Você está na página 1de 224

 

The Cente er for Researcch Libraries sccans to providde digital deliivery of its ho
oldings. In somme cases 
problems with the quaality of the original docume ent or microffilm reproducction may result in a lowerr 
quality scan, but it will be legible. In
n some cases pages may b e damaged o or missing. Filees include OC
CR 
(machine searchable te ext) when the e quality of th
he scan and t he language o or format of tthe text allow
ws.  

ed, you may rrequest a loan
If preferre n by contactin
ng Center forr Research Lib
braries througgh your 
Interlibrary Loan Office
e. 

Rights and usage 

Materials digitized by tthe Center fo
or Research Libraries are inntended for th
he personal eeducational and 
research u
use of studennts, scholars, and other ressearchers of tthe CRL member community. Copyrightted 
nd texts may not to be rep
images an produced, dispplayed, distribbuted, broadcast, or downnloaded for o
other 
purposes without the e expressed, written permisssion of the coopyright ownner. 

Center for Research Libraries 
Identifier::  a89bce40-48df-48df-b59a-c64a276bd59a
Range: Sccans   000001 - 000223
Download ded on:  2020-06-23 13:08:44
PARA C ESTADO PRESIDENTE
D I ONYS IO AUS I ER BENTES

MENSAGEM .4. 07 DE SETEMBRO DE 1928:

INCLUI ANEXOS.
MENSAGEM
MEN SAGEM apresentada ao CON GRESS()

LEGISLATIVO DO ESTADO, em sessão solenne


de abertura da z..1 reunião de sua 13." legislatura,
a 7 de Setembro de 1928, pelo Governador
do Estado, Dr. DlONYSIO AUS1ER BENTES.

BELEM -PARA-
OFFICINAS GRAPHICAS DO INSTITUTO LAURO SODRÊ
(ESCOLA PROFISSIONAL DO ESTADO)

1928
Senhores Congressistas

Pela ultima vez, na derradeira Mensagem do


actual quadriennio, cumprimos, com satisfação, o dis-
positivo constitucional, que o determina, entregando
ao vosso juizo a narrativa das principaes occorrencias
desenroladas, em especial, no period° que abrange de
primeiro de julho, do anno passado, a trinta de junho,
do corrente anno.
Cabe-nos, entretanto, esclarecer que, justamente,
porque se trate de resenha expositiva final, teremos
de referir, não somente factos do presente exercicio,
mas ainda outros, occorridos nos primeiros annos da
actual gestão. I\iada fizemos sem o proposito firme de
ser util, de sorte que procuramos realizar um plano
que contivesse a onda avassaladora de desanimo e
desesperança, que reinava na nõssa gente.
E nessa fé viva de alguma cousa conseguir, nunca
nos faltou o estimulo do vosso concurso, prestativo
inteligente. Mas para que algum beneficio produza
activo trabalho, que emprehendemos, não dizemos
agora, mas para o futuro, precisamos que se lhe co-
nheça o honesto desideratum--de tudo empenhar para
que o Pará attinja a sua finalidade de aperfeiçoamento
grandeza, para honra maior da Patria, a que perten-
cemos.
Ha uma unidade nesse intuito, que a exposição
eklarecerk sem que nos mova qualquer sentimento
de vaidade, tão improprio, quando o que se quer, é
3
o bem estar collectivo. Visando-o, pcdemos affirmar-
que animamos todas as iniciativas dignas, sem horas
de ocio, sem instantes de inercia, de sorte que vive-
mos já quasi quatro annos de intensa actividade. Não
podia ser de outra fôrma, pois que.o tempo urgia, em
consequencia dos problemas prementes, a encarar e a
resolver.
Agimos, activamos e se não nos foi dado con-
cluir a tarefa, nada importa, queremos que outros a
prosigam, de modo que o nosso Estado não se desvie
da róta que o leve à sua verdadeira grandeza. Um.
duplo consolo nos conforta : fomos apenas o anima-
dor do pouco, que se fez, e a certeza de que é grande
o anseio do progresso.. na alma dos nosscis concida-
dãos.
São essas as nossas primeiras palavras, os nos-
sos primeiros esclarecimentos, dados com a mesma
consideração, que sempre nos merecestes, alegre por
vos vér, dedicados e patriotas, entregues ao labor de
traçar e redigir leis sábias em proveito da nossa terra
e por, mais uma vez, vos saudar, nesta data, grande
para o Bra.sil e expressiva, para nós, porque n'ella ini-
ciaes os vossos trabalhos legislativos.

Mensagens E' um facto vulgar, de simples cortezia official, a


permuta de mensagens e relatorios e nos .absteriamos
de fazer-lhe referencia, senão houvessemos de
graphar
observaçeies colhidas no trato desses documentos.
Começaremos por nos referir á ultima que o exmo.
sr. dr. Washington Luiz, bentmerito presidente da Re-
publica, dirigiu ao Congresso Nacional, em maio deste
anuo e que representa um padrão de trabalho perfei-
tamente orientado. A segurança de seu plano de esta-
bilisação e saneamento da nossa moeda, :de modo a tel-a
possivel de curso, onde quer que se encontre um bra-
sileiro, traçado e resolvido, como o traçou e o medi-,
tou,:obedece a um criterio perfeitaniente
scientifico,
4
Ame pr:pipoye asr, qtu,sas, espera os, 9ffeitos, Insrao
quando espiritos menos avisados procuram peilurbar-
Jibe acção serena e patriotica.
.Mas,emquanto oppositores ferrenhos discutiap-
lhe,nem sempre da mais louvavel maneira, os assertos
an,teripres, ,s. exc. Produzia a prova do seu projecto,
realisando o equilibrio orçamentario, obstaculò contra
que, affirmavam, haviam de esbarrar os seus intentos.
Desconheciam em s. exc. o homem de decisão, que se
revelou, constantemente flutua actividade publica con-
tinud, que não se teme de difficuldades quando é pre-
ciso vencel-as emn proveito collectivo. Alem dessas
vantagens já obtidas, ha a assig,nalar a suppress5o do
jogo do cambio, sempre de consequencias nocivas ás
.
finanças nacionaes e A particular. Entretanto, dessa me-
dida resultou phenomeno inverso, benefico áquellas,
porquanto a. s massas de dinheiro, que eram empregadas
nesse joio, puderam, acudir, com mais facilidade, às
que necessitam -de capitaes. Reaffirmamos aqui, peran-
te vós, o conceito que formulamos sobré a mensa-
gem, logo que lhe conhecemos o texto completo, com
a consciencia de que não incidiam as nossas pala-
vras sabre o esforço individual, do eminente cida- I I.

dão, mas accentuavam o valor social, innegavel, da


obra emprehendida, com profundo proveito da Nação.
Isso, facilmente, se verificará, cotejando os balanços
dos bancos nacionaes e estrangeiros, nas carteiras
sobre as quaes acabamos de nos referir.
Não podemts tambem silenciar a impressão que
em nós produziram os relatorios dos srs. ministros e
as mensagens dos srs. governadores e presidentes de
Estados.
Todos testemunham desusado labor e accentuada
vontade de concorrer para o progresso patrio. Não
se inventam dados, que a photographia reproduz, nem
algarismos, que ã estatistica alinha, para mostrar o
crescimento verificado em todas as unidades da Fe-
deração, e isso quando espiritos derrotistas e doentes
asseveram nosso deperecimento.
Quem, com sinceridade, examine quanto havemos
- produzido, nestes ultimos annos, de norte a sul do
5
:regfitrirsi, com prazer, o 'Aran° qiie.iimosëóh-
. itykútdo: ' ' '
E isso que não deve. constittiir mcitivb de orgulho
'ItitProductivo, merece que se aisignale, como esti-
-hullo irresistivel a maiores cónquistas.
E, ein sum ma, estas observaçõés se'baseam Sobre
juizo, imparcial e sereno, de homens notaveis, dentro
fóra do paiz.

ReIngdes officines Temos grata satisfação em participar.vos qtke con-


tinuam cordiaes as relações do Governo com as alfas
autoridades ecclesiasticas, .federaes, consulares, esta-
doaes e municipaes, e á mais inteira harmonia de
vis-
tas com os outros poderes constituidos do Estado.
Com o governo da Republica, com a nossa repre-
sentação federal e com os governos dos Estados conti-
nuamos a manter cordialidade, estreitando cada vez
mais os .laços que devem existir entre todos os eie-
mentos da Federação.

Rovisio
4a Constituiçao
Obedecendo aos preceitos do art. 86, titulo IX da
do Estado Constituição do Estado, votada em 1915, foi revisto, no
anno findo, o nosso pacto politico.
Trabalho do mais alto valor politico e social, teve a
realisal-o a cooperação patriótica do Congresso,
numa
demonstração fiel de cohesão, orientada pelos interesses
legitimos de nossa vida autonoma, na Federação. Muito
nos penhorou a honrosa distincção daf mesas e commis-
sões de leis das duas casas do Legislativo, permittindo
tomassemos parte na organisaçâo -do ante projecto da
reforma. Assim, effectuaram-se cinco sessões no Falado
.do Governo, nas quaes tornaram parte,
representando o
Poder Executivo, o dr. Deodoro Mendonça,
secrefario geral
do Estado ; e os senadores Cyriaco Gurjão,
presidente, e
Augusto Borborema, secretario db Senado;
senadores Ama-
zonas de Figueiredo e Fulgencio Simões ;- deputados
Igna-
cio Nogueira, presidente,- Porto de Oliveira,
secretário
e Elias Vianna, leader da Camara. Esse illustre conjuncto
de homens publicds estudou .demoridamente
a revisão e
letligiu a proposta, que se transformou no projecto,

6
cutido e approvado em tres turnos, em cada casa, sendo
promulgada a 26 de outubro pelas mesas do Senado e
Camara dos Deputados. Examinaram tambem o ante-
projecto, por especial deferencia, os srs. desembargador
?ires dos Reis e dr. Samuel Mac-Dowell.
Reproduzindo, em seguida, os termos da antiga Cons-
tituktio e os pontos revistos, temos grande honra em
deixar aqui consignada a nossa mais viva congratulgao
comvosco, pela grande e valiosa obra civica e politica,
que esse trabalho representa.

Coastitoição Politica do Estado do Pará


As Mesas das duas Camaras do Congresso Legislativo do Es-
tado do Pará, de accordo com o dispositivo no art. 86 e seu § unico
da Constituição do Estado, promulgam a revisão á mesma Consti-
tuição.
TITULO 1
Da organisaVio cio Estado
Art. 1.0-0 Estado do Pará, parte integrante da
Republica dos Estados Unidos do Brasil, é constituido
pelo territorio da antiga Provincia do Pará, com os res-
pectivos limites, e mais o territorio do antigo contestado
do Amapá, que lhe foi incorporado por acto do governo
federal, de 18 de janeiro de 1901, sem prejuizo de acqui-
sições possiveis nos termos do art. 4.0 da Constituição
Federal.
Art. 2.°--70 Estado tem livre e pleno exercido dos
poderes inherentes ao seu governo e administrcção,
sem outras restricções além das expressamente defini-
das na Constituição Federal.
Art. 3.°Os poderes politicos do Estado são : o Legislativo. 0
Executivo e o Judiciario.

TITULO 11
Do Poder Legislativo
CAPITULO I
DO CONGRESSO

Art. 4.0-0 Poder Legislativo é exercido pelo Congresso, com


a sancçâo do governador, e compõe-se de dois ramos : a Camara dos
Deputados e o Senado.
Art. 5.°A eleição dos membros do Congresso será regulada
por lei ordinaria e feita simultaneamente em todo o Estado.
§ unico. Nenhum cidadão poderá ser deputado e senador ao
mesmo tempo.
Art. 6.°-0 Congresso, independente de convocação,
na capital do Estado, em dia designado por lei ordinaria, e funccio-

7
nart dois ;¡es coUtinuos,'POdendo ser convocado extraordhialla-
!petite; e proiogadasiou,adiadas,suas sc;ssões.: '
§ 1.0. Qualquer que seja o dia designado para a installação, da
sessão ordinaria, sei-o-d de modo que esta se realise por completo
dentro de um anno.
§ 2.0 Cada legislatura &rani tres annos.
§ 3.0 Vagando qualquer logar no Congresso, proceder-se-4 im-
mediatamente a .nova
§ 4.0 Em hypothese alguma poderá o Congresso ser dissolvido.
Art. 7.0As duas casas do Congresso funccionarilo separada-
mente, salvo as excepções estabelecidas nesta Constituição.
4 1.0 Suas sessões-ortribarias realisar-se-ão com a presença. da
maioria absoluta de seus membros.
§ 2.0 Todas as sessões serão publicas, a menos que o contrario
seja resolvido por maioria dos votos presentes.
Art. 8.0A Camara e o Senado verificargio e reconhecerão os
poderes de seus membros; elegerão suas Mesas, organisanlo seus
regimentos e nomearão os empregados de suas Secretarias.
Art. 9.0-0s deputados e senadores são inviolaveis por suas
opiniões, palavras e votos, no exercido do mandato.
Art. 10.Os deputados e senadores, desde que
tiverem recebido o diploma até a nova eleição, não po-
derão ser presos nem processados criminalmente sem
prévia licença da respectiva Camara. salvo caso de fla-
grante em crime inafiançavel. Neste caso, o processo
instaurado seguirá seus termos até a pronuncia, ou sen-
tença nos processos em que não houver pronuncia, ex-
clusivamente, e a autoridade processaste remetterá os
autos á Camara respectiva para resolver sobre a proce-
dencia, da accusação se o accusado não optar pelo jul-
gamento immediato.
§ 1.0 Se a Camara ou o Senado resolver que a ac-
cusaçâo não prosiga, esta não poderá ser renovada.
§ 2.0 No caso de prisão era flagrante, em crime
inafiançavel, uma vez negada a licença para a continua.-
çâo do processo, a autoridade processante determi-
nará a soltura immediata do senador ou deputado.
Art. 11.Os membros das duas Camaras, ao tomarem assento,
contrahirão compromissG formal, em sessão publica, de bem cumprir
os seus deveres.
Art. 12.Durante as sessões, os senadores e deputados vence-
Tio subsidio pecuniario egual, fixado pelo Congresso no fim de cada
legislitura, para a seguinte.
Art. 13.Perde o mandato o senador ou deputado
que acceitar do governo do Estado qualquer cargo re-
munerado pelo Thesouro, ou em virtude de funcç.ão
publica, por pessoas interessadas em negados e con-
cessões junto ao governo do Estado. Exceptuam-se'os
cargos de accesso, promoções legaes, os cargos que
# forem remunerados pelos cofres municipaes, e, mediante
autorisaçâo da respectiva Camara, as commissões,
subsidiadas ou não, para as quaes se exija competencia
technics, e as missões
diplomaticas.,
§ unico. Durante as sessões cessa o exerciao de qualquer outra
funcOo.
Art. 14.Sao condições de elegibilidade para o Congresso:
, 1) Estar o cidadAo no exercicio dos direitos civis e politicos;
'Possuir os requisitos para eleitor;
Ter mais de vinte e um annos, para deputado e mais de 30
para senador,
Não se achar comprehendido em incompatibilidade definida
ém lei ordinaria;
Estar domiciliado por mais de tres annos no Estado.
CAPITULO II
DA CAMARA DOS DEPUTADOS

Art. 15.A Camara compõe-se de trinta deputados, eleitos me-


-diante suffragio directo, por escrutinio de lista e voto incompleto.
Art. 16.-0 mandato de deputado durará tres annos.
Art. 17.Compete 'privativamente ti Camara dos Deputados a
declaração da procedencia ou improcedencia da accusação contra o
:governador do Estado, e a iniciativa dos projectos de leis de impos-
tos e de fixação da Força Publica.

