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Aula 05

Direito Civil p/ ICMS/RJ - 2016 (Com videoaulas)


Professores: Aline Santiago, Jacson Panichi
Direito Civil para ICMS/RJ 2015/2016.
Professores: Aline Santiago e Jacson Panichi.
Aula - 05

AULA 05: Teoria Geral das obrigações. Direito


das obrigações. Modalidades das obrigações. As
formas de extinção das obrigações. A
inexecução das obrigações. Transmissão das
Obrigações. Fontes das obrigações.

Olá! Como vão os estudos?

Esperamos que você esteja conseguindo estudar de forma adequada.


Lembre-se que o sacrifício é momentâneo e quando você visualizar seu
nome no diário oficial terá a certeza de que todo este esforço valeu a pena.
Os temas da aula de hoje não são difíceis, mas, há uma grande
carga teórica e o seu estudo pode ser um pouco cansativo principalmente
devido à grande quantidade de informações que você terá pela frente, por
isto vá com calma, sem afobações e entre em contato conosco em caso de
dúvidas.
O direito patrimonial é dividido em direito das coisas e direito
das obrigações.
Na aula de hoje veremos, então, o direito das obrigações,
explanaremos a seguir sobre o tema e, novamente, nos colocamos à sua
disposição, para ajudá-lo(a) em caso de dúvidas, por meio do
fórum.
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OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: este curso é protegido por direitos autorais


(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação
sobre direitos autorais e dá outras providências.
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que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os
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Sumário
-Teoria Geral das Obrigações. ................................................................................................................. 3
-Fontes das Obrigações. .......................................................................................................................... 3
- Modalidades das obrigações (arts. 233 a 285). .................................................................................... 6
Das obrigações de dar (obligationes dandi)........................................................................................ 6
Das Obrigações de Fazer (obligationes faciendi). ............................................................................. 11
Das Obrigações de Não Fazer. .......................................................................................................... 12
- Modalidades de obrigações quanto aos seus elementos. .................................................................. 13
-Obrigações cumulativas. .................................................................................................................. 13
- Obrigações alternativas (arts. 252 a 256). ...................................................................................... 13
Das Obrigações Divisíveis e Indivisíveis ............................................................................................ 15
Das Obrigações Solidárias (arts. 264 a 285). ......................................................................................... 18
- Da Solidariedade Ativa (concorrência de credores) ....................................................................... 19
- Da Solidariedade Passiva (concorrência de devedores) ................................................................. 20
- Obrigações quanto ao tempo do adimplemento (do cumprimento). ............................................ 22
- Transmissão das obrigações (arts. 286 a 303). ................................................................................... 23
- Adimplemento e extinção das obrigações:......................................................................................... 33
- Pagamento. ..................................................................................................................................... 33
- Do Lugar do Pagamento (arts. 327 a 330). ......................................................................................... 40
- Do Tempo do Pagamento (arts. 331 a 333). ....................................................................................... 41
Pagamento Indireto. ............................................................................................................................. 44
Do Pagamento em Consignação ....................................................................................................... 44
Do Pagamento com Sub-Rogação ..................................................................................................... 46
Da Imputação do Pagamento ........................................................................................................... 47
Da Dação em Pagamento .................................................................................................................. 48
Da Novação ....................................................................................................................................... 49
Da Compensação .............................................................................................................................. 50
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Da Confusão ...................................................................................................................................... 51
Da Remissão das Dívidas ................................................................................................................... 52
- A inexecução das obrigações. ............................................................................................................. 53
- Do Inadimplemento das Obrigações (arts. 389 a 420). ...................................................................... 53
- Da Mora (arts. 394 a 401) ............................................................................................................... 55
- Das Perdas e Danos (arts. 402 a 405) ............................................................................................. 58
- Dos Juros Legais (arts. 406 e 407) ................................................................................................... 59
- Da Cláusula Penal (arts. 408 a 416). ............................................................................................... 60
- Das Arras ou Sinal (arts.417 a 420). ................................................................................................ 62
QUESTÕES FCC E SEUS RESPECTIVOS COMENTÁRIOS .......................................................................... 64
LISTA DAS QUESTÕES E GABARITO. .................................................................................................... 102

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-Teoria Geral das Obrigações.

Não cabe, em um curso preparatório para um concurso público, ficar


divagando muito sobre a teoria geral das obrigações. O assunto é extenso
e permite uma ampla discussão doutrinária. Deste modo, falaremos o
básico, aquilo que julgamos necessário para uma boa compreensão da
matéria, focando o estudo nas obrigações jurídicas encontradas no código
civil.
A obrigação, objeto do nosso estudo, é, então, a obrigação jurídica,
aquela que encontra respaldo em uma lei, mas que estará também
relacionada a um negócio jurídico, como, por exemplo, um contrato.
Por ter respaldo legal, esta obrigação está protegida pelo direito e
tem garantia do Estado, por isto, se não for cumprida (em caso de
inexecução), haverá consequências de cunho jurídico, trata-se da
chamada responsabilidade contratual (assunto de outra aula).
A obrigação estabelece um vínculo jurídico entre sujeitos (pessoas) e
objeto. É, portanto, uma relação jurídica. Diz-se que esta relação tem
caráter transitório, uma vez que já nasce com a finalidade de se extinguir
(normalmente pelo seu cumprimento).

-Fontes das Obrigações.

Investigar as fontes das obrigações é investigar de onde elas


surgem, quando e como se formam, ou seja, de onde vem o vínculo da
obrigação. É saber, também, por que certa pessoa (o devedor) passa a ter
o dever, ou a obrigação, de prestar determinada prestação para a outra (o
credor).
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No entanto, esta investigação não é tarefa fácil, pois não há


concordância entre os doutrinadores e, neste sentido, são muitas as
construções doutrinárias e as soluções legislativas sobre o assunto.
Nas palavras de Silvio de Salvo Venosa1: “Quer-nos parecer, contudo,
sem que ocorra total discrepância com o que já foi dito, que a lei será
sempre fonte imediata de obrigações. Não pode existir obrigação sem
que a lei, ou em síntese, o ordenamento jurídico a ampare. Todas as demais
várias figuras que podem dar nascimento a uma obrigação são fontes
mediatas. São, na realidade, fatos, atos e negócios jurídicos que dão
margem ao surgimento de obrigações”. (grifos nossos)

1
Sílvio de Salvo Venosa, Direito Civil II, ed. Atlas, 11 ed., pág. 50.

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Assim, temos a lei como a primeira fonte das obrigações, fonte


imediata, sendo as demais classificadas como fontes mediatas. É
importante destacarmos que o Código Civil de 1916 e o de 2002 não
possuem um dispositivo específico a respeito das fontes das obrigações,
porém são reconhecidos como fonte de obrigações: ¹o contrato, ²os atos
ilícitos e o abuso de direito, ³os atos unilaterais, 4os títulos de crédito.
O estudo dos atos unilaterais, as declarações unilaterais de vontade,
como fonte de obrigações, é importante porque o seu inadimplemento (o
não cumprimento) ocasionará o dever de indenizar, a responsabilidade
civil.

Os atos unilaterais estão expressamente previstos no CC e são: a


promessa de recompensa, a gestão de negócios, o pagamento indevido e
o enriquecimento sem causa.

Promessa de recompensa (arts. 854 a 860): é aquela feita por


anúncio público, neste momento (quando se torna público) a pessoa que
promete se obriga a cumprir o que prometeu.
Art. 854. Aquele que, por anúncios públicos, se comprometer a recompensar, ou
gratificar, a quem preencha certa condição, ou desempenhe certo serviço, contrai
obrigação de cumprir o prometido.

Gestão de negócios (arts. 861 a 875): Ocorre quando uma pessoa


(gestor de negócio) age presumindo o interesse, a vontade, de outra (o
dono do negócio). Exemplo citado por Maria Helena Diniz é o da pessoa
que, ao ver a casa do vizinho em risco de inundação, por terem sido
arrebentados os encanamentos, interfere na situação, corrigindo tais
problemas, mas efetuando para tanto os gastos indispensáveis ao conserto.

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Pagamento indevido (arts. 876 a 883) e enriquecimento sem


causa (arts. 884 a 886): Segundo Maria Helena Diniz2, “O pagamento
indevido constitui um caso típico de obrigação de restituir fundada no
princípio do enriquecimento sem causa, segundo o qual ninguém pode
enriquecer à custa alheia, sem causa que justifique”.

Após vermos algumas fontes de obrigações e citarmos os atos


unilaterais, vamos voltar agora ao assunto “obrigação” propriamente dito.

2
Maria Helena Diniz, Manual de direito Civil, Saraiva 2011, pág. 282.

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“Mas o que é afinal uma obrigação para o mundo jurídico?”

Segundo Carlos Roberto Gonçalves3 a obrigação, no estudo do


direito das obrigações, é empregada em seu sentido mais restrito, pois
apenas os vínculos de conteúdo patrimonial estarão em sua
abrangência, trata-se daquela relação direta entre as pessoas (que tem
como objeto os direitos de natureza pessoal), onde uma pessoa é credora
(aquela que pode exigir a prestação) e a outra é devedora (aquela que
tem a incumbência de cumprir a prestação).

E, segundo Flavio Tartuce4: “A obrigação pode ser conceituada como


a relação jurídica transitória existente entre um sujeito ativo (credor) e
um sujeito passivo (devedor), tendo como objeto imediato a prestação.”
Deste modo, direitos de natureza pessoal, também denominados
direitos de crédito, são aqueles em que há um vínculo entre o chamado
sujeito ativo (que pode exigir a prestação) e o sujeito passivo (de quem
se pode exigir o cumprimento da prestação).

Elementos que constituem uma obrigação:

(elemento
subjetivo) (elemento
vínculo objetivo) objeto
sujeitos
obrigacional

ativo passivo 37903993372

é o elemento
(é para quem a (é quem deve material (é a
prestação é cumprir a própria
devida) obrigação) prestação)

3
Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Esquematizado, Saraiva 2012, 2ª ed., pág. 441.
4
Em, Costa Machado, Código Civil Interpretado, Manole 2012, 5ª ed., pág. 236.

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- Modalidades das obrigações (arts. 233 a 285).

As obrigações, levando em consideração a qualidade da prestação,


ou seja, quanto ao objeto, serão classificadas em obrigações de dar,
obrigações de fazer (estas duas são positivas) e obrigações de não fazer
(esta é obrigação negativa).

As obrigações quanto ao objeto, classificam-se em

obrigações de dar obrigações de fazer obrigações de não fazer

Das obrigações de dar (obligationes dandi).

A prestação de dar consiste em ¹entregar ou, então, ²restituir algo


ao credor. Mas o compromisso de entrega da coisa já constitui o que o
nosso ordenamento jurídico chama obrigação de dar. Como exemplo
tenha um contrato de compra e venda, o vendedor tem obrigação de dar
a coisa e o comprador tem a obrigação de dar o preço acordado.
No direito brasileiro o contrato, por si só, não transfere o domínio,
visto que apenas gera a obrigação de entregar a coisa alienada, enquanto
não ocorrer à tradição, a coisa continuará pertencendo ao devedor5. A
tradição da coisa poderá se dar por entrega ou restituição. Mas o direito
real, ou seja, a transferência do domínio, ocorrerá somente quando houver
a tradição (bens móveis) ou quando houver o registro (bens imóveis).
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A obrigação de dar subdivide-se em: ¹dar coisa certa (arts. 233


a 242) e ²dar coisa incerta (arts. 243 a 246). A coisa que se vai entregar
pode ser certa (determinada) ou, então, incerta (que embora
indeterminada, será ao menos determinável).

Coisa certa (específica) é coisa que pode ser individualizada, ou


seja, que possui características próprias que permitem a sua
individualização. É prestação determinada. Exemplo muito comum é de
um automóvel. Este possui características que são somente suas e de

5
Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Esquematizado, Saraiva, 2ª ed., pág. 473.

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nenhum outro, tais como chassi, motor e placa. Outro exemplo, seria um
determinado quadro de um artista famoso.

Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora
não mencionados, salvo se o contrário resultar ¹do título ou ²das circunstâncias
do caso.

Em regra a obrigação principal abrange os seus acessórios, mas


poderá haver estipulação diferente em contrato ou, então, isto poderá
ser determinado pelas circunstâncias do caso. Além disso, após assumir
a obrigação (e até a entrega da coisa) o devedor (que ainda detém a coisa)
deve ter o cuidado de conservá-la. Isto é o que observamos, por exemplo,
com relação à compra e venda:

Art. 492. Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta
do vendedor, e os do preço por conta do comprador.

Se a coisa ¹se perder ou ²se deteriorar deve ser avaliado se


houve ou não culpa do devedor. Havendo culpa do devedor este responde
também pelas perdas e danos6. (conforme você verá logo à frente)

“Professores, mas quando isto ocorrerá sem culpa do devedor?”

A ideia de ausência de culpa estará associada ao caso fortuito e a


força maior. Estas situações são imprevisíveis, não cabendo
responsabilização a pessoa se não lhe deu causa. Além disso, a questão da
prova informará se houve ou não culpa.

Continuando! 37903993372

Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, ¹sem culpa do
devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica
resolvida a obrigação para ambas as partes; ²se a perda resultar de culpa do
devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos.

6
CC Art. 402. “Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos
devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu (DANO EMERGENTE),
o que razoavelmente deixou de lucrar (LUCRO CESSANTE).” (As observações ao texto
da lei são nossas).

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Se a coisa se perder (se houver perecimento – perda total da coisa)


antes da tradição:
¹Sem culpa do devedor – resolvida a obrigação, sem perdas e danos.
As partes voltam ao statu quo ante, voltam à situação original. Portanto,
se o devedor já recebeu o preço pela coisa, este deve ser restituído à
outra parte.
²Com culpa do devedor – o devedor responde pelo equivalente (em
dinheiro) e mais perdas e danos.

Art. 235. Deteriorada a coisa, ¹não sendo o devedor culpado, poderá o


credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que
perdeu.
Art. 236. ²Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou
aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em
outro caso, indenização das perdas e danos.

Se a coisa se deteriorar (veja que a coisa ainda existe, apenas perdeu


em parte seu valor – é a perda parcial da coisa)
¹Sem culpa do devedor – se dá por resolvida a obrigação ou pode o
credor aceitar a coisa, mas com abatimento do preço.
²Com culpa do devedor – o devedor reponde pelo equivalente ou pode
o credor aceitar a coisa, mas nas duas situações caberá indenização das
perdas e danos.

Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus


melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o
credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação.
Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os
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pendentes.

Enquanto a tradição, a transferência de domínio, não ocorrer o


devedor é o dono da coisa, sendo assim, se forem feitos melhoramentos
e acréscimos, este poderá exigir aumento do preço, podendo, inclusive,
resolver a obrigação caso não haja anuência do credor. Pelo §único do art.
237 temos que os frutos percebidos (aqueles que já foram colhidos) são
do devedor. Restando para o credor os frutos pendentes (aqueles
que ainda não foram colhidos), justamente porque estes ainda integram a
coisa e dela não estão separados.

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Com relação ao art. 237, há um termo que a doutrina costuma utilizar


e que já foi cobrado em concursos públicos, trata-se da palavra “cômodos”.
Cômodos são vantagens produzidas pela coisa, isto é, seus
melhoramentos e acrescidos, pertencentes ao devedor, que poderá
exigir por eles aumento no preço ou a resolução da obrigação, se o credor
não concordar em pagar o quantum apurado.

A obrigação de restituir (é um tipo de obrigação de dar) ocorre


quando existe uma coisa alheia que está em poder do devedor, sendo que
esta coisa deverá ser restituída ao seu verdadeiro dono em momento
oportuno. Isto é o que ocorre, por exemplo, no contrato de comodato. Se
você possui TV por assinatura, está diante desta obrigação perante a
prestadora de serviço. Ao final do contrato terá que devolver o aparelho
receptor (a coisa está em seu poder por estipulação contratual, comodato,
no entanto não é de sua propriedade). Nestes casos, se não houver
culpa o prejudicado será o credor. Vamos às situações possíveis:

Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, ¹sem culpa do
devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação
se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda.
Art. 239. Se a coisa se perder ²por culpa do devedor, responderá este pelo
equivalente, mais perdas e danos.

Se a coisa se perder (se houver perecimento – perda total da coisa)


antes da tradição:
¹Sem culpa do devedor – o credor sofre a perda e a obrigação se
resolve. A ressalva diz respeito a se já tiver começado a correr o período
de mora do devedor,
²Com culpa do devedor – o devedor responde pelo equivalente mais
perdas e danos.
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Art. 240. Se a coisa restituível se deteriorar ¹sem culpa do devedor, recebê-


la-á o credor, tal qual se ache, sem direito a indenização; se ²por culpa do
devedor, observar-se-á o disposto no art. 239.

Se a coisa se deteriorar (novamente destacamos, a coisa ainda existe,


apenas perdeu em parte seu valor – é perda parcial da coisa)
¹Sem culpa do devedor – o credor recebe a coisa tal qual se ache.
²Com culpa do devedor – o devedor responde pelo equivalente mais
perdas e danos.

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Art. 241. Se, no caso do art. 238, sobrevier melhoramento ou acréscimo à


coisa, sem despesa ou trabalho do devedor, lucrará o credor, desobrigado de
indenização.
Art. 242. Se para o melhoramento, ou aumento, empregou o devedor trabalho
ou dispêndio, o caso se regulará pelas normas deste Código atinentes às
benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa-fé ou de má-fé.
Parágrafo único. Quanto aos frutos percebidos, observar-se-á, do mesmo modo,
o disposto neste Código, acerca do possuidor de boa-fé ou de má-fé.

Uma observação importante: não se pode entregar coisa diversa,


mesmo que seja mais valiosa (art. 313). Se a obrigação é de coisa certa, a
troca da coisa, se consentida pelas partes, implica a chamada novação
objetiva (modifica-se a obrigação). Lembre-se que a convenção é lei entre
as partes.

Na obrigação de dar coisa incerta (genérica), diferentemente do


que ocorre na prestação anterior, o objeto não é individualizado, mas sim
genérico. Determina-se apenas o gênero e a quantidade (por sinal, estes
são requisitos mínimos necessários, porque a coisa, embora seja
indeterminada, deverá ser ao menos determinável, não se trata de uma
indeterminação absoluta) a determinação da qualidade será decidida
quando da entrega da coisa.
Exemplos: 10kg (quantidade) de arroz (gênero), 30 (quantidade)
canetas (gênero), 55 litros de água. (veja que sempre sem especificar a
sua qualidade, falta a sua individualização)

Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela
quantidade.

Quando da escolha da coisa ocorrerá a sua individualização e o que


até então era apenas determinável passará a ser determinado. Esta
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escolha em regra caberá ao devedor, mas poderá ser do credor se o


contrato assim estipular.
No entanto, quando da escolha (ato que também pode se denominar
concentração), o devedor não poderá dar coisa pior nem ser obrigado a
dar coisa melhor (art.244). Outro ponto importante é que a alegação da
perda ou da deterioração da coisa somente poderá ocorrer depois da
escolha, estando assim já individualizada.

Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha
pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação;
mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.

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Art. 245. Cientificado da escolha o credor, vigorará o disposto na Seção


antecedente.
Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou
deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito.

Uma informação importante é a que diz respeito à obrigação


pecuniária. Obrigação pecuniária é uma espécie de obrigação de dar,
mas o cumprimento da obrigação ocorre com o pagamento em dinheiro.
Art. 315. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda
corrente e pelo valor nominal, salvo o disposto nos artigos subsequentes.
Art. 318. São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda
estrangeira, bem como para compensar a diferença entre o valor desta e o da
moeda nacional, excetuados os casos previstos na legislação especial.

Das Obrigações de Fazer (obligationes faciendi).

A obrigação de fazer está relacionada a atos positivos ou


prestação de serviços, consiste na confecção de algo (é claro que esta
coisa, em determinados casos, deverá posteriormente ser entregue, mas
isto não tira a qualificação de obrigação de fazer). A doutrina tem colocado
três tipos de obrigação de fazer: a ¹personalíssima (ou infungível); a
²impessoal (ou fungível); e ³a que consiste em emitir declaração de
vontade.

¹A personalíssima (intuitu personae, infungível) é aquela que, ¹por


convenção contratual ou ²por qualificações da pessoa, só pode ser realizada
pessoalmente pelo devedor;
²a impessoal (fungível) é aquela em que não há exigências, podendo o
serviço ser realizado por terceiro; e 37903993372

³a consistente em emitir declaração de vontade, que deriva de um


contrato preliminar.

Se a prestação for personalíssima (infungível), o inadimplemento


(o seu descumprimento) pode acarretar indenização por perdas e danos
(art.247).

Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que


recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exequível.

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Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível ¹sem culpa do


devedor, resolver-se-á a obrigação; se ²por culpa dele, responderá por perdas
e danos.
No artigo 248, “Se a prestação do fato tornar-se impossível”,
novamente devemos analisar se houve ou não culpa do devedor, isto
quando a prestação se tornar impossível:
¹Sem culpa do devedor – resolve-se a obrigação, sem perdas e danos.
²Por culpa do devedor – o devedor responde por perdas e danos.

O art. 249 traz a possibilidade de a prestação ser executada por


terceiro, se assim for possível (obrigação impessoal, fungível), e à custa
do devedor, quando houver recusa ou mora (atraso) por parte deste. Além
disso, poderá ser devida indenização.

Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor
mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem
prejuízo da indenização cabível.
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de
autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido.

Das Obrigações de Não Fazer.

Agora estamos diante de uma obrigação negativa, o não fazer, é


o ato de se abster. Nesta situação é preciso que você tenha o
entendimento de que a pessoa poderia livremente praticar o ato, mas não
o pratica porque está obrigada a não praticá-lo. Se praticar o ato
caracteriza-se o inadimplemento.

Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do
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devedor, se lhe torne impossível abster-se do ato, que se obrigou a não


praticar.

O artigo seguinte, traz a situação do inadimplemento:

Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o


credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa,
ressarcindo o culpado perdas e danos.
Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar
desfazer, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do
ressarcimento devido.

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- Modalidades de obrigações quanto aos seus elementos.

Você acabou de ver os tipos de prestação (dar, fazer, não fazer).


Observando o número de prestações teremos o seguinte: quando a
prestação for única teremos uma obrigação simples, como, por exemplo,
quando uma pessoa se obriga a entregar a outra um cavalo; em
contrapartida, se houver mais de uma prestação, estaremos diante de
uma obrigação denominada complexa ou composta.
Nas duas situações acima estamos analisando as obrigações quanto
aos seus elementos. De acordo com esta classificação as obrigações
poderão, então, ser: ¹simples ou ²compostas (sendo estas subdivididas em
cumulativas, alternativas e solidárias).

Você pode perceber que obrigações compostas envolvem uma


pluralidade, esta pluralidade poderá ser tanto de objetos quanto de
sujeitos.

Pluralidade de objetos: ¹obrigações cumulativas e ²obrigações


alternativas.
Pluralidade de sujeitos: ¹sem solidariedade e ²obrigações solidárias.

Quanto à pluralidade de objetos:

-Obrigações cumulativas.

Há, nas obrigações cumulativas, pluralidade de objetos. Por


exemplo, entregar um carro e um apartamento. Neste tipo de obrigação o
cumprimento deve ser num todo, ou seja, os dois objetos devem ser
entregues. Se isto não ocorrer o inadimplemento (o descumprimento da
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obrigação) será tido como total. Motivo desta afirmação já utilizada por
uma banca de concursos: A obrigação cumulativa é a obrigação
consistente em um vínculo jurídico pelo qual o devedor se compromete a
realizar diversas prestações, de tal modo que não se considerará
cumprida a obrigação até a execução de todas as prestações
prometidas, sem exclusão de uma só.

- Obrigações alternativas (arts. 252 a 256).

Como o próprio nome já diz, nestas obrigações há opção de


escolha, que em regra caberá ao devedor. Entrega-se uma coisa ou
outra, ou seja, pode-se entregar uma das coisas entre as opções

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acordadas (art. 252). No entanto deve ficar claro que não pode o devedor
entregar apenas parte de uma e parte de outra (art. 252 §1º).

Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra


coisa não se estipulou.
§ 1o Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e
parte em outra.
§ 2o Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção
poderá ser exercida em cada período.

Importante: o que está expresso neste parágrafo é o que se denomina


jus variandi, trata-se da faculdade de escolha de prestação sucessiva em
obrigações alternativas.

EM REGRA o cumprir prestação "A"


obrigação
DEVEDOR pode
alternativa
escolher entre cumprir prestação "B"

Se as prestações forem periódicas a escolha, pela prestação “A” ou pela


prestação “B”, poderá ser feita a cada período (jus variandi).

§ 3o No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre


eles, decidirá o juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação.

§ 4o Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder


exercê-la, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes.

Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se
tornada inexequível, subsistirá o débito quanto à outra.
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Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das
prestações, não competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar
o valor da que por último se impossibilitou, mais as perdas e danos que o
caso determinar.

Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se
impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação
subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor,
ambas as prestações se tornarem inexequíveis, poderá o credor reclamar o valor
de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos.

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Art. 256. Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do


devedor, extinguir-se-á a obrigação.

IMPORTANTE:
Das Obrigações Divisíveis e Indivisíveis

O entendimento dos conceitos de obrigações divisíveis e de


obrigações indivisíveis é muito importante, porque o fato de ser a obrigação
divisível ou indivisível trará repercussões no mundo dos negócios jurídicos.
Tal assunto está relacionado à pluralidade de sujeitos. Assim fala o art.
257:

Art. 257. Havendo ¹mais de um devedor ou ²mais de um credor em


obrigação divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e
distintas, quantos os credores ou devedores.

A obrigação “A” presume-se dividida.

Se a obrigação é divisível presume-se


obrigação dividida em tantas obrigações quanto
obrigação forem necessárias para cada credor
"A2"
"A1"
ou devedor existente.
(na representação ao lado é como se
Origação existissem três obrigações, uma para
"A3" cada credor ou devedor – é uma
presunção)

Na obrigação divisível a resolução de problemas é mais “simples”,


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porque cada um dos coobrigados tem a sua quota parte de


responsabilidade. A obrigação é rateada entre as partes.

O princípio concursu partes fiunt (as partes se dividem pelos


sujeitos) refere-se à presunção legal de que se houver pluralidade de
sujeitos, sendo mais de um credor ou mais de um devedor, o objeto da
prestação poderá ser dividido ou fracionado em parcelas iguais e distintas
de devedores e credores.

Haverá, no entanto, duas exceções com relação à prestação


demonstrada acima: ¹a indivisibilidade (que será vista a seguir, no art.
258) e ²a solidariedade (que é detalhada nos arts. 264 a 285)

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Art. 258. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa
ou um fato não suscetíveis de divisão, ¹por sua natureza, ²por motivo de
ordem econômica, ou ³dada a razão determinante do negócio jurídico.

A Obrigação é indivisível, pois a ¹coisa ou


sempre considerada
obrigação única
o ²fato não são susceptíveis de divisão.
(indivisível), Exemplos de obrigações indivisíveis: a
independentemente entrega de um carro, a entrega de um
do número de
credores ou determinado animal.
devedores

IMPORTANTE: Se a obrigação, por algum motivo, for convertida em


uma obrigação pecuniária, não se deve falar mais em obrigação
indivisível, pois a prestação em dinheiro tem como característica a
possibilidade de divisão.

Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível,
cada um será obrigado pela dívida toda.
Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor
em relação aos outros coobrigados.

Na obrigação indivisível, como já falado, cada devedor é obrigado


pela dívida toda. E ainda temos a situação do § único, exemplificada a
seguir: Se João, Paulo e Vitor são devedores coobrigados da obrigação “X”,
cada um responde pela dívida toda. Se João, por exemplo, pagar a dívida
sub-roga-se no direito do credor com relação aos outros.
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Da pluralidade de credores (Nos artigos seguintes não há solidariedade


ativa, apenas a pluralidade de credores. A solidariedade será explicada
mais à frente).

Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a
dívida inteira; mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando:
I - a todos conjuntamente;
II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores.

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Art. 261. Se um só dos credores receber a prestação por inteiro, a cada um


dos outros assistirá o direito de exigir dele em dinheiro a parte que lhe caiba no
total.

Pagando a todos credores


conjuntamente Pagando somente a um deles (neste
exemplo, ao credor "A")
( neste exemplo "A", "B", "C")

credor "A" recebe o


há desobrigação quanto a pagamento e dá caução de
"A" ratificação dos credores "B" e
"C"

Ao credor "B" assiste o


há desobrigação quanto a "B" direito de exigir em dinheiro
a parte que lhe caiba

Ao credor "C" assiste o


há desobrigação quanto a "C" direito de exigir em dinheiro
a parte que lhe caiba

Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta
para com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor
remitente.
Parágrafo único. O mesmo critério se observará no caso de transação, novação,
compensação ou confusão.

No caso de negociações (como no caso de remissão – perdão da


dívida) por parte de um dos credores, por exemplo, do credor “A”, os
demais poderão exigir a prestação, mas deverá ser descontada a parte
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que cabia ao credor “A”. Aqui há uma particularidade, conforme exemplo


dado por Clóvis Beviláqua7, se a obrigação fosse um Cavalo que custa R$
30.000 sendo que “A” remitiu a dívida. “B” e “C” somente podem exigir a
entrega do cavalo se pagarem os R$ 10.000 ao devedor.

Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em


perdas e danos.
§ 1o Se, para efeito do disposto neste artigo, houver culpa de todos os devedores,
responderão todos por partes iguais.

7
Em Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Esquematizado, Saraiva, 2ª ed., pág. 510.

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§ 2o Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só esse


pelas perdas e danos.

Das Obrigações Solidárias (arts. 264 a 285).

A solidariedade ocorre quando há ¹mais de um sujeito ativo ou ²mais


de um sujeito passivo ou, então, ³pluralidade de ambos. Na solidariedade
não se trata de uma simples pluralidade de sujeitos, porque o direito
(dos credores) ou a obrigação (dos devedores) nestes casos é pelo total
da dívida. Na realidade é como se existisse um único credor ou um
único devedor, no primeiro caso, qualquer um poderá exigir a dívida, já
no segundo caso, de qualquer um poderá ser exigida a dívida.

Na solidariedade
ativa é como se
existisse um único A solidariedade se aproxima muito da
credor, já na obrigação indivisível, mas com esta, no
solidariedade passiva entanto, não se confunde.
é como se existisse
um único devedor.

Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de


um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida
toda.

Na solidariedade não há fracionamento. São 37903993372


dois os tipos de
solidariedade possíveis:

Concorrência de credores (solidariedade ativa) - cada um tem o direito


de exigir a dívida toda.
Concorrência dos devedores (solidariedade passiva) - cada um tem a
obrigação de cumprir a dívida toda.

IMPORTANTÍSSIMO:
Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das
partes.

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Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos cocredores
ou codevedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o
outro.

- Da Solidariedade Ativa (concorrência de credores)

Solidariedade ativa é aquela em que há credores solidários.

Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o
cumprimento da prestação por inteiro.
Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor
comum, a qualquer daqueles poderá este pagar.

O devedor pode escolher a quem dos credores solidários pagar, desde


que ainda não tenha sido cobrado por nenhum deles. (Enquanto não for
cobrado por algum dos credores, pode pagar a qualquer um).

Art. 269. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até
o montante do que foi pago.

Art. 270. Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada


um destes só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que
corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível.
Neste caso, em regra, a solidariedade não passa aos herdeiros, cada um
poderá exigir apenas a sua parte. A exceção é no caso de obrigações
indivisíveis, onde a solidariedade permanece.

Art. 271. Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos


os efeitos, a solidariedade. 37903993372

Diferentemente do que ocorreu na obrigação indivisível que perdeu a


sua qualidade quando resolvida em perdas e danos, a solidariedade se
mantém mesmo quando a prestação é convertida em perdas e
danos.

Art. 272. O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento


responderá aos outros pela parte que lhes caiba.
Veja que na relação interna (entre os credores solidários) a dívida pode ser
fracionada. Se um credor perdoar a dívida ou receber o pagamento, terá
este que dar aos outros credores a parte que lhes caiba.

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Na solidariedade ativa (concorrência de credores)

Se o credor "A" ¹perdoa a dívida ou ²recebe o pagamento, responderá aos


outros credores pela parte que lhes caiba
(neste modelo aos credores "B" e "C")

O credor "B" deverá receber de "A" a parte que lhe caiba

O credor "C" deverá receber de "A" a parte que lhe caiba

Art. 273. A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções
pessoais oponíveis aos outros.
Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os
demais; o julgamento favorável aproveita-lhes, a menos que se funde em
exceção pessoal ao credor que o obteve.

Veja que estamos falando de solidariedade ativa (credores solidários).

Uma observação importante: o que acontece com a obrigação solidaria se


um dos credores vier a se tornar incapaz? Com relação à solidariedade este
fato não trará repercussão alguma. Permanece a solidariedade.

- Da Solidariedade Passiva (concorrência de devedores)

De qualquer dos devedores poderá o credor exigir a prestação:


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Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos


devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido
parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo
resto.
Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de
ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores.

Art. 276. Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum


destes será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão
hereditário, salvo se a obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão

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considerados como um devedor solidário em relação aos demais


devedores.
Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele
obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da
quantia paga ou relevada.

Exemplo: Se haviam três devedores solidários, se a dívida era de


R$30 e se foi perdoado o pagamento de R$10 a um dos devedores
(remissão da dívida). Permanece a dívida de R$20 e a solidariedade dos
demais, estes somente serão beneficiados em relação à cota já paga ou
perdoada.

Art. 278. Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre um


dos devedores solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros
sem consentimento destes.

Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores


solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas
perdas e danos só responde o culpado.

Art. 280. Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a
ação tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado responde aos
outros pela obrigação acrescida.
Art. 281. O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe
forem pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções
pessoais a outro codevedor.

Art. 282. O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns


ou de todos os devedores.
Parágrafo único. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores,
subsistirá a dos demais. 37903993372

O credor neste caso não está remitindo (perdoando) a dívida,


apenas está renunciado à solidariedade, mas não poderá reclamar aa
obrigação como anteriormente. O que ocorre é o seguinte: imagine uma
dívida de R$ 30.000 com três devedores solidários “A”, “B” e “C”. Se o
credor renunciar a solidariedade em favor de “A”, poderá somente reclamar
de "A" o valor de R$ 10.000,00, sendo que "B" e "C" continuarão
respondendo solidariamente por R$ 20.000,00.

Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de
cada um dos codevedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do

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insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os


codevedores.

Art. 284. No caso de rateio entre os codevedores, contribuirão também os


exonerados da solidariedade pelo credor, pela parte que na obrigação incumbia
ao insolvente.
Art. 285. Se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores,
responderá este por toda ela para com aquele que pagar.

Importante você observar que tanto na solidariedade como na


indivisibilidade, ante a pluralidade subjetiva, cada credor pode exigir a
dívida inteira e cada devedor está obrigado pelo débito todo. O credor que
receber responderá pela parte dos demais e o devedor que pagar terá
direito de regresso contra os outros.

- Obrigações quanto ao tempo do adimplemento (do cumprimento).


De execução ¹instantânea, ²diferida e ³continuada.

Obrigação de execução instantânea (ou momentânea) é aquela que


em um só ato já está consumada, se constitui a obrigação e no momento
seguinte esta já é cumprida. Exemplo: A compra à vista com a entrega
da coisa no instante seguinte.

Obrigação de execução diferida é aquela que ocorre, também, em um


só ato, mas a obrigação não é cumprida no momento seguinte, mas sim
em momento futuro. Exemplo: A compra à vista em que a entrega é feita
em momento futuro.

Obrigação de duração continuada (periódica ou de trato sucessivo)


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é aquela que não se cumpre em um só ato e que ocorre por meio de atos
reiterados. Exemplos: A compra e venda a prazo (haverá prestações
periódicas), o fornecimento de determinada mercadoria em prestações
periódicas.

Vamos começar agora outro ponto importante do edital: a transmissão das


obrigações.

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- Transmissão das obrigações (arts. 286 a 303).

A transmissão, seja ela de direitos ou de obrigações, pode verificar-


se tanto por causa de morte, como por atos entre vivos. A transmissão que
se dá com a morte é disciplinada e mais bem estudada no direito das
sucessões. A transmissão que julgamos ser mais importante para
analisarmos, neste momento, é aquela realizada pela vontade das
partes.
Veja que a obrigação faz parte do patrimônio do credor, por
consequência, este credor, se quiser, poderá transmiti-la. A mudança da
figura do credor é o que se chama cessão de crédito.

“Mas o que vem a ser cessão?”

De acordo com Maria Helena Diniz8: “O ato determinante de


transmissibilidade das obrigações designa-se cessão, que vem a ser a
transferência negocial, a título gratuito ou oneroso, de um direito, de um
dever, de uma ação ou de um complexo de direitos, deveres e bens, com
conteúdo predominantemente obrigatório, de modo que o adquirente
(cessionário) exerça posição jurídica idêntica à do antecessor (cedente)”.

Cessão é, então, transferência negocial. Neste tipo de negócio teremos a


presença de três envolvidos: ¹o cedente; o cessionário; e aquele que é
cedido.

Como espécies de cessão temos: a ¹cessão de crédito; a ²cessão de


débito; e a ³cessão de contrato (este último tipo de cessão é menos
cobrado em concursos).

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Vamos analisar cada uma delas:

A cessão de crédito (arts. 286 a 298) enfoca a substituição, por


ato entre vivos, da figura do credor e isto independentemente do
consenso do devedor. O crédito, como parte integrante de um
patrimônio, possui um valor econômico e, sendo assim, é algo que pode
ser transmitido, tanto de forma onerosa como gratuita.
Na cessão de crédito temos como figuras do negócio (ou partes
envolvidas): o cedente (aquele que vende o direito), o cessionário (que
adquire o direito) e o cedido (que é o devedor original, que deve cumprir

8
Maria Helena Diniz, Manual de direito Civil, Saraiva 2011.

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com a obrigação de pagar a dívida, agora para outra pessoa). O cedido não
participa ativamente do negócio, mas, como você verá logo a frente, ele
precisa ser notificado.
Na cessão de crédito, este é transferido tal como foi contratado, o
que se modifica é a pessoa que irá cobrar a obrigação. De um modo
geral a cessão de crédito é permitida, mas atente para o art. 286:

Art. 286. O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser ¹a
natureza da obrigação, ²a lei, ou ³a convenção com o devedor; a cláusula
proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não
constar do instrumento da obrigação.

O próprio contrato pode proibir a cessão de crédito (cláusula


proibitiva da cessão), mas para que isso se torne eficaz perante
terceiros de boa-fé, a cláusula deve constar no instrumento de obrigação,
ou seja, no próprio contrato. Em todos os casos, deve-se verificar se o
terceiro, que está comprando o crédito, teve conhecimento da cláusula
impeditiva. Se não teve conhecimento, a cessão de crédito poderá ser
válida, mesmo perante a cláusula impeditiva.
Também, é importante destacar que deve estar presente a
possibilidade jurídica para a transmissão do crédito, pois as obrigações
personalíssimas, por sua natureza, não admitem cessão.

Art. 287. Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-


se todos os seus acessórios.

Veja então que, em regra, a cessão de um crédito abrange todos os


seus acessórios, mas esta regra comporta exceção. Basta que exista
disposição a esse respeito.

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A cessão de crédito pode ser ainda:

 ¹Gratuita ou ²onerosa, conforme ela se realize com ou sem


pagamento por parte do cessionário.

 ¹Total ou ²parcial, pois o cedente pode transferir todo o


crédito ou, então, somente uma parte, resguardando para si o
resto.

 ¹Convencional, ²legal ou ³judicial. Convencional é quando


decorre da vontade livre e espontânea entre o cedente e o
cessionário. Legal é decorrente de lei, pois existem casos em

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que a própria lei prevê esta cessão. Judicial é a que decorre de


sentença judicial, como por exemplo, nos casos de sucessão
onde haverá a partilha dos bens. Como os créditos também são
bens, estes vão ser transferidos para os herdeiros.

 Pode ser ¹pro soluto, quando, com a transferência, o cedente


deixa de ter responsabilidade pelo pagamento do crédito, pela
solvência do devedor, mas continua responsável pela sua
existência; ou ²pro solvendo, quando o cedente continua
responsável pelo pagamento, caso o cedido ou devedor não o
faça.

Já foi afirmação de prova, mas de outra banca: “Na cessão pro soluto
do crédito, o cedente não responde pela solvência do devedor, mas apenas
pela existência do crédito”.

Embora a cessão de crédito seja um negócio jurídico não solene


(ou consensual), pois não depende de forma determinada, convém que
a cessão seja feita por escrito, pois assim terá validade contra
terceiros9.
Art. 288. É ineficaz, em relação a terceiros, a transmissão de um crédito,
se não celebrar-se mediante instrumento público, ou instrumento particular
revestido das solenidades do § 1o do art. 654.
(Art. 654, § 1º. O instrumento particular deve conter a indicação do lugar onde
foi passado, a qualificação do outorgante e do outorgado, a data e o objetivo da
outorga com a designação e a extensão dos poderes conferidos).

Art. 289. O cessionário de crédito hipotecário tem o direito de fazer averbar


a cessão no registro do imóvel.

Trata-se de garantia para o cessionário, pois com esta atitude –


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de averbação na escritura do imóvel no registro de imóveis, o ato de cessão


gera efeitos contra todos (erga omnes).

No art. 290 temos a informação quanto à necessidade de notificação


do devedor.
Art. 290. A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão
quando a este notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito
público ou particular, se declarou ciente da cessão feita.

9
Esses “terceiros” citados no texto da lei devem ter interesse no patrimônio das partes.
Não podendo ser qualquer pessoa.

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Assim, a cessão de crédito não está condicionada a aceitação


do devedor, mas ele deve ser notificado de quem é o credor da
obrigação, para poder efetuar o pagamento. Esta notificação ao devedor
pode ser feita tanto pelo cedente (aquele que está cedendo) como pelo
cessionário (aquele que está adquirindo o direito).
Como dito anteriormente, a cessão prescinde (não precisa) de
autorização do devedor, que dela, apenas, deve ter ciência. O devedor não
faz parte diretamente do negócio jurídico que é a cessão de crédito.
Se a cessão foi desmembrada, e existirem vários credores, o
devedor deve ser informado de tal situação e esta não deve lhe gerar
maiores gastos, ou seja, sua situação não poderá ser agravada sem
sua concordância.

Art. 291. Ocorrendo várias cessões do mesmo crédito, prevalece a que se


completar com a tradição do título do crédito cedido.

Esta situação irá ocorrer, quando o crédito for vendido várias vezes,
para diferentes pessoas. Nestes casos não está obrigado o devedor a
procurar o último cessionário para fazer o pagamento. De acordo com o
artigo, ele pagará ao cessionário que lhe apresentar o título do crédito
cedido. Se isso vier a causar algum dano para os demais cessionários, será
resolvido entre eles.

O art. 294, fala das exceções (das defesas que dispõe o devedor), e
diz assim:

Art. 294. O devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe


competirem, bem como as que, no momento em que veio a ter conhecimento
da cessão, tinha contra o cedente.
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Desse modo, se o devedor podia em sua defesa, por exemplo, alegar


erro ou, então, dolo contra o cedente, também poderá fazê-lo contra o
cessionário. Isso se dá, porque o crédito se transfere com as mesmas
características que possuía originariamente.

A responsabilidade do cedido é cumprir com a obrigação. Já a


reponsabilidade do cedente, nas cessões a título oneroso, ainda que não
se responsabilize pelo cumprimento da obrigação, está na existência do
crédito ao tempo da cessão. Isto também é valido nas cessões a título
gratuito, se o cedente agiu de má-fé. É o que diz o art. 295:

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Art. 295. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se
responsabilize, fica responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo
em que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe nas cessões por
título gratuito, se tiver procedido de má-fé.

Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela


solvência10 do devedor.

O cedente, em regra, assume apenas obrigação de garantia e


existência do credito, mas veja que é verdadeira a informação: “O
cedente pode responder pela solvência do devedor”, basta que haja
estipulação neste sentido (convencionada entre as partes). O artigo 297
continua:

Art. 297. O cedente, responsável ao cessionário pela solvência do devedor,


não responde por mais do que daquele recebeu, com os respectivos juros;
mas tem de ressarcir-lhe as despesas da cessão e as que o cessionário houver
feito com a cobrança.

Se as partes convencionaram a responsabilidade do cedente, este


não pode ser responsabilizado por mais do recebeu, respeitando o que foi
dito no art. 297.

Finalizando o assunto cessão de crédito, temos o art. 298:

Art. 298. O crédito, uma vez penhorado, não pode mais ser transferido pelo credor
que tiver conhecimento da penhora; mas o devedor que o pagar, não tendo
notificação dela, fica exonerado, subsistindo somente contra o credor os direitos
de terceiro.

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A cessão de débito (ou assunção de dívida), que não ocorre sem


a anuência do credor, de acordo com Maria Helena Diniz é um negócio
jurídico bilateral, pelo qual o devedor será o cedente e, com anuência
expressa do credor (será o cedido), transfere a um terceiro (assuntor ou
cessionário) os encargos obrigacionais, de modo que este assume sua
posição na relação obrigacional, substituindo-o, responsabilizando-se pela
dívida, que subsiste com todos os seus acessórios. Vamos colocar na
prática, veja o exemplo abaixo:

10
Solvência é a situação econômica positiva, quando os haveres superam, em valores,
às dívidas.

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¹João deve pra ²Otávio. Surge, na relação obrigacional, a figura de


³Paulo, um terceiro, que será o assuntor ou cessionário.
³Paulo assume a obrigação, que era de ¹João (devedor primitivo),
perante ²Otávio (credor).

No código civil, o conceito para a assunção de dívida está no art. 299.


É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o
consentimento expresso do credor, ficando exonerado o devedor primitivo,
salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o credor o ignorava.
Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar prazo ao credor para que
consinta na assunção da dívida, interpretando-se o seu silêncio como recusa.

Do que foi dito acima, podemos extrair os pressupostos da cessão de


débito:
 Existência e validade da obrigação transferida.
 Substituição do devedor sem alteração na substância do vínculo
obrigacional, salvo se o novo devedor, ao tempo da assunção da
dívida, era insolvente e o credor ignorava.
 Concordância expressa do credor.
 Observância dos requisitos relacionados para os negócios jurídicos.

A assunção pode ¹liberar o devedor primitivo, ou ²mantê-lo ligado


ainda à obrigação. Trata-se de uma opção das partes, uma escolha do
credor.
Entretanto, o art. 300 nos diz:
Salvo assentimento expresso do devedor primitivo, consideram-se extintas,
a partir da assunção da dívida, as garantias especiais por ele originariamente
dadas ao credor.
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“O que isto expresso no art. 300 quer dizer?”

O fiador, por exemplo, não é obrigado a garantir um devedor que não


conhece, que não confie. A ideia é no sentido de que as garantias ditas
especiais não permanecerão com a assunção se não houver menção
expressa a este respeito. No entanto, permanecem as garantias dadas pelo
devedor primitivo ligadas a sua pessoa.

Quanto as suas características a cessão de débito: ¹possui natureza


contratual; ²se o negócio exigir forma especial, assim deverá ser feito, caso

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contrário à forma é livre; ³os vícios possíveis são os dos negócios jurídicos
em geral.

Importante
A assunção de dívida (cessão de débito) pode se dar através de dois
modos: ¹por acordo entre o terceiro e o credor (expromissão); ou ²por
acordo entre o terceiro e o devedor (delegação).

 Expromissão é quando o terceiro contrai perante o credor a


obrigação de liquidar o débito. O acordo é entre o terceiro e o
credor. Esta expromissão pode ocorrer com a liberação do
devedor – assunção perfeita, ou manter-se o devedor
cumulativamente responsável pela obrigação – assunção de
débito imperfeita.
 Delegação, se o devedor transferir a terceiro, com a
anuência do credor, o débito com este contraído. Subdivide-se
em: primitiva, se o terceiro assumir toda a dívida, excluído o
devedor original; e simples ou cumulativa, se o terceiro
entrar na relação obrigacional unindo-se ao devedor primitivo,
que continuará vinculado.

De todo modo, o principal efeito da assunção é a substituição do devedor


na relação obrigacional.

Os artigos 301 e 302 apresentam outros efeitos da assunção:

Art. 301. Se a substituição do devedor vier a ser anulada, restaura-se o


débito, com todas as suas garantias, salvo as garantias prestadas por terceiros,
exceto se este conhecia o vício que inquinava a obrigação.
Art. 302. O novo devedor não pode opor ao credor as exceções pessoais que
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competiam ao devedor primitivo.

Assim, na falta de estipulação expressa, as exceções (defesas)


oponíveis pelo primitivo transferem-se ao terceiro, salvo as exceções
pessoais.

Art. 303. O adquirente de imóvel hipotecado pode tomar a seu cargo o


pagamento do crédito garantido; se o credor, notificado, não impugnar em trinta
dias a transferência do débito, entender-se-á dado o assentimento.
Pois quem adquire um imóvel que está hipotecado, na maioria das
vezes, absorve no preço o valor da hipoteca e se assume a dívida a partir

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daquele momento. Se o credor, notificado da mudança e da assunção da


dívida, não se manifestar no prazo estabelecido pela lei, dá-se o seu
assentimento.

