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Código de Ética e Decoro

Parlamentar da Câmara
dos Deputados
Comentado
Professora: Cristiane Capita
FICHA TÉCNICA DO MATERIAL
grancursosonline.com.br

CÓDIGO:
2162023936

TIPO DE MATERIAL:
E-book

DATA DE APLICAÇÃO:
06/2023

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
06/2023
Sumário

CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR DA CÂMARA DOS DEPUTADOS.....4

INTRODUÇÃO....................................................................................................................5

CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES..........................................................9

CAPÍTULO II – DOS DEVERES FUNDAMENTAIS, DOS ATOS INCOMPATÍVEIS

E DOS ATOS ATENTATÓRIOS AO DECORO PARLAMENTAR.....................................11

CAPÍTULO III – DO CONSELHO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR

(Capítulo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)..........................................14

CAPÍTULO III – DO CONSELHO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR

(Capítulo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)..........................................15

CAPÍTULO III – DO CONSELHO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR

(Capítulo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)..........................................18

CAPÍTULO IV – DAS PENALIDADES APLICÁVEIS E DO PROCESSO

DISCIPLINAR..................................................................................................................19

CAPÍTULO V – DO SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E INFORMAÇÕES

DO MANDATO PARLAMENTAR.....................................................................................32

CAPÍTULO VI – DAS DECLARAÇÕES OBRIGATÓRIAS

(Capítulo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)..........................................34

CAPÍTULO VII – DISPOSIÇÃO FINAL

(Capítulo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)..........................................36

CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................38
CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
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CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR DA


CÂMARA DOS DEPUTADOS

RESOLUÇÃO N. 25, DE 2001

(COM ALTERAÇÕES DADAS PELA RESOLUÇÃO N. 2, DE 2011 E N. 47, DE 2013)

Cristiane Capita
A Prof. Cristiane Capita é servidora do Ministério Público da União, lotada no Conselho Nacional do
Ministério Público-CNMP, bacharel em Direito e especialista em Direito Processual Civil.
Aprovada nos concursos do Ministério do Planejamento-MPOG, Secretaria de Estado de Educação do
DF /SEE-DF, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE e Ministério da Educação-MEC.
É professora do Gran e integrante dos Gran Experts, que é a equipe de especialistas em planejamento
de estudos e mentoria do Gran.
Em 2004, ela deu início à sua trajetória nos concursos públicos e, desde então, tem se dedicado incan-
savelmente a aprimorar um método de estudos, sempre ressaltando que a consistência é um funda-
mento para alcançar a aprovação.
Depois de acumular uma experiência valiosa ao longo de sua trajetória, ela optou por compartilhar seu
conhecimento e auxiliar outros estudantes em sua jornada em busca do sucesso.
No ano de 2018, com o intuito de expandir seu alcance e impactar um número ainda maior de pessoas,
criou o perfil @cris_capita/Probatus Mentoria, para concursos no Instagram. Nesse perfil, disponibiliza
uma série de informações, dicas e técnicas de estudo altamente eficientes, adquiridas através de sua
própria vivência e também em colaboração com pessoas experientes na área.
Como mentora de estudos, ela se dedica a auxiliar concurseiros em todas as etapas do processo pre-
paratório. Através de sessões personalizadas de mentoria, ela ajuda os alunos a estabelecer metas
claras e realistas, identificar suas áreas de maior dificuldade e criar um planejamento para otimizar seu
tempo de estudo e maximizar seu desempenho.
Além disso, oferece orientação individualizada sobre as melhores técnicas de estudo, métodos de
organização eficientes e táticas de resolução de exercícios, fornecendo ferramentas e recursos valio-
sos para que seus clientes alcancem uma preparação sólida e consistente.
Com um compromisso permanente com o sucesso de seus orientados, ela se esforça para cultivar um
ambiente de apoio e motivação, encorajando seus alunos a persistirem diante dos desafios e a acredi-
tarem em seu potencial para conquistar seus objetivos.
Por meio de seu trabalho como mentora e planejadora de estudos, busca capacitar e inspirar os estu-
dantes, ajudando-os a trilhar um caminho mais eficaz rumo à aprovação em concursos e, assim, alcan-
çar suas aspirações de carreira no serviço público.

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INTRODUÇÃO

Prezado aluno,

É com entusiasmo que convido você para a nossa aula, na qual iremos abordar um
tema de extrema importância para o exercício parlamentar: o Código de Ética e Decoro Par-
lamentar da Câmara dos Deputados. Esse código estabelece diretrizes fundamentais para o
comportamento ético dos parlamentares, visando à preservação do decoro e da integridade
no exercício de suas funções.
Durante a aula, vamos explorar os diferentes capítulos do Código de Ética. Começare-
mos pelas provisões preliminares, que fornecem um contexto e uma visão geral do código.
Em seguida, abordaremos os deveres fundamentais dos parlamentares, os atos incompa-
tíveis com o mandatário e os atos atentatórios ao decoro parlamentar. Veremos também a
estrutura e as atribuições do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, órgão responsável por
zelar pela observância dessas normas.
Na sequência, estudaremos sobre o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, as pena-
lidades aplicáveis e o processo disciplinar. Discutiremos, ainda, a importância de um sistema
de acompanhamento e informações do mandato parlamentar e as declarações obrigatórias
a serem realizadas pelos deputados.
Para melhor aproveitamento da aula, proponho que vocês revisem o Código de Ética e
Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, disponível em sua versão oficial. Familiari-
ze-se com os capítulos e seus respectivos temas, anotando pontos de destaque e possíveis
dúvidas. Além disso, recomendo a leitura de casos práticos e situações hipotéticas relaciona-
das ao tema, a fim de aprimorar sua compreensão e aplicação do código.
Além de rever o conteúdo teórico e estudar o Código de Ética e Decoro Parlamentar da
Câmara dos Deputados, é fundamental incluir a prática de resolver questões relacionadas ao
tema em seu método de estudo. As questões desempenham um papel crucial na consolida-
ção do conhecimento, na preparação e nos desafios futuros.
Ao responder questões sobre o Código de Ética e Decoro Parlamentar, vocês têm a
oportunidade de aplicar os conceitos aprendidos e testar sua compreensão das regras e
dos princípios éticos que norteiam a atuação parlamentar. Isso ajuda a identificar áreas que
precisam ser reforçadas, esclarecer dúvidas e desenvolver habilidades analíticas e de racio-
cínio jurídico.
As questões também permitem que vocês se familiarizem com o formato e o estilo de
perguntas das bancas.
Para se preparar, recomendo que vocês procurem por questões de concursos ante-
riores, simulados, bancos de questões e materiais complementares relacionados ao tema.
Reservem um tempo regular em seu cronograma de estudos para resolver essas questões,
simulando condições de tempo limitado e ambiente semelhante ao de uma prova real. Dessa

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forma, vocês se sentirão mais confiantes e preparados para lidar com desafios relacionados
ao conteúdo.
Lembrem-se de que a prática de resolver questões não apenas consolida o conheci-
mento adquirido, mas também ajuda a fortalecer a memória, aprimora a capacidade de racio-
cínio lógico e aumenta a velocidade de resolução.
Conto com a participação e o empenho de todos vocês nessa jornada de aprendizado.
Estou à disposição para auxiliá-los no que for necessário!

Bons estudos!

Vamos que vamos!

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RESOLUÇÃO N. 25, DE 2001

Institui o Código de Ética e Decoro


Parlamentar da Câmara dos Deputados

Com alterações dadas pela Resolução n. 2, de 2011 e n. 47, de 2013.

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RESOLUÇÃO N. 25, DE 2001


Institui o Código de Ética e Decoro
Parlamentar da Câmara dos Deputados.

Faço saber que a Câmara dos Deputados aprovou e eu promulgo a seguinte Resolução:
Art. 1º O Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados é instituído na
conformidade do texto anexo.
Parágrafo único. As normas estabelecidas no Código de Ética e Decoro Parlamentar com-
plementam o Regimento Interno e dele passam a fazer parte integrante.

(...)

Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.


Câmara dos Deputados, 10 de outubro de 2001.
1 Aécio Neves - PSDB – MG

(...)

(Com alterações dadas pela Resolução n. 2, de 2011 e n. 47, de 2013)

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CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Este Código estabelece os princípios éticos e as regras básicas de decoro


que devem orientar a conduta dos que estejam no exercício do cargo de deputa-
do federal.
Parágrafo único. Regem-se também por este Código o procedimento disciplinar
e as penalidades aplicáveis no caso de descumprimento das normas relativas ao
decoro parlamentar.

O Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados possui um papel


fundamental na definição dos princípios éticos e das regras essenciais de conduta que devem
guiar todos os Deputados Federais que sejam titulares ou estejam no exercício de obrigação.
Seu propósito é estabelecer um padrão de comportamento adequado e ético, garantindo a
integridade e a responsabilidade no exercício das funções parlamentares.
Além disso, o Código de Ética também estabelece as normas e os procedimentos disci-
plinares a serem seguidos em casos de descumprimento das regras relacionadas ao decoro
parlamentar. Essas normas disciplinares visam assegurar a imparcialidade e a justiça na
análise de condutas que violam os princípios éticos adotados, buscando preservar a credibi-
lidade e a imagem da instituição parlamentar.
E, como estabelecido no Relatório final da CPI do Orçamento, “Decoro é comporta-
mento, é imagem pública, é honra, é dignidade. Já o decoro parlamentar é obrigação de
conteúdo moral e ético que não se confunde com aspectos criminais, embora deles possa
decorrer.” (vol. I, p. 12,).
De maneira geral, decoro pode ser definido como princípios e normas de conduta que
orientam o comportamento do parlamentar no exercício do mandato.
E, em consonância com essa Ética e Decoro, deve estar o cumprimento da atividade
parlamentar, tornando seu executor, como dito, suscetível às medidas disciplinares aplicá-
veis em caso de violação das normas estabelecidas.
Dessa forma, o Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados
assume um papel relevante na promoção de um ambiente político saudável e transparente.
Ele estabelece diretrizes para a atuação parlamentar pautada pela ética, respeito mútuo e
responsabilidade individual.

