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ÉTICA E ESTATUTO DA

OAB
Sociedade de Advogados,
Advogado Empregado

Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes

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do Gran Cursos Online. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer
outra forma de uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o
transgressor às penalidades previstas civil e criminalmente.

CÓDIGO:
230511438972

CÍNTHIA BIESEK

Assessora Jurídica do Ministério Público do Trabalho. Professora em cursos


preparatórios para carreiras jurídicas. Autora de livros e artigos jurídicos. Aprovada
no concurso de Analista Jurídico do TJ-SC. Especialista em Direito Administrativo
– Extensão em Direito Digital.

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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
ÉTICA E ESTATUTO DA OAB
Sociedade de Advogados, Advogado Empregado
Cínthia Biesek

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Sociedade de Advogados, Advogado Empregado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1. Sociedade de Advogados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.1. Associação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2. Advogado Empregado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Mapa Mental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45

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Cínthia Biesek

APRESENTAÇÃO
Olá, prezado(a) aluno(a). Tudo bem? Desejo que sim!
O exame que avalia a capacitação de bacharéis em Direito para exercer a advocacia no
Brasil é realizado pela Ordem dos Advogados do Brasil e organizado pela Fundação Getúlio
Vargas (FGV).
A prova é composta de duas fases, sendo que a primeira conta com 80 questões objetivas.
As questões da prova objetiva serão do tipo múltipla escolha, com quatro alternativas
(A, B, C e D) e uma única resposta correta, de acordo com o comando da questão. Cada
questão vale um ponto e a nota da prova será a soma da pontuação obtida nas questões,
considerando-se aprovado na primeira fase quem obtiver o mínimo de 50% de acertos,
ou seja, 40 pontos ou mais.
A matéria que vamos estudar agora é de extrema relevância, já que o próprio edital
estabelece que a prova objetiva conterá, no mínimo, 15% de questões versando sobre
Estatuto da Advocacia e da OAB e seu Regulamento Geral, Código de Ética e Disciplina,
Direitos Humanos e Filosofia do Direito, o que representa um grande número de questões
e um pequeno conteúdo quando comparado com as demais.
O nosso método de estudo será direcionado na individualização dos artigos, na inserção
de comentários, contextualização dos conceitos trazidos na lei, bem como na resolução de
questões de provas anteriores.
A regra será trazer os artigos do Estatuto da Advocacia (Lei n. 8.906/1994) e, de modo
complementar, vamos adicionar os artigos e princípios estabelecidos no Código de Ética
e Disciplina da OAB e no Regulamento Geral, pois os diplomas legais são complementares.
Vamos praticar muito resolvendo provas anteriores para que você consiga identificar o
“perfil” das questões, não confunda a matéria e não caia em pegadinhas clássicas da banca.
Todas as questões serão comentadas e nos comentários vamos enfatizar as afirmativas
corretas para facilitar a memorização da aplicação adequada do conteúdo e da fonte
da questão.
Dessa forma, meu (minha) caro(a), fique tranquilo(a), vamos esmiuçar todo o conteúdo
do edital e garantir que com a leitura atenta dessas aulas você irá confiante para a prova,
tendo a garantia de que todos os tópicos relevantes foram estudados.
Ah! Não se esqueça de avaliar esta aula, pois sua opinião é muito importante para
melhorarmos ainda mais nossos materiais.

SUPORTE
Estou à disposição para sanar todas as suas dúvidas que surgirem no decorrer da
aula. Não hesite em mandá-las, por mais simples que possam parecer. Citarei exemplos,

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explicarei de forma mais contextual ou doutrinária, se necessário, mas tenho certeza de


que se a dúvida for esclarecida você seguirá seus estudos de forma eficaz e não esquecerá
do assunto tratado. Caso contrário, um pequeno detalhe que não foi esclarecido poderá
comprometer sua preparação. Sendo assim, não existem dúvidas irrelevantes. Portanto,
contate-me sempre que julgar necessário.
Grande abraço e bons estudos!
SEJA IMPARÁVEL!

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SOCIEDADE DE ADVOGADOS, ADVOGADO


EMPREGADO

1. SOCIEDADE DE ADVOGADOS
O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado
são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), nos termos do artigo
3º do Estatuto da OAB, de modo que o desempenho das atividades do advogado poderá
ocorrer de forma individual ou por meio de sociedade de advogados.
A sociedade é uma espécie de corporação, dotada de personalidade jurídica, instituída
por meio de um contrato social, com a finalidade de exercer atividade econômica e partilhar
lucros. O contrato social, desde que devidamente registrado, é o ato constitutivo da
sociedade. As sociedades simples equiparam-se às sociedades civis e, no seu amplo campo
de atuação, podem ser verificadas as sociedades de profissionais liberais, instituições de
ensino, entidades de assistência médica ou social (GAGLIANO, Pablo Stolze. FILHO, Rodolfo
Pamplona. Manual de Direito Civil, 2017).
Tendo em vista o múnus público da atividade da advocacia, a sociedade de advogados
não pode ser equiparada às sociedades privadas, previstas no Código Civil, já que, assim
como a Ordem dos Advogados do Brasil é identificada como entidade de classe sui generis,
a sociedade de advogados também é classificada como sociedade sui generis.

Obs.: Cabe ao Conselho Federal da OAB a fiscalização, o acompanhamento e a definição de


parâmetros e de diretrizes da relação jurídica mantida entre advogados e sociedades
de advogados ou entre escritório de advogados sócios e advogado associado, inclusive
no que se refere ao cumprimento dos requisitos norteadores da associação sem
vínculo empregatício autorizada pelo Estatuto (art. 15, §10, EOAB - Incluído pela
Lei n. 14.365, de 2022).
Da análise geral do Estatuto da OAB, é possível observar que permeiam todo o texto
da lei federal conceitos com o objetivo de afastar a advocacia do direito privado, como
nas regras referentes à publicidade da atividade da advocacia, aos direitos e obrigações do
advogado, às infrações disciplinares e, também, às sociedades de advogados.
A reflexão de Paulo Lobo (Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB, 2017) é no
sentido de que:

A Lei n. 8.906/94 manteve a natureza da sociedade de advogados como sociedade exclusivamente


de pessoas e de finalidades profissionais. É uma sociedade profissional sui generis que não se
confunde com as sociedades previstas no Código Civil. [...] Rejeitou-se o modelo empresarial
existente em vários países, para que não se desfigurasse a atividade da advocacia, que no Brasil

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é serviço público, ainda que em ministério privado, integrante da administração da justiça. O


capital essencial das sociedades de advogados é a produção intelectual dos advogados que
a integram e não as coisas ou valores financeiros.

Nesse sentido, o Estatuto da OAB veda a constituição de sociedades de advogados que


apresentem forma ou características de sociedade empresária, que adotem denominação
de fantasia, que realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam como sócio
ou titular de sociedade unipessoal de advocacia pessoa não inscrita como advogado ou
totalmente proibida de advogar (art. 16, EOAB).
Na forma disciplinada no Estatuto da OAB e no Regulamento Geral da OAB, observando-
se, de qualquer modo, as regras deontológicas do Código de Ética e Disciplina da Ordem
temos que os advogados podem se reunir (art. 15, EOAB):
• em sociedade simples de prestação de serviços de advocacia; ou
• constituir sociedade unipessoal de advocacia.

De acordo com o disposto acima, podemos concluir que a sociedade de advogados, que
abrange a sociedade simples e a sociedade unipessoal de advocacia, deve seguir a legislação
especial trazida pelo Estatuto e demais regramentos da OAB.
Nos termos do artigo 37 do Regulamento Geral do Estatuto da OAB, os advogados
podem constituir sociedade simples, unipessoal ou pluripessoal, de prestação de serviços
de advocacia, a qual deve ser regularmente registrada no Conselho Seccional da OAB em
cuja base territorial tiver sede.
O Estatuto da OAB foi modificado pela Lei n. 13.247/2016, e uma das grandes novidades
trazidas foi a possibilidade de constituir sociedade unipessoal de advocacia. Como o
próprio nome revela, esta pessoa jurídica é composta por um único advogado.
A constituição de uma empresa individual de reponsabilidade limitada visa a proteção
do patrimônio pessoal do titular, uma vez que as dívidas contraídas ficam limitadas ao
capital da pessoa jurídica, além de outros benefícios pecuniários e tributários.
Devo lembrá-lo de que a proteção ao património pessoal do titular ou dos sócios, nos
demais casos, não é absoluta, tendo em vista que o Código Civil consagrou a teoria da
desconsideração da personalidade jurídica, que nada mais é do que a permissão concedida
pelo juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir
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no processo, para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam


estendidas aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica em
caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela
confusão patrimonial (art. 50, do Código Civil).
Para tanto, a Lei n. 13.247/2016, instituiu a sociedade unipessoal de advocacia, que
assim como todos os demais institutos da Ordem dos Advogados do Brasil também não
tem caráter empresarial e deve ser entendida como sociedade sui generis.

Obs.: Em que pese a diferença na estrutura e composição das sociedades de advogados,


ambas seguem os mesmos regramentos impostos pelo Estatuto da Ordem,
observadas suas especificações.
Nesse sentido, Paulo Lobo (2017.) discorre que:

Os direitos e deveres de ambas são iguais, guardadas suas especificidades. As regras legais sobre
a natureza de prestação de serviços exclusivos de advocacia, o exercício dos atos privativos
de advogado, as limitações como sociedade de meios, o registro no Conselho Seccional do local
de sua sede, a abertura de filial, a responsabilidade solidária e subsidiária da pessoa física
do advogado titular, a submissão às regras deontológicas do Código de Ética e Disciplina, o
pagamento de anuidade, a eventual participação de advogado associado são as mesmas para
as duas espécies de sociedades de advocacia.

Tanto a sociedade de advogados como a sociedade unipessoal de advocacia adquirem


personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho
Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede (art. 15, § 1º, EOAB).
Ademais, de acordo com o artigo 16, § 3º, EOAB, é proibido o registro, nos cartórios
de registro civil de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua,
entre outras finalidades, a atividade de advocacia.

A Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022 incluiu a possibilidade de a sociedade de advogados


e a sociedade unipessoal de advocacia ter como sede, filial ou local de trabalho espaço de
uso individual ou compartilhado com outros escritórios de advocacia ou empresas,
desde que respeitadas as hipóteses de sigilo previstas no Estatuto e no Código de Ética e
Disciplina.

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001. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2022) A


sociedade empresária Y presta, com estrutura organizacional, atividades de consultoria
jurídica e de orientação de marketing para pequenos empreendedores.
Considerando as atividades exercidas pela sociedade hipotética, assinale a afirmativa correta.
a) A sociedade Y deve ter seus atos constitutivos registrados apenas na Junta Comercial.
b) A sociedade Y deve ter seus atos constitutivos registrados apenas no Conselho Seccional
da OAB em cuja base territorial tem sede.
c) É vedado o registro dos atos constitutivos da sociedade Y nos Conselhos Seccionais da
OAB e também é vedado seu registro na Junta Comercial.
d) Os atos constitutivos da sociedade Y devem ser registrados na Junta Comercial e no
Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tem sede.

O Estatuto da OAB veda a constituição de sociedades de advogados que apresentem forma


ou características de sociedade empresária, que adotem denominação de fantasia, que
realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam como sócio ou titular de sociedade
unipessoal de advocacia pessoa não inscrita como advogado ou totalmente proibida de
advogar (art. 16, EOAB)
Ademais, de acordo com o artigo 16, § 3º, é proibido o registro, nos cartórios de registro
civil de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua, entre outras
finalidades, a atividade de advocacia.
Letra c.

Obs.: A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia deverão recolher


seus tributos sobre a parcela da receita que efetivamente lhes couber, com a
exclusão da receita que for transferida a outros advogados ou a sociedades que
atuem em forma de parceria para o atendimento do cliente (art. 15, § 9º, EOAB -
Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022).

O ato constitutivo da sociedade é o contrato social e, segundo o Provimento n.


112/2006 do Conselho Federal da OAB, o contrato deve conter os seguintes elementos e
diretrizes (art. 2º):

I – a razão social, constituída pelo nome completo, nome social ou sobrenome dos sócios ou, pelo
menos, de um deles, assim como a previsão de sua alteração ou manutenção, por falecimento ou,
em uma única sociedade, por afastamento permanente, nos termos do contrato social, de sócio
que lhe tenha dado o nome, observado, ainda, o disposto nos parágrafos 1º, 3º e 4º deste artigo;

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II – o objeto social, que consistirá, exclusivamente, no exercício da advocacia, podendo especificar


o ramo do direito a que a sociedade se dedicará;
III – o prazo de duração, sendo que suas atividades terão início a partir da data de registro do
ato constitutivo;
IV – o endereço em que irá atuar;
V – o valor do capital social, sua subscrição por todos os sócios, com a especificação da participação
de cada qual, e a forma de sua integralização;
VI – o critério de distribuição dos resultados e dos prejuízos verificados nos períodos que indicar;
VII – a forma de cálculo e o modo de pagamento dos haveres e de eventuais honorários pendentes,
devidos ao sócio falecido, assim como ao que se retirar da sociedade ou que dela for excluído;
VIII – a possibilidade, ou não, de o sócio exercer a advocacia autonomamente e de auferir, ou
não, os respectivos honorários como receita pessoal;
IX – é permitido o uso do símbolo “&”, como conjuntivo dos nomes ou nomes sociais de sócios
que constarem da denominação social;
X – não são admitidas a registro, nem podem funcionar, Sociedades de Advogados que revistam
a forma de sociedade empresária ou cooperativa, ou qualquer outra modalidade de cunho
mercantil;
XI – é imprescindível a adoção de cláusula com a previsão expressa de que, além da sociedade, o
sócio ou associado responderá subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados aos clientes,
por ação ou omissão, no exercício da advocacia;
XII – é admitida e recomendável a adoção de cláusula de mediação, conciliação e arbitragem;
XIII – não se admitirá o registro e arquivamento de Contrato Social, e de suas alterações, com
cláusulas que suprimam o direito de voto de qualquer dos sócios, podendo, entretanto,
estabelecer quotas de serviço ou quotas com direitos diferenciados, vedado o fracionamento
de quotas;
XIV – (Revogado).
XV – é permitida a constituição de Sociedades de Advogados entre cônjuges, qualquer que
seja o regime de bens, desde que ambos sejam advogados regularmente inscritos no Conselho
Seccional da OAB em que se deva promover o registro e arquivamento;
XVI – o Contrato Social pode determinar a apresentação de balanços mensais, com a efetiva
distribuição dos resultados aos sócios a cada mês;
XVII – as alterações do Contrato Social podem ser decididas por maioria do capital social, salvo
se o Contrato Social determinar a necessidade de quórum especial para deliberação;
XVIII – o Contrato Social pode prever a cessão total ou parcial de quotas, desde que se opere
por intermédio de alteração aprovada pela maioria do capital social.

Todas as alterações no contrato social e/ou na estrutura da sociedade deverão ser


averbadas no registro da sociedade perante o Conselho Seccional.
As sociedades de advogados podem adotar qualquer forma de administração social,
permitida a existência de sócios gerentes, com indicação dos poderes atribuídos, nos
termos do artigo 41 do Regulamento Geral do Estatuto da OAB.

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Inclusive é importante frisar que a Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022 acrescentou


a possibilidade que nas sociedades de advogados a escolha do sócio-administrador recaia
sobre advogado que atue como servidor da administração direta, indireta e fundacional,
desde que não esteja sujeito ao regime de dedicação exclusiva, não lhe sendo aplicável a
proibição de participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada
ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou
comanditário, prevista no inciso X do art. 117 da Lei n. 8.112/90, no que se refere à sociedade
de advogados (art. 15, § 8º, EOAB).
Como vimos em aula passada, manter sociedade profissional fora das normas e preceitos
estabelecidos no Estatuto da OAB caracteriza infração disciplinar, em conformidade com
o artigo 34, inciso II, EOAB.

Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir mais de
uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma sociedade de
advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia com sede ou filial na mesma área
territorial do respectivo Conselho Seccional (art. 15, § 4º, do Estatuto da OAB).

Perceba que o Estatuto autoriza a criação de filiais e a atuação dos advogados em áreas
de outro Conselho Seccional, sendo que o ato de constituição de filial deve ser averbado
no registro da sociedade e arquivado no Conselho Seccional onde se instalar, ficando
os sócios, inclusive o titular da sociedade unipessoal de advocacia, obrigados à inscrição
suplementar (art. 15, § 5º, EOAB).

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Apenas para lembrá-lo, a atuação do advogado não fica restrita ao território de seu
domicílio profissional, já que pode atuar em outros territórios, exigindo-se apenas a realização
de inscrição suplementar nos conselhos seccionais respectivos quando a intervenção
judicial exceder de cinco causas por ano (art. 10, § 2º, EOAB).
Em obediência ao princípio da confiança recíproca entre advogado e cliente, bem como
em decorrência do sigilo profissional, os advogados sócios de uma mesma sociedade
profissional, ou reunidos em caráter permanente para cooperação recíproca, não podem
representar, em juízo ou fora dele, clientes de interesses opostos, nos termos do artigo
15, § 6º c/c artigo 19, do Código de Ética e Disciplina da OAB.
A denominação das sociedades não é de livre escolha dos associados, já que o Estatuto
prevê algumas limitações (art. 16, §§ 1º e 4º, EOAB):

§ 1º A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado responsável
pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade
no ato constitutivo.
[...]
§ 4º A denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser obrigatoriamente formada
pelo nome do seu titular, completo ou parcial, com a expressão ‘Sociedade Individual de
Advocacia’.

Paulo Lobo (2017) assevera que:

Não há liberdade na composição do nome da sociedade de advogados. O nome deve expressar


com clareza sua finalidade, não sendo admitidos nome de fantasia, símbolos ou acréscimos
comuns nas atividades mercantis.

De acordo com o artigo 38 do Regulamento Geral, o nome completo ou abreviado,


ou o nome social de, no mínimo, um advogado responsável pela sociedade consta
obrigatoriamente da razão social, podendo permanecer o nome ou o nome social de
sócio falecido se essa possibilidade tiver sido prevista no ato constitutivo ou na alteração
contratual em vigor.
Além disso, o Provimento n. 112/2006 do Conselho Federal da OAB veda a utilização de
sigla ou expressão de fantasia ou das características mercantis, bem como a referência
a “Sociedade Civil” ou “SC”, “SS”, “EPP”, “ME” e outras. Ainda, só será admitida a registro a
sociedade de advogados que contenha em sua denominação social a expressão “Sociedade
de Advogados”, “Sociedades de Advogadas e Advogados”, “Advogados”, “Advocacia” ou
“Advogados Associados”, permitindo-se, em qualquer dos casos antecedentes, o emprego
da palavra “Advogados” no gênero feminino (art. 2º, §§ 1º e 3º).

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Segundo o artigo 15, § 7º, do Estatuto da OAB, a sociedade unipessoal de advocacia pode
resultar da concentração por um advogado das quotas de uma sociedade de advogados,
independentemente das razões que motivaram tal concentração. Nesse caso, ocorre a
conversão da sociedade coletiva para uma sociedade individual de advocacia.

O impedimento ou a incompatibilidade em caráter temporário do advogado não o exclui da


sociedade de advogados à qual pertença, mas deve ser averbado no registro da sociedade,
sendo proibida, em qualquer hipótese, a exploração de seu nome e de sua imagem em
favor da sociedade (art. 16, § 2º, EOAB – Redação dada pela Lei n. 14.365, de 2022).