A cessão da posição contratual (próximo ponto que será visto) não tem sido
muito cobrada em concursos. De todo modo, é bom que você tenha uma
visão geral acerca do assunto, por isto incluímos na aula.

A cessão de posição contratual é a transferência da inteira posição


ativa e passiva, do conjunto de direitos e obrigações de que é titular uma
pessoa, derivados de contrato bilateral já ultimado, mas de execução ainda
não concluída.
Nesse negócio, vamos ver que uma das partes (cedente), com o
consentimento do outro contratante (cedido), transfere sua posição no
contrato a um terceiro (cessionário). Para que não ocorra confusão com a
terminologia, chama-se o contrato original de contrato base.
Vimos que na cessão de crédito substitui-se uma das partes na
obrigação, apenas do lado ativo e em um único aspecto da relação jurídica.
O mesmo acontecendo na assunção de dívida. Entretanto, ao transferir uma
posição contratual, transfere-se todo um conjunto de direitos e
deveres, consequentemente, transfere-se o crédito e também o débito,
isto não como contrato principal, mas como parte, como elemento do
negócio jurídico.
A cessão de posição contratual possui como objeto a substituição de
uma das partes no contrato, o qual objetivamente permanecerá o mesmo.
Assim, a cessão de todos os créditos e de todas as pretensões presentes e
futuras e a assunção de todas as dívidas não esgota o conteúdo jurídico do
tema em estudo. Ou seja, o negócio jurídico básico, ultrapassa o somatório
dos direitos transferidos. O que se transfere é uma relação jurídica
fundamental, e não a soma de créditos e débitos.
A cessão de posição contratual situa-se basicamente nas relações a
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prazo, duradouras, mas não está por elas limitada. Portanto, enquanto um
contrato não estiver completamente exaurido, o que não se confunde com
contrato cumprido, haverá possibilidade de cessão de posição contratual,
dependendo sempre da necessidade econômica das partes. O caso concreto
é que mostrará a necessidade.

A concordância do terceiro-cedido é de suma importância para a


formação da cessão de posição contratual. Essa concordância, embora
necessária, pode ser simultânea, prévia ou posterior ao negócio jurídico.

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 Haverá concordância contemporânea ou simultânea quando


uma das partes manda a proposta de cessão diretamente às
outras duas.
 Haverá concordância posterior se a concordância do cedido
ocorrer após o acerto da cessão entre cedente e cessionário.
 Haverá concordância prévia quando no contrato base já houver
previsão e autorização para uma futura cessão.

A falta de consentimento do cedido impede o aperfeiçoamento da


cessão e o relacionamento entre cedente e cessionário permanece no
campo da responsabilidade pré-contratual.
O principal efeito da cessão de contrato é a substituição de uma das
partes de contrato–base, permanecendo este íntegro em suas disposições.
Todo complexo contratual, direitos e obrigações provenientes do
contrato transferem-se ao cessionário.
Na cessão de posição contratual, o cedente é responsável pela
existência do contrato, por sua validade e pela posição que está cedendo.
Caso não ocorram tais circunstâncias, a solução será uma indenização por
perdas e danos, com ressarcimento da quantia acordada para a
transferência da posição contratual. Ainda que o negócio seja gratuito,
poderá gerar direito à indenização. Em se tratando de cessão onerosa,
a responsabilização independe de culpa. A culpa funcionará, talvez, como
um reforço para o quantum indenizatório.
Na hipótese de inexistir o contrato cedido, ou de não existir de forma
que permita a eficácia da cessão, há, na verdade, uma impossibilidade do
negócio por inexistência de objeto.
O cedente não se responsabiliza pelo adimplemento11 do contrato.
Pode, no entanto, assumir perante o cessionário uma garantia, maior ou
menor, dependendo das cláusulas do negócio, pelo adimplemento das
obrigações contratuais do cedido. Porém, se não houver expressado
menção do tipo de garantia, existirá uma caução fidejussória12, nada
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impedindo, no entanto, que as partes coloquem a responsabilidade solidária


total ou parcial, restrita a determinado valor, ou mesmo restrita a uma só
assunção de dívida do contrato base.
Na transferência de posição contratual, devem as partes identificar
claramente o objeto do negócio, sempre que possível avisando o cedente
ao cessionário de todas as cláusulas do contrato cedido. É muito
importante, que no mesmo instrumento ou em instrumento à parte, em

11
Pelo cumprimento do contrato.
12
As garantias contratuais se dividem em reais e fidejussórias. Nas reais é oferecido um
bem para assegurar o cumprimento da obrigação, através de hipoteca, penhor ou
anticrese. Já nas garantias fidejussórias é uma pessoa quem vai assegurar o cumprimento
da obrigação, através de aval ou fiança.

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cópia fiel, conste o contrato base. Deste modo, estará o cessionário


plenamente ciente da situação contratual que está assumindo. Como
também deve o cedente dar todas as informações necessárias ao
cessionário, para que ele tenha condições de cumprir com seu novo acordo.
O acordo preparatório entre cedente e cessionário não produz
qualquer efeito quanto ao cedido sem sua anuência, ainda que posterior.
Com a transferência de sua posição contratual, ausenta-se o cedente
da relação jurídica. Neste tipo de negócio, podem as partes estipular que
há uma cessão de posição contratual, mas que o cedido pode agir contra o
cedente em caso de inadimplemento do cessionário. Entretanto, as partes
devem manifestar-se expressamente quanto a isso, caso não o façam
haverá total liberação do cedente.
Quanto ao cessionário e o cedido, ambos passam a ser partes no
contrato-base. O cessionário toma o lugar do cedente nos direitos e
obrigações. O cedido só se libertará de suas obrigações contratuais com
pagamento ao cessionário após tomar conhecimento e anuir na cessão. O
contrato pode ser cedido em trânsito, isto é, parcialmente cumprido.
Lembrem-se: só se transferem as relações jurídicas ainda existentes.
Transfere-se a posição contratual no estado em que se encontra para
o cedente. Todos os acessórios dos direitos conferidos pelo contrato
também se transmitem ao cessionário, inclusive sua posição subjetiva de
parte processual. As garantias para o contrato, fiança, hipoteca, penhor,
prestadas por terceiro, necessitam do consentimento deste para
permanecerem íntegras.

Resumindo!
Efetivar-se-á a cessão de contrato somente se:
1. O contrato transferido for bilateral.
2. O contrato for suscetível de ser cedido de maneira global.
3. Houver transferência ao cessionário não só dos direitos como
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também dos deveres do cedente.


4. O cedido consentir, prévia ou posteriormente, uma vez que a cessão
de contrato implica, concomitantemente, uma cessão de crédito e
uma cessão de débito.
5. Houver observância dos requisitos do negócio jurídico.
6. A obrigação não for personalíssima, nem houver cláusula vedando a
cessão.

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A cessão de contrato produz as seguintes consequências jurídicas:


1. Transferência do crédito e do débito de um dos contraentes a um
terceiro.
2. Subsistência da obrigação.
3. Liberação do cedente do liame contratual se houver consentimento
do credor ou se se configurar hipótese em que a lei dispensa tal
concordância.

Atenção: a falta de texto expresso em lei, não inibe o negócio de cessão


de posição contratual. Este contrato entra no campo dos contratos atípicos
e situa-se no direito dispositivo das partes. O vigente CC faz referência
expressa a essa possibilidade, em seu art. 425:
É lícito as partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas
neste código.

- Adimplemento e extinção das obrigações:

- Pagamento.

A obrigação tem papel fundamental na nossa sociedade, faz circular


a riqueza. Mas uma vez cumprida à obrigação, ocorre o seu adimplemento
e o sujeito passivo fica liberado da obrigação. Exaure-se esta obrigação,
ainda que outra obrigação idêntica venha a surgir posteriormente entre as
mesmas partes. Normalmente a obrigação se extingue pelo
pagamento, o meio normal ou ordinário de extinção das obrigações. E
neste sentido, entende-se por pagamento, como toda forma de
cumprimento da obrigação.
Portanto, há pagamento, para ambas as partes: na compra e venda,
o comprador deve pagar “dinheiro”, e o vendedor deve pagar a “coisa”,
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entregando-a ou colocando-a a disposição do comprador.


Justamente por poder o pagamento assumir as mais variadas formas,
se torna difícil sua classificação quanto à natureza jurídica, pois é
impossível compreender o pagamento como sendo de natureza unitária.

Um dos requisitos essenciais do pagamento é a intenção, daquele que


paga, de extinguir a obrigação assumida. O que importa no pagamento é a
realização real da prestação. Normalmente, quem paga é o próprio
devedor. Porém, pode acontecer de outros fazerem o pagamento e o credor
deve aceitar o pagamento ainda que provenha de terceiros. É neste sentido
o art. 304:

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Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando,


se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor.
Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome
e à conta do devedor, salvo oposição deste.

Deste modo, temos três categorias de pessoas aptas a figurar como


solvens (termo jurídico que designa aquele que paga). O primeiro, como
vimos, é o próprio devedor, por si mesmo, ou seu representante. Pode
também pagar, o terceiro, interessado ou não. O terceiro interessado é
o que está no caput do art. 304, e como exemplo temos o fiador. O art.304
§único, fala em terceiro não interessado, que também tem o direito de
pagar se o fizer em nome e por conta do devedor (como exemplo, temos
um pai que paga a dívida de seu filho). Neste último caso não há
representação, autorização ou mesmo ciência do devedor.

O pagamento deve ser aceito e o solvens tem a mesma legitimidade


de consignar13, que tinha o devedor original, se houver resistência por parte
do credor em receber o pagamento.

Se o terceiro não interessado pagar em seu próprio nome, tem direito


a reembolsar-se do que pagar, mas não adquire os direitos do credor. Há
somente direito a uma ação simples de cobrança. Deste modo está no art.
305:

Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem
direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor.
Parágrafo único. Se pagar antes de vencida a dívida, só terá direito ao reembolso
no vencimento.

Se, porém, o terceiro pagar sem que o devedor tome conhecimento


37903993372

ou diante de sua oposição, sendo que havia meios para que o devedor
pudesse ilidir (impedir) a ação de cobrança do credor, não caberá
reembolso do pagamento ao terceiro. Neste sentido temos o art. 306: “O
pagamento feito por terceiro, ¹com desconhecimento ou ²oposição do
devedor, não obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor
tinha meios para ilidir a ação”.

13
O termo consignar vem de uma medida chamada consignação em pagamento, que
ocorre quando o credor se recusa a receber o pagamento, e o devedor, para não ficar
inadimplente, faz esta consignação em pagamento, ou seja, deposita em juízo o valor. O
devedor não ficará inadimplente até que se decida a questão.

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O art.307 trata do pagamento que importe em transmissão de


propriedade:

Art. 307. Só terá eficácia o pagamento que importar transmissão da propriedade,


quando feito por quem possa alienar o objeto em que ele consistiu.
Parágrafo único. Se se der em pagamento coisa fungível, não se poderá mais
reclamar do credor que, de boa-fé, a recebeu e consumiu, ainda que o solvente
não tivesse o direito de aliená-la.

Para a transmissão do domínio deverão estar presentes todos os


requisitos do negócio jurídico. Se porém tratar-se de coisa fungível14, já
consumida pelo credor de boa-fé, não se pode mais reclamar a coisa. O
assunto se resolverá por indenização.
Para que se configure a situação do art.307 §único são necessárias
três condições: ¹que o pagamento seja de coisa fungível; ²que tenha
havido boa-fé por parte do accipiens (termo jurídico para designar quem
recebe); e ³que tenha sido consumida a coisa. Enquanto não consumida,
haverá direito à repetição, no todo ou em parte da coisa.

A regra geral sobre quem recebe é a do art. 308.


O pagamento deve ser feito ¹ao credor ou ²a quem de direito o
represente, sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto
reverter em seu proveito.

No entanto, podem ocorrer exceções. Tanto o credor poderá estar


inibido de receber, como o devedor poderá, em certas situações especiais,
pagar validamente a quem não seja credor. Como também podem os
contraentes, no momento de fazer o contrato, estipular que o accipiens
seja um terceiro, que não tenha nenhuma relação material com a dívida,
mas está intitulado para recebê-la. 37903993372

Atenção: Em regra, se o pagamento não for efetuado ao credor ou ao seu


representante, será ineficaz. Entretanto, da leitura do art. 308, vimos que
o pagamento pode ser feito a pessoa não intitulada e mesmo assim valer
se houver ratificação do credor ou de seu representante.

No art. 311 temos outro caso de pagamento à pessoa que não o


credor, trata-se do portador de recibo de quitação.

14
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie,
qualidade e quantidade.

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Considera-se autorizado a receber o pagamento o portador da quitação, salvo se


as circunstâncias contrariarem a presunção daí resultante.

A presunção é a de que quem se apresenta com um recibo firmado


por terceiro possui mandato específico para receber, é portador de
quitação.

Já no art. 309 temos a figura do credor putativo, que é a pessoa


que tenha a mera aparência de credor ou de pessoa autorizada a
receber.

O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado depois


que não era credor.

A lei condiciona a validade do pagamento ao fato de o accipiens ter a


aparência de credor e estar o solvens de boa-fé. Restará ao verdadeiro
credor haver o pagamento do falso accipiens.

Há casos em que o devedor pode ver-se livre da obrigação, mesmo tendo


pagado a terceiro não intitulado. Isso ocorrerá em três situações:
1. Na hipótese que estudamos em que ocorre a ratificação, pelo credor,
do pagamento recebido (art. 309).
2. Na hipótese em que o pagamento reverterá em benefício do credor
(art. 308, visto acima, a prova será do solvens).
3. E, por fim, na hipótese do credor putativo.

O art. 310 refere-se ao pagamento feito à pessoa incapaz de


quitar. 37903993372

Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se o


devedor não provar que em benefício dele efetivamente reverteu.

Outra situação que inibe o credor de receber é a do art. 312:


Se o devedor pagar ao credor, apesar de intimado da penhora feita sobre o crédito,
ou da impugnação a ele oposta por terceiros, o pagamento não valerá contra
estes, que poderão constranger o devedor a pagar de novo, ficando-lhe ressalvado
o regresso contra o credor.

Quanto ao pagamento, este deve compreender quanto ao seu objeto


àquilo que foi acordado. Não sendo obrigado a receber nem mais, e nem
menos que o acordado.

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Quanto ao objeto do pagamento, começaremos com o art. 313:


O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida,
ainda que mais valiosa.

Como regra geral, só existirá solução da dívida, com a entrega do


objeto. Se a prestação é complexa, constantes de vários itens, não se
cumprirá a obrigação enquanto não atendidos todos.

Art. 315. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda


corrente e pelo valor nominal, salvo o disposto nos artigos subsequentes.

E o artigo 317 admite a intervenção judicial para a correção do valor


no pagamento do preço quando “por motivos imprevisíveis, sobrevier
desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do
momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte,
de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação”. Neste
caso temos a aplicação da Teoria da Imprevisão15, que traz exceção ao
tema quanto ao objeto do pagamento, é a correção judicial do contrato.

E, neste mesmo tema, temos o art. 316, que diz que:


É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas.

Este artigo está relacionado aos índices de correção monetária,


portanto cláusula móvel das prestações, algo que, sem dúvida, converte-
se em terreno acidentado para o interessado.

O art. 318 traz uma proibição:


São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem
como para compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda nacional,
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excetuados os casos previstos na legislação especial.

Assim, negócios em moeda estrangeira somente são permitidos, por


exceção, nos contratos de importação e exportação; nos contratos de
compra e venda de câmbio e nos contratos celebrados com pessoa
residente e domiciliados no exterior. Trata também da proibição da
chamada cláusula de ouro, que está mais relacionada à legislação especial
de natureza financeira.

15
Quando imprevistos alheios ao contrato e vontade das partes autorizam a revisão do
contrato pelo juiz.

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Os pagamentos contratados em medida ou peso devem


obedecer aos costumes do lugar. Os termos arroba, braças, alqueires
podem variar de acordo com as regiões em que as obrigações houverem
de ser cumpridas.

Art. 326. Se o pagamento se houver de fazer por medida, ou peso, entender-se-


á, no silêncio das partes, que aceitaram os do lugar da execução.

A prova do pagamento é a demonstração material, é manifestação


externa de um acontecimento. Quem paga tem direito a prova desse
pagamento, que é a quitação.

Vamos ver os artigos 319 e 320 conjuntamente:

Art. 319. O devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode reter o
pagamento, enquanto não lhe seja dada.
Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular,
designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por
este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor, ou do
seu representante.
Parágrafo único. Ainda sem os requisitos estabelecidos neste artigo valerá a
quitação, se de seus termos ou das circunstâncias resultar haver sido paga a
dívida.

Aí estão os requisitos do recibo, instrumento da quitação. Trata-se


de prova cabal de pagamento, porque em juízo não se aceitará prova
exclusivamente testemunhal para provar o pagamento, se o valor exceder
ao teto legal. Este é o conteúdo do art. 227:

Art. 227. Salvo os casos expressos, a prova exclusivamente testemunhal só se


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admite nos negócios jurídicos cujo valor não ultrapasse o décuplo do maior salário
mínimo vigente no País ao tempo em que foram celebrados.
Parágrafo único. Qualquer que seja o valor do negócio jurídico, a prova
testemunhal é admissível como subsidiária ou complementar da prova por escrito.

A quitação, contendo os requisitos do art. 320, não necessita ter


a mesma forma do contrato. É dever do credor dar a quitação, uma vez
recebido o pagamento. Se o credor se recusar a conceder a quitação ou
não a der na forma devida, pode o devedor acioná-lo, e a sentença
substituirá a regular quitação.

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Há débitos literais, isto é, representados por um título.


Art. 321. Nos débitos, cuja quitação consista na devolução do título, perdido
este, poderá o devedor exigir, retendo o pagamento, declaração do credor que
inutilize o título desaparecido.

A posse do título pelo credor é presunção de que o título não foi pago.
Daí a necessidade da declaração.

A partir do art. 322 o código civil trata das presunções de


pagamento, que são relativas, admitindo, portanto, prova em contrário.
Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última estabelece,
até prova em contrário, a presunção de estarem solvidas as anteriores.

Pois seria lógico que se entende que o credor não receberia a última
prestação se as anteriores não houvessem sido pagas. Porém, admite-se
prova em contrário. Um exemplo disso são nossas contas de luz, gás,
telefone, em que se lê: “a quitação da última conta não faz presumir a
quitação de débitos anteriores”.

Art. 323. Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes presumem-se
pagos.
Outro caso de presunção de pagamento.

Art. 324. A entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento.


Parágrafo único. Ficará sem efeito a quitação assim operada se o credor provar,
em sessenta dias, a falta do pagamento.
A presunção é relativa porque o título pode ter sido obtido com
violência, ou a remessa do título pode ter sido efetuada por engano, por
exemplo. 37903993372

Esse prazo é decadencial. Qualquer que seja o meio, o instrumento


de quitação, nesse prazo decadencial, pode o credor provar a falta de
pagamento.
As despesas com o pagamento e a quitação correm por conta do
devedor, salvo estipulação em contrário.

Art. 325. Presumem-se a cargo do devedor as despesas com o pagamento e a


quitação; se ocorrer aumento por fato do credor, suportará este a despesa
acrescida.
Deste modo, qualquer fato imputável ao credor que gere acréscimo
de despesa deverá ser a ele imputado. A regra geral é a de que não é justo

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que o devedor arque com as despesas por fatos supervenientes para os


quais não concorreu.

Art. 326. Se o pagamento se houver de fazer por medida, ou peso, entender-


se-á, no silêncio das partes, que aceitaram os do lugar da execução.
Deste modo, se as partes acordaram o pagamento de terra em
alqueires no Mato Grosso, entende-se que a medida utilizada será a
daquela região, se não houver ressalva expressa.

- Do Lugar do Pagamento (arts. 327 a 330).

A regra geral, quanto ao lugar do pagamento, está no art. 327:

Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes


convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da
obrigação ou das circunstâncias.
Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher entre
eles.
A regra geral, portanto, é ser a dívida quérable – ou seja, quando o
credor procurar o devedor para pagamento da dívida. Em caso de
disposição contratual em contrário, quando o devedor é quem deve
procurar o credor em seu domicílio, ou em outro local por ele indicado, para
o pagamento da dívida, diz-se que a dívida é portable.
As regras deste art. 327 são supletivas a vontade das partes. Quanto
à regra do parágrafo único, deve o credor, notificar em tempo hábil ao
devedor sua escolha, para que este possa fazer o pagamento. Se ocorrer
de o devedor mudar de endereço, e o pagamento tiver, necessariamente,
de ser feito em outro lugar, arcará o devedor com as custas acarretadas ao
credor, como por exemplo, as taxas de remessa bancária.
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A importância de se estipular um lugar para ser realizado o


pagamento – se quérable ou portable, reside na ocorrência da mora. Pois
pode acontecer de o devedor achar que o credor virá cobrar a dívida –
quérable, mas na verdade é o devedor quem deve procurar o credor para
realizar o pagamento – portable. Assim, um fica na espera do outro, e o
credor pode concluir que o devedor não irá realizar o pagamento,
constituindo-o em mora.
O art. 328 trata de pagamento consistente na tradição 16 de um
imóvel.

16
Termo jurídico que quer dizer entrega. Entrega de bem imóvel.

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Art. 328. Se o pagamento consistir na tradição de um imóvel, ou em prestações


relativas a imóvel, far-se-á no lugar onde situado o bem.

A expressão “prestações relativas a imóvel”, não significam aluguéis,


são referentes a serviços a serem realizados no local do imóvel, como
reparos por exemplo.
Agora, imaginemos que o local estipulado, em contrato, para
pagamento da dívida, se encontre isolado ou em estado de calamidade
pública. Tendo em vista tal fato, o pagamento terá de ser realizado em
outro local, estranho ao contrato. Este pagamento deverá ser feito sem
prejuízos para o credor. Este é o teor do art. 329.
Ocorrendo motivo grave para que se não efetue o pagamento no lugar
determinado, poderá o devedor fazê-lo em outro, sem prejuízo para o credor.

Em regra o caso fortuito e a força maior não autorizam


indenizações.

Outra situação que pode ocorrer é quando no contrato conste um local


de pagamento, mas este ocorre reiteradamente em local diverso,
presume-se a renúncia do credor ao local previsto no contrato.
Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia
do credor relativamente ao previsto no contrato.

Entenda, no entanto, que esta presunção é relativa.

- Do Tempo do Pagamento (arts. 331 a 333).

O momento em que uma obrigação deve ser cumprida é muito


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importante para a identificação do inadimplemento total e da mora.


Art. 331. Salvo disposição legal em contrário, não tendo sido ajustada época para
o pagamento, pode o credor exigi-lo imediatamente.

Este artigo se aplica as chamadas obrigações puras, pois as


obrigações ditas a termo são aquelas que, por sua própria natureza, não
podem ser exigidas de imediato, como, por exemplo, os empréstimos.
Quando existe um prazo, a obrigação só pode ser exigida pelo
credor com o advento do termo desse prazo. Entre nós o prazo presume-
se estipulado em benefício do devedor.

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É o que está no art. 133:


Nos testamentos, presume-se o prazo em favor do herdeiro, e, nos contratos, em
proveito do devedor, salvo, quanto a esses, se do teor do instrumento, ou das
circunstâncias, resultar que se estabeleceu a benefício do credor, ou de ambos os
contratantes.

Se a obrigação consistir em prestações periódicas, cada prestação


deve ser estudada isoladamente. Se por um lado a prestação pode ser
cumprida antecipadamente, por outro lado não pode ser cumprida além do
prazo marcado. Se de um lado, o devedor pode antecipar o cumprimento,
inclusive com medida judicial, não pode pedir dilação de prazo ao juiz,
ressalvada as situações de caso fortuito ou de força maior.
O credor não pode exigir o pagamento antes do vencimento,
sob pena de ficar obrigado a esperar o tempo que faltava para o
vencimento; a descontar os juros correspondentes, embora estipulados; e
a pagar as custas em dobro.
Isso de acordo com o art. 939:
O credor que demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos casos
em que a lei o permita, ficará obrigado a esperar o tempo que faltava para o
vencimento, a descontar os juros correspondentes, embora estipulados, e a pagar
as custas em dobro.

Já o devedor que se antecipa e paga antes do termo, o faz por sua


conta e risco.
Quando a obrigação não possui termo certo, o credor pode
interpelar o devedor para que cumpra a obrigação num prazo razoável, que
poderá ser fixado pelo juiz.
No dia de pagar a dívida, esta pode ser paga até a expiração das 24h.
Mas tem que se ter atenção quanto aos horários bancários, de comércio,
ou forense.
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O art. 332 trata das obrigações condicionais:


As obrigações condicionais cumprem-se na data do implemento da condição,
cabendo ao credor a prova de que deste teve ciência o devedor.