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É importante ressaltar, ainda, que o cumprimento adequado das normas do Código de


Ética contribui para a construção de um mandato parlamentar digno, sério e comprometido
com os interesses da sociedade. Através do conhecimento e da adesão às regras estabeleci-
das, os Deputados Federais podem exercer sua representação de forma ética e responsável,
fortalecendo a democracia e a confiança da população nas instituições.
Em resumo, o Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados é um
instrumento essencial para estabelecer os princípios éticos e as regras básicas de conduta
no exercício do mandato parlamentar. Ele não apenas orienta os Deputados em relação ao
seu comportamento, mas também estabelece as bases para a aplicação de penalidades em
casos de descumprimento das normas de decoro parlamentar.
Assim, contribui para a promoção de uma atuação parlamentar ética, transparente e
comprometida com o interesse público.

Art. 2º As imunidades, prerrogativas e franquias asseguradas pela Constituição,


pelas leis e pelo Regimento Interno aos deputados são institutos destinados à ga-
rantia do exercício do mandato popular e à defesa do Poder Legislativo.

O artigo 2º estabelece as fontes das imunidades, prerrogativas e franquias que são con-
feridas pela Constituição Federal, pelas leis e pelo Regimento Interno da Câmara dos Depu-
tados. Dispõe que essas imunidades, prerrogativas e franquias são instrumentos destinados
a garantir o pleno exercício do mandato popular e a proteção do Poder Legislativo.
Esses institutos são fundamentais para assegurar que os Deputados possam exercer
suas funções parlamentares de forma independente e livre de interferências ilimitadas. As
imunidades parlamentares têm o propósito de proteger os representantes do povo, garan-
tindo sua liberdade de expressão e de voto, bem como sua inviolabilidade civil e penal por
opiniões, palavras e votos emitidos no exercício do mandato.
Além disso, as prerrogativas e franquias conferidas aos Deputados visam assegurar a
autonomia e a independência do Poder Legislativo, permitindo que os parlamentares com-
prem suas obrigações constitucionais de fiscalização, legislação e representação popular
sem restrições ilimitadas.
Essas garantias não são concedidas de forma arbitrária, mas sim com o propósito de
fortalecer a democracia e a separação dos poderes, essenciais para um sistema político sau-
dável e equilibrado. É por meio dessa mudança que se busca evitar intimidações, pressões
e perseguições políticas, permitindo que os Deputados atuem em conformidade com os inte-
resses da sociedade que representam.
No entanto, é importante ressaltar que as imunidades, prerrogativas e franquias não
conferem aos Deputados um privilégio absoluto ou uma imunidade total. Elas devem ser
exercidas de acordo com os princípios éticos e devido respeito aos limites pelas leis e pela
própria Constituição Federal.

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Em suma, as imunidades, prerrogativas e franquias concedidas aos Deputados são o


controle legal, que têm como finalidade preservar a independência, a integridade e a transi-
ção do Poder Legislativo, permitindo que os parlamentares exerçam plenamente seu man-
dato em prol do interesse público. Esses institutos são essenciais para o bom funcionamento
da democracia e a proteção do exercício legítimo da representação popular.

CAPÍTULO II

DOS DEVERES FUNDAMENTAIS, DOS ATOS INCOMPATÍVEIS E DOS ATOS ATENTATÓRIOS


AO DECORO PARLAMENTAR

Nesta seção do Código de Ética e Decoro Parlamentar, são estabelecidos os deveres


fundamentais que os Deputados Federais devem observar em seu exercício parlamentar.
Além disso, são enumerados os atos incompatíveis e atos atentatórios ao decoro par-
lamentar, que são condutas consideradas inadequadas e prejudiciais à imagem e à ética do
Poder Legislativo. Essas disposições visam garantir a integridade, a responsabilidade e o
respeito no exercício do mandato parlamentar.

Assim, no artigo 3º, são estabelecidos os deveres fundamentais do Deputado:

I – promover a defesa do interesse público e da soberania nacional;


II – respeitar e cumprir a Constituição Federal, as leis e as normas internas da
Casa e do Congresso Nacional;
III – zelar pelo prestígio, aprimoramento e valorização das instituições democráti-
cas e representativas e pelas prerrogativas do Poder Legislativo;
IV – exercer o mandato com dignidade e respeito à coisa pública e à vontade po-
pular, agindo com boa-fé, zelo e probidade;
V – apresentar-se à Câmara dos Deputados durante as sessões legislativas ordi-
nárias e extraordinárias e participar das sessões do Plenário e das reuniões de Co-
missão de que seja membro, além das sessões conjuntas do Congresso Nacional;
VI – examinar todas as proposições submetidas a sua apreciação e voto sob a
ótica do interesse público;
VII – tratar com respeito e independência os colegas, as autoridades, os servido-
res da Casa e os cidadãos com os quais mantenha contato no exercício da ativi-
dade parlamentar, não prescindindo de igual tratamento;
VIII – prestar contas do mandato à sociedade, disponibilizando as informações
necessárias ao seu acompanhamento e fiscalização;

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IX – respeitar as decisões legítimas dos órgãos da Casa.

Art. 4º Constituem procedimentos incompatíveis com o decoro parlamentar, puní-


veis com a perda do mandato:
I – abusar das prerrogativas constitucionais asseguradas aos membros do Con-
gresso Nacional (Constituição Federal, art. 55, § 1º);
II – perceber, a qualquer título, em proveito próprio ou de outrem, no exercício da
atividade parlamentar, vantagens indevidas (Constituição Federal, art. 55, §1º);
III – celebrar acordo que tenha por objeto a posse do suplente, condicionando-a a
contraprestação financeira ou à prática de atos contrários aos deveres éticos ou
regimentais dos deputados;
IV – fraudar, por qualquer meio ou forma, o regular andamento dos trabalhos legis-
lativos para alterar o resultado de deliberação;
V – omitir intencionalmente informação relevante, ou, nas mesmas condições,
prestar informação falsa nas declarações de que trata o art.
VI – praticar irregularidades graves no desempenho do mandato ou de encargos
decorrentes, que afetem a dignidade da representação popular. (Artigo com reda-
ção dada pela Resolução n. 2, de 2011)

O artigo 4º do Código de Ética e Decoro Parlamentar estabelece uma lista de proce-


dimentos incompatíveis com o decoro parlamentar, passíveis de punição com a perda do
mandato. Esses procedimentos incluem abusar das prerrogativas constitucionais; obter van-
tagens ilimitadas no exercício da atividade parlamentar; condicionar a posse do suplente a
contraprestações financeiras ou atos contrários aos deveres éticos e regimentais; fraudar o
andamento dos trabalhos legislativos, omitir informações relevantes; ou fornecer informa-
ções falsas e práticas irregularidades graves que afetem a dignidade da representação popu-
lar. Tais medidas visam garantir a integridade e a responsabilidade dos Deputados Federais
no exercício de seus mandatos.
Destacando, ainda, que a aplicação da penalidade de perda de mandato é de compe-
tência do Plenário da Câmara.

DAS CONDUTAS ATENTATÓRIAS AO DECORO PARLAMENTAR


Art. 5º Atentam, ainda, contra o decoro parlamentar as seguintes condutas, puní-
veis na forma deste Código:
I – perturbar a ordem das sessões da Câmara ou das reuniões de comissão;
II – praticar atos que infrinjam as regras de boa conduta nas dependências da Casa;
III – praticar ofensas físicas ou morais nas dependências da Câmara ou desacatar,
por atos ou palavras, outro parlamentar, a Mesa ou comissão, ou os respectivos
Presidentes;

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IV – usar os poderes e prerrogativas do cargo para constranger ou aliciar servidor,


colega ou qualquer pessoa sobre a qual exerça ascendência hierárquica, com o
fim de obter qualquer espécie de favorecimento;
V – revelar conteúdo de debates ou deliberações que a Câmara ou comissão ha-
jam resolvido devam ficar secretos;
VI – revelar informações e documentos oficiais de caráter reservado, de que tenha
tido conhecimento na forma regimental;
VII – usar verbas de gabinete em desacordo com os princípios fixados no caput do
art. 37 da Constituição Federal;
VIII – relatar matéria submetida à apreciação da Câmara, de interesse específico
de pessoa física ou jurídica que tenha contribuído para o financiamento de sua
campanha eleitoral;
IX – fraudar, por qualquer meio ou forma, o registro de presença às sessões, ou
às reuniões de comissão.
X – deixar de observar intencionalmente os deveres fundamentais do Deputado,
previstos no art. 3º deste Código. (Inciso acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)
Parágrafo único. As condutas puníveis neste artigo só serão objeto de aprecia-
ção mediante provas. (Artigo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)

O artigo 5º do Código de Ética e Decoro Parlamentar elenca uma série de condutas que
são consideradas atentatórias ao decoro parlamentar e passíveis de punição.
Entre essas condutas, estão: perturbar a ordem das sessões ou reuniões; infringir as
regras de boa conduta nas dependências da Casa; praticar ofensas físicas ou morais; desa-
catar parlamentares, a Mesa ou Comissões; utilizar o cargo para constranger ou obter favo-
recimentos; revelar informações secretas ou sigilosas; utilizar recursos indevidamente; rela-
tar matérias de interesse específico de financiadores de campanha; fraudar o registro de
presença; e deixar de observar os deveres fundamentais do Deputado. Essas condutas são
passíveis de apreciação e punição, desde que haja provas que as evidenciem.
O objetivo é preservar a integridade e o bom funcionamento da Câmara dos Deputados,
bem como manter a ética e a responsabilidade no exercício do mandato parlamentar.
As condutas descritas são puníveis com a aplicação das penalidades de censura, verbal
ou escrita, suspensão de prerrogativas regimentais por até 6 (seis) meses e suspensão do
exercício do mandato por até 6 (seis) meses.
Adiante, no momento oportuno, alocaremos cada conduta e sua respectiva punição.

