabel, tendo em vista o grau de parentesco com a magistrada.

Quanto ao segundo processo, não há vedação ética ao patrocínio na demanda.

c) O Dr. Silvestre cometerá infração ética apenas se atuar no processo que tramita

perante o juiz Dr. Zacarias, tendo em vista a existência de relação negocial com o

magistrado. Quanto ao primeiro processo, não há vedação ética ao patrocínio na

demanda.

d) O Dr. Zacarias não cometerá infração ética se atuar em ambos os feitos, pois as

hipóteses de suspeição e impedimento dos juízes versam sobre seu relacionamento

com as partes, e não com os advogados.

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Letra a.

O Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil ao estabele-

cer os princípios fundamentais da ética do advogado instituiu alguns deveres

(art. 2º do CED-OAB), dentre os quais o de abster-se de ingressar ou atuar em

pleitos administrativos ou judiciais perante autoridades com as quais tenha víncu-

los negocias ou familiares (inciso VIII, alínea e).

Dessa forma, considerando a existência de vínculo familiar entre Silvestre e a

juíza Dra. Isabel, sua tia, bem como o vínculo negocial entre Silvestre e o juiz

Dr. Zacarias, que é o locador do imóvel onde o Dr. Silvestre reside, o advogado Dr.

Silvestre cometerá infração ética se atuar em qualquer dos processos, tendo

em vista o grau de parentesco com a primeira magistrada e a existência de relação

negocial com o segundo juiz.

b) Errada. O vínculo negocial existente entre o advogado Dr. Silvestre e o juiz Dr.

Zacarias também enseja o cometimento de infração ética se o advogado atuar no

processo, nos termos do artigo 2º, inciso VIII, alínea e, do Código de Ética e Dis-

ciplina da OAB.

c) Errada. O vínculo familiar existente entre o advogado Dr. Silvestre e a juíza

Dra. Isabel também enseja o cometimento de infração ética se o advogado atuar

no processo, nos termos do artigo 2º, inciso VIII, alínea e, do Código de Ética e

Disciplina da OAB.

d) Errada. O advogado Dr. Silvestre cometerá infração ética se atuar em qualquer

dos processos, tendo em vista o grau de parentesco com a primeira magistrada e

a existência de relação negocial com o segundo juiz.

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Questão 6    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DA OAB/2017) Em determinada edição de um jornal de grande circulação, foram

publicadas duas matérias subscritas, cada qual, pelos advogados Lúcio e Frederico.

Lúcio assina, com habitualidade, uma coluna no referido jornal, em que responde,

semanalmente, a consultas sobre matéria jurídica. Frederico apenas subscreveu

matéria jornalística naquela edição, debatendo certa causa, de natureza criminal,

bastante repercutida na mídia, tendo analisado a estratégia empregada pela defesa

do réu no processo.

Considerando o caso narrado e o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB,

assinale a afirmativa correta.

a) Lúcio e Frederico cometeram infração ética.

b) Apenas Lúcio cometeu infração ética.

c) Apenas Frederico cometeu infração ética.

d) Nenhum dos advogados cometeu infração ética.

Letra a.

De acordo com o artigo 42 do Código de Ética e Disciplina da OAB é vedado ao

advogado responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica,

nos meios de comunicação social, bem como debater, em qualquer meio de comu-

nicação, causa sob o patrocínio de outro advogado (incisos I e II).

Sendo assim, Lúcio e Frederico cometeram infração ética ao subscrever as matérias

no jornal de grande circulação, já que Lúcio assina, com habitualidade, uma coluna

no referido jornal, em que responde, semanalmente, a consultas sobre matéria

jurídica e Frederico subscreveu matéria jornalística debatendo certa causa e

analisando a estratégia empregada pela defesa do réu em processo criminal.

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b) Errada. Frederico cometeu infração ética ao debater e analisar em matéria

jornalística a estratégia empregada pela defesa do réu em processo criminal, nos

termos do artigo 42, inciso II, do Código de Ética e Disciplina da OAB.

c) Errada. Lúcio cometeu infração ética ao subscrever e assinar uma coluna em

jornal de grande circulação, com habitualidade (semanalmente), na qual responde

a consultas sobre matéria jurídica, nos termos do artigo 42, inciso I, do Código de

Ética e Disciplina da OAB.

d) Errada. Lúcio e Frederico cometeram infração ética ao subscrever as matérias

no jornal de grande circulação, já que Lúcio assina, com habitualidade, uma colu-

na no referido jornal, em que responde, semanalmente, a consultas sobre matéria

jurídica e Frederico subscreveu matéria jornalística debatendo certa causa e anali-

sando a estratégia empregada pela defesa do réu em processo criminal.

Questão 7    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXII EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DA OAB/2017) Marcelo, renomado advogado, foi convidado para participar de ma-

téria veiculada pela Internet, por meio de portal de notícias, com a finalidade de

informar os leitores sobre direitos do consumidor. Ao final da matéria, mediante sua

autorização, foi divulgado o e-mail de Marcelo, bem como o número de telefone do

seu escritório. Sobre essa situação, de acordo com o Código de Ética e Disciplina

da OAB, assinale a afirmativa correta.

a) Marcelo não pode participar de matéria veiculada pela Internet, pois esse fato,

por si só, configura captação de clientela.

b) Marcelo pode participar de matéria veiculada pela Internet, mas são vedadas a

referência ao e-mail e ao número de telefone do seu escritório ao final da matéria.

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c) Marcelo pode participar de matéria veiculada pela Internet e são permitidas a

referência ao e-mail e ao número de telefone do seu escritório ao final da matéria.

d) Marcelo pode participar de matéria veiculada pela Internet, mas é vedada a

referência ao número de telefone do seu escritório ao final da matéria, sendo per-

mitida a referência ao seu e-mail.

Letra d.

Quanto aos meios utilizados para a publicidade profissional é vedado o for-

necimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou

artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, em

eventual participação em programas de rádio ou televisão ou em veiculação de

matérias pela internet, sendo permitida a referência a e-mail (art. 40, inciso

V, do Código de Ética e Disciplina da OAB). Assim sendo, Marcelo pode participar

de matéria veiculada pela internet, mas é vedada a referência ao número

de telefone do seu escritório ao final da matéria, sendo permitida apenas a re-

ferência ao seu e-mail.

a) Errada. É permitida a participação de Marcelo em matéria veiculada através da

internet, nos termos do artigo 40, inciso V, do Código de Ética e Disciplina da OAB.

b) Errada. É permitida a referência ao e-mail de Marcelo ao final da matéria vei-

culada através da internet, nos termos do artigo 40, inciso V, do Código de Ética e

Disciplina da OAB.

c) Errada. É vedada a referência ao número de telefone do seu escritório ao final

da matéria veiculada através da internet, nos termos do artigo 40, inciso V, do Có-

digo de Ética e Disciplina da OAB.

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Questão 8    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XIX EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DA OAB/2016) Alexandre, advogado que exerce a profissão há muitos anos, é co-

nhecido por suas atitudes corajosas, sendo respeitado pelos seus clientes e pelas

autoridades com quem se relaciona por questões profissionais. Comentando sua

atuação profissional, ele foi inquirido, por um dos seus filhos, se não deveria recu-

sar a defesa de um indivíduo considerado impopular, bem como se não deveria ser

mais obediente às autoridades, diante da possibilidade de retaliação.

Sobre o caso apresentado, observadas as regras do Estatuto da OAB, assinale a

opção correta indicada ao filho do advogado citado.

a) O advogado Alexandre deve recusar a defesa de cliente cuja atividade seja im-

popular.

b) O temor à autoridade pode levar à negativa de prestação do serviço advocatício

por Alexandre.

c) As causas impopulares aceitas por Alexandre devem vir sempre acompanhadas

de apoio da Seccional da OAB.

d) Nenhum receio de desagradar uma autoridade deterá o advogado Alexandre.

Letra d.

O advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito e que

contribua para o prestígio da classe e da advocacia, mantendo sua indepen-

dência em qualquer circunstância, sendo que nenhum receio de desagradar

a magistrado ou a qualquer autoridade, nem de incorrer em impopularidade,

deve detê-lo no exercício da profissão (art. 31 do Código de Ética e Disciplina

da OAB). Ao tempo em que o Estatuto exige do advogado a observância de pre-

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ceitos éticos, lhe assegura a independência funcional, que é um dos pilares das

prerrogativas do advogado.

a) Errada. O receito de incorrer em impopularidade não deve deter o advogado

no exercício da profissão, nos termos do artigo 31 do Código de Ética e Disciplina

da OAB.

b) Errada. O receito de desagradar a magistrado ou qualquer autoridade não deve

deter o advogado no exercício da profissão, nos termos do artigo 31 do Código de

Ética e Disciplina da OAB.

c) Errada. É competência do Conselho Federal velar pela independência da advo-

cacia, de modo que não pode interferir na atuação do advogado em causas impo-

pulares, nos termos do artigo 54, inciso III, do Código de Ética e Disciplina da OAB.