CAPITULO Ill
DO SENADO

Art. 18.-0 Senado compõe-se de 18 membros, eleitos pelo mes-


mo modo por que o forem os deputados.
Art. 19,-0 mandato de senador durará nove annos, renovando-
se o Senado pelo terço, triennalmente.
§ unico. O mandato de senador eleito em substituição de outro,
durará o tempo que restar ao substituido.
Art. 20. -Compete privativamente ao Senado processar e julgar
o governador do Estado nos crimes de responsabilidade.
§ 1.0 O Senado, quando deliberar como Tribunal Superior de
Justiça, será presidido pelo presidente do Tribunal Superior de Jus-
tiça.
§ 2.0 Só proferirá sentença condemnatoria por dois terços dos
membros presentes.
§ 30 Não poderá impor penas além da perda do cargo e da in-
capacidade para exercer qualquer outro sem prejuizo da acção da
justiça.
CAPITULO I V
DAS ATTRIBUIÇOES DO CONGRESSO

Art. 21.Compete ao Congresso :


1.0) Apurar e proclamar a eleição do governador,
elegel-o no caso do art. 36 § 3.0, e dar-lhe posse;
2.9 Orçar a receita e fixar a despesa do Estado
annualmente e decretar todos os impostos que pela
Constituição Federal lhe sejam permittidos e tomar con-
tas ao governo relativas a cada exercicio financeiro;
3.0) Conceder autorisação ao governador para contrahir em-
prestimos e fazer outras operações de credito;
4.0) Regular a arrecadação e a distriliuiçâo das rendas; as con-
dições e o processo da eleição para os cargos do Estado;
5.0) Resolver sobrc os limites dosMunicipios e os ajustes e con-
venções com os Estados da União:

_9_
8.0) Decretar as leis e as resoludlesnecessarias'ao
exercido dos poderes' do Estado. e as leis organicas
para execução completa desta Constituidio;
7.0) Designar a Capital do Estado;
8.0) Conceder subsidios aos Municipios;
9.9 Fixar annualmente a Força Publica, regulando a sua compo-
sidio;
10.) Crear e supprimir empregos publicos; fixar-lhes as attribui-
dSes e estipular-lhes os vencimentos
11.) Commutar e perdoar as penas impostas, por
crime de responsabilidade, aos funccionarios estaduaes;
12.) Approvar as convenções e os ajustes feitos pelo governador;
13.) Annullar dentro do primeiro anno da sua pu-
blicação as resoluções e leis municipaes que infringirem
as leis federaes e as do Estado, ou offenderem direitos
de outros Municipios; decidir os recursos interpostos das
eleições municipaes, na primeira reunião do Congresso
após a sua interposição, uma vez effectuado no praso e
forma determinada em lei;
Approvar ou não as leis relativas as operações de empresti-
mos municipaes, uma vez reconhecida a sua necessidade e estabele-
cidos os meios adequados a fiscalisar-lhes a recta applicação;
Reclamar cumulativamente com o governador a intervenção
do governo da União para restabelecer a ordem e a tranquilidade no
Estado;
Dar posse ao governador e conceder-lhe ou negar-lhe licença
para ausentar-se do Estado;
Velar pela guarda da Constituição e das leis do Estado e da
União;
18.; Prorogar e adiar as suas sessões;
19.) Legislar sobre :
Divida publica e meios para o seu pagamento;
Navegação dos rios que correm pelo territorio do Estado;
Terras e minas de propriedade do Estado;
Instrucção publica;
Regimen municipal, sem quebra da autonomia dos municipios;
Desapropriação por utilidade publica do Estado e do Muni-
cipio;
Obras publicas, estradas, canaes e navegação no interior do
Estado, que não pertençam á administração federal;
Construcções de prisões e seus regimens;
Civilisaçâo dos indios;
j) Divisão politica, administrativa e judiciaria do Estado;
h) Organisação judiciaria e direito processual da justiça do Es-
tado;
Incorporação de outro Estado ao do Pará e divisão deste nos
termos da Constituição Federal;
Desenvolvimento das sciencias, das artes, das industrias, da
agricultura e da immigraç.ão, e sobre outras materias que lhe são fa-
cultadas pela Constituição Federal;
Hygiene e segurança publicas.
Art. 22.As attribuições relativas á eleição, posse e licença do
governador, assim como as que versarem sobre convenções e ajus-
tes feitos por este, ou tratarem de prorogação e adiamento das ses-
sões do Congresso, independem de sancção.

10
§ 1.0 Nos casos referentes ti eleição, posse e licença do gover-
nador, as decisões do Congresso serão promulgadas pelo presidente
do Senado.
§ 2,0 Em todos os demais casos, as deliberações do Poder
Le-
gislativo, ainda quando independam de sancção, ou no caso de
sps-
tentação de projecto não sanccionado, serão
promulgadas pelo go-
vernador, como chefe do Poder Executivo. Na hypothese do gover-
nador demorar a promulgação por mais de quarenta e oito horas,
contadas seguidamente da entrada do autographo na Secretaria do
Governo, o presidente do Senado e, em sua falta, o da Camara,
se
aquelle tambem o não fizer em igual praso, fará a promulgação,
usando da seguinte formula : F......Presidente do Senado, (ou da
Camara), faço saber aos que o presente virem, que o Congresso
do
Estado decretou e eu promulgo a seguinte lei (ou resolução).
Art. 23.As Camaras funccionarão reunidas para abertura e
encerramento do Congresso; apuração da eleição de governador:
eleição deste no caso do § 3.0 do art. 36, e posse do mesmo.
Art. 24.Se o Congresso, dentro do respectivo exercicio,
não
votar as leis orçamentarias da receita e da despesa e a de fixação
de forças, continuarão a ser executadas, por mais um
anno, as que
então estiverem em vigor.

CAPITULO V
DAS LEIS E RESOLLVES

Art. 25.Salvo as excepções do art. 17, todos os projectos de


lei podem ter origem indistinctamente na Camara ou no Senado, sob
a iniciativa de qualquer de seus membros ou por proposta, em men-
sagem, do Poder Executivo.
Art. 26.-0 projecto de lei adoptado numa das Camaras será
submettido á outra, e esta, se o approvar. envial-o-a ao Poder Exe-
cutivo, que, acquiescendo, o sanccionará e promulgará.
§ 1.0 Se, porém, o governador o julgar inconstitucional
ou con-
trario aos interesses do Estado, oppor-lhe-á o seu véto, dentro
de
dez dias uteis contados daquelle em que receber o projecto, devol-
vendo-o nesse mesmo praso á Camara onde elle tiver sido iniciado,
com os motivos da recusa.
§ 2.0 O silencio do Poder Executivo, terminado o decennio, im-
porta sancção; e no caso de ser negada quando já estiver encerrado
o Congresso. o governador dará publicidade ás suas razões.
§ 3.0 Devolvido o projecto á Camara iniciadora, esta o sujeitará
a uma discussão e votação nominal; e sendo adoptado por dois ter-
ços dos membros presentes, será remettido á outra, de onde, se fôr
tambem sustentado por dois terços dos votos, nas mesmas condi-
ções, volverá ao governador para ser promulgado como lei do Es-
tado.
§ 4.0 Nessa discussão especial, o projecto poderá ser modifica-
do, em votação ordinaria, no sentido de alguma ou de todas as
ra-
zões allegadas pelo Poder Executivo, e assim, novamente redigido,
será submettido á sancção.
§ 5.0 A sancção e a promulgação effectuam-se por estas for-
mulas :
1.9 «0 Congresso do Estado decretou e eu sancciono a seguin-
te lei» (ou resolução).
2.9 «0 Congresso do Estado decretou e eu promulgo a seguin-
te lei» (ou resolução).

11
Art. 27.-0 projecto de lei de uma Camara, se Rat* emendado na
.'outra, Vés!tarsi com emendas á primeira que, acceitando-as, o enviará
imam nicidificado aolPoder Executivo.
p.
§ 1.0 No caso contrario, volverá á Camara revisora onde, só se
considerarão appróvadas as alterações se obtiverem dois terços de
votos presentes, e, nesta hypothese, tornara ti Camara iniciadora,
que só as poderá reprovar mediante dois terços da totalidade de
seus membros.
§ 2.0 RejAmilas, pc:r este modo, as alterações, o projecto será
enviado sem ellas á sancção.
Art. 28.As leis e resoluções do Congresso não poderão ser
sanccionadas ou promulgadas em parte, exceptuadas as leis de oi-
vamento, que poderão ser impugnadas nas partes em que o Execu-
tivo as julgar inconvenientes, devendo, neste caso, ser promulgadas
com a declaração deque as disposições não acceitas, e assim, não
sanccionadas pendem de ulterior decisão do Congresso.
§ unico. Neste caso vigorará a disposição legal anterior que o
Executivo applicar.
Art. 20.70 projecto totalmente rejeitado, ou não sanccionado,
não poderá ser restabelecido nos mesmos termos, durante a sessão
legislativa.
TITULO Ill
Do Pokier Executivo
CAPITULO I
DO GOVERNADOR

Art. 30.-0 Poder Executivo é delegado ao governador do Es:


tado.
INo impedimento ou falta do governador assumirão o gover-
no :L0) o presidente do Senado; 2.°) o presidente da Camara dos
Deputados; 3.°) os vice-presidentes do Senado e da Camara,
na or-
dem da sua numeração, preferindo no mesmo numero o Senado 11
Camara.
IINo caso de vaga ou renuncia do governador do Estado,
substituto declarará no praso de cinco dias, o &a da eleição, seu
a qual se
realisard sessenta dias depois da vaga, e, não o fazendo, os inten-
dentes municipaes convocarão os eleitores para esse dia.
O governador que fôr eleito neste caso, começará
novo periodo
governamental de quatro annos, a contar do dia em que como tal fõi
proclamado.
Art. 31.São condições de elegibilidade para o_rgd de gover
nador:
1.0) Ter nascido no Estado do Pará;
2.0) Estar no exercicio dos direitos civis e politicos;
3.°) Ter pelo menos trinta annos de idade;
4.°) Ter residido no Estado durante os quatro annos que
prece-
deram á eleição, salvo se estiver no desempenho de mandato electi-
vo federal.
§ unico. São inelegiveis para o cargo de governador :
O cidadão que estiver exercendo o Poder Executivo
ao tempo
da eleição; ou então trinta dias antes della;
Os parentes consanguineos e affins, no primeiro e segundo
grão, de quem estiver exercendo o Poder Executivo ao tempo da
eleição, ou o tiver exercido dentro de seis mezes que o precederam.

12
Art. 32.O governador exercerá o cargo por
annos, no podendo ser reeleito quatro
para o quatriennio im-
mediato, ainda mesmo que no tenha completado
o praso
constitucional pare o qual fôra eleito.
§ 1.0 0 governador deixará o exercício
funcçdes no mesmo dia em que terminar de suas
o quatriennio,
succedendo-lhe immediatamente o recem-eleito.
§ 2.0 Se este se achar impedido
tuição far-se-g nos termos do art. 30. ou faltar, a substi-
Art. 33.Ao empossar-se do urge),
esta affirmação: «Prometto cumprir o governador pronunciarti
a Constituição Federal e a deste
Estado; observar as leis e desempenhar
governador». com lealdade as funcçaes de

Art. 34.-0 governador não poderá


sahir de terri-
torio do Estado, sem licença do Congresso,
tar emprego ou commissão do nem accei-
governo federal sob pena
de perda do cargo.
§ 1.° Esta prohibição não
comprehende os casos de ausencia
maxima de quarenta e cinco dias.
§ 2.° Nesta hypothese e até
que o Congresso resolva, o aug-
mento daquelle praso poderá ser requisitado
e desde logo dado pela
respectiva Mesa, para tal fim
§ 30 Na impossibilidade daespecialmente
reunião
reunida.
a presença do presidente do Senado ouda Mesa do Congresso, com
com a do da Camara dos
Deputados, a faculdade de licenciar é conferida
rior de Justiça, que por maioria de votos ao Tribunal Supe-
dos juizes presentes, dará
ou negará o augmento do praso da licença.
Art. 35.-0 governador perceberá o subsidio
Congresso no periodo que fôrfixado pelo
governamental anterior.

CAPITULO II
DA ELEIÇÃO DO GOVERNADOR

Art. 36.Sessenta dias antes de terminar


o periodo governa-
mental, proceder-se-á em todo o Estado á eleição
para o período seguinte. para governador
§ Lo Trinta dias depois da eleição,
vocação, reunidas as duas Camaras em independentemente de con-
membros sob a presidencia do presidente maioria absoluta de seus
do Senado, ou de seus
substitutos, effectuar-se-A a apuração da dita eleição
e a proclamação
do governador eleito.
§ 2.0 Se nenhum dos candidatos obtiver
o terço dos votos ex-
pressos, o Congresso elegerá o governador por maioria
membros presentes, dentre os dois candidatos mais absoluta dos
rindo o mais velho no caso de empate. votados, prefe-
§ 3.0 A apuração será feita em uma só
sessão, não podendo os
membros do Congresso abster-se de votar, nem retirar-se
cOncluida a votação. antes de
§ 4.0 Da sessão em que se fizer a apuração,
será lavrada uma
acta, assignada pela Mesa e membros presentes, extrahindo-se
della
duas copias, uma das quaes será remettida ao
outra ao .Archivo Publico. governador eleito ea
§ 50 O regimento do
Congresso regulara o
ção e o da eleição no caso do § 2.° deste artigo. processo da apura-
CAPITULO III
DA RESPONSABILIDADE DO GOVERNADOR

Art. 37.-0 governador do Estado, nos crimes communs, semi


processado e julgado pelo Tribunal Superior de Justiça, e nos de
responsabilidade, pelo Senado, como determina o art. 21, era am-
bos os casos depois que a Camara declarar procedente a accusação.
§ unico. Decretada a procedencia da accusaçâo ficará o gover-
nador suspenso de suas funcções.
Art. 38.São crimes de responsabilidade os actos do governador
que attentarem contra :
1.0) A existencia politica da União;
2.0) A Constituição Federal e a do Estado;
3.0) O livre exercicio dos poderes politicos;
4.0) O goso e o exercicio legal dos direitos publicos ou indivi-
duaes;
5.0) A segurança interna do Estado;
6.0) A probidade da administração;
7.0) A guarda e o emprego constitucional dos dinheiros publi-
cos.
CAPITULO I V
DAS ATTRIBUIÇÕES DO PODER EXECUTIVO