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CAPÍTULO III

DO CONSELHO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR (Capítulo com redação dada pela


Resolução n. 2, de 2011)

Art. 6º Ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar compete:


I – zelar pela observância dos preceitos deste Código, atuando no sentido da pre-
servação da dignidade do mandato parlamentar na Câmara dos Deputados;
II – processar os acusados nos casos e termos previstos no art. 13;
III – instaurar o processo disciplinar e proceder a todos os atos necessários à sua
instrução, nos casos e termos do art. 14;
IV – responder às consultas formuladas pela Mesa, COmissões, Partidos Políticos
ou Deputados sobre matérias relacionadas ao processo político-disciplinar. (Artigo
com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados tem como com-
petências principais garantir a observância dos preceitos estabelecidos no Código de Ética,
visando à preservação da dignidade do mandato parlamentar na Casa.
Cabe ao Conselho processar os acusados nos casos e termos previstos no artigo 13,
bem como instaurar e conduzir os processos disciplinares, realizando todos os atos neces-
sários para sua instrução, conforme estabelecido no artigo 14.
Além disso, o Conselho é responsável por responder consultas formuladas pela Mesa,
pelas Comissões, pelos Partidos Políticos ou Deputados acerca de questões relacionadas ao
processo político-disciplinar.
Sua atuação é fundamental para garantir a ética e o decoro parlamentar, contribuindo
para a integridade e o bom funcionamento da Câmara dos Deputados.

Competências do Conselho:
Compete ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados:

I – zelar pela observância dos preceitos deste Código, atuando no sentido da pre-
servação da dignidade do mandato parlamentar na Câmara dos Deputados;
II – processar os acusados nos casos e termos previstos no art. 13;
III – instaurar o processo disciplinar e proceder a todos os atos necessários à sua
instrução, nos casos e termos do art. 14;
IV – responder às consultas formuladas pela Mesa, Comissões, Partidos Políticos
ou Deputados sobre matérias relacionadas ao processo político-disciplinar.

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CAPÍTULO III

DO CONSELHO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR (Capítulo com redação dada pela


Resolução n. 2, de 2011)

Art. 7º O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar compõe-se de 21 (vinte e um)


membros titulares e igual número de suplentes, todos com mandato de 2 (dois)
anos, com exercício até a posse dos novos integrantes, salvo na última sessão le-
gislativa da legislatura, cujo encerramento fará cessar os mandatos no Conselho.
(Caput do artigo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 1º Durante o exercício do mandato de membro do Conselho de Ética e Decoro
Parlamentar, o Deputado não poderá ser afastado de sua vaga no colegiado, salvo
por término do mandato, renúncia, falecimento ou perda de mandato no colegiado,
não se aplicando aos membros do colegiado as disposições constantes do pará-
grafo único do art. 23, do § 2º do art. 40 e do art. 232 do Regimento Interno da Câ-
mara dos Deputados. (Parágrafo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 2º Não poderá ser membro do Conselho o Deputado: (Parágrafo com redação
dada pela Resolução n. 2, de 2011)
I – submetido a processo disciplinar em curso, por ato atentatório ou incompatível
com o decoro parlamentar; (Inciso acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)
II – que tenha recebido, na legislatura, penalidade disciplinar de suspensão de
prerrogativas regimentais ou de suspensão do exercício do mandato, da qual se
tenha o competente registro nos anais ou arquivos da Casa; (Inciso acrescido pela
Resolução n. 2, de 2011)
III – que esteja no exercício do mandato na condição de suplente convocado em
substituição ao titular; (Inciso acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)
IV – condenado em processo criminal por decisão de órgão jurisdicional colegiado,
ainda que a sentença condenatória não tenha transitado em julgado. (Inciso acres-
cido pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 3º A representação numérica de cada partido e bloco parlamentar atenderá ao
princípio da proporcionalidade partidária, assegurada a representação, sempre
que possível, de todos os partidos políticos em funcionamento na Câmara dos
Deputados, na conformidade do disposto no caput do art. 9º do Regimento Inter-
no da Câmara dos Deputados. (Parágrafo com redação dada pela Resolução n.
2, de 2011)

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§ 4º No início de cada sessão legislativa, observado o que dispõe o caput do art.


26 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados e as vedações a que se
refere o § 2º deste artigo, os líderes comunicarão ao Presidente da Câmara dos
Deputados, na forma do art. 28 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados,
os Deputados que integrarão o Conselho representando cada partido ou bloco
parlamentar. (Parágrafo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 5º O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar terá 1 (um) Presidente e 2 (dois)
Vice-Presidentes, eleitos por seus pares dentre os membros titulares, vedada a
reeleição para o mesmo cargo na eleição subsequente. (Parágrafo acrescido pela
Resolução n. 2, de 2011)
§ 6º A vaga no Conselho verificar-se-á em virtude de término do mandato, renún-
cia, falecimento ou perda do mandato no colegiado, neste último caso quando o
membro titular deixar de comparecer a 5 (cinco) reuniões consecutivas ou, interca-
ladamente, a 1/3 (um terço) das reuniões durante a sessão legislativa, salvo motivo
de força maior justificado por escrito ao Presidente do Conselho, a quem caberá
declarar a perda do mandato. (Parágrafo acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 7º A instauração de processo disciplinar no âmbito do Conselho de Ética e Deco-
ro Parlamentar em face de um de seus membros, com prova inequívoca da acu-
sação, constitui causa para o seu imediato afastamento da função, a ser aplicado
de ofício pelo Presidente do Conselho, devendo perdurar até decisão final sobre o
caso. (Parágrafo acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)

Composição do Conselho de Ética

O Conselho é composto por:

• 21 (vinte e um) membros titulares e igual número de suplentes;


• Com mandato de dois anos, com exercício até a posse dos novos integrantes, salvo
na última sessão legislativa da legislatura, cujo encerramento fará cessar os mandatos
no Conselho.

O exercício desses mandatos perdura até a posse dos novos membros, exceto na
última sessão legislativa da legislatura, em que os mandatos no Conselho são encerrados.
Durante o período em que ocupam seus cargos no Conselho, os Deputados não podem
ser afastados de suas vagas, exceto em casos de termo do mandato, renúncia, falecimento
ou perda do mandato no colegiado. As disposições constantes do parágrafo único do artigo
23; do § 2º do artigo 40; e do artigo 232 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados não
se aplicam aos membros do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

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Não poderá ser membro do Conselho o Deputado:

I – submetido a processo disciplinar em curso, por ato atentatório ou incompatível


com o decoro parlamentar;
II – que tenha recebido, na legislatura, penalidade disciplinar de suspensão de
prerrogativas regimentais ou de suspensão do exercício do mandato, da qual se
tenha o competente registro nos anais ou arquivos da Casa;
III – que esteja no exercício do mandato na condição de suplente convocado em
substituição ao titular;
IV – condenado em processo criminal por decisão de órgão jurisdicional colegiado,
ainda que a sentença condenatória não tenha transitado em julgado.

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados é composto


levando em consideração a representação proporcional dos partidos e blocos parlamentares.
O número de membros de cada partido ou bloco é definido com base no princípio da propor-
cionalidade partidária, buscando assegurar a representação de todos os partidos políticos
em funcionamento na Câmara dos Deputados, sempre que possível.
No início de cada sessão legislativa, os líderes dos partidos e blocos parlamentares
comunicam ao Presidente da Câmara dos Deputados os nomes dos Deputados que integra-
rão o Conselho de Ética, de acordo com as disposições do Regimento Interno.
Essas medidas visam garantir uma composição equilibrada e representativa no Conse-
lho, fortalecendo a sua atuação na preservação da ética e do decoro parlamentar.

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar terá:

• 1 (um) Presidente; e
• 2 (dois) Vice-Presidentes.

Eles serão eleitos por seus pares dentre os membros titulares, vedada a reeleição para
o mesmo cargo na eleição subsequente.