As obrigações condicionais são aquelas que ficam suspensas até o


implemento desta condição.
Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da
vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e
incerto.

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Como vimos o credor não pode exigir a dívida antes do prazo


estipulado, mas o art. 333, em determinados situações, autoriza esta
cobrança antecipada. Vamos a ele:

Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o


prazo estipulado no contrato ou marcado neste Código:
I - no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores;
II - se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por
outro credor;
III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito,
fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las.
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se houver, no débito, solidariedade
passiva, não se reputará vencido quanto aos outros devedores solventes.

Portanto, este artigo autoriza a cobrança antecipada pelo credor


em três situações:

1. A primeira é no caso de falência do devedor, e no concurso


creditório, que é caracterizado pela insolvência civil,
semelhante à falência da pessoa jurídica. Essa insolvência
ocorrerá quando as dívidas do devedor forem maiores que seu
patrimônio hábil para pagamento, e não tenha condições de
mudar esta situação.

2. O segundo caso é quando há garantia real representado por


hipoteca ou penhor, os bens dados em garantia sofram
penhora por outro credor. Presume-se, pela ocorrência deste
fato, que se este outro credor não encontrou outros bens livres
e desembaraçados é porque a situação do devedor não é boa.
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3. O terceiro caso é quando há uma diminuição na garantia


pessoal ou real ou mesmo sua perda. Por exemplo, quando
morre o fiador. Neste caso o devedor deve ser intimado a
reforçar sua garantia, em prazo razoável. Se assim não o fizer,
a lei autoriza como nos demais casos, a cobrança antecipada
da dívida.

Estes casos são taxativos. Não há outros dentro do ordenamento civil.

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O pagamento direto é, sem dúvida, a forma mais importante de


adimplemento de obrigações, porém este pagamento pode ser realizado de
forma indireta.

A seguir traremos, então, os demais artigos (arts. 334 a 388) que


também tratam do adimplemento das obrigações, das regras
especiais de pagamento e das formas de pagamento indireto.
Atenção: o assunto é bastante extenso, e de certo modo sua cobrança em
provas acaba sendo literal. Para você não ter que ficar consultando o código
civil, faremos o seguinte: daremos a definição conceitual de cada forma de
adimplemento e transcreveremos todos os artigos, comentando os mais
importante.

Pagamento Indireto.

Do Pagamento em Consignação

A primeira regra especial sobre o pagamento que aparece no


CC/2002 é o do pagamento feito em consignação. Nas palavras de Flávio
Tartuce17: “O pagamento em consignação, regra especial de pagamento,
pode ser conceituado como o depósito feito pelo devedor, da coisa devida,
para liberar-se de uma obrigação assumida em face de um credor
determinado”.
O art. 334 nos informa que tal depósito pode ocorrer de forma judicial
ou extrajudicial.

Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial


ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais.

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Atenção: A consignação em pagamento está relacionada a uma


obrigação de dar (o pagamento). Não pode estar relacionada a
obrigações de fazer ou não fazer.

O artigo seguinte (art.335) normatiza em quais situações que poderá ser


feito este tipo especial de pagamento – a consignação.

17
Manual de Direito Civil, pg.356.

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Art. 335. A consignação tem lugar:


I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar ¹receber o pagamento,
ou ²dar quitação na devida forma;
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e
condição devidos;
III - se o credor for ¹incapaz de receber, ²for desconhecido, ³declarado ausente,
ou 4residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do
pagamento;
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento.

Para que a consignação tenha força de pagamento, ou seja, para que


seja válida e eficaz para o adimplemento da obrigação, esta consignação
deverá respeitar todas as condições do pagamento direto.
Este é o conteúdo do art. 336:
Para que a consignação tenha força de pagamento, será mister concorram,
em relação às pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os requisitos sem os
quais não é válido o pagamento.

Quanto ao lugar em que será efetivado o depósito, temos o art. 337:


O depósito requerer-se-á no lugar do pagamento, cessando, tanto que se
efetue, para o depositante, os juros da dívida e os riscos, salvo se for julgado
improcedente.

A consignação é um meio oferecido pela lei, para que se cumpra uma


obrigação e assim se evite as consequências de um inadimplemento. Se a
consignação for realizada de forma extrajudicial, através de um depósito
bancário, o credor será notificado deste depósito para, no prazo de dez
dias, impugná-lo ou declarar sua aceitação.
Assim, enquanto o credor não se manifestar poderá o devedor
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levantar o depósito, de acordo com o art. 338:

Art. 338. Enquanto o credor não declarar que aceita o depósito, ou não o
impugnar, poderá o devedor requerer o levantamento, pagando as respectivas
despesas, e subsistindo a obrigação para todas as consequências de direito.

Art. 339. Julgado procedente o depósito, o devedor já não poderá levantá-lo,


embora o credor consinta, senão de acordo com os outros devedores e fiadores.

Art. 340. O credor que, depois de contestar a lide ou aceitar o depósito, aquiescer
no levantamento, perderá a preferência e a garantia que lhe competiam com

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respeito à coisa consignada, ficando para logo desobrigados os codevedores e


fiadores que não tenham anuído.

Aquiescer é consentir.

Art. 341. Se a coisa devida for imóvel ou corpo certo que deva ser entregue
no mesmo lugar onde está, poderá o devedor citar o credor para vir ou mandar
recebê-la, sob pena de ser depositada.

Art. 342. Se a escolha da coisa indeterminada competir ao credor, será ele citado
para esse fim, sob cominação de perder o direito e de ser depositada a coisa que
o devedor escolher; feita a escolha pelo devedor, proceder-se-á como no artigo
antecedente.
Art. 343. As despesas com o depósito, quando julgado procedente, correrão à
conta do credor, e, no caso contrário, à conta do devedor.

Art. 344. O devedor de obrigação litigiosa exonerar-se-á mediante


consignação, mas, se pagar a qualquer dos pretendidos credores, tendo
conhecimento do litígio, assumirá o risco do pagamento.

Art. 345. Se a dívida se vencer, pendendo litígio entre credores que se pretendem
mutuamente excluir, poderá qualquer deles requerer a consignação.

Do Pagamento com Sub-Rogação

O pagamento feito com sub-rogação é aquele em que o credor


originário será pago por devedor estranho a relação obrigacional originária.
Ou seja, terceira pessoa efetuará o pagamento perante o credor
originário. 37903993372

Observem que a obrigação neste tipo especial de pagamento


não será extinta. Somente haverá uma mudança no polo ativo, uma vez
que o credor originário será substituído pelo terceiro que pagou a dívida,
pois o devedor originário continuará a dever, agora para o terceiro.

Existe a sub-rogação legal – que é aquela determinada por lei, caso do


art. 346, e a sub-rogação convencional, art. 347, que são os
pagamentos realizados por pessoas que não possuem um interesse direto
na dívida.

Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor:

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I - do credor que paga a dívida do devedor comum;


II - do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem
como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre
imóvel;
III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser
obrigado, no todo ou em parte.

Art. 347. A sub-rogação é convencional:


I - quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere
todos os seus direitos;
II - quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a
dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do
credor satisfeito.

Art. 348. Na hipótese do inciso I do artigo antecedente, vigorará o disposto quanto


à cessão do crédito.

Art. 349. A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações,


privilégios e garantias do primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal
e os fiadores.

Art. 350. Na sub-rogação legal o sub-rogado não poderá exercer os direitos


e as ações do credor, senão até à soma que tiver desembolsado para desobrigar
o devedor.

Art. 351. O credor originário, só em parte reembolsado, terá preferência


ao sub-rogado, na cobrança da dívida restante, se os bens do devedor não
chegarem para saldar inteiramente o que a um e outro dever.

Da Imputação do Pagamento 37903993372

Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza,
a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se
todos forem líquidos e vencidos.

Do artigo acima podemos concluir, que a imputação do


pagamento, é uma faculdade atribuída ao devedor que possui vários
débitos, na qual, este poderá escolher dentre os diversos débitos, a

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obrigação que será extinta através do pagamento. Desde que estes débitos
sejam perante o mesmo credor, de mesma natureza, líquidos18 e vencidos.

Art. 353. Não tendo o devedor declarado em qual das dívidas líquidas e
vencidas quer imputar o pagamento, se aceitar a quitação de uma delas, não terá
direito a reclamar contra a imputação feita pelo credor, salvo provando haver ele
cometido violência ou dolo.

Art. 354. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros
vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar
a quitação por conta do capital.

Art. 355. Se o devedor não fizer a indicação do art. 352, e a quitação for omissa
quanto à imputação, esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em
primeiro lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo,
a imputação far-se-á na mais onerosa.

O artigo 355 será utilizado, quando o devedor não indicar a qual


das dívidas quer imputar o pagamento, e nem o credor indicar na hora
da quitação. Assim sendo a lei ordena que a imputação seja feita nas
dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar.

Da Dação em Pagamento

Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é
devida.

Da leitura do art. 356 já podemos intuir o que seja a dação em


pagamento. Assim, ocorre a dação em pagamento quando o devedor, com
a anuência do credor, entrega, como pagamento, prestação diversa
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da que foi acordada.


A dação em pagamento pode então ser corretamente definida como
um acordo entre o credor e o devedor, com o objetivo de extinguir a
obrigação, no qual consente o credor em receber coisa diversa da
devida, em substituição à prestação que lhe era originalmente objeto do
pacto.
Se a coisa oferecida em pagamento tiver seu preço especificado, as
relações entre as partes serão reguladas pelas normas do contrato de
compra e venda, de acordo com o art. 357:

18
Obrigação líquida é aquela sobre a qual não existem dúvidas sobre sua existência, e que
é determinada quanto ao seu objeto.

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Art. 357. Determinado o preço da coisa dada em pagamento, as relações


entre as partes regular-se-ão pelas normas do contrato de compra e venda.

Agora, se o valor da coisa dada em pagamento não for especificado,


as relações serão reguladas pela dação.

Art. 358. Se for título de crédito a coisa dada em pagamento, a transferência


importará em cessão.

Art. 359. Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-


se-á a obrigação primitiva, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os
direitos de terceiros.

Evicção é a perda total ou parcial de uma coisa, através de sentença


judicial que atribui a terceiro sua propriedade. Se isto vier a acontecer com
uma coisa que foi dada em pagamento, a dação ficará sem efeito
restaurando-se a obrigação primitiva.

Da Novação

A novação é uma das formas de pagamento indireto, em que há a


substituição de uma obrigação anterior por uma obrigação nova,
que é diferente da anterior. Por este motivo, a novação não produz a
satisfação imediata do crédito. É considerada novo negócio jurídico, que
possui os seguintes requisitos: ¹a existência de uma obrigação anterior;
²que exista uma nova obrigação; e ³que exista a intenção de fazer a
novação.

Existem três espécies de novação: a novação objetiva onde se altera o


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objeto da obrigação; a novação subjetiva onde serão alterados os sujeitos,


ou seja, as pessoas da relação obrigacional; e novação mista onde serão
alterados o objeto e as pessoas ao mesmo tempo.

Art. 360. Dá-se a novação:


I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir
a anterior;
II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor;
III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao
antigo, ficando o devedor quite com este.

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Art. 361. Não havendo ânimo de novar, expresso ou tácito mas inequívoco, a
segunda obrigação confirma simplesmente a primeira.

Deste modo, podemos observar que o ânimo de novar pode ser


expresso ou tácito, mas deve ser sempre inequívoco, ou seja, que sobre
ele não restem dúvidas.

Art. 362. A novação por substituição do devedor pode ser efetuada


independentemente de consentimento deste.
Art. 363. Se o novo devedor for insolvente, não tem o credor, que o aceitou,
ação regressiva contra o primeiro, salvo se este obteve por má-fé a substituição.

Art. 364. A novação extingue os acessórios e garantias da dívida, sempre que


não houver estipulação em contrário. Não aproveitará, contudo, ao credor
ressalvar o penhor, a hipoteca ou a anticrese, se os bens dados em garantia
pertencerem a terceiro que não foi parte na novação.

Art. 365. Operada a novação entre o credor e um dos devedores solidários,


somente sobre os bens do que contrair a nova obrigação subsistem as preferências
e garantias do crédito novado. Os outros devedores solidários ficam por esse fato
exonerados.

Art. 366. Importa exoneração do fiador a novação feita sem seu consenso com o
devedor principal.

Art. 367. Salvo as obrigações simplesmente anuláveis, não podem ser objeto de
novação obrigações nulas ou extintas.

Da Compensação
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Art. 368. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da
outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem.
Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de
coisas fungíveis.

Art. 370. Embora sejam do mesmo gênero as coisas fungíveis, objeto das duas
prestações, não se compensarão, verificando-se que diferem na qualidade,
quando especificada no contrato.

Art. 371. O devedor somente pode compensar com o credor o que este lhe dever;
mas o fiador pode compensar sua dívida com a de seu credor ao afiançado.

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Art. 372. Os prazos de favor, embora consagrados pelo uso geral, não obstam a
compensação.

Art. 373. A diferença de causa nas dívidas não impede a compensação, exceto:
I - se provier de esbulho, furto ou roubo;
II - se uma se originar de comodato, depósito ou alimentos;
III - se uma for de coisa não suscetível de penhora.

Art. 374 (Revogado pela Lei nº 10.677, de 22.5.2003)

Art. 375. Não haverá compensação quando as partes, por mútuo acordo, a
excluírem, ou no caso de renúncia prévia de uma delas.

Art. 376. Obrigando-se por terceiro uma pessoa, não pode compensar essa dívida
com a que o credor dele lhe dever.

Art. 377. O devedor que, notificado, nada opõe à cessão que o credor faz a
terceiros dos seus direitos, não pode opor ao cessionário a compensação, que
antes da cessão teria podido opor ao cedente. Se, porém, a cessão lhe não tiver
sido notificada, poderá opor ao cessionário compensação do crédito que antes
tinha contra o cedente.

Art. 378. Quando as duas dívidas não são pagáveis no mesmo lugar, não se podem
compensar sem dedução das despesas necessárias à operação.

Art. 379. Sendo a mesma pessoa obrigada por várias dívidas compensáveis, serão
observadas, no compensá-las, as regras estabelecidas quanto à imputação do
pagamento. 37903993372

Art. 380. Não se admite a compensação em prejuízo de direito de terceiro. O


devedor que se torne credor do seu credor, depois de penhorado o crédito deste,
não pode opor ao exequente a compensação, de que contra o próprio credor
disporia.

Da Confusão

Art. 381. Extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se confundam


as qualidades de credor e devedor.

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Portanto, ocorrerá a confusão quando na mesma pessoa se


confundirem as qualidades de credor e devedor, em decorrência de um ato
inter vivos ou mortis causa19. Assim, a obrigação também poderá ser
extinta na mesma pessoa, quando através de um fato jurídico estranho à
relação obrigacional, as figuras do devedor e do credor se reúnem na
mesma pessoa.

Art. 382. A confusão pode verificar-se a respeito de toda a dívida, ou só de


parte dela.

Art. 383. A confusão operada na pessoa do credor ou devedor solidário só extingue


a obrigação até a concorrência da respectiva parte no crédito, ou na dívida,
subsistindo quanto ao mais a solidariedade.

Deste modo, a confusão não possui o poder de acabar com a


solidariedade.

Art. 384. Cessando a confusão, para logo se restabelece, com todos os seus
acessórios, a obrigação anterior.

Da Remissão das Dívidas

Na remissão de dívidas, o credor por sua vontade abre mão do seu


direito de crédito, com o objetivo de extinguir a relação obrigacional. (É o
perdão da dívida).
Ainda sobre este assunto, nas palavras de Flávio Tartuce: “A
remissão é o perdão de uma dívida, constituindo um direito exclusivo do
credor de exonerar o devedor”20.

Art. 385. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas
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sem prejuízo de terceiro.

Art. 386. A devolução voluntária do título da obrigação, quando por escrito


particular, prova desoneração do devedor e seus coobrigados, se o credor for
capaz de alienar, e o devedor capaz de adquirir.
Art. 387. A restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do
credor à garantia real, não a extinção da dívida.

19
Flavio Tartuce, Manual de Direito Civil, ed. Método, 2ª ed., pag. 377.
20
Flavio Tartuce, Manual de Direito Civil, Método, 2ª ed., pág. 378.

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Art. 388. A remissão concedida a um dos codevedores extingue a dívida na parte


a ele correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a solidariedade
contra os outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da parte remitida.

- A inexecução das obrigações.


- Do Inadimplemento das Obrigações (arts. 389 a 420).

Sabe-se que os contratos são feitos para ser integralmente


cumpridos, esta é a regra. Porém existem casos em que a obrigação que
foi objeto do contrato não é cumprida da forma acordada. O não
cumprimento de uma obrigação (o seu inadimplemento) é a exceção.
O código civil divide este ponto em seis capítulos: Disposições gerais
(arts.389 a 393), Da mora (arts.394 a401), Das perdas e danos (arts.402
a 405), Dos juros legais (arts.406 e 407), Da cláusula penal (arts. 408 a
416) e Das arras ou sinal (arts. 417 a 420). Abaixo falaremos sobre tais
assuntos destacando comentários aos artigos mais importantes.

Uma obrigação poderá deixar de ser cumprida de forma absoluta ou de


forma relativa:

-Inadimplência absoluta – quando a obrigação não mais poderá ser


cumprida de forma útil ao credor. Atenção a esta palavra: útil. É ela que
irá determinar se a inadimplência é absoluta ou relativa e que
consequências acarretará. Poderá ainda ser: uma inadimplência absoluta
total, caso atinja todo o objeto; ou poderá ser uma inadimplência absoluta
parcial, quando a obrigação consistir em vários objetos e alguns forem
entregues enquanto outros não.

-Inadimplência relativa – quando o cumprimento da obrigação se der de


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forma imperfeita, sem respeito ao que foi acordado no contrato – caso de


mora que será estudado mais adiante.

Observação: o princípio da boa-fé objetiva dos contratos pode vir a


acarretar a inadimplência mesmo que não se configure a mora ou o
inadimplemento absoluto do contrato. Isso irá acontecer quando um dos
contratantes cumprir com sua obrigação principal, mas deixar de cumprir
alguns deveres anexos ao contrato, como por exemplo, prestar
informações sobre o uso de algum objeto que foi vendido. Na doutrina esta
situação é chamada de violação positiva do contrato. Sobre este
assunto temos a conclusão 24 da I Jornada de Direito Civil: “Em virtude do
princípio da boa-fé, positivado no art. 422 do novo Código Civil, a violação

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dos deveres anexos constitui espécie de inadimplemento,


independentemente de culpa”.

O inadimplemento de uma obrigação pode se dar por dois


motivos:
1. Por culpa21 do devedor.
2. Por motivos alheios a vontade do devedor.
Quando o inadimplemento se dá por culpa do devedor temos o
dispositivo a seguir:

Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos,
mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente
estabelecidos, e honorários de advogado.

Este artigo é o dispositivo legal que fundamenta a responsabilidade


civil contratual, que acarreta a responsabilidade de indenização por
perdas e danos. Deste modo, seja no inadimplemento absoluto ou no
inadimplemento relativo, a consequência será a mesma, ou seja, o dever
de pagar ou indenizar o prejuízo do credor. Na hora que a obrigação não é
cumprida ou, sendo esta cumprida, não é observado o totalmente o acordo
firmado no contrato, é que nasce a obrigação de ressarcir as perdas e danos
sofridos.
Quando se tratar de uma obrigação negativa22 a obrigação de
ressarcir nascerá no momento em que o ato for executado.

Art. 390. Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde o
dia em que executou o ato de que se devia abster.

Assim, o devedor inadimplente terá que indenizar por perdas e danos


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– de acordo com o art. 389, visto acima, o credor que terá o direito de
obter esta quantia indenizatória através do patrimônio do devedor.

Art. 391. Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens


do devedor.

21
Entenda culpa em sentido lato, ou seja, a palavra culpa deve englobar culpa stricto
sensu – negligência, imprudência ou imperícia; e, também, quando no sentido de dolo –
vontade de praticar a ação.
22
Obrigações negativas ou obrigações de não fazer, são aquelas em que o devedor se
obriga a se omitir, a não fazer determinada coisa ou ato.

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Atenção à outra minucia desta matéria: nos contratos ditos


onerosos,23 onde as obrigações são recíprocas, ambos os contratantes
respondem por suas devidas culpas, porém nos contratos benéficos, a
parte que está isenta de qualquer contraprestação – a parte que foi
beneficiada, será considerada inadimplente por culpa simples, em razão de
negligência, uma vez que já recebeu a vantagem. A outra parte será
considerada inadimplente quando não cumprir a prestação
intencionalmente, ou seja, de forma dolosa.
Art. 392. Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o
contratante, a quem o contrato aproveite, e por dolo aquele a quem não
favoreça. Nos contratos onerosos, responde cada uma das partes por culpa, salvo
as exceções previstas em lei.

O artigo seguinte trata de outro motivo de inadimplemento de


obrigações - por motivos alheios a vontade do devedor.

Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito
ou força maior, se expressamente não se houver por eles
responsabilizado.
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário,
cujos efeitos não era possível evitar ou impedir.

Atenção: as partes podem colocar no contrato uma cláusula que estipule


que será devida indenização em qualquer hipótese – inclusive caso
fortuito e força maior - de inadimplemento contratual.

- Da Mora (arts. 394 a 401)

A mora é o retardamento ou a demora no cumprimento da


obrigação. Se for ocasionada pelo devedor se chama mora solvendi e irá
acontecer devido à demora no cumprimento da obrigação, quando
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culposamente não se efetuar o pagamento no tempo, lugar e forma


acordados ou estabelecidos na lei.
Se for ocasionada pelo credor se chama mora accipiendi e irá
acontecer quando o credor se recusar, injustamente, a aceitar o
cumprimento da obrigação, no lugar e forma acordados ou estabelecidos
em lei.

23
Por exemplo: compra e venda, locação.

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Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o


credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a
convenção estabelecer.
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais
juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente
estabelecidos, e honorários de advogado.
Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao credor, este
poderá enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos.

Quanto ao parágrafo único temos o Enunciado 162 da III Jornada


de Direito Civil: “A inutilidade da prestação que autoriza a recusa da
prestação por parte do credor deverá ser aferida objetivamente, consoante
o princípio da boa-fé e a manutenção do sinalagma, e não de acordo com
o mero interesse subjetivo do credor”.

Art. 396. Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este
em mora.
Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo,
constitui de pleno direito em mora o devedor.
Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação
judicial ou extrajudicial.

Deste modo a obrigação é positiva quando for de dar ou fazer, sendo


líquida quando sua existência for certa e seu objeto for determinado e
limitado.
A obrigação a termo é aquela que tem data estipulada para seu
cumprimento, ficando o devedor em mora quando estiver caracterizado seu
inadimplemento na data de vencimento do prazo para cumprimento,
independente de interpelação prévia.
Antes de darmos prosseguimento a nossa aula cabe uma explicação
sobre as espécies de mora do devedor. A mora do devedor poderá ser de
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duas espécies:

1. Mora ex re - quando alcança o devedor automaticamente sem


necessidade de qualquer ato por parte do credor. Isso acontece
quando a obrigação deve realizar-se a termo (caso do caput do
art. 397); no caso do art. 398. “Nas obrigações provenientes de
ato ilícito, considera-se o devedor em mora, desde que o
praticou” - nestes casos a mora começará no momento da prática
do ato.

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2. Mora ex persona – quando não existe um termo pré- estipulado,


a mora dependerá de providências tomadas pelo credor. (Caso do
parágrafo único do art. 397).

Portanto, para que o devedor seja declarado em mora deverão estar


presentes os seguintes pressupostos: existência de dívida líquida e certa;
inexecução culposa pelo devedor e interpelação judicial ou extrajudicial,
quando a obrigação for por prazo indeterminado.
Do mesmo modo, para que o credor esteja em mora será necessário
que: exista uma dívida líquida e vencida, para a qual o devedor tenha
oferecido um pagamento e o credor uma recusa em receber a coisa ou o
pagamento no lugar e forma pactuados ou estabelecidos em lei.

Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação,


embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes
ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano
sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada”.
Art. 400. A mora do credor subtrai o devedor isento de dolo à responsabilidade
pela conservação da coisa, obriga o credor a ressarcir as despesas empregadas
em conservá-la, e sujeita-o a recebê-la pela estimação mais favorável ao devedor,
se o seu valor oscilar entre o dia estabelecido para o pagamento e o da sua
efetivação.

Quando a mora for de ambas as partes – quando simultâneas, uma


elimina a outra pela compensação; quando forem sucessivas os efeitos já
atingidos permanecem, ou seja, os danos que foram causados por cada
uma das moras não se cancelam.