Art. 39.Compete privativamente ao governador do Estado:


1.0 Sanccionar, promulgar e fazer publicar as leis e resoluções
do Congresso;
2.0 Expedir decretos, instrucções e regulamentos para sua fiel
execução;
3.0 Prover os cargos publicos, civis e militares, na forma da lei:
4.0 Enviar ao'Congresso, no principio de cada sessão legislativa,
uma mensagem em que dará conta dos negocios do Estado e indi-
cará as providencias reclamadas pelo serviço publico;
5.0 Convocar extraordinariamente o Congresso por praso certo,
não podendo o mesmo occupar-se de assumpto extranho ao da con-
vocação;
6.0 Nomear magistrados na forma da respectiva lei;
7.0 DispOr da Força do Estado conforme as exigencias da ordem
publica;
8.0 Celebrar com outros Estados, ajustes e convenções sem ca-
racter politico, sujeitando-os á approvação do Congresso;
90 Reclamar a intervenção do governo da Unido, na forma da
Constituição Federal, dando ao Congresso sciencia do seu acto;
Representar o Estado perante os poderes federaes e de ou-
tros Estados;
Apresentar a qualquer das Camaras do Congresso propos-
tas de lei, quando julgar conveniente;
Verificar a constitucionalidade dos impostos creados, bem
como o emprego legal e a recta applicaçâo dos dinheiros publicos
nos Aunicipios; suspender as leis e resoluções dos Conselhos Muni-
cipaes que infringirem as leis federaes e as do Estado, offenderem
direitos de outros Munioipios, ou forem gravosas em materia de im-
postos e forma de o arrecadar ou applicar;
Mandar proceder As eleições dos membros do Congresso e
dos demais funccionarios elegiveis;
Fazer applicaçâo das rendas. publicas aos serviços determi-
nados pelo Congresso;

14
Levantar forças militares do Estado, nos casos de invasilo
estrangeira ou commoção interna, ou perigo tito imminente que nap
admitte demora, communicando logo o facto ao governo federal e ao
Congresso do Estado em sua primeira reunião;
Dissolver a Força Publica do Estado no caso de necessidade,
dando conta ao Congresso em sua primeira reunião;
Approvar ou annullar os vetos interpostos pelos intendentes
municipaes;
Nomear e demittir livremente os intendentes municipaes;
Abrir creditos extraordinarios e decretar despesas e soccor-
ros nos casos urgentes, nos de epidemia ou de calamidade publica,
sujeitando o acto ao Poder Legislativo na primeira opportunidade;

Indultar e commutar as penas nos crimes sujei-


tos á jurisdicçâo estadual, salvos os casos a que se re-
fere o art. 21, n. 11;
Alienar ou hypothecar bens immoveis do patri-
monio do Estado, uma vez que para isso obtenha licen-
ça do Congresso, que somente poderá concedel-a por
dois terços de votos em cada Camara.

CAPITULO V
DA SECRETARIA DO GOVERNO

Art. 40.Como auxiliar administrativo do Poder Executivo ha-


verá o secretario geral do Estado, de nomeação e da immediata con-
fiança do governador. Este funccionario reunirá sob sua inspecção os
diferentes ramos dos serviços do Estado, todos com chefes autono-
mos, dentro da organisaçâo que a lei estabelecer.
Art. 41.-0 secretario geral do Estado referendará todos os
actos do Poder Executivo, sendo responsavel, porém, apenas pelos
que expedir por direito proprio, com sua assig-natura exclusivamente.
§ unico. Nos crimes de responsabilidade será julgado pelo Tri-
bunal Superior de Justiça e nos communs, pela justiça ordinaria
Art. 42.E' prohibida a accumulação do cargo de secretario ge-
ral com outro emprego publico, sendo aquelle incompativel com
qualquer funcção politica electiva.

CAPITULO VI
DA POLICIA CIVIL

Art. 43.-0 serviço de policia e segurança do Estado é commet-


tido ti direcção de um chefe, de livre nomeação e demissão do go-
vernador, dentre os bachareis ou doutores em direito.
§ unico. Lei ordinaria organisará os diversos serviços da poli-
cia civil, sua hierarchia e attribuiçães, subordinadas ás regras do ar-
tigo seguinte.
Art. 44.Compete á administração da policia civil :
A direcção e fiscalisação das prisães;
Auxiliar as autoridades judiciarias na execução
das sentenças e ordens legues; investigar o crime, pre-
venir a sua pratica e prender os criminosos;
C) Auxiliar a policia dos municipios, fazer respeitar-lhes as reso-
luçães e prender os infractores.

15
CAPITULO VII.
DA FORÇA PUBLICA 00.EBTADO

Art. 45.Alem da policia administrativa e da judi.:-


dada, haverá no Estado uma Força Militar organisada
por lei ordinaria, baseada nos seguintes principios
1.°) Esta Força será organisada por engajamento voluntario e
em caso algum por meio de recrutamento forçado;
2.°) O commandante em chefe será o governador
do Estado, que nomeará, demittini, promoverá, punirá
disciplinarmente os officiaes nos casos e forma estabe-
lecidos por lei;
3.°) A Força será, dentro dos limites da lei, essen-
cialmente obediente, e só poderá reunir-se ou mobili-
sar-se de ordem do governador.
Art. 46.-0 commandante geral da Força e os dos
corpos quea compõem serão de livre nomeação e demis-
são do governador.
§ unico. Os officiaes desta milicia perderão as pa-
tentes não só quando condemnados no Mr° commum,
por sentença passada era julgado, a pena de prisão por
mais de dois annos, mas tambem por effeito de sen-
tença proferida por tribunaes de seus pares, na confor-
midade das leis de sua organisação.

TITULO IV
Do Poder dudiciario
Art. 47.-0 Poder Judiciario terá por °robs :
1Tribunal Superior de Justiça, com séde na capital, composto
de sete desembargadores, no minim°, e com jurisdicçao
Estado. em todo 0:
11Juizes de direito, com jurisdicção nas comarcas.
111Juizes substitutos, com jurisdicção nos Districtos Judiciarios,
e supplentes, nas circumscripções;
1V Tribunaes do Jury;
VTribrinaes Correccionaes.
Art. 48.Os membros do Tribunal Superior de Jus-
tiça serão nomeados pelo governador do Estado da
lista
que Mr organisada pelo mesmo tribunal, a qual conterá
seis nomes para cada vaga a preencher, sendo metade
pela antiguidade absoluta e outra metade por mereci-
mento, dentre os magistrados que tiverem mais de seis
annos de serviço de juiz de direito.
§ unico. As nomeações terão feitas de
guidade alterne com as outras.
modo que a por anti-
Art. 49.A nomeação de juizes de direito será
feita pelo go-
vernador do Estado, mediante as condições e formalidades
lei:cleterminar. que a
§ unico. A primeira nomeação não poderá
ser senão
para comarca de primeira entrancia.
Art. 50.Aos magistrados vitalicios da antiga
foram aproveitados, continúa garantida, organisação, que
para todos os effeitos, a an-
tiguidade, que lhes tiver sido reconhecida.

16
Art. 51.A Constituição garante aos magistrados :
1A vitaliciedade, para o effeito de só perderem o cargo por
sentença criminal ou incapacidade physics ou moral.
11A inamovibilidade, para o effeito de só serem removidos
a
seu pedido, por accesso, nos termos da lei, ou por conveniencia Pu-
blica, com informação ou propostas do Tribunal Superior de
e da fórma que f6r estabelecida em lei ordinaria. Justiça,
§ 1.0 Ficará em disponibilidade, com o respectivo
juiz de direito :
ordenado, o
Iquando supprimida a comarca por elle occupada ;
11quando a sua permanencia na comarca fôr reconhecida incon-
veniente, nos termos deste artigo, e não houver nenhuma outra vaga,
para qual possa ser removido.
§ 2P A incapacidade moral e a conveniencia publica serão
pro-
cessadas e julgadas pelo Tribunal Superior de Justiça, mediante de-
nuncia de qualquer cidadão ou do Ministerio Publico.
Art. 52. Em materia criminal será mantida, por via
de regra, a competencia do Jury para o julgamento dos
crimes, excepto os que tiverem competencia definida em
leis especiaes.
Art. 53.As comarcas serão classificadas em entrancias, para o
fim de se regularem a nomeação, o accesso e os vencimentos dos
juizes de direito.
Art. 54.Para o julgamento das causas civeis e criminaes, ha
somente duas instancias, respeitados os recursos concedidos pela
Constituição Federal.
Art. 55.Os membros do Tribunal Superior de Justiça, nos cri-
mes communs e de responsabilidade, responderão perante um Tri-
bunal Mixto, composto de dois desembargadores, tirados á sorte, e
de dois senadores sorteados pela respectiva Camara, todos sob
a direcção do presidente do Tribunal Superior delhstiça.
§ unico. No caso de não se achar reunido o Senado, o presi-
dente deste fará a devida convocação, e, dentre os que comparece-
rem, sorteará dois.
Art. 56.-0 Tribunal Superior de Justiça elegerá annualmente
dentre seus membros o presidente, e organisará a respectiva Secre-
taria.
Art. 57.Ao Tribunal Superior de Justiça compete :
1.0 Organisar seu regimento interno sob as bases estabelecidas
pelo Poder Legislativo, só podendo alteral-o mediante autorisação
do mesmo Poder, e pela fórma que f6r permittida;
2.° Processar e julgar o governador do Estado nos crimes
com-
muns e de responsabilidade, e os membros do Tribunal de Contas
nos crimes de responsabilidade;
3.° Conceder chabeas-corpus» :
40 Organisar a lista de antiguidade dos juizes de direito
a nnualmen te; revel-a
ao Julgar os conflictos de jurisdicção judiciaria;
6.° Decidir, em ultima instancia, as causas julgadas em
pelos juizes de direito, pelo Jury e pelos Tribunaes primeira
Correccionaes
7.° Licenciar seus membros até o praso de um anno, na fórma;
da legislação do Estado;
8.° Conhecer os pedidos do governador, de permissão
do territorio do Estado, na fórma do § 30 do art. 34. para sahir
Art. 58.Ao juiz de direito compete em geral :

17
1.0 Processar e julgar em primeira instancia as causas de qual-
quer natureza, exceptuadas as de pequeno valor, que decidirá em se-
gunda instancia, na fánna que a lei determinar;
2.0 Conceder «habeas-corpus».
Art. 59.Os juizes substitutos terno jurisdimlo nos districtos
judiciarios em que few dividida a comarca, e compete-lhes;
1.0 Processar e julgar em primeira instancia as demandas de pe-
queno valor;
2.0 Auxiliar os juizes de direito e substituil-os nos impedimentos
e faltas, nos termos que a lei determinar.
§ unico. A lei estabelecer-lhes-á tambem as condiçOes de no-
meação, exercicio e permanencia.
TITULO'
Do Ministerio Publico
Art. 60.Ao Ministerio Publico incumbe representar os interes-
ses do Estado, dos orphdos, dos ausentes, dos interdictos e das mas-
sas fallidas perante o Poder Judiciario. Este Ministerio compae-se
de um procurador geral do Estado, um subprocurador, promotores
publicos e seus adjunctos, curadores geraes dos orphaos, ausentes,
inderdictos e massas fallidas e promotores de residuos.
Art. 61.-0 procurador geral é o chefe do Ministerio Publico, e
será nomeado por quatro annos, dentre os doutores e bachareis
em
direito notoriamente probos e illustrados; terá a mesma categoria e
o mesmo f6ro dos membros do Tribunal Superior de Justice.
Art. 62.Além das attribuições que lhe forem conferidas em lei,
compete ao procurador geral do Estado:
1Dirigir o Ministerio Publico e seus funccionarios inferiores,
dando-lhes instrucções e applicando-lhes penas correccionaes.
IISuscitar e sustentar os conflictos de jurisdicção judiciaria.
IIIPromover e sustentar a accusação dos delinquentes que res-
ponderem perante o Tribunal Superior de Justiça e perante o Tri-
bunal Mixto, como parte principal, mesmo havendo accusador parti-
cular.
1VConsultar com o seu parecer sobre questões juridicas sem-
pre que lhe for requisitado pelo Poder Executivo.
Art. 63.--Os demais agentes do Ministerio Publico serão de
no-
meação e demissào do governador do Estado, na f6rma que a lei es-
tabeler.
Art. 64.-0 subprocurador quando exercer funcções
proprias.
terá o fOro de juiz de direito, terá, porém, o foro do
ral quando exercer as funcçóes deste. procurador ge-
Art. 65.-0 procurador geral do Estado, nos crimes
communs e
nos de responsabilidade, responderá perante o Tribunal de que trata
o art. 55.
TITULO VI
Do Municiplo
Art. 66.-0 territorio do Estado continuará dividido em Muni-
cipios, sob o ponto de vista da administração publica.
Art. 67.Os Municipios serão autonomos em tudo
quanto dis-
ser respeito ao seu peculiar interesse dentro dos principios
e flor-
ins constitucionaes da União e do Estado.
Art. 68.A administração municipal será exercida por um
Conselto de autoridade deliberativa, o qual elegerá annUalmente
o

18
eu presidente e vice-presidente, e por um intendente, que será o
executor de suas leis e resoluçlfes.
§ 1.0 0 Conselho Municipal compor-se-á de seis a doze vognes
em numero que a lei determinará segundo a população de cada Mu-
nicipio e será eleito por seis annos, e renovado pela metade no fim
do terceiro anno.
§ 2.0 0 intendente será de livre nomeação e dispensa do go-
vernador, escolhido dentre os cidadãos eleitores e residentes no ES!
tado, ha mais de tres annos.
§ 30 Os Conselhos Municipaes serão eleitos por suffragio:dil
recto, escrutinio de lista e voto incompleto.
§ 40 Os vogaes perceberão um subsidio pelas ses-
sões em que comparecerem e o intendente os venci.
mentos que, como aquelle subsidio, o Conselho fixar no
ultimo anno do trionnio para o seguinte, durante o qual
não poderão ser alterados.
§ 5.° O intendente, nos seus impedimentos, ou faltas, será sub-
stituido, quanto ao Municipio de Belem, sécle da capital do Estado,
por quem o governo nomear; nos demais Municipios, o intendente
será substituido pelo presidente do Conselho; no seu impedimento:
ou falta, pelo vice-presidente, e no deste, pelos vogaes, na ordem chi
votação. Os vogaes serão substituidos pelos immediatos em votos,
que exercerão o mandato pelo tempo dos substituidos, preferido o
mais velho em caso de empate.

