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Parlamentar da Câmara
dos Deputados
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Professora: Cristiane Capita
FICHA TÉCNICA DO MATERIAL
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CÓDIGO:
2162023936
TIPO DE MATERIAL:
E-book
DATA DE APLICAÇÃO:
06/2023
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
06/2023
Sumário
INTRODUÇÃO....................................................................................................................5
DISCIPLINAR..................................................................................................................19
DO MANDATO PARLAMENTAR.....................................................................................32
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................38
CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
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Cristiane Capita
A Prof. Cristiane Capita é servidora do Ministério Público da União, lotada no Conselho Nacional do
Ministério Público-CNMP, bacharel em Direito e especialista em Direito Processual Civil.
Aprovada nos concursos do Ministério do Planejamento-MPOG, Secretaria de Estado de Educação do
DF /SEE-DF, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE e Ministério da Educação-MEC.
É professora do Gran e integrante dos Gran Experts, que é a equipe de especialistas em planejamento
de estudos e mentoria do Gran.
Em 2004, ela deu início à sua trajetória nos concursos públicos e, desde então, tem se dedicado incan-
savelmente a aprimorar um método de estudos, sempre ressaltando que a consistência é um funda-
mento para alcançar a aprovação.
Depois de acumular uma experiência valiosa ao longo de sua trajetória, ela optou por compartilhar seu
conhecimento e auxiliar outros estudantes em sua jornada em busca do sucesso.
No ano de 2018, com o intuito de expandir seu alcance e impactar um número ainda maior de pessoas,
criou o perfil @cris_capita/Probatus Mentoria, para concursos no Instagram. Nesse perfil, disponibiliza
uma série de informações, dicas e técnicas de estudo altamente eficientes, adquiridas através de sua
própria vivência e também em colaboração com pessoas experientes na área.
Como mentora de estudos, ela se dedica a auxiliar concurseiros em todas as etapas do processo pre-
paratório. Através de sessões personalizadas de mentoria, ela ajuda os alunos a estabelecer metas
claras e realistas, identificar suas áreas de maior dificuldade e criar um planejamento para otimizar seu
tempo de estudo e maximizar seu desempenho.
Além disso, oferece orientação individualizada sobre as melhores técnicas de estudo, métodos de
organização eficientes e táticas de resolução de exercícios, fornecendo ferramentas e recursos valio-
sos para que seus clientes alcancem uma preparação sólida e consistente.
Com um compromisso permanente com o sucesso de seus orientados, ela se esforça para cultivar um
ambiente de apoio e motivação, encorajando seus alunos a persistirem diante dos desafios e a acredi-
tarem em seu potencial para conquistar seus objetivos.
Por meio de seu trabalho como mentora e planejadora de estudos, busca capacitar e inspirar os estu-
dantes, ajudando-os a trilhar um caminho mais eficaz rumo à aprovação em concursos e, assim, alcan-
çar suas aspirações de carreira no serviço público.
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CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
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INTRODUÇÃO
Prezado aluno,
É com entusiasmo que convido você para a nossa aula, na qual iremos abordar um
tema de extrema importância para o exercício parlamentar: o Código de Ética e Decoro Par-
lamentar da Câmara dos Deputados. Esse código estabelece diretrizes fundamentais para o
comportamento ético dos parlamentares, visando à preservação do decoro e da integridade
no exercício de suas funções.
Durante a aula, vamos explorar os diferentes capítulos do Código de Ética. Começare-
mos pelas provisões preliminares, que fornecem um contexto e uma visão geral do código.
Em seguida, abordaremos os deveres fundamentais dos parlamentares, os atos incompa-
tíveis com o mandatário e os atos atentatórios ao decoro parlamentar. Veremos também a
estrutura e as atribuições do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, órgão responsável por
zelar pela observância dessas normas.
Na sequência, estudaremos sobre o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, as pena-
lidades aplicáveis e o processo disciplinar. Discutiremos, ainda, a importância de um sistema
de acompanhamento e informações do mandato parlamentar e as declarações obrigatórias
a serem realizadas pelos deputados.
Para melhor aproveitamento da aula, proponho que vocês revisem o Código de Ética e
Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, disponível em sua versão oficial. Familiari-
ze-se com os capítulos e seus respectivos temas, anotando pontos de destaque e possíveis
dúvidas. Além disso, recomendo a leitura de casos práticos e situações hipotéticas relaciona-
das ao tema, a fim de aprimorar sua compreensão e aplicação do código.