Art. 401. Purga-se a mora:


I - por parte do devedor, oferecendo este a prestação mais a importância dos
prejuízos decorrentes do dia da oferta;
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II - por parte do credor, oferecendo-se este a receber o pagamento e sujeitando-


se aos efeitos da mora até a mesma data.

A mora (como dito anteriormente) é o retardamento no cumprimento


de uma obrigação, que poderá se dar tanto por parte do devedor quanto
por parte do credor. Purgar a mora é ato jurídico que consiste em saldar,
liberar, extinguir a obrigação que se atribuía a alguém, fazendo cessar os
efeitos, as consequências do atraso, e tendo a eficácia de liberar a pessoa
da responsabilidade pela obrigação que lhe era atribuída.

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É possível que se purgue a mora a qualquer tempo, mesmo depois


de iniciada a ação de execução contra o devedor ou a ação consignatória
contra o credor.

- Das Perdas e Danos (arts. 402 a 405)

Perdas e danos é o nome dado à indenização pecuniária que o cabe


ao credor, com a finalidade de recompor o patrimônio das perdas sofridas
pelo não adimplemento da obrigação pelo devedor. Assim está no Código
Civil:

Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos


devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que
razoavelmente deixou de lucrar.

Este artigo se refere a duas espécies de perdas e danos: ¹as


decorrentes do dano emergente e ²as decorrentes do lucro cessante.

 O dano emergente é o que o credor concretamente perdeu, no


prejuízo que sofreu.
 O lucro cessante é o que o credor deixou de lucrar por o devedor
não ter cumprido com sua obrigação.

No próximo artigo temos a teoria dos danos diretos e imediatos. De


acordo com esta teoria o devedor responde somente pelas perdas que
resultarem de seu ato.

Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos
só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto
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e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.

Ainda que a inadimplência resulte de dolo por parte do devedor, este


só responderá pelos prejuízos efetivos e pelos lucros cessantes.

Art. 404. As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão


pagas com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente
estabelecidos, abrangendo juros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo
da pena convencional.
Parágrafo único. Provado que os juros da mora não cobrem o prejuízo, e
não havendo pena convencional, pode o juiz conceder ao credor indenização
suplementar.

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Art. 405. Contam-se os juros de mora desde a citação inicial.

Aplica-se este artigo quando a obrigação não tiver termo de


vencimento, ou seja, quando requer a notificação, interpelação, protesto
ou citação do devedor, como também quando a obrigação for ilíquida, em
que ocorre a liquidação da sentença judicial, e quando se tratar de ato ilícito
praticado quando a obrigação for contratual.

- Dos Juros Legais (arts. 406 e 407)

Os juros são os rendimentos do capital, assim como os aluguéis.


Existem espécies diferentes de juros como os juros moratórios, os juros
compensatórios, os juros convencionais e os legais os simples e os
compostos.
Vamos começar pelos juros convencionais que são aqueles
estipulados pelas partes no momento da elaboração do contrato; já os juros
legais são aqueles previstos em lei, através de disposições normativas. Os
juros moratórios por sua vez são uma indenização pelos prejuízos sofridos
pelo credor por ter o devedor atrasado culposamente o adimplemento da
obrigação – atenção: os juros moratórios podem ser legais ou
convencionais. (MACETE: juros moratórios – causados pela mora do
devedor). Os juros compensatórios são aqueles que tem por finalidade
retribuir o capital empregado em negócios ou aplicações, empréstimos, são
a justa compensação do capital que foi aplicado. Os juros simples, como
muitos devem saber, são aqueles calculados sobre o capital inicial,
enquanto que os juros compostos são resultantes de juros sobre juros, ou
seja, os juros que já foram calculados passaram a integrar o capital.

Art. 406. Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem


sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados
segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de
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impostos devidos à Fazenda Nacional.


Esta taxa é de 12% ao ano, ou seja, de 1% ao mês de acordo com o
art.161, § 1º do Código Tributário Nacional.

Art. 407. Ainda que se não alegue prejuízo, é obrigado o devedor aos juros da
mora que se contarão assim às dívidas em dinheiro, como às prestações de outra
natureza, uma vez que lhes esteja fixado o valor pecuniário por sentença judicial,
arbitramento, ou acordo entre as partes.

Deste modo, os juros de mora são devidos independentemente de


prova ou de alegação de prejuízos, tendo em vista o retardamento culposo

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do devedor em cumprir a obrigação, presunção legal de que a mora causou


obrigatoriamente prejuízos ao credor.

- Da Cláusula Penal (arts. 408 a 416).

De acordo com Carlos Roberto Gonçalves24: “Cláusula penal é


obrigação acessória pela qual se estipula pena ou multa destinada a
evitar o inadimplemento da principal ou o retardamento de seu
cumprimento”.
Assim, cláusula penal é um acordo acessório no qual as partes se
obrigam ao pagamento de uma multa pecuniária, ou seja, em dinheiro,
caso a obrigação não seja cumprida ou que se retarde seu cumprimento.

Art. 408. Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que,
culposamente, deixe de cumprir a obrigação ou se constitua em mora.
Art. 409. A cláusula penal estipulada conjuntamente com a obrigação, ou em ato
posterior, pode referir-se à inexecução completa da obrigação, à de alguma
cláusula especial ou simplesmente à mora.

Da leitura do artigo vimos que a cláusula penal poderá ser prevista


juntamente com a obrigação principal – esta é a regra, mas também poderá
ser acordada em momento posterior.
Outra observação referente ao artigo é que se se referir ao
descumprimento ou à inexecução completa da obrigação a cláusula penal
é compensatória. Se se referir à inexecução apenas de algumas cláusulas
especiais ou simplesmente a mora a cláusula penal será moratória.

Art. 410. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total


inadimplemento da obrigação, esta converter-se-á em alternativa a benefício
do credor. 37903993372

Caso a obrigação seja totalmente inadimplida o credor deverá optar


por exigir o cumprimento da obrigação ou a aplicação da pena acordada,
uma vez que não é admissível que o credor acumule o recebimento da
cláusula penal com o cumprimento da obrigação.

Art. 411. Quando se estipular a cláusula penal ¹para o caso de mora, ou ²em
segurança especial de outra cláusula determinada, terá o credor o arbítrio
de exigir a satisfação da pena cominada, juntamente com o desempenho da
obrigação principal.

24
Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Esquematizado, Saraiva, 2ª ed., pág. 687.

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De acordo com a disposição legal acima, poderá o credor acumular a


cláusula penal com o cumprimento total da obrigação. São duas as
hipóteses elencadas no artigo: ¹quando se estipular cláusula penal para o
caso de mora e ²quando se estipular cláusula penal para segurar outra
cláusula especial.

Art. 412. O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode


exceder o da obrigação principal.

Art. 413. A penalidade deve ser reduzida eqüitativamente pelo juiz se a


obrigação principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade
for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do
negócio.

Este dispositivo legal autoriza o juiz a alterar a cláusula penal em


duas hipóteses: quando o devedor tiver cumprido parcialmente a
obrigação, poderá ser reduzida proporcionalmente, em se tratando de mora
ou de inadimplemento; ou se o valor da penalidade for manifestamente
excessivo ao do contrato principal.

Art. 414. Sendo indivisível a obrigação, todos os devedores, caindo em falta


um deles, incorrerão na pena; mas esta só se poderá demandar integralmente do
culpado, respondendo cada um dos outros somente pela sua quota.
Parágrafo único. Aos não culpados fica reservada a ação regressiva contra
aquele que deu causa à aplicação da pena.
Art. 415. Quando a obrigação for divisível, só incorre na pena o devedor ou o
herdeiro do devedor que a infringir, e proporcionalmente à sua parte na obrigação.

Art. 416. Para exigir a pena convencional, não é necessário que o credor
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alegue prejuízo.
Parágrafo único. Ainda que o prejuízo exceda ao previsto na cláusula penal, não
pode o credor exigir indenização suplementar se assim não foi
convencionado. Se o tiver sido, a pena vale como mínimo da indenização,
competindo ao credor provar o prejuízo excedente.

Segundo leciona Maria Helena Diniz25, são caracteres da cláusula penal:


-acessoriedade: pois como sabemos a cláusula penal é um contrato
acessório, que é elaborado em função de um principal.

25
Maria Helena Diniz, Manual de direito Civil, Saraiva 2011, pág. 154.

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-condicionalidade: usando as palavras da doutrinadora: “uma vez que o


dever de pagar a cláusula penal está subordinado a um evento futuro e
incerto: o inadimplemento total ou parcial da prestação principal ou o
cumprimento tardio da obrigação, por força de fato imputável ao devedor,
pois, se resolvida a obrigação, não tendo culpa o devedor, resolver-se-á a
cláusula penal”.
- compulsoriedade: “os contraentes a pactuam prevendo, de antemão, a
possibilidade de eventual inexecução da obrigação, constrangendo, assim,
o devedor a cumprir o contrato principal. Os contraentes a convencionam,
então, para compelir o devedor a preferir o cumprimento da obrigação a
ser forçado a pagar determinada importância, além de que ela exime o
credor do ônus de provar a ocorrência de dano”26.
- subsidiariedade: uma vez que pode vir a substituir a obrigação principal
– salvo se for cláusula penal moratória, se o credor assim preferir.
-ressarcibilidade: pois constituem uma prévia liquidação das perdas e
danos, que serão devidos ao credor pelo devedor no caso de inexecução da
obrigação assumida, conforme ensinamento de Maria Helena Diniz.
-imutabilidade relativa: pois poderá o juiz modificá-la autorizado pelo
art. 413.
A penalidade deve ser reduzida eqüitativamente pelo juiz se a obrigação principal
tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for manifestamente
excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do negócio.

- Das Arras ou Sinal (arts.417 a 420).

Art. 417. Se, por ocasião da conclusão do contrato, uma parte der à outra, a título
de arras, dinheiro ou outro bem móvel, deverão as arras, em caso de execução,
ser restituídas ou computadas na prestação devida, se do mesmo gênero da
principal.

Da leitura do artigo podemos perceber que as arras são “o famoso”


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sinal dado por uma das partes do contrato a outra tendo por
finalidade assegurar o cumprimento da obrigação.

Art. 418. Se a parte que deu as arras não executar o contrato, poderá a outra
tê-lo por desfeito, retendo-as; se a inexecução for de quem recebeu as
arras, poderá quem as deu haver o contrato por desfeito, e exigir sua
devolução mais o equivalente, com atualização monetária segundo
índices oficiais regularmente estabelecidos, juros e honorários de
advogado.

26
Maria Helena Diniz. Manual de Direito Civil. Ed. Saraiva, 2011. Pág. 154

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O artigo visto acima traz as consequências do inadimplemento da


obrigação para quem ofereceu e para que recebeu as arras.

Art. 419. A parte inocente pode pedir indenização suplementar, se provar maior
prejuízo, valendo as arras como taxa mínima. Pode, também, a parte inocente
exigir a execução do contrato, com as perdas e danos, valendo as arras como
o mínimo da indenização.

Art. 420. Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para


qualquer das partes, as arras ou sinal terão função unicamente
indenizatória. Neste caso, quem as deu perdê-las-á em benefício da outra parte;
e quem as recebeu devolvê-las-á, mais o equivalente. Em ambos os casos não
haverá direito a indenização suplementar.

Chegamos ao final da parte teórica da aula, procure fazer os exercícios e


entre em contato conosco em caso de dúvidas.

Forte abraço e bons estudos.

Aline e Jacson.
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QUESTÕES FCC E SEUS RESPECTIVOS COMENTÁRIOS

1. FCC 2015/TJ-RR/Juiz Substituto. Ao discorrer sobre as obrigações


sem prazo, Agostinho Alvim exemplifica: ...se o devedor confessa dever
certa soma que restituirá quando lhe fôr pedida, ou no caso da doação de
um terreno, tendo o donatário aceito o encargo de construir, sem que,
entretanto, se haja estipulado prazo. Em tais casos, a obrigação não se
vence pelo decurso do tempo, por mais longo que êle seja
(Da Inexecução das Obrigações e suas consequências. p. 123. 4. ed.
Saraiva, 1972).

Não obstante isso, pôde ele concluir que


a) O remédio do credor está na interpelação, notificação ou protesto,
para dar início à mora do devedor.
b) Nesses casos o negócio jurídico é nulo, por faltar-lhe elemento
essencial.
c) A obrigação é impossível.
d) Apesar de a dívida não achar-se vencida pode ela ser cobrada
imediatamente e sem necessidade de interpelação, notificação ou
protesto, com base nos contratos celebrados.
e) O credor somente poderá demandar o devedor com base no princípio
que veda o enriquecimento sem causa, porque os contratos
celebrados são ineficazes.

Comentário:
Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo,
constitui de pleno direito em mora o devedor.
Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui mediante
interpelação judicial ou extrajudicial.
Gabarito letra A. 37903993372

2. FCC 2015/MANAUSPREV/Procurador Autárquico. A cláusula penal


a) Não pode prever cominação superior a trinta por cento da obrigação
principal.
b) Pode prever cominação igual à obrigação principal, devendo ser
reduzida equitativamente pelo juiz se a obrigação tiver sido cumprida
em parte.
c) Deve ser estipulada sempre conjuntamente com a obrigação,
destinando-se exclusivamente a compensar o credor pela mora.
d) Vale como indenização pelos danos que tiver experimentado o credor,
não se podendo estipular indenização suplementar a seu montante,
ainda que se trate de contrato comutativo.

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e) Somente pode ser exigida em caso de comprovação de prejuízo.

Comentário:
Alternativa “a” – errada.
Art. 412. O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da
obrigação principal.
Alternativa “b” – correta.
Art. 412. O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da
obrigação principal.
Art. 413. A penalidade deve ser reduzida equitativamente pelo juiz se a obrigação
principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for
manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do
negócio.
Alternativa “c” – errada.
Art. 409. A cláusula penal estipulada conjuntamente com a obrigação, ou em ato
posterior, pode referir-se à inexecução completa da obrigação, à de alguma
cláusula especial ou simplesmente à mora.
Alternativa “d” – errada.
Art. 416. Para exigir a pena convencional, não é necessário que o credor alegue
prejuízo.
Parágrafo único. Ainda que o prejuízo exceda ao previsto na cláusula penal, não
pode o credor exigir indenização suplementar se assim não foi convencionado. Se
o tiver sido, a pena vale como mínimo da indenização, competindo ao credor
provar o prejuízo excedente.
Alternativa “e” – errada.
Art. 416. Para exigir a pena convencional, não é necessário que o credor alegue
prejuízo.
Gabarito letra B.
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3. FCC 2015/SEFAZ-PE/Julgador Administrativo Tributário do


Tesouro Estadual. O pagamento em consignação
a) Não será admitido se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
b) Não pode ter por objeto coisa imóvel.
c) Extingue a obrigação apenas se o depósito for judicial, não se
admitindo em nenhuma hipótese o depósito em estabelecimento
bancário.
d) Só tem lugar se o credor não puder ou, sem justa causa, recusar
receber o pagamento ou dar quitação, na forma devida.
e) Faz cessarem para o depositante, tanto que se efetue o depósito, os
juros da dívida e os riscos, salvo se for julgado improcedente.

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Comentário:
Alternativa “a” – errada.
Art. 335. A consignação tem lugar:
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
Alternativa “b” – errada.
Art. 341. Se a coisa devida for imóvel ou corpo certo que deva ser entregue no
mesmo lugar onde está, poderá o devedor citar o credor para vir ou mandar
recebê-la, sob pena de ser depositada.
Alternativa “c” – errada.
Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou
em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais.
Alternativa “d” – errada.
Art. 335. A consignação tem lugar:
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou
dar quitação na devida forma;
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição
devidos;
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou
residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do
pagamento;
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
Alternativa “e” – correta.
Art. 337. O depósito requerer-se-á no lugar do pagamento, cessando, tanto que
se efetue, para o depositante, os juros da dívida e os riscos, salvo se for julgado
improcedente.
Gabarito letra E.

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4. FCC 2015/TCM-GO/Auditor de Controle Externo. No tocante ao


inadimplemento das obrigações, considere:
I. Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde o
dia em que executou o ato de que se devia abster.
II. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou
força maior, em nenhuma hipótese.
III. Inadimplida a obrigação, o devedor responde por perdas e danos, bem
como por juros e atualização monetária, segundo os índices oficiais
regularmente estabelecidos e honorários advocatícios.
IV. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, em seu termo,
constitui o devedor em mora após sua interpelação judicial ou extrajudicial.

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Está correto o que se afirma em


a) I, II e IV, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II e IV, apenas.
d) I, II, III e IV.
e) II, III e IV, apenas.

Comentário:
Afirmativa I – correta.
Art. 390. Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde o
dia em que executou o ato de que se devia abster.
Afirmativa II – errada.
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou
força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado.
Afirmativa III – correta.
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais
juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos,
e honorários de advogado.
Afirmativa IV – errada.
Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo,
constitui de pleno direito em mora o devedor.
Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação
judicial ou extrajudicial.
Gabarito letra B.

5. FCC 2015/SEFAZ-PI/Auditor Fiscal da Fazenda Estadual. Com


relação à inexecução das obrigações, de acordo com o Código Civil,
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a) O devedor responde pelos prejuízos decorrentes de caso fortuito ou


força maior se por eles houver expressamente se responsabilizado.
b) Inadimplida a obrigação, o devedor responde por perdas e danos,
incluindo correção monetária mas não juros nem honorários de
advogado.
c) Nos contratos onerosos, as partes respondem apenas em caso de
culpa, sem exceção.
d) Nos contratos benéficos, responde apenas por dolo o contratante a
quem o contrato aproveita.
e) Inadimplida a obrigação, o devedor responde por perdas e danos,
incluindo juros e correção monetária porém não honorários de
advogado.

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Comentário:
Alternativa “a” – correta.
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou
força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado.
Alternativa “b” – errada.
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais
juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos,
e honorários de advogado.
Alternativa “c” – errada.
Art. 392. Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante, a
quem o contrato aproveite, e por dolo aquele a quem não favoreça. Nos contratos
onerosos, responde cada uma das partes por culpa, salvo as exceções
previstas em lei.
Alternativa “d” – errada.
Art. 392. Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante, a
quem o contrato aproveite, e por dolo aquele a quem não favoreça. Nos contratos
onerosos, responde cada uma das partes por culpa, salvo as exceções
previstas em lei.
Alternativa “e” – errada.
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais
juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos,
e honorários de advogado.
Gabarito letra A.

6. FCC 2014/TRT 16ª Região (MA)/Analista Judiciário. A respeito das


obrigações divisíveis e indivisíveis, é correto afirmar:
a) Se um dos credores, nas obrigações divisíveis, remitir a dívida, a
obrigação ficará extinta para com os outros.
b) O devedor que paga a dívida referente à prestação indivisível não se
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sub-roga no direito do credor em relação aos outros coobrigados.


c) Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em
perdas e danos.
d) Nas obrigações divisíveis, a novação da dívida por um dos credores
prejudicará os demais.
e) Nas obrigações divisíveis, a compensação da dívida feita por um dos
credores acarreta a extinção do débito para com os outros credores.

Comentário:
Alternativa “a” – errada.

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Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para
com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor
remitente.
Alternativa “b” – errada.
Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível,
cada um será obrigado pela dívida toda.
Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor
em relação aos outros coobrigados.
Alternativa “c” – correta.
Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em
perdas e danos.
Alternativas “d” e “e” – erradas.
Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta
para com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor
remitente.
Parágrafo único. O mesmo critério se observará no caso de transação,
novação, compensação ou confusão.
Gabarito letra C.

7. FCC 2014/TJ – AP/Juiz. Nas obrigações alternativas,


a) Não poderá haver pluralidade de optantes, cabendo a escolha a
apenas uma pessoa.
b) A escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou, não
podendo, porém, obrigar o credor a receber parte em uma prestação
e parte em outra.
c) A escolha cabe ao credor, salvo acordo em sentido contrário, e ele
pode exigir do devedor que lhe pague parte em uma prestação e parte
em outra.
d) Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se
tornar inexequível, a outra também será extinta.
e) Se, por culpa do devedor, ambas as obrigações se tornarem
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impossíveis, não competindo ao credor a escolha, pagará o devedor


a metade do valor de cada prestação.

Comentário:
Alternativa “a” – errada.
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra
coisa não se estipulou.
§ 3o No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre
eles, decidirá o juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação.
Alternativa “b” – correta.

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Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra


coisa não se estipulou.
§ 1o Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e
parte em outra.
Alternativa “c” – errada.
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra
coisa não se estipulou.
Alternativa “d” – errada.
Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se
tornada inexequível, subsistirá o débito quanto à outra.
Alternativa “e” – errada.
Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das
prestações, não competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar
o valor da que por último se impossibilitou, mais as perdas e danos que o
caso determinar.
Gabarito letra B.

8. FCC 2014/TRF 3ª Região/Técnico Judiciário. Ricardo, terceiro não


interessado, pagou dívida de seu amigo Cleiton, em seu próprio nome,
antes do vencimento.

Nesta hipótese, Ricardo

a) Apenas sub-roga-se nos direitos do credor logo após o pagamento.


b) Não poderá reembolsar-se do que pagar uma vez que não possuía
interesse no pagamento da dívida sendo considerada pela legislação
mero ato de liberalidade.
c) Poderá reembolsar-se do que pagar logo após o pagamento e
independentemente do vencimento.
d) Poderá reembolsar-se do que pagar apenas no vencimento e também
se sub-roga nos direitos do credor. 37903993372

e) Poderá reembolsar-se do que pagar apenas no vencimento, porém


não se sub-roga nos direitos do credor.

Comentário:
É o caso do art. 305:
Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem
direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor.
Parágrafo único. Se pagar antes de vencida a dívida, só terá direito ao reembolso
no vencimento.
Gabarito letra E.

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9. FCC 2014/TRT 19ª Região (AL)/Analista Judiciário. Lucas vende


um cavalo a José e se obriga a entregá-lo na fazenda do comprador. A
caminho da fazenda, porém, Lucas para em um bar e bebe quatro ou cinco
cachaças com alguns amigos. Embriagado, sai em disparada pelas ruas da
cidade e acidenta-se com o cavalo. Ao ver o cavalo com a pata dianteira
quebrada, José.
a) Poderá exigir o equivalente ao que pagou pelo cavalo ou aceitá-lo no
estado em que se encontra, com direito a reclamar, em ambos os
casos, indenização por perdas e danos.
b) Deverá, necessariamente, aceitar o cavalo, no estado em que se
encontra, com direito a reclamar indenização por perdas e danos.
c) Deverá, necessariamente, exigir o equivalente ao que pagou pelo
cavalo, com direito a reclamar indenização por perdas e danos.
d) Poderá exigir o equivalente ao que pagou pelo cavalo ou aceitá-lo no
estado em que se encontra, com direito a reclamar, apenas na
primeira hipótese, indenização por perdas e danos.
e) Poderá exigir o equivalente ao que pagou pelo cavalo ou aceitá-lo no
estado em que se encontra, com direito a reclamar, apenas na última
hipótese, indenização por perdas e danos.

Comentário:
Art. 236. ²Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou
aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em
outro caso, indenização das perdas e danos.
Gabarito letra A.

10. FCC 2014/Prefeitura de Cuiabá – MT/Procurador. Carlos adquiriu


um cavalo premiado para participar de competição de hipismo. O vendedor,
Gil, comprometeu-se a entregar o cavalo em até dois dias do início da
competição. Gil, no entanto, deixou de entregar o cavalo na data
combinada, impossibilitando Carlos de participar do torneio. Entregou-o,
porém, três dias depois. Carlos
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a) Deverá necessariamente receber a coisa, não podendo reclamar


satisfação das perdas e danos.
b) Deverá necessariamente receber a coisa, sem prejuízo de exigir
satisfação das perdas e danos.
c) Deverá necessariamente enjeitar a coisa, exigindo satisfação das
perdas e danos.
d) Poderá enjeitar a coisa e exigir satisfação das perdas e danos, caso
entenda que a prestação se tornou inútil.
e) Poderá enjeitar a coisa e exigir somente a devolução da quantia paga,
sem outros acréscimos.

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Comentário:
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais
juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente
estabelecidos, e honorários de advogado.
Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao credor,
este poderá enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos.
Gabarito letra D.

11. FCC 2013/TJ-PE/Juiz. Sobre a cláusula penal, analise as afirmações


abaixo.
I. Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que,
culposamente, deixe de cumprir a obrigação ou se constitua em mora.
II. Para exigir a pena convencional, é necessário que o devedor alegue e
comprove prejuízo.
III. Sendo indivisível a obrigação, todos os devedores, caindo em falta um
deles, incorrerão na pena; mas esta só se poderá demandar integralmente
do culpado, respondendo cada um dos outros somente pela sua quota.
IV. A penalidade não pode ser reduzida pelo juiz, mesmo que a obrigação
principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da pena for
manifestamente excessivo, salvo disposição expressa no contrato,
autorizando a redução judicial.
V. Ainda que o prejuízo exceda ao previsto na cláusula penal, não pode o
credor exigir indenização suplementar se assim não foi convencionado. Se
o tiver sido, a pena vale como mínimo da indenização, competindo ao
credor provar o prejuízo excedente.