Ccausa._
§ 6.° Quem tiver assumido o exercicio do cargo de intendente,
nos casos do § 5°, será obrigado, sob pena de responsabilidade, a
communicar, immediatamente ao governador essa occorrencia e sud

Art. 69.-0 Conselho Municipal reunir-se-á obrigatoriamente em


duas sessões ordinarikis annuaes, funccionando o tempo que few
marcado pelo mesmo Conselho, podendo ser convocado por praso
certo e com rnateria designada pelo intendente, au á requisição da
metade dos vogires effectivos.
Art. 70.-0 anno financeiro dos Municipios deve coincidir WM
o do Estado.
CAPITULO .1
DAS ATTRIBUICOES DO CONSELHO MUNICIPAL

Art. 7I.Ao Conselho Municipal, aMm de outras attribuições que


constarão de lei ordinaria, compete : -
I.o'Fixar a receita e a despesa do Munizipio, creando impostos, taxas de
licença, matricula e emolumentos; autorisar operações de credito indispen-
saveis A realisação de serviços de maxima importancia, gad referendum,- do
Congresso, ao qual representará justificando a necessidade de taes ope-
rações;
2.0 Resolver, em caso de necessidade e de alto interesse a aliengção,
troca ou hypotheca de immoveis, determinando a lei respectiva a applica-
sici que deva ter o pro&cto de taes contractos; e, quando convenha a sua
conservação,.aforal-os, e adquirir a titulo gratuito ou oneroso os immoveis
que forem de utilidade;
3.0 Proceder nos termos da lei A desapropriação, no caso d utilidade
municipal;
Decretar o codigo de policia municipal, definindo as penas, cujo
rnaximo será estabelecido pelo Congresso, bem como o processo que de-
verá ser observado em caso de infracção;

19
5.0 Apurar as eleições de seus membras p julgara validade delfas, Cott
recurs° pArato,,Congre,sso;
OP,,Organisar.qn corpo de guardas municipaes, para o serviço tie sua
Policia;
7.0 Crear os empregos municipaes que forem reclamados pelas neceal.
sidades d,e serviço, .deOrkinclo, ,as attribuições e marcando. os.vencimentoi
elos respectivos.serventuarlos;
8.0 Representar ao Congresso acerca de qualquer, projecto de deg-
me.mbrAmento pu,suppressão do Municipio, ou da mudança di sua sécle;
9.0 Fomentar a instrucção no Municipio, creando iscolas' sujeitas is
leis e aos programmas de ensino da instrucção publica do Estado;
10. Assotiase a outros Conselhos, a fim de realisarem conjunctamente
ciu não, alguma obra, estabelecimentos ou medidas de utilidade commum;
11. Eleger annualmente os seus presidente e vice-presidente, e orga-
tisar a sua Secretaria;
12. Tomar ao intendente, na primeira .sessão annual, as
contas de cada, exercicio findo.
Art. 72.Todas as resoluções do Conselho Municipal sobreaugseento
ou creação de impostos, contractos, emprestimos, acquisições a tittio-oii
roso. alienação e hypottfeca' de insmóveis policia eiccinomia municipal;
dependerão, para serem executadas, da apprevaçãii da..maioria absoluta do
Conselho.
Art. 73.Em lei ordinaria sedo estabelecidas as penas gut, &yeti*.
ser impostas ao intendente e aos vogaes que, no exercicio de suasfurieções,
commetterem.abusos e prevaricação, ou por qualquer modo infringirei'
leis do Paiz, bem como o processo de destituição do intendebie, no caso
de desvio de dinheiros publicos ou effeitos municipaes, sem prejuizo da
acção criminal.
CAPITULO II
DAS ATTRIBUIÇÕES DO INTENDENTE

Art. 74.Ao intendente compete :


1.0 Publicar as leis e resoluções decretadas pelo Conselho Municipal;
2.0 Exercer, dentro de dez dias uteis, o direito de véto is resoluções
e aos prOjectos de lei do Conselho, que lhe parecerem contrarios aos inte-
resses do Municipio, ou infringirem leis federaes ou do Estado, ou-offen-
derem direitos de otitrOs Municipios.
Dentro do praso de quarenta e oito horas, o intendente dad ao Con-
selho as razões do seu acto e, dentro dó mesmo praso, recorrerá para o
governador' do Estado, ao qual Igualmente apresentará os motivos de seu
procedimento.
O governador do Estado decidirá, mantendo ou annullando o véto.
no praso'de dez dias utcis contados daquelle em que lhe forem presentes
os respectivos papeis.
Silenciando o intendente ou o governador, findos os prasos declarados,
Firevalecerá o acto do Conselho, sendo a lei ou a resolução promulgada
pelo presidente do mesmo Consélho, ou, na. falta, por seus substitutos;
3.0' Remetter ao Congresso, por intermedio do Senado,
e ao governador do Estado, copia dos textos das leis e resolu-
ções votadas pelo Conselho, logo que sejam promulgadas;
bem assim ao Senado copias dos balancetes da receita e des.
pesa trimestraes e do relatorio apresentado ao mesmo Con-
selho
4. Executai ai íeis e resoluções do Conselho, uma vez promulgadas;
5.6 Superintender os estabelecimentos e os serviços do Municipio, e
fazer arrecadar sua renda ;

20
6.0 Nomear, suspender e demittir os empregados municipaes, median-
te as condições estabelecidas em lei;
7.0 Apresentar 'no Conselho, ao abrir a segunda sessão annual, o pro-
jecto de orçamento para o anno seguinte;
8.0 Prestar contas da administração do anno findo na primeira sessão
annual, apresentando relatorio minucioso do estado dos differentes ramos
da administração;
9.0 Representar o Municipio em suas relações externas ; assignar con:-
tractos, acceitar legados e doações e figurar em juizo em todas as acções ern
que o Municipio tenho de ser parte interessada;
10. Prestar todas as informações exigidas pelo Conselho.
§ unico. O cargo de intendente é incompativel com outro qualquer,
remunerado, de nomeação do governador.

TITULO VII
Do Tribunal de Contas
Art. 75. E' instituido, com sede na capital e jurisdicção cm todo o.
Estado, um Tribunal de Contas, composto de tres membros, sendo um o'
presidente, nomeados pelo governador, com approvação do Senado.
§ 1..0 Os membros do Tribunal entrarão imrnediatamente cia posse de?
seu cargo, que, todavia, deixarão, caso o Senado no approve a nomeação.
§ 2.0 S6 poderão ser demittidos por proposta do governador, appro-
vada pelo Senado.
§ 3.0 Nos crimes de responsabilidade, serão julgados pelo Tribunal
Superior de Justiça, que fara o processo.
' § 4.0 0 subprocurador geral do Estado exerce perante o Tribunal de
Contas as funcções do Ministerio Publiao.
Art. 76. Compete ao Tribunal de Contas, quanto ao Estado
1.0 Tomar fiança a quantos forem por lei a ella obrigados;
2.0 Tornar contas aos administradores de Mesas de Rendas e collecto-
res, thesoureiros, e, em geral, a todo funccionario que tenha a guarda de
Ainheiros publicas;
3..0 Velar para que a applicação dos dinheiros publicas se faça de con-
formidade com as leis; emittir parecer sobre abertura de creditos extraor:
dinarios, especiaes e supplementares; examinar contractos; verificar a re-
gularidade de ordens de pagamentos ; examinar e registrar os decretos
instrucções do gcverno sobre a arrecadação de impostos; organisar os ba-
lanços annuaes de receita c despesa; apurar a legalidade de aposentado-
rias, jubilações, disponibilidades, montepios c inactividades.
Art. 77. Compete ao Tribunal de Contas, 'quanto aos Municipios
o Toman.contas aos intendentes, apurando por si, commisslo ou.
funccionarios de sua confiança, toda a vez que o entender conveniente, a'
responsabilidade dos mesmos, podendo suspendel-os desde que encontra-
dos em falta, e fazendo reunir o Conselho Municipal para decidir sobre as
contas impugnadas ou não encontradas cm ordem, decretando a responsa-
bilidade do intendente, para ser apurada em juizo.
2.0 Dar instrucções sabre a escripturação dos Municipios, de modo a
uniformisal-a c a facilitar-lhe a inspecção.
3.0 O Tribunal podera exigir, para o bom apuramento das contas, vs
apresentação dos livros e dos documentos precisos, pelo modo que far de-
terminado em lei ordinaria.
Art. 78.7- 0 presidente do Tribunal dirigiri annualmentc.ao gover-,
aador do Estado um relatorio circumstaciado sobre os 'assurttptos de sua'
competencia, podendo nelle prop& as medidas que jutgat..acertadas a bem
dos serviços a seu cargo. Este rclatorio sera apresCntado ao Cahgresso.

21
TITULO VIII
Disposições geres
,Art. 79. Os brasileiros e estrangeiros residentes no Estado gosario
de todas as garautias e direitos expressos no art. 72 da Constituição Fede-
ral, sem exclusão de outros direitos e garantias resultantes da fórma de go-
verno que ella estabelece e dos principios que consigna.
Art. 80. Todos contribuirão para as despesas publicas, na propor-
ção dos seus haveres e pela fórnia que a lei prescrever.
Art. 81. O cidadão investido em funcção de um dos tres poderes
politicos do Estado, não poderá exercer as de outro.
Art. 82A Constituição garante aos serventuarios de justiça e em-
:pregados do Estado, que forem nomeados mediante concurso, *e cem cif-
reito a accesso, a vitaliciedade nos seus cargos e funcções, só podendo ser
demittidos em consequencia de processo regular, conforme fôr determinado
*em lei ordinaria, respeitados os direitos adquiridos.
5 1.0 A mesma garantia cabe aos empregados nomeados sem a con-
dição de concurso, depois de quinze annos de exercicio 'effectivo nos seus

cargos, esceptuados dessa regalia os magistraelbs e mais funccionarios tem-


porarios, os chefes e sub-chefes de repartições, estabelecimentos ou servi-
ços publicos, cu os que exercerem funcçóes de autoridade administrativa
ou dc força publica.
§ 2.0 Todos os funccionários Fublicos obrigar-se-ão por compromisso
formal, no acto da posse, ao cumprimento de seus deveres legaes.
§ 3.0 A Constituição não reconhece direito de apósontadoria; garan-
te-o em caso de invalidez no serviço do Estado, aos funccionarios efFecti-
os em 22 de junho de 1891, que, por sua antiguidade t pelo tempo de str-
viço, reconhecido em virtude de resoluçóes legaes, ¡A tinham direitos ad-
quiridos, na fórma da legislação em vigor.
S 4.0 Toda disponibilidade que não fôr concedida por lei especial,
será dada e decretada calculando-se sempre o ordenado a perceber, em re-
fação ao tempo de serviço do funccionario attingido por esse favor.
§ 5.0 E' mantido o montepio obrigatorio para todos .os funccionarios
estaduaes.
Art. 83.Os cargos publicos, civis e militares, do Estado são accessi-
veis a todos os brasileiros, observadas as condições de capacidade especial
que a lei estatuir.
Art. 84.-0 Estado afiança o pagamento de sua divida publica.
Art. 85.Contiduain em vigor, emquanto não forem revogadas as
leis do antigo regimen, no que, explicita ou implicitamente, não fôr contra,
.rio ao systema de governo estabelecido pela Constituição Federal .ou por
esta e pelas demais leis do Estado.
Continuam egualmente em vigor os decretos e actos do governo pro-
visorio do Estado, emquanto não forem revogados.
TITULO IX
Da. reforma c1 Constituiçao
Art. 86.-0 Congresso procedera de doze em doze annos á revisão
integral desta Constituição, afim de verificar se alguma de suas disposições
está no caso de ser reformada.
§ unico. A revisão realizar-se-á sempre na primeira sessão ordinaria
da legislatura, e as emendas só poderão ser approvadas por dcis terços de
votos presentes, em tres discussões em cada uma das casas do Congresso.
Art. 87.Tambern cru qualquer tempo poderá ser reformada por
iniciativa da quarta parte de uma das Camaras do Congresso, 6u cm vir-
tude de representação da maioria das municipalidades.

22
.S unico. Nos casos deste artigo, se a proposta da reforma fikapprovada
por dois terços da totalidade dos membros de cada uma das tamaras, seri,
na sessão ordinaris do,a,ono seguinte, sujeita.a ttes discussões em dadalOma
dellas, e considerada e approvada se obtiver dois terços de votos ,ery tacit as
as discussões.
Art. 88.As reformas constitucionaes .serio promulgadas e publica.
das pelas Mesas das duas C.amaras do Congresso.

Disposições transitorias
Art. 89.Eniquanta a situação o não permittir e o go-
verno não der execução á creação autorisada e já regulada do
Tribunal de Contas, o governador do Estado poderá tomar
contas, por funccionarios publicos, sempre que o entender
conveniente, aos intendentes municipaes, procedendo no Caso
conforme julgar de justiça.
Art. 9O.Revogam-se as disposições em contrario.
Mando; portanto, a todas as autoridades a quem 6" "co-
nhecimento e execução desta Constituição do Estado perten-
cer, que a executem e façam executar e observar fiel e intei-
ramente como nella se continn.
Publique-se e cumpra-se.
Sala dos trabalhos do Senado do Estado do Pará, 26 de
outubro de 1927.
MESA DO SENADO
Jose Cyriaco Gurjaa, presidente.
Augusto de I3orDerema, 1.0 secreurio.
Alvaro Adolph° da Silveira, 2.0 secretario.
MESA DA CAMARA
Ignacio Gonçalves negueira. presidente.
Antonio rcrte de Oliveira, 1.0 secretario.
,105è Severiano Lopo de Queiroz. 2.. secretario_

Ha fortes e manifestos indicios de que a vida eco- S:tuaçA)


nomica do Estado vae, dia a dia, se accentuando paro
melhor. A pós a deback de 1911 até 1918, previmos
nitidamente o que aguardava esta terra, se esforços
herculeos não se conjugassem para os afastar. Cumpre
recordar que, em 1914, assignamos, quando de nossa
..administração na Intendencia de Belem, um convenio
para baixar o preço da unidade electrica (KI.v.) que
era de mil réis (iS000) para &too e $200. Visavamos
_crear novas fontes de renda para substituir as que pro-
vinham da borracho, que, fragorosamente, desde o anno
de 1917, começou a cahir pela superproducção oriental.
..Ainda com a mesma companhia Para Electric tivemos
entendimento para importação de motores e dymna-
mos, visando o mesmo objectivo, e sobre modificações
-das correntes electricas, para fins industriaes.
23
E, felizmente, já hoje Mats fabricas 'se eitabele-
ceram, em Belem, e, se no concorrem para o erario
publico com o. preciso ás suas despesas, por viveretn
dentro do regimen protecionista, influem.para. um .mo-
vimento maior e mais animador do commercio; .