Questão 9    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DA OAB/2016) Janaína é procuradora do município de Oceanópolis e atua, fora da

carga horária demandada pela função, como advogada na sociedade de advogados

Alfa, especializada em Direito Tributário. A profissional já foi professora na univer-

sidade estadual Beta, situada na localidade, tendo deixado o magistério há um ano,

quando tomou posse como procuradora municipal.

Atualmente, Janaína deseja imprimir cartões de visitas para divulgação profissional

de seu endereço e telefones. Assim, dirigiu-se a uma gráfica e elaborou o seguinte

modelo: no centro do cartão, consta o nome e o número de inscrição de Janaína

na OAB. Logo abaixo, o endereço e os telefones do escritório. No canto superior

direito, há uma pequena fotografia da advogada, com vestimenta adequada. Na

parte inferior do cartão, estão as seguintes inscrições “procuradora do município

de Oceanópolis”, “advogada – Sociedade de Advogados Alfa” e “ex-professora da

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Universidade Beta”. A impressão será feita em papel branco com proporções usuais

e grafia discreta na cor preta.

Considerando a situação descrita, assinale a afirmativa correta.

a) Os cartões de visitas pretendidos por Janaína não são adequados às regras re-

ferentes à publicidade profissional. São vedados: o emprego de fotografia pessoal

e a referência ao cargo de procurador municipal. Os demais elementos poderão ser

mantidos.

b) Os cartões de visitas pretendidos por Janaína, pautados pela discrição e sobrie-

dade, são adequados às regras referentes à publicidade profissional.

c) Os cartões de visitas pretendidos por Janaína não são adequados às regras re-

ferentes à publicidade profissional. São vedados: o emprego de fotografia e a refe-

rência ao cargo de magistério que Janaína não mais exerce. Os demais elementos

poderão ser mantidos.

d) Os cartões de visitas pretendidos por Janaína não são adequados às regras re-

ferentes à publicidade profissional. São vedados: a referência ao cargo de magisté-

rio que Janaína não mais exerce e a referência ao cargo de procurador municipal.

Os demais elementos poderão ser mantidos.

Letra a.

Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e material de escritó-

rio de que se utilizar, o advogado fará constar seu nome, nome social ou o da

sociedade de advogados, o número ou os números de inscrição na OAB (art. 44

do Código de Ética e Disciplina da OAB).

Poderão ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e as distinções

honoríficas relacionadas à vida profissional, bem como as instituições jurídicas

de que faça parte, e as especialidades a que se dedicar, o endereço, e-mail,

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site, página eletrônica, QR code, logotipo e a fotografia do escritório, o ho-

rário de atendimento e os idiomas em que o cliente poderá ser atendido (art. 44,

§ 1º, do CED-OAB).

É vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões de vi-

sitas do advogado, bem como menção a qualquer emprego, cargo ou função

ocupado, atual ou pretérito, em qualquer órgão ou instituição, salvo o de

professor universitário (art. 44, § 2º, do CED-OAB).

Dito isso, os cartões de visitas pretendidos por Janaína não são adequados às re-

gras referentes à publicidade profissional. São vedados: o emprego de fotografia

pessoal e a referência ao cargo de procurador municipal. Os demais elementos

poderão ser mantidos.

b) Errada. É vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões

de visitas do advogado, bem como menção a qualquer emprego, cargo ou função

ocupado, atual ou pretérito, em qualquer órgão ou instituição, salvo o de profes-

sor universitário, de modo que os cartões de visitas não são adequados às regras

referentes à publicidade profissional, nos termos do artigo 44, § 2º, do Código de

Ética e Disciplina da OAB.

c) Errada. É vedada a inclusão a menção a qualquer emprego, cargo ou função

ocupado, atual ou pretérito, em qualquer órgão ou instituição, salvo o de professor

universitário, nos termos do artigo 44, § 2º, do Código de Ética e Disciplina da OAB.

d) Errada. É vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões

de visitas do advogado, nos termos do artigo 44, § 2º, do Código de Ética e Disci-

plina da OAB.

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Questão 10    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DA OAB/2016) As advogadas Juliana e Patrícia, iniciando carreira na advocacia,

acreditam que seja necessária a divulgação de seus serviços, para se tornarem

conhecidas. Assim, decidem realizar publicidade de sua atuação, mediante as se-

guintes medidas: primeiramente, publicam um anúncio, em jornal de grande cir-

culação, onde constam seus nomes, números de inscrição na OAB e endereço de

atuação. Além disso, anunciam no rádio suas qualificações profissionais, bem como

expedem correspondências a seus clientes e a colegas advogados, contendo bole-

tim informativo e comentários à legislação.

Sobre a situação apresentada, assinale a opção correta.

a) Se realizadas com discrição e moderação, as publicações no jornal e as cor-

respondências expedidas não representam infração ética, porém a veiculação do

anúncio no rádio viola o Código de Ética e Disciplina da OAB.

b) As três medidas de publicidade adotadas por Juliana e Patrícia violam o disposto

no Código de Ética e Disciplina da OAB, pois é vedado ao advogado anunciar seus

serviços profissionais de forma a alcançar uma coletividade de pessoas.

c) Apenas a expedição de correspondências contendo boletim informativo e co-

mentários à legislação configura violação ao previsto no Código de Ética e Disciplina

da OAB, já que é vedada a comunicação do advogado por correspondências, salvo

aquelas destinadas a informar os clientes de seus interesses.

d) Se realizadas com razoabilidade, nenhuma das medidas adotadas viola o Códi-

go de Ética e Disciplina da OAB, porque o advogado pode anunciar seus serviços

profissionais, individual ou coletivamente, desde que observadas moderação e dis-

crição quanto ao conteúdo, forma e dimensões.

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Letra a.

A publicidade profissional se afasta da mercantilização da profissão, da captação

de clientela e possui caráter meramente informativo, devendo primar pela

discrição e sobriedade (art. 39 do Código de Ética e Disciplina da OAB).

Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e material de escri-

tório de que se utilizar, o advogado fará constar seu nome, nome social ou o da

sociedade de advogados, o número ou os números de inscrição na OAB, de

acordo com o artigo 44 do CED-OAB. Da mesma forma, poderá ser indicado,

dentre outros, o endereço (art. 44, § 1º, do CED-OAB).

É admissível como forma de publicidade a divulgação de boletins, por meio

físico ou eletrônico, sobre matéria cultural de interesse dos advogados, desde que

sua circulação fique adstrita a clientes e a interessados do meio jurídico

(art. 45 do CED-OAB).

Porém, é vedada a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televi-

são (art. 40, inciso I, do CED-OAB).

Desse modo, as publicações no jornal e as correspondências expedidas por Juliana

e Patrícia não representam infração ética, se realizadas com discrição e moderação,

porém a veiculação do anúncio no rádio viola o Código de Ética e Disciplina da OAB.

b) Errada. Somente é vedada a veiculação da publicidade por meio de rádio, cine-

ma e televisão, nos termos do artigo 40, inciso I, do CED-OAB.

c) Errada. É admissível como forma de publicidade a divulgação de boletins, por

meio físico ou eletrônico, sobre matéria cultural de interesse dos advogados, desde

que sua circulação fique adstrita a clientes e a interessados do meio jurídico, nos

termos do artigo 45 do CED-OAB.

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d) Errada. A publicidade profissional se afasta da mercantilização da profissão, da

captação de clientela e possui caráter meramente informativo, devendo primar pela

discrição e sobriedade. Contudo, é vedada a veiculação da publicidade por meio de

rádio, cinema e televisão, nos termos do artigo 40, inciso I, do CED-OAB.

Questão 11    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DA OAB/2016) Florentino, advogado regularmente inscrito na OAB, além da advo-

cacia, passou a exercer também a profissão de corretor de imóveis, obtendo sua

inscrição no conselho pertinente. Em seguida, Florentino passou a divulgar suas

atividades, por meio de uma placa na porta de um de seus escritórios, com os di-

zeres: Florentino, advogado e corretor de imóveis.