Está correto APENAS o que se afirma em


a) II, IV e V.
b) II, III e V. 37903993372

c) I, III e V.
d) II, III e IV.
e) I, IV e V.

Comentário:
Afirmativa I correta.
Art. 408. Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que,
culposamente, deixe de cumprir a obrigação ou se constitua em mora.
Afirmativa II errada.
Art. 416. Para exigir a pena convencional, não é necessário que o credor alegue
prejuízo.

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Afirmativa III correta.


Art. 414. Sendo indivisível a obrigação, todos os devedores, caindo em falta um
deles, incorrerão na pena; mas esta só se poderá demandar integralmente do
culpado, respondendo cada um dos outros somente pela sua quota.
Afirmativa IV errada.
Art. 413. A penalidade deve ser reduzida eqüitativamente pelo juiz se a obrigação
principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for
manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do
negócio.
Afirmativa V correta.
Art. 416. Parágrafo único. Ainda que o prejuízo exceda ao previsto na cláusula
penal, não pode o credor exigir indenização suplementar se assim não foi
convencionado. Se o tiver sido, a pena vale como mínimo da indenização,
competindo ao credor provar o prejuízo excedente.
Gabarito letra C.

12. FCC 2012/MP-PE/Analista Ministerial. Considere as seguintes


assertivas a respeito da transmissão das obrigações:
I. Quando terceiro assume obrigação do devedor, com o consentimento
expresso do credor, ficando exonerado o devedor primitivo, ocorrerá a
Assunção de Dívida.
II. Para que a transmissão de um crédito tenha eficácia perante terceiros a
celebração desta transmissão deverá ocorrer, obrigatoriamente, mediante
instrumento público.
III. Independentemente do conhecimento da cessão pelo devedor, pode o
cessionário exercer os atos conservatórios do direito cedido.
IV. Salvo estipulação em contrário, prevê o Código Civil brasileiro que o
cedente responde pela solvência do devedor.

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Está correto o que consta APENAS em


a) II, III e IV.
b) I, II e III.
c) I e III.
d) I e IV.
e) III e IV.

Comentário:
Afirmativa I está correta.
Art. 299. É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o
consentimento expresso do credor, ficando exonerado o devedor primitivo, salvo
se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o credor o ignorava.

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Afirmativa II está errada.


Art. 288. É ineficaz, em relação a terceiros, a transmissão de um crédito, se não
celebrar-se mediante instrumento público, ou instrumento particular revestido das
solenidades do § 1o do art. 654.
Afirmativa III está correta.
Art. 293. Independentemente do conhecimento da cessão pelo devedor, pode o
cessionário exercer os atos conservatórios do direito cedido.
Afirmativa IV está errada.
Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência
do devedor.
Gabarito letra C.

13. FCC 2012/PM São Paulo/Auditor Fiscal Tributário. Em relação às


modalidades das obrigações, é correto afirmar:
a) O credor não pode consentir em receber prestação diversa da que lhe
é devida.
b) Em regra, o cedente do crédito responde pela solvência do devedor.
c) Se duas pessoas forem solidariamente responsável por uma dívida,
o credor só poderá exigir, de cada uma, metade de seu valor.
d) O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é
devida, ainda que mais valiosa.
e) A entrega do título ao devedor não gera a presunção de pagamento.

Comentário:
Alternativa “a” errada.
Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é
devida.
Alternativa “b” errada.
Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência
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do devedor.
Alternativa “c” errada.
Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos
devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido
parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo
resto.
Alternativa “d” correta.
Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida,
ainda que mais valiosa.
Alternativa “e” errada.
Art. 324. A entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento.

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Gabarito letra D.

14. FCC 2012/TRT 11ª/Analista Judiciário. Considere as seguintes


assertivas a respeito da obrigação de dar coisa certa e da obrigação de dar
coisa incerta:
I. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com seus melhoramentos e
acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço. Os frutos
percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes.
II. Em regra, a obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela
embora não mencionados.
III. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração
da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito.
IV. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero. Nas coisas
determinadas pelo gênero, em regra, a escolha pertence ao credor.

De acordo com o Código Civil brasileiro está correto o que se afirma APENAS
em
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) I e III.
d) II, III e IV.
e) II e IV.

Comentário:
Afirmativa I correta.
Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos
e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir,
poderá o devedor resolver a obrigação.
Afirmativa II correta. 37903993372

Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não
mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso.
Afirmativa III correta.
Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da
coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito.
Afirmativa IV errada.
Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade.
E também art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a
escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação;
mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.
Gabarito letra A.

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15. FCC 2012/TRT 11ª/Analista Judiciário. De acordo com o Código


Civil brasileiro, o pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é
a) Inválido, desde que seja arguida a nulidade no prazo decadencial de
dois anos contados do pagamento.
b) Válido, exceto se provado depois que não era credor.
c) Inválido em qualquer hipótese podendo ser arguida a qualquer
momento.
d) Válido, ainda provado depois que não era credor.
e) Inválido, desde que seja arguida a nulidade no prazo decadencial de
um ano contado do pagamento.

Comentário:
Este artigo é bastante “batido” em provas.
Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado
depois que não era credor.
Gabarito letra D.

16. FCC 2012/TRT 4ª/Juiz. No que tange às obrigações solidárias, é


correto afirmar que
a) A solidariedade decorre da lei ou das circunstâncias do negócio
jurídico.
b) A elas se aplicam todas as disposições referentes às obrigações
indivisíveis.
c) O credor de obrigação solidária pode exigir que apenas um dos
devedores pague totalmente a dívida comum.
d) Importa renúncia à solidariedade a propositura de ação contra
apenas um dos devedores.
e) Convertendo-se a prestação em perdas e danos, deixa de existir a
solidariedade. 37903993372

Comentário:
Alternativa “a” errada.
Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das
partes.
Não se pode falar que a solidariedade resulta das circunstâncias, ela não
pode ser presumida. A vontade das partes precisa estar expressa no
negócio jurídico.
Alternativa “b” errada. Lembre-se que, embora a indivisibilidade e
solidariedade sejam muito próximas, elas não se confundem.
Obviamente não são todas as disposições que são comuns.

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Veja algumas diferenças:


Na solidariedade passiva cada um dos devedores pode ser cobrado pela
dívida toda, porque é responsável pela dívida toda, já na indivisibilidade
cada devedor deve apenas a sua quota parte, poderá ser compelido a
entregar a coisa por inteiro e pagar a dívida, unicamente porque não se
pode fracioná-la. Isto ocorre porque a solidariedade está ligada aos
sujeitos, já a indivisibilidade ao objeto. Diferentemente do que ocorre
na obrigação indivisível, que perde a sua qualidade quando resolvida em
perdas e danos, a solidariedade, por sua vez, se mantém mesmo
quando a prestação é convertida em perdas e danos.
Alternativa “c” correta.
Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos
devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido
parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo
resto.
Alternativa “d” errada.
Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos
devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido
parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo
resto.
Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de
ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores.
Alternativa “e” errada.
Art. 271. Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos
os efeitos, a solidariedade.
Gabarito letra C.

17. FCC 2011/TRT 20ª/Analista Judiciário. A compensação


a) Pode ocorrer entre dívida proveniente de esbulho e dívida decorrente
de comodato. 37903993372

b) Efetua-se entre dívidas líquidas e vencidas de coisas infungíveis.


c) Não pode ser feita se o credor concedeu prazo de favor ao devedor.
d) Da dívida do fiador pode ser feita com a de seu credor ao afiançado.
e) De dívida de pessoa que se obrigou por terceiro pode ser feita com a
que o credor dele lhe deve.

Comentário:
Alternativa “a” errada.
Art. 373. A diferença de causa nas dívidas não impede a compensação, exceto: I
- se provier de esbulho, furto ou roubo;
Alternativa “b” errada.

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Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas


fungíveis.
Alternativa “c” errada.
Art. 372. Os prazos de favor, embora consagrados pelo uso geral, não obstam a
compensação.
Alternativa “d” correta.
Art. 371. O devedor somente pode compensar com o credor o que este lhe dever;
mas o fiador pode compensar sua dívida com a de seu credor ao afiançado.
Alternativa “e” errada.
Art. 376. Obrigando-se por terceiro uma pessoa, não pode compensar essa dívida
com a que o credor dele lhe dever.
Gabarito letra D.

18. FCC 2011/TRT 20ª/Analista Judiciário. João é devedor das


quantias de RS 2.000,00 e RS 5.000,00 para um estabelecimento bancário,
relativas a débitos da mesma natureza, ambos líquidos e vencidos. O direito
que a lei lhe assegura de indicar a qual deles oferece pagamento denomina-
se
a) Dação em pagamento.
b) Imputação do pagamento.
c) Pagamento com sub-rogação.
d) Novação.
e) Compensação.

Comentário:
Denomina-se imputação do pagamento.
Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um
só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem
líquidos e vencidos. 37903993372

Gabarito letra B.

19. FCC 2011/INFRAERO/Analista Superior. A respeito da cessão de


crédito, considere:
I. O cedente, salvo estipulação em contrário, responde pela solvência de
devedor.
II. O crédito, mesmo penhorado, pode ser transferido pelo credor que tiver
conhecimento da penhora.
III. O cedente, na cessão por título oneroso, fica responsável face ao
cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu, ainda

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que não tenha se responsabilizado expressamente no instrumento da


cessão.
IV. A cessão de um crédito, salvo disposição em contrário no instrumento
da cessão, não abrange todos os seus acessórios, como juros, multa e
garantias em geral.

Está correto o que se afirma APENAS em


a) I, II e IV.
b) III.
c) II e III.
d) I e IV.
e) II, III e IV.

Comentário:
Afirmativa I errada.
Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência
do devedor.
Afirmativa II errada.
Art. 298. O crédito, uma vez penhorado, não pode mais ser transferido pelo credor
que tiver conhecimento da penhora; mas o devedor que o pagar, não tendo
notificação dela, fica exonerado, subsistindo somente contra o credor os direitos
de terceiro.
Afirmativa III correta.
Art. 295. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize,
fica responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe
cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe nas cessões por título gratuito, se tiver
procedido de má-fé.
Afirmativa IV errada.
Art. 287. Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-se
todos os seus acessórios.
37903993372

Gabarito letra B.

20. FCC 2011/TRT 14ª/Analista Judiciário. Nas obrigações


a) Divisíveis, se um dos credores remitir a dívida, a obrigação ficará
extinta para com os outros.
b) De fazer, se o fato puder ser realizado por terceiro, será livre ao
credor manda-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou
mora deste, o que o isentará da responsabilidade por perdas e danos.
c) Alternativas, se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser,
ou não puder exercê-la, a escolha caberá ao credor.

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d) De dar coisa certa, se a obrigação for de restituir coisa certa e esta,


sem culpa do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor
a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até
o dia da perda.
e) Solidárias, havendo solidariedade ativa, convertendo-se a prestação
em perdas e danos, extingue-se, para todos os efeitos, a
solidariedade.

Comentário:
Alternativa “a” errada.
Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para
com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor
remitente.
Alternativa “b” errada.
Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-
lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da
indenização cabível.
Alternativa “c” errada.
Art. 252. § 4º. Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não
puder exercê-la, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes.
Alternativa “d” correta.
Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do
devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a
obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor,
responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos.
Alternativa “e” errada.
Art. 271. Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os
efeitos, a solidariedade.
Gabarito letra D.
37903993372

21. FCC 2011/TRT 14ª/Analista Judiciário. Numa obrigação há três


credores solidários e apenas um devedor. Neste caso,
a) O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os
demais.
b) Convertendo-se a prestação em perdas e danos, desaparece, para
todos os efeitos, a solidariedade.
c) Cada um dos credores solidários poderá exigir do devedor o
cumprimento de até um terço da obrigação.
d) Se apenas um dos credores solidários demandar o devedor, este
poderá pagar a qualquer um dos três, em razão da solidariedade.
e) O credor que houver remitido a dívida não responderá aos outros pela
parte que lhes caiba.

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Comentário:
No caso da questão temos a solidariedade ativa.
Alternativa “a” correta.
Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os
demais; o julgamento favorável aproveita-lhes, a menos que se funde em exceção
pessoal ao credor que o obteve.
Alternativa “b” errada.
Art. 271. Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os
efeitos, a solidariedade.
Alternativa “c” errada.
Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o
cumprimento da prestação por inteiro.
Alternativa “d” errada.
Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor
comum, a qualquer daqueles poderá este pagar. E art. 269. O pagamento feito a
um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi pago.
Alternativa “e” errada.
Art. 272. O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá
aos outros pela parte que lhes caiba.
Gabarito letra A.

22. FCC 2011/TRT 23ª (MT)/Analista Judiciário. Nas obrigações


alternativas, quando a escolha couber ao credor e uma das prestações
tornar-se impossível por culpa do devedor, o
a) Contrato será rescindido, sem perdas e danos, voltando as partes ao
estado anterior.
b) Credor poderá reclamar o valor de qualquer das duas, sem perdas e
danos. 37903993372

c) Credor só terá o direito de exigir a prestação subsistente, sem perdas


e danos.
d) Credor só poderá exigir o valor da prestação que se tornou impossível
por culpa do devedor.
e) Credor terá o direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da
outra, com perdas e danos.

Comentário:
Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se
impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação
subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor,

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ambas as prestações se tornarem inexequíveis, poderá o credor reclamar o valor


de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos.
Gabarito letra E.

23. FCC 2011/TRE-RN/ANALISTA - ADMINISTRATIVA. Nas


obrigações de dar coisa
a) Incerta, nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a
escolha pertence ao credor, se o contrário não resultar do título da
obrigação.
b) Incerta, antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou
deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito.
c) Certa, até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus
melhoramentos e acrescidos, pelos quais não poderá exigir aumento
no preço.
d) Certa, os acessórios dela não mencionados não estão abrangidos pela
obrigação, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias
do caso.
e) Certa, deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, o credor
deverá aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu, não
podendo resolver a obrigação.

Comentário:
A alternativa “a” está errada.
Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha
pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não
poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.
A alternativa “b” está correta.
Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da
coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito.
A alternativa “c” está errada. 37903993372

Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos
e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não
anuir, poderá o devedor resolver a obrigação.
A alternativa “d” está errada.
Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora
não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias
do caso.
A alternativa “e” está errada.
Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor
resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que
perdeu.
Gabarito letra B.

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24. FCC 2011/TRT 22/ANALISTA-JUDICIÁRIA. Nas obrigações de dar


coisa certa, deteriorada a coisa sem culpa do devedor, o credor poderá
a) Exigir duas similares à que se deteriorou.
b) Exigir o equivalente, mais perdas e danos.
c) Resolver a obrigação e exigir perdas e danos.
d) Aceitar a coisa, abatendo de seu preço o valor que perdeu.
e) Aceitar a coisa e exigir perdas e danos.

Comentário:
Lembre-se que a coisa deteriorada é coisa que existe, é uma “perda
parcial”, neste caso, se não houver culpa do devedor, há 2 opções para o
credor conforme art. 235:
Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, ¹poderá o credor
resolver a obrigação, ou ²aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que
perdeu.
Gabarito letra D.

25. FCC 2011/TJ-PE/JUIZ. O pagamento efetuar-se-á


a) No domicílio do credor, salvo convenção em contrário.
b) No local convencionado, mas o pagamento feito reiteradamente em
outro local faz presumir renúncia do credor relativamente ao previsto
no contrato.
c) Sempre no domicílio do devedor, salvo, apenas, disposição legal em
sentido contrário.
d) Onde melhor atender o interesse do credor, salvo convenção em
sentido contrário.
e) Onde for menos oneroso para o devedor, salvo convenção em sentido
contrário.
37903993372

Comentário:
Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes
convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da
obrigação ou das circunstâncias.
Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia
do credor relativamente ao previsto no contrato.
Gabarito letra B.

26. FCC 2011/TRF 1ª/ANALISTA-EXECUÇÃO DE MANDATOS.


Segundo o Código Civil brasileiro, só terá eficácia o pagamento que

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importar transmissão da propriedade, quando feito por quem possa alienar


o objeto em que ele consistiu. Se for dado em pagamento coisa fungível,
a) Não se poderá mais reclamar do credor que, de boa-fé, a recebeu e
consumiu, ainda que o solvente não tivesse o direito de aliená-la.
b) Não se poderá mais reclamar do credor que, de boa-fé, a recebeu e
consumiu, exceto se o solvente não tivesse o direito de aliená-la.
c) Poderá requerer indenização por perdas e danos, quantificada em
ação própria a ser ajuizada no prazo decadencial de seis meses
contados da data do pagamento.
d) Poderá requerer indenização por perdas e danos, quantificada em
ação própria a ser ajuizada no prazo decadencial de doze meses
contados da data do pagamento.
e) Poderá requerer a devolução de coisa da mesma espécie, qualidade
e quantidade, sob pena de responder por perdas e danos.

Comentário:
Art. 307. Só terá eficácia o pagamento que importar transmissão da propriedade,
quando feito por quem possa alienar o objeto em que ele consistiu.
Parágrafo único. Se se der em pagamento coisa fungível, não se poderá mais
reclamar do credor que, de boa-fé, a recebeu e consumiu, ainda que o
solvente não tivesse o direito de aliená-la.
Gabarito letra A.

27. FCC 2011/TRT-TO/ANALISTA-JUDICIÁRIA. Considere as


seguintes assertivas a respeito do pagamento:
I. É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas.
II. Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes não se
presumem pagos.
III. A entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento, mas
ficará sem efeito a quitação assim operada se o credor provar, em sessenta
37903993372

dias, a falta do pagamento.


IV. Se o pagamento se houver de fazer por medida, ou peso, entender-se-
á, no silêncio das partes, que não aceitaram os do lugar da execução.

De acordo com o Código Civil brasileiro está correto o que se afirma APENAS
em
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) I e III.
d) II e IV.
e) III e IV.

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Comentário:
A afirmação I está correta.
Art. 316. É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas.
A afirmação II está errada.
Art. 323. Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes presumem-se
pagos.
A afirmação III está correta.
Art. 324. A entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento.
Parágrafo único. Ficará sem efeito a quitação assim operada se o credor provar,
em sessenta dias, a falta do pagamento.
A afirmação IV está errada.
Art. 326. Se o pagamento se houver de fazer por medida, ou peso, entender-se-
á, no silêncio das partes, que aceitaram os do lugar da execução.
Gabarito letra C.

28. FCC 2011/TCM-BA/Procurador do Ministério Público Especial de


Contas. Na obrigação de dar coisa incerta,
a) O devedor sempre poderá dar coisa pior.
b) A escolha pertence conjuntamente ao credor e ao devedor, se o
contrário não resultar do título da obrigação.
c) O devedor será sempre obrigado a prestar a melhor.
d) A escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título
da obrigação.
e) O devedor, antes da escolha, não poderá alegar perda ou
deterioração da coisa, salvo na ocorrência de caso fortuito ou força
maior.

37903993372

Comentário:
Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha
pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não
poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.
Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da
coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito.
Gabarito letra D.

29. FCC 2010/TRT 23ª (PI)/Analista. Uma obrigação indivisível


resolveu-se em perdas e danos por culpa de um dos três devedores. Nesse
caso,

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a) O devedor culpado responderá pelas perdas e danos e os outros


ficarão exonerados da obrigação.
b) Todos os devedores responderão pelas perdas e danos em sua
totalidade em razão da indivisibilidade, com direito de regresso contra
o culpado.
c) Todos os devedores responderão pelas perdas e danos de forma
proporcional à sua parte na obrigação.
d) A obrigação será considerada extinta e todos os devedores ficarão
exonerados.
e) Todos os devedores responderão pelas perdas e danos em sua
totalidade em razão da indivisibilidade, sem direito de regresso contra
o culpado.

Comentário:
Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas
e danos.
§ 2o Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só esse
pelas perdas e danos.
Gabarito letra A.

30. FCC 2010/TJ-PI/Assessor Jurídico. Com relação à cessão de


crédito é INCORRETO afirmar:
a) Na cessão por título oneroso, o cedente, exceto quando não se
responsabilize, fica responsável ao cessionário pela existência do
crédito ao tempo em que lhe cedeu.
b) Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-se
todos os seus acessórios.
c) Ocorrendo várias cessões do mesmo crédito, prevalece a que se
completar com a tradição do título do crédito cedido.
d) Independentemente do conhecimento da cessão pelo devedor, pode
o cessionário exercer os atos conservatórios do direito cedido.
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e) Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela


solvência do devedor.

Comentário:
A alternativa “a” está incorreta.
Art. 295. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize,
fica responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe
cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe nas cessões por título gratuito, se tiver
procedido de má-fé.
Gabarito letra A.

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31. FCC 2010/ TJ-MS/JUIZ. Na obrigação de dar coisa certa,


a) Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus
melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no
preço e se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação.
b) Os frutos, pendentes ou percebidos, são do devedor.
c) Desde a realização do negócio jurídico e independentemente da
tradição, pertencerá ao credor a coisa, com os seus melhoramentos
e acessórios, pelos quais não será obrigado a qualquer pagamento
adicional.
d) Deteriorada a coisa antes da tradição, sem culpa do devedor, resolve-
se de pleno direito a obrigação.
e) Deteriorada a coisa, antes da tradição, sem culpa do devedor, o
credor será obrigado a aceitar a coisa, com abatimento proporcional
do preço.

Comentário:
A alternativa “a” está correta.
Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos
e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir,
poderá o devedor resolver a obrigação.
A alternativa “b” está errada.
Art. 237. Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao
credor os pendentes.
A alternativa “c” está errada.
Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus
melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o
credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação.
A alternativa “d” está errada.
Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor
resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu.
37903993372

A alternativa “e” está errada.


Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do
devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida
a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor,
responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos.
Gabarito letra A.

32. FCC 2010/TCE-AP/PROCURADOR. A sub-rogação


a) Parcial rompe integralmente os laços obrigacionais entre o credor
originário e o devedor.
b) Se equipara à cessão de crédito, pois ambas são modalidades de
transmissão de crédito.

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c) Não transfere ao novo credor a garantia hipotecária do primitivo.


d) Parcial não coloca o credor originário em posição de preferência ao
sub-rogado na cobrança do restante da dívida.
e) Não poderá ser convencional.

Comentário:
Art. 348. Na hipótese do inciso I do artigo antecedente, vigorará o disposto quanto
à cessão do crédito.
Art. 347. A sub-rogação é convencional:
I - quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere
todos os seus direitos;
Gabarito letra B.

33. FCC 2010/MPE-SE/ANALISTA-DIREITO. A respeito do pagamento,


como forma de adimplemento e extinção das obrigações, é correto afirmar:
a) O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo não é válido, provado
ou não posteriormente que não era credor.
b) Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar,
se o devedor não provar que, em benefício dele, efetivamente
reverteu.
c) Quanto ao lugar do pagamento, designados dois ou mais lugares,
cabe ao devedor escolher entre eles.
d) O pagamento reiteradamente feito em outro local, não faz presumir
renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato.
e) O credor é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida,
se houver prova de que é mais valiosa.

Comentário:
A alternativa “a” está errada.
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Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado
depois que não era credor.
A alternativa “b” está correta.
Art. 310. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se
o devedor não provar que em benefício dele efetivamente reverteu.
A alternativa “c” está errada.
Art. 327. Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor
escolher entre eles.
A alternativa “d” está errada.
Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia
do credor relativamente ao previsto no contrato.

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A alternativa “e” está errada.


Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida,
ainda que mais valiosa.
Gabarito letra B.

34. FCC 2010/TRF 4ª/ANALISTA-EXECUÇÃO DE MANDATOS.


Considere as seguintes assertivas a respeito do pagamento:
I. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem
direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do
credor.
II. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado
depois que não era credor.
III. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar,
se o devedor não provar que em benefício dele efetivamente reverteu.
IV. É ilícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas,
por expressa vedação legal.

De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que consta APENAS
em
a) I e II.
b) II, III e IV.
c) I, II e III.
d) II e III.
e) I, III e IV.

Comentário:
A afirmação I está correta.
Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem
37903993372

direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor.
A afirmação II está correta.
Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado
depois que não era credor.
A afirmação III está correta.
Art. 310. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se
o devedor não provar que em benefício dele efetivamente reverteu.
A afirmação IV está errada.
Art. 316. É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas.
Gabarito letra C.

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35. FCC 2010/SEFIN-RO/AUDITOR FISCAL. A respeito do


Adimplemento das Obrigações, considere:
I. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem
direito a reembolsar-se do que pagar e se sub-roga nos direitos do credor.
II. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, exceto se
provado depois que não era credor.
III. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é
devida, ainda que mais valiosa.
IV. É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas.