As energias que nosso governo tem buscado ori-


entar nesse sentido e no alto interesse,de 'fomentar o
engrandecimento e a riqueza do Estado, estão a elabo-
rar e organisar uma importantíssima serie de serviços,
que, uma vez executados, darão o resultado previsto.
E' assim que urna empreza nacional, associada a
capitalistas inglezes, está em via de se fundar, no val-
le do rio Capim, com usina central para fabrico de
assucar, em grande escala, dispondo de vastos terre-
nos inteiramente apropriados á cultura da canna; que,
.no valle do Tapajós, já vão adeantados os trabalhos
que a empreza, dirigida pelo archiinillionario Sr. Hen-
ry Ford, ali estabelece, afim de desenvolver, de pre-
ferencia, o plantio da borracha e outras materias
primas, utilizadas nos seus auto-motores; que já se
encontram muito bem encaminhadas as negociações
para a localisação dos japonezes, no Acará e Guami,
com intuitos de polycultura, mas tendo. em vista,
principalmente, o algodão.
Ainda outras companhias nacionaes e estrangei-
ras procuram, com empenho, installar-se em varias
regiões do Estado.
Bem sabemos que o nacionalismo, mal avisado, se
oPpõe a qualquer tentativa, que vise
incrementar as
fontes de nossa riqueza economica com a inversão es-
timuladora de fortes cabedaes, vindos de outros povos_
Mas a realidade dos embaraços, em que nos debate-
mos, desde longa data, e mais o exemplo sempre pre-
senteaos olhos de quem saiba observar de que, nada
estaciona, mas melhora para viver, ou decae e perece,
tudo nos indica e anima a uma solução estavel. Com
os olhos fitos nas grandezas de nossa terra, que não
sabiamos ou não podiamos aproveitar, um só destino--
nos esperava o de desapparecer como elemento de
valia na economia nacional e como utilidade em nosso--
proprio interesse. Preferimos agir para não morrdr.
Consideramos muito melhor preparar, corn fundadas
-esperanças de exito, o nosso concurso prestimoso
para
-a grandeza economica da Patria, do que nos entregar-
rugs a lamentações doentias, denotadoras de fraquesa
incom petencia.
No são palavras vãs as que ahi
graphamos. As
enaprezas, a que nos referimos,
preparam-se para des-
-enrolar o quadro de sua actividade fecunda,
em nossa
terra.
A perspectiva animadora se
completa, reparando
rara as nossas estradas de rodagem;:para
as Estradas
de Ferro de Bragança e para a de Tocantins,
bem
*oaservadaS, para as companhias de navegação Ama-
zon River e outros armadores; para as
novas linhas dó
Lloy-d Brasileiro, Companhia Nacional
Costeira, Coin-
pailhia Commercio e Navegação, Lloyd Nacional,
Booth
Line, Lamport, Bremen, tres companhias
americanas,
'tudo isso.a assegurar urna época de
renascimento, com
prtimessa de dias fartos.
E tudo ha a esperar dessas energias bem
das e Sadias, dispondo de importantes orienta-
recursos a- de,_
óampetencia technica, de exactos dados estatisticos,
mandames organisar, no ,serviço de um esforço,
quelende a espandir-se e a ramificar-se, attrah
ido pela
pomposa opulencia da região, Onde começa a irradiar,
e peta proOria variedade da riqueza em vistp,
que, for-
çosarnente, teria de ser explorado, mais hoje,
mais
Aipanhã.-Nlio é debalde que- as .p,ossuimos.
244as tam-
bern forçoso é que nos saibarnas
servir,d'ellas..E nunca,
desde o Brasil colonia até nossos dias, foi outro
o pro-
cesso usado no fomento agricola,
commercial e indus-
triatli senão esse appello ao capital
estrangeiro. Assim,
o que ficou realisado, de grande, no Paiz,
numa peque-
na quadra de sua vida, pode ser apreciado
reconstructor do dr. Alberto de Faria sobre no livro
:formidavel de Malin.
a obra
As necessidades crescentes do Estado e a deficien-
cia de seus recursos financeiros, estavain
e estAO a re-
clamar e exigir que, seus governos futuros,
attentem
hem para as grandes extensões despovoadas
de nosso
territorio, onde.ha um mundo de cousas
aproveitavois
Tiara o nosso crescimento e desobriga,de.comPromis-
s6s, que outros governos nos legaram e que sabereMos.
e Saibárn elles .honrar até o ultimo ceitil. Somos'
ihsiaspeitos para falar assim, porquanto não deixamos
compromissos á geração actual e muito menos As fu-
tiaras.
Temos inimensa fé que os designios de nossa ad-
ministração, encaminhados no sentido de attrahir ener-
gias e elementos indispensaveis, para enfrentar aquel-
laS necessidades, não serão perdidos, hem Como que o
Vivo empenho, que Sempre tiveirios, em procurar solu-
ç6es rapidas aos nossos grandes problemas, será con-
tinuado .pelos nossos successóres.
Alem do mais, dentro das condições e circumStan-
cias que caracterisam o actual momento da vida nacio-
nal, constitue, a creação de noVds factores eCdnomico§,
paid valorisação dos multiplos recursos nattiraes, ccim
que fomos dotados, a expressãO maxirna de suas vitaes
necessidades.
- Todo § os 'dernais problemas, que aqui pedem so-
iução, mais ou menos "Urgentes, Sad "relativamente se-
cundarios, por dependerem vi.sceraimente dos recursds
financeirds;que somente a prodtitção, hentencániinha-
da, poderá fornecer.
Para maior esclarecimento sobre .a nossa verda-
-deira situação econoraica, a seguir, vamos 'detalhar
estado, em que se .encontram.oi principaes generiis de
nossa producção.
:?

A borracha Os preços de nossa borracha, como os da borracha de


Outras procedencias. conhecidas; vinham se mantendo, senão
numa situação de verdadeira prosperidade, ao menos, em um
estado que permitia, graças ao plano itglez, de restricção, uma
certa segurança ao movimento .commercial e até r'esultados
regularmente compensadores.
Entretanto, fosse porque circulou no tnundo economic°
a noticia ja fundação da Companhia :Ford,. no Pará, e dos in-
tuitos por esta revelados, entre qutros o de cultivar e explorar
borracha na região. paraense do Tapajós, fosse devido a outras
'quaesquer razeies, como por exetyplo as Jeclamações dos. in-
. .

dustriaes americanos do norte contra a manutenção daquella

26
restricção e no sentido do barateamento dos
preços do produ-
cto, o que é certo, é que a quéda desses preços resultou,
ino-
pinada e immediatamente, depois do discurso proferido
no
parlamento britannico pelo primeiro ministro Stanley Bal-
dwin, em virtude do qual os exportadores asiaticos ficaram
livres em seus movimcntos de exportação, com unia promes-
sa mais ampla, para novembro proximo.
Desde ahi, que a crise economica, ror assim dizer ende-
mica entre nós, accentuou-se com maior gravidade.
Esse facto, á proporção que levou os exportadores orien-
taes a não terem mãos em suas exportações, produziu entre
nós um phenomeno diverso, como seja o do retrahimento no
commercio aviador.
E' facil comprehender corno esse facto e suas consequen-
cias crearam sérias dificuldades á acção do governo do Estado,
reduzindo-lhe as rendas e diminuindo-lhe a producção em
que, entretanto, recorressemos a quem quer que fosse para
nos tirar das torturantes aperturas.
A producção em 1926 attingiu a 4.883.240 kilos, ao pas-
so que, a de 1927, elevou-se a 5.721.625, o que importa dizer,
neste ultimo exercido, houve, de facto, o augmento de 838.385.
Em todo caso, o mesmo já não se observa entre o fabri-
co do primeiro semestre de 1927, no total de 2.874.173 kilos,
comparado com o de egual periodo em 1928, que sómente al-
cançou 2.058.288, cuja differença, desta para aquella, subiu a
815.885.
A exportação do anno passado, estimada em 5.352.81 t
kilos, ultrapassou em 970.108 a do exercicio de 1926, que at-
tingiu a 4.382.703, entretanto, foi inferior em 368.814 á quan-
tidade produzida na mesma época.
No primeiro semestre do corrente exercido. exportamos
1.669.070 kilos. ou sejam, menos 913.277 do que em egual
periodo de 1927, que montou a 2.582.347 e rrenos, tambem,
389.218, em relação ao fabrico verificado no mesmo period°.
O decrescimo, que se observa na exportação, em confronto
com a producção, explica-se pelo retrahimento dos vendedores
que, premidos pela desvalorisaçáo do preducto, aguardam me-
lhor opportunidade para negociar os seus grandes stocks.
avaliados cm mais de 1.000.000 de kilos.
Em 1927, a pauta maxima da borracha alcançou 4$860,
em junho, e a minima, 1$88o, em janeiro.

27
No decurso do primeiro semestre do corrente anno, esta
ultima attingiu 1$55o, em junho e aquella, 4$490, em janeiro.
Durante os dois citados periodos, a nossa exportação
montou a 7.021.881 kilos, que foram distribuidos pelos seguin-
tes mercados consumidores :

PA1ZEB BORRACHA CAUCHO BALATA TOTAL


1-America... 3.213.551 1.011.073 142.690 4.367.314
2-Allemanha 653.767 119.953 214.985 988.705
3-Brasil (sul) 518.653 121.110 14.850 654.613
4-Inglaterra
5-Hollanda
6-França
375.588
128.440 -
20.980 16.926
16.205
413.494
144.645

---
76.155 305.210 26.322 407.687
7-Belgica 10.220 21.883 32.103
8-Hespanha
9-Italia
---
8.030
2.210 -
3.080 11.110
2.210

4.986.614 1.603.289 431.978 7.021.881

castanba
A castanha contin6a ser, entre os nossos productos na-
tivos, o que maior contingente offerece á receita do Estado,
graças á sua grande procura nos mercados consumidores, onde
se tornou conhecida e apreciada pelas excellentes proprieda-
des nutritivas, que possue.
E' assim que essa preciosa amendoa constitue, hoje, um
dos principaes ramos de actividade do nosso alto commercio
êxportador que, exclusivamente com esse producto, durante o
exercicio findo e primeiro semestre do corrente anno, fez tran-
sacções estimadas em 19.327:045$36o.
Das nossas immensas e ricas florestas, opulentas pelo
muito que nellas se contém, como reservas inexgottaveis, sur-
girão, certamente, como de grande celeiro, outros productos
de valores incalculaveis.
A castanha, porém, poderá sempre influir na balança
commercial, desde que os possuidores de terras, na grande e
na pequena propriedade, se convençam da necessidade impe-
riosa de seu plantio, para garantir-lhes a prosperidade presente
e a de seus herdeiros.
De 1881 a 1.927, a menor exportação dessa amendoa ve-
rificou-se em 1890, no total de 4.221 hectolitros, cujos im-
postos cobrados orçaram em 3:222$188.
No mesmo periodo, a maior exportação occorreu em
1926, que se elevou a 401.111 hectolitros, subindo os direi-
tos á SOITIMa de 2.285:967$313.
Durante o anno de 1927 a nossa producção elevou-se,
apenas, a 128.550 hectolitros, dos quaes foram exportados
123.583, á pauta minima de 33S75o, em janeiro e á maxima,
de 120$000, em julho, quando rareia o producto.
No primeiro semestre, do corrente anno, produzimos
163.200 hectolitros e exportamos 156.566, cuja pauta maior
alcançou 95S000, em janeiro, e a menor 6o$700, em abril.
Mercados consumidores :
1927 1928
PAIZES EXERCICIO EXERCICIO TOTAL
1Inglaterra 40.407 109.620 150.027
2America do Ncrte 82.391 39.341 121.732
3Allemanha 388 7.371 7.759
4Brasil (sul) 393 215 608
5Portugal 4 18 22
123.583 156.565 280.148

Nunca é demais insistir na necessidade de augmentar a


producção para satisfazer o consumo, afim de evitar o que se
deu com a borracha, que uma producção pequena, forçando
a preços altos, despertou o desejo, natural, de transplantal-a
para outras regiões.

. Emquanto em varios paizes do globo se constata o exgot- /4adeiras

tamento das grandes reservas florestaes, é lisongeiro afirmar-


mos que as nossas immensas mattas continuam quasi intactas,
offerecendo, assim, todas as possibilidades para abastecer, por
muitos annos, os maiores mercados da Europa e das duas Ame-
ricas, em cujas oficinas e arsenaes a madeira paraense, em
suas varias qualidades, vem sendo largamente applicada em
obras de construcção, civil e naval.
E' objecto de preoccupação, o possivel devastamento dos
nossos soberbos e formidaveis bosques, em virtude de nit) se
fazer o replantio, entretanto, segundo affirma o professor Adol-,
pho Duck, abalisado .naturalista do Jardim Botanico, do Rio
de Janeiro, esse receio não tem fundamento, pois, ena Ama-
zonia, a floresta se reconstitue naturalmente, dentro de 2i an-
noi, uma vez que a derrubada não tenha sido acompanhada ou
seguida de queima.
Desde que a floresta fór derrubada e queimada, estará irre-
mediavelmente perdida; só brotará o capoeirio espinhoso e sem
valor».
Essa opinião merece ser tida no melhor conceito;
por isso
que a externou um profissional conhecedor da floresta
amazo.
nica, sobre a qual já publicou trabalhos de subido
valor.
Todavia, não silo para se desprezar 2S sensatas razões emit,
tidas por illustre parlamentar paraense, o provecto engenheiro
Bento Miranda que, em magnifico estudo sobre
o comnuercio
da madeira no Brasil, ao tratar da
imprescindivel defesa das
nossas florestas, accrescentou : «Fazer derrubadas nas mattas,
sem compensai-as com a replantação de
novos arvoredos, não
é só um erro economico. E' tambem
um verdadeiro crime,
um monstruoso attentado contra a existencia,.
E' verdade que sobre esse magno problema já existe
legis-
lação especial (Lei n. 4.421, de 28 de dezembro
de 1921, que
instituiu o Serviço Florestal no Brasil e o Decreto
n. 17.042,
de 16 de setembro de 1923, que regulamenta
o mesmo ser-
viço), preservando as florestas de propriedade da
União contra
as devastações desordenadas; entretanto, até aqui, o
governo
federal não a mandou executar.
Essa legislação, que é um magnifico conjuncto
de avisados
preceitos sobre a conservação e melhoramento das
mattas, po-
deria ser applicada, perfeitamente, ás do
nosso Estado, que se
resente de leis protectoras para as suas incalculaveis
reservas
florestaes e, em especial, para as arvores productoras
de semen-
tes oleaginosas, que são abatidas em grande quantidade
e com
verdadeira inclemencia.
Tratando desse ultimo caso, existe a Lei n.
2.195, de 24
de outubro de 1923, que, além da imposição de
multas, deter-
mina a apprehensão de todas as arvores productoras de
leite,
resina,.oleos, fructos, caroços ou sementes
oleaginosas, porém,
quando abatidas em terras do dominio do Estado.
Quer isto dizer que as mesmas
arvores, uma vez situadas
em terrenos de particulares, poderio
ser abatidas amplamente
e até mesmo exterminadas, sem que os seus
nham a incorrer em qualquer penalidade. proprietarios ye-
Contra essa possivel devastação, que
vem affectar a nossa
industria extractiva de oleos, gorduras e outros
productos simila-
res, faz-se mister uma lei ampla, prudente e acauteladora
dos
interesses do fisco, sem prejudicar,
entretanto, os direitos de
terceiros.
As nossas madeiras mantêm a situação alcançada
nos met-
cados. nazionaes e estrangeiros, para onde
as exportamos, cm,
30
larga escala, como producto.classifiCado
entre os primeiros na
contribuição da receita.
O seu movimento é francamente
animador, conforme
se v6:
Demonstração comparativa da madeira exportada
sob a
fiscalisação da Recebedoria
EXERCICIO DE 1926
QUANTIDADES
VALOR OFFICIAI. IMPOSTOS
36.991.512 decimetros cubicos de ma-
deiras diversas 5.053:827$640 558:857$617
580.636 kilos de andiroba 71:353$000 29:0285980
383.448 dormentes 2.122:4385000 118:3165950
7.247:618$640 706:203$547
EXERCÍCIO DE 1927
44.892.238 decimetros cubicos de ma-
d eiras diversas
5.381:2935720 743:5795865
708.638 kilos de andiroba 89:2955650 35:4318900
964.461 dormentes
2.539:4395800 277:533$300
8.010:0295170 1.056:545- $065
1° SEMESTRE DE 1927
23.403.691 decimetros cubicos de ma-
deiras diversas 2.664:348$850 383:473:5191

--
227.914 kilos de andiroba 32:490.3000 11:395$700
343.733 dormentes. 1.037:8145200 141:476,5400

3.734:653$050 536:345$291
10 SEMESTRE DE 1928
20.322.320 decimetros cubicos de ma-
deiras diversas ..... 2.474:3075:340 340:2405874
473.044 kilos de andiroba 41:5255200 23:6525225
413.545 dormentes 1.298.5695670 497:424$099
3.814:4025210 497:4245099

Mercados consumidores da madeira expor:ada durante o


exercicio de 1927 e primeiro semestre do corrente atino:
Brasil (diversos Estados), 47.352.419 decimetros cubicos
madeiras diversas, 159.653 dormentes e 733.537 kilos de an-
diroba; Portugual, 14.938.502 decimetros culiicos de madeiras
diversas, 758.758 dormentes e 388.116 kilos de andiroba; In-
glaterra, 715.386 decimetros cubicos de 'madeiras diversas,
12.337 dormentes e 10.546 kilos de andiroba; America do
Norte, 579.673 decimetros cubicos de madeiras diversas, 28
dormentes e 33.835 kilos de andiroba; Argentina, 532.984
decimetros cubicos de madeiras diversas; Hespanlia, 511.123

31
decimetros cubicos de madeiras diversas e.447.t3o dormentes
Allemanha, 459.371 decimetros cubicos6de.niadeiras diversas;
França, 125.100 decimetios' cubicos de .madeiras divisas e
15.648 kilos de andiroba e Cuba, too dormentes. .