Além de rever o conteúdo teórico e estudar o Código de Ética e Decoro Parlamentar da
Câmara dos Deputados, é fundamental incluir a prática de resolver questões relacionadas ao
tema em seu método de estudo. As questões desempenham um papel crucial na consolida-
ção do conhecimento, na preparação e nos desafios futuros.
Ao responder questões sobre o Código de Ética e Decoro Parlamentar, vocês têm a
oportunidade de aplicar os conceitos aprendidos e testar sua compreensão das regras e
dos princípios éticos que norteiam a atuação parlamentar. Isso ajuda a identificar áreas que
precisam ser reforçadas, esclarecer dúvidas e desenvolver habilidades analíticas e de racio-
cínio jurídico.
As questões também permitem que vocês se familiarizem com o formato e o estilo de
perguntas das bancas.
Para se preparar, recomendo que vocês procurem por questões de concursos ante-
riores, simulados, bancos de questões e materiais complementares relacionados ao tema.
Reservem um tempo regular em seu cronograma de estudos para resolver essas questões,
simulando condições de tempo limitado e ambiente semelhante ao de uma prova real. Dessa
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forma, vocês se sentirão mais confiantes e preparados para lidar com desafios relacionados
ao conteúdo.
Lembrem-se de que a prática de resolver questões não apenas consolida o conheci-
mento adquirido, mas também ajuda a fortalecer a memória, aprimora a capacidade de racio-
cínio lógico e aumenta a velocidade de resolução.
Conto com a participação e o empenho de todos vocês nessa jornada de aprendizado.
Estou à disposição para auxiliá-los no que for necessário!
Bons estudos!
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Faço saber que a Câmara dos Deputados aprovou e eu promulgo a seguinte Resolução:
Art. 1º O Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados é instituído na
conformidade do texto anexo.
Parágrafo único. As normas estabelecidas no Código de Ética e Decoro Parlamentar com-
plementam o Regimento Interno e dele passam a fazer parte integrante.
(...)
(...)
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CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
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O artigo 2º estabelece as fontes das imunidades, prerrogativas e franquias que são con-
feridas pela Constituição Federal, pelas leis e pelo Regimento Interno da Câmara dos Depu-
tados. Dispõe que essas imunidades, prerrogativas e franquias são instrumentos destinados
a garantir o pleno exercício do mandato popular e a proteção do Poder Legislativo.
Esses institutos são fundamentais para assegurar que os Deputados possam exercer
suas funções parlamentares de forma independente e livre de interferências ilimitadas. As
imunidades parlamentares têm o propósito de proteger os representantes do povo, garan-
tindo sua liberdade de expressão e de voto, bem como sua inviolabilidade civil e penal por
opiniões, palavras e votos emitidos no exercício do mandato.
Além disso, as prerrogativas e franquias conferidas aos Deputados visam assegurar a
autonomia e a independência do Poder Legislativo, permitindo que os parlamentares com-
prem suas obrigações constitucionais de fiscalização, legislação e representação popular
sem restrições ilimitadas.
Essas garantias não são concedidas de forma arbitrária, mas sim com o propósito de
fortalecer a democracia e a separação dos poderes, essenciais para um sistema político sau-
dável e equilibrado. É por meio dessa mudança que se busca evitar intimidações, pressões
e perseguições políticas, permitindo que os Deputados atuem em conformidade com os inte-
resses da sociedade que representam.
No entanto, é importante ressaltar que as imunidades, prerrogativas e franquias não
conferem aos Deputados um privilégio absoluto ou uma imunidade total. Elas devem ser
exercidas de acordo com os princípios éticos e devido respeito aos limites pelas leis e pela
própria Constituição Federal.
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CAPÍTULO II
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O artigo 5º do Código de Ética e Decoro Parlamentar elenca uma série de condutas que
são consideradas atentatórias ao decoro parlamentar e passíveis de punição.
Entre essas condutas, estão: perturbar a ordem das sessões ou reuniões; infringir as
regras de boa conduta nas dependências da Casa; praticar ofensas físicas ou morais; desa-
catar parlamentares, a Mesa ou Comissões; utilizar o cargo para constranger ou obter favo-
recimentos; revelar informações secretas ou sigilosas; utilizar recursos indevidamente; rela-
tar matérias de interesse específico de financiadores de campanha; fraudar o registro de
presença; e deixar de observar os deveres fundamentais do Deputado. Essas condutas são
passíveis de apreciação e punição, desde que haja provas que as evidenciem.