De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma


APENAS em
a) I, II e III.
b) I e IV.
c) II, III e IV.
d) II e IV.
e) III e IV.

Comentário:
A afirmação I está errada.
Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem
direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor.
A afirmação II está errada.
Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado
depois que não era credor.
A afirmação III está correta.
Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida,
ainda que mais valiosa.
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A afirmação IV está correta.


Art. 316. É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas.
Gabarito letra E.

36. FCC 2009/TRT-SP/ANALISTA-JUDICIÁRIA. A respeito da


novação, é correto afirmar:
a) A novação por substituição do devedor não pode ser efetivada sem o
consentimento deste.
b) Importa exoneração do fiador a novação feita sem o seu consenso
com o devedor principal.

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c) Podem ser objeto de novação, dentre outras modalidades, as


obrigações extintas.
d) Se o novo devedor for insolvente e não tiver havido má-fé na
substituição, tem o credor, que o aceitou, ação regressiva contra o
primeiro.
e) A novação em nenhuma hipótese pode acarretar a extinção dos
acessórios e garantias da dívida.

Comentário:
A alternativa “a” está errada.
Art. 362. A novação por substituição do devedor pode ser efetuada
independentemente de consentimento deste.
A alternativa “b” está correta.
Art. 366. Importa exoneração do fiador a novação feita sem seu consenso com o
devedor principal.
A alternativa “c” está errada.
Art. 367. Salvo as obrigações simplesmente anuláveis, não podem ser objeto de
novação obrigações nulas ou extintas.
A alternativa “d” está errada.
Art. 363. Se o novo devedor for insolvente, não tem o credor, que o aceitou, ação
regressiva contra o primeiro, salvo se este obteve por má-fé a substituição.
E a alternativa “e” está errada.
Art. 364. A novação extingue os acessórios e garantias da dívida, sempre que não
houver estipulação em contrário. Não aproveitará, contudo, ao credor ressalvar o
penhor, a hipoteca ou a anticrese, se os bens dados em garantia pertencerem a
terceiro que não foi parte na novação.
Gabarito letra B.

37. FCC 2009/TRT 7ª/ANALISTA-ADMINISTRATIVA. A respeito da


37903993372

novação, pode-se afirmar que


a) Não podem ser objeto de novação as obrigações anuláveis.
b) Importa exoneração do fiador a novação feita sem o seu consenso
com o devedor principal.
c) A novação jamais extingue os acessórios e garantias da dívida.
d) A novação por substituição do devedor não pode ser efetuada
independentemente do consentimento deste.
e) Se o novo devedor for insolvente, não tem o credor, que o aceitou,
ação regressiva contra o primeiro, mesmo se este obteve por má-fé
a substituição.

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Comentário:
Art. 366. Importa exoneração do fiador a novação feita sem seu consenso com o
devedor principal.
A alternativa “a” está errada.
Art. 367. Salvo as obrigações simplesmente anuláveis, não podem ser objeto de
novação obrigações nulas ou extintas.
A alternativa “c” está errada.
Art. 364. A novação extingue os acessórios e garantias da dívida, sempre que não
houver estipulação em contrário. Não aproveitará, contudo, ao credor ressalvar o
penhor, a hipoteca ou a anticrese, se os bens dados em garantia pertencerem a
terceiro que não foi parte na novação.
A alternativa “d” está errada.
Art. 362. A novação por substituição do devedor pode ser efetuada
independentemente de consentimento deste.
E a alternativa “e” está errada.
Art. 363. Se o novo devedor for insolvente, não tem o credor, que o aceitou, ação
regressiva contra o primeiro, salvo se este obteve por má-fé a substituição.
Gabarito letra B.

38. FCC 2009/TJ-PI/ANALISTA - OFICIAL DE JUSTIÇA. A


compensação, que é causa extintiva da obrigação, pressupõe a presença
de alguns requisitos. Dentre eles, é correto afirmar que as dívidas devem
ser
a) Exigíveis, mas não necessariamente certas e líquidas.
b) Certas e líquidas, mas não necessariamente exigíveis.
c) Certas, mas não necessariamente líquidas e exigíveis.
d) Líquidas, mas não necessariamente certas e exigíveis.
e) Certas, líquidas e exigíveis.

37903993372

Comentário:
Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas
fungíveis.
Gabarito letra E.

39. FCC 2009/TRT 15ª/ANALISTA-JUDICIÁRIA. João está obrigado


por três débitos da mesma natureza a um só credor, todos líquidos e
vencidos, e se dispõe a oferecer quantia em pagamento. O instituto que lhe
dá o direito de indicar a qual desses débitos oferece pagamento denomina-
se
a) Compensação.

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b) Dação em pagamento.
c) Novação.
d) Imputação do pagamento.
e) Pagamento em consignação.

Comentário:
Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um
só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem
líquidos e vencidos.
Como vimos em aula este instituto é a Imputação do Pagamento.
Gabarito letra D.

40. FCC 2009/TRT-SP/ANALISTA-EXECUÇÃO DE MANDATOS. A


respeito do pagamento, é INCORRETO afirmar:
a) É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações
sucessivas.
b) O devedor que paga tem direito à quitação regular, mas não pode
reter o pagamento, enquanto não lhe seja dada.
c) Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última
estabelece, até prova em contrário, a presunção de estarem solvidas
as anteriores.
d) Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes presumem-
se pagos.
e) A entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento.

Comentário:
Todas as alternativas estão corretas com exceção da letra “b”.
Art. 319. O devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode reter o
pagamento, enquanto não lhe seja dada.
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Gabarito letra B.

41. FCC 2009/TRT-SP/ANALISTA-JUDICIÁRIA. A respeito da


novação, é correto afirmar:
a) A novação por substituição do devedor não pode ser efetivada sem o
consentimento deste.
b) Importa exoneração do fiador a novação feita sem o seu consenso
com o devedor principal.
c) Podem ser objeto de novação, dentre outras modalidades, as
obrigações extintas.

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d) Se o novo devedor for insolvente e não tiver havido má-fé na


substituição, tem o credor, que o aceitou, ação regressiva contra o
primeiro.
e) A novação em nenhuma hipótese pode acarretar a extinção dos
acessórios e garantias da dívida.

Comentário:
A alternativa “a” está errada.
Art. 362. A novação por substituição do devedor pode ser efetuada
independentemente de consentimento deste.
A alternativa “b” está correta.
Art. 366. Importa exoneração do fiador a novação feita sem seu consenso com o
devedor principal.
A alternativa “c” está errada.
Art. 367. Salvo as obrigações simplesmente anuláveis, não podem ser objeto de
novação obrigações nulas ou extintas.
A alternativa “d” está errada.
Art. 363. Se o novo devedor for insolvente, não tem o credor, que o aceitou, ação
regressiva contra o primeiro, salvo se este obteve por má-fé a substituição.
E a alternativa “e” está errada.
Art. 364. A novação extingue os acessórios e garantias da dívida, sempre que não
houver estipulação em contrário. Não aproveitará, contudo, ao credor ressalvar o
penhor, a hipoteca ou a anticrese, se os bens dados em garantia pertencerem a
terceiro que não foi parte na novação.
Gabarito letra B.

42. FCC 2009/TJ-MS/Juiz. Na solidariedade ativa,


a) Se um dos credores falecer deixando herdeiros, cada um destes terá
direito a receber a integralidade do crédito do finado.
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b) Mais de um credor está obrigado à dívida toda.


c) Mais de um devedor pode exigir a dívida toda.
d) Convertendo-se a prestação em perdas e danos não mais subsiste a
solidariedade.
e) Cada um dos credores tem direito a exigir do devedor o cumprimento
da prestação por inteiro.

Comentário:
Alternativa “a” errada.

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Art. 270. Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um


destes só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao
seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível.
Alternativa “b” e “c” erradas.
Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o
cumprimento da prestação por inteiro.
Alternativa “d” errada.
Art. 271. Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os
efeitos, a solidariedade.
Alternativa “e” correta.
Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o
cumprimento da prestação por inteiro.
Gabarito letra E.

43. FCC 2009/DPE-MA/Defensor Público. No Direito das Obrigações,


a) A solidariedade, de acordo com a lei, nunca será presumida, pois
dependerá exclusivamente da vontade das partes.
b) Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum
destes será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu
quinhão hereditário, salvo se a obrigação for divisível; mas todos
reunidos serão considerados como um devedor solidário em relação
aos demais devedores.
c) Enquanto o julgamento contrário a um dos credores solidários não
atinge os demais, o favorável, como regra geral, aproveita-lhes.
d) O credor não pode renunciar à solidariedade em favor de um ou de
alguns dos devedores, em razão do princípio da indivisibilidade da
obrigação solidária.
e) Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores
solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente, mais
perdas e danos.
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Comentário:
Alternativa “a” errada.
Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.
Alternativa “b” errada.
Art. 276. Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum
destes será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão
hereditário, salvo se a obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão
considerados como um devedor solidário em relação aos demais devedores.
Alternativa “c” correta.

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Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os


demais; o julgamento favorável aproveita-lhes, a menos que se funde em exceção
pessoal ao credor que o obteve.
Alternativa “d” errada.
Art. 282. O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou
de todos os devedores.
Alternativa “e” errada.
Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores
solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas
e danos só responde o culpado.
Gabarito letra C.

44. FCC 2009/DPE-MT/Defensor Público. No Direito das Obrigações,


a) A cessão do crédito tem eficácia em relação ao devedor,
independentemente de notificação.
b) Pode o cessionário exercer os atos conservatórios do direito cedido,
independentemente do conhecimento da cessão pelo devedor.
c) Na cessão de um crédito sempre se abrangem todos os seus
acessórios.
d) O cessionário de crédito hipotecário tem o direito de fazer averbar a
cessão no registro do imóvel, desde que haja autorização do devedor.
e) O credor pode ceder o seu crédito, ainda que a isso se oponha a
natureza da obrigação, não se admitindo cláusula proibitiva da cessão
por se tratar de condição protestativa.

Comentário:
Alternativa “a” errada.
Art. 290. A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão
quando a este notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito
público ou particular, se declarou ciente da cessão feita.
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Alternativa “b” correta.


Art. 293. Independentemente do conhecimento da cessão pelo devedor, pode o
cessionário exercer os atos conservatórios do direito cedido.
Alternativa “c” errada.
Art. 287. Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-se
todos os seus acessórios.
Alternativa “d” errada.
Art. 289. O cessionário de crédito hipotecário tem o direito de fazer averbar a
cessão no registro do imóvel.
Alternativa “e” errada.

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Art. 286. O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza
da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da cessão
não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não constar do instrumento da
obrigação.
Gabarito letra B.

45. FCC 2008/TRT 2ª (SP)/Analista Judiciário. A respeito do


pagamento, é INCORRETO afirmar:
a) É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações
sucessivas.
b) O devedor que paga tem direito à quitação regular, mas não pode
reter o pagamento, enquanto não lhe seja dada.
c) Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última
estabelece, até prova em contrário, a presunção de estarem solvidas
as anteriores.
d) Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes presumem-
se pagos.
e) A entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento.

Comentário:
A alternativa incorreta “b”.
Art. 319. O devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode reter o
pagamento, enquanto não lhe seja dada.
Gabarito letra B.

46. FCC 2008/TCE-AL/AUDITOR. Efetivar-se-á o pagamento


a) No domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem
diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da
obrigação ou das circunstâncias.
b) No domicílio do credor, salvo se as partes convencionarem
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diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da


obrigação ou das circunstâncias.
c) No local onde convencionado pelas partes e, ainda que
reiteradamente feito em outro local, não se presume renúncia do
credor relativamente ao previsto no contrato.
d) Ordinariamente, no domicílio do devedor e, sendo designados dois ou
mais lugares para o pagamento, caberá, também ao devedor,
escolher entre eles.
e) No domicílio do credor mas sendo designados dois ou mais lugares
para o pagamento, caberá ao devedor escolher entre eles.

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Comentário:
Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes
convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da
obrigação ou das circunstâncias.
Gabarito letra A.

47. FCC 2008/TRF 5ª/ANALISTA-ADMINISTRATIVA. Analise as


seguintes assertivas sobre as obrigações de dar coisa certa e incerta:
I. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor
resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que
perdeu.
II. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com seus melhoramentos e
acrescidos, pelos quais não poderá exigir aumento do preço.
III. Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á
o credor, tal qual se ache, sem direito a indenização.
IV. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, na obrigação
de dar coisa incerta, a escolha pertence ao credor, se o contrário não
resultar do título da obrigação.

De acordo com o Código Civil é correto o que se afirma APENAS em:


a) II e III.
b) II, III e IV.
c) I, III e IV.
d) I, II e IV.
e) I e III.

Comentário:
A afirmação I está correta.
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Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor
resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu.
A afirmação II está errada.
Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos
e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir,
poderá o devedor resolver a obrigação.
A afirmação III está correta.
Art. 240. Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á o
credor, tal qual se ache, sem direito a indenização; se por culpa do devedor,
observar-se-á o disposto no art. 239.
A afirmação IV está errada.

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Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha
pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não
poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.
Gabarito letra E.

48. FCC 2008/TRT 18ª/ANALISTA-ADMINISTRATIVA. Se o credor


consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida ocorre a
a) Novação.
b) Imputação do pagamento.
c) Dação em pagamento.
d) Compensação.
e) Confusão.

Comentário:
Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é
devida.
Como estudamos em aula este artigo diz respeito ao instituto da Dação em
Pagamento.
Gabarito letra C.

49. FCC 2008/PREFEITURA DE RECIFE/PROCURADOR. No que


concerne ao adimplemento e extinção das obrigações, é correto afirmar:
a) Em regra, a convenção de pagamento em ouro é permitida, sendo
nula a convenção de pagamento em moeda estrangeira.
b) O pagamento feito pelo devedor ao credor, intimado da penhora feita
sobre o crédito, será válido também perante terceiros, não podendo
ele ser constrangido a pagar novamente a dívida.
c) Se a obrigação tiver por objeto prestação divisível, o credor pode ser
obrigado a receber, e o devedor a pagar, por partes, mesmo se assim
não se ajustou. 37903993372

d) O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome,


tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos
direitos do credor.
e) Havendo solidariedade passiva no débito no caso de falência de um
dos devedores o credor poderá cobrar antecipadamente a dívida de
todos os devedores antes de vencido o prazo estipulado em contrato
ou estabelecido no Código Civil.

Comentário:
A alternativa “a” está errada.

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Art. 318. São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda


estrangeira, bem como para compensar a diferença entre o valor desta e o da
moeda nacional, excetuados os casos previstos na legislação especial.
A alternativa “b” está errada.
Art. 312. Se o devedor pagar ao credor, apesar de intimado da penhora feita sobre
o crédito, ou da impugnação a ele oposta por terceiros, o pagamento não valerá
contra estes, que poderão constranger o devedor a pagar de novo, ficando-lhe
ressalvado o regresso contra o credor.
A alternativa “c” está errada.
Art. 314. Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o
credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não
se ajustou.
A alternativa “d” está correta.
Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem
direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor.
A alternativa “e” está errada.
Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido
o prazo estipulado no contrato ou marcado neste Código:
I - no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores;
II - se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por
outro credor;
III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito,
fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las.
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se houver, no débito, solidariedade
passiva, não se reputará vencido quanto aos outros devedores solventes.
Gabarito letra D.

50. FCC 2007/TRF 2ª/ANALISTA - EXECUÇÃO DE MANDATOS. A


respeito das obrigações de dar, considere:
I. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor
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resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que


perdeu.
II. Se a obrigação for de restituir coisa certa e sobrevier melhoramento ou
acréscimo à coisa, sem despesa ou trabalho do devedor, lucrará o credor,
desde que indenize o devedor.
III. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha
pertencerá ao credor, se o contrário não resultar do título da obrigação.

Está correto o que consta APENAS em


a) I.

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b) I e II.
c) I e III.
d) II e III.
e) III.

Comentário:
A afirmação I está correta.
Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor
resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu.
A afirmação II está errada.
Art. 241. Se, no caso do art. 238, sobrevier melhoramento ou acréscimo à coisa,
sem despesa ou trabalho do devedor, lucrará o credor, desobrigado de
indenização.
Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor,
se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá,
ressalvados os seus direitos até o dia da perda.
A afirmativa III está errada.
Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha
pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não
poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.
Gabarito letra A.

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LISTA DAS QUESTÕES E GABARITO.

1. FCC 2015/TJ-RR/Juiz Substituto. Ao discorrer sobre as obrigações


sem prazo, Agostinho Alvim exemplifica: ...se o devedor confessa dever
certa soma que restituirá quando lhe fôr pedida, ou no caso da doação de
um terreno, tendo o donatário aceito o encargo de construir, sem que,
entretanto, se haja estipulado prazo. Em tais casos, a obrigação não se
vence pelo decurso do tempo, por mais longo que êle seja
(Da Inexecução das Obrigações e suas consequências. p. 123. 4. ed.
Saraiva, 1972).

Não obstante isso, pôde ele concluir que


a) O remédio do credor está na interpelação, notificação ou protesto,
para dar início à mora do devedor.
b) Nesses casos o negócio jurídico é nulo, por faltar-lhe elemento
essencial.
c) A obrigação é impossível.
d) Apesar de a dívida não achar-se vencida pode ela ser cobrada
imediatamente e sem necessidade de interpelação, notificação ou
protesto, com base nos contratos celebrados.
e) O credor somente poderá demandar o devedor com base no princípio
que veda o enriquecimento sem causa, porque os contratos
celebrados são ineficazes.

2. FCC 2015/MANAUSPREV/Procurador Autárquico. A cláusula penal


a) Não pode prever cominação superior a trinta por cento da obrigação
principal.
b) Pode prever cominação igual à obrigação principal, devendo ser
reduzida equitativamente pelo juiz se a obrigação tiver sido cumprida
em parte.
c) Deve ser estipulada sempre conjuntamente com a obrigação,
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destinando-se exclusivamente a compensar o credor pela mora.


d) Vale como indenização pelos danos que tiver experimentado o credor,
não se podendo estipular indenização suplementar a seu montante,
ainda que se trate de contrato comutativo.
e) Somente pode ser exigida em caso de comprovação de prejuízo.

3. FCC 2015/SEFAZ-PE/Julgador Administrativo Tributário do


Tesouro Estadual. O pagamento em consignação
a) Não será admitido se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
b) Não pode ter por objeto coisa imóvel.

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c) Extingue a obrigação apenas se o depósito for judicial, não se


admitindo em nenhuma hipótese o depósito em estabelecimento
bancário.
d) Só tem lugar se o credor não puder ou, sem justa causa, recusar
receber o pagamento ou dar quitação, na forma devida.
e) Faz cessarem para o depositante, tanto que se efetue o depósito, os
juros da dívida e os riscos, salvo se for julgado improcedente.

4. FCC 2015/TCM-GO/Auditor de Controle Externo. No tocante ao


inadimplemento das obrigações, considere:
I. Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde o
dia em que executou o ato de que se devia abster.
II. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou
força maior, em nenhuma hipótese.
III. Inadimplida a obrigação, o devedor responde por perdas e danos, bem
como por juros e atualização monetária, segundo os índices oficiais
regularmente estabelecidos e honorários advocatícios.
IV. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, em seu termo,
constitui o devedor em mora após sua interpelação judicial ou extrajudicial.

Está correto o que se afirma em


a) I, II e IV, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II e IV, apenas.
d) I, II, III e IV.
e) II, III e IV, apenas.

5. FCC 2015/SEFAZ-PI/Auditor Fiscal da Fazenda Estadual. Com


relação à inexecução das obrigações, de acordo com o Código Civil,
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a) O devedor responde pelos prejuízos decorrentes de caso fortuito ou


força maior se por eles houver expressamente se responsabilizado.
b) Inadimplida a obrigação, o devedor responde por perdas e danos,
incluindo correção monetária mas não juros nem honorários de
advogado.
c) Nos contratos onerosos, as partes respondem apenas em caso de
culpa, sem exceção.
d) Nos contratos benéficos, responde apenas por dolo o contratante a
quem o contrato aproveita.
e) Inadimplida a obrigação, o devedor responde por perdas e danos,
incluindo juros e correção monetária porém não honorários de
advogado.

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6. FCC 2014/TRT 16ª Região (MA)/Analista Judiciário. A respeito das


obrigações divisíveis e indivisíveis, é correto afirmar:
a) Se um dos credores, nas obrigações divisíveis, remitir a dívida, a
obrigação ficará extinta para com os outros.
b) O devedor que paga a dívida referente à prestação indivisível não se
sub-roga no direito do credor em relação aos outros coobrigados.
c) Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em
perdas e danos.
d) Nas obrigações divisíveis, a novação da dívida por um dos credores
prejudicará os demais.
e) Nas obrigações divisíveis, a compensação da dívida feita por um dos
credores acarreta a extinção do débito para com os outros credores.

7. FCC 2014/TJ – AP/Juiz. Nas obrigações alternativas,


a) Não poderá haver pluralidade de optantes, cabendo a escolha a
apenas uma pessoa.
b) A escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou, não
podendo, porém, obrigar o credor a receber parte em uma prestação
e parte em outra.
c) A escolha cabe ao credor, salvo acordo em sentido contrário, e ele
pode exigir do devedor que lhe pague parte em uma prestação e parte
em outra.
d) Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se
tornar inexequível, a outra também será extinta.
e) Se, por culpa do devedor, ambas as obrigações se tornarem
impossíveis, não competindo ao credor a escolha, pagará o devedor
a metade do valor de cada prestação.

8. FCC 2014/TRF 3ª Região/Técnico Judiciário. Ricardo, terceiro não


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interessado, pagou dívida de seu amigo Cleiton, em seu próprio nome,


antes do vencimento.

Nesta hipótese, Ricardo

a) Apenas sub-roga-se nos direitos do credor logo após o pagamento.


b) Não poderá reembolsar-se do que pagar uma vez que não possuía
interesse no pagamento da dívida sendo considerada pela legislação
mero ato de liberalidade.
c) Poderá reembolsar-se do que pagar logo após o pagamento e
independentemente do vencimento.
d) Poderá reembolsar-se do que pagar apenas no vencimento e também
se sub-roga nos direitos do credor.

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e) Poderá reembolsar-se do que pagar apenas no vencimento, porém


não se sub-roga nos direitos do credor.

9. FCC 2014/TRT 19ª Região (AL)/Analista Judiciário. Lucas vende


um cavalo a José e se obriga a entregá-lo na fazenda do comprador. A
caminho da fazenda, porém, Lucas para em um bar e bebe quatro ou cinco
cachaças com alguns amigos. Embriagado, sai em disparada pelas ruas da
cidade e acidenta-se com o cavalo. Ao ver o cavalo com a pata dianteira
quebrada, José.
a) Poderá exigir o equivalente ao que pagou pelo cavalo ou aceitá-lo no
estado em que se encontra, com direito a reclamar, em ambos os
casos, indenização por perdas e danos.
b) Deverá, necessariamente, aceitar o cavalo, no estado em que se
encontra, com direito a reclamar indenização por perdas e danos.
c) Deverá, necessariamente, exigir o equivalente ao que pagou pelo
cavalo, com direito a reclamar indenização por perdas e danos.
d) Poderá exigir o equivalente ao que pagou pelo cavalo ou aceitá-lo no
estado em que se encontra, com direito a reclamar, apenas na
primeira hipótese, indenização por perdas e danos.
e) Poderá exigir o equivalente ao que pagou pelo cavalo ou aceitá-lo no
estado em que se encontra, com direito a reclamar, apenas na última
hipótese, indenização por perdas e danos.

10. FCC 2014/Prefeitura de Cuiabá – MT/Procurador. Carlos adquiriu


um cavalo premiado para participar de competição de hipismo. O vendedor,
Gil, comprometeu-se a entregar o cavalo em até dois dias do início da
competição. Gil, no entanto, deixou de entregar o cavalo na data
combinada, impossibilitando Carlos de participar do torneio. Entregou-o,
porém, três dias depois. Carlos
a) Deverá necessariamente receber a coisa, não podendo reclamar
satisfação das perdas e danos.
b) Deverá necessariamente receber a coisa, sem prejuízo de exigir
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satisfação das perdas e danos.


c) Deverá necessariamente enjeitar a coisa, exigindo satisfação das
perdas e danos.
d) Poderá enjeitar a coisa e exigir satisfação das perdas e danos, caso
entenda que a prestação se tornou inútil.
e) Poderá enjeitar a coisa e exigir somente a devolução da quantia paga,
sem outros acréscimos.

11. FCC 2013/TJ-PE/Juiz. Sobre a cláusula penal, analise as afirmações


abaixo.
I. Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que,
culposamente, deixe de cumprir a obrigação ou se constitua em mora.