Da vaga no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar


A vaga no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar pode ocorrer devido ao termo de
mandato, renúncia, falecimento ou perda do mandato no colegiado. No caso de perda do
mandato, isso ocorre quando um membro titular não comparece a 5 reuniões consecutivas
ou a 1/3 das reuniões durante uma sessão legislativa, salvo motivo justificado por escrito ao
Presidente do Conselho.
O Presidente do Conselho é responsável por declarar a perda do mandato.

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Além disso, se houver prova inequívoca de acusação contra um membro do Conselho,


ele será afastado imediatamente do cargo até decisão final sobre o caso.
Essas medidas visam garantir a regularidade e a integridade dos trabalhos do Conselho
de Ética e Decoro Parlamentar.

CAPÍTULO III

DO CONSELHO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR (Capítulo com redação dada pela


Resolução n. 2, de 2011)

Art. 8º A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovará regulamen-


to específico para disciplinar o funcionamento e a organização dos trabalhos do
Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. (Caput do artigo com redação dada pela
Resolução n. 2, de 2011)
§ 1º O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar poderá oferecer à apreciação da
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania proposta de reformulação do
regulamento mencionado no caput e de eventuais alterações posteriores que se
fizerem necessárias ao exercício de sua competência. (Parágrafo com redação
dada pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 2º A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e o Conselho de Ética e
Decoro Parlamentar poderão deliberar no período de recesso parlamentar, desde
que matéria de sua competência tenha sido incluída na pauta de convocação ex-
traordinária do Congresso Nacional, nos termos do § 7º do art. 57 da Constituição
Federal. (Parágrafo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 3º Os prazos do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar contar-se-ão em dias
úteis, inclusive em se tratando de recurso ou pedido de vista, ficando suspensos
no recesso, salvo na hipótese de inclusão de matéria de sua competência na pau-
ta de convocação extraordinária, nos termos do § 2º. (Parágrafo acrescido pela
Resolução n. 2, de 2011)

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania será responsável por aprovar um


regulamento específico que irá disciplinar o funcionamento e a organização dos trabalhos do
Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar terá a
possibilidade de propor à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania a reformulação
desse regulamento, bem como realizar alterações posteriores que sejam necessárias para o
exercício de suas competências.

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É importante destacar que tanto a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania


quanto o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar poderão deliberar durante o período de
recesso parlamentar, desde que a matéria em questão esteja incluída na pauta de convo-
cação extraordinária do Congresso Nacional, conforme estabelecido pelo § 7º do art. 57 da
Constituição Federal.
Os prazos do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar serão contados em dias úteis,
incluindo recursos e pedidos de vista, sendo suspensos durante o recesso parlamentar,
exceto nos casos em que a matéria de sua competência seja incluída na pauta de convoca-
ção extraordinária, conforme previsto no § 2º.
Essas medidas visam garantir a evolução e o funcionamento adequados do Conselho
de Ética e Decoro Parlamentar.

CAPÍTULO IV

DAS PENALIDADES APLICÁVEIS E DO PROCESSO DISCIPLINAR

Art. 9º As representações relacionadas com o decoro parlamentar deverão ser fei-


tas diretamente à Mesa da Câmara dos Deputados. (Caput do artigo com redação
dada pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 1º Qualquer cidadão é parte legítima para requerer à Mesa da Câmara dos
Deputados representação em face de Deputado que tenha incorrido em conduta
incompatível ou atentatória ao decoro parlamentar, especificando os fatos e as
respectivas provas. (Parágrafo acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 2º Recebido o requerimento de representação com fundamento no § 1º, a Mesa
instaurará procedimento destinado a apreciá-lo, na forma e no prazo previstos
em regulamento próprio, findo o qual, se concluir pela existência de indícios su-
ficientes e pela inocorrência de inépcia: (Parágrafo acrescido pela Resolução n.
2, de 2011)
I – encaminhará a representação ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar no
prazo de 3 (três) sessões ordinárias, quando se tratar de conduta punível com as
sanções previstas nos incisos II, III e IV do art. 10; ou (Inciso acrescido pela Re-
solução n. 2, de 2011)
II – adotará o procedimento previsto no art. 11 ou 12, em se tratando de conduta
punível com a sanção prevista no inciso I do art. 10. (Inciso acrescido pela Resolu-
ção n. 2, de 2011) § 3º A representação subscrita por partido político representado
no Congresso Nacional, nos termos do § 2º do art. 55 da Constituição Federal,

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será encaminhada diretamente pela Mesa da Câmara dos Deputados ao Conse-


lho de Ética e Decoro Parlamentar no prazo a que se refere o inciso I do § 2º deste
artigo. (Parágrafo acrescido pela Resolução n. 2, de 2011) § 4º O Corregedor da
Câmara dos Deputados poderá participar de todas as fases do processo no Con-
selho de Ética e Decoro Parlamentar, inclusive das discussões, sem direito a voto.
(Parágrafo acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 5º O Deputado representado deverá ser intimado de todos os atos praticados
pelo Conselho e poderá manifestar-se em todas as fases do processo. (Parágrafo
acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)

Qualquer cidadão tem o direito de se tornar parte legítima para apresentar à Mesa da
Câmara dos Deputados uma representação contra um Deputado que tenha tido uma conduta
incompatível ou atentatória ao decoro parlamentar.
Nesse requerimento, o cidadão deve especificar de forma clara os fatos ocorridos e
apresentar as provas necessárias que sustentem as alegações feitas. Essa possibilidade
garante a participação e a voz da sociedade no processo de zelar pela conduta ética dos par-
lamentares e pela preservação da integridade do exercício do mandato parlamentar.
Após o recebimento do requerimento de representação, com base no § 1º, a Mesa da
Câmara dos Deputados iniciará um procedimento específico para avaliação, conforme esta-
belecido em regulamento próprio. Findo o prazo, se concluir pela existência de indícios sufi-
cientes e pela inocorrência de inépcia:

I – encaminhará a representação ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar no


prazo de 3 (três) sessões ordinárias, quando se tratar de conduta punível com as
sanções previstas nos incisos II, III e IV do art. 10; ou
II – adotará o procedimento previsto no art. 11 ou 12, em se tratando de conduta
punível com a sanção prevista no inciso I do art. 10.

Representação
A representação apresentada por um partido político com representação no Congresso
Nacional, de acordo com o § 2º do art. 55 da Constituição Federal, será encaminhada dire-
tamente pela Mesa da Câmara dos Deputados ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar,
dentro do prazo estabelecido no inciso I do § 2º do artigo 9º.
O Corregedor da Câmara dos Deputados terá permissão para participar de todas as
etapas do processo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, inclusive das discussões,
sem direito a voto.
E, por fim, o Deputado que está sendo representado será devidamente notificado de
todos os atos praticados pelo Conselho e terá o direito de se manifestar em todas as fases
do processo.

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Art. 10. São as seguintes as penalidades aplicáveis por conduta atentatória ou


incompatível com o decoro parlamentar: (Caput do artigo com redação dada pela
Resolução n. 2, de 2011)
I – censura, verbal ou escrita; (Inciso com redação dada pela Resolução n.
2, de 2011)
II – suspensão de prerrogativas regimentais por até 6 (seis) meses; (Inciso com
redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
III – suspensão do exercício do mandato por até 6 (seis) meses; (Inciso com reda-
ção dada pela Resolução n. 2, de 2011)
IV – perda de mandato. (Inciso com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 1º Na aplicação de qualquer sanção disciplinar prevista neste artigo serão con-
siderados a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela pro-
vierem para a Câmara dos Deputados e para o Congresso Nacional, as circuns-
tâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes do infrator. (Parágrafo único
transformado em § 1º e com nova redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 2º O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar decidirá ou se manifestará, con-
forme o caso, pela aplicação da penalidade requerida na representação tida como
procedente e pela aplicação de cominação mais grave ou, ainda, de cominação
menos grave, conforme os fatos efetivamente apurados no processo disciplinar.
(Parágrafo acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 3º Sem prejuízo da aplicação das penas descritas neste artigo, deverão ser inte-
gralmente ressarcidas ao erário as vantagens indevidas provenientes de recursos
públicos utilizados em desconformidade com os preceitos deste Código, na forma
de Ato da Mesa. (Parágrafo acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)

As penalidades aplicáveis por conduta atentatória ou incompatível com o decoro parla-


mentar são as seguintes:

I – Censura, que pode ser verbal ou escrita;


II – Suspensão das prerrogativas regimentais, com duração de até 6 meses;
III – Suspensão do exercício do mandato, com duração de até 6 meses;
IV – Perda do mandato.

Na aplicação de qualquer sanção disciplinar prevista neste artigo, serão considerados


os seguintes aspectos: a natureza e a gravidade da infração cometida; os danos causados ​​à
Câmara dos Deputados e ao Congresso Nacional; as circunstâncias agravantes ou atenuan-
tes; e os antecedentes do infrator.

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O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar decidirá sobre a aplicação das penalidades


na representação considerada procedente, podendo também determinar uma penalidade
mais grave ou menos grave, de acordo com os fatos apurados no processo disciplinar.
Além das penas descritas neste artigo, todas as vantagens ilimitadas provenientes de
recursos públicos utilizados em desacordo com as provisões deste Código devem ser inte-
gralmente ressarcidas ao erário, conforme estabelecido por Ato da Mesa.