Greats Não obstante a actuação do poder pnblico,enlikneficios


innumenos prodigalisados á hymn, infelizmente, temos que
constataro decrescimo.cla producção de alguns artigos.
Exportamos féqão,milho e arroz, mas, é certo que apron
ducção do primeiro desses generos não é sufficiente parao con-
sumo da população do Estado..
C) arroz,pelocontrado, esviemsituação de ser offerecido
a outros mercados, pois, a quantidade abundantesqueprodu-
zimos, dá para o consumo e para exportar.
C)ccorre dizer que, talvez, nenhuma pane do &undo
dispõe de terrenos tio propicioSao plantio de cereaes como, os
que contamos, no Pari.
A fertilidade do nosso solo, alhada á amenidade do clima,
ficilita otrabalho do homem. Infelizmente, porém, ainda
não dispomos de braços na proporção dasnossasnecessidades.
Os dados a seguir, vêm tra.flmor do nosso asserto
1927 1928
EXERCIC.10 10 SEMESTRE
Feijão DOTAL
Producção 294.296 83.720 378.016
Importação 1.252.483 822.405 2.074.888
1.546.779 906.125 2.452.964
Exportação 137,460 33.014 170.474
Consumo. .... 1.409.319 873.111 2.282:430
Milho
Producção. 3.795.200 1.316.437 5.111.637
Importação 165.117 193.841 358.958
1.510.278 5.470.565
Exportação 499.4i5
199.415 2021710 .402.i2.5
Consumo 3.760.902 1.307.568 5.068.476
Arrez
Producção. 10..781.204 4.678.656 15.459.866
Importação 37.969 - 52.698 90:661
10.819.173 ' 4.731.354 15.556(527
Exportação 6.231.547 3.242.219 9.473166
Coniumo 4.587.626 1:4891135 6.076.761
A cultura do caciu, entre nós, já constituiu urna das mais tailing '

promissoras fontes de riqueza publica e particular, tanto assim


que, segundo narra o provecto historiador paraense, dr. Ma-
ntel Barata, em 1830, ou seja, 98 annos passados, possuiamos
1.500.000 pés desse arbusto, cultivado.
Em 1750, exportamos 64.427 arrobas e em 185o, esse
computo elevou-se a 200.000, que reduzidas a kilos, attinge a
3.000.000.
Parece incrivel que, em 1927, isto é, 77 annos após este
ultimo periodo, a nossa exportação haja alcançado, simples-
mente, a insignificancia de 1.376.412 kilos.
Emquanto aqui se observa esse descaso pela intensificação
de uma industria tão lucrativa, convem assignalar que, na
Bahia, para onde foi transplantado o nosso cacau,
verificou-se,
em 1924, a vultosa exportação de 6o.000.000 de
kilos,
constituindo, assim, a principal fonte de receita desse pros-
pero Estado.
O decrescitno, ora verificado em nossa producção, provétn,
principalmente, da falta de orientação e de estimulo a uma
cultura mais intensiva e menos rudimentar, bem assim,
da
preferencia do lavrador pela industria extractiva da borracha
que, por ser menos trabalhosa e de resultados mais
compen-
sadores, attrahiu maior numero de braços.
A maior receita auferida pelo Estado sobre o cacau, veri-
ficou-se em 1894, na importancia de 335:298436.
Em 1927, a nossa producgio attingut a 1.008.797
kilos e a exportação a 1.276.412, provindo o
augmento desta
ultima, de reservas anteriores.
O mesmo succede entre a safra do primeiro
semestre do
corrente anuo, no total de 577.84o kilos, comparada com a
respectiva exportação, que montou a 654.034.
O nosso caciu foi destinado aos seguintes mercados
consumidores
1927 1928
EX ERCICIO I .0 SEMESTRE TOTAL
1 França 721.375 214.830 936.205
2 AJncrica do Norte 351.775 250.174 601.949
3 Inglaterra 144.810 79.650 224.460
4 Brasil 58.452 91.110 149.562
5 Belgica
18.270 18.270
1.276.412 654.034 1.930.446
'33
A natureza foi prodiga em dotar as fossas immensas mat-
tas de inexgottaveis recursos, de toda especie, avultando
entre
eles uma variedade quasi infinita de sementes oleaginosas,
que,
convenientemente exploradas, poderiam fornecer ao Estado ex-
cellente fonte de receita.
Além da exportação de amendoas beneficiadas, cujas usinas
gosam de favores especiaes do governo, enviamos aos merca-
dos consumidores, nacionaes e estrangeiros, grande
quantidade
de oleos, resinas, gorduras e fibras.
Durante o anno de 1927, a nossa producção de
sementes
diversas elevou-se a 9.027.250 kilos e a exportação,
apenas, at-
tingiu 4.617.811.
No primeiro semestre de 1928, esta ultima foi
estimada
em 1.411.159 kilos e aquella subiu a 4.821.24r. A differença
em kilos provêm de ter sido, essa parte, beneficiada por usi-
nas proprias, dentro do Estado.
Deixamos de referir dados sobre os outroi productos;
menos importantes, porque estio devidamente explanados
nos
relatorios dos directores do Thesouro
e da Recebedoria, en-
contrando os estudioscs, nelles, o subsidio necessario.

DEMONSTRAÇÃO COMPARATIVA DA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO ENTRE


OS
DIVERSOS ESTADOS DA REPUBLICA

Importacão e exportação durante o exercicio


de
1927 e Primeiro semestre de 1928.-0 valor official da im-
portação, no exercicio de 1927, Orçou em
49.279:648$6o5 e
o da exportação em 32.633:23o$350,
havendo, portanto, na
importação, o augment° de 33,5%
approximadamente, on
sejam 16.646:4188255.
No decurso do primeiro semestre do
corrente anno, o
valor official da importação elevou-se
a 25.61o:8o8$735 e o
da exportago, simplesmente, attingio
a 21.4o3:389$286, con-
statando-se, assim, que a nossa importação foi
superior 16,5%,
mais ou menos, isto é, alcançou a quantia
exacta de.
4.207:41 9$449.

Importação nos exercicios de 1926


e r927.Con-
frontado o valor official da importação durante
o anno de 1926,
na quantia de 64.356:o39$598, com o do ultimo exercicio
que
orçou em 42.279:648$6o5,
apura-se que, em 1927, importa-
mos a menos 15.076:390$993.

34
Importarao nos primeiros semestres de 1927 e
1928.- Estabelecido identico confronto entre o valor
official da
importação relativa ao primeiro semestre de
1927, no total de
24.002:907$665, com o do primeiro semestre de
1928, que
attingiu a 25.6ro:808$75, evidencia-se
que, neste ultimo pe-
riodo, importamos a mais 1.6o7:901$0.70.
Exportarão nos exercicios de 1926 e 1927.- Com-
parando a exportação entre os dois citados
exercidos, a deste
no valor official de 32.633:230350 e a daquelle
no de
32.102:5838625, verifica-se que, em 1927, exportamos a mais
s30:646$725.
' Exportação nos primeiros semestres de 1927 e
1928.-Augmento maior se constata no valor official da ex-
portação do primeiro semestre de 1928, que attingiu
a ....
21.4o3:389$286, comparado com o primeiro semestre de
1927,
na imponancia de 15.517:2963325, o que significa
dizer,
naquelle periodo, exportamos a mais 5.886:092396h

Sr,/ OPSE COMPARATIVA DO VALOR OFFICIAL


DA IMPORTAÇÃO E
EXPORTAÇÃO
INTER-ESTADUAES, DURANTE OS PRIMEIROS SE-
MESTRES DE 1927 E 1928

IIPORTA;i0 EIPORTAgIO
ESTADOS VALOR OFFICIAL VALOR OFFICIAL VALOR OFFICIAL VALOR OFFICL4L
1927 1928 1927 1928
1.0 szaterrRz 1.0 speesne 1.0 sr-ufsrste
_ !

1.0 Suannte
Acre
Amazonas
Alagoas
592:8013300 1.1s:153
- 1.314:521$750
3.623:9813820
1. 655:5055200
4.452:M05900
Bahia 182:8081200 40:0755820 111:162X100
344:1555870 303:9455600
Ceara . 827:5915200
1.127:9245470 1.116:5605600
Espirito.Santo 707:5325100 1.1M:6565700 1.341:4795920
218:2805040 1 .S69:6845780 92:386$01+0
Maranhio 1.381:777561)0 1820345000
1.223:8405010
Minas-Geraes
Matto-Grosso
Goyaz
3:6653400
1:5005000 4:8873530
-
916:5345000

425$700
1.063:1385900
8:4855000
22:4545000
37:9525000 329935850
Pianhy 28:594300G
Pernambuco 323:0245900. 390:3785008
3.878:1703155 5.420:3285650 572:1163530
Parahyba 557:3375200 1.3535433466
Pirata) 279:283$150 588:3563000
65:0205600 30:9715200 4:5005000
Rio Grande do Norte. 171:5665320 93439$000
Rio Grande do Sul.. 3.389:3115220 185:0203600 314:1005723 1.027:3475900
Rio de Janeiro 2.866:7225260 1.115:5315230 1.555:;?a25600
11.006:9905900 9.5313495945 1 2.425-6325700
Sio Paulo 1.414:2123180 1.751:3465160
4.827:1=400
Santa Catharina 1.656:0795630

- -
8:4695000 24:6743500 1.61545%400
Sergipe 71 :3s400n
75:8845000 93:81)15900
24.002:9073665 23.610:8083735
-
15.517:2965323 21 .403:=4286

RESUMO COMPARATIVO
Importação Exportação
1927 ( 1.0 semestre ) 24.002:907$665
1928 ( 1.0 semestre )
Em 1928: - a mais
----
25.610:808$735
1.607:901$070
15.517:296$325
21.403:389$286
5.886:092$961
SVNORSE.COMPARATIVA, POR ESTADO, 'DO 'VALOR .02'113CIAL DA IM-
PORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO INTERESTADUAES, DURANTE OS
DOIS ULT1MOS EXERCICIOS

IMPORTWO EXPORTAÇÃO
ESTADOS VALOR OFFICIAL VALOR. OFFICIAL VALOR OFFICIAL VALOR OFFICIAL
1926 1927 1926 1927
EXERCICIO EXERCICIO EXERCICIO EXERCICIO

Acre
Amazonas. 2.785:7385600 1.542:6Y3:60
- 4.229:6805809
9.482:6095787
2.204:1095250
7.675:3105100'
Alagdas 579:2595800 291:215470 237:4814100 243:2445820
Bahia 931:8983400 573:0215730 2.035:1015800 2.841:7531345
Ceara 7.599:4185750 1.815:3835950 2.570:8941000 2.393:2595600
E,.pirito-Santo 4.825:0033960 1.674:24(3960 240:1595000
Govaz 167:9454500
159:8225000 41:5071000
Mai-anhio. 3.944:8215310 2.978:8934N35 1.494:8821850 1.811:7625540
Matto-Grosso 1:5005000 27:3355000
Minas.Geraes
425$704
4005000 3:6655400
Parahvba, 1.199:8215050 2.491:32)5600 505.6805000 591:3275600
Pi rara 141:2845000 138:1255600 :1 16:5485200 4:500.000
Perna mbuco 9.762:776180 6.531:914355 II 1.603:0585700 1.58S:4595480
Piauhv 23:3355000 33:5505000 415:0461000 653:2(375700
Rio Crande do sorte 434:1005640 398:3503460 r 900:6883010
Rio. de. Janeiro
I
1.743:4315525
22.321:6415891 21.786:4925305 11 5.490:9075644 5.915:5575030
Rio Grande do Sul 6.373:8863960 5.672 8105120 929:4365300 1.829:0415130-
Sergipe 432$900 4:6005000 213:9915000
Sio Paulo I2):4013100
3.243:2285357 3.246:2965640 1.708:0=125
Santa Until:trio:I..- 26:1705000

64.356:0395598
26:1294000 1:

49.279:6485605
.1:0505000
--
2.776:2595930
4:4005000,
32.102:5334625 32.633:2305350

RESUMO COMPARATIVO
Importação Exportação
1926 ( exercicio ) 64.356:039$598 32.102:583S625
1927 ( exercicio ) 49.279:648$605 32.633:23115350
Em 1927 : - mais 15.076:390$993 530:646725

DEMONSTRAÇÃO DOS PRODUCTOS QUE MA IS CONTRIBUIRAM PARA


A RECEITA DO ESTADO
1927
QUALIDADES
EXERCICIO
1-Borracha 1.937:543=4
2-Castanha 1.299:9848874
3-Madeiras ...... 1.056:5458065
4-Algodão em pluma 278 6888750
5-Pelles de animaes, seccas, espichadas 160:9508682
6-Peixe 147:1088100
7-Farinha. 145:5778480
8-Gtneros n/especificados ( do Estado, de ou-
tros Estados e do estrangeiro) 131:3848118
9-Ca crAti ...... 127:6418200
10-Arroz
124:6308940
11-Tabaco 57:0078907
32-Essencia de pilu-rosa 28:6118713
13- Sabão
28:2448915
14-Oleo de copahyba 27:3108675
15-Grude de peixes 23:0568040
16-Couros de boi, curtidos 22:0748757
17-Productos pharmaceuticos ..... ........
18-Sal 18:3798950
14:3428520