O objetivo é preservar a integridade e o bom funcionamento da Câmara dos Deputados,
bem como manter a ética e a responsabilidade no exercício do mandato parlamentar.
As condutas descritas são puníveis com a aplicação das penalidades de censura, verbal
ou escrita, suspensão de prerrogativas regimentais por até 6 (seis) meses e suspensão do
exercício do mandato por até 6 (seis) meses.
Adiante, no momento oportuno, alocaremos cada conduta e sua respectiva punição.
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CAPÍTULO III
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados tem como com-
petências principais garantir a observância dos preceitos estabelecidos no Código de Ética,
visando à preservação da dignidade do mandato parlamentar na Casa.
Cabe ao Conselho processar os acusados nos casos e termos previstos no artigo 13,
bem como instaurar e conduzir os processos disciplinares, realizando todos os atos neces-
sários para sua instrução, conforme estabelecido no artigo 14.
Além disso, o Conselho é responsável por responder consultas formuladas pela Mesa,
pelas Comissões, pelos Partidos Políticos ou Deputados acerca de questões relacionadas ao
processo político-disciplinar.
Sua atuação é fundamental para garantir a ética e o decoro parlamentar, contribuindo
para a integridade e o bom funcionamento da Câmara dos Deputados.
Competências do Conselho:
Compete ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados:
I – zelar pela observância dos preceitos deste Código, atuando no sentido da pre-
servação da dignidade do mandato parlamentar na Câmara dos Deputados;
II – processar os acusados nos casos e termos previstos no art. 13;
III – instaurar o processo disciplinar e proceder a todos os atos necessários à sua
instrução, nos casos e termos do art. 14;
IV – responder às consultas formuladas pela Mesa, Comissões, Partidos Políticos
ou Deputados sobre matérias relacionadas ao processo político-disciplinar.
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CAPÍTULO III
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O exercício desses mandatos perdura até a posse dos novos membros, exceto na
última sessão legislativa da legislatura, em que os mandatos no Conselho são encerrados.
Durante o período em que ocupam seus cargos no Conselho, os Deputados não podem
ser afastados de suas vagas, exceto em casos de termo do mandato, renúncia, falecimento
ou perda do mandato no colegiado. As disposições constantes do parágrafo único do artigo
23; do § 2º do artigo 40; e do artigo 232 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados não
se aplicam aos membros do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.
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• 1 (um) Presidente; e
• 2 (dois) Vice-Presidentes.
Eles serão eleitos por seus pares dentre os membros titulares, vedada a reeleição para
o mesmo cargo na eleição subsequente.
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CAPÍTULO III
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CAPÍTULO IV
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Qualquer cidadão tem o direito de se tornar parte legítima para apresentar à Mesa da
Câmara dos Deputados uma representação contra um Deputado que tenha tido uma conduta
incompatível ou atentatória ao decoro parlamentar.
Nesse requerimento, o cidadão deve especificar de forma clara os fatos ocorridos e
apresentar as provas necessárias que sustentem as alegações feitas. Essa possibilidade
garante a participação e a voz da sociedade no processo de zelar pela conduta ética dos par-
lamentares e pela preservação da integridade do exercício do mandato parlamentar.
Após o recebimento do requerimento de representação, com base no § 1º, a Mesa da
Câmara dos Deputados iniciará um procedimento específico para avaliação, conforme esta-
belecido em regulamento próprio. Findo o prazo, se concluir pela existência de indícios sufi-
cientes e pela inocorrência de inépcia:
Representação
A representação apresentada por um partido político com representação no Congresso
Nacional, de acordo com o § 2º do art. 55 da Constituição Federal, será encaminhada dire-
tamente pela Mesa da Câmara dos Deputados ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar,
dentro do prazo estabelecido no inciso I do § 2º do artigo 9º.
O Corregedor da Câmara dos Deputados terá permissão para participar de todas as
etapas do processo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, inclusive das discussões,
sem direito a voto.
E, por fim, o Deputado que está sendo representado será devidamente notificado de
todos os atos praticados pelo Conselho e terá o direito de se manifestar em todas as fases
do processo.