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II. Para exigir a pena convencional, é necessário que o devedor alegue e


comprove prejuízo.
III. Sendo indivisível a obrigação, todos os devedores, caindo em falta um
deles, incorrerão na pena; mas esta só se poderá demandar integralmente
do culpado, respondendo cada um dos outros somente pela sua quota.
IV. A penalidade não pode ser reduzida pelo juiz, mesmo que a obrigação
principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da pena for
manifestamente excessivo, salvo disposição expressa no contrato,
autorizando a redução judicial.
V. Ainda que o prejuízo exceda ao previsto na cláusula penal, não pode o
credor exigir indenização suplementar se assim não foi convencionado. Se
o tiver sido, a pena vale como mínimo da indenização, competindo ao
credor provar o prejuízo excedente.

Está correto APENAS o que se afirma em


a) II, IV e V.
b) II, III e V.
c) I, III e V.
d) II, III e IV.
e) I, IV e V.

12. FCC 2012/MP-PE/Analista Ministerial. Considere as seguintes


assertivas a respeito da transmissão das obrigações:
I. Quando terceiro assume obrigação do devedor, com o consentimento
expresso do credor, ficando exonerado o devedor primitivo, ocorrerá a
Assunção de Dívida.
II. Para que a transmissão de um crédito tenha eficácia perante terceiros a
celebração desta transmissão deverá ocorrer, obrigatoriamente, mediante
instrumento público.
III. Independentemente do conhecimento da cessão pelo devedor, pode o
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cessionário exercer os atos conservatórios do direito cedido.


IV. Salvo estipulação em contrário, prevê o Código Civil brasileiro que o
cedente responde pela solvência do devedor.

Está correto o que consta APENAS em


a) II, III e IV.
b) I, II e III.
c) I e III.
d) I e IV.
e) III e IV.

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13. FCC 2012/PM São Paulo/Auditor Fiscal Tributário. Em relação às


modalidades das obrigações, é correto afirmar:
a) O credor não pode consentir em receber prestação diversa da que lhe
é devida.
b) Em regra, o cedente do crédito responde pela solvência do devedor.
c) Se duas pessoas forem solidariamente responsável por uma dívida,
o credor só poderá exigir, de cada uma, metade de seu valor.
d) O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é
devida, ainda que mais valiosa.
e) A entrega do título ao devedor não gera a presunção de pagamento.

14. FCC 2012/TRT 11ª/Analista Judiciário. Considere as seguintes


assertivas a respeito da obrigação de dar coisa certa e da obrigação de dar
coisa incerta:
I. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com seus melhoramentos e
acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço. Os frutos
percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes.
II. Em regra, a obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela
embora não mencionados.
III. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração
da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito.
IV. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero. Nas coisas
determinadas pelo gênero, em regra, a escolha pertence ao credor.

De acordo com o Código Civil brasileiro está correto o que se afirma APENAS
em
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) I e III.
d) II, III e IV. 37903993372

e) II e IV.

15. FCC 2012/TRT 11ª/Analista Judiciário. De acordo com o Código


Civil brasileiro, o pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é
a) Inválido, desde que seja arguida a nulidade no prazo decadencial de
dois anos contados do pagamento.
b) Válido, exceto se provado depois que não era credor.
c) Inválido em qualquer hipótese podendo ser arguida a qualquer
momento.
d) Válido, ainda provado depois que não era credor.
e) Inválido, desde que seja arguida a nulidade no prazo decadencial de
um ano contado do pagamento.

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16. FCC 2012/TRT 4ª/Juiz. No que tange às obrigações solidárias, é


correto afirmar que
a) A solidariedade decorre da lei ou das circunstâncias do negócio
jurídico.
b) A elas se aplicam todas as disposições referentes às obrigações
indivisíveis.
c) O credor de obrigação solidária pode exigir que apenas um dos
devedores pague totalmente a dívida comum.
d) Importa renúncia à solidariedade a propositura de ação contra apenas
um dos devedores.
e) Convertendo-se a prestação em perdas e danos, deixa de existir a
solidariedade.

17. FCC 2011/TRT 20ª/Analista Judiciário. A compensação


a) Pode ocorrer entre dívida proveniente de esbulho e dívida decorrente
de comodato.
b) Efetua-se entre dívidas líquidas e vencidas de coisas infungíveis.
c) Não pode ser feita se o credor concedeu prazo de favor ao devedor.
d) Da dívida do fiador pode ser feita com a de seu credor ao afiançado.
e) De dívida de pessoa que se obrigou por terceiro pode ser feita com a
que o credor dele lhe deve.

18. FCC 2011/TRT 20ª/Analista Judiciário. João é devedor das


quantias de RS 2.000,00 e RS 5.000,00 para um estabelecimento bancário,
relativas a débitos da mesma natureza, ambos líquidos e vencidos. O direito
que a lei lhe assegura de indicar a qual deles oferece pagamento denomina-
se
a) Dação em pagamento.
b) Imputação do pagamento.
c) Pagamento com sub-rogação. 37903993372

d) Novação.
e) Compensação.

19. FCC 2011/INFRAERO/Analista Superior. A respeito da cessão de


crédito, considere:
I. O cedente, salvo estipulação em contrário, responde pela solvência de
devedor.
II. O crédito, mesmo penhorado, pode ser transferido pelo credor que tiver
conhecimento da penhora.
III. O cedente, na cessão por título oneroso, fica responsável face ao
cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu, ainda

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que não tenha se responsabilizado expressamente no instrumento da


cessão.
IV. A cessão de um crédito, salvo disposição em contrário no instrumento
da cessão, não abrange todos os seus acessórios, como juros, multa e
garantias em geral.

Está correto o que se afirma APENAS em


a) I, II e IV.
b) III.
c) II e III.
d) I e IV.
e) II, III e IV.

20. FCC 2011/TRT 14ª/Analista Judiciário. Nas obrigações


a) Divisíveis, se um dos credores remitir a dívida, a obrigação ficará
extinta para com os outros.
b) De fazer, se o fato puder ser realizado por terceiro, será livre ao
credor manda-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou
mora deste, o que o isentará da responsabilidade por perdas e danos.
c) Alternativas, se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser,
ou não puder exercê-la, a escolha caberá ao credor.
d) De dar coisa certa, se a obrigação for de restituir coisa certa e esta,
sem culpa do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor
a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até
o dia da perda.
e) Solidárias, havendo solidariedade ativa, convertendo-se a prestação
em perdas e danos, extingue-se, para todos os efeitos, a
solidariedade.

21. FCC 2011/TRT 14ª/Analista Judiciário. Numa obrigação há três


credores solidários e apenas um devedor. Neste caso,
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a) O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os


demais.
b) Convertendo-se a prestação em perdas e danos, desaparece, para
todos os efeitos, a solidariedade.
c) Cada um dos credores solidários poderá exigir do devedor o
cumprimento de até um terço da obrigação.
d) Se apenas um dos credores solidários demandar o devedor, este
poderá pagar a qualquer um dos três, em razão da solidariedade.
e) O credor que houver remitido a dívida não responderá aos outros pela
parte que lhes caiba.

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22. FCC 2011/TRT 23ª (MT)/Analista Judiciário. Nas obrigações


alternativas, quando a escolha couber ao credor e uma das prestações
tornar-se impossível por culpa do devedor, o
a) Contrato será rescindido, sem perdas e danos, voltando as partes ao
estado anterior.
b) Credor poderá reclamar o valor de qualquer das duas, sem perdas e
danos.
c) Credor só terá o direito de exigir a prestação subsistente, sem perdas
e danos.
d) Credor só poderá exigir o valor da prestação que se tornou impossível
por culpa do devedor.
e) Credor terá o direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da
outra, com perdas e danos.

23. FCC 2011/TRE-RN/ANALISTA - ADMINISTRATIVA. Nas


obrigações de dar coisa
a) Incerta, nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a
escolha pertence ao credor, se o contrário não resultar do título da
obrigação.
b) Incerta, antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou
deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito.
c) Certa, até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus
melhoramentos e acrescidos, pelos quais não poderá exigir aumento
no preço.
d) Certa, os acessórios dela não mencionados não estão abrangidos pela
obrigação, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias
do caso.
e) Certa, deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, o credor
deverá aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu, não
podendo resolver a obrigação.

24. FCC 2011/TRT 22/ANALISTA-JUDICIÁRIA. Nas obrigações de dar


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coisa certa, deteriorada a coisa sem culpa do devedor, o credor poderá


a) Exigir duas similares à que se deteriorou.
b) Exigir o equivalente, mais perdas e danos.
c) Resolver a obrigação e exigir perdas e danos.
d) Aceitar a coisa, abatendo de seu preço o valor que perdeu.
e) Aceitar a coisa e exigir perdas e danos.

25. FCC 2011/TJ-PE/JUIZ. O pagamento efetuar-se-á


a) No domicílio do credor, salvo convenção em contrário.

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b) No local convencionado, mas o pagamento feito reiteradamente em


outro local faz presumir renúncia do credor relativamente ao previsto
no contrato.
c) Sempre no domicílio do devedor, salvo, apenas, disposição legal em
sentido contrário.
d) Onde melhor atender o interesse do credor, salvo convenção em
sentido contrário.
e) Onde for menos oneroso para o devedor, salvo convenção em sentido
contrário.

26. FCC 2011/TRF 1ª/ANALISTA-EXECUÇÃO DE MANDATOS.


Segundo o Código Civil brasileiro, só terá eficácia o pagamento que
importar transmissão da propriedade, quando feito por quem possa alienar
o objeto em que ele consistiu. Se for dado em pagamento coisa fungível,
a) Não se poderá mais reclamar do credor que, de boa-fé, a recebeu e
consumiu, ainda que o solvente não tivesse o direito de aliená-la.
b) Não se poderá mais reclamar do credor que, de boa-fé, a recebeu e
consumiu, exceto se o solvente não tivesse o direito de aliená-la.
c) Poderá requerer indenização por perdas e danos, quantificada em
ação própria a ser ajuizada no prazo decadencial de seis meses
contados da data do pagamento.
d) Poderá requerer indenização por perdas e danos, quantificada em
ação própria a ser ajuizada no prazo decadencial de doze meses
contados da data do pagamento.
e) Poderá requerer a devolução de coisa da mesma espécie, qualidade
e quantidade, sob pena de responder por perdas e danos.

27. FCC 2011/TRT-TO/ANALISTA-JUDICIÁRIA. Considere as


seguintes assertivas a respeito do pagamento:
I. É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas.
II. Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes não se
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presumem pagos.
III. A entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento, mas
ficará sem efeito a quitação assim operada se o credor provar, em sessenta
dias, a falta do pagamento.
IV. Se o pagamento se houver de fazer por medida, ou peso, entender-se-
á, no silêncio das partes, que não aceitaram os do lugar da execução.

De acordo com o Código Civil brasileiro está correto o que se afirma APENAS
em
a) I, II e III.
b) I, II e IV.

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c) I e III.
d) II e IV.
e) III e IV.

28. FCC 2011/TCM-BA/Procurador do Ministério Público Especial de


Contas. Na obrigação de dar coisa incerta,
a) O devedor sempre poderá dar coisa pior.
b) A escolha pertence conjuntamente ao credor e ao devedor, se o
contrário não resultar do título da obrigação.
c) O devedor será sempre obrigado a prestar a melhor.
d) A escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título
da obrigação.
e) O devedor, antes da escolha, não poderá alegar perda ou
deterioração da coisa, salvo na ocorrência de caso fortuito ou força
maior.

29. FCC 2010/TRT 23ª (PI)/Analista. Uma obrigação indivisível


resolveu-se em perdas e danos por culpa de um dos três devedores. Nesse
caso,
a) O devedor culpado responderá pelas perdas e danos e os outros
ficarão exonerados da obrigação.
b) Todos os devedores responderão pelas perdas e danos em sua
totalidade em razão da indivisibilidade, com direito de regresso
contra o culpado.
c) Todos os devedores responderão pelas perdas e danos de forma
proporcional à sua parte na obrigação.
d) A obrigação será considerada extinta e todos os devedores ficarão
exonerados.
e) Todos os devedores responderão pelas perdas e danos em sua
totalidade em razão da indivisibilidade, sem direito de regresso
contra o culpado.
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30. FCC 2010/TJ-PI/Assessor Jurídico. Com relação à cessão de


crédito é INCORRETO afirmar:
a) Na cessão por título oneroso, o cedente, exceto quando não se
responsabilize, fica responsável ao cessionário pela existência do
crédito ao tempo em que lhe cedeu.
b) Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-se
todos os seus acessórios.
c) Ocorrendo várias cessões do mesmo crédito, prevalece a que se
completar com a tradição do título do crédito cedido.
d) Independentemente do conhecimento da cessão pelo devedor, pode
o cessionário exercer os atos conservatórios do direito cedido.

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e) Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela


solvência do devedor.

31. FCC 2010/ TJ-MS/JUIZ. Na obrigação de dar coisa certa,


a) até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus
melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no
preço e se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação.
b) os frutos, pendentes ou percebidos, são do devedor.
c) desde a realização do negócio jurídico e independentemente da
tradição, pertencerá ao credor a coisa, com os seus melhoramentos
e acessórios, pelos quais não será obrigado a qualquer pagamento
adicional.
d) deteriorada a coisa antes da tradição, sem culpa do devedor, resolve-
se de pleno direito a obrigação.
e) deteriorada a coisa, antes da tradição, sem culpa do devedor, o
credor será obrigado a aceitar a coisa, com abatimento proporcional
do preço.

32. FCC 2010/TCE-AP/PROCURADOR. A sub-rogação


a) Parcial rompe integralmente os laços obrigacionais entre o credor
originário e o devedor.
b) Se equipara à cessão de crédito, pois ambas são modalidades de
transmissão de crédito.
c) Não transfere ao novo credor a garantia hipotecária do primitivo.
d) Parcial não coloca o credor originário em posição de preferência ao
sub-rogado na cobrança do restante da dívida.
e) Não poderá ser convencional.

33. FCC 2010/MPE-SE/ANALISTA-DIREITO. A respeito do pagamento,


como forma de adimplemento e extinção das obrigações, é correto afirmar:
a) O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo não é válido, provado
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ou não posteriormente que não era credor.


b) Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar,
se o devedor não provar que, em benefício dele, efetivamente
reverteu.
c) Quanto ao lugar do pagamento, designados dois ou mais lugares,
cabe ao devedor escolher entre eles.
d) O pagamento reiteradamente feito em outro local, não faz presumir
renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato.
e) O credor é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida,
se houver prova de que é mais valiosa.

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34. FCC 2010/TRF 4ª/ANALISTA-EXECUÇÃO DE MANDATOS.


Considere as seguintes assertivas a respeito do pagamento:
I. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem
direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do
credor.
II. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado
depois que não era credor.
III. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar,
se o devedor não provar que em benefício dele efetivamente reverteu.
IV. É ilícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas,
por expressa vedação legal.

De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que consta APENAS
em
a) I e II.
b) II, III e IV.
c) I, II e III.
d) II e III.
e) I, III e IV.

35. FCC 2010/SEFIN-RO/AUDITOR FISCAL. A respeito do


Adimplemento das Obrigações, considere:
I. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem
direito a reembolsar-se do que pagar e se sub-roga nos direitos do credor.
II. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, exceto se
provado depois que não era credor.
III. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é
devida, ainda que mais valiosa.
IV. É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas.
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De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma


APENAS em
a) I, II e III.
b) I e IV.
c) II, III e IV.
d) II e IV.
e) III e IV.

36. FCC 2009/TRT-SP/ANALISTA-JUDICIÁRIA. A respeito da


novação, é correto afirmar:

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a) A novação por substituição do devedor não pode ser efetivada sem o


consentimento deste.
b) Importa exoneração do fiador a novação feita sem o seu consenso
com o devedor principal.
c) Podem ser objeto de novação, dentre outras modalidades, as
obrigações extintas.
d) Se o novo devedor for insolvente e não tiver havido má-fé na
substituição, tem o credor, que o aceitou, ação regressiva contra o
primeiro.
e) A novação em nenhuma hipótese pode acarretar a extinção dos
acessórios e garantias da dívida.

37. FCC 2009/TRT 7ª/ANALISTA-ADMINISTRATIVA. A respeito da


novação, pode-se afirmar que
a) Não podem ser objeto de novação as obrigações anuláveis.
b) Importa exoneração do fiador a novação feita sem o seu consenso
com o devedor principal.
c) A novação jamais extingue os acessórios e garantias da dívida.
d) A novação por substituição do devedor não pode ser efetuada
independentemente do consentimento deste.
e) Se o novo devedor for insolvente, não tem o credor, que o aceitou,
ação regressiva contra o primeiro, mesmo se este obteve por má-fé
a substituição.

38. FCC 2009/TJ-PI/ANALISTA - OFICIAL DE JUSTIÇA. A


compensação, que é causa extintiva da obrigação, pressupõe a presença
de alguns requisitos. Dentre eles, é correto afirmar que as dívidas devem
ser
a) Exigíveis, mas não necessariamente certas e líquidas.
b) Certas e líquidas, mas não necessariamente exigíveis.
c) Certas, mas não necessariamente líquidas e exigíveis.
d) Líquidas, mas não necessariamente certas e exigíveis.
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e) Certas, líquidas e exigíveis.

39. FCC 2009/TRT 15ª/ANALISTA-JUDICIÁRIA. João está obrigado


por três débitos da mesma natureza a um só credor, todos líquidos e
vencidos, e se dispõe a oferecer quantia em pagamento. O instituto que lhe
dá o direito de indicar a qual desses débitos oferece pagamento denomina-
se
a) Compensação.
b) Dação em pagamento.
c) Novação.
d) Imputação do pagamento.
e) Pagamento em consignação.

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40. FCC 2009/TRT-SP/ANALISTA-EXECUÇÃO DE MANDATOS. A


respeito do pagamento, é INCORRETO afirmar:
a) É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações
sucessivas.
b) O devedor que paga tem direito à quitação regular, mas não pode
reter o pagamento, enquanto não lhe seja dada.
c) Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última
estabelece, até prova em contrário, a presunção de estarem solvidas
as anteriores.
d) Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes presumem-
se pagos.
e) A entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento.

41. FCC 2009/TRT-SP/ANALISTA-JUDICIÁRIA. A respeito da


novação, é correto afirmar:
a) A novação por substituição do devedor não pode ser efetivada sem o
consentimento deste.
b) Importa exoneração do fiador a novação feita sem o seu consenso
com o devedor principal.
c) Podem ser objeto de novação, dentre outras modalidades, as
obrigações extintas.
d) Se o novo devedor for insolvente e não tiver havido má-fé na
substituição, tem o credor, que o aceitou, ação regressiva contra o
primeiro.
e) A novação em nenhuma hipótese pode acarretar a extinção dos
acessórios e garantias da dívida.

42. FCC 2009/TJ-MS/Juiz. Na solidariedade ativa,


a) Se um dos credores falecer deixando herdeiros, cada um destes terá
direito a receber a integralidade do crédito do finado.
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b) Mais de um credor está obrigado à dívida toda.


c) Mais de um devedor pode exigir a dívida toda.
d) Convertendo-se a prestação em perdas e danos não mais subsiste a
solidariedade.
e) Cada um dos credores tem direito a exigir do devedor o cumprimento
da prestação por inteiro.

43. FCC 2009/DPE-MA/Defensor Público. No Direito das Obrigações,


a) A solidariedade, de acordo com a lei, nunca será presumida, pois
dependerá exclusivamente da vontade das partes.
b) Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum
destes será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu

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quinhão hereditário, salvo se a obrigação for divisível; mas todos


reunidos serão considerados como um devedor solidário em relação
aos demais devedores.
c) Enquanto o julgamento contrário a um dos credores solidários não
atinge os demais, o favorável, como regra geral, aproveita-lhes.
d) O credor não pode renunciar à solidariedade em favor de um ou de
alguns dos devedores, em razão do princípio da indivisibilidade da
obrigação solidária.
e) Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores
solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente,
mais perdas e danos.

44. FCC 2009/DPE-MT/Defensor Público. No Direito das Obrigações,


a) A cessão do crédito tem eficácia em relação ao devedor,
independentemente de notificação.
b) Pode o cessionário exercer os atos conservatórios do direito cedido,
independentemente do conhecimento da cessão pelo devedor.
c) Na cessão de um crédito sempre se abrangem todos os seus
acessórios.
d) O cessionário de crédito hipotecário tem o direito de fazer averbar a
cessão no registro do imóvel, desde que haja autorização do devedor.
e) O credor pode ceder o seu crédito, ainda que a isso se oponha a
natureza da obrigação, não se admitindo cláusula proibitiva da cessão
por se tratar de condição protestativa.

45. FCC 2008/TRT 2ª (SP)/Analista Judiciário. A respeito do


pagamento, é INCORRETO afirmar:
a) É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações
sucessivas.
b) O devedor que paga tem direito à quitação regular, mas não pode
reter o pagamento, enquanto não lhe seja dada.
c) Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última
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estabelece, até prova em contrário, a presunção de estarem solvidas


as anteriores.
d) Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes presumem-
se pagos.
e) A entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento.

46. FCC 2008/TCE-AL/AUDITOR. Efetivar-se-á o pagamento


a) No domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem
diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da
obrigação ou das circunstâncias.

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b) No domicílio do credor, salvo se as partes convencionarem


diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da
obrigação ou das circunstâncias.
c) No local onde convencionado pelas partes e, ainda que
reiteradamente feito em outro local, não se presume renúncia do
credor relativamente ao previsto no contrato.
d) Ordinariamente, no domicílio do devedor e, sendo designados dois ou
mais lugares para o pagamento, caberá, também ao devedor,
escolher entre eles.
e) No domicílio do credor mas sendo designados dois ou mais lugares
para o pagamento, caberá ao devedor escolher entre eles.

47. FCC 2008/TRF 5ª/ANALISTA-ADMINISTRATIVA. Analise as


seguintes assertivas sobre as obrigações de dar coisa certa e incerta:
I. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor
resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que
perdeu.
II. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com seus melhoramentos e
acrescidos, pelos quais não poderá exigir aumento do preço.
III. Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á
o credor, tal qual se ache, sem direito a indenização.
IV. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, na obrigação
de dar coisa incerta, a escolha pertence ao credor, se o contrário não
resultar do título da obrigação.

De acordo com o Código Civil é correto o que se afirma APENAS em:


a) II e III.
b) II, III e IV.
c) I, III e IV.
d) I, II e IV.
e) I e III.
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48. FCC 2008/TRT 18ª/ANALISTA-ADMINISTRATIVA. Se o credor


consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida ocorre a
a) Novação.
b) Imputação do pagamento.
c) Dação em pagamento.
d) Compensação.
e) Confusão.

49. FCC 2008/PREFEITURA DE RECIFE/PROCURADOR. No que


concerne ao adimplemento e extinção das obrigações, é correto afirmar:

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a) Em regra, a convenção de pagamento em ouro é permitida, sendo


nula a convenção de pagamento em moeda estrangeira.
b) O pagamento feito pelo devedor ao credor, intimado da penhora feita
sobre o crédito, será válido também perante terceiros, não podendo
ele ser constrangido a pagar novamente a dívida.
c) Se a obrigação tiver por objeto prestação divisível, o credor pode ser
obrigado a receber, e o devedor a pagar, por partes, mesmo se assim
não se ajustou.
d) O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome,
tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos
direitos do credor.
e) Havendo solidariedade passiva no débito no caso de falência de um
dos devedores o credor poderá cobrar antecipadamente a dívida de
todos os devedores antes de vencido o prazo estipulado em contrato
ou estabelecido no Código Civil.

50. FCC 2007/TRF 2ª/ANALISTA - EXECUÇÃO DE MANDATOS. A


respeito das obrigações de dar, considere:
I. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor
resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que
perdeu.
II. Se a obrigação for de restituir coisa certa e sobrevier melhoramento ou
acréscimo à coisa, sem despesa ou trabalho do devedor, lucrará o credor,
desde que indenize o devedor.
III. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha
pertencerá ao credor, se o contrário não resultar do título da obrigação.

Está correto o que consta APENAS em


a) I.
b) I e II.
c) I e III. 37903993372

d) II e III.
e) III.

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Gabarito:

1.A 2.B 3.E 4.B 5.A 6.C 7.B 8.E 9.A 10.D
11.C 12.C 13.D 14.A 15.D 16.C 17.D 18.B 19.B 20.D
21.A 22.E 23.B 24.D 25.B 26.A 27.C 28.D 29.A 30.A
31.A 32.B 33.B 34.C 35.E 36.B 37.B 38.E 39.D 40.B
41.B 42.E 43.C 44.B 45.B 46.A 47.E 48.C 49.D 50.A

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