36
19-Raspas de s6la 13:9006209
20-Caroços e sementes 13:8346710
21-Sebo vegetal 13:0986026
22-Calçados 12:8986090
23-Caroços de algodeo 9:9696200
2t-Camario 9:7056500
25-Sementes beneficiadas 9:2396341
26-Azeite de andiroba ..... .... ........ ........ .. .... 9:1776429
27- Cumartí 6:0166070
28-Bebidas espirituosas 5:8316120
29-Aniagem 5:2523950
30-S6Ia 4:8588722

1 928
QUALIDADES 1° SEMESTRE
1-Castanha 1.598:3538431
2-Borracha 555:8748012
3-Madeira 497:4248099
4-Farinha 127:4318360
5-Algodão 115:3068000
6- Peixe 66:9258500
7-Generos niespecificados ( do Estado, de ou-
tros Estados e do estrangeiro ) 65:8978180
8 - Cacdu
65:4038400
9-Arroz 64:8448380
10-Pelles de animaes, seccas, espichadas 50:9908709
11-Tabaco 30:1578750
12-0Ieos diversos 12:1948343
13-Sabão 11:8638410
14-Camarào 9:991.8000
15-Productos pharmaceuticos 9:2838500
16-Essencias de pátt-rosa 8:6518400
17-Grude de peixes 8:5158601
18-Bebidas espirituosas 6:5688110
19-Couros de boi, curtidos. 6:2868538
20-Azeites diversos 6:0318300
21-Calçados 5:5608300
22-Milho 4:0548200
23 -Cumarú 3:8338200
24 -Sementes beneficiadas 3:3688180
25-Raspas de sóla 3:2628114
26-Sal 3:1698555
27-Aniagem. 2:958:3400
28-Sóla 2:3758650
29-Massas alimenticias 1:8588360
30-Sebo vegetal 1:6248084

avalor official dos productos exportados pelo porto desta Exportaçao geral
Capital e fiscalisados pela Recebedoria, durante o exercicio de
1927, attingiu á vultosa SOMM2 de ro8.712:o53$485 e o do
primeiro semestre do corrente anno, mIlntou a 55.354:804930,
conforme se v:

-
DEMONSTRAÇÃO COMPARATIVA

1928 1927
exercicio exercido
Productos do Estado ....... 72.330:6018348 75.098:9308115.
De outras praças do paiz,
incorporados ao acervo do
Estado e sujeitos, portan-
to, a impostos 10.291:4518210 8.722:2938660
Do estrangeiro, já incorpora-
dos ao acervo do Estado,
e sujeitos a impostos. 8.917:482$908 6.688:9188030
De generos e productos do Es-
tado, isentos de impostos
em virtude de lei e transi-
tos. 1.760:4038550 2.069:4428220
93.299:9398016 92.579:5848025
Do Amazonas. 2.001:1248582 1.940:9668410
Do Acre Federal. 11.860:0998995 13.826:6218780
De Matto-Grosso ....... 310:1628360 364:8818270
De Goyaz 8:2258000
107.479:5508953 108.712:0538485

1927 1928
10 semestre 10 semestre
Productos do Estado 39.637:4408705 40.741:6398680
De outras praças do paiz, ¡A
incorporados ao acervo do
Estado e sujeitos, portan-
to, a impostos 4.159:6698780 4.557:4618050
Do estrangeiro, já incorpora-
dos ao acervo do Estado
e sujeitos a impostos 4.094:5118775 2.846:3008910
De generos e productos do Es-
tado, isentos de impostos
em virtude de lei e tran-
sitcis. 1.065:9848610 777:3538520
48.957:7068870 48.922:77558160
Do Amazonas ..... 1.019:8658990 1.806:6588440
Do Acre Federal 9.343:0918560 4.439:0028980
De Matto-Grosso 146:5958070 186:3863350
59.467:2598490 55.354:8028930

SItuagio financeira
A crise economica que atravessamos, desde o se-
gundo semestre de 1925, originada da quéda do preço
da borracha nossa principal industria extractiva e
que tende a se accentuar ante a ameaça da suspensão
do plano Stevenson, tem concorrido, poderosamente,
para o desequilibrio fifianceiro do Estado, cujas rendas
denotam sensivel reducção, em cada anno. Entretanto,

38
temos mantido em dia, e com regularidade, os compro-
missos do. Thesouro.
Para comprovar que a nossa arrecadação decresce,
em cada anno, basta offerecer-vos o seguinte quadro
da RECEITA do Estado, nos tres ultimos exercicios*:
NEER.. RENDA ORDINARIA EXTRAORDINARIA CiAPPLICACIO TOTA I.
I IICIOS
ESPECIAL

1925.... 13.479:611$486 312:5363763 2.192:6493359


15.984:7973608
1926.... 11.008:6343176 520:4393138
2.303:772$892 13.832:8465206
1927.... 10.679:0263360 533:5313184 2.195:9393049
13.408:4965593
Diante destes algarismos, que dizem da instabilidade
de nossaRECEITA, em cada exercicio, cabe-nos
o dever
de, mais urna vez, accentuar a necessidade da reforma
do nosso systema tributario, como base para o des-
envolvimento das grandes industrias no Estado, por
isso que a industria extractiva, que tetn sido o nosso
unico elemento de vida economica, desorganisa as
finanças publicas. Robustecendo o nosso
argumento,
apresentamo-vos, a seguir, os quadros demonstrativos
das variações soffridas pela industria extractiva num
triennio, tomando por base apenas os tres principaes
factores, que contribuem para a nossa RECEITA e são
elles: BORRACHA, CASTANHA e. MADEIRA.

BORRACHA
ESERCICIOS Xll.OGflADtOs RESULTA DO DA A IIIIECAIMI.:70

1925 5.112.462 3.551:7578033


1926 4.382.703 1.831:704$891
1927 5.352.811 1.937:5435224
CASTANHA
EX ERCICIOS I I ECTOLITIIOS RESULT.% I kl DA A It IIECA

1925 169.348 2.210:4845789


1926 411.111,5 2.285:9675313
1927 123.583,5 1.299:9845874
MADEIRA
EX MICA CIOS DKr_ (mums ESULT.% OA Ciol

1925 55.952.422,5 935:0345606


1926 36.991.512 706:2035547
1927 44.892.238 1.056:5455065
Fazendo-se o confront° da arrecadação sobre a ex-
póttaçio_ dos treS" principies productos BORRACHA,

33
CASTANHA e MADEIRA Cltit110 referidos, Chegamos
conclusão de que a RECEITA é variavel em cada exer-'
cicio, mesmo com accrescimo da producção de qual-
quer delles, como melhor elucida o seguinte quadro :
ARRECADAÇÃO
Exercicios
em PERCENTAGEM PRODUCÇÃO
em Producto CONTOS
comparação Maior Menor Maior Menor Maior Menor

1926-1925 1.720 48.44 0/0 729.759


1927-1925 } Borracha 1.625 45.51 0/., 240.349
1927-19Z 106 5.48 970.108

1926-1925 75 3.29 0/0 241.763

1927-1925 I Castanha 912 41.23 oh, 45.765


1927-19Z 986 43.15 287.528

1926-1925 24.49 r./ 18.960.910


1927-1925 } Madeira 121 1.50 °J. 11.060:184
1927- -1926 350 33.15 7.900.726

Receita do Estado. Tomando para termo d com-


paração a previsão orçamentaria, votada pela Lei n.
2.553, de 12 de novembro de 1926, que orçou a Receita
do Estado, para o exercicio de 1927, na importancia de
15.16o:000$000, é bem desolador informar-vos que
a nossa arrecadação, no citado exercicio, não attingiu
aquella somma, tendo apenas produzido a quantia de
13.408:4g6S593 como passamos a detalhar :
Renda do Estado Orçamento Arrecadação
Renda ordinaria..... 12.290:000$000 10.679:026$360
Renda extraordinaria 400:000$000 533:531$184
Renda c/app. Esp... 2.470:000$000 2.195:939$049
15.160:000$000 13.408:496$593
Se tomarmos em consideração a arrecadação do
exercicio de 1926 e a de 3927, verificaremos uma dif-
ferença de renda para menos, neste exercicio, na im-
porta ncia de 424:3498613
Renda do Estadoexercicio de 1926... 13.832:846$206
Renda do Estadoexercicio de 1927... 13.408:49613593
Diferença para menosexercicio 1927. 424:349$613
As causas da reducçâo de renda foram a desva-
lorisação da borracha, não obstante o augment° de sua
producção, e a reduzida safra de castanha, muito em-
bora o seu preço tivesse sido bastante animador, o
que caracterisa a instabilidade das industrias extracti-
vas na Amazonia.
Se a essas referidas causas, unirmos ainda a falta
absoluta de credito bancario, no interior do Estado,
entregue ao seu proprio destino, talvez se tenha per.
feitamente delineado o quadro da deficiencia de nossa
producção; razão pela qual não nos cançaremos de in-
sistir na necessidade da abertura do Banco do Estado
e das caixas ruraes, para ohviar essa falta.
A RECEITA, no primeiro semestre do cxercicio de
192S, apresenta urna somina de 6.7b5:427S809
que,
sedo inferior A do primeiro de 1927, tambem
o indice do que será o exercicio vigente, no seu se-
gundo, quando o Estado se resente de gene-
ros para exportação, de onde emana o principal ele-
mento constitutivo da bossa RECEITA.
A Renda do Estado, no primeiro semestre, do
exercicio vigente, está assim constituida:
Renda ordinaria..... 5.352:2538195
Renda extraordinaria 190:6918922
Renda c/app. Esp... 1.222:4828692 6.765:4278809
Comparando a REcEin do primeiro semestre do
corrente exercício com a de igual period() do exer-
cicio de 1927, encontramos urna differenca, para me-
nos, na arrecadação, na importancia de 715:14SS543,
como melhor attestam os seguintes dados
Renda do Estado 1." semestre 1927 1." semestre 1928
Renda ordinaria..... 5.915:2918445 5.352.2538195
Renda extraordinaria 365:9968337 190:6918922
Renda c/app. Esp... 1.199:2888570 1.222:4828692
7.480:5768352 6.765:4278809
Resumindo:
Rênda no 1.0 semestre de 1927 7.480:5768352
Renda no 1.0 semestre 'de 1928 6.765:4278809
Diferença para menos em 1928 715:1488543
Lutando com deficiencia de -RECEITA, COMC:; me.
lbor faliam os algarismOs, que vos offerecemoS, é
-grande satisfação nossa informar-vos que ternos atten-
dido, Com regularidade, aos nossos compromissos
internos e externos, sem que para isso, durante todo
o decurso de nossa gestão, recorressemos a qualquer
emprestimo, publico ou particular.
Despesa do Estado. Démos cumprimento á Lei
n. 2.554, de 12 de novembro de 1926, que fixou a Des-
pesa do Estado para o exercicio de 1927, dentro da
nossa RECEITA, COMO demonstra o BALANÇO do exereicio,
adiante estampado com todos os pormenores.
A DESPESA, no exercicio corrente, autorisada pela
Lei n. 2.654, de 9 de novembro de 1927, vallaCis tam-
bem cumprindo com as forças financeiras da actual
gestão, achando-se pagos dos seus vencimentos, até 30
de julho ultimo, todos os funccionarios do Estado,
pensionistas do Montepio, auxilios á Santa Casa de
Misericordia e Associação Commercial do Pará.
Não obstante a clareza dos diversos titulos nos
Balanços;organizados pelo Thesouro, desejamos desta-
car certas despesas para o vosso esclarecido exame :
Pensionistas do Montepio Temos mantido, com
absoluta regularidade, o pagamento de pensões, muito
embora a renda do Montepio continúe insufficiente
para o serviço, pelo que deveis promover a reforma
desa instituição de modo a amparar os interesses
dos funccionarios. O movimento de Receita e Despesa
desta rubrica, desde janeiro de 1925 a 30 de junho do
corrente anno, está assim representado
Joias e Contribuições.. 1925 275:939$951
1926 464:700$713
1927 267:328$106
1928 140:997$785
Sei-viço de Pensões. . 1925 728:758$120
1926 847:320$400
1927 849:673744
1928 391:299$300

2.817:04916.564 1.148:966$555

42
Adiantamento em dinheiro
feito pelo Thesouro para
cobrir o Serviço de Pen-
sÕes 1.668:083$009
2.817:04916564 2.817:040564
Com a demonstração sura, fica authenticado que
a nossa gestão, sem .preferencias a qualquer dos seus
funccionarios, pagou já uma somma em moeda cor-
rente de 1.66S:o83Soo9, que beneficiou as familias
daquelles que, cm vida, prestaram serviços ao Estado.
Augmento e valorisação do patrimonio. Sob o
titulo OBRAS PUBLICAS, applicamos, no exercicio de
1927, a somma de 35S:13S$266 que, addicionacla ás que
empregamos nos annos de 1925 e 1926, perfaz uma
somma de 915:845S137. A somma cru apreço foi in-
vertida na reforma de todos os proprios do Estado,
cuja Inzi conservação reclamava immediatas providen-
cias, assim na ampliação e conclusão do InstitutO.
Gentil Bittencourt e grupo escolar Arthur Bernardes,
serviços que, augmentando o Patrimonio do Estado,
valorisou-o de modo sensivel.
Pessoal inactivo. Constitue verba importante a
classe Pessoal Inactivo, com a qual a nossa adminis-
tração pagou, até 30 de junho ultimo, a quantia de
2.943:814512 que assim se detalha
Exercido de 1925 790:767$479
Exercício de 1926 887:037$800
Exercicio de 1927 890:364$333
Exercido de 1928 375:642$900 2.943:812$512
Desejamos que os srs. congressistas observem 'o
augment°, quasi nullo, que teve essa verba, durante a
nossa administração, e como a attendemos sempre
promptamente.
Santa Casa de Misericordia e Associação Comme. r-
cial do PartiDando cumprimento ás leis do Estado que
consignaram impostosespeiciaespara estas duas institui-
qt3es, é-nos honroso informar-vos que, até 30 de junho
ultimo, pagamos as seguintes sommas, respectivamen-
te, I.341:732$109 e 673:34$ £79 que attestam o criterio.
por nós adoptado desde o inicio do nosso govern°. :
43
berticia hats Casa ds Lucia* Comstrial
1925 431:776$714 218.994$868
1926 374:180$500 193:780$371
1927 331:788$490 154:128$977
1928 203:986$405 106:729$963
1.341:732$109 673:634$179
Divida Fluctuante. Constituiu, por muito tempo,
attrahente negocio de especulação a Divida Fluctuante
do Estado, o que bastante contribuiu para desmerecer
o nosso credito publico. E não raros foram os nego-
cios, que se fizeram com a Divida Fluctuante, com grave
prejuizo dos funccionarios e fornecedores do Estado que,
privados dos seus recebimentos ordinarios, ficaVam á
mercê do mediador e do especulador ou onzenario. Não
comprehendemos a cifra vultosa que pagaram adminis-
trações anteriores, sob a rubrica DIVIDA FLUCTUANTE,
quando a divida do exercicio, reclamando preferencia,
exigia pontualidade nos pagamentos, para evitar o gran-
de desequilíbrio que se observou na vida economicofi-
nanceira do Estado.
Felizmente, nenhuma procuração, em causa pro-
pria, foi registrada no Thesouro, durante o periodo da
actual administração.
Attingicla a collectividade, em proveito de pequena
minoria, era fatal a irradiação que teve a crise, que
nos assoberbava.
Ao assumirmos a direcção do Estado, achamos uma
divida fluctuante, ria importancia de 22.399:374374,
constituida por vencimentos ao funccionalismo, contas
de fornecedores, Caixas de Depositos. Com os paga-
mentos por nós feito, de fevereiro de 1925 até 30 de
junho do corrente exercicio, na importancia de... .....
2.4 to:447$52o acha-se a Divida Fluctuante reduzida para
uma somma de 19.988:926$854.
Devemos salientar que algumas liquidações da Di-
vida Fluctuante foram levadas a effeito, com vantagens
para o Thesouro e numa cifra de 210:144063, que foi
o valor das bonificações auferidas e .do que já fizemos
referencia, em a nossa mensagem de setembro, do anno
proximo findo.
Do exposto, se conclue que o-Thesouro, durante.a
44
nossa gestão, longe de. augmentar a .Divida Fluctu-
ante, reduziu-a com apreciavel pagamento e sem me-
diações de terceiros. E se melhor não fizemos ou
não podermos ainda fazer, resta-nos a satisfação de
termos, de alguma forma, contribuido para a reducção
do Passivo do Estado.
Divida Interna Fundada A DIVIDA INTERNA FUNDADA,
ern data de rde fevereiro de 1925, estava assim
constituida.
Empr. de 1913 Empr. de 1913
Apolices caucionadas
Banco do Brasil.. ...... 2.600:000$000 11.220:000$000
Banco NaLional Ultra-
marino .......... 2.000:0008000 2.800:000$000
Banco Commercial do
Pará ......... 125:000$000 667:0008000
Total caucionado... 4.725:0008000 14.68-7T00i0$000
Apolices em circulação 4.714:6008000 3.033:000$000
Total da divida.... -9-.42:64-)0$0-00 177720:-0-04000