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Art. 11. A censura verbal será aplicada pelo Presidente da Câmara dos Deputa-
dos, em sessão, ou de Comissão, durante suas reuniões, ao Deputado que incidir
nas condutas descritas nos incisos I e II do art. 5º.
Parágrafo único. Contra a aplicação da penalidade prevista neste artigo, poderá
o Deputado recorrer ao respectivo Plenário no prazo de 2 (dois) dias úteis. (Artigo
com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
A censura verbal será aplicada pelo Presidente da Câmara dos Deputados em sessão
plenária, ou pelo Presidente de uma Comissão durante suas reuniões, ao Deputado que
cometer as condutas descritas nos incisos I e II do art. 5º.
Art. 12. A censura escrita será aplicada pela Mesa, por provocação do ofendido,
nos casos de incidência nas condutas previstas no inciso III do art. 5º ou, por so-
licitação do Presidente da Câmara dos Deputados ou de Comissão, nos casos de
reincidência nas condutas referidas no art. 11. (Caput do artigo com redação dada
pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 1º Antes de deliberar sobre a aplicação da sanção a que se refere o caput a
Mesa assegurará ao Deputado o exercício do direito de defesa pelo prazo de 5
(cinco) dias úteis. (Parágrafo acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 2º Contra a aplicação da penalidade prevista neste artigo, poderá o Deputado
recorrer ao Plenário da Câmara dos Deputados no prazo de 2 (dois) dias úteis.
(Parágrafo acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)
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A censura escrita será aplicada pela Mesa da Câmara dos Deputados, por solicitação
do ofendido, nos casos de incidência nas condutas descritas no inciso III do art. 5º, ou por
solicitação do Presidente da Câmara dos Deputados ou de Comissão, nos casos de reinci-
dência, nas condutas mencionadas no art. 11.
Art. 13. O projeto de resolução oferecido pelo Conselho de Ética e Decoro Par-
lamentar que proponha a suspensão de prerrogativas regimentais, aplicável ao
Deputado que incidir nas condutas previstas nos incisos VI a VIII do art. 5º deste
Código, será apreciado pelo Plenário da Câmara dos Deputados, em votação os-
tensiva e por maioria absoluta de seus membros, observado o seguinte: (Caput do
artigo com redação dada pela Resolução n. 47, de 2013)
I – instaurado o processo, o Presidente do Conselho designará relator, a ser esco-
lhido dentre os integrantes de uma lista composta por 3 (três) de seus membros,
formada mediante sorteio, o qual: (Inciso com redação dada pela Resolução n.
2, de 2011) a) não poderá pertencer ao mesmo Partido ou Bloco Parlamentar do
Deputado representado; (Alínea acrescida pela Resolução n. 2, de 2011) b) não
poderá pertencer ao mesmo Estado do Deputado representado; (Alínea acrescida
pela Resolução n. 2, de 2011) c) em caso de representação de iniciativa de Parti-
do Político, não poderá pertencer à agremiação autora da representação; (Alínea
acrescida pela Resolução n. 2, de 2011)
II – o Conselho promoverá a apuração dos fatos, notificando o representado para
que apresente sua defesa no prazo de 10 (dez) dias úteis e providenciando as dili-
gências que entender necessárias no prazo de 15 (quinze) dias úteis, prorrogáveis
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uma única vez, por igual período, por deliberação do Plenário do Conselho; (Inciso
com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
III – o Conselho aprovará, ao final da investigação, parecer que: (Inciso com reda-
ção dada pela Resolução n. 2, de 2011)
a) determinará o arquivamento da representação, no caso de sua improcedência;
(Alínea acrescida pela Resolução n. 2, de 2011)
b) determinará a aplicação das sanções previstas neste artigo, no caso de ser pro-
cedente a representação; (Alínea acrescida pela Resolução n. 2, de 2011)
c) proporá à Mesa que aplique sanção menos grave, conforme os fatos efetiva-
mente apurados no processo; ou (Alínea acrescida pela Resolução n. 2, de 2011)
d) proporá à Mesa que represente em face do investigado pela aplicação de san-
ção mais grave, conforme os fatos efetivamente apurados no processo, hipótese
na qual, aprovada a representação, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar
reabrirá o prazo de defesa e procederá à instrução complementar que entender
necessária, observados os prazos previstos no art. 14 deste Código, antes de de-
liberar; (Alínea acrescida pela Resolução n. 2, de 2011)