Art. 11. A censura verbal será aplicada pelo Presidente da Câmara dos Deputa-
dos, em sessão, ou de Comissão, durante suas reuniões, ao Deputado que incidir
nas condutas descritas nos incisos I e II do art. 5º.
Parágrafo único. Contra a aplicação da penalidade prevista neste artigo, poderá
o Deputado recorrer ao respectivo Plenário no prazo de 2 (dois) dias úteis. (Artigo
com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)

A censura verbal será aplicada pelo Presidente da Câmara dos Deputados em sessão
plenária, ou pelo Presidente de uma Comissão durante suas reuniões, ao Deputado que
cometer as condutas descritas nos incisos I e II do art. 5º.

Art. 5º Atentam, ainda, contra o decoro parlamentar as seguintes condutas, puní-


veis na forma deste Código:
I – perturbar a ordem das sessões da Câmara dos Deputados ou das reuniões
de Comissão;
II – praticar atos que infrinjam as regras de boa conduta nas dependências da
Casa; (...)

Há recurso contra a aplicação da pena de censura verbal?


Sim, o Deputado tem o direito de recorrer da aplicação da penalidade ao respectivo Ple-
nário dentro do prazo de 2 (dois) dias úteis.

Art. 12. A censura escrita será aplicada pela Mesa, por provocação do ofendido,
nos casos de incidência nas condutas previstas no inciso III do art. 5º ou, por so-
licitação do Presidente da Câmara dos Deputados ou de Comissão, nos casos de
reincidência nas condutas referidas no art. 11. (Caput do artigo com redação dada
pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 1º Antes de deliberar sobre a aplicação da sanção a que se refere o caput a
Mesa assegurará ao Deputado o exercício do direito de defesa pelo prazo de 5
(cinco) dias úteis. (Parágrafo acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 2º Contra a aplicação da penalidade prevista neste artigo, poderá o Deputado
recorrer ao Plenário da Câmara dos Deputados no prazo de 2 (dois) dias úteis.
(Parágrafo acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)

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A censura escrita será aplicada pela Mesa da Câmara dos Deputados, por solicitação
do ofendido, nos casos de incidência nas condutas descritas no inciso III do art. 5º, ou por
solicitação do Presidente da Câmara dos Deputados ou de Comissão, nos casos de reinci-
dência, nas condutas mencionadas no art. 11.

Art. 5º Atentam, ainda, contra o decoro parlamentar as seguintes condutas, puní-


veis na forma deste Código:
III – praticar ofensas físicas ou morais nas dependências da Câmara dos Deputa-
dos ou desacatar, por atos ou palavras, outro parlamentar, a Mesa ou Comissão
ou os respectivos Presidentes; (...)

Importante: antes de deliberar sobre a aplicação da sanção, a Mesa garantirá ao Depu-


tado o direito de defesa, concedendo-lhe um prazo de 5 (cinco) dias úteis.
Isso se deve à obrigatoriedade de observância do devido processo legal.

Também há recurso contra a aplicação da pena de censura escrita?

Sim. O Deputado tem o direito de recorrer da aplicação da penalidade ao Plenário da


Câmara dos Deputados dentro do prazo de 2 (dois) dias úteis.

Art. 13. O projeto de resolução oferecido pelo Conselho de Ética e Decoro Par-
lamentar que proponha a suspensão de prerrogativas regimentais, aplicável ao
Deputado que incidir nas condutas previstas nos incisos VI a VIII do art. 5º deste
Código, será apreciado pelo Plenário da Câmara dos Deputados, em votação os-
tensiva e por maioria absoluta de seus membros, observado o seguinte: (Caput do
artigo com redação dada pela Resolução n. 47, de 2013)
I – instaurado o processo, o Presidente do Conselho designará relator, a ser esco-
lhido dentre os integrantes de uma lista composta por 3 (três) de seus membros,
formada mediante sorteio, o qual: (Inciso com redação dada pela Resolução n.
2, de 2011) a) não poderá pertencer ao mesmo Partido ou Bloco Parlamentar do
Deputado representado; (Alínea acrescida pela Resolução n. 2, de 2011) b) não
poderá pertencer ao mesmo Estado do Deputado representado; (Alínea acrescida
pela Resolução n. 2, de 2011) c) em caso de representação de iniciativa de Parti-
do Político, não poderá pertencer à agremiação autora da representação; (Alínea
acrescida pela Resolução n. 2, de 2011)
II – o Conselho promoverá a apuração dos fatos, notificando o representado para
que apresente sua defesa no prazo de 10 (dez) dias úteis e providenciando as dili-
gências que entender necessárias no prazo de 15 (quinze) dias úteis, prorrogáveis

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uma única vez, por igual período, por deliberação do Plenário do Conselho; (Inciso
com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
III – o Conselho aprovará, ao final da investigação, parecer que: (Inciso com reda-
ção dada pela Resolução n. 2, de 2011)
a) determinará o arquivamento da representação, no caso de sua improcedência;
(Alínea acrescida pela Resolução n. 2, de 2011)
b) determinará a aplicação das sanções previstas neste artigo, no caso de ser pro-
cedente a representação; (Alínea acrescida pela Resolução n. 2, de 2011)
c) proporá à Mesa que aplique sanção menos grave, conforme os fatos efetiva-
mente apurados no processo; ou (Alínea acrescida pela Resolução n. 2, de 2011)
d) proporá à Mesa que represente em face do investigado pela aplicação de san-
ção mais grave, conforme os fatos efetivamente apurados no processo, hipótese
na qual, aprovada a representação, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar
reabrirá o prazo de defesa e procederá à instrução complementar que entender
necessária, observados os prazos previstos no art. 14 deste Código, antes de de-
liberar; (Alínea acrescida pela Resolução n. 2, de 2011)
IV – concluído o processo disciplinar, o representado poderá recorrer, no prazo de
5 (cinco) dias úteis, à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, com
efeito suspensivo, contra quaisquer atos do Conselho ou de seus membros que
tenham contrariado norma constitucional, regimental ou deste Código, hipótese
na qual a Comissão se pronunciará exclusivamente sobre os vícios apontados,
observando, para tanto, prazo de 5 (cinco) dias úteis; (Inciso com redação dada
pela Resolução n. 2, de 2011)
V – o parecer aprovado pelo Conselho será encaminhado pelo Presidente à Mesa,
para as providências referidas na parte final do inciso VIII do § 4º do art. 14, devi-
damente instruído com o projeto de resolução destinado à efetivação da penalida-
de; (Inciso com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
VI – são passíveis de suspensão as seguintes prerrogativas: (Inciso com redação
dada pela Resolução n. 2, de 2011)
a) usar a palavra em sessão, no horário destinado ao Pequeno ou Grande Expe-
diente; (Alínea acrescida pela Resolução n. 2, de 2011)
b) encaminhar discurso para publicação no Diário da Câmara dos Deputados;
(Alínea acrescida pela Resolução n. 2, de 2011)
c) candidatar-se a, ou permanecer exercendo, cargo de membro da Mesa, da
Ouvidoria Parlamentar, da Procuradoria Parlamentar, de Presidente ou Vice-Presi-
dente de Comissão, ou de membro de Comissão Parlamentar de Inquérito; (Alínea
acrescida pela Resolução n. 2, de 2011) d) ser designado relator de proposição
em Comissão ou no Plenário; (Alínea acrescida pela Resolução n. 2, de 2011)

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VII – a penalidade aplicada poderá incidir sobre todas as prerrogativas referidas


no inciso VI ou apenas sobre algumas, a juízo do Conselho, que deverá fixar seu
alcance tendo em conta a atuação parlamentar pregressa do acusado, os motivos
e as consequências da infração cometida; (Inciso com redação dada pela Resolu-
ção n. 2, de 2011)
VIII – em qualquer caso, a suspensão não poderá estender-se por mais de 6 (seis)
meses. (Inciso acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)

Vejamos como é o Procedimento do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar para a


aplicação da suspensão de prerrogativas regimentais:

• Instauração do processo:
- O Presidente do Conselho designa um relator, escolhido por sorteio de uma lista
de 3 membros.
- O relator não pode ser do mesmo partido, do mesmo estado do Deputado repre-
sentado, ou pertencer à agremiação autora da representação (se iniciada por
partido político).

• Apuração dos fatos:


- O Conselho investiga os fatos, notificando o representado para apresentar sua
defesa em até 10 dias úteis.
- O Conselho realiza diligências necessárias em até 15 dias úteis (prorrogáveis​​
uma vez pelo mesmo período).

• Parecer do Conselho:
- Ao final da investigação, o Conselho aprova um parecer que pode:

a) Determinar o arquivamento da representação se for improcedente.


b) Aplicar a garantia no artigo se for o procedimento.
c) Propor à Mesa que aplique uma sanção menos grave, conforme os fatos apurados.
d) Propor à Mesa que represente o investigado para aplicação de uma sanção mais
grave, em caso de aprovação da representação, reabrindo o prazo de defesa e cumprindo
uma instrução complementar.

• Recurso do representado:
- Concluído o processo disciplinar, o representado pode relatar, em 5 dias úteis,
à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, com efeito suspensivo,
contra atos do Conselho que violem normas constitucionais, regimentais ou
do Código.

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• Encaminhamento do parecer:
- O parecer aprovado pelo Conselho é enviado pelo Presidente à Mesa, junto com
o projeto de resolução para efetivação dos débitos.