Em data de 30 de junho do corrente anno, a situa-


ção da DIVIDA INTERNA FUNDADA ficou modificada para
uma SOMM3 global de 25.3o5.500S000. COMO se de-
monstra
Empr. de 1913 Empr. de 1915
Apolices caucionadas
aos estabelecimen-
tos ban carios acima
referidos, de 1913 a
1924 4.725:0001,000 14.687:000$000

Apolices em circulação 4.712:600$000 1.180:900$000


9.437:600$000 15.867:9008000
Resumindo
Emissão de 1913 ...... 9.437:6001;000
Emissão de 1q15........... 15.867:900$000
25.305:5008000
A reducção da DIVIDA deu-se em virtude do res-
gate, que mandamos effectuar, com o abatimento de
SESSENTA POR CENTO, em favor do Thesouro, percentagem
directamente proposta pelos interessados e do que jA
yQs démos sciencia em a nossa mensagem ultima.
45
...,
0 serviço dé jiiros de 8 9.6, exigido .pelo enipres-
timo de 1915, ntio poude ser feito, como no o .serti
por Muito tempo, em virtude da insufliciencia da RE-
CEITA do imposto de fumo e alcool, que não attinge a
achama bastante para esse serviço. E nem se argumente
contra a nossa falta com os pagamentos annundados
pelas administrações anteriores, por isso que esses pa-
gamentos somente disseram respeito As apolices em
circulação com exclusão das apolices caucionadas aos
institutos de credito, como si estes titulos não mere-
cessem o mesmo direito que aquelles.
O SERVIÇO DE EMPRESTIMO de 1915, presentemente,
exige a somma de 1.2694328000, tendo elle exigido
anteriormente a importancia de 1.417.600S000, e não a
de 242.64oS000, como, sem sexame, já foi dito, algureS.
Tendo a nossa administração adoptado o resgate
de preferencia ao pagamento de juros, irregular e in-
,.
justo, desonerota o Thesouro do encargo annual da
Somma de 14S.163S000, que corresponde ao valor
dos juros sobre o montante das apolices resgatadas,
de parte a reducção do -PASSIVO do Estado, na impor-
iancia de 11852:m400o.
Divida Externa A DIVIDA EXTERNA do Estado é cons-
iituida pelos emprestimos de 19ot, 1907 e Funding de
1915, cuja situação actual é a seguinte :
Emprestimo de 1901 1.270.000.0.0
Emprestimo de 1907 568.960.0.0
¡Funding de 1915 1.036.679.5.0 £. 2.875.639.5.0

O ernprestimo de 19ot 1.450.000.0.0 ccin-


,trahido, em Londres, para o resgate da divida fundada
do Estado e pagar toda a sua divida fluctuante, liqui-
dou em dOeiro L000.000, tendo sido lançado ao
typo de 69 % e juros de 5 % ao anno. A sua situação
actual é de £. 1.270.000.0.0. estando os juros em atrazo
desde julho de 1924.
O emprestitno de 1906 £. 650.000.0.0. contra-
hid° tambem em Londres para o serviço de conclusão
da.Estrada de Ferro deBragança, liquidou em dinheiro
£. 550.000. tendo sido lançado ao tyPo de 36 % e.juros
de 5 %. ao anno. A sua situação actual é de £.568.960.6.0:
estando os juros em atraso desde i de julho de. 1921,
46
O Funding de iy15. £. 1. 040.000.0.0, foi contra-
hido em Londres a juros de 5 % ao anuo
para pa-
gamentos das sommas de £. 270.740.0.0. devida ao
Banque Française pour le Commcrce et l'Industrie, de
Paris, por saldo do adiantamento de £. 300.000 feito
ao Estado no anno de 1913 e I. 3t6.34o.o.o. á Société
des Abattoirs du Para, valor da encampação do Ma-
tadouro do Maguary, e pagamento de £.450.000.0.0
montante dos juros dos emprestimos de 1901, 1907 e
1910 vencidos de julho de 1915 a janeiro de 1919, in-
clusivé, periodo esse que suspendeu o serviço obriga-
cional de juros e amortisações dos ditos emprestimos
por parte do Estado.
Ao tempo, em que foram realisadas as duas ope-
rações de credito, até o armo de 1913, poude .o Estado
cumprir com pontualidade as clausulas dos respectivos
cootractos, das quaes a principal se referia ao deposito
de 30 % do valor do imposto de exportação. A esse terri-
po, a Receita era, relativamente, grande, ante a situação
da moeda nacional, valorisada com uma taxa cambial que
se elevOu a 18d, ou seja 138333 por libra esterlina. Deu-se,
porem, exactamente o inverso a partir de 1914, inicio da
grande guerra, o que obrigou o Estado a solicitar urna mo-
ratona de quatro annosjulho de 1915 a janeiro de
1919 inclusive, dando assim logar ao FUNDING de 1915,
mediante o augmento da percentagem sobre o imposto
de exportação, que passou a ser 45 % ao envez de
30 4;)().

Entre a data do inicio e o fim da moratoria,


soffria a Amazonia terrivel crise economica, aggravada
com a desvalorisação da moeda nacional pela depres-
são da taXa cambial sobre Londres, que impedia o fiel
cumprimento das clausulas con'tractuaes dos empresti-
mos FUNDING. E não fossem os recursos extraordinarios,
provindos de adiantamentos obtidos dentro e fóra do
Paiz, não teria o Estado retomado o pagamento das
sommas exigidas para os serviços de juros e amortisa-
goes dos seus compromissos externos, para mais tarde
cahir,Crn falta, como melhor se evidencia pelos se-
guintes algarismos :

47
EXERCICIOS DE 1913 A 1916
Serviços do juros Valor em moeda Hecursos extra-
e amortIseçaes nacional ordinaries

Valor das remes


sas em esterli-
nos ... . . . 339.000
Valor correspon-
dente em moe-
da nacional. 5.418:450$000
Valor do empres-
timo com o Ban-
que Française
pour le Com-
merce el'Indus-
trie £ 300.000. 4.520:000$000
Emprestimos por
notas promis-
sorias 4.70000015000

E 339.000 5.418:450$000 9.220000$000

EXERCICIOS DE 1917 A 1920


Serviço de juros Valor em moeda Recursos extra-
e amortisações nacional ordinarios
Valor das remes-
sas em esterli-
nos. £450.380
Valor correspon-
dente em moe-
da nacional 8.124:970$000
Valor do empres-
timo com o Go-
verno Federal. 15.000:000$000
Valor dos empres-
timos com os
Bancos do Bra-
sil, Nacional Ul
tramarino e
Commercial do
Pará 3.230000$000
£ 450.380 8.124:970$000 18.230:000$000

48
EXERCICIOS DE 1921 A 1924
Serviço. de juros Valor em moeda Recursos Writ-
e amotiisuçiies nacional ordinarios
Valor das remes-
sas em esterli-
nos E 109.061
Valor correspon-
dente em moe-
da nacional..
Resultado da en-
campacão da E.
de Ferro de Bra-
gança ......... 12.000:0008000
Emprestimo com
o Banco do Bra-
sil. 500:0008000
E 109.061 4.819:8508000 12.500:0008000

As remessas supra tiveram a seguinte applicação


339.000 Serviço de juros e amortisações dos em-
prestimos de 1901, 1907 e 1910 devidos nos
annos de 1913, 1914 e janeiro de 1915 e
serviço de juros do Funding devidos em
janeiro e julho de 1916 e janeiro de 1917.
450.380 Serviço de juros do Funding em julho de
1918, 1919 e 1920 e janeiro de 1921, e ser-
viço de jur.os e amortisações dos empres-
limos de 1901, 1907 e 1910 devidos em
julho de 1919 e janeiro e julho de 1920 e
janeiro de 1921.
109.o01--Serviço de Juros do emprestimo de 1901
devidos em julho de 1921 e janeiro e julho
de 1922.
DOS informes, que acabamos de offerecer, resalta,
á primeira vista, que se o Estado contar somente com
os recursos da sua Receita, não Ode cumprir, com
regularidade, o serviço dos juros e amortisações dos
emprestimos externos, de accordo com os termos dos
contractos primitivos, que exigem uma somma de
173.000 igual em moeda nacional a SEIS MIL NOVE-
CENTOS E CINCOENTA CONTOS DE REIS OD seja MAIS DA

49
NETADE da Ma actual RECEITA. Ora como no é pos-
sivel ao Estado olicitar e contrahir em cada exer-
cicio um emprestimo para fazer face As obrigaçbes. re-
sultantes dos seus compromissos no estrangeiro, 'mis-
ter se torna um .accordo que, consultando os' interes-
ses do Estado e os dos prestamistas, regularise a situa-
ção da nossa DIVIDA EXTERNA. Neste sentido estamos
estudando uma solução para os nossos compromissos
externos, que já mereceu acolhida por parte dos srs.
Seligman Brothers, conceituados banqueiros, em Lon-
dres.
A solução, que procuramos, será concluida, no pro-
ximo anno, pelo nosso successor e ella constituirá va-
lioso serviço por nós 'prestado ao Estado; e melhor ga-
rantirá os interesses dos prestamistas.
Para tratar desse assumpto, corno tambem para
solucionar a situação irregular do serviço de juros, de-
mos a incumbencia ao alto funccionario do Bank of
London & SOuth America, dr. Jose Jacyntho Aben-
Athar, que já havia chefiado a commissão, que remo-
delou a escripta do Thesouro, afim de, em Londres,
ter entendimento com os nossos banqueiros, levando-
lhes documentos formaes e a demonstração e.xacta de
todo o nosso movimento economico-financeiro.
Para que tal se désse, foi necessario recorrermos
ao gerente do Banco citado, que, com a maior
acquiesceu ao nosso pedido. E o dr. Aben-Athar,
em 2 mezes, deu desempenho cabal á Missão, tendo
obtido dos srs. Seligman Brothers, em novembro do
anno passado, que fossem, diariamente, depositados,
to % da renda ordinaria ao envez de 45 % do imposto
de exportação, o que, diminuindo os encargos do The-
souro, permitte ao Estado cumprir melhor o accord°
feito. Temos satisfeito essa quota de to com abso-
luta pontualidade, desde janeiro do corrente anno, o
que nos permittiu remetter, até .31 de julho ultimo, a
somma de E 13.900, para completar o pagamento do
coupon do emprestimo de 1901, vencido em janeiro
de 1924, na importancia de E 32.000.
Nessa missão tão delicada quanto de importancia
vital para nossa terra, o sr. dr. José Aben-Athar, que
50
abandonou seus interesses, apenas despendeu, em pas-
sagens e representações, a hriportancia de I.o5o, paga
pelo llesouro, ficando o tstado. a dever-lhe esse gran-
de serviço.
Banco do Estado.A continua crise economica,
que atravéssa a nossa praça, impediu, até esta data, p
installação do Banco do Estado, creado pela Lei n:
2.525, de to de novembro de 1925, o que não nos des-
anima da nossa intenção de dotar o Pará de um esta-
belecimento modelo, crentes que somos do futuro da
Amazonia. Se não tivermos a nossa intenção coroada
de exito, no presente, tela-emos no futuro, por isso
que deixamos os elementos necessarios para a sua
realisação.
E'-nos grato informar-vos que a Receita, reali-
sada pela cobrança do imposto especial, para a creaçãci
do Banco do Estado, tem tido, da nossa parte. a melhor
a pplicação, não tendo o Thesouro se utilizado da
mais
pequena parcello, dessa Receita, mas até auxiliado com
O valor dependido para a arrecadação do dito
posto.
A demonstração a seguir diz da applicação da
Re-
ceita do imposto arrecadado nos exercícios de 1926 e
1927:
Receita nos exercícios de 1926
e 1927
788:760$33 I
Acquisição de um predio para
séde do Banco do Estado 300:000$000
Idem de 775 apolices da Di-
vida Publica Federal do
valor nominal de 1:000$000
cada uma sob a guarda. do
Thesouro 520000$000
Idem de 17.493 grammos de
ouro sob a guarda do The-
souro 68:724$600
Idem do mobiliario para o
Banco 14:200$000

902:924$600 788:761$331
Saldo a favor do Th esou ro para
ser coberto com a Receita
do exercicio corrente 1928 114:1648269-
902:9248600 902:9248600
EXERCI.C10 DE 1927
BALANÇO GERAL
RECEITA
TITULOS SOMAS PARCIAES TOTAES
Renda do Estado :
Renda ordinaria 10.6790263360
Renda extraordinaria.. 533:5313184
Renda c/applicação especial 2.195:939$049 13.408:496$593
Depositos Diversos:
De diversas origens 408:599$464
Diversas Contas :
Montepio c/contribuiçOes 266:6783106
Sello de Caridade. 122