IV – concluído o processo disciplinar, o representado poderá recorrer, no prazo de
5 (cinco) dias úteis, à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, com
efeito suspensivo, contra quaisquer atos do Conselho ou de seus membros que
tenham contrariado norma constitucional, regimental ou deste Código, hipótese
na qual a Comissão se pronunciará exclusivamente sobre os vícios apontados,
observando, para tanto, prazo de 5 (cinco) dias úteis; (Inciso com redação dada
pela Resolução n. 2, de 2011)
V – o parecer aprovado pelo Conselho será encaminhado pelo Presidente à Mesa,
para as providências referidas na parte final do inciso VIII do § 4º do art. 14, devi-
damente instruído com o projeto de resolução destinado à efetivação da penalida-
de; (Inciso com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
VI – são passíveis de suspensão as seguintes prerrogativas: (Inciso com redação
dada pela Resolução n. 2, de 2011)
a) usar a palavra em sessão, no horário destinado ao Pequeno ou Grande Expe-
diente; (Alínea acrescida pela Resolução n. 2, de 2011)
b) encaminhar discurso para publicação no Diário da Câmara dos Deputados;
(Alínea acrescida pela Resolução n. 2, de 2011)
c) candidatar-se a, ou permanecer exercendo, cargo de membro da Mesa, da
Ouvidoria Parlamentar, da Procuradoria Parlamentar, de Presidente ou Vice-Presi-
dente de Comissão, ou de membro de Comissão Parlamentar de Inquérito; (Alínea
acrescida pela Resolução n. 2, de 2011) d) ser designado relator de proposição
em Comissão ou no Plenário; (Alínea acrescida pela Resolução n. 2, de 2011)
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• Instauração do processo:
- O Presidente do Conselho designa um relator, escolhido por sorteio de uma lista
de 3 membros.
- O relator não pode ser do mesmo partido, do mesmo estado do Deputado repre-
sentado, ou pertencer à agremiação autora da representação (se iniciada por
partido político).
• Parecer do Conselho:
- Ao final da investigação, o Conselho aprova um parecer que pode:
• Recurso do representado:
- Concluído o processo disciplinar, o representado pode relatar, em 5 dias úteis,
à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, com efeito suspensivo,
contra atos do Conselho que violem normas constitucionais, regimentais ou
do Código.
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• Encaminhamento do parecer:
- O parecer aprovado pelo Conselho é enviado pelo Presidente à Mesa, junto com
o projeto de resolução para efetivação dos débitos.
• Suspensão de prerrogativas:
• Abrangência da penalidade:
- O Conselho decidirá se a suspensão incidirá sobre todas as prerrogativas men-
cionadas ou apenas algumas, levando em consideração a atuação parlamentar
pregressa, os motivos e as consequências da infração cometida.
• Limite de suspensão:
- Em qualquer caso, a suspensão não pode exceder 6 meses.
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• Convocação do suplente:
- Caso a suspensão do mandato seja superior a 120 dias, o suplente da suspen-
são parlamentar é convocado imediatamente após a publicação da resolução
que decreta a sanção.
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• Recurso do representado:
- Após a conclusão do processo disciplinar, o Deputado representado pode seguir
à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em até 5 dias úteis, com
efeito suspensivo, contra atos do Conselho ou de seus membros que violem
normas constitucionais, regimentais ou do Código.
- A Comissão analisa exclusivamente os vícios apontados, seguindo um prazo
de 5 dias úteis para se pronunciar sobre os vícios apontados pelo Deputado
representado.
• Encaminhamento do processo:
- Concluída a tramitação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar ou na Comis-
são de Constituição e Justiça e de Cidadania, no caso de interposição de recurso,
o processo é encaminhado à Mesa da Câmara dos Deputados.
- O processo é lido no expediente, publicado e distribuído em avulsos para inclu-
são na Ordem do Dia.
• Manutenção da representação:
- A partir da instauração do processo ético-disciplinar, não é permitida a retirada da
representação oferecida pela parte legítima.
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O deputado tem o direito de constituir um advogado para sua defesa ou fazê-la pessoal-
mente, em todas as fases do processo descritas nos artigos 13 e 14, incluindo o Plenário da
Câmara dos Deputados. No entanto, o advogado escolhido não pode ser membro do Conse-
lho de Ética e Decoro Parlamentar.