• Suspensão de prerrogativas:

A suspensão de prerrogativas pode afetar:


a) Uso da palavra em sessão, no horário ao Pequeno ou Grande Expediente.
b) Encaminhamento de discurso para publicação no Diário da Câmara dos Deputados.
c) Candidatura ou permanência em cargos da Mesa, Ouvidoria Parlamentar, Procura-
doria Parlamentar, Presidência ou Vice-Presidência de Comissão, ou membro de Comissão
Parlamentar de Inquérito.
d) Designação como relator de proposição em Comissão ou no Plenário.

• Abrangência da penalidade:
- O Conselho decidirá se a suspensão incidirá sobre todas as prerrogativas men-
cionadas ou apenas algumas, levando em consideração a atuação parlamentar
pregressa, os motivos e as consequências da infração cometida.

• Limite de suspensão:
- Em qualquer caso, a suspensão não pode exceder 6 meses.

Art. 14. A aplicação das penalidades de suspensão do exercício do mandato por


no máximo 6 (seis) meses e de perda do mandato é de competência do Plenário
da Câmara dos Deputados, que deliberará em votação ostensiva e por maioria ab-
soluta de seus membros, em virtude de provocação da Mesa ou de partido político
representado no Congresso Nacional, após a conclusão de processo disciplinar
instaurado pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, na forma deste artigo.
(Caput do artigo com redação dada pela Resolução n. 47, de 2013)
§ 1º Será punido com a suspensão do exercício do mandato e de todas as suas
prerrogativas regimentais o Deputado que incidir nas condutas previstas nos in-
cisos IV, V, IX e X do art. 5º. (Parágrafo com redação dada pela Resolução n.
2, de 2011)
§ 2º Na hipótese de suspensão do exercício do mandato superior a 120 (cento e
vinte) dias, o suplente do parlamentar suspenso será convocado imediatamente
após a publicação da resolução que decretar a sanção. (Parágrafo com redação
dada pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 3º Será punido com a perda do mandato o Deputado que incidir nas condutas
previstas no art. 4º. (Parágrafo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)

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§ 4º Recebida representação nos termos deste artigo, o Conselho observará o se-


guinte procedimento: (Parágrafo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
I – o Presidente do Conselho designará o relator do processo, observadas as con-
dições estabelecidas no inciso I do art. 13 deste Código; (Inciso com redação dada
pela Resolução n. 2, de 2011)
II – se a representação não for considerada inepta ou carente de justa causa pelo
Plenário do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, mediante provocação do
relator designado, será remetida cópia de seu inteiro teor ao Deputado acusado,
que terá o prazo de 10 (dez) dias úteis para apresentar sua defesa escrita, indicar
provas e arrolar testemunhas, em número máximo de 8 (oito); (Inciso com redação
dada pela Resolução n. 2, de 2011)
III – o pronunciamento do Conselho pela inépcia ou falta de justa causa da repre-
sentação, admitido apenas na hipótese de representação de autoria de Partido
Político, nos termos do § 3º do art. 9º, será terminativo, salvo se houver recurso ao
Plenário da Casa, subscrito por 1/10 (um décimo) de seus membros, observado,
no que couber, o art. 58 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados; (Inciso
com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
IV – apresentada a defesa, o relator da matéria procederá às diligências e à ins-
trução probatória que entender necessárias no prazo improrrogável de 40 (qua-
renta) dias úteis, no caso de perda de mandato, e 30 (trinta) dias úteis, no caso
de suspensão temporária de mandato, findas as quais proferirá parecer no prazo
de 10 (dez) dias úteis, concluindo pela procedência total ou parcial da represen-
tação ou pela sua improcedência, oferecendo, nas 2 (duas) primeiras hipóteses,
projeto de resolução destinado à declaração da perda do mandato ou à cominação
da suspensão do exercício do mandato ou, ainda, propondo a requalificação da
conduta punível e da penalidade cabível, com o encaminhamento do processo à
autoridade ou órgão competente, conforme os arts. 11 a 13 deste Código; (Inciso
com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
V – a rejeição do parecer originariamente apresentado obriga à designação de
novo relator, preferencialmente entre aqueles que, durante a discussão da ma-
téria, tenham se manifestado contrariamente à posição do primeiro; (Inciso com
redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
VI – será aberta a discussão e nominal a votação do parecer do relator proferido
nos termos deste artigo; (Inciso com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
VII – concluído o processo disciplinar, o representado poderá recorrer, no prazo
de 5 (cinco) dias úteis, à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, com
efeito suspensivo, contra quaisquer atos do Conselho ou de seus membros que
tenham contrariado norma constitucional, regimental ou deste Código, hipótese

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na qual a Comissão se pronunciará exclusivamente sobre os vícios apontados,


observando, para tanto, prazo de 5 (cinco) dias úteis; (Inciso com redação dada
pela Resolução n. 2, de 2011)
VIII – concluída a tramitação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar ou na
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, na hipótese de interposição
do recurso a que se refere o inciso VII, o processo será encaminhado à Mesa e,
uma vez lido no expediente, publicado e distribuído em avulsos para inclusão na
Ordem do Dia. (Inciso com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 5º A partir da instauração de processo ético-disciplinar, nas hipóteses de que tra-
tam os arts. 13 e 14, não poderá ser retirada a representação oferecida pela parte
legítima. (Parágrafo acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)

• Competência para aplicar as penalidades:


- O Plenário da Câmara dos Deputados é responsável por deliberar e aplicar as
sanções de suspensão do mandato por até 6 meses e perda do mandato.
- A votação ocorre de forma ostensiva e requer a maioria absoluta dos membros.

• Condutas passíveis de suspensão:


- São passíveis de suspensão da obrigatoriedade e de todas as prerrogativas regi-
mentais as condutas previstas nos incisos IV, V, IX e X do artigo 5º.

• Convocação do suplente:
- Caso a suspensão do mandato seja superior a 120 dias, o suplente da suspen-
são parlamentar é convocado imediatamente após a publicação da resolução
que decreta a sanção.

• Condutas passíveis de perda do mandato:


- A perda do mandato é aplicada ao Deputado que incorrer nas condutas previstas
no artigo 4º.

• Procedimento do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar:


- Ao receber uma representação, o Conselho segue o seguinte procedimento:

a) O Presidente do Conselho designa um relator para o processo, levando em conta as


condições estabelecidas no inciso I do artigo 13 do Código de Ética e Decoro Parlamentar.
b) Se a representação não for considerada inepta ou carente de justa causa pelo Ple-
nário do Conselho, é enviada uma cópia ao Deputado acusado, que tem 10 dias úteis para
apresentar sua defesa escrita, indicar provas e arrolar testemunhas (máximo de 8).

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CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
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c) O pronunciamento do Conselho sobre a inépcia ou falta de justa causa da represen-


tação, admitido apenas quando a representação de autoria de um partido político, é termina-
tivo, a menos que haja recurso ao Plenário da Casa, subscrito por 1/10 dos membros.
d) Após a apresentação da defesa, o relator realiza diligências e instrução probatória
em prazo determinado. Em seguida, emite parecer no prazo de 10 dias úteis, concluindo pela
procedência total ou parcial da representação, pela improcedência ou propondo a requalifica-
ção da conduta punível e da decadência cabível.
e) Caso o parecer seja rejeitado, um novo relator é designado, preferencialmente entre
os que se manifestaram contrariamente ao primeiro parecer.
f) O parecer do relator é discutido e votado nominalmente.

• Recurso do representado:
- Após a conclusão do processo disciplinar, o Deputado representado pode seguir
à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em até 5 dias úteis, com
efeito suspensivo, contra atos do Conselho ou de seus membros que violem
normas constitucionais, regimentais ou do Código.
- A Comissão analisa exclusivamente os vícios apontados, seguindo um prazo
de 5 dias úteis para se pronunciar sobre os vícios apontados pelo Deputado
representado.

• Encaminhamento do processo:
- Concluída a tramitação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar ou na Comis-
são de Constituição e Justiça e de Cidadania, no caso de interposição de recurso,
o processo é encaminhado à Mesa da Câmara dos Deputados.
- O processo é lido no expediente, publicado e distribuído em avulsos para inclu-
são na Ordem do Dia.

• Manutenção da representação:
- A partir da instauração do processo ético-disciplinar, não é permitida a retirada da
representação oferecida pela parte legítima.

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CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
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Art. 15. É facultado ao Deputado, em qualquer caso, em todas as fases do proces-


so de que tratam os arts. 13 e 14, inclusive no Plenário da Câmara dos Deputados,
constituir advogado para sua defesa ou fazê-la pessoalmente ou por intermédio do
parlamentar que indicar, desde que não integrante do Conselho de Ética e Decoro
Parlamentar.
Parágrafo único. Quando a representação ou requerimento de representação
contra Deputado for considerado leviano ou ofensivo à sua imagem, bem como à
imagem da Câmara dos Deputados, os autos do processo respectivo serão enca-
minhados à Procuradoria Parlamentar para as providências reparadoras de sua
alçada, nos termos do art. 21 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.
(Artigo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)

O deputado tem o direito de constituir um advogado para sua defesa ou fazê-la pessoal-
mente, em todas as fases do processo descritas nos artigos 13 e 14, incluindo o Plenário da
Câmara dos Deputados. No entanto, o advogado escolhido não pode ser membro do Conse-
lho de Ética e Decoro Parlamentar.
Em caso de representação ou requerimento considerado leviano ou ofensivo ao depu-
tado e à imagem da Câmara dos Deputados, os autos do processo serão encaminhados à
Procuradoria Parlamentar. Essa Procuradoria tomará as medidas necessárias para repa-
rar a situação, conforme estabelecido no artigo 21 do Regimento Interno da Câmara dos
Deputados.