Sobre o tema, assinale a afirmativa correta.

a) É vedado a Florentino exercer paralelamente a advocacia e a corretagem de

imóveis.

b) É permitido a Florentino exercer paralelamente a advocacia e a corretagem de

imóveis, desde que não sejam prestados os serviços de advocacia aos mesmos

clientes da outra atividade. Além disso, é permitida a utilização da placa emprega-

da, desde que seja discreta, sóbria e meramente informativa.

c) É permitido a Florentino exercer paralelamente a advocacia e a corretagem de

imóveis. Todavia, é vedado o emprego da aludida placa, ainda que discreta, sóbria

e meramente informativa.

d) É permitido a Florentino exercer paralelamente a advocacia e a corretagem de

imóveis, inclusive em favor dos mesmos clientes. Também é permitido empregar a

aludida placa, desde que seja discreta, sóbria e meramente informativa.

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Letra c.

De acordo com o artigo 1º, § 3º, do Estatuto da OAB é vedada a divulgação de

advocacia em conjunto com outra atividade. Ademais, é vedada como meio

de publicidade profissional a divulgação de serviços de advocacia juntamente

com a de outras atividades ou a indicação de vínculos entre uns e outras, con-

forme o artigo 40, inciso IV, do Código de Ética e Disciplina da OAB).

Sendo assim, é permitido a Florentino exercer paralelamente a advocacia e a

corretagem de imóveis. Todavia, é vedado o emprego da aludida placa, ainda

que discreta, sóbria e meramente informativa.

a) Errada. A vedação se restringe a divulgação e não ao exercício paralelo de outra

atividade, nos termos do artigo 1º, § 3º, do Estatuto da OAB c/c artigo 40, inciso

IV, do Código de Ética e Disciplina da OAB.

b) Errada. Não há limitação quanto aos clientes da atividade da advocacia e da

atividade desenvolvida paralelamente. Ademais, é vedado o emprego da aludida

placa, ainda que discreta, sóbria e meramente informativa, nos termos do artigo

1º, § 3º, do Estatuto da OAB c/c artigo 40, inciso IV, do Código de Ética e Disciplina

da OAB.

d) Errada. É vedado o emprego da aludida placa, ainda que discreta, sóbria e me-

ramente informativa, nos termos do artigo 1º, § 3º, do Estatuto da OAB c/c artigo

40, inciso IV, do Código de Ética e Disciplina da OAB.

Questão 12    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DA OAB/2016) Michael foi réu em um processo criminal, denunciado pela práti-

ca do delito de corrupção passiva. Sua defesa técnica no feito foi realizada pela

advogada Maria, que, para tanto, teve acesso a comprovantes de rendimentos e

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extratos da conta bancária de Michael. Tempos após o término do processo penal,

a ex-mulher de Michael ajuizou demanda, postulando, em face dele, a prestação

de alimentos. Ciente de que Maria conhecia os rendimentos de Michael, a autora

arrolou a advogada como testemunha.

Considerando o caso narrado e o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB,

assinale a afirmativa correta.

a) Maria deverá depor como testemunha, prestando compromisso de dizer a ver-

dade, e revelar tudo o que souber, mesmo que isto prejudique Michael, uma vez

que não é advogada dele no processo de natureza cível.

b) Maria deverá depor como testemunha, mesmo que isto prejudique Michael, uma

vez que não é advogada dele no processo de natureza cível, mas terá o direito e o

dever de se calar apenas quanto às informações acobertadas pelo sigilo bancário

de Michael.

c) Maria deverá recursar-se a depor como testemunha, exceto se Michael expres-

samente autorizá-la, caso em que deverá informar o que souber, mesmo que isto

prejudique Michael.

d) Maria deverá recursar-se a depor como testemunha, ainda que Michael expres-

samente lhe autorize ou solicite que revele o que sabe.

Letra d.

É direito do advogado se recusar a depor como testemunha em processo no

qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de

quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo cons-

tituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional (art. 7º, inciso XIX,

do Estatuto da OAB).

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No mesmo sentido, dispõe o artigo 38 do Código de Ética e Disciplina da OAB: “O

advogado não é obrigado a depor, em processo ou procedimento judicial, adminis-

trativo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional”.

O ordenamento jurídico processual nacional está em consonância com o direito do

advogado, conforme traz o Código de Processo Penal, em seu artigo 207, são

proibidas de depor as pessoas que em razão de profissão devam guardar

segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu tes-

temunho. O Código de Processo Civil traz que a parte não é obrigada a depor

sobre fatos a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo

(art. 388, inciso II).

Portanto, Maria deverá recursar-se a depor como testemunha, ainda que Michael

expressamente lhe autorize ou solicite que revele o que sabe.

a) Errada. Maria não é obrigada a depor como testemunha, sendo seu direito re-

cusar-se, nos termos do artigo 7º, inciso XIX, do Estatuto da OAB c/c artigo 38 do

Código de Ética e Disciplina da OAB.

b) Errada. Maria não é obrigada a depor como testemunha, sendo seu direito re-

cusar-se, nos termos do artigo 7º, inciso XIX, do Estatuto da OAB c/c artigo 38 do

Código de Ética e Disciplina da OAB.

c) Errada. O  sigilo profissional poderá ser afastado pela autorização concedida

pelo constituinte, ficando a critério do advogado o interesse em prestar ou não o

depoimento, nos termos do artigo 7º, inciso XIX, do Estatuto da OAB.

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Questão 13    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DA OAB/2015) Epitácio é defendido pelo advogado Anderson em processo relacio-

nado à dissolução de sua sociedade conjugal. Posteriormente, Epitácio vem a se

envolver em processo de natureza societária e contrata novo advogado especialista

na matéria. Designada audiência para a oitiva de testemunhas, a defesa de Epitácio

arrola como testemunha o advogado Anderson, diante do seu conhecimento de fa-

tos decorrentes do litígio de família, obtidos exclusivamente diante do seu exercício

profissional e relevantes para o desfecho do litígio empresarial.

Consoante o Estatuto da Advocacia, o advogado deve.

a) atuar como testemunha em qualquer situação.

b) depor, porém sem revelar fatos ligados ao sigilo profissional.

c) resguardar-se e requerer autorização escrita do cliente.

d) buscar suprimento judicial para depor em Juízo.

Letra b.

É direito do advogado se recusar a depor como testemunha em processo no

qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de

quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo cons-

tituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional (art. 7º, inciso XIX,

do Estatuto da OAB).

No mesmo sentido, dispõe o artigo 38 do Código de Ética e Disciplina da OAB: “O

advogado não é obrigado a depor, em processo ou procedimento judicial, adminis-

trativo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional”.

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O ordenamento jurídico processual nacional está em consonância com o direito do

advogado, conforme traz o Código de Processo Penal, em seu artigo 207, são

proibidas de depor as pessoas que em razão de profissão devam guardar

segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu tes-

temunho. O Código de Processo Civil traz que a parte não é obrigada a depor

sobre fatos a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo

(art. 388, inciso II).

Portanto, Anderson deverá depor, porém sem revelar fatos ligados ao sigilo profis-

sional.

a) Errada. Anderson não é obrigado a depor como testemunha, sendo seu direito

recusar-se, nos termos do artigo 7º, inciso XIX, do Estatuto da OAB c/c artigo 38

do Código de Ética e Disciplina da OAB.

c) Errada. O  sigilo profissional poderá ser afastado pela autorização concedida

pelo constituinte, ficando a critério do advogado o interesse em prestar ou não o

depoimento, nos termos do artigo 7º, inciso XIX, do Estatuto da OAB.

d) Errada. O ordenamento jurídico processual nacional está em consonância com

o direito do advogado de se recusar a prestar depoimento na condição de testemu-

nha, conforme traz o Código de Processo Penal, em seu artigo 207, e o Código de

Processo Civil, em seu artigo 388, inciso II.

Questão 14    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XVIII EXAME DE ORDEM UNIFICA-

DO DA OAB/2015) Os advogados criminalistas X e Y atuavam em diversas ações

penais e inquéritos em favor de um grupo de pessoas acusadas de pertencer a

determinada organização criminosa, supostamente destinada ao tráfico de drogas.

Ao perceber que não havia outros meios disponíveis para a obtenção de provas

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contra os investigados, o juiz, no âmbito de um dos inquéritos instaurados para

investigar o grupo, atendendo à representação da autoridade policial e conside-

rando manifestação favorável do Ministério Público, determinou o afastamento do

sigilo telefônico dos advogados constituídos nos autos dos aludidos procedimentos,

embora não houvesse indícios da prática de crimes por estes últimos. As conversas

entre os investigados e seus advogados, bem como aquelas havidas entre os advo-

gados X e Y, foram posteriormente usadas para fundamentar a denúncia oferecida

contra seus clientes.

Considerando-se a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.

a) A prova é lícita, pois não havia outro meio disponível para a obtenção de provas.

b) A prova é lícita, pois tratava-se de investigação de prática de crime cometido no

âmbito de organização criminosa.

c) Considerando que não havia outro meio disponível para a obtenção de provas,

bem como que se tratava de investigação de prática de crime cometido no âmbito

de organização criminosa, é ilícita a prova obtida a partir dos diálogos havidos en-

tre os advogados e seus clientes. É, no entanto, lícita a prova obtida a partir dos

diálogos havidos entre os advogados X e Y.

d) A prova é ilícita, uma vez que as comunicações telefônicas do advogado são

invioláveis quando disserem respeito ao exercício da profissão, bem como se não

houver indícios da prática de crime pelo advogado.

Letra d.

As relações entre advogado e cliente baseiam-se na confiança recíproca (art. 10 do

CED-OAB), de um lado o cliente deve esclarecer completamente os fatos ao advo-

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gado, por outro, o advogado tem o dever de guardar sigilos dos fatos de que

tome conhecimento no exercício da profissão (art. 35 do CED-AOB).

O sigilo profissional é de ordem pública e está previsto na Constituição Fede-

ral de 1988: “XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado

o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional”. Tal prerrogativa é

aplicável a todas as categorias profissionais.

As comunicações de qualquer natureza entre advogado e cliente presumem-se

confidenciais, independendo de solicitação de reserva pelo cliente. Associado a

isso, temos a inviolabilidade do escritório do advogado ou do local de traba-

lho, que abrange também seus instrumentos de trabalho, sejam seus arquivos

e dados, suas correspondências escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde

que relativas ao exercício da advocacia (art. 7º, inciso II, do Estatuto da OAB).

Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte

de advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da

inviolabilidade, em decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão,

específico e pormenorizado (§ 6º).

Desse modo, a prova obtida através da quebra do sigilo telefônico dos advo-

gados X e Y é ilícita, uma vez que as comunicações telefônicas do advogado são

invioláveis quando disserem respeito ao exercício da profissão, bem como se não

houver indícios da prática de crime pelo advogado.

a) Errada. A prova obtida através da quebra do sigilo telefônico dos advogados X

e Y é ilícita, uma vez que as comunicações telefônicas do advogado são invioláveis

quando disserem respeito ao exercício da profissão, bem como se não houver in-

dícios da prática de crime pelo advogado, nos termos dos artigos 35, do Código de

Ética e Disciplina da OAB c/c artigo 7º, inciso II, do Estatuto da OAB.

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b) Errada. A prova obtida através da quebra do sigilo telefônico dos advogados X

e Y é ilícita, uma vez que as comunicações telefônicas do advogado são invioláveis

quando disserem respeito ao exercício da profissão, bem como se não houver in-

dícios da prática de crime pelo advogado, nos termos dos artigos 35, do Código de

Ética e Disciplina da OAB c/c artigo 7º, inciso II, do Estatuto da OAB.

c) Errada. A prova obtida através da quebra do sigilo telefônico dos advogados X

e Y é ilícita, uma vez que as comunicações telefônicas do advogado são invioláveis

quando disserem respeito ao exercício da profissão. Além disso, mesmo que lícita o

Estatuto restringe o acesso aos dados referentes aos investigados, impedindo que

intimidade profissional do advogado seja completamente violada.

Questão 15    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XVII EXAME DE ORDEM UNIFICA-

DO DA OAB/2015) O advogado Nelson, após estabelecer seu escritório em local

estratégico nas proximidades dos prédios que abrigam os órgãos judiciários repre-

sentantes de todas as esferas da Justiça, resolve publicar anúncio em que, além

dos seus títulos acadêmicos, expõe a sua vasta experiência profissional, indicando

os vários cargos governamentais ocupados, inclusive o de Ministro de prestigiada

área social.

Nos termos do Código de Ética da Advocacia, assinale a afirmativa correta.

a) O anúncio está adequado aos termos do Código, pois indica os títulos acadêmi-

cos e a experiência profissional.

b) O anúncio está adequado aos termos do Código, por não conter adjetivações ou

referências elogiosas ao profissional.

c) O anúncio colide com as normas do Código, pois a referência a títulos acadêmi-

cos é vedada por indicar a possibilidade de captação de clientela.

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d) O anúncio colide com as normas do Código, que proíbem a referência a cargos

públicos capazes de gerar captação de clientela.

Letra d.

Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e material de escritório

de que se utilizar, o advogado fará constar seu nome, nome social ou o da socieda-

de de advogados, o número ou os números de inscrição na OAB (art. 44 do CED-O-

AB). Poderão ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e as

distinções honoríficas relacionadas à vida profissional, bem como as instituições ju-

rídicas de que faça parte, e as especialidades a que se dedicar, o endereço, e-mail,

site, página eletrônica, QR code, logotipo e a fotografia do escritório, o horário de

atendimento e os idiomas em que o cliente poderá ser atendido (art. 44, § 1º, do

CED-OAB). É vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões

de visitas do advogado, bem como menção a qualquer emprego, cargo ou fun-

ção ocupado, atual ou pretérito, em qualquer órgão ou instituição, salvo o

de professor universitário (art. 44, § 2º, do CED-OAB).

O anúncio promovido pelo advogado Nelson colide com as normas do Código, que

proíbem a referência a cargos públicos capazes de gerar captação de clientela.

a) Errada. O anúncio promovido pelo advogado Nelson colide com as normas do

Código, que em que pese permitirem a referência aos títulos acadêmicos, veda

menção a qualquer emprego, cargo ou função ocupado, atual ou pretérito, em

qualquer órgão ou instituição, salvo o de professor universitário, nos termos do

artigo 44, caput e § 2º, do Código Ética e Disciplina da OAB.

b) Errada. Por mais que o anúncio promovido pelo advogado Nelson não contenha

adjetivações ou referências elogiosas, colide com as normas do Código de Ética e

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Disciplina da OAB, que veda expressamente a menção a qualquer emprego, cargo

ou função ocupado, atual ou pretérito, em qualquer órgão ou instituição, nos ter-

mos do artigo 44, § 2º, do Código Ética e Disciplina da OAB.

c) Errada. Poderão ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e as

distinções honoríficas relacionadas à vida profissional, bem como as instituições ju-

rídicas de que faça parte, e as especialidades a que se dedicar, o endereço, e-mail,

site, página eletrônica, QR code, logotipo e a fotografia do escritório, o horário de

atendimento e os idiomas em que o cliente poderá ser atendido, nos termos do

artigo 44, § 1º, do Código Ética e Disciplina da OAB.

Questão 16    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DA OAB/2014) Andrea e Luciano trocam missivas intermitentes, cujo conteúdo diz

respeito a processo judicial em que a primeira é autora, e o segundo, seu advoga-

do. A parte contrária, ciente da troca de informações entre eles, requer ao Juízo

que esses documentos sejam anexados aos autos do processo em que litigam.

Sob a perspectiva do Código de Ética e Disciplina da Advocacia, as comunicações

epistolares trocadas entre advogado e cliente

a) constituem documentos públicos a servirem como prova em Juízo.

b) são presumidas confidenciais, não podendo ser reveladas a terceiros.

c) podem ser publicizadas, de acordo com a prudência do advogado.

d) devem ser mantidas em sigilo até o perecimento do advogado.

Letra b.

O sigilo profissional é de ordem pública e está previsto na Constituição Federal

de 1988: “XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo

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da fonte, quando necessário ao exercício profissional”. Tal prerrogativa não está

limitada aos advogados, já que aplicável a todas as categorias profissionais. As co-

municações de qualquer natureza entre advogado e cliente presumem-se

confidenciais, independendo de solicitação de reserva pelo cliente, de acordo com

o artigo 36 do Código de Ética e Disciplina da OAB.

a) Errada. As comunicações de qualquer natureza entre advogado e cliente pre-

sumem-se confidenciais, independendo de solicitação de reserva pelo cliente, de

acordo com o artigo 36 do Código de Ética e Disciplina da OAB.

c) Errada. O advogado tem o dever de guardar sigilos dos fatos de que tome co-

nhecimento no exercício da profissão, nos termos do artigo 35 do Código de Ética

e Disciplina da AOB.

d) Errada. O advogado tem o dever de guardar sigilos dos fatos de que tome co-

nhecimento no exercício da profissão, assim como as comunicações de qualquer

natureza entre advogado e cliente presumem-se confidenciais, independendo de

solicitação de reserva pelo cliente, nos termos dos artigos 35 e 36 do Código de

Ética e Disciplina da AOB.

Questão 17    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XIII EXAME DE ORDEM UNIFICA-

DO DA OAB/2014) A advogada Maria Vivian procura apresentar os seus serviços

profissionais como de excelente qualidade, utilizando a estratégia aprendida em

tempos em que atuava no teatro, quando finalizava a peça pedindo indicação aos

amigos, se tivesse aprovado o espetáculo e, caso negativo, indicasse aos inimigos.

A par disso, organiza um sistema sofisticado de divulgação de material de propa-

ganda, informando o número de vitórias obtido em várias causas com temas pró-

prios das causas de massa.

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Nos termos do Código de Ética da Advocacia, o advogado não pode

a) realizar propaganda, mesmo moderada, da sua atividade.

b) ofertar serviços profissionais que impliquem exposição de clientela.

c) apresentar o seu currículo profissional em público.

d) distribuir cartões de visita com seu endereço profissional.

Letra b.

No âmbito da publicidade profissional é vedado ao advogado divulgar ou deixar

que sejam divulgadas listas de clientes e demandas, conforme traz o artigo

42, inciso IV, do Código de Ética e Disciplina da OAB. Portanto, a advogada Maria

Vivian não pode ofertar serviços profissionais que impliquem exposição de

clientela.

a) Errada. A  publicidade profissional se afasta da mercantilização da profissão,

da captação de clientela e possui caráter meramente informativo, devendo primar

pela discrição e sobriedade, nos termos do artigo 39 do Código de Ética e Disciplina

da OAB.
c) Errada. A  publicidade profissional se afasta da mercantilização da profissão,
da captação de clientela e possui caráter meramente informativo, devendo primar
pela discrição e sobriedade, nos termos do artigo 39 do Código de Ética e Disciplina
da OAB.
d) Errada. Na publicidade profissional dos cartões de visita o advogado fará cons-
tar seu nome, nome social ou o da sociedade de advogados, o número ou os nú-
meros de inscrição na OAB. Poderão ser referidos, dentre outros, o endereço, nos
termos do artigo 44, caput e § 1º, do Código de Ética e Disciplina da OAB.

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Questão 18    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO


DA OAB/2014) Mara é advogada atuante, tendo especialização na área cível. Pro-
curada por um cliente da área empresarial, ela aceita o mandato. Ocorre que seu
cliente possui, em sua empresa, um departamento jurídico com numerosos advo-
gados e um gerente. Por indicação deles, o cliente determina que Mara inclua, no
mandato que lhe foi conferido, os advogados da empresa, para atuação conjunta.
Com base no caso apresentado, observadas as regras do Estatuto da OAB e do Có-
digo de Ética e Disciplina da OAB, assinale a opção correta.
a) A advogada deve aceitar a imposição do cliente por ser inerente ao mandato.
b) A advogada deve aceitar a indicação de um advogado para atuar conjuntamente
no processo.
c) A advogada deve acolher o comando, por ser natural na vida forense a colabo-
ração.
d) A advogada não é obrigada a aceitar a imposição de seu cliente no caso.

Letra d.
A ética do advogado é a ética da parcialidade, ao contrário da ética do juiz, que
é a da isenção. Contudo, não pode o advogado cobrir com o manto ético qual-

quer interesse do cliente, cabendo-lhe recursar o patrocínio que viole sua

independência ou a ética profissional. Não há justificativa ética, salvo no cam-

po da defesa criminal, para a cegueira dos valores diante da defesa de interesses

sabidamente aéticos ou de origem ilícita. A recusa, nesses casos, é um imperativo

que engrandece o advogado (Paulo Lobo – Comentários ao Estatuto da Advocacia

e da OAB – 2017).

Ao tempo em que o Estatuto exige do advogado a observância de preceitos éticos,

lhe assegura a independência funcional, que é um dos pilares das prerrogativas

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do advogado. Logo, o advogado não se sujeita à imposição do cliente que

pretenda ver com ele atuando outros advogados, nem fica na contingência

de aceitar a indicação de outro profissional para com ele trabalhar no pro-

cesso, conforme o artigo 24 do Código de Ética e Disciplina da OAB.

a) Errada. O advogado não se sujeita à imposição do cliente que pretenda ver com

ele atuando outros advogados, nem fica na contingência de aceitar a indicação de

outro profissional para com ele trabalhar no processo, nos termos do artigo 24 do

Código de Ética e Disciplina da OAB.

b) Errada. O advogado não se sujeita à imposição do cliente que pretenda ver com

ele atuando outros advogados, nem fica na contingência de aceitar a indicação de

outro profissional para com ele trabalhar no processo, nos termos do artigo 24 do

Código de Ética e Disciplina da OAB.

c) Errada. O advogado não se sujeita à imposição do cliente que pretenda ver com

ele atuando outros advogados, nem fica na contingência de aceitar a indicação de

outro profissional para com ele trabalhar no processo, nos termos do artigo 24 do

Código de Ética e Disciplina da OAB.

Questão 19    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DA OAB/2013) José é advogado de João em processo judicial que este promove

contra Matheus. Encantado com as sucessivas campanhas de conciliação, busca

obter o apoio do réu para um acordo, sem consultar previamente o patrono da par-

te contrária, Valter.

Nos termos do Código de Ética, deve o advogado

a) buscar a conciliação a qualquer preço por ser um objetivo da moderna Jurisdi-

ção.

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b) abster-se de entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono

constituído, sem o assentimento deste.

c) entender-se com as partes na presença de autoridade sem necessidade de co-

municação ao ex adverso.

d) participar de campanhas de conciliação e, caso infrutíferas, tentar o acordo ex-

trajudicial diretamente com a parte contrária.

Letra b.

O Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil ao estabele-

cer os princípios fundamentais da ética do advogado instituiu, dentre os deveres,

a obrigação de estimular, a qualquer tempo, a conciliação e a mediação entre

os litigantes, prevenindo, sempre que possível, a instauração de litígios, conforme

determina o artigo 2º, inciso VI, do Código de Ética da OAB. Todavia, é também

dever do advogado abster-se de entender-se diretamente com a parte ad-

versa que tenha patrono constituído, sem o assentimento deste (art. 2º,

inciso VIII, alínea d, do CED-OAB).

Assim sendo, em que pese regular as tentativas sucessivas de Valter em promover

a conciliação entre as partes, deve o advogado abster-se de entender-se direta-

mente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o assentimento

deste.

a) Errada. Apesar de ser um dever do advogado estimular, a qualquer tempo,

a conciliação e a mediação entre os litigantes, prevenindo, sempre que possível,

a instauração de litígios, esta não poderá ocorrer a qualquer custo, nos termos do

artigo 2º, inciso VI, do Código de Ética da OAB.

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c) Errada. O advogado deve abster-se de entender-se diretamente com a parte

adversa que tenha patrono constituído, sem o assentimento deste, nos termos do

artigo 2º, inciso VIII, alínea d, do CED-OAB.

d) Errada. em que pese regular as tentativas sucessivas de Valter em promover a

conciliação entre as partes, deve o advogado abster-se de entender-se diretamente

com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o assentimento deste, nos

termos do artigo 2º, incisos VI e VIII, alínea d, do CED-OAB.

Questão 20    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XIII EXAME DE ORDEM UNIFICA-

DO DA OAB/2014) Valdir representa os interesses de André em ação de divórcio

em que estão em discussão diversas questões relevantes, inclusive de cunho finan-

ceiro, como, por exemplo, o pensionamento e a partilha de bens. Irritado com as

exigências de sua ex-esposa, André revela a Valdir que pretende contratar alguém

para assassiná-la.

Deve Valdir por seu cliente às autoridades comunicar o segredo revelado compe-

tentes?

a) Valdir não pode revelar o segredo que lhe foi confiado por André, pois o advo-

gado deve sempre guardar sigilo sobre o que saiba em razão do seu ofício.

b) Valdir poderia revelar o segredo que lhe foi confiado por André, mas apenas no

caso de ser intimado como testemunha em ação penal eventualmente deflagrada

para a apuração do homicídio que viesse a ser efetivamente praticado.

c) Valdir pode revelar o segredo que lhe foi confiado por André, em razão de estar

a vida da ex-esposa deste último em risco.

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d) Valdir não pode revelar o segredo que lhe foi confiado por André, mas tem

obrigação legal de impedir que o homicídio seja praticado, sob pena de se tornar

partícipe do crime.

Letra c.

Violar o sigilo profissional, sem justa causa, constitui infração disciplinar prevista

no artigo 34, inciso VII, do Estatuto da OAB, punível com censura (art. 36, inciso

I). Entretanto, a justa causa afasta o cometimento de infração disciplinar e

o crime de violação de segredo profissional. O sigilo profissional cederá em

face de circunstâncias excepcionais que configurem justa causa, como nos ca-

sos de grave ameaça ao direito à vida e à honra ou que envolvam defesa própria

do advogado (art. 37 do CED-OAB), como é o caso trazido na questão, uma vez que

André revela a Valdir que pretende contratar alguém para assassinar sua ex-espo-

sa. Assim, a fim de resguardar a vida da ex-esposa de Valdir, André pode revelar o

segredo que lhe foi confiado.

a) Errada. Em circunstancias excepcionais que configurem justa causa, poderá o

advogado quebrar o sigilo profissional, como ocorre nos casos de grave ameaça ao

direito à vida e à honra ou que envolvam defesa própria do advogado, nos termos

do artigo 37 do Código de Ética e Disciplina da OAB.

b) Errada. Não é necessária a intimação do advogado como testemunha para que

possa violar o sigilo profissional, já que não seria lógico aguardar o cometimento

do crime. Dessa forma, quando informada a intenção em contratar alguém para

assassinar a ex-esposa, André deverá comunicar às autoridades competentes.

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d) Errada. O dever do advogado consiste em comunicar às autoridades compe-

tentes a intenção de seu cliente em cometer um delito diante da grave ameaça ao

direito à vida.

Questão 21    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XIV EXAME DE ORDEM UNIFICA-

DO DA OAB/2014) A advogada Ana integrou o departamento jurídico da empresa

XYZ Ltda. e, portanto, participava de reuniões internas, com sócios e diretores,

e externas, com clientes e fornecedores, tendo acesso a todos os documentos da

sociedade, inclusive aos de natureza contábil, conhecendo assim, diversos fatos e

informações relevantes sobre a empresa.

Alguns anos após ter deixado os quadros da XYZ Ltda., Ana recebeu intimação para

comparecer a determinada audiência e a prestar depoimento, como testemunha

arrolada pela defesa, no âmbito de ação penal em que um dos sócios da empresa

figurava como acusado do crime de sonegação fiscal. Ao comparecer à audiência,

Ana afirmou que não prestaria depoimento sobre os fatos dos quais tomou conhe-

cimento enquanto integrava o jurídico da XYZ Ltda.

O magistrado que presidia o ato ressaltou que seu depoimento havia sido solicitado

pelo próprio sócio da empresa, que a estaria, portanto, desobrigando do dever de

guardar sigilo.

Sobre a questão apresentada, observadas as regras do Estatuto da OAB e do Códi-

go de Ética e Disciplina da OAB, assinale a opção correta.

a) Ana terá o dever de depor, pois o bem jurídico administração da justiça é mais

relevante do que o bem jurídico inviolabilidade dos segredos.

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b) Ana terá o dever de depor, pois foi desobrigada por seu ex- cliente do dever de

guardar sigilo sobre os fatos de que tomou conhecimento quando atuou como ad-

vogada da XYZ Ltda.

c) Ana terá o dever de depor, pois não integra mais o departamento jurídico da

empresa XYZ Ltda., tendo cessado, portanto, seu dever de guardar sigilo.

d) Ana não terá o dever de depor, pois o advogado tem o direito de se recusar a

depor, como testemunha, sobre fato relacionado à pessoa de quem foi ou seja ad-

vogado, mesmo quando solicitado pelo cliente.

Letra d.

É direito do advogado se recusar a depor como testemunha em processo no

qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de

quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo

constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional (art. 7º, inciso

XIX, do Estatuto da OAB).

No mesmo sentido, dispõe o artigo 38 do Código de Ética e Disciplina da OAB: “O

advogado não é obrigado a depor, em processo ou procedimento judicial, adminis-

trativo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional”.

O ordenamento jurídico processual nacional está em consonância com o direito do

advogado, conforme traz o Código de Processo Penal, em seu artigo 207, são

proibidas de depor as pessoas que em razão de profissão devam guardar

segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu tes-

temunho. O Código de Processo Civil traz que a parte não é obrigada a depor

sobre fatos a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo

(art. 388, inciso II).

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Posto isso, Ana não terá o dever de depor, pois o advogado tem o direito de se re-

cusar a depor, como testemunha, sobre fato relacionado à pessoa de quem foi ou

seja advogado, mesmo quando solicitado pelo cliente.

a) Errada. O direito de se recusar a depor conferido ao advogado não é absoluto.

Todavia, o Código de Ética e Disciplina da OAB traz as circunstâncias excepcionais

que configuram justa causa para a quebra do sigilo profissional, quais sejam: grave

ameaça ao direito à vida e à honra ou que envolvam defesa própria do advogado,

nos termos do artigo 37, do Código de Ética e Disciplina da OAB. O sigilo profis-

sional poderá ser afastado pela autorização concedida pelo constituinte, ficando a

critério do advogado o interesse em prestar ou não o depoimento, nos termos do

artigo 7º, inciso XIX, do Estatuto da OAB. Sendo assim, não há o que se falar em

relevância do bem jurídico administração da justiça.

b) Errada. O  sigilo profissional poderá ser afastado pela autorização concedida

pelo constituinte, ficando a critério do advogado o interesse em prestar ou não o

depoimento, nos termos do artigo 7º, inciso XIX, do Estatuto da OAB.

c) Errada. O dever de guardar sigilo não finda com o encerramento da prestação

de serviços pelo advogado. Por mais que o advogado deixe de prestar serviços a

determinado cliente não poderá valer-se das informações por ele repassadas, seja

em proveito próprio ou alheio, sob pena de violar o sigilo profissional, considerando

que apenas tomou conhecimento dos fatos por meio da sua relação de confiança

estabelecida com o constituinte.

Questão 22    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DA OAB/2012) Daniel, advogado, resolve divulgar seus trabalhos contratando em-

presa de propaganda e marketing. Esta lhe apresenta um plano de ação, que inclui

a contratação de jovens, homens e mulheres, para a distribuição de prospectos

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de propaganda do escritório, coloridos, indicando as especialidades de atuação e

apresentando determinados temas que seriam considerados acessíveis à multidão

de interessados. O projeto é realizado.

Em relação a tal projeto, consoante as normas aplicáveis aos advogados, é correto

afirmar que

a) a moderna advocacia assume características empresariais e permite publicidade

como a apresentada.

b) atividades moderadas como as sugeridas são admissíveis.

c) desde que autorizada pela OAB, a propaganda pode ser realizada.

d) existem restrições éticas à propaganda da advocacia, entre as quais as referidas

no texto.

Letra d.

A atividade desempenhada pelo advogado não pode ser vista sob a ótica de ativi-

dade exclusivamente econômica. Devemos lembrar que o advogado, por mais

que se utilize da advocacia como meio de garantir frutos para sua subsistência, no

seu ministério privado presta serviço público e exerce função social. O exer-

cício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de mercantilização

(art. 5º do CED-OAB), sendo vedado o oferecimento de serviços profissio-

nais que implique, direta ou indiretamente, em angariar clientela (art. 7º

do CED-OAB).

Considerando a proibição de utilizar os meios comuns de publicidade empresarial,

é vedado como meio de publicidade profissional a distribuição de panfletos

ou formas assemelhadas de publicidade, com o intuito de captação de clientela,

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de acordo com o que dispõe o artigo 40, inciso VI, do Código de Ética e Disciplina

da OAB.

a) Errada. O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de

mercantilização (art. 5º do CED-OAB), sendo vedado o oferecimento de serviços

profissionais que implique, direta ou indiretamente, em angariar clientela (art. 7º

do CED-OAB).

b) Errada. É vedado como meio de publicidade profissional a distribuição de pan-

fletos ou formas assemelhadas de publicidade, com o intuito de captação de clien-

tela, nos termos do artigo 40, inciso VI, do Código de Ética e Disciplina da OAB.

c) Errada. A vedação da distribuição de panfletos ou a utilização de formas asse-

melhadas de publicidade são imposição que devem ser observadas por todos os

advogados, independentemente de autorização ou não da OAB.

Questão 23    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

DA OAB/2012) Mévio, advogado, é procurado por Eulâmpia, que realiza consulta

sobre determinado tema jurídico. Alguns meses depois, o advogado recebe uma

intimação para prestar depoimento como testemunha em processo no qual Eulâm-

pia é ré, pelos fatos relatados por ela em consulta profissional. No concernente ao

tema, à luz das normas estatutárias, é correto afirmar que

a) o advogado deve comparecer ao ato e prestar depoimento como testemunha

dos fatos.

b) é caso de recusa justificada ao depoimento por ter tido o advogado ciência dos

fatos em virtude do exercício da profissão.

c) a simples consulta jurídica não é privativa de advogado, equiparada a mero

aconselhamento protocolar.

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d) o advogado poderá prestar o depoimento, mesmo contra sua vontade, desde

que autorizado pelo cliente.

Letra b.

Observe que a banca examinadora cobra com frequência os mesmos temas. Eu sei

que pode parecer repetitivo, mas a melhor forma de memorizar é lendo integral-

mente o assunto tratado, compreendendo todo o contexto da questão, para fixar o

conteúdo e também garantir a questão caso a banca resolva alterar algum detalhe.

Portanto, como já mencionei...

É direito do advogado se recusar a depor como testemunha em processo no

qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de

quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo

constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional (art. 7º, inciso

XIX, do Estatuto da OAB).

No mesmo sentido, dispõe o artigo 38 do Código de Ética e Disciplina da OAB: “O

advogado não é obrigado a depor, em processo ou procedimento judicial, adminis-

trativo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional”.

O ordenamento jurídico processual nacional está em consonância com o direito do

advogado, conforme traz o Código de Processo Penal, em seu artigo 207, são

proibidas de depor as pessoas que em razão de profissão devam guardar

segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu tes-

temunho. O Código de Processo Civil traz que a parte não é obrigada a depor

sobre fatos a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo

(art. 388, inciso II).

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Posto isso, Mévio não terá o dever de depor, pois o advogado tem o direito de se

recusar a depor, como testemunha, sobre fato que teve ciência em virtude do exer-

cício da profissão.

a) Errada. Mévio não é obrigado a depor na condição de testemunha, sendo seu

direito recusar-se, nos termos do artigo 7º, inciso XIX, do Estatuto da OAB c/c ar-

tigo 38 do Código de Ética e Disciplina da OAB.

c) Errada. De acordo com o art. 1º, inciso II, do Estatuto da OAB a atividade de

consultoria jurídica é atividade privativa da advocacia.

d) Errada. O  sigilo profissional poderá ser afastado pela autorização concedida

pelo constituinte, ficando a critério do advogado o interesse em prestar ou não o

depoimento, nos termos do artigo 7º, inciso XIX, do Estatuto da OAB.

Questão 24    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXVIII EXAME DE ORDEM UNIFI-

CADO OAB/2019) A advogada Leia Santos confeccionou cartões de visita para sua

apresentação e de seu escritório. Nos cartões, constava seu nome, número de ins-

crição na OAB, bem como o site do escritório na Internet e um QR code para que

o cliente possa obter informações sobre o escritório. Já o advogado Lucas Souza

elaborou cartões de visita que, além do seu nome e número de inscrição na OAB,

apresentam um logotipo discreto e a fotografia do escritório.

Considerando as situações descritas e o disposto no Código de Ética e Disciplina da

OAB, assinale a afirmativa correta.

a) Leia e Lucas cometeram infrações éticas, pois inseriram elementos vedados pelo

Código de Ética e Disciplina da OAB nos cartões de apresentação.

b) Nenhum dos advogados cometeu infração ética, pois os elementos inseridos por

ambos nos cartões de apresentação são autorizados.

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c) Apenas Leia cometeu infração ética, pois inseriu elementos vedados pelo Código

de Ética e Disciplina da OAB nos cartões de apresentação. Os elementos emprega-

dos por Lucas são autorizados.

d) Apenas Lucas cometeu infração ética, pois inseriu elementos vedados pelo Có-

digo de Ética e Disciplina da OAB nos cartões de apresentação. Os elementos em-

pregados por Leia são autorizados.

Letra b.

De acordo com o artigo 44 do Código de Ética e Disciplina da OAB, na publicida-

de profissional que promover ou nos cartões e material de escritório de que se

utilizar, o advogado fará constar seu nome, nome social ou o da sociedade de

advogados, o número ou os números de inscrição na OAB.

Poderão ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e as distinções

honoríficas relacionadas à vida profissional, bem como as instituições jurídicas

de que faça parte, e as especialidades a que se dedicar, o endereço, e-mail,

site, página eletrônica, QR code, logotipo e a fotografia do escritório, o ho-

rário de atendimento e os idiomas em que o cliente poderá ser atendido, sendo

vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões de visitas

do advogado, bem como menção a qualquer emprego, cargo ou função ocu-

pado, atual ou pretérito, em qualquer órgão ou instituição, salvo o de pro-

fessor universitário (art. 44, §§ 1º e 2 º, do CED-OAB).

Dessa forma, tendo em vista as regras que tratam da publicidade foram observadas

e os elementos inseridos por ambos nos cartões de apresentação são autorizados,

nenhum dos advogados cometeu infração ética.

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Questão 25    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXII EXAME DE ORDEM UNIFICA-

DO OAB/2017) Juliana, advogada, foi empregada da sociedade empresária OPQ

Cosméticos e, em razão da sua atuação na área tributária, tomou conhecimento de

informações estratégicas da empresa. Muitos anos depois de ter deixado de tra-

balhar na empresa, foi procurada por Cristina, consumidora que pretendia ajuizar

ação cível em face da OPQ Cosméticos por danos causados pelo uso de um de seus

produtos. Juliana, aceitando a causa, utiliza-se das informações estratégicas que

adquirira como argumento de reforço, com a finalidade de aumentar a probabilida-

de de êxito da demanda. Considerando essa situação, segundo o Estatuto da OAB

e o Código de Ética e Disciplina da OAB, assinale a afirmativa correta.

a) Juliana não pode advogar contra a sociedade empresária OPQ Cosméticos, tam-

pouco se utilizar das informações estratégicas a que teve acesso quando foi em-

pregada da empresa.

b) Juliana pode advogar contra a sociedade empresária OPQ Cosméticos, mas não

pode se utilizar das informações estratégicas a que teve acesso quando foi empre-

gada da empresa.

c) Juliana pode advogar contra a sociedade empresária OPQ Cosméticos e pode se

utilizar das informações estratégicas a que teve acesso quando foi empregada da

empresa.

d) Juliana não pode advogar contra a sociedade empresária OPQ Cosméticos, mas

pode repassar as informações estratégicas a que teve acesso quando foi emprega-

da da empresa, a fim de que sejam utilizadas por terceiro que patrocine a causa

de Cristina.

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Letra b.

As comunicações de qualquer natureza entre advogado e cliente presumem-se

confidenciais, independendo de solicitação de reserva pelo cliente (art. 36 do

CED-OAB).

De acordo com o artigo 21 do Código de Ética e Disciplina da OAB, o advogado,

ao postular em nome de terceiros, contra ex-cliente ou ex-empregador, judicial

e extrajudicialmente, deve resguardar o sigilo profissional.

Dessa forma, por mais que o advogado deixe de prestar serviços a determinado

cliente não poderá valer-se das informações por ele repassadas, seja em

proveito próprio ou alheio, sob pena de violar o sigilo profissional, considerando

que apenas tomou conhecimento dos fatos por meio da sua relação de con-

fiança estabelecida com o constituinte.

a) Errada. Juliana pode advogar contra a sociedade empresária OPQ Cosméticos,

mas não pode se utilizar das informações obtidas enquanto advogada da empresa.

c) Errada. Juliana não pode se utilizar das informações obtidas enquanto advoga-

da da empresa.

d) Errada. Juliana pode advogar contra a sociedade empresária OPQ Cosméticos,

mas não pode repassar as informações obtidas enquanto advogada da empresa,

mesmo que para terceiro que patrocine a causa de Cristina.

Questão 26    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2016) Pedro é advogado empregado da sociedade empresária FJ. Em recla-

mação trabalhista proposta por Tiago em face da FJ, é designada audiência para

data na qual os demais empregados da empresa estarão em outro Estado, partici-

pando de um congresso.

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Assim, no dia da audiência designada, Pedro se apresenta como preposto da recla-

mada, na condição de empregado da empresa, e advogado com procuração para

patrocinar a causa.

Nesse contexto,

a) Pedro pode funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e

preposto do empregador, em qualquer hipótese.

b) Pedro pode funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e

preposto do empregador, pois não há outro empregado disponível na data da au-

diência.

c) Pedro pode funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e

preposto do empregador, em qualquer hipótese, desde que essa circunstância seja

previamente comunicada ao juízo e ao reclamante.

d) Pedro não pode funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patro-

no e preposto do empregador ou cliente.

Letra d.

De acordo com o artigo 25 do Código de Ética e Disciplina da OAB, é defeso (PROI-

BIDO) ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como pa-

trono e preposto do empregador ou cliente.

Questão 27    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2016) José, bacharel em Direito, constitui Cesar, advogado, como seu procu-

rador para atuar em demanda a ser proposta em face de Natália.

Ajuizada a demanda, após o pedido de tutela provisória ter sido indeferido, José

orienta César a opor Embargos de Declaração, embora não vislumbre omissão,

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contradição ou obscuridade na decisão, tampouco erro material a corrigir. César,

porém, acredita que a medida mais adequada é a interposição de Agravo de Instru-

mento, pois entende que a decisão poderá ser revista pelo tribunal, facultando-se,

ainda, ao juízo de primeira instância reformar sua decisão.

Diante da divergência, assinale a opção que indica o posicionamento correto.

a) César deverá, em qualquer hipótese, seguir a orientação de José, que é parte

na demanda e possui formação jurídica.

b) César deverá esclarecer José quanto à sua estratégia, mas subordinar-se, ao fi-

nal, à orientação deste, pois no exercício do mandato atua como patrono da parte.

c) César deverá imprimir a orientação que lhe pareça mais adequada à causa, sem

se subordinar à orientação de José, mas procurando esclarecê-lo quanto à sua es-

tratégia.

d) César deverá imprimir a orientação que lhe pareça mais adequada à causa, sem

se subordinar à orientação de José, e sem procurar esclarecê-lo quanto à sua es-

tratégia, pois, no seu ministério privado, presta serviço público.

Letra c.

De acordo com o artigo 11 do Código de Ética e Disciplina da OAB, ao atuar como

patrono da parte, no exercício do mandato, o advogado deverá imprimir à causa

orientação que lhe pareça mais adequada, sem se subordinar a intenções

contrárias do cliente, mas, antes, procurando esclarecê-lo quanto à estratégia

traçada.

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Questão 28    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2016) Maria Clara contratou o advogado Benjamim para sua defesa em um

processo criminal, no qual figura como ré. Após reuniões destinadas a estruturar a

defesa técnica de Maria Clara, Benjamim percebe que a cliente não demonstra ple-

na confiança no patrono, deixando de revelar fatos importantes para a sua atuação

em juízo.

Diante dessas circunstâncias, é recomendável que Benjamim

a) mantenha-se no patrocínio da causa, pois constitui dever do advogado assumir

a defesa criminal, sem considerar sua própria opinião sobre a culpa do acusado e

independentemente de saber a verdade real sobre os fatos ocorridos.

b) externe à cliente sua impressão, solicitando que ela lhe revele os fatos neces-

sários à sua defesa. Caso não seja estabelecida a confiança, Benjamim poderá

renunciar ao mandato, sendo vedado que este o substabeleça a outrem, uma vez

que a quebra da confiança com o substabelecente contamina a relação com o subs-

tabelecido.

c) renuncie desde logo ao mandato, pois as relações entre advogado e cliente ba-

seiam-se na confiança recíproca e o profissional não deve perquirir junto ao acusa-

do a verdade real sobre os fatos que lhe são imputados.

d) externe à cliente sua impressão, solicitando que ela lhe revele os fatos neces-

sários à sua defesa. Caso não seja estabelecida a confiança, Benjamim poderá re-

nunciar ao mandato ou promover o substabelecimento a outrem.

Letra d.

As relações entre advogado e cliente devem se basear na confiança recíproca.

Caso o advogado sinta que essa confiança lhe falta, o Código de Ética recomenda

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que externe sua impressão ao seu cliente e, não se dissipando as dúvidas exis-

tentes, promova, em seguida, o substabelecimento do mandato ou a ele renun-

cie, nos termos do artigo 10 do Código de Ética e Disciplina da OAB.

a) Errada. De fato é direito e dever do advogado assumir a defesa criminal,

sem considerar sua própria opinião sobre a culpa do acusado, uma vez que não

há causa criminal indigna de defesa, cumprindo ao advogado agir no sentido

de que a todos seja concedido tratamento condizente com a dignidade da pessoa

humana, sob a égide das garantias constitucionais (art. 23 do CED-OAB). Todavia,

as relações entre advogado e cliente devem se basear na confiança recíproca.

b) Errada. O advogado poderá, casso as dúvidas existentes não se dissipem, pro-

mover o substabelecimento do mandato.

c) Errada. Antes de renunciar o advogado deve externar sua impressão ao seu

cliente e, não se dissipando as dúvidas existentes, poderá substabelecer o man-

dato.

Questão 29    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XV EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2014) Fátima é advogada de Carla em processo proposto em face da empresa

LL Serviços Anônimos, por contrato não cumprido. Posteriormente, Fátima patro-

cina os interesses de Leonídio em ação de responsabilidade civil, apresentada em

face de Ovídio. Pelos descaminhos do destino, Carla e Leonídio estabelecem socie-

dade que, dois anos após a sua constituição, vem a ser dissolvida. Com os ânimos

exaltados, Carla e Leonídio procuram sua advogada de confiança, Fátima, diante

dos serviços de qualidade prestados anteriormente. Com sua rara habilidade per-

suasiva, a advogada consegue compor os interesses em conflito.

Sobre o caso apresentado, observadas as regras do Estatuto da OAB e do Código

de Ética e Disciplina da OAB, assinale a opção correta.

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a) A advogada deveria optar por um dos clientes na primeira consulta.

b) O litígio envolve interesses irremediavelmente conflitantes, o que exige a opção

do advogado

c) A conciliação purga o confronto de interesses entre os clientes da advogada.

d) O eventual acordo entre os litigantes, no caso, deveria ser feito por outro ad-

vogado.

Letra c.

O artigo 20 do Código de Ética e Disciplina da OAB determina ao advogado que so-

brevindo conflito de interesses entre seus constituintes e NÃO CONSEGUINDO

HARMONIZÁ-LOS, deverá optar, com prudência e discrição, por um dos man-

datos, renunciando aos demais, resguardado sempre o sigilo profissional.

No caso, Fátima conseguiu compor os interesses em conflito.

Questão 30    (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXX EXAME DE ORDEM UNIFICADO

OAB/2019) Antônio e José são advogados e atuam em matéria trabalhista. Antônio

tomou conhecimento de certos fatos relativos à vida pessoal de seu cliente, que

respondia a processo considerado de interesse acadêmico. Após o encerramento

do feito judicial, Antônio resolveu abordar os fatos que deram origem ao processo

em sua dissertação pública de mestrado. Então, a  fim de se resguardar, Antônio

notificou o cliente, indagando se este solicitava sigilo sobre os fatos pessoais ou se

estes podiam ser tratados na aludida dissertação. Tendo obtido resposta favorável

do cliente, Antônio abordou o assunto na dissertação.

Por sua vez, o advogado José também soube de fatos pessoais de seu cliente, em

razão de sua atuação em outro processo.

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Entretanto, José foi difamado em público, gravemente, por uma das partes da de-
manda. Por ser necessário à defesa de sua honra, José divulgou o conteúdo parti-
cular de que teve conhecimento.
Considerando os dois casos narrados, assinale a afirmativa correta.
a) Antônio infringiu o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, violando o
dever de sigilo profissional. Por outro lado, José não cometeu infração ética, já que
o dever de sigilo profissional cede na situação descrita.
b) Antônio e José infringiram, ambos, o disposto no Código de Ética e Disciplina da
OAB, violando seus deveres de sigilo profissional.
c) José infringiu o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, violando o de-
ver de sigilo profissional. Por outro lado, Antônio não cometeu infração ética, já que
o dever de sigilo profissional cede na situação descrita.
d) Antônio e José não cometeram infração ética, já que o dever de sigilo profissio-
nal, em ambos os casos, cede nas situações descritas.

Letra a.
De acordo com o artigo 34, inciso VII, do Estatuto da OAB, constitui infração disci-
plinar violar o sigilo profissional sem justa causa.
A justa causa afasta o cometimento de infração disciplinar e o crime de vio-
lação de segredo profissional. O sigilo profissional cederá em face de circuns-
tâncias excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave
ameaça ao direito à vida e à honra ou que envolvam defesa própria do advogado
(art. 37 do CED-OAB).
Sendo assim, Antônio infringiu o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB,
violando o dever de sigilo profissional e, José, por outro lado, não cometeu infração
ética, já que o dever de sigilo profissional cede na situação descrita (circunstância
excepcional – honra do próprio advogado).

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