Em caso de representação ou requerimento considerado leviano ou ofensivo ao depu-
tado e à imagem da Câmara dos Deputados, os autos do processo serão encaminhados à
Procuradoria Parlamentar. Essa Procuradoria tomará as medidas necessárias para repa-
rar a situação, conforme estabelecido no artigo 21 do Regimento Interno da Câmara dos
Deputados.
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CAPÍTULO V
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CAPÍTULO VI
Art. 18. O Deputado apresentará à Mesa ou, no caso do inciso II deste artigo,
quando couber, à Comissão as seguintes declarações:
I – ao assumir o mandato, para efeito de posse, bem como quando solicitado pelo
órgão competente da Câmara dos Deputados, "Autorização de Acesso aos Dados
das Declarações de Ajuste Anual do Imposto de Renda Pessoa Física" e às res-
pectivas retificações entregues à Secretaria da Receita Federal do Brasil, para os
fins de cumprimento da exigência contida no art. 13 da Lei n. 8.429, de 2 de junho
de 1992, no art. 1º da Lei n. 8.730, de 10 de novembro de 1993, e da Instrução
Normativa TCU n. 65, de 20 de abril de 2011;
II – durante o exercício do mandato, em Comissão ou em Plenário, ao iniciar-se a
apreciação de matéria que envolva direta e especificamente seus interesses patri-
moniais, declaração de impedimento para votar.
§ 1º As declarações referidas nos incisos I e II deste artigo serão autuadas, for-
necendo-se ao declarante comprovante da entrega, mediante recibo em segun-
da via ou cópia da mesma declaração, com indicação do local, data e hora da
apresentação.
§ 2º Uma cópia das declarações de que trata o § 1º será encaminhada ao Tribunal
de Contas da União, para os fins previstos no § 2º do art. 1º da Lei n. 8.730, de
10 de novembro de 1993. § 3º Os dados referidos nos §§ 1º e 2º terão, na forma
da Constituição Federal (art. 5º, XII), o respectivo sigilo resguardado, podendo,
no entanto, a responsabilidade por este ser transferida para o Conselho de Ética
e Decoro Parlamentar, quando esse os solicitar, mediante aprovação de requeri-
mento, em votação nominal.
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CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÃO FINAL (Capítulo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
Os projetos de resolução que visem modificar este Código seguirão as regras de tra-
mitação estabelecidas no artigo 216 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, con-
forme aprovado pela Resolução n. 17, de 1989.
RICD. Art. 216. O Regimento Interno poderá ser modificado ou reformado por
meio de projeto de resolução de iniciativa de Deputado, da Mesa, de Comissão
Permanente ou de Comissão Especial para esse fim criada, em virtude de delibe-
ração da Câmara, da qual deverá fazer parte um membro da Mesa.
§ 1º O projeto, após publicado e distribuído em avulsos, permanecerá na Ordem
do Dia durante o prazo de cinco sessões para o recebimento de emendas.
§ 2º Decorrido o prazo previsto no parágrafo anterior, o projeto será enviado:
I – à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em qualquer caso;
II – à Comissão Especial que o houver elaborado, para exame das emendas
recebidas;
III – à Mesa, para apreciar as emendas e o projeto.
§ 3º Os pareceres das Comissões serão emitidos no prazo de cinco sessões,
quando o projeto for de simples modificação, e de vinte sessões, quando se tratar
de reforma.
§ 4º Depois de publicados os pareceres e distribuídos em avulsos, o projeto será
incluído na Ordem do Dia, em primeiro turno, que não poderá ser encerrado, mes-
mo por falta de oradores, antes de transcorridas duas sessões.
§ 5º O segundo turno não poderá ser também encerrado antes de transcorridas
duas sessões.
§ 6º A redação do vencido e a redação final do projeto competem à Comissão
Especial que o houver elaborado, ou à Mesa, quando de iniciativa desta, de Depu-
tados ou Comissão Permanente.
§ 7º A apreciação do projeto de alteração ou reforma do Regimento obedecerá às
normas vigentes para os demais projetos de resolução.
§ 8º A Mesa fará a consolidação e publicação de todas as alterações introduzidas
no Regimento antes de findo cada biênio.
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CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
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