Art. 16. Os processos instaurados pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar


da Câmara dos Deputados não poderão exceder o prazo de 60 (sessenta) dias
úteis para deliberação pelo Conselho ou pelo Plenário da Câmara dos Deputados,
conforme o caso, na hipótese das penalidades previstas nos incisos II e III do art.
10. (Caput do artigo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 1º O prazo para deliberação do Plenário sobre os processos que concluírem
pela perda do mandato, conforme o inciso IV do art. 10, não poderá exceder 90
(noventa) dias úteis. (Parágrafo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 2º Recebido o processo nos termos do inciso V do art. 13 ou do inciso VIII do §
4º do art. 14, lido no expediente, publicado e distribuído em avulsos, a Mesa terá
o prazo improrrogável de 2 (duas) sessões ordinárias para incluí-lo na pauta da
Ordem do Dia. (Parágrafo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 3º Esgotados os prazos previstos no caput e no § 1º deste artigo: (Parágrafo
acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)
I – se o processo se encontrar no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, con-
cluída sua instrução, passará a sobrestar imediatamente a pauta do Conselho;
(Inciso acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)

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II – se o processo se encontrar na Comissão de Constituição e Justiça e de Cida-


dania, para fins de apreciação do recurso previsto no inciso IV do art. 13 e no inci-
so VII do § 4º do art. 14, passará a sobrestar imediatamente a pauta da Comissão;
(Inciso acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)
III – uma vez cumprido o disposto no § 2º, a representação figurará com prefe-
rência sobre os demais itens da Ordem do Dia de todas as sessões de1iberativas
até que se ultime sua apreciação. (Inciso acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)
§ 4º A inobservância pelo relator dos prazos previstos nos arts. 13 e 14 autoriza o
Presidente a avocar a relatoria do processo ou a designar relator substituto, obser-
vadas as condições previstas nas alíneas a a c do inciso I do art. 13, sendo que:
(Parágrafo acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)
I – se a instrução do processo estiver pendente, o novo relator deverá concluí-la
em até 5 (cinco) dias úteis; (Inciso acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)
II – se a instrução houver sido concluída, o parecer deverá ser apresentado ao Con-
se1ho em até 5 (cinco) dias úteis. (Inciso acrescido pela Resolução n. 2, de 2011)

O artigo 16 estabelece prazos para a deliberação dos processos ético-disciplinares pelo


Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados. Vamos resumir seus
pontos principais de forma objetiva:

• Prazos para deliberação:


- Os processos que envolvem as garantias garantidas nos incisos II e III do artigo
10 não podem exceder 60 dias úteis para deliberação pelo Conselho ou pelo Ple-
nário da Câmara, conforme aplicável.
- Os processos que concluem pela perda do mandato, conforme o inciso IV do
artigo 10, têm um prazo máximo de 90 dias úteis para deliberação pelo Plenário.

• Inclusão na pauta da Ordem do Dia:


- Após receber o processo nos termos fixados, a Mesa da Câmara tem um prazo
de duas sessões ordinárias para incluí-lo na pauta da Ordem do Dia.

• Esgotamento dos prazos:

→ Caso os prazos previstos não sejam cumpridos:


- Se o processo não estiver no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, ele pas-
sará a sobrestar imediatamente a pauta do Conselho.
- Se o processo estiver na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, para
análise de recurso, ele passará a sobrestar imediatamente a pauta da Comissão.
- Uma vez cumprido o prazo mencionado no item 2, a representação terá prioridade
sobre os demais itens da Ordem do Dia até que sua satisfação seja concluída.

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• Avocação da relatoria e designação de relator substituído:


- Caso o relator não compre os prazos garantidos nos artigos 13 e 14, o Presidente
tem autoridade para avocar a relatoria do processo ou designar um novo relator.
- Se a instrução do processo estiver pendente, o novo relator deve concluí-la em
até 5 dias úteis.
- Se a instrução já tiver sido concluída, o parecer deve ser apresentado ao Conse-
lho em até 5 dias úteis.

CAPÍTULO V

DO SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E INFORMAÇÕES DO MANDATO PARLAMENTAR

Art. 17. Ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar é assegurado o pleno acesso,


exclusivamente para fins de consulta, ao Sistema de Acompanhamento e Informa-
ções do Mandato Parlamentar disponibilizado pela Secretaria-Geral da Mesa e
demais sistemas ou bancos de dados existentes ou que venham a ser criados na
Câmara dos Deputados, onde constem, dentre outros, os dados referentes:
I – ao desempenho das atividades par1amentares, e em especial sobre:
a) cargos, funções ou missões que tenha exercido no Poder Executivo, na Mesa,
em Comissões ou em nome da Casa durante o mandato;
b) número de presenças às sessões ordinárias, com percentual sobre o total;
c) número de pronunciamentos realizados nos diversos tipos de sessões da Câ-
mara dos Deputados;
d) número de pareceres que tenha subscrito como relator;
e) relação das Comissões e Subcomissões que tenha proposto ou das quais tenha
participado;
f) número de propostas de emendas à Constituição, projetos, emendas, indica-
ções, requerimentos, recursos, pareceres e propostas de fiscalização e controle
apresentado;
g) número, destinação e objetivos de viagens oficiais ao exterior realizadas com
recursos do poder público;
h) licenças solicitadas e respectiva motivação;
i) votos dados nas proposições submetidas à apreciação, pelo sistema nominal,
na legislatura;

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j) outras atividades pertinentes ao mandato, cuja inclusão tenha sido requerida


pelo Deputado;
II – à existência de processos em curso ou ao recebimento de penalidades disci-
plinares, por infração aos preceitos deste Código.
Parágrafo único. Os dados de que trata este artigo serão armazenados por meio
de sistema de processamento eletrônico e ficarão à disposição dos cidadãos por
meio da internet ou de outras redes de comunicação similares, podendo, ainda,
ser solicitados diretamente à Secretaria-Geral da Mesa. (Artigo com redação dada
pela Resolução n. 2, de 2011)

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar tem o direito de acesso, exclusivamente


para fins de consulta, ao Sistema de Acompanhamento e Informações do Mandato Parla-
mentar, fornecido pela Secretaria-Geral da Mesa, bem como a outros sistemas ou bancos
de dados existentes ou futuros na Câmara dos Deputados, onde constem, dentre outros, os
dados referentes:

I – ao desempenho das atividades parlamentares, e em especial sobre:


a) cargos, funções ou missões que tenha exercido no Poder Executivo, na Mesa,
em Comissões ou em nome da Casa durante o mandato;
b) número de presenças às sessões ordinárias, com percentual sobre o total;
c) número de pronunciamentos realizados nos diversos tipos de sessões da Câ-
mara dos Deputados;
d) número de pareceres que tenha subscrito como relator;
e) relação das Comissões e Subcomissões que tenha proposto ou das quais tenha
participado;
f) número de propostas de emendas à Constituição, projetos, emendas, indica-
ções, requerimentos, recursos, pareceres e propostas de fiscalização e controle
apresentado;
g) número, destinação e objetivos de viagens oficiais ao exterior realizadas com
recursos do poder público;
h) licenças solicitadas e respectiva motivação;
i) votos dados nas proposições submetidas à apreciação, pelo sistema nominal,
na legislatura;
j) outras atividades pertinentes ao mandato, cuja inclusão tenha sido requerida
pelo Deputado;
II – à existência de processos em curso ou ao recebimento de penalidades disci-
plinares, por infração aos preceitos deste Código.

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É importante destacar que esses dados serão armazenados em um sistema de pro-


cessamento eletrônico e estarão disponíveis para acesso público através da internet ou de
outras redes de comunicação semelhantes. Os cidadãos também podem solicitar direta-
mente à Secretaria-Geral da Mesa essas informações.

CAPÍTULO VI

DAS DECLARAÇÕES OBRIGATÓRIAS


(Capítulo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)

Art. 18. O Deputado apresentará à Mesa ou, no caso do inciso II deste artigo,
quando couber, à Comissão as seguintes declarações:
I – ao assumir o mandato, para efeito de posse, bem como quando solicitado pelo
órgão competente da Câmara dos Deputados, "Autorização de Acesso aos Dados
das Declarações de Ajuste Anual do Imposto de Renda Pessoa Física" e às res-
pectivas retificações entregues à Secretaria da Receita Federal do Brasil, para os
fins de cumprimento da exigência contida no art. 13 da Lei n. 8.429, de 2 de junho
de 1992, no art. 1º da Lei n. 8.730, de 10 de novembro de 1993, e da Instrução
Normativa TCU n. 65, de 20 de abril de 2011;
II – durante o exercício do mandato, em Comissão ou em Plenário, ao iniciar-se a
apreciação de matéria que envolva direta e especificamente seus interesses patri-
moniais, declaração de impedimento para votar.
§ 1º As declarações referidas nos incisos I e II deste artigo serão autuadas, for-
necendo-se ao declarante comprovante da entrega, mediante recibo em segun-
da via ou cópia da mesma declaração, com indicação do local, data e hora da
apresentação.
§ 2º Uma cópia das declarações de que trata o § 1º será encaminhada ao Tribunal
de Contas da União, para os fins previstos no § 2º do art. 1º da Lei n. 8.730, de
10 de novembro de 1993. § 3º Os dados referidos nos §§ 1º e 2º terão, na forma
da Constituição Federal (art. 5º, XII), o respectivo sigilo resguardado, podendo,
no entanto, a responsabilidade por este ser transferida para o Conselho de Ética
e Decoro Parlamentar, quando esse os solicitar, mediante aprovação de requeri-
mento, em votação nominal.