De acordo com o Regulamento Geral da OAB, as atividades profissionais privativas


dos advogados são exercidas individualmente, ainda que revertam à sociedade os
honorários respectivos (art. 37, § 1º). Tanto é que as procurações devem ser outorgadas
individualmente aos advogados e indicar a sociedade de que façam parte (art. 15, § 3º,
do Estatuto da OAB).
Segundo o artigo 42 do Regulamento Geral, podem ser praticados pela sociedade de
advogados, com uso da razão social, os atos indispensáveis às suas finalidades, que não
sejam privativos de advogado.
Discorre Paulo Lobo (2017) que a sociedade de advogados:

É entidade coletiva de organização, meios e racionalização para permitir a atividade associativa


de profissionais, que distribuem tarefas, receitas e despesas, quando atingem um nível de
complexidade que ultrapassa a atuação individual. Ou, como estabelece o regimento interno da
Ordem dos Advogados de Paris, constitui “estrutura de meios” que têm por finalidade exclusiva
“facilitar ou desenvolver a atividade profissional de seus membros”, tendo um caráter auxiliar
em razão dessa atividade.

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Conforme o artigo 32 do Estatuto da OAB, o advogado é responsável pelos atos que,


no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa.
Por sua vez, a sociedade, os sócios, bem como o titular da sociedade individual de
advocacia respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados, nas hipóteses de
dolo ou culpa e por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo das sanções
disciplinares (art. 17 do Estatuto da OAB c/c art. 40 do Regulamento Geral).
Desse modo, como já citei, é imprescindível a adoção de cláusula com previsão expressa
no contrato social da sociedade de advogados (ato constitutivo) de que, além da sociedade,
o sócio ou associado responderá subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados aos
clientes, por ação ou omissão, no exercício da advocacia (art. 2º, inciso XI, do Provimento
n. 112/2006 do CFOAB).
Sendo assim, é nula a cláusula do contrato social que vise limitar a responsabilidade
dos sócios.

1.1. ASSOCIAÇÃO
A sociedade pode associar-se com advogados, sem vínculo de emprego, para participação
nos resultados, desde que os contratos firmados sejam averbados no registro da sociedade
de advogados (art. 39 do Regulamento Geral).
Nesse sentido, a Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022 incluiu a previsão de que não
será admitida a averbação do contrato de associação que contenha, em conjunto, os
elementos caracterizadores de relação de emprego previstos na Consolidação das Leis
do Trabalho – CLT (art. 15, §11, EOAB).

A Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022 inseriu o artigo 17-A ao Estatuto da OAB para
incluir a possibilidade de o advogado associar-se a uma ou mais sociedades de advogados
ou sociedades unipessoais de advocacia, sem que estejam presentes os requisitos legais
de vínculo empregatício, para prestação de serviços e participação nos resultados, na
forma do Regulamento Geral e de Provimentos do Conselho Federal da OAB.

A associação ocorrerá por meio de pactuação de contrato próprio, que poderá ser de
caráter geral ou restringir-se a determinada causa ou trabalho e que deverá ser registrado
no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede a sociedade de advogados
que dele tomar parte

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No contrato de associação, o advogado sócio ou associado e a sociedade pactuarão as


condições para o desempenho da atividade advocatícia e estipularão livremente os critérios
para a partilha dos resultados dela decorrentes, devendo o contrato conter, no mínimo
(art. 17-B, parágrafo único, EOAB - Incluído pela Lei n. 14.365, de 2022):
• qualificação das partes, com referência expressa à inscrição no Conselho Seccional
da OAB competente;
• especificação e delimitação do serviço a ser prestado;
• forma de repartição dos riscos e das receitas entre as partes, vedada a atribuição da
totalidade dos riscos ou das receitas exclusivamente a uma delas;
• responsabilidade pelo fornecimento de condições materiais e pelo custeio das despesas
necessárias à execução dos serviços;
• prazo de duração do contrato.

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2. ADVOGADO EMPREGADO
Outra forma de o advogado desempenhar suas atividades é através da relação de
emprego com o cliente. O vínculo empregatício do advogado exige os mesmos elementos
fático-jurídicos estabelecidos para a constituição da relação de trabalho comum, trazidos
na Consolidação das Leis do Trabalho:

CLT
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não
eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.

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É importante destacar que dentre os elementos caraterísticos da relação de emprego:


pessoalidade, onerosidade, não eventualidade, alteridade e subordinação, no caso do
advogado empregado, a subordinação não prejudica o direito do advogado à liberdade
de atuação e à isenção técnica, que é inerente ao exercício da advocacia, uma vez que
o advogado deve seguir suas convicções filosóficas e conhecimentos técnicos ao defender
os interesses dos seus clientes (art. 18 do Estatuto da OAB).
Quanto à independência, o Código de Ética e Disciplina da OAB determina que o
advogado, ainda que vinculado ao cliente ou constituinte, mediante relação empregatícia
ou por contrato de prestação permanente de serviços, ou como integrante de departamento
jurídico, ou de órgão de assessoria jurídica, público ou privado, deve zelar pela sua liberdade
e independência (art. 4º, CED-OAB).
A liberdade de atuação do profissional advogado é trazida por Paulo Lobo (2017) no
seguinte sentido:

Além da independência técnica, o advogado deve preservar sua independência política e de


consciência, jamais permitindo que os interesses do cliente confundam-se com os seus. O
advogado não é e nunca pode ser o substituto da parte; é o patrono. [...] Entende-se por isenção
técnica do advogado empregado a total autonomia quanto à correta aplicação dos atos, meios
e prazos processuais, sem interferência do empregador. [...] Sem independência profissional não
há advocacia. Desde suas mais remotas origens, a advocacia só pode ser exercida com absoluta
independência em face do poder político e do próprio cliente. A subordinação hierárquica,
própria da relação de emprego, é limitada pela independência profissional do advogado, que
não pode ser maculada. A isenção técnica e a independência são requisitos indisponíveis e
interdependentes do exercício da advocacia.

O Código de Ética e Disciplina impede que o advogado funcione no mesmo processo,


simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente (art. 25).
Além disso, outra regra deontológica que devemos lembrar é que o advogado deverá
resguardar o sigilo profissional ao postular, judicial ou extrajudicialmente, em nome de
terceiros contra ex-empregador (art. 21 do CED-OAB).
A relação estabelecida entre o advogado e o cliente empregador está restrita ao vínculo
pré-estabelecido, de modo que o advogado empregado não está obrigado a prestar
serviços profissionais de interesse pessoal dos empregadores fora da relação de emprego
(art. 18, §1º, do Estatuto da OAB).

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A Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022 inseriu os regimes de trabalho em que as atividades


do advogado empregado poderão ser realizadas, salientando que fica a critério do empregador
a sua escolha, vejamos quais são eles (art. 18, § 2º, EOAB):
• EXCLUSIVAMENTE PRESENCIAL:
− modalidade na qual o advogado empregado, desde o início da contratação, realizará
o trabalho nas dependências ou locais indicados pelo empregador.
• NÃO PRESENCIAL, TELETRABALHO OU TRABALHO A DISTÂNCIA:
− modalidade na qual, desde o início da contratação, o trabalho será preponde-
rantemente realizado fora das dependências do empregador, observado que
o comparecimento nas dependências de forma não permanente, variável ou para
participação em reuniões ou em eventos presenciais não descaracterizará o regime
não presencial;
• MISTO:
− modalidade na qual as atividades do advogado poderão ser presenciais, no esta-
belecimento do contratante ou onde este indicar, ou não presenciais, conforme
as condições definidas pelo empregador em seu regulamento empresarial, inde-
pendentemente de preponderância ou não.

Cuidado: na vigência da relação de emprego as partes poderão pactuar, por acordo individual
simples, a alteração de um regime para outro (art. 18, § 3º, EOAB).

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Quanto ao salário-mínimo do profissional advogado, o importante a ser destacado


é que esse será fixado em sentença normativa, caso não tenha sido ajustado em acordo
ou convenção coletiva de trabalho (art. 19, EOAB).
A representação do advogado empregado nas convenções coletivas celebradas com as
entidades sindicais representativas dos empregadores, nos acordos coletivos celebrados
com a empresa empregadora, é de competência do sindicato de advogados e, na sua
falta, a federação ou confederação de advogados, segundo o artigo 11 do Regulamento
Geral da OAB.
Além do mais, nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este representada,
os honorários de sucumbência são devidos aos advogados empregados. Caso os honorários
de sucumbência sejam percebidos por advogado empregado de sociedade de advogados,
esses serão partilhados entre ele e a empregadora (art. 21, caput e parágrafo único, do
Estatuto da OAB).
O Supremo Tribunal Federal ao julgar a ADI n. 1194 estabeleceu que o art. 21 e o
parágrafo único da Lei n. 8.906/1994 deve ser interpretado no sentido da preservação
da liberdade contratual quanto à destinação dos honorários de sucumbência fixados
judicialmente. Sendo assim, é possível a estipulação contratual em contrário, pois se trata
de direito disponível do advogado.
Lembre-se, na hipótese de honorários por sucumbência, o juiz, ao proferir a sentença,
condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor, fixados entre o mínimo
de 10% (dez por cento) e o máximo de 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação,
do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado
da causa, seguindo: o grau de zelo do profissional; o lugar de prestação do serviço; a natureza
e a importância da causa; o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu
serviço (art. 85, §2º, CPC).
E, ainda, como já estudamos, os honorários advocatícios incluídos na condenação ou
destacados do montante principal devido ao credor consubstanciam-se em verba de
natureza alimentar (Súmula Vinculante n. 47 do Supremo Tribunal Federal).
Você pode observar que os honorários pertencem ao advogado, tendo este o direito
autônomo para executar a sentença quando os honorários de sucumbência forem incluídos
na condenação (art. 23 do Estatuto da OAB).
Desse modo, os honorários de sucumbência, por decorrerem precipuamente do
exercício da advocacia e só acidentalmente da relação de emprego, não integram o salário
ou a remuneração, não podendo, assim, ser considerados para efeitos trabalhistas ou
previdenciários, constituindo-se em fundo comum, cuja destinação é decidida pelos
profissionais integrantes do serviço jurídico da empresa ou por seus representantes (art.
14 do Regulamento Geral da OAB).

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A jornada de trabalho do advogado empregado foi alterada pela Lei n. 14.365, de 02 de


junho de 2022. Atualmente, nos termos do artigo 20 do EOAB, a jornada de trabalho do
advogado empregado, quando prestar serviço para empresas, não poderá exceder a duração
diária de 8 (oito) horas contínuas e a de 40 (quarenta) horas semanais.

DICA
Não quero confundi-lo, mas a alteração foi bastante
significativa, portanto, é importante saber que antes a
jornada de trabalho do advogado empregado, salvo acordo
ou convenção coletiva, não poderá exceder a duração diária
de quatro horas contínuas e a de vinte horas semanais.

Considera-se como período de trabalho o tempo em que o advogado estiver à disposição


do empregador, aguardando ou executando ordens, no seu escritório ou em atividades
externas, sendo-o reembolsadas as despesas feitas com transporte, hospedagem e
alimentação (art. 20, § 1º, EOAB).
Além disso, poderá ser adotado o regime de dedicação exclusiva, que deve estar
previsto expressamente no contrato individual de trabalho, devendo a jornada de trabalho
observar o limite de oito horas diárias (art. 20, caput, do Estatuto da OAB c/c art. 12 do
Regulamento Geral da OAB).
As horas extraordinariamente prestadas pelo advogado, ou seja, aquelas que excederem
a jornada normal devem ser remuneradas com um adicional não inferior a 100% sobre o
valor da hora normal, mesmo havendo contrato escrito, nos termos do artigo 20, § 2º, do
Estatuto da OAB.
Em caso de dedicação exclusiva, serão remuneradas como extraordinárias as horas
trabalhadas que excederem a jornada normal de oito horas diárias (art. 12, parágrafo
único, do Regulamento Geral da OAB).
Por fim, quando o desempenho da atividade do advogado ocorrer em horário noturno,
entendido como o período das 20 (vinte) horas de um dia até as 5 (cinco) horas do dia
seguinte, as horas trabalhadas devem ser remuneradas com adicional de 25% (art. 20, §
3º, do Estatuto da OAB).
ADVOGADO EMPREGADO PECULIARIDADES
Hora extra = no mínimo, Hora noturna = + 20%
EMPREGADO
+ 50% Período = 22h – 5h.
CELETISTA
(art. 59, § 1º, da CLT) (art. 73, da CLT)
Hora extra = no mínimo, Hora noturna = + 25%
ADVOGADO
+ 100% (art. 20, § 2º, do Período = 20h – 5h.
EMPREGADO
Estatuto da OAB) (art. 20, § 3º, do Estatuto da OAB)

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RESUMO

SOCIEDADE DE ADVOGADOS
• É vedada a constituição de sociedades de advogados que apresentem forma ou
características de sociedade empresária, que adotem denominação de fantasia,
que realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam como sócio ou titular de
sociedade unipessoal de advocacia pessoa não inscrita como advogado ou totalmente
proibida de advogar.
• Na forma disciplinada no Estatuto da OAB e no Regulamento Geral da OAB, observando-
se, de qualquer modo, as regras deontológicas do Código de Ética e Disciplina da
Ordem temos que os advogados podem se reunir em sociedade simples de prestação
de serviços de advocacia; ou constituir sociedade unipessoal de advocacia.
• Tanto a sociedade de advogados como a sociedade unipessoal de advocacia adquirem
personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho
Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede.
• É proibido o registro, nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas juntas
comerciais, de sociedade que inclua, entre outras finalidades, a atividade de advocacia.
• A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia ter como sede, filial
ou local de trabalho espaço de uso individual ou compartilhado com outros escritórios
de advocacia ou empresas, desde que respeitadas as hipóteses de sigilo previstas no
Estatuto e no Código de Ética e Disciplina.
• A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia deverão recolher
seus tributos sobre a parcela da receita que efetivamente lhes couber, com a exclusão
da receita que for transferida a outros advogados ou a sociedades que atuem em
forma de parceria para o atendimento do cliente.
• Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir
mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma
sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia com sede ou filial
na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional.
• O Estatuto autoriza a criação de filiais e a atuação dos advogados em áreas de outro
Conselho Seccional, sendo que o ato de constituição de filial deve ser averbado no
registro da sociedade e arquivado no Conselho Seccional onde se instalar, ficando os
sócios, inclusive o titular da sociedade unipessoal de advocacia, obrigados à inscrição
suplementar.
• Em obediência ao princípio da confiança recíproca entre advogado e cliente, bem como
em decorrência do sigilo profissional, os advogados sócios de uma mesma sociedade
profissional, ou reunidos em caráter permanente para cooperação recíproca, não
podem representar, em juízo ou fora dele, clientes de interesses opostos.

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• A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado
responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que
prevista tal possibilidade no ato constitutivo.
• A denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser obrigatoriamente
formada pelo nome do seu titular, completo ou parcial, com a expressão ‘Sociedade
Individual de Advocacia’.
• A sociedade unipessoal de advocacia pode resultar da concentração por um advogado
das quotas de uma sociedade de advogados, independentemente das razões que
motivaram tal concentração. Nesse caso, ocorre a conversão da sociedade coletiva
para uma sociedade individual de advocacia.
− O impedimento ou a incompatibilidade em caráter temporário do advogado não
o exclui da sociedade de advogados à qual pertença, mas deve ser averbado no
registro da sociedade, sendo proibida, em qualquer hipótese, a exploração de seu
nome e de sua imagem em favor da sociedade.
• As procurações devem ser outorgadas individualmente aos advogados e indicar a
sociedade de que façam parte.
• O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar com
dolo ou culpa. Por sua vez, a sociedade, os sócios, bem como o titular da sociedade
individual de advocacia respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados,
nas hipóteses de dolo ou culpa e por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem
prejuízo das sanções disciplinares.

ASSOCIAÇÃO
• A Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022 incluiu a possibilidade de o advogado associar-
se a uma ou mais sociedades de advogados ou sociedades unipessoais de advocacia,
sem que estejam presentes os requisitos legais de vínculo empregatício, para prestação
de serviços e participação nos resultados, na forma do Regulamento Geral e de
Provimentos do Conselho Federal da OAB.
− A associação ocorrerá por meio de pactuação de contrato próprio, que poderá ser
de caráter geral ou restringir-se a determinada causa ou trabalho e que deverá
ser registrado no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede a
sociedade de advogados que dele tomar parte
− No contrato de associação, o advogado sócio ou associado e a sociedade pactuarão
as condições para o desempenho da atividade advocatícia e estipularão livremente
os critérios para a partilha dos resultados dela decorrentes, devendo o contrato
conter, no mínimo:
◦ qualificação das partes, com referência expressa à inscrição no Conselho Sec-
cional da OAB competente;
◦ especificação e delimitação do serviço a ser prestado;

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◦ forma de repartição dos riscos e das receitas entre as partes, vedada a atribuição
da totalidade dos riscos ou das receitas exclusivamente a uma delas;
◦ responsabilidade pelo fornecimento de condições materiais e pelo custeio das
despesas necessárias à execução dos serviços;
◦ prazo de duração do contrato.

ADVOGADO EMPREGADO
• O advogado empregado não está obrigado a prestar serviços profissionais de interesse
pessoal dos empregadores fora da relação de emprego.
• A subordinação não prejudica o direito do advogado à liberdade de atuação e à
isenção técnica, que é inerente ao exercício da advocacia, uma vez que o advogado
deve seguir suas convicções filosóficas e conhecimentos técnicos ao defender os
interesses dos seus clientes.
• A Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022 inseriu os regimes de trabalho em que as
atividades do advogado empregado poderão ser realizadas, salientando que fica a
critério do empregador a sua escolha:
− EXCLUSIVAMENTE PRESENCIAL: modalidade na qual o advogado empregado, desde
o início da contratação, realizará o trabalho nas dependências ou locais indicados
pelo empregador.
− NÃO PRESENCIAL, TELETRABALHO OU TRABALHO A DISTÂNCIA: modalidade na qual,
desde o início da contratação, o trabalho será preponderantemente realizado fora
das dependências do empregador, observado que o comparecimento nas depen-
dências de forma não permanente, variável ou para participação em reuniões ou
em eventos presenciais não descaracterizará o regime não presencial;
− MISTO: modalidade na qual as atividades do advogado poderão ser presenciais,
no estabelecimento do contratante ou onde este indicar, ou não presenciais, con-
forme as condições definidas pelo empregador em seu regulamento empresarial,
independentemente de preponderância ou não.
• Quanto ao salário-mínimo do profissional advogado, o importante a ser destacado
é que esse será fixado em sentença normativa, caso não tenha sido ajustado em
acordo ou convenção coletiva de trabalho.
• A jornada de trabalho do advogado empregado, quando prestar serviço para empresas,
não poderá exceder a duração diária de 8 (oito) horas contínuas e a de 40 (quarenta)
horas semanais.
− Considera-se como período de trabalho o tempo em que o advogado estiver à
disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, no seu escritório
ou em atividades externas, sendo-o reembolsadas as despesas feitas com trans-
porte, hospedagem e alimentação.

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• Além disso, poderá ser adotado o regime de dedicação exclusiva, que deve estar
previsto expressamente no contrato individual de trabalho, devendo a jornada de
trabalho observar o limite de oito horas diárias.
• As horas extraordinariamente prestadas pelo advogado, ou seja, aquelas que
excederem a jornada normal devem ser remuneradas com um adicional não inferior
a 100% sobre o valor da hora normal, mesmo havendo contrato escrito.
− Em caso de dedicação exclusiva, serão remuneradas como extraordinárias as horas
trabalhadas que excederem a jornada normal de oito horas diárias.
• Quando o desempenho da atividade do advogado ocorrer em horário noturno,
entendido como o período das 20 horas de um dia até as 5horas do dia seguinte, as
horas trabalhadas devem ser remuneradas com adicional de 25%.

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ADVOGADO EMPREGADO PECULIARIDADES


Hora extra = no mínimo, Hora noturna = + 20%
EMPREGADO
+ 50% Período = 22h – 5h.
CELETISTA
(art. 59, § 1º, da CLT) (art. 73, da CLT)
Hora extra = no mínimo, Hora noturna = + 25%
ADVOGADO
+ 100% (art. 20, § 2º, do Período = 20h – 5h.
EMPREGADO
Estatuto da OAB) (art. 20, § 3º, do Estatuto da OAB)

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QUESTÕES DE CONCURSO

001. (FGV/2023/OAB/EXAME DA ORDEM UNIFICADO XXXVII - PRIMEIRA FASE) O advogado


Jefferson pretende associar-se a uma sociedade de advogados, para a prestação de serviços
advocatícios e participação nos resultados.
Sobre tal possibilidade, assinale a afirmativa correta.
a) É admitido que Jefferson se associe, em tais moldes, a apenas uma sociedade de advogados.
b) A associação de Jefferson a uma sociedade unipessoal de advocacia, com participação
nos resultados, não é permitida, pois configuraria a presença de requisitos legais de vínculos
empregatícios.
c) É admitido que Jefferson se associe, simultaneamente, a uma sociedade de advogados
e a uma sociedade unipessoal de advocacia.
d) A associação de Jefferson a uma sociedade de advogados deve ser em caráter geral, não
sendo admitida a restrição à determinada causa.

002. (FGV/2023/OAB/EXAME DA ORDEM UNIFICADO XXXVII - PRIMEIRA FASE) Lucas e Leandro


são os únicos sócios da sociedade de advogados Lucas & Leandro Advogados. Ocorre que
Leandro, que já exerce mandato de vereador, passará a integrar a mesa diretora da Câmara
Municipal no próximo biênio.
Durante tal período, a sociedade de advogados
a) deverá transformar-se em sociedade unipessoal de advocacia, com a concentração em
Lucas das cotas que pertencem a Leandro.
b) deverá averbar, no registro da sociedade, o licenciamento de Leandro para exercer atividade
incompatível com a advocacia em caráter temporário, não alterando sua constituição.
c) não poderá funcionar, porque Leandro, um de seus integrantes, estará totalmente
proibido de advogar.
d) não poderá ter sede ou filial na mesma área territorial do Conselho Seccional em que
Leandro exerce o mandato na mesa diretora da Câmara Municipal.

003. (FGV/2022/OAB/EXAME DA ORDEM UNIFICADO XXXVI - PRIMEIRA FASE) Recém formadas


e inscritas na OAB, as amigas Fernanda e Júlia desejam ingressar no mercado de trabalho.
Para tanto, avaliam se devem constituir sociedade unipessoal de advocacia ou atuar em
sociedade simples de prestação de serviços de advocacia.
Constituída a sociedade, Fernanda e Júlia deverão observar que

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a) a sociedade unipessoal de advocacia adquire personalidade jurídica com o registro


aprovado dos seus atos constitutivos no cartório de registro civil de pessoas jurídicas,
sujeito a homologação da OAB.
b) as procurações devem ser outorgadas à sociedade de advocacia e indicar individualmente
os advogados que dela façam parte.
c) poderão integrar simultaneamente uma sociedade de advogados e uma sociedade
unipessoal de advocacia com sede na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional.
d) os advogados integrantes da sociedade não poderão representar em juízo clientes de
interesses opostos.

004. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXXV EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2022) Antônio,


economista sem formação jurídica, e Pedro, advogado, ambos estudiosos da Análise
Econômica do Direito, desejam constituir sociedade de advogados que também fornecerá
aos seus clientes serviços de consultoria na área econômica. Ao analisar a possibilidade de
registro desse empreendimento, que consideram inovador, Antônio e Pedro concluíram,
corretamente, que
a) poderá ser efetivado, já que é permitido o registro, nos cartórios de registro civil de
pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua, entre outras finalidades,
a atividade de advocacia.
b) não poderá ser efetivado, já que somente são admitidas a registro as sociedades de
advogados que explorem ciências sociais complementares à advocacia.
c) poderá ser efetivado, desde que a razão social tenha o nome de, pelo menos, um advogado
responsável pela sociedade.
d) não poderá ser efetivado, já que não são admitidas a registro as sociedades de advogados
que incluam como sócio pessoa não inscrita como advogado ou totalmente proibida de advogar.

005. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2022) A


sociedade empresária Y presta, com estrutura organizacional, atividades de consultoria
jurídica e de orientação de marketing para pequenos empreendedores.
Considerando as atividades exercidas pela sociedade hipotética, assinale a afirmativa correta.
a) A sociedade Y deve ter seus atos constitutivos registrados apenas na Junta Comercial.
b) A sociedade Y deve ter seus atos constitutivos registrados apenas no Conselho Seccional
da OAB em cuja base territorial tem sede.
c) É vedado o registro dos atos constitutivos da sociedade Y nos Conselhos Seccionais da
OAB e também é vedado seu registro na Junta Comercial.
d) Os atos constitutivos da sociedade Y devem ser registrados na Junta Comercial e no
Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tem sede.

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Sociedade de Advogados, Advogado Empregado
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006. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2022) Anderson,


titular de sociedade individual de advocacia, é contratado pela sociedade empresária
Polvilho Confeitaria Ltda. para atuar em sua defesa em ação judicial ajuizada por Pedro,
consumidor insatisfeito.
No curso da demanda, a impugnação ao cumprimento de sentença não foi conhecida por ter
sido injustificadamente protocolizada por Anderson após o prazo previsto em lei, o que faz
com que Pedro receba valor maior do que teria direito e, consequentemente, a sociedade
empresária Polvilho Confeitaria Ltda. sofra danos materiais.
Diante dessa situação, Anderson, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar em que possa
incorrer, poderá responder com seu patrimônio pessoal pelos danos materiais causados à
sociedade empresária Polvilho Confeitaria Ltda.
a) Solidariamente, com a sociedade individual de advocacia e de forma ilimitada.
b) Subsidiariamente, em relação à sociedade individual de advocacia e de forma ilimitada.
c) Solidariamente, com a sociedade individual de advocacia e de forma limitada.
d) Subsidiariamente, em relação à sociedade individual de advocacia e de forma limitada.

007. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXXII EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2021) A


sociedade de advogados “A e B Advogados” está sediada no Rio de Janeiro. Entretanto,
em razão das circunstâncias de mercado dos seus clientes, verificou que seria necessário
ao bom desempenho das suas atividades profissionais constituir uma filial em São Paulo.
No que se refere ao ato de constituição da filial e a atuação dos sócios, assinale a afirmativa
correta.
a) O ato de constituição da filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado no
Conselho Seccional de São Paulo, ficando todos seus sócios obrigados à inscrição suplementar
junto ao Conselho Seccional de São Paulo.
b) O ato de constituição da filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado
no Conselho Seccional de São Paulo, ficando obrigados à inscrição suplementar junto ao
Conselho Seccional de São Paulo apenas aqueles sócios que habitualmente exercerem a
profissão naquela localidade, considerando-se habitualidade a intervenção judicial que
exceder cinco causas por ano.
c) O ato de constituição da filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado
no Conselho Seccional do Rio de Janeiro, ficando obrigados à inscrição suplementar junto
ao Conselho Seccional de São Paulo apenas aqueles sócios que habitualmente exercerem
a profissão naquela localidade, considerando-se habitualidade a intervenção judicial que
exceder cinco causas por ano.
d) O ato de constituição da filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado
no Conselho Seccional do Rio de Janeiro, ficando todos seus sócios obrigados à inscrição
suplementar junto ao Conselho Seccional de São Paulo.

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Sociedade de Advogados, Advogado Empregado
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008. (FGV/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2020) Os sócios Antônio, Daniel e Marcos
constituíram a sociedade Antônio, Daniel & Marcos Advogados Associados, com sede em
São Paulo e filial em Brasília.
Após desentendimentos entre eles, Antônio constitui sociedade unipessoal de advocacia,
com sede no Rio de Janeiro. Marcos, por sua vez, retira-se da sociedade Antônio, Daniel &
Marcos Advogados Associados.
Sobre a situação apresentada, assinale a afirmativa correta.
a) Daniel não está obrigado a manter inscrição suplementar em Brasília, já que a sociedade
Antônio, Daniel & Marcos Advogados Associados tem sede em São Paulo.
b) Antônio deverá retirar-se da Antônio, Daniel & Marcos Advogados Associados, já que não
pode integrar, simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal
de advocacia.
c) Mesmo após Marcos se retirar da sociedade Antônio, Daniel & Marcos Advogados Associados
permanece o impedimento para que ele e Antônio representem em juízo clientes com
interesses opostos.
d) Caso Antônio também se retire da Antônio, Daniel & Marcos Advogados Associados, a
sociedade deverá passar a ser denominada Daniel Sociedade Individual de Advocacia.

009. (FGV/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2020) A sociedade Antônio, Breno, Caio
& Diego Advogados Associados é integrada, exclusivamente, pelos sócios Antônio, Breno,
Caio e Diego, todos advogados regularmente inscritos na OAB.
Em um determinado momento, Antônio vem a falecer. Breno passa a exercer mandato de
vereador, sem figurar entre os integrantes da Mesa Diretora da Câmara Municipal ou seus
substitutos legais. Caio passa a exercer, em caráter temporário, função de direção em
empresa concessionária de serviço público.
Considerando esses acontecimentos, assinale a afirmativa correta.
a) O nome de Antônio poderá permanecer na razão social da sociedade após o seu falecimento,
ainda que tal possibilidade não esteja prevista em seu ato constitutivo.
b) Breno deverá licenciar-se durante o período em que exercer o mandato de vereador,
devendo essa informação ser averbada no registro da sociedade.
c) Caio deverá deixar a sociedade, por ter passado a exercer atividade incompatível com a
advocacia.
d) Com o falecimento de Antônio, se Breno e Caio deixarem a sociedade e nenhum outro
sócio ingressar nela, Diego poderá continuar suas atividades, caso em que passará a ser
titular de sociedade unipessoal de advocacia.

010. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXIX EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2019) A Sociedade


de Advogados X pretende associar-se aos advogados João e Maria, que não a integrariam
como sócios, mas teriam participação nos honorários a serem recebidos.

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Sociedade de Advogados, Advogado Empregado
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Sobre a pretensão da Sociedade de Advogados X, de acordo com o disposto no Regulamento


Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta.
a) É autorizada, contudo deve haver formalização em contrato averbado no registro da
Sociedade de Advogados. A associação pretendida deverá implicar necessariamente vínculo
empregatício.
b) É autorizada, contudo deve haver formalização em contrato averbado no registro da
Sociedade de Advogados. A associação pretendida não implicará vínculo empregatício.
c) É autorizada, independentemente de averbação no registro da Sociedade. A associação
pretendida não implicará vínculo empregatício.
d) Não é autorizada, pois os advogados João e Maria passariam a integrar a Sociedade X
como sócios, mediante alteração no registro da sociedade.

011. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXVII - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2018) Ricardo


Silva, Carlos Santos e Raul Azevedo são advogados e constituem a sociedade Silva, Santos
e Azevedo Sociedade de Advogados, para exercício conjunto da profissão. A sociedade
consolida-se como referência de atuação em determinado ramo do Direito. Anos depois,
Carlos Santos falece e seus ex-sócios pretendem manter seu sobrenome na sociedade. Sobre
a manutenção do sobrenome de Carlos Santos na sociedade, de acordo com o Estatuto e
com o Regulamento Geral da OAB, assinale a afirmativa correta.
a) É permitida, desde que expressamente autorizada por seus herdeiros.
b) É vedada, pois da razão social não pode constar o nome de advogado falecido.
c) É permitida, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo da sociedade ou na
alteração contratual em vigor.
d) É permitida, independentemente da previsão no ato constitutivo ou na alteração contratual
em vigor, ou de autorização dos herdeiros, desde que autorizada pelo Conselho da respectiva
Seccional.

012. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXVI - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2018) O


advogado Pasquale integra a sociedade de advogados X, juntamente com três sócios. Todavia,
as suas funções na aludida sociedade apenas ocupam parte de sua carga horária semanal
disponível. Por isso, a fim de ocupar o tempo livre, o advogado estuda duas propostas: de
um lado, pensa em criar, paralelamente, uma sociedade unipessoal de advocacia; de outro,
estuda aceitar a oferta, proposta pela sociedade de advogados Y, de integrar seus quadros.
Considerando que todas as pessoas jurídicas mencionadas teriam sede na mesma área
territorial de um Conselho Seccional da OAB, assinale a afirmativa correta.

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Sociedade de Advogados, Advogado Empregado
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a) É permitido que Pasquale integre simultaneamente a sociedade de advogados X e a


sociedade de advogados Y. Todavia, não é autorizado que integre simultaneamente a
sociedade de advogados X e a sociedade unipessoal de advocacia.
b) É permitido que Pasquale integre simultaneamente a sociedade de advogados X e a
sociedade unipessoal de advocacia. Todavia, não é autorizado que integre simultaneamente
a sociedade de advogados X e a sociedade de advogados Y.
c) Não é permitido que Pasquale integre simultaneamente a sociedade de advogados X
e a sociedade de advogados Y. Tampouco é autorizado que integre simultaneamente a
sociedade de advogados X e a sociedade unipessoal de advocacia.
d) É permitido que Pasquale integre simultaneamente a sociedade de advogados X e a
sociedade de advogados Y. Também é autorizado que integre simultaneamente a sociedade
de advogados X e a sociedade unipessoal de advocacia.

013. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2018) O


advogado Sebastião é empregado de certa sociedade limitada, competindo-lhe, entre
outras atividades da advocacia, atuar nos processos judiciais em que a pessoa jurídica é
parte. Em certa demanda, na qual foram julgados procedentes os pedidos formulados pela
sociedade, foram fixados honorários de sucumbência em seu favor.
Considerando o caso narrado e o disposto no Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia
e da OAB, assinale a afirmativa correta.
a) Os referidos honorários integram a remuneração de Sebastião e serão considerados para
efeitos trabalhistas, embora não sejam considerados para efeitos previdenciários.
b) Os referidos honorários integram a remuneração de Sebastião e serão considerados para
efeitos trabalhistas e para efeitos previdenciários.
c) Os referidos honorários não integram a remuneração de Sebastião e não serão considerados
para efeitos trabalhistas, embora sejam considerados para efeitos previdenciários.
d) Os referidos honorários não integram a remuneração de Sebastião e não serão considerados
para efeitos trabalhistas, nem para efeitos previdenciários.

014. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXV EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2018) Enzo,


regularmente inscrito junto à OAB, foi contratado como empregado de determinada
sociedade limitada, a fim de exercer atividades privativas de advogado. Foi celebrado, por
escrito, contrato individual de trabalho, o qual estabelece que Enzo se sujeitará a regime
de dedicação exclusiva. A jornada de trabalho acordada de Enzo é de oito horas diárias.
Frequentemente, porém, é combinado que Enzo não compareça à sede da empresa pela
manhã, durante a qual deve ficar, por três horas, “de plantão”, ou seja, à disposição do
empregador, aguardando ordens. Nesses dias, posteriormente, no período da tarde, dirige-
se à sede, a fim de exercer atividades no local, pelo período contínuo de seis horas.

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Sociedade de Advogados, Advogado Empregado
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Considerando o caso narrado e a disciplina do Estatuto da Advocacia e da OAB, bem como


do seu Regulamento Geral, assinale a afirmativa correta.
a) É vedada a pactuação de dedicação exclusiva. Deverão ser remuneradas como extraordinárias
as horas diárias excedentes a quatro horas contínuas, incluindo-se as horas cumpridas
por Enzo na sede da empresa, bem como as horas que ele permanece em sede externa,
executando tarefas ou meramente aguardando ordens do empregador.
b) É autorizada a pactuação do regime de dedicação exclusiva. Deverão ser remuneradas
como extraordinárias as horas que excederem a jornada de oito horas diárias, o que inclui
as horas cumpridas por Enzo na sede da empresa ou efetivamente executando atividades
externas ordenadas pelo empregador. As horas em que Enzo apenas aguarda as ordens fora
da sede são consideradas somente para efeito de compensação de horas.
c) É autorizada a pactuação do regime de dedicação exclusiva. Deverão ser remuneradas
como extraordinárias as horas que excederem a jornada de oito horas diárias, o que inclui
tanto as horas cumpridas por Enzo na sede da empresa como as horas em que ele permanece
em sede externa, executando tarefas ou meramente aguardando ordens do empregador.
d) É autorizada a pactuação do regime de dedicação exclusiva. Deverão ser remuneradas
como extraordinárias as horas que excederem a jornada de nove horas diárias, o que inclui
as horas cumpridas por Enzo na sede da empresa ou efetivamente executando atividades
externas ordenadas pelo empregador. As horas em que Enzo apenas aguarda as ordens fora
da sede são consideradas somente para efeito de compensação de horas.

015. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXII - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2017) Os


advogados Raimundo da Silva, Severino da Silva e Juscelino da Silva constituíram sociedade
simples de prestação de serviços de advocacia, denominada Silva Advogados, com o registro
aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB pertinente ao local da
sede. Severino figura como sócio-gerente. Além dos três advogados, não há outros sócios
ou associados. Considerando a situação narrada e a disciplina do Regulamento Geral do
Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta.
a) Os atos indispensáveis à satisfação das finalidades da pessoa jurídica apenas podem ser
praticados por Raimundo, Severino ou Juscelino, sendo vedada a prática de atos por Silva
Advogados, uma vez que as atividades necessárias ao desempenho da advocacia devem
ser exercidas individualmente, ainda que revertam à sociedade os proveitos.
b) Os atos indispensáveis à satisfação das finalidades da pessoa jurídica podem ser praticados
por Silva Advogados; porém, os atos privativos de advogado devem ser praticados por
Raimundo, Severino ou Juscelino.
c) Os atos indispensáveis à satisfação das finalidades da pessoa jurídica e os atos privativos
de advogado podem ser praticados por Silva Advogados.

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Sociedade de Advogados, Advogado Empregado
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d) Os atos destinados à satisfação das finalidades da pessoa jurídica apenas devem ser
praticados por Severino, sendo vedada a prática de atos por Silva Advogados, uma vez que as
atividades necessárias ao desempenho da advocacia devem ser exercidas individualmente,
ainda que revertam à sociedade os proveitos. Os atos também não podem ser praticados
pelos demais sócios, já que Severino figura como sócio-gerente.

016. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXIII - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2017) Miguel,


advogado, sempre exerceu a atividade sozinho. Não obstante, passou a pesquisar sobre
a possibilidade de constituir, individualmente, pessoa jurídica para a prestação de seus
serviços de advocacia.
Sobre o tema, assinale a afirmativa correta.
a) Miguel poderá constituir a pessoa jurídica pretendida, mediante registro dos seus
atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede, com
denominação formada pelo nome do titular, seguida da expressão ‘Sociedade Individual
de Advocacia’.
b) Miguel não poderá constituir a pessoa jurídica pretendida, uma vez que o ordenamento
jurídico brasileiro não admite a figura da sociedade unipessoal, ressalvados apenas os casos
de unipessoalidade temporária e da chamada subsidiária integral.
c) Miguel poderá constituir a pessoa jurídica pretendida mediante registro dos seus atos
constitutivos no Conselho Seccional da OAB, com denominação formada pelo nome do
titular, seguida da expressão ‘EIRELI’.
d) Miguel poderá constituir a pessoa jurídica pretendida mediante registro dos seus atos
constitutivos no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, com denominação formada pelo nome
do titular, seguida da expressão ‘EIRELI’.

017. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2016) Leandro


é advogado empregado de uma sociedade anônima, tendo atuado sozinho em demanda
proposta em 2014, na qual tal pessoa jurídica foi vencedora, tendo o magistrado condenado
a parte adversa ao pagamento de honorários de sucumbência.
Com base no disposto no Estatuto da OAB e no entendimento adotado pelo Supremo
Tribunal Federal sobre o tema, assinale a afirmativa correta.
a) Os referidos honorários pertencem à pessoa jurídica empregadora, uma vez que tal verba
sucumbencial destina-se a recompor o patrimônio jurídico da parte vencedora na demanda.
b) Os mencionados honorários pertencem a Leandro, mas é possível, de acordo com o STF,
haver estipulação contratual em contrário, pois se trata de direito disponível do advogado.
c) Os mencionados honorários pertencem a Leandro, sendo vedada, de acordo com o STF,
qualquer estipulação contratual em contrário, pois se trata de direito indisponível.

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Sociedade de Advogados, Advogado Empregado
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d) Os referidos honorários serão partilhados entre Leandro e a pessoa jurídica empregadora,


de acordo com o STF, sendo vedada qualquer estipulação contratual em contrário, por se
tratar de honorários sucumbenciais.

018. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XVIII - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2015) O


banco Dólar é réu em diversos processos de natureza consumerista, todos com idênticos
fundamentos de Direito, pulverizados pelo território nacional. Considerando a grande
quantidade de feitos e sua abrangência territorial, a instituição financeira decidiu contratar
a sociedade de advogados X para sua defesa em juízo, pois esta possui filial em diversos
estados da Federação. Diante da consulta formulada pelo banco, alguns advogados, sócios
integrantes da filial situada no Rio Grande do Sul, realizaram mapeamento dos processos
em trâmite em face da pessoa jurídica. Assim, observaram que esta mesma filial já atua
em um dos processos em favor do autor da demanda.
Tendo em vista tal situação, assinale a opção correta.
a) Os advogados deverão recusar, por meio de qualquer sócio do escritório ou filial, a atuação
da sociedade de advogados na defesa do banco, pois os advogados sócios de uma mesma
sociedade profissional não podem representar em juízo clientes de interesses opostos.
b) Os advogados deverão identificar quem são os sócios do escritório que atuam na causa,
pois estes não poderão realizar a defesa técnica do banco em quaisquer dos processos em
trâmite, sendo autorizada, porém, a atuação dos demais sócios da sociedade de advogados,
de qualquer filial.
c) Os advogados deverão recusar a defesa do banco pela filial da sociedade de advogados
no Rio Grande do Sul e indicar as outras filiais para atuação nos feitos, pois todos os sócios
da filial ficam impedidos de representar em juízo a instituição financeira, em razão de já
haver atuação em favor de cliente com interesses opostos.
d) Os advogados deverão informar ao banco que há atuação de advogados daquela filial
em um dos processos em favor do autor da demanda, a fim de que a instituição financeira
decida se deseja, efetivamente, que a sua defesa técnica seja realizada pela sociedade de
advogados, garantindo, assim, o consentimento informado do cliente.

019. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XVIII - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2015) Os


advogados Márcio, Bruno e Jorge, inscritos nas Seccionais do Paraná e de Santa Catarina
da Ordem dos Advogados resolveram constituir determinada sociedade civil de advogados,
para atuação na área tributária. A sede da sociedade estava localizada em Curitiba. Como os
três sócios estavam inscritos na Seccional de Santa Catarina, eles requereram o registro da
sociedade também nessa Seccional. Márcio, por outro lado, já fazendo parte da sociedade
com Bruno e Jorge, requereu, juntamente com seu irmão, igualmente advogado, o registro

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Sociedade de Advogados, Advogado Empregado
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de outra sociedade de advogados também na Seccional do Paraná, esta com especialização


na área tributária. As sociedades não são filiais.
Sobre a hipótese descrita é correto afirmar que a sociedade de advogados de Márcio, Bruno
e Jorge
a) não poderá ser registrada na seccional de Santa Catarina, pois apenas tem sede na
Seccional do Paraná. Márcio não poderá requerer inscrição em outra sociedade de advogados
no Paraná.
b) não poderá ser registrada na seccional de Santa Catarina, pois apenas tem sede na
Seccional do Paraná. Márcio poderá requerer inscrição em outra sociedade de advogados
no Paraná.
c) poderá ser registrada na seccional de Santa Catarina, pois os três advogados que dela
fazem parte estão inscritos na Seccional em questão. Márcio não poderá requerer inscrição
em outra sociedade de advogados no Paraná.
d) poderá ser registrada na seccional de Santa Catarina, pois os três advogados que dela
fazem parte estão inscritos na Seccional em questão. Márcio poderá requerer inscrição em
outra sociedade de advogados no Paraná.

020. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XVIII - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2015)


Gabriela é sócia de uma sociedade de advogados, tendo, no exercício de suas atividades
profissionais, representado judicialmente Júlia. Entretanto, Gabriela, agindo com culpa,
deixou de praticar ato imprescindível à defesa de Júlia em processo judicial, acarretando-
lhe danos materiais e morais.
Em uma eventual demanda proposta por Júlia, a fim de ver ressarcidos os danos sofridos,
deve-se considerar que
a) Gabriela e a sociedade de advogados não podem ser responsabilizadas civilmente pelos
danos, pois, no exercício profissional, o advogado apenas responde pelos atos que pratica
mediante dolo, compreendido por meio do binômio consciência e vontade.
b) a sociedade de advogados não pode ser responsabilizada civilmente pelos atos ou
omissões praticados pessoalmente por Gabriela. Assim, apenas a advogada responderá
pela sua omissão decorrente de culpa, no âmbito da responsabilidade civil e disciplinar.
c) Gabriela e a sociedade de advogados responderão civilmente pela omissão decorrente de
culpa, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar da advogada, cuidando-se de hipótese
de responsabilidade civil solidária entre ambas.
d) Gabriela e a sociedade de advogados podem ser responsabilizadas civilmente pela omissão
decorrente de culpa. A responsabilidade civil de Gabriela será subsidiária à da sociedade e
ilimitada pelos danos causados, sem prejuízo de sua responsabilidade disciplinar.

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021. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XV - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2014) Fred,


jovem advogado, é contratado para prestar serviços na empresa BBO Ltda., que possui
uma assessoria jurídica composta por cinco profissionais do Direito, orientados por uma
gerência jurídica. Após cinco meses de intensa atividade, é concitado a formular parecer
sobre determinado tema jurídico de interesse da empresa, tarefa que realiza, sendo seu
entendimento subscrito pela gerência.
Após dez meses do referido evento, o tema é reapresentado por um dos diretores da empresa,
que, em viagem realizada para outro estado, havia consultado um outro advogado. Diante
dos novos argumentos, o gerente determina que Fred, o advogado parecerista, mesmo
sem ter mudado de opinião, apresente petição inicial em confronto com o entendimento
anteriormente preconizado.
No caso, nos termos do Código de Ética da Advocacia, o advogado.
a) deve submeter-se à determinação da gerência jurídica.
b) deve apresentar seu parecer ao conjunto de advogados para decisão.
c) pode recusar-se a propor a ação diante do parecer anterior.
d) pode opor-se e postular assessoria da OAB.

022. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XV - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2014) Os


advogados X de Souza, Y dos Santos e Z de Andrade requereram o registro de sociedade de
advogados denominada Souza, Santos e Andrade Sociedade de Advogados. Tempos depois,
X de Souza vem a falecer, mas os demais sócios decidem manter na sociedade o nome do
advogado falecido.
Sobre a hipótese, assinale a afirmativa correta.
a) É possível manter o nome do sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato
constitutivo da sociedade.
b) É possível manter o nome do sócio falecido, independentemente de previsão no ato
constitutivo da sociedade.
c) É absolutamente vedada a manutenção do nome do sócio falecido na razão social da
sociedade.
d) É possível manter, pelo prazo máximo de seis meses, o nome do sócio falecido.

023. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XI - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2013) Os


advogados Roberto e Alfredo, integrantes da sociedade Roberto & Alfredo Advogados
Associados, há muito atuavam em causas trabalhistas em favor da sociedade empresária
“X”. A certa altura, o advogado Armando ingressou na sociedade de advogados. Armando, no
entanto, já representava os interesses de ex-empregado da sociedade empresária “X”. Em
razão disso, Armando não foi constituído para atuar nas causas do escritório envolvendo

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a sociedade empresária “X”, continuando, assim, a atuar em favor do ex-empregado. Por


outro lado, Roberto e Alfredo não foram constituídos para advogar pelo ex-empregado.
A partir do caso apresentado, assinale a afirmativa correta.
a) Roberto, Alfredo e Armando agiram correta e eticamente, pois dividiram os clientes, de
forma que nenhum deles advogasse, ao mesmo tempo, para clientes com interesses opostos.
b) Roberto, Alfredo e Armando não agiram corretamente, pois, em causas trabalhistas,
os advogados de partes com interesses opostos não podem ter qualquer tipo de relação
profissional ou pessoal.
c) Roberto, Alfredo e Armando não agiram correta e eticamente, pois os advogados sócios
de uma mesma sociedade profissional não podem representar, em juízo, clientes com
interesses opostos.
d) Roberto, Alfredo e Armando não poderiam ter constituído a sociedade em questão, ainda
que Armando deixasse de atuar na causa em favor do ex-empregado.

024. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XII - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2013) O escritório


Hércules Advogados Associados foi fundado no início do século XX, tendo destacada atuação
em várias áreas do Direito. O sócio-fundador faleceu no limiar do século XXI e os sócios
remanescentes manifestaram o desejo de manter o nome do advogado falecido na razão
social da sociedade.
A partir da hipótese sugerida, nos termos do Regulamento Geral da Ordem dos Advogados
do Brasil, assinale a afirmativa correta.
a) Falecendo o advogado sócio, determina-se a sua exclusão dos registros da sociedade
incluindo a razão social do escritório.
b) Permite-se a manutenção do sócio-fundador nos registros do escritório, mediante
autorização especial do plenário da Seccional.
c) Havendo previsão no ato constitutivo da sociedade de advogados, pode permanecer o
nome do sócio falecido na razão social.
d) Existindo acordo entre o escritório de advocacia, os clientes e a Seccional da Ordem dos
Advogados do Brasil, é permitida a manutenção do nome do sócio falecido.

025. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/IX - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2012) O advogado


João, regularmente contratado para defender os interesses de José em Juízo, realiza a
defesa regular em primeiro grau, mas não apresenta recurso de apelação contra sentença
que julgou improcedente o pedido, mesmo havendo sólida fundamentação para modificar
o decidido. O prejuízo causado ao cliente foi de R$ 10.000,00, parcialmente coberto por
seguro realizado pela sociedade de advogados integrada por João.
Consoante as regras estatutárias, os prejuízos causados ao cliente acarretam a responsabilidade
pessoal do sócio advogado de forma

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a) limitada à responsabilidade decorrente de contrato de seguro.


b) ilimitada, mas subsidiária em relação à sociedade.
c) limitada e principal, sendo a da sociedade subsidiária.
d) ilimitada e vinculada ao resultado do processo disciplinar instaurado.

026. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/VII - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2012) Lara é


sócia de determinada sociedade de advogados com sede no Rio de Janeiro e filial em São
Paulo. Foi convidada a Integrar, cumulativamente e também como sócia, os quadros de
outra sociedade de advogados, esta com sede em São Paulo e sem filiais. Aceitou o convite
e rapidamente providenciou sua inscrição suplementar na OAB/SP, tendo em vista que
passaria a exercer habitualmente a profissão nesse estado.
a) Lara agiu corretamente, pois, considerando-se que passaria a atuar em mais do que cinco
causas por ano em São Paulo, era necessário que promovesse sua inscrição suplementar
nesse estado.
b) Lara não agiu corretamente, pois é vedado ao advogado integrar mais de uma sociedade
de advogados com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional.
c) Lara não agiu corretamente, pois é vedado ao advogado integrar mais de uma sociedade
de advogados dentro do território nacional.
d) Lara agiu corretamente e sequer era necessário que promovesse sua inscrição suplementar,
pois passaria a exercer a profissão em São Paulo na qualidade de sócia e não de advogada
empregada da sociedade em questão.

027. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/VI - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2012) Mévio é


advogado empregado de empresa de grande porte atuando como diretor jurídico e tendo
vários colegas vinculados à sua direção. Instado por um dos diretores, escala um dos seus
advogados para atuar em processo judicial litigioso, no interesse de uma das filhas do
referido diretor. À luz das normas estatutárias, é correto afirmar que
a) a defesa dos interesses dos familiares dos dirigentes da empresa está ínsita na atuação
profissional do advogado empregado.
b) a atuação do advogado empregado nesses casos pode ocorrer voluntariamente, sem
relação com o seu emprego.
c) a relação de emprego retira do advogado sua independência profissional, pois deve
defender os interesses do patrão.
d) em casos de dedicação exclusiva, a jornada de trabalho máxima do advogado será de
quatro horas diárias e de vinte horas semanais.

028. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/VI - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2012) No


concernente à Sociedade de Advogados, é correto afirmar, à luz do Estatuto e do Código
de Ética e Disciplina da OAB, que

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a) pode se organizar de forma mercantil, com registro na Junta Comercial.


b) está vinculada às regras de ética e disciplina dos advogados
c) seus sócios estão imunes ao controle disciplinar da OAB.
d) seus componentes podem, isoladamente, representar clientes com interesses conflitantes.

029. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/IV - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2011) Os


advogados Pedro e João desejam estabelecer sociedade de advogados com o fito de
regularizar o controle dos seus fluxos de honorários e otimizar despesas. Estabelecem
contrato e requerem o seu registro no órgão competente. À luz da legislação aplicável aos
advogados, é correto afirmar que
a) é possível a participação de advogados em sociedades sediadas em áreas territoriais de
seccionais diversas.
b) o Código de Ética não se aplica individualmente aos profissionais que compõem sociedade
de advogados.
c) podem existir sociedades mistas de advogados e contadores.
d) a procuração é sempre coletiva quando atuante sociedade de advogados.

030. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/II - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2010) Michel,


Philippe e Lígia, bacharéis em Direito recém-formados e colegas de bancos universitários,
comprometem-se a empreender a atividade advocatícia de forma conjunta logo após a
aprovação no Exame de Ordem. Para gáudio dos bacharéis, todos são aprovados no certame
e obtém sua inscrição no Quadro de Advogados da OAB.
Assim, alugam sala compatível em local próximo ao prédio do Fórum do município onde
pretendem exercer sua nobre função. De início, as causas são individuais, por indicação
de amigos e parentes. Logo, no entanto, diante do sucesso profissional alcançado, são
contatados por sociedades empresárias ansiosas pela prestação de serviços profissionais
advocatícios de qualidade. Uma exigência, no entanto, é realizada: a prestação deve ocorrer
por meio de sociedade de advogados.
No concernente ao tema, à luz das normas aplicáveis
a) a sociedade de advogados é de natureza empresarial.
b) os advogados sócios da sociedade de advogados respondem limitadamente por danos
causados aos clientes.
c) o registro da sociedade de advogados é realizado no Conselho Seccional da OAB onde a
mesma mantiver sede.
d) não é possível associação com advogados, sem vínculo de emprego, para participação
nos resultados.

031. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/I - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2010) Assinale


a opção correta acerca da situação do advogado como empregado, de acordo com as
disposições do Estatuto da Advocacia e da OAB.

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a) O advogado empregado não está obrigado à prestação de serviços profissionais de


interesse pessoal, fora da relação de emprego.
b) Nas causas em que for parte empregador de direito privado, os honorários de sucumbência
serão devidos a ele, empregador, e não, aos advogados empregados.
c) Considera-se jornada de trabalho o período em que o advogado esteja à disposição
do empregador, aguardando ou executando ordens no âmbito do escritório, não sendo
consideradas as horas trabalhadas em atividades externas.
d) A relação de emprego, no que se refere ao advogado, não retira a isenção técnica inerente
à advocacia, mas reduz a independência profissional, visto que o advogado deve atuar de
acordo com as orientações de seus superiores hierárquicos.

032. (CESPE/EXAME DE ORDEM OAB - 2/2009) Com relação ao advogado empregado, assinale
a opção correta.
a) Considere que Marcos, advogado empregado do banco X, tenha recebido ordem para
elaborar parecer favorável em um contrato manifestamente ilegal. Nesse caso, por ser
empregado do banco, ele não possui independência profissional para fazer, por convicção,
parecer contrário ao referido contrato.
b) O advogado empregado, no exercício da profissão, não pode ter regime de trabalho
superior a trinta horas semanais, independentemente de acordo coletivo ou de contrato
de dedicação exclusiva.
c) Considere que Fabiana, advogada da empresa SW, tenha ganhado processo para seu
empregador. Nessa situação, caso haja honorários de sucumbência, estes devem ser
repassados à empresa, haja vista que Fabiana já é remunerada para defender os interesses
da empresa SW.
d) Considere que Daniel, advogado empregado do banco Z, tenha sido chamado à sala do
diretor-presidente e lá recebido ordem para fazer contestação do processo de separação
desse diretor-presidente. Nessa situação, Daniel não está obrigado a prestar seus serviços
profissionais, visto que a causa é de interesse pessoal do diretor-presidente, sem relação
com o contrato de trabalho.

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GABARITO

1. c 12. c 23. c
2. b 13. d 24. c
3. d 14. c 25. b
4. d 15. b 26. b
5. c 16. a 27. b
6. b 17. b 28. b
7. a 18. a 29. a
8. d 19. a 30. c
9. d 20. d 31. a
10. b 21. c 32. d
11. c 22. a

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GABARITO COMENTADO

001. (FGV/2023/OAB/EXAME DA ORDEM UNIFICADO XXXVII - PRIMEIRA FASE) O advogado


Jefferson pretende associar-se a uma sociedade de advogados, para a prestação de serviços
advocatícios e participação nos resultados.
Sobre tal possibilidade, assinale a afirmativa correta.
a) É admitido que Jefferson se associe, em tais moldes, a apenas uma sociedade de advogados.
b) A associação de Jefferson a uma sociedade unipessoal de advocacia, com participação
nos resultados, não é permitida, pois configuraria a presença de requisitos legais de vínculos
empregatícios.
c) É admitido que Jefferson se associe, simultaneamente, a uma sociedade de advogados
e a uma sociedade unipessoal de advocacia.
d) A associação de Jefferson a uma sociedade de advogados deve ser em caráter geral, não
sendo admitida a restrição à determinada causa.

A Lei n. 14.365, de 02 de junho de 2022 inseriu o artigo 17-A ao Estatuto da OAB para
incluir a possibilidade de o advogado associar-se a uma ou mais sociedades de advogados
ou sociedades unipessoais de advocacia, sem que estejam presentes os requisitos legais
de vínculo empregatício, para prestação de serviços e participação nos resultados, na
forma do Regulamento Geral e de Provimentos do Conselho Federal da OAB.
Letra c.

002. (FGV/2023/OAB/EXAME DA ORDEM UNIFICADO XXXVII - PRIMEIRA FASE) Lucas e Leandro


são os únicos sócios da sociedade de advogados Lucas & Leandro Advogados. Ocorre que
Leandro, que já exerce mandato de vereador, passará a integrar a mesa diretora da Câmara
Municipal no próximo biênio.
Durante tal período, a sociedade de advogados
a) deverá transformar-se em sociedade unipessoal de advocacia, com a concentração em
Lucas das cotas que pertencem a Leandro.
b) deverá averbar, no registro da sociedade, o licenciamento de Leandro para exercer atividade
incompatível com a advocacia em caráter temporário, não alterando sua constituição.
c) não poderá funcionar, porque Leandro, um de seus integrantes, estará totalmente
proibido de advogar.
d) não poderá ter sede ou filial na mesma área territorial do Conselho Seccional em que
Leandro exerce o mandato na mesa diretora da Câmara Municipal.

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O Estatuto estabelece que o impedimento ou a incompatibilidade em caráter temporário


do advogado não o exclui da sociedade de advogados à qual pertença, mas deve ser
averbado no registro da sociedade, sendo proibida, em qualquer hipótese, a exploração
de seu nome e de sua imagem em favor da sociedade (art. 16, § 2º, EOAB – Redação dada
pela Lei n. 14.365, de 2022).
Registre-se que conforme o artigo 28, I, do Estatuto da OAB, a advocacia é INCOMPATÍVEL,
mesmo em causa própria, com a atividade de chefe do Poder Executivo e membros da
Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais.
Letra b.

003. (FGV/2022/OAB/EXAME DA ORDEM UNIFICADO XXXVI - PRIMEIRA FASE) Recém formadas


e inscritas na OAB, as amigas Fernanda e Júlia desejam ingressar no mercado de trabalho.
Para tanto, avaliam se devem constituir sociedade unipessoal de advocacia ou atuar em
sociedade simples de prestação de serviços de advocacia.
Constituída a sociedade, Fernanda e Júlia deverão observar que
a) a sociedade unipessoal de advocacia adquire personalidade jurídica com o registro
aprovado dos seus atos constitutivos no cartório de registro civil de pessoas jurídicas,
sujeito a homologação da OAB.
b) as procurações devem ser outorgadas à sociedade de advocacia e indicar individualmente
os advogados que dela façam parte.
c) poderão integrar simultaneamente uma sociedade de advogados e uma sociedade
unipessoal de advocacia com sede na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional.
d) os advogados integrantes da sociedade não poderão representar em juízo clientes de
interesses opostos.

a) Errada. Tanto a sociedade de advogados como a sociedade unipessoal de advocacia


adquirem personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos
no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede (art. 15, § 1º, EOAB).
b) Errada. Ao contrário: as procurações devem ser outorgadas individualmente aos
advogados e indicar a sociedade de que façam parte (art. 15, § 3º, EOAB).
c) Errada. Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir
mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma
sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia com sede ou filial na
mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional (art. 15, § 4º, EOAB).

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d) Certa. Em obediência ao princípio da confiança recíproca entre advogado e cliente, bem


como em decorrência do sigilo profissional, os advogados sócios de uma mesma sociedade
profissional, ou reunidos em caráter permanente para cooperação recíproca, não podem
representar, em juízo ou fora dele, clientes de interesses opostos, nos termos do artigo
15, § 6º c/c artigo 19, do Código de Ética e Disciplina da OAB.
Letra d.

004. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXXV EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2022) Antônio,


economista sem formação jurídica, e Pedro, advogado, ambos estudiosos da Análise
Econômica do Direito, desejam constituir sociedade de advogados que também fornecerá
aos seus clientes serviços de consultoria na área econômica. Ao analisar a possibilidade de
registro desse empreendimento, que consideram inovador, Antônio e Pedro concluíram,
corretamente, que
a) poderá ser efetivado, já que é permitido o registro, nos cartórios de registro civil de
pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua, entre outras finalidades,
a atividade de advocacia.
b) não poderá ser efetivado, já que somente são admitidas a registro as sociedades de
advogados que explorem ciências sociais complementares à advocacia.
c) poderá ser efetivado, desde que a razão social tenha o nome de, pelo menos, um advogado
responsável pela sociedade.
d) não poderá ser efetivado, já que não são admitidas a registro as sociedades de advogados
que incluam como sócio pessoa não inscrita como advogado ou totalmente proibida de
advogar.

O artigo 16 do Estatuto da OAB veda a constituição de sociedades de advogados que


apresentem forma ou características de sociedade empresária, que adotem denominação
de fantasia, que realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam como sócio ou
titular de sociedade unipessoal de advocacia pessoa não inscrita como advogado ou
totalmente proibida de advogar.
Ademais, de acordo com o artigo 16, § 3º, é proibido o registro, nos cartórios de registro
civil de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua, entre outras
finalidades, a atividade de advocacia.
Letra d.

005. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2022) A


sociedade empresária Y presta, com estrutura organizacional, atividades de consultoria
jurídica e de orientação de marketing para pequenos empreendedores.

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Considerando as atividades exercidas pela sociedade hipotética, assinale a afirmativa correta.


a) A sociedade Y deve ter seus atos constitutivos registrados apenas na Junta Comercial.
b) A sociedade Y deve ter seus atos constitutivos registrados apenas no Conselho Seccional
da OAB em cuja base territorial tem sede.
c) É vedado o registro dos atos constitutivos da sociedade Y nos Conselhos Seccionais da
OAB e também é vedado seu registro na Junta Comercial.
d) Os atos constitutivos da sociedade Y devem ser registrados na Junta Comercial e no
Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tem sede.

O Estatuto da OAB veda a constituição de sociedades de advogados que apresentem forma


ou características de sociedade empresária, que adotem denominação de fantasia, que
realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam como sócio ou titular de sociedade
unipessoal de advocacia pessoa não inscrita como advogado ou totalmente proibida de
advogar (art. 16, EOAB)
Ademais, de acordo com o artigo 16, § 3º, é proibido o registro, nos cartórios de registro
civil de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua, entre outras
finalidades, a atividade de advocacia.
Letra c.

006. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2022) Anderson,


titular de sociedade individual de advocacia, é contratado pela sociedade empresária
Polvilho Confeitaria Ltda. para atuar em sua defesa em ação judicial ajuizada por Pedro,
consumidor insatisfeito.
No curso da demanda, a impugnação ao cumprimento de sentença não foi conhecida por ter
sido injustificadamente protocolizada por Anderson após o prazo previsto em lei, o que faz
com que Pedro receba valor maior do que teria direito e, consequentemente, a sociedade
empresária Polvilho Confeitaria Ltda. sofra danos materiais.
Diante dessa situação, Anderson, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar em que possa
incorrer, poderá responder com seu patrimônio pessoal pelos danos materiais causados à
sociedade empresária Polvilho Confeitaria Ltda.
a) Solidariamente, com a sociedade individual de advocacia e de forma ilimitada.
b) Subsidiariamente, em relação à sociedade individual de advocacia e de forma ilimitada.
c) Solidariamente, com a sociedade individual de advocacia e de forma limitada.
d) Subsidiariamente, em relação à sociedade individual de advocacia e de forma limitada.

A sociedade, os sócios, bem como o titular da sociedade individual de advocacia respondem


subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados, nas hipóteses de dolo ou culpa e por

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ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo das sanções disciplinares (art. 17
do Estatuto da OAB c/c art. 40 do Regulamento Geral).
Letra b.

007. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXXII EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2021) A


sociedade de advogados “A e B Advogados” está sediada no Rio de Janeiro. Entretanto,
em razão das circunstâncias de mercado dos seus clientes, verificou que seria necessário
ao bom desempenho das suas atividades profissionais constituir uma filial em São Paulo.
No que se refere ao ato de constituição da filial e a atuação dos sócios, assinale a afirmativa
correta.
a) O ato de constituição da filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado no
Conselho Seccional de São Paulo, ficando todos seus sócios obrigados à inscrição suplementar
junto ao Conselho Seccional de São Paulo.
b) O ato de constituição da filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado
no Conselho Seccional de São Paulo, ficando obrigados à inscrição suplementar junto ao
Conselho Seccional de São Paulo apenas aqueles sócios que habitualmente exercerem a
profissão naquela localidade, considerando-se habitualidade a intervenção judicial que
exceder cinco causas por ano.
c) O ato de constituição da filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado
no Conselho Seccional do Rio de Janeiro, ficando obrigados à inscrição suplementar junto
ao Conselho Seccional de São Paulo apenas aqueles sócios que habitualmente exercerem
a profissão naquela localidade, considerando-se habitualidade a intervenção judicial que
exceder cinco causas por ano.
d) O ato de constituição da filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado
no Conselho Seccional do Rio de Janeiro, ficando todos seus sócios obrigados à inscrição
suplementar junto ao Conselho Seccional de São Paulo.

O artigo 15, § 5º, do Estatuto da OAB, autoriza a criação de filiais e a atuação dos advogados
em áreas de outro Conselho Seccional, sendo que o ato de constituição de filial deve ser
averbado no registro da sociedade e arquivado no Conselho Seccional onde se instalar,
ficando os sócios, inclusive o titular da sociedade unipessoal de advocacia, obrigados à
inscrição suplementar.
Letra a.

008. (FGV/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2020) Os sócios Antônio, Daniel e Marcos
constituíram a sociedade Antônio, Daniel & Marcos Advogados Associados, com sede em
São Paulo e filial em Brasília.

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Após desentendimentos entre eles, Antônio constitui sociedade unipessoal de advocacia,


com sede no Rio de Janeiro. Marcos, por sua vez, retira-se da sociedade Antônio, Daniel &
Marcos Advogados Associados.
Sobre a situação apresentada, assinale a afirmativa correta.
a) Daniel não está obrigado a manter inscrição suplementar em Brasília, já que a sociedade
Antônio, Daniel & Marcos Advogados Associados tem sede em São Paulo.
b) Antônio deverá retirar-se da Antônio, Daniel & Marcos Advogados Associados, já que não
pode integrar, simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal
de advocacia.
c) Mesmo após Marcos se retirar da sociedade Antônio, Daniel & Marcos Advogados Associados
permanece o impedimento para que ele e Antônio representem em juízo clientes com
interesses opostos.
d) Caso Antônio também se retire da Antônio, Daniel & Marcos Advogados Associados, a
sociedade deverá passar a ser denominada Daniel Sociedade Individual de Advocacia.

De acordo com o artigo 15 do Estatuto da OAB, os advogados podem se reunir em sociedade


simples de prestação de serviços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de
advocacia, na forma disciplinada no Estatuto da OAB e no Regulamento Geral da OAB.
Ademais, a denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser obrigatoriamente
formada pelo nome do seu titular, completo ou parcial, com a expressão ‘Sociedade
Individual de Advocacia’
a) Errada. o Estatuto autoriza a criação de filiais e a atuação dos advogados em áreas de
outro Conselho Seccional, ficando os sócios obrigados à inscrição suplementar, inclusive
o titular da sociedade unipessoal de advocacia (art. 15, § 5º, do Estatuto). Sendo assim,
Daniel está obrigado a manter sua inscrição suplementar na sede da filial: Brasília.
b) Errada. Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir
mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma
sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia com sede ou filial na
mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional (art. 15, § 4º, do Estatuto).
Portanto, tendo em vista que Antônio constituiu sociedade unipessoal de advocacia com
sede no Rio de Janeiro, não se aplica a vedação mencionada.
c) Errada. Os advogados sócios de uma mesma sociedade profissional, ou reunidos em
caráter permanente para cooperação recíproca, não podem representar, em juízo ou
fora dele, clientes de interesses opostos, nos termos do artigo 15, § 6º c/c artigo 19, do
Código de Ética e Disciplina da OAB. Como Marcos se retirou da sociedade não é aplicável
o impedimento aqui mencionado.
Letra d.

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009. (FGV/XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2020) A sociedade Antônio, Breno, Caio
& Diego Advogados Associados é integrada, exclusivamente, pelos sócios Antônio, Breno,
Caio e Diego, todos advogados regularmente inscritos na OAB.
Em um determinado momento, Antônio vem a falecer. Breno passa a exercer mandato de
vereador, sem figurar entre os integrantes da Mesa Diretora da Câmara Municipal ou seus
substitutos legais. Caio passa a exercer, em caráter temporário, função de direção em
empresa concessionária de serviço público.
Considerando esses acontecimentos, assinale a afirmativa correta.
a) O nome de Antônio poderá permanecer na razão social da sociedade após o seu falecimento,
ainda que tal possibilidade não esteja prevista em seu ato constitutivo.
b) Breno deverá licenciar-se durante o período em que exercer o mandato de vereador,
devendo essa informação ser averbada no registro da sociedade.
c) Caio deverá deixar a sociedade, por ter passado a exercer atividade incompatível com a
advocacia.
d) Com o falecimento de Antônio, se Breno e Caio deixarem a sociedade e nenhum outro
sócio ingressar nela, Diego poderá continuar suas atividades, caso em que passará a ser
titular de sociedade unipessoal de advocacia.

De acordo com o artigo 15 do Estatuto da OAB, os advogados podem se reunir em sociedade


simples de prestação de serviços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de
advocacia, na forma disciplinada no Estatuto da OAB e no Regulamento Geral da OAB.
Sendo assim, considerando que dos sócios restou apenas Diego, nada impede que este
continue suas atividades sozinho, como titular de sociedade unipessoal de advocacia.
a) Errada. Pode permanecer na razão social da sociedade o nome do sócio falecido, desde
que prevista tal possibilidade no ato constitutivo (art. 16, § 1º, do Estatuto).
b) Errada. De fato, poderá licenciar-se o advogado que passar a exercer, em caráter
temporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia (art. 12 do Estatuto).
TODAVIA, o comando da questão é bem claro ao afirmar que Breno ocupará o cargo de
vereador sem figurar entre os integrantes da Mesa Diretora da Câmara Municipal ou seus
substitutos legais. Desse modo, os parlamentares que não integram as Mesas Diretoras
não exercem atividade incompatível, apenas estão IMPEDIDOS de exercer a advocacia
(artigo 30, inciso II, do Estatuto da OAB). Sendo assim, a atividade de vereador de Breno
não é atividade incompatível, mas sim, mero impedimento. Dessa forma, não há o que se
falar em licença do advogado.
c) Errada. Considerando que Caio passará a exercer, em caráter temporário, função de
direção em empresa concessionária de serviço público, atividade incompatível de acordo

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com o artigo 28, inciso III, do Estatuto, poderá licenciar-se, não sendo necessário que deixe
a sociedade.
Inclusive, é importante destacar, apesar da questão ter sido aplicada em 2020, a alteração
trazida pela Lei n. 14.365, de 2022 de que o impedimento ou a incompatibilidade em caráter
temporário do advogado não o exclui da sociedade de advogados à qual pertença, mas deve
ser averbado no registro da sociedade, sendo proibida, em qualquer hipótese, a exploração
de seu nome e de sua imagem em favor da sociedade (art. 16, § 2º, EOAB).
Letra d.

010. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXIX EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2019) A Sociedade


de Advogados X pretende associar-se aos advogados João e Maria, que não a integrariam
como sócios, mas teriam participação nos honorários a serem recebidos.
Sobre a pretensão da Sociedade de Advogados X, de acordo com o disposto no Regulamento
Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta.
a) É autorizada, contudo deve haver formalização em contrato averbado no registro da
Sociedade de Advogados. A associação pretendida deverá implicar necessariamente vínculo
empregatício.
b) É autorizada, contudo deve haver formalização em contrato averbado no registro da
Sociedade de Advogados. A associação pretendida não implicará vínculo empregatício.
c) É autorizada, independentemente de averbação no registro da Sociedade. A associação
pretendida não implicará vínculo empregatício.
d) Não é autorizada, pois os advogados João e Maria passariam a integrar a Sociedade X
como sócios, mediante alteração no registro da sociedade.

De acordo com o art. 39 do Regulamento Geral do Estatuto da OAB, a sociedade pode


associar-se com advogados, sem vínculo de emprego, para participação nos resultados,
desde que os contratos firmados sejam averbados no registro da sociedade de advogados.
a) Errada. A sociedade pode associar-se com advogados sem que a associação implique
em vínculo empregatício.
c) Errada. A associação é permitida desde que os contratos firmados sejam averbados no
registro da sociedade de advogados.
d) Errada. A associação é permitida e não representa implica em vínculo empregatício.
Letra b.

011. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXVII - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2018) Ricardo


Silva, Carlos Santos e Raul Azevedo são advogados e constituem a sociedade Silva, Santos
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e Azevedo Sociedade de Advogados, para exercício conjunto da profissão. A sociedade


consolida-se como referência de atuação em determinado ramo do Direito. Anos depois,
Carlos Santos falece e seus ex-sócios pretendem manter seu sobrenome na sociedade. Sobre
a manutenção do sobrenome de Carlos Santos na sociedade, de acordo com o Estatuto e
com o Regulamento Geral da OAB, assinale a afirmativa correta.
a) É permitida, desde que expressamente autorizada por seus herdeiros.
b) É vedada, pois da razão social não pode constar o nome de advogado falecido.
c) É permitida, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo da sociedade ou na
alteração contratual em vigor.
d) É permitida, independentemente da previsão no ato constitutivo ou na alteração contratual
em vigor, ou de autorização dos herdeiros, desde que autorizada pelo Conselho da respectiva
Seccional.

A denominação das sociedades não é de livre escolha dos advogados sócios, já que o Estatuto
prevê que a razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado
responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista
tal possibilidade no ato constitutivo, nos termos do artigo 16, § 1º, do Estatuto da OAB.
No caso, a sociedade Silva, Santos e Azevedo Sociedade de Advogados poderá manter o
sobrenome de Carlos Santos na razão social, desde que prevista tal possibilidade no ato
constitutivo da sociedade ou na alteração contratual em vigor.
a) Errada. A manutenção do sobrenome de Carlos Santos na razão social da sociedade
independe da autorização dos herdeiros, sendo necessário apenas que tal possibilidade
esteja prevista expressamente no ato constitutivo ou na alteração contratual em vigor,
nos termos do artigo 16, § 1º, do Estatuto da OAB.
b) Errada. É possível que o nome de sócio falecido continue a constar na razão social da
sociedade.
d) Errada. Não é necessária autorização do conselho da respectiva seccional, uma vez que
a única exigência é a previsão no ato constitutivo ou na alteração contratual em vigor da
sociedade, independentemente, ainda, da autorização dos herdeiros.
Letra c.

012. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXVI - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2018) O


advogado Pasquale integra a sociedade de advogados X, juntamente com três sócios. Todavia,
as suas funções na aludida sociedade apenas ocupam parte de sua carga horária semanal
disponível. Por isso, a fim de ocupar o tempo livre, o advogado estuda duas propostas: de

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um lado, pensa em criar, paralelamente, uma sociedade unipessoal de advocacia; de outro,


estuda aceitar a oferta, proposta pela sociedade de advogados Y, de integrar seus quadros.
Considerando que todas as pessoas jurídicas mencionadas teriam sede na mesma área
territorial de um Conselho Seccional da OAB, assinale a afirmativa correta.
a) É permitido que Pasquale integre simultaneamente a sociedade de advogados X e a
sociedade de advogados Y. Todavia, não é autorizado que integre simultaneamente a
sociedade de advogados X e a sociedade unipessoal de advocacia.
b) É permitido que Pasquale integre simultaneamente a sociedade de advogados X e a
sociedade unipessoal de advocacia. Todavia, não é autorizado que integre simultaneamente
a sociedade de advogados X e a sociedade de advogados Y.
c) Não é permitido que Pasquale integre simultaneamente a sociedade de advogados X
e a sociedade de advogados Y. Tampouco é autorizado que integre simultaneamente a
sociedade de advogados X e a sociedade unipessoal de advocacia.
d) É permitido que Pasquale integre simultaneamente a sociedade de advogados X e a
sociedade de advogados Y. Também é autorizado que integre simultaneamente a sociedade
de advogados X e a sociedade unipessoal de advocacia.

A atuação do advogado não fica restrita ao território de seu domicílio profissional, já que
pode atuar em outros territórios, exigindo-se apenas a realização de inscrição suplementar
nos conselhos seccionais respectivos quando a intervenção judicial exceder de cinco causas
por ano (art. 10, § 2º).
O Estatuto autoriza a criação de filiais e a atuação dos advogados em áreas de outro
Conselho Seccional, sendo que o ato de constituição de filial deve ser averbado no registro
da sociedade e arquivado no Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios, inclusive
o titular da sociedade unipessoal de advocacia, obrigados à inscrição suplementar, nos
termos do art. 15, § 5º.
Todavia, nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir
mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma
sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia com sede ou filial na
mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional, de acordo com o artigo 15, §
4º, do Estatuto da OAB.
Desse modo, não é permitido que o advogado Pasquale integre simultaneamente a sociedade
de advogados X e a sociedade de advogados Y, nem mesmo que integre, simultaneamente, a
sociedade de advogados X e a sociedade unipessoal de advocacia, tendo em vista que todas
as pessoas jurídicas mencionadas teriam sede na mesma área territorial de um Conselho
Seccional da OAB.

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a) Errada. Não é possível que o advogado integre mais de uma sociedade de advogados
com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional, nos termos
do artigo 15, § 4º, do Estatuto da OAB.
b) Errada. Não é possível que o advogado integre simultaneamente a sociedade de advogados
X e a sociedade unipessoal de advocacia com sede ou filial na mesma área territorial do
respectivo Conselho Seccional, nos termos do artigo 15, § 4º, do Estatuto da OAB.
d) Errada. Não é possível que o advogado integre mais de uma sociedade de advogados
e também não é possível que integre, simultaneamente, uma sociedade de advogados e
uma sociedade unipessoal de advocacia com sede ou filial na mesma área territorial do
respectivo Conselho Seccional, nos termos do artigo 15, § 4º, do Estatuto da OAB.
Letra c.

013. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2018) O


advogado Sebastião é empregado de certa sociedade limitada, competindo-lhe, entre
outras atividades da advocacia, atuar nos processos judiciais em que a pessoa jurídica é
parte. Em certa demanda, na qual foram julgados procedentes os pedidos formulados pela
sociedade, foram fixados honorários de sucumbência em seu favor.
Considerando o caso narrado e o disposto no Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia
e da OAB, assinale a afirmativa correta.
a) Os referidos honorários integram a remuneração de Sebastião e serão considerados para
efeitos trabalhistas, embora não sejam considerados para efeitos previdenciários.
b) Os referidos honorários integram a remuneração de Sebastião e serão considerados para
efeitos trabalhistas e para efeitos previdenciários.
c) Os referidos honorários não integram a remuneração de Sebastião e não serão considerados
para efeitos trabalhistas, embora sejam considerados para efeitos previdenciários.
d) Os referidos honorários não integram a remuneração de Sebastião e não serão considerados
para efeitos trabalhistas, nem para efeitos previdenciários.

Os honorários advocatícios incluídos na condenação ou destacados do montante principal


devido ao credor consubstanciam-se em verba de natureza alimentar (Súmula Vinculante
n. 47 do Supremo Tribunal Federal).
Os honorários pertencem ao advogado, tendo este o direito autônomo para executar a
sentença quando os honorários de sucumbência forem incluídos na condenação (art. 23
do Estatuto da OAB).
Desse modo, de acordo com o art. 14 do Regulamento Geral da OAB, os honorários de
sucumbência, por decorrerem precipuamente do exercício da advocacia e só acidentalmente

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da relação de emprego, não integram o salário ou a remuneração, não podendo, assim,


ser considerados para efeitos trabalhistas ou previdenciários.
a) Errada. Os honorários não integram o salário ou a remuneração e NÃO podem ser
considerados para efeitos trabalhistas nem mesmo previdenciários.
b) Errada. NÃO integram a remuneração de Sebastião e NÃO serão considerados para
efeitos trabalhistas, nem para efeitos previdenciários.
c) Errada. Os honorários não integram o salário ou a remuneração e não podem ser
considerados para efeitos trabalhistas NEM MESMO previdenciários.
Letra d.

014. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXV EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2018) Enzo,


regularmente inscrito junto à OAB, foi contratado como empregado de determinada
sociedade limitada, a fim de exercer atividades privativas de advogado. Foi celebrado, por
escrito, contrato individual de trabalho, o qual estabelece que Enzo se sujeitará a regime
de dedicação exclusiva. A jornada de trabalho acordada de Enzo é de oito horas diárias.
Frequentemente, porém, é combinado que Enzo não compareça à sede da empresa pela
manhã, durante a qual deve ficar, por três horas, “de plantão”, ou seja, à disposição do
empregador, aguardando ordens. Nesses dias, posteriormente, no período da tarde, dirige-
se à sede, a fim de exercer atividades no local, pelo período contínuo de seis horas.
Considerando o caso narrado e a disciplina do Estatuto da Advocacia e da OAB, bem como
do seu Regulamento Geral, assinale a afirmativa correta.
a) É vedada a pactuação de dedicação exclusiva. Deverão ser remuneradas como extraordinárias
as horas diárias excedentes a quatro horas contínuas, incluindo-se as horas cumpridas
por Enzo na sede da empresa, bem como as horas que ele permanece em sede externa,
executando tarefas ou meramente aguardando ordens do empregador.
b) É autorizada a pactuação do regime de dedicação exclusiva. Deverão ser remuneradas
como extraordinárias as horas que excederem a jornada de oito horas diárias, o que inclui
as horas cumpridas por Enzo na sede da empresa ou efetivamente executando atividades
externas ordenadas pelo empregador. As horas em que Enzo apenas aguarda as ordens fora
da sede são consideradas somente para efeito de compensação de horas.
c) É autorizada a pactuação do regime de dedicação exclusiva. Deverão ser remuneradas
como extraordinárias as horas que excederem a jornada de oito horas diárias, o que inclui
tanto as horas cumpridas por Enzo na sede da empresa como as horas em que ele permanece
em sede externa, executando tarefas ou meramente aguardando ordens do empregador.
d) É autorizada a pactuação do regime de dedicação exclusiva. Deverão ser remuneradas
como extraordinárias as horas que excederem a jornada de nove horas diárias, o que inclui
as horas cumpridas por Enzo na sede da empresa ou efetivamente executando atividades
externas ordenadas pelo empregador. As horas em que Enzo apenas aguarda as ordens fora
da sede são consideradas somente para efeito de compensação de horas.
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De acordo com o artigo 20 do Estatuto da OAB c/c artigo 12 do Regulamento Geral, é permitida
a adoção do regime de dedicação exclusiva, que deve estar previsto expressamente no
contrato individual de trabalho, observando-se quanto a jornada de trabalho o limite de
oito horas diárias.
Em caso de dedicação exclusiva, serão remuneradas como extraordinárias as horas
trabalhadas que excederem a jornada normal de oito horas diárias (art. 12, parágrafo
único, do Regulamento Geral da OAB).
Ainda, considera-se como período de trabalho o tempo em que o advogado estiver à
disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, no seu escritório ou em
atividades externas (art. 20, § 1º, do Estatuto da OAB).
a) Errada. É permitida a adoção do regime de dedicação exclusiva, sendo que deverão
ser remuneradas como extraordinárias as horas que excederem a jornada de OITO horas
diárias.
b) Errada. As horas em que Enzo apenas aguarda as ordens fora da sede também são
consideradas no período de trabalho.
d) Errada. Deverão ser remuneradas como extraordinárias as horas que excederem a
jornada de OITO horas diárias. Ainda, as horas em que Enzo apenas aguarda as ordens
fora da sede também são consideradas no período de trabalho.
Letra c.

015. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXII - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2017) Os


advogados Raimundo da Silva, Severino da Silva e Juscelino da Silva constituíram sociedade
simples de prestação de serviços de advocacia, denominada Silva Advogados, com o registro
aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB pertinente ao local da
sede. Severino figura como sócio-gerente. Além dos três advogados, não há outros sócios
ou associados. Considerando a situação narrada e a disciplina do Regulamento Geral do
Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta.
a) Os atos indispensáveis à satisfação das finalidades da pessoa jurídica apenas podem ser
praticados por Raimundo, Severino ou Juscelino, sendo vedada a prática de atos por Silva
Advogados, uma vez que as atividades necessárias ao desempenho da advocacia devem
ser exercidas individualmente, ainda que revertam à sociedade os proveitos.
b) Os atos indispensáveis à satisfação das finalidades da pessoa jurídica podem ser praticados
por Silva Advogados; porém, os atos privativos de advogado devem ser praticados por
Raimundo, Severino ou Juscelino.
c) Os atos indispensáveis à satisfação das finalidades da pessoa jurídica e os atos privativos
de advogado podem ser praticados por Silva Advogados.

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d) Os atos destinados à satisfação das finalidades da pessoa jurídica apenas devem ser
praticados por Severino, sendo vedada a prática de atos por Silva Advogados, uma vez que as
atividades necessárias ao desempenho da advocacia devem ser exercidas individualmente,
ainda que revertam à sociedade os proveitos. Os atos também não podem ser praticados
pelos demais sócios, já que Severino figura como sócio-gerente.

De acordo com o Regulamento Geral da OAB, as atividades profissionais privativas dos


advogados são exercidas individualmente, ainda que revertam à sociedade os honorários
respectivos (art. 37, § 1º).
Desse modo, as procurações devem ser outorgadas individualmente aos advogados e
indicar a sociedade de que façam parte (art. 15, § 3º, do Estatuto da OAB). De modo que a
sociedade não substitui os advogados.
Apesar disso, segundo o artigo 42 do Regulamento Geral
Podem ser praticados pela sociedade de advogados, com uso da razão social, os atos
indispensáveis às suas finalidades, que não sejam privativos de advogado.
Portanto, os atos indispensáveis à satisfação das finalidades da pessoa jurídica podem ser
praticados por Silva Advogados, mas os atos privativos de advogado devem ser praticados
por Raimundo, Severino ou Juscelino.
a) Errada. É permitida a prática de atos indispensáveis à satisfação das finalidades da
pessoa jurídica por parte da sociedade de advogados, sendo vedada apenas a prática de
atos privativos de advogado, que devem ser praticados individualmente, ainda que revertam
à sociedade os honorários respectivos, nos termos do art. 37, § 1º e 42, do Regulamento
Geral da OAB.
c) Errada. Os atos privativos de advogado devem ser praticados individualmente, ainda que
revertam à sociedade os honorários respectivos, nos termos do art. 37, § 1º, do Regulamento
Geral da OAB.
d) Errada. É permitida a prática de atos indispensáveis à satisfação das finalidades da
pessoa jurídica por parte da sociedade de advogados. Por sua vez, os atos privativos de
advogado devem ser praticados individualmente pelos advogados integrantes da sociedade,
nos termos do art. 37, § 1º e 42, do Regulamento Geral da OAB.
Letra b.

016. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXIII - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2017) Miguel,


advogado, sempre exerceu a atividade sozinho. Não obstante, passou a pesquisar sobre
a possibilidade de constituir, individualmente, pessoa jurídica para a prestação de seus
serviços de advocacia.

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Sobre o tema, assinale a afirmativa correta.


a) Miguel poderá constituir a pessoa jurídica pretendida, mediante registro dos seus
atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede, com
denominação formada pelo nome do titular, seguida da expressão ‘Sociedade Individual
de Advocacia’.
b) Miguel não poderá constituir a pessoa jurídica pretendida, uma vez que o ordenamento
jurídico brasileiro não admite a figura da sociedade unipessoal, ressalvados apenas os casos
de unipessoalidade temporária e da chamada subsidiária integral.
c) Miguel poderá constituir a pessoa jurídica pretendida mediante registro dos seus atos
constitutivos no Conselho Seccional da OAB, com denominação formada pelo nome do
titular, seguida da expressão ‘EIRELI’.
d) Miguel poderá constituir a pessoa jurídica pretendida mediante registro dos seus atos
constitutivos no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, com denominação formada pelo nome
do titular, seguida da expressão ‘EIRELI’.

Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de serviços de advocacia


ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, na forma disciplinada no Estatuto da
OAB e no Regulamento Geral da OAB (art. 15, caput).
O Estatuto da OAB foi recentemente modificado pela Lei n. 13.247/2016 e uma das grandes
novidades trazidas foi a possibilidade de constituir sociedade unipessoal de advocacia.
Como o próprio nome revela, essa pessoa jurídica é composta por um único advogado.
Em que pese a diferença na estrutura e composição das sociedades de advogados, ambas
seguem os mesmos regramentos impostos pelo Estatuto da Ordem, observadas suas
especificações. Desse modo, a sociedade unipessoal de advocacia adquire personalidade
jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da
OAB em cuja base territorial tiver sede (art. 15, § 1º).
Ademais, a denominação das sociedades não é de livre escolha dos associados, já que o
Estatuto prevê algumas regras a serem observadas, dentre elas, a de que a denominação
da sociedade unipessoal de advocacia deve ser obrigatoriamente formada pelo nome do
seu titular, completo ou parcial, com a expressão ‘Sociedade Individual de Advocacia’
(art. 16, § 4º, do Estatuto da OAB).
Sendo assim, Miguel poderá constituir a pessoa jurídica pretendida, mediante registro
dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver
sede, com denominação formada pelo nome do titular, seguida da expressão ‘Sociedade
Individual de Advocacia’.
b) Errada. A possibilidade de instituir sociedade unipessoal de advocacia é recente no
ordenamento jurídico brasileiro, foi por meio da Lei n. 13.247/2016 que o Estatuto da

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Ordem foi alterado. De qualquer modo, não há o que se falar em casos de unipessoalidade
temporária e da chamada subsidiária integral.
c) Errada. Apesar da similitude entre a sociedade unipessoal de advocacia e a empresa
individual de responsabilidade limitada (EIRELI), prevista no artigo 44, inciso VI, do Código
Civil, você deve lembrar que a possibilidade de constituir EIRELI não modificou as sociedades
de advogados, que continuavam exigindo a presença de dois ou mais inscritos, uma vez que
as regras do Direito Civil, nesse campo, não são aplicáveis aos advogados. Para tanto, foi
necessária a previsão da sociedade unipessoal de advocacia no Estatuto da Ordem, que assim
como todos os demais institutos da OAB deve ser entendida como sociedade sui generis.
d) Errada. Como já mencionei, as regras que regem as sociedades de advogados, sejam
elas na forma de sociedade simples de prestação de serviços de advocacia ou de sociedade
unipessoal de advocacia, são as disciplinadas no Estatuto da OAB e no Regulamento Geral
da OAB, nos termos do art. 15, caput, do Estatuto da Ordem. Assim, apesar da similitude
entre elas, o advogado não pode instituir empresa individual de responsabilidade limitada
(EIRELI) para prestar serviços de advocacia. Além disso, o registro da sociedade unipessoal
de advocacia deverá ser feito no Conselho Seccional do local de sua sede.
Letra a.

017. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2016) Leandro


é advogado empregado de uma sociedade anônima, tendo atuado sozinho em demanda
proposta em 2014, na qual tal pessoa jurídica foi vencedora, tendo o magistrado condenado
a parte adversa ao pagamento de honorários de sucumbência.
Com base no disposto no Estatuto da OAB e no entendimento adotado pelo Supremo
Tribunal Federal sobre o tema, assinale a afirmativa correta.
a) Os referidos honorários pertencem à pessoa jurídica empregadora, uma vez que tal verba
sucumbencial destina-se a recompor o patrimônio jurídico da parte vencedora na demanda.
b) Os mencionados honorários pertencem a Leandro, mas é possível, de acordo com o STF,
haver estipulação contratual em contrário, pois se trata de direito disponível do advogado.
c) Os mencionados honorários pertencem a Leandro, sendo vedada, de acordo com o STF,
qualquer estipulação contratual em contrário, pois se trata de direito indisponível.
d) Os referidos honorários serão partilhados entre Leandro e a pessoa jurídica empregadora,
de acordo com o STF, sendo vedada qualquer estipulação contratual em contrário, por se
tratar de honorários sucumbenciais.

Os honorários advocatícios incluídos na condenação ou destacados do montante principal


devido ao credor consubstanciam-se em verba de natureza alimentar (Súmula Vinculante
n. 47 do Supremo Tribunal Federal).

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Os honorários pertencem ao advogado, tendo este o direito autônomo para executar a


sentença quando os honorários de sucumbência forem incluídos na condenação (art. 23
do Estatuto da OAB).
Desse modo, de acordo com o art. 14 do Regulamento Geral da OAB, os honorários de
sucumbência, por decorrerem precipuamente do exercício da advocacia e só acidentalmente
da relação de emprego, não integram o salário ou a remuneração, não podendo, assim,
ser considerados para efeitos trabalhistas ou previdenciários.
Ademais, como vimos na nossa aula, o Supremo Tribunal Federal ao julgar a ADI n. 1194
estabeleceu que o art. 21 e o parágrafo único da Lei n. 8.906/1994 deve ser interpretado
no sentido da preservação da liberdade contratual quanto à destinação dos honorários
de sucumbência fixados judicialmente. Sendo assim, é possível a estipulação contratual
em contrário, pois se trata de direito disponível do advogado.
Letra b.

018. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XVIII - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2015) O


banco Dólar é réu em diversos processos de natureza consumerista, todos com idênticos
fundamentos de Direito, pulverizados pelo território nacional. Considerando a grande
quantidade de feitos e sua abrangência territorial, a instituição financeira decidiu contratar
a sociedade de advogados X para sua defesa em juízo, pois esta possui filial em diversos
estados da Federação. Diante da consulta formulada pelo banco, alguns advogados, sócios
integrantes da filial situada no Rio Grande do Sul, realizaram mapeamento dos processos
em trâmite em face da pessoa jurídica. Assim, observaram que esta mesma filial já atua
em um dos processos em favor do autor da demanda.
Tendo em vista tal situação, assinale a opção correta.
a) Os advogados deverão recusar, por meio de qualquer sócio do escritório ou filial, a atuação
da sociedade de advogados na defesa do banco, pois os advogados sócios de uma mesma
sociedade profissional não podem representar em juízo clientes de interesses opostos.
b) Os advogados deverão identificar quem são os sócios do escritório que atuam na causa,
pois estes não poderão realizar a defesa técnica do banco em quaisquer dos processos em
trâmite, sendo autorizada, porém, a atuação dos demais sócios da sociedade de advogados,
de qualquer filial.
c) Os advogados deverão recusar a defesa do banco pela filial da sociedade de advogados
no Rio Grande do Sul e indicar as outras filiais para atuação nos feitos, pois todos os sócios
da filial ficam impedidos de representar em juízo a instituição financeira, em razão de já
haver atuação em favor de cliente com interesses opostos.
d) Os advogados deverão informar ao banco que há atuação de advogados daquela filial
em um dos processos em favor do autor da demanda, a fim de que a instituição financeira
decida se deseja, efetivamente, que a sua defesa técnica seja realizada pela sociedade de
advogados, garantindo, assim, o consentimento informado do cliente.
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Em obediência ao princípio da confiança recíproca entre advogado e cliente, bem como


em decorrência do sigilo profissional, os advogados sócios de uma mesma sociedade
profissional, ou reunidos em caráter permanente para cooperação recíproca, NÃO PODEM
REPRESENTAR, em juízo ou fora dele, clientes de interesses opostos, nos termos do artigo
15, § 6º c/c artigo 19 do Código de Ética e Disciplina da OAB.
Dessa forma, os advogados deverão recusar, por meio de qualquer sócio do escritório ou
filial, a atuação da sociedade de advogados na defesa do banco.
b) Errada. Inócuo seria tentar identificar os advogados que atuam ou não na causa em favor
do banco, sendo que a sociedade restaria dividida na demanda. Assim, todos os advogados
sócios de uma mesma sociedade profissional não podem representar clientes de interesses
opostos, nos termos do artigo 15, § 6º c/c artigo 19 do Código de Ética e Disciplina da OAB.
c) Errada. Independentemente da existência de demandas nos locais em que se localizem
as filiais da sociedade, todos os advogados sócios de uma mesma sociedade profissional
não podem representar clientes de interesses opostos, nos termos do artigo 15, § 6º c/c
artigo 19 do Código de Ética e Disciplina da OAB.
d) Errada. Não cabe ao banco optar pela atuação ou não da sociedade, mas, sim, à sociedade,
que deve recusar a atuação da sociedade de advogados na defesa do banco.
Letra a.

019. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XVIII - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2015) Os


advogados Márcio, Bruno e Jorge, inscritos nas Seccionais do Paraná e de Santa Catarina
da Ordem dos Advogados resolveram constituir determinada sociedade civil de advogados,
para atuação na área tributária. A sede da sociedade estava localizada em Curitiba. Como os
três sócios estavam inscritos na Seccional de Santa Catarina, eles requereram o registro da
sociedade também nessa Seccional. Márcio, por outro lado, já fazendo parte da sociedade
com Bruno e Jorge, requereu, juntamente com seu irmão, igualmente advogado, o registro
de outra sociedade de advogados também na Seccional do Paraná, esta com especialização
na área tributária. As sociedades não são filiais.
Sobre a hipótese descrita é correto afirmar que a sociedade de advogados de Márcio, Bruno
e Jorge
a) não poderá ser registrada na seccional de Santa Catarina, pois apenas tem sede na
Seccional do Paraná. Márcio não poderá requerer inscrição em outra sociedade de advogados
no Paraná.
b) não poderá ser registrada na seccional de Santa Catarina, pois apenas tem sede na
Seccional do Paraná. Márcio poderá requerer inscrição em outra sociedade de advogados
no Paraná.

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c) poderá ser registrada na seccional de Santa Catarina, pois os três advogados que dela
fazem parte estão inscritos na Seccional em questão. Márcio não poderá requerer inscrição
em outra sociedade de advogados no Paraná.
d) poderá ser registrada na seccional de Santa Catarina, pois os três advogados que dela
fazem parte estão inscritos na Seccional em questão. Márcio poderá requerer inscrição em
outra sociedade de advogados no Paraná.

Tanto a sociedade de advogados como a sociedade unipessoal de advocacia adquirem


personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho
Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede (art. 15, § 1º).
A atuação do advogado não fica restrita ao território de seu domicílio profissional, tendo
em vista que pode atuar em outros territórios, exigindo-se apenas a realização de inscrição
suplementar nos conselhos seccionais respectivos.
Entretanto, é requisito para a constituição de filial o registro dos atos constitutivos no
Conselho Seccional em cuja base territorial for estabelecida a sede, além da averbação no
registro da sociedade e não apenas a existência de inscrição suplementar dos sócios em
outro Conselho Seccional. Você deve lembrar que, caso a filial seja criada, os sócios, inclusive
o titular da sociedade unipessoal de advocacia, ficam obrigados à inscrição suplementar
(art. 15, § 1º e 5º, do Estatuto da OAB).
Ademais, nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir
mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma
sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia, com sede ou filial
na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional, de acordo com o artigo 15,
§ 4º, do Estatuto da OAB.
Desse modo, a sociedade de advogados de Márcio, Bruno e Jorge não poderá ser registrada na
Seccional de Santa Catarina, pois apenas tem sede na Seccional do Paraná, independentemente
da existência de inscrição suplementar dos advogados. E, também, Márcio não poderá
requerer inscrição em outra sociedade de advogados no Paraná.
b) Errada. É vedada a participação do advogado em mais de uma sociedade de advogados
com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional, nos termos
do artigo 15, § 4º, do Estatuto da OAB.
c) Errada. É necessário que os sócios, inclusive o titular da sociedade unipessoal de advocacia,
efetuem inscrição suplementar no Conselho Seccional da filial. Todavia, é requisito para a
constituição de filial o registro dos atos constitutivos no Conselho Seccional em cuja base
territorial for estabelecida a sede, além da averbação no registro da sociedade, nos termos
do art. 15, § 1º e 5º, do Estatuto da OAB.

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d) Errada. A mera inscrição dos sócios em outro Conselho Seccional não enseja a instituição
de filial. Ainda, é vedada a participação do advogado em mais de uma sociedade de advogados
com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional, nos termos
do art. 15, § 1º e 5º, do Estatuto da OAB.
Letra a.

020. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XVIII - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2015)


Gabriela é sócia de uma sociedade de advogados, tendo, no exercício de suas atividades
profissionais, representado judicialmente Júlia. Entretanto, Gabriela, agindo com culpa,
deixou de praticar ato imprescindível à defesa de Júlia em processo judicial, acarretando-
lhe danos materiais e morais.
Em uma eventual demanda proposta por Júlia, a fim de ver ressarcidos os danos sofridos,
deve-se considerar que
a) Gabriela e a sociedade de advogados não podem ser responsabilizadas civilmente pelos
danos, pois, no exercício profissional, o advogado apenas responde pelos atos que pratica
mediante dolo, compreendido por meio do binômio consciência e vontade.
b) a sociedade de advogados não pode ser responsabilizada civilmente pelos atos ou
omissões praticados pessoalmente por Gabriela. Assim, apenas a advogada responderá
pela sua omissão decorrente de culpa, no âmbito da responsabilidade civil e disciplinar.
c) Gabriela e a sociedade de advogados responderão civilmente pela omissão decorrente de
culpa, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar da advogada, cuidando-se de hipótese
de responsabilidade civil solidária entre ambas.
d) Gabriela e a sociedade de advogados podem ser responsabilizadas civilmente pela omissão
decorrente de culpa. A responsabilidade civil de Gabriela será subsidiária à da sociedade e
ilimitada pelos danos causados, sem prejuízo de sua responsabilidade disciplinar.

O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa,
conforme o artigo 32 do Estatuto da OAB. De outra parte, a sociedade, os sócios, bem como
o titular da sociedade individual de advocacia respondem subsidiária e ilimitadamente
pelos danos causados, nas hipóteses de dolo ou culpa e por ação ou omissão no exercício
da advocacia, sem prejuízo das sanções disciplinares (art. 17 do Estatuto da OAB c/c art.
40 do Regulamento Geral).
Por isso, Gabriela e a sociedade a qual integra podem ser responsabilizadas civilmente pela
omissão decorrente de culpa. A responsabilidade civil de Gabriela será subsidiária à da
sociedade e ilimitada pelos danos causados, sem prejuízo de sua responsabilidade disciplinar.

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a) Errada. Nos termos do artigo 32 do Estatuto da OAB, o advogado é responsável pelos


atos que praticar no exercício da profissão com dolo ou culpa.
b) Errada. A sociedade, os sócios, bem como o titular da sociedade individual de advocacia
respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados, nas hipóteses de dolo ou
culpa e por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo das sanções disciplinares
(art. 17 do Estatuto da OAB c/c art. 40 do Regulamento Geral).
c) Errada. A responsabilidade da advogada será subsidiária e ilimitada, por força do art. 17
do Estatuto da OAB c/c art. 40 do Regulamento Geral da OAB.
Letra d.

021. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XV - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2014) Fred,


jovem advogado, é contratado para prestar serviços na empresa BBO Ltda., que possui
uma assessoria jurídica composta por cinco profissionais do Direito, orientados por uma
gerência jurídica. Após cinco meses de intensa atividade, é concitado a formular parecer
sobre determinado tema jurídico de interesse da empresa, tarefa que realiza, sendo seu
entendimento subscrito pela gerência.
Após dez meses do referido evento, o tema é reapresentado por um dos diretores da empresa,
que, em viagem realizada para outro estado, havia consultado um outro advogado. Diante
dos novos argumentos, o gerente determina que Fred, o advogado parecerista, mesmo
sem ter mudado de opinião, apresente petição inicial em confronto com o entendimento
anteriormente preconizado.
No caso, nos termos do Código de Ética da Advocacia, o advogado.
a) deve submeter-se à determinação da gerência jurídica.
b) deve apresentar seu parecer ao conjunto de advogados para decisão.
c) pode recusar-se a propor a ação diante do parecer anterior.
d) pode opor-se e postular assessoria da OAB.

O Código de Ética e Disciplina da OAB determina que o advogado, ainda que vinculado
ao cliente ou constituinte, mediante relação empregatícia ou por contrato de prestação
permanente de serviços, ou como integrante de departamento jurídico, ou de órgão de
assessoria jurídica, público ou privado, deve zelar pela sua liberdade e independência, sendo
legítima a recusa, pelo advogado, do patrocínio de causa e de manifestação, no âmbito
consultivo, de pretensão concernente a direito que também lhe seja aplicável ou contrarie
orientação que tenha manifestado (art. 4º, CED-OAB), como é o caso do advogado Fred.

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Sociedade de Advogados, Advogado Empregado
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a) Errada. A existência de vínculo entre o advogado e o cliente ou constituinte, seja ela qual
for, não afeta a liberdade de atuação do profissional.
b) Errada. É legítima a recusa pelo advogado de manifestação, no âmbito consultivo, de
pretensão concernente a direito que contrarie orientação que tenha manifestado, nos
termos do art. 4º, CED-OAB.
d) Errada. Não há o que se falar em assessoria prestada pela OAB em favor do advogado
Fred.
Letra c.

022. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XV - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2014) Os


advogados X de Souza, Y dos Santos e Z de Andrade requereram o registro de sociedade de
advogados denominada Souza, Santos e Andrade Sociedade de Advogados. Tempos depois,
X de Souza vem a falecer, mas os demais sócios decidem manter na sociedade o nome do
advogado falecido.
Sobre a hipótese, assinale a afirmativa correta.
a) É possível manter o nome do sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato
constitutivo da sociedade.
b) É possível manter o nome do sócio falecido, independentemente de previsão no ato
constitutivo da sociedade.
c) É absolutamente vedada a manutenção do nome do sócio falecido na razão social da
sociedade.
d) É possível manter, pelo prazo máximo de seis meses, o nome do sócio falecido.

A denominação das sociedades não é de livre escolha dos advogados sócios, já que o Estatuto
prevê que a razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado
responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista
tal possibilidade no ato constitutivo, nos termos do artigo 16, § 1º, do Estatuto da OAB.
No caso, a sociedade Souza, Santos e Andrade Sociedade de Advogados poderá manter
o sobrenome de X de Souza na razão social, desde que prevista tal possibilidade no ato
constitutivo da sociedade ou na alteração contratual em vigor.
b) Errada. É requisito para a manutenção do nome de sócio falecido na razão social da
sociedade a expressa previsão de autorização nesse sentido no ato constitutivo, nos termos
do artigo 16, § 1º, do Estatuto da OAB.
c) Errada. Pelo contrário, é autorizada a manutenção, preenchidos os requisitos legais.
d) Errada. O Estatuto não delimita um prazo para manutenção do nome do falecido na
razão social da sociedade.
Letra a.

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023. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XI - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2013) Os


advogados Roberto e Alfredo, integrantes da sociedade Roberto & Alfredo Advogados
Associados, há muito atuavam em causas trabalhistas em favor da sociedade empresária
“X”. A certa altura, o advogado Armando ingressou na sociedade de advogados. Armando, no
entanto, já representava os interesses de ex-empregado da sociedade empresária “X”. Em
razão disso, Armando não foi constituído para atuar nas causas do escritório envolvendo
a sociedade empresária “X”, continuando, assim, a atuar em favor do ex-empregado. Por
outro lado, Roberto e Alfredo não foram constituídos para advogar pelo ex-empregado.
A partir do caso apresentado, assinale a afirmativa correta.
a) Roberto, Alfredo e Armando agiram correta e eticamente, pois dividiram os clientes, de
forma que nenhum deles advogasse, ao mesmo tempo, para clientes com interesses opostos.
b) Roberto, Alfredo e Armando não agiram corretamente, pois, em causas trabalhistas,
os advogados de partes com interesses opostos não podem ter qualquer tipo de relação
profissional ou pessoal.
c) Roberto, Alfredo e Armando não agiram correta e eticamente, pois os advogados sócios
de uma mesma sociedade profissional não podem representar, em juízo, clientes com
interesses opostos.
d) Roberto, Alfredo e Armando não poderiam ter constituído a sociedade em questão, ainda
que Armando deixasse de atuar na causa em favor do ex-empregado.

Em obediência ao princípio da confiança recíproca entre advogado e cliente, bem como


em decorrência do sigilo profissional, os advogados sócios de uma mesma sociedade
profissional, ou reunidos em caráter permanente para cooperação recíproca, não podem
representar, em juízo ou fora dele, clientes de interesses opostos, nos termos do artigo
15, § 6º c/c artigo 19 do Código de Ética e Disciplina da OAB.
Portanto, os advogados Roberto, Alfredo e Armando não agiram correta e eticamente.
a) Errada. A divisão dos clientes não torna a conduta dos advogados ética, já que a sociedade
restaria dividida na demanda e, inevitavelmente, representaria interesses opostos.
b) Errada. A vedação imposta pelo Estatuto da OAB não está limitada às causas trabalhistas,
sendo aplicável a todas as demandas, judiciais ou extrajudiciais, nos termos do artigo 15,
§ 6º c/c artigo 19 do Código de Ética e Disciplina da OAB.
d) Errada. Se Armando deixasse de atuar na causa em favor do ex-empregado da sociedade
em questão, deixaria de existir o conflito de interesse.
Letra c.

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024. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XII - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2013) O escritório


Hércules Advogados Associados foi fundado no início do século XX, tendo destacada atuação
em várias áreas do Direito. O sócio-fundador faleceu no limiar do século XXI e os sócios
remanescentes manifestaram o desejo de manter o nome do advogado falecido na razão
social da sociedade.
A partir da hipótese sugerida, nos termos do Regulamento Geral da Ordem dos Advogados
do Brasil, assinale a afirmativa correta.
a) Falecendo o advogado sócio, determina-se a sua exclusão dos registros da sociedade
incluindo a razão social do escritório.
b) Permite-se a manutenção do sócio-fundador nos registros do escritório, mediante
autorização especial do plenário da Seccional.
c) Havendo previsão no ato constitutivo da sociedade de advogados, pode permanecer o
nome do sócio falecido na razão social.
d) Existindo acordo entre o escritório de advocacia, os clientes e a Seccional da Ordem dos
Advogados do Brasil, é permitida a manutenção do nome do sócio falecido.

A denominação das sociedades não é de livre escolha dos advogados sócios, já que o Estatuto
prevê que a razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado
responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista
tal possibilidade no ato constitutivo, nos termos do artigo 16, § 1º, do Estatuto da OAB.
Sendo assim, a sociedade Hércules Advogados Associados poderá manter o sobrenome do
sócio-fundador na razão social, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo
da sociedade ou na alteração contratual em vigor.
a) Errada. Todas as alterações no contrato social ou na estrutura da sociedade deverão
ser averbadas no registro da sociedade perante o Conselho Seccional. Contudo, o nome
do sócio falecido não precisa ser excluído da razão social, salvo se o ato constitutivo não
autorizar sua manutenção.
b) Errada. Não cabe ao Plenário do Conselho Seccional decidir pela manutenção do sócio-
fundador nos registros do escritório, tendo em vista que a própria sociedade poderá dispor
sobre o tema em seu ato constitutivo: o contrato social.
d) Errada. Não há o que se falar em acordo entre o escritório de advocacia, seus clientes
e o Conselho Seccional. É imprescindível apenas a previsão no contrato social, nos termos
do artigo 16, § 1º, do Estatuto da OAB.
Letra c.

025. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/IX - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2012) O advogado


João, regularmente contratado para defender os interesses de José em Juízo, realiza a

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defesa regular em primeiro grau, mas não apresenta recurso de apelação contra sentença
que julgou improcedente o pedido, mesmo havendo sólida fundamentação para modificar
o decidido. O prejuízo causado ao cliente foi de R$ 10.000,00, parcialmente coberto por
seguro realizado pela sociedade de advogados integrada por João.
Consoante as regras estatutárias, os prejuízos causados ao cliente acarretam a responsabilidade
pessoal do sócio advogado de forma
a) limitada à responsabilidade decorrente de contrato de seguro.
b) ilimitada, mas subsidiária em relação à sociedade.
c) limitada e principal, sendo a da sociedade subsidiária.
d) ilimitada e vinculada ao resultado do processo disciplinar instaurado.

O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou
culpa, conforme o artigo 32 do Estatuto da OAB. De outra parte, a sociedade, os sócios,
bem como o titular da sociedade individual de advocacia respondem subsidiária e
ilimitadamente pelos danos causados, nas hipóteses de dolo ou culpa e por ação ou
omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo das sanções disciplinares, de acordo com
o artigo 17 do Estatuto da OAB c/c art. 40 do Regulamento Geral.
Por isso, advogado João e a sociedade a qual integra podem ser responsabilizadas civilmente
pela omissão decorrente de culpa. A responsabilidade civil de João será subsidiária à da
sociedade e ilimitada pelos danos causados, sem prejuízo de sua responsabilidade disciplinar.
a) Errada. A responsabilidade de João, no caso, será subsidiária à da sociedade e ilimitada.
c) Errada. A sociedade é a responsável principal, e a responsabilidade de João, no caso,
será subsidiária.
d) Errada. Como mencionei na aula passada, a jurisdição disciplinar, que tem natureza
administrativa, é independente das esferas criminal e civil. Portanto, a jurisdição disciplinar
não exclui a comum e, quando o fato constituir crime ou contravenção, as autoridades
competentes devem ser comunicadas, de modo que poderá ocorrer a dupla punição do
advogado, nos termos do artigo 71 do Estatuto da OAB.
Letra b.

026. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/VII - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2012) Lara é


sócia de determinada sociedade de advogados com sede no Rio de Janeiro e filial em São
Paulo. Foi convidada a Integrar, cumulativamente e também como sócia, os quadros de
outra sociedade de advogados, esta com sede em São Paulo e sem filiais. Aceitou o convite
e rapidamente providenciou sua inscrição suplementar na OAB/SP, tendo em vista que
passaria a exercer habitualmente a profissão nesse estado.

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a) Lara agiu corretamente, pois, considerando-se que passaria a atuar em mais do que cinco
causas por ano em São Paulo, era necessário que promovesse sua inscrição suplementar
nesse estado.
b) Lara não agiu corretamente, pois é vedado ao advogado integrar mais de uma sociedade
de advogados com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional.
c) Lara não agiu corretamente, pois é vedado ao advogado integrar mais de uma sociedade
de advogados dentro do território nacional.
d) Lara agiu corretamente e sequer era necessário que promovesse sua inscrição suplementar,
pois passaria a exercer a profissão em São Paulo na qualidade de sócia e não de advogada
empregada da sociedade em questão.

A atuação do advogado não fica restrita ao território de seu domicílio profissional, já que
pode atuar em outros territórios, exigindo-se apenas a realização de inscrição suplementar
nos conselhos seccionais respectivos. Ademais, o Estatuto autoriza a criação de filiais e
a atuação dos advogados em áreas de outro Conselho Seccional, sendo que o ato de
constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado no Conselho
Seccional onde se instalar, ficando os sócios, inclusive o titular da sociedade unipessoal de
advocacia, obrigados à inscrição suplementar, nos termos do art. 15, § 5º, do Estatuto
da OAB.
Todavia, nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir
mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma
sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia, com sede ou filial na
mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional, de acordo com o artigo 15, § 4º,
do Estatuto da OAB.
Desse modo, não é permitido que a advogada Lara integre simultaneamente duas sociedades
de advogados que possuem sede em São Paulo, ou seja, na mesma área territorial de um
Conselho Seccional da OAB.
a) Errada. De fato, é obrigatória a realização de inscrição suplementar no Conselho Seccional
da filial (São Paulo), como fez Laura, o que não pode ocorrer é a participação em mais de
uma sociedade de advogados na mesma área territorial de um Conselho Seccional.
c) Errada. De acordo com o artigo 5º, inciso XIII, da Constituição Federal de 1988, é livre o
exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais
que a lei estabelecer. No caso, o Estatuto da OAB prevê uma série de requisitos para a
inscrição do profissional nos quadros da Ordem (art. 8º). Uma vez preenchidos os requisitos
legais para inscrição como advogado da Ordem, o profissional tem liberdade para atuar
em todo o território nacional. A única limitação é que o profissional não integre mais de

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uma sociedade de advogados com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo
Conselho Seccional.
d) Errada. É vedado que o advogado integre mais de uma sociedade de advogados com
sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional. Além disso, é
obrigatória a realização de inscrição suplementar no Conselho Seccional da filial (São Paulo).
Letra b.

027. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/VI - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2012) Mévio é


advogado empregado de empresa de grande porte atuando como diretor jurídico e tendo
vários colegas vinculados à sua direção. Instado por um dos diretores, escala um dos seus
advogados para atuar em processo judicial litigioso, no interesse de uma das filhas do
referido diretor. À luz das normas estatutárias, é correto afirmar que
a) a defesa dos interesses dos familiares dos dirigentes da empresa está ínsita na atuação
profissional do advogado empregado.
b) a atuação do advogado empregado nesses casos pode ocorrer voluntariamente, sem
relação com o seu emprego.
c) a relação de emprego retira do advogado sua independência profissional, pois deve
defender os interesses do patrão.
d) em casos de dedicação exclusiva, a jornada de trabalho máxima do advogado será de
quatro horas diárias e de vinte horas semanais.

A relação estabelecida entre o advogado empregado e o cliente empregador está restrita


ao vínculo pré-estabelecido, de modo que o advogado empregado não está obrigado a
prestar serviços profissionais de interesse pessoal dos empregadores fora da relação
de emprego, de acordo com o artigo 18, parágrafo único, do Estatuto da OAB.
Entretanto, nada impede que Mévio atue, de forma voluntária e sem relação com o emprego,
no interesse de uma das filhas do referido diretor da empresa em que é empregado.
a) Errada. Apesar do vínculo estabelecido entre o advogado empregado e seu cliente
empregador, não é obrigação do advogado prestar serviços profissionais de interesse pessoal
dos empregadores que não estejam adstritos à relação de emprego.
c) Errada. O vínculo empregatício do advogado exige os mesmos elementos fático-jurídicos
estabelecidos para a constituição da relação de trabalho comum, trazidos na Consolidação
das Leis do Trabalho. Porém, a existência de subordinação não prejudica o direito do advogado
à liberdade de atuação e à isenção técnica, que é inerente ao exercício da advocacia, uma
vez que o advogado deve seguir suas convicções filosóficas e conhecimentos técnicos ao
defender os interesses dos seus clientes, nos termos do artigo 18 do Estatuto da OAB.

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d) Errada. Se adotado o regime de dedicação exclusiva, que deve estar previsto expressamente
no contrato individual de trabalho, a jornada de trabalho deverá observar o limite de oito
horas diárias, nos termos do artigo 12 do Regulamento Geral da OAB.
Letra b.

028. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/VI - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2012) No


concernente à Sociedade de Advogados, é correto afirmar, à luz do Estatuto e do Código
de Ética e Disciplina da OAB, que
a) pode se organizar de forma mercantil, com registro na Junta Comercial.
b) está vinculada às regras de ética e disciplina dos advogados
c) seus sócios estão imunes ao controle disciplinar da OAB.
d) seus componentes podem, isoladamente, representar clientes com interesses conflitantes.

Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de serviços de advocacia


ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, na forma disciplinada no Estatuto da OAB
e no Regulamento Geral da OAB, de acordo com o artigo 15, caput, do Estatuto, aplicando-
se, de qualquer modo, as regras deontológicas do Código de Ética e Disciplina da Ordem,
no que couber (art. 15, § 2º).
a) Errada. Tendo em vista o múnus público da atividade da advocacia, a sociedade de
advogados não pode ser equiparada às sociedades privadas, previstas no Código Civil, já
que, assim como a Ordem dos Advogados do Brasil, é identificada como entidade de classe
sui generis. O Estatuto da OAB veda a constituição de sociedades de advogados que
apresentem forma ou características de sociedade empresária, que adotem denominação
de fantasia, que realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam como sócio ou titular
de sociedade unipessoal de advocacia pessoa não inscrita como advogado ou totalmente
proibida de advogar, nos termos do art. 16.
Além do mais, tanto o registro da sociedade de advogados quanto o da sociedade unipessoal
de advocacia adquirem personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos
constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede (art. 15, §
1º), sendo vedado o registro, nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas juntas
comerciais, de sociedade que inclua, entre outras finalidades, a atividade de advocacia, de
acordo com o artigo 16, § 3º.
c) Errada. De acordo com o artigo 32 do Estatuto da OAB, o advogado é responsável pelos
atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa. E, por sua vez, a sociedade,
os sócios, bem como o titular da sociedade individual de advocacia respondem subsidiária e
ilimitadamente pelos danos causados, nas hipóteses de dolo ou culpa e por ação ou omissão

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no exercício da advocacia, sem prejuízo das sanções disciplinares, nos termos do artigo 17
do Estatuto da OAB c/c art. 40 do Regulamento Geral da OAB.
d) Errada. Em obediência ao princípio da confiança recíproca entre advogado e cliente, bem
como em decorrência do sigilo profissional, os advogados sócios de uma mesma sociedade
profissional, ou reunidos em caráter permanente para cooperação recíproca, não podem
representar, em juízo ou fora dele, clientes de interesses opostos, nos termos do artigo 15,
§ 6º c/c artigo 19 do Código de Ética e Disciplina da OAB.
Letra b.

029. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/IV - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2011) Os


advogados Pedro e João desejam estabelecer sociedade de advogados com o fito de
regularizar o controle dos seus fluxos de honorários e otimizar despesas. Estabelecem
contrato e requerem o seu registro no órgão competente. À luz da legislação aplicável aos
advogados, é correto afirmar que
a) é possível a participação de advogados em sociedades sediadas em áreas territoriais de
seccionais diversas.
b) o Código de Ética não se aplica individualmente aos profissionais que compõem sociedade
de advogados.
c) podem existir sociedades mistas de advogados e contadores.
d) a procuração é sempre coletiva quando atuante sociedade de advogados.

A atuação do advogado não fica restrita ao território de seu domicílio profissional, já que
pode atuar em outros territórios, exigindo-se apenas a realização de inscrição suplementar
nos conselhos seccionais respectivos.
O Estatuto autoriza a criação de filiais e a atuação dos advogados em áreas de outro
Conselho Seccional, sendo que o ato de constituição de filial deve ser averbado no registro
da sociedade e arquivado no Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios, inclusive
o titular da sociedade unipessoal de advocacia, obrigados à inscrição suplementar, nos
termos do art. 15, § 5º, do Estatuto da OAB.
Todavia, o que não pode ocorrer é que advogado integre mais de uma sociedade de
advogados, constitua mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integre,
simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia,
com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional, de acordo
com o artigo 15, § 4º, do Estatuto da OAB.
b) Errada. De acordo com o artigo 15, § 2º, do Estatuto da OAB, os advogados podem reunir-
se em sociedade simples de prestação de serviços de advocacia ou constituir sociedade

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unipessoal de advocacia, na forma disciplinada no Estatuto da OAB e no Regulamento


Geral da OAB, aplicando-se, de qualquer modo, as regras deontológicas do Código de Ética
e Disciplina da Ordem, no que couber.
c) Errada. O objeto social da sociedade de advogados consistirá, exclusivamente, no exercício
da advocacia, podendo especificar o ramo do direito a que a sociedade se dedicará, ou seja,
o desempenho da atividade de advocacia não pode estar associado a outra atividade.
d) Errada. As atividades profissionais privativas dos advogados são exercidas individualmente,
ainda que revertam à sociedade os honorários respectivos (art. 37, § 1º, do Regulamento
Geral da OAB. Desse modo, as procurações devem ser outorgadas individualmente aos
advogados, com a indicação da sociedade de que façam parte (art. 15, § 3º, do Estatuto
da OAB).
Letra a.

030. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/II - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2010) Michel,


Philippe e Lígia, bacharéis em Direito recém-formados e colegas de bancos universitários,
comprometem-se a empreender a atividade advocatícia de forma conjunta logo após a
aprovação no Exame de Ordem. Para gáudio dos bacharéis, todos são aprovados no certame
e obtém sua inscrição no Quadro de Advogados da OAB.
Assim, alugam sala compatível em local próximo ao prédio do Fórum do município onde
pretendem exercer sua nobre função. De início, as causas são individuais, por indicação
de amigos e parentes. Logo, no entanto, diante do sucesso profissional alcançado, são
contatados por sociedades empresárias ansiosas pela prestação de serviços profissionais
advocatícios de qualidade. Uma exigência, no entanto, é realizada: a prestação deve ocorrer
por meio de sociedade de advogados.
No concernente ao tema, à luz das normas aplicáveis
a) a sociedade de advogados é de natureza empresarial.
b) os advogados sócios da sociedade de advogados respondem limitadamente por danos
causados aos clientes.
c) o registro da sociedade de advogados é realizado no Conselho Seccional da OAB onde a
mesma mantiver sede.
d) não é possível associação com advogados, sem vínculo de emprego, para participação
nos resultados.

As sociedades de advogados adquirem personalidade jurídica com o registro aprovado


dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver
sede, em conformidade com o artigo 15, § 1º, do Estatuto da OAB.

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De acordo com o artigo 16, § 3º, é proibido o registro, nos cartórios de registro civil de
pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua, entre outras finalidades,
a atividade de advocacia.
a) Errada. O Estatuto da OAB veda a constituição de sociedades de advogados que apresentem
forma ou características de sociedade empresária, que adotem denominação de fantasia, que
realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam como sócio ou titular de sociedade
unipessoal de advocacia pessoa não inscrita como advogado ou totalmente proibida de
advogar, nos termos do art. 16, considerando o múnus público da atividade da advocacia
é identificada como sociedade sui generis.
b) Errada. De acordo com o artigo 32 do Estatuto da OAB, o advogado é responsável pelos
atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa. E, por sua vez, a sociedade,
os sócios, bem como o titular da sociedade individual de advocacia respondem subsidiária e
ilimitadamente pelos danos causados, nas hipóteses de dolo ou culpa e por ação ou omissão
no exercício da advocacia, sem prejuízo das sanções disciplinares, nos termos do artigo 17
do Estatuto da OAB c/c art. 40 do Regulamento Geral da OAB.
d) Errada. A sociedade pode associar-se com advogados, sem vínculo de emprego, para
participação nos resultados, desde que os contratos firmados sejam averbados no registro
da sociedade de advogados, nos termos do artigo 39 do Regulamento Geral da OAB.
Letra c.

031. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/I - EXAME DE ORDEM UNIFICADO OAB/2010) Assinale


a opção correta acerca da situação do advogado como empregado, de acordo com as
disposições do Estatuto da Advocacia e da OAB.
a) O advogado empregado não está obrigado à prestação de serviços profissionais de
interesse pessoal, fora da relação de emprego.
b) Nas causas em que for parte empregador de direito privado, os honorários de sucumbência
serão devidos a ele, empregador, e não, aos advogados empregados.
c) Considera-se jornada de trabalho o período em que o advogado esteja à disposição
do empregador, aguardando ou executando ordens no âmbito do escritório, não sendo
consideradas as horas trabalhadas em atividades externas.
d) A relação de emprego, no que se refere ao advogado, não retira a isenção técnica inerente
à advocacia, mas reduz a independência profissional, visto que o advogado deve atuar de
acordo com as orientações de seus superiores hierárquicos.

A relação estabelecida entre o advogado empregado e o cliente empregador está restrita


ao vínculo pré-estabelecido, de modo que o advogado empregado não está obrigado a

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prestar serviços profissionais de interesse pessoal dos empregadores fora da relação de


emprego, de acordo com o artigo 18, parágrafo único, do Estatuto da OAB.
b) Errada. Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este representada,
os honorários de sucumbência são devidos aos advogados empregados. Caso os honorários
de sucumbência sejam percebidos por advogado empregado de sociedade de advogados,
esses serão partilhados entre ele e a empregadora (art. 21, caput e parágrafo único, do
Estatuto da OAB). Os honorários de sucumbência, por decorrerem precipuamente do
exercício da advocacia e só acidentalmente da relação de emprego, não integram o salário
ou a remuneração, não podendo, assim, ser considerados para efeitos trabalhistas ou
previdenciários, constituindo-se em fundo comum, cuja destinação é decidida pelos
profissionais integrantes do serviço jurídico da empresa ou por seus representantes, nos
termos do artigo 14 do Regulamento Geral da OAB.
c) Errada. Considera-se como período de trabalho o tempo em que o advogado estiver
à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, no seu escritório ou em
atividades externas, nos termos do artigo 20, § 1º, do Estatuto da OAB.
d) Errada. O Código de Ética e Disciplina da OAB determina que o advogado, ainda que
vinculado ao cliente ou constituinte, mediante relação empregatícia ou por contrato de
prestação permanente de serviços, ou como integrante de departamento jurídico, ou de
órgão de assessoria jurídica, público ou privado, deve zelar pela sua liberdade e independência
(art. 4º, CED-OAB).
Letra a.

032. (CESPE/EXAME DE ORDEM OAB - 2/2009) Com relação ao advogado empregado, assinale
a opção correta.
a) Considere que Marcos, advogado empregado do banco X, tenha recebido ordem para
elaborar parecer favorável em um contrato manifestamente ilegal. Nesse caso, por ser
empregado do banco, ele não possui independência profissional para fazer, por convicção,
parecer contrário ao referido contrato.
b) O advogado empregado, no exercício da profissão, não pode ter regime de trabalho
superior a trinta horas semanais, independentemente de acordo coletivo ou de contrato
de dedicação exclusiva.
c) Considere que Fabiana, advogada da empresa SW, tenha ganhado processo para seu
empregador. Nessa situação, caso haja honorários de sucumbência, estes devem ser
repassados à empresa, haja vista que Fabiana já é remunerada para defender os interesses
da empresa SW.
d) Considere que Daniel, advogado empregado do banco Z, tenha sido chamado à sala do
diretor-presidente e lá recebido ordem para fazer contestação do processo de separação

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desse diretor-presidente. Nessa situação, Daniel não está obrigado a prestar seus serviços
profissionais, visto que a causa é de interesse pessoal do diretor-presidente, sem relação
com o contrato de trabalho.

A relação estabelecida entre o advogado empregado e o cliente empregador está restrita


ao vínculo pré-estabelecido, de modo que o advogado empregado não está obrigado a
prestar serviços profissionais de interesse pessoal dos empregadores fora da relação de
emprego, de acordo com o artigo 18, parágrafo único, do Estatuto da OAB.
Portanto, Daniel poderá recursar-se a elaborar contestação do processo de separação do
diretor-presidente do banco Z.
a) Errada. O vínculo empregatício do advogado exige os mesmos elementos fático-jurídicos
estabelecidos para a constituição da relação de trabalho comum, trazidos na Consolidação
das Leis do Trabalho. Porém, a existência de subordinação não prejudica o direito do advogado
à liberdade de atuação e à isenção técnica, que é inerente ao exercício da advocacia, uma
vez que o advogado deve seguir suas convicções filosóficas e conhecimentos técnicos ao
defender os interesses dos seus clientes, nos termos do artigo 18 do Estatuto da OAB.
Ainda, o Código de Ética e Disciplina da OAB determina que o advogado, ainda que vinculado
ao cliente ou constituinte, mediante relação empregatícia ou por contrato de prestação
permanente de serviços, ou como integrante de departamento jurídico, ou de órgão de
assessoria jurídica, público ou privado, deve zelar pela sua liberdade e independência (art.
4º, CED-OAB).
b) Errada. A jornada de trabalho do advogado empregado foi alterada pela Lei n. 14.365, de
02 de junho de 2022. Atualmente, nos termos do artigo 20 do EOAB, a jornada de trabalho
do advogado empregado, quando prestar serviço para empresas, não poderá exceder a
duração diária de 8 (oito) horas contínuas e a de 40 (quarenta) horas semanais. Além disso,
poderá ser adotado o regime de dedicação exclusiva, que deve estar previsto expressamente
no contrato individual de trabalho, devendo a jornada de trabalho observar o limite de oito
horas diárias (art. 20, caput, do Estatuto da OAB c/c art. 12 do Regulamento Geral da OAB).
c) Errada. Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por esse representada,
os honorários de sucumbência são devidos aos advogados empregados. (art. 21, caput,
do Estatuto da OAB). Os honorários de sucumbência, por decorrerem precipuamente
do exercício da advocacia e só acidentalmente da relação de emprego, não integram o
salário ou a remuneração, não podendo, assim, ser considerados para efeitos trabalhistas
ou previdenciários, constituindo-se em fundo comum, cuja destinação é decidida pelos
profissionais integrantes do serviço jurídico da empresa ou por seus representantes, nos
termos do artigo 14 do Regulamento Geral da OAB.
Letra d.

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