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§ 4º Os servidores que, em razão de ofício, tiverem acesso às declarações re-


feridas neste artigo, ficam obrigados a resguardar e preservar o sigilo das infor-
mações nelas contidas, nos termos do parágrafo único do art. 5º da Lei n. 8.730,
de 10 de novembro de 1993, e do inciso VIII do art. 116 da Lei n. 8.112, de 11 de
dezembro de 1990. (Artigo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)

O Deputado deverá apresentar as seguintes declarações à Mesa ou, quando aplicável,


à Comissão:
I – Ao assumir o mandato, para fins de posse, e quando solicitado pelo órgão compe-
tente da Câmara dos Deputados, o Deputado deve fornecer a "Autorização de Acesso aos
Dados das Declarações de Ajuste Anual do Imposto de Renda Pessoa Física" e suas retifi-
cações entregues à Secretaria da Receita Federal do Brasil. Essa medida é necessária para
cumprir as exigências estabelecidas no artigo 13 da Lei n. 8.429, de 2 de junho de 1992; no
artigo 1º da Lei n. 8.730, de 10 de novembro de 1993; e na Instrução Normativa TCU n. 65,
de 20 de abril de 2011.
II – Durante o exercício do mandato, seja em Comissão ou no Plenário, ao iniciar a
apreciação de matéria que envolva seus interesses patrimoniais de forma direta e específica,
o Deputado deve fazer uma declaração de impedimento para votar.
Essas declarações são necessárias para garantir a transparência e evitar conflitos de
interesse no exercício das funções parlamentares.

• As declarações mencionadas nos incisos I e II deste artigo serão devidamente registra-


das, e será fornecido ao declarante um comprovante de entrega, contendo a indicação
de local, data e hora da apresentação, por meio de recibo em segunda via ou cópia da
declaração.
• Uma cópia das declarações mencionadas no parágrafo 1º será encaminhada ao Tribu-
nal de Contas da União, conforme estabelecido no parágrafo 2º do artigo 1º da Lei n.
8.730, de 10 de novembro de 1993.
• Os dados mencionados nos parágrafos 1º e 2º terão sigilo assegurado, em conformi-
dade com o disposto na Constituição Federal (art. 5º, XII). No entanto, o Conselho de
Ética e Decoro Parlamentar poderá solicitar tais informações, mediante aprovação de
requerimento por meio de votação nominal, assumindo a responsabilidade pelo sigilo.
• Os servidores que tenham acesso às declarações mencionadas neste artigo, por força
de suas atribuições, estão obrigados a preservar e manter em sigilo as informações
nelas contidas, em conformidade com o parágrafo único do artigo 5º da Lei n. 8.730, de
10 de novembro de 1993; e o inciso VIII do artigo 116 da Lei n. 8.112, de 11 de dezem-
bro de 1990.

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CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÃO FINAL (Capítulo com redação dada pela Resolução n. 2, de 2011)

Art. 19. Os projetos de resolução destinados a alterar este Código obedecerão


às normas de tramitação do art. 216 do Regimento Interno da Câmara dos Depu-
tados, aprovado pela Resolução n. 17, de 1989. (Artigo com redação dada pela
Resolução n. 2, de 2011)

Os projetos de resolução que visem modificar este Código seguirão as regras de tra-
mitação estabelecidas no artigo 216 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, con-
forme aprovado pela Resolução n. 17, de 1989.

RICD. Art. 216. O Regimento Interno poderá ser modificado ou reformado por
meio de projeto de resolução de iniciativa de Deputado, da Mesa, de Comissão
Permanente ou de Comissão Especial para esse fim criada, em virtude de delibe-
ração da Câmara, da qual deverá fazer parte um membro da Mesa.
§ 1º O projeto, após publicado e distribuído em avulsos, permanecerá na Ordem
do Dia durante o prazo de cinco sessões para o recebimento de emendas.
§ 2º Decorrido o prazo previsto no parágrafo anterior, o projeto será enviado:
I – à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em qualquer caso;
II – à Comissão Especial que o houver elaborado, para exame das emendas
recebidas;
III – à Mesa, para apreciar as emendas e o projeto.
§ 3º Os pareceres das Comissões serão emitidos no prazo de cinco sessões,
quando o projeto for de simples modificação, e de vinte sessões, quando se tratar
de reforma.
§ 4º Depois de publicados os pareceres e distribuídos em avulsos, o projeto será
incluído na Ordem do Dia, em primeiro turno, que não poderá ser encerrado, mes-
mo por falta de oradores, antes de transcorridas duas sessões.
§ 5º O segundo turno não poderá ser também encerrado antes de transcorridas
duas sessões.
§ 6º A redação do vencido e a redação final do projeto competem à Comissão
Especial que o houver elaborado, ou à Mesa, quando de iniciativa desta, de Depu-
tados ou Comissão Permanente.
§ 7º A apreciação do projeto de alteração ou reforma do Regimento obedecerá às
normas vigentes para os demais projetos de resolução.
§ 8º A Mesa fará a consolidação e publicação de todas as alterações introduzidas
no Regimento antes de findo cada biênio.

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Jurisprudência

A Jurisprudência é o conjunto de decisões judiciais tomadas por tribunais superiores


ou por órgãos colegiados ao interpretar e aplicar a lei a casos concretos. Essas decisões
formam um precedente que serve como orientação para casos futuros semelhantes, aju-
dando a estabelecer um entendimento consistente e uniforme do direito.
A jurisprudência desempenha um papel fundamental no sistema jurídico, fornecendo
diretrizes para a aplicação da lei e influenciando as decisões de tribunais inferiores. Ela con-
tribui para a segurança jurídica e a previsibilidade, garantindo uma interpretação coerente
das normas legais ao longo do tempo.
Dessa forma, a jurisprudência, em relação ao Código de Ética e Decoro Parlamentar
da Câmara dos Deputados, refere-se às decisões tomadas por órgãos competentes quando
casos de violação do Código surgem no âmbito parlamentar. Essas decisões ajudam a esta-
belecer precedentes e orientações para futuros casos semelhantes.
Como estudamos, as decisões da Câmara dos Deputados relacionadas ao Código de
Ética são tomadas por meio de processos disciplinares regidos pelo Conselho de Ética e
Decoro Parlamentar ou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar é responsável por investigar denúncias de
quebra de ética e decoro parlamentar. Após a investigação, o Conselho emite um parecer,
recomendando ou não a aplicação de penalidade ao infrator parlamentar. Em seguida, o
parecer é enviado à CCJ, que pode aceitar ou rejeitar as recomendações do Conselho.
Lembra-se de que no início de nossa aula falamos sobre a importância de se utilizar
recursos adicionais ao Código de Ética e Decoro Parlamentar, como materiais de apoio que
incluem jurisprudência, debates e discussões em torno do tema?
Sendo assim, reforço aqui que é muito importante ter conhecimento acerca das deci-
sões do Tribunais Superiores em relação ao CEDP/CD. O assunto vem sendo cobrado em
provas. Em 2014, por exemplo, o Cespe cobrou uma questão objetiva sobre o compartilha-
mento de provas entre o Poder Judiciário e o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, por-
tanto é importante o seu estudo também.

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Considerações finais

Gostaria de parabenizá-lo(a) pelo empenho e pela dedicação na sua jornada de estudo


do Regimento Interno e Código de Ética da Câmara dos Deputados. É uma tarefa desafia-
dora compreender todas as suas nuances e regras, mas tenho certeza de que você deu o
seu melhor.
Ao estudar o Regimento Interno, você teve a oportunidade de mergulhar nas normas
que regem o funcionamento da Casa Legislativa, entendendo os procedimentos de votação,
organização de comissões e as atribuições dos deputados. Esse conhecimento é fundamen-
tal para compreender o funcionamento do poder legislativo e sua importância na democracia.
Já no estudo do Código de Ética, você se aprofundou nas regras e nos princípios que
norteiam a conduta dos parlamentares, como a probidade, a responsabilidade e a transpa-
rência. Esses valores são fundamentais para garantir a integridade e o respeito no exercício
do mandato parlamentar.
Espero sinceramente que todo o seu esforço tenha sido recompensado e que você
tenha absorvido os conhecimentos necessários para obter bons resultados. Lembre-se de
que o aprendizado é um processo contínuo, e cada etapa de estudo contribui para o seu
crescimento pessoal e profissional.
Desejo-lhe boa sorte na sua prova do concurso da Câmara dos Deputados. Que todo o
conhecimento adquirido seja aplicado de forma positiva e confiante para o fortalecimento da
democracia e promoção de um trabalho legislativo ético e responsável.
Estou torcendo por você e espero que alcance o sucesso almejado. Seja confiante,
mantenha a fé, a calma e mostre todo o seu potencial. Boa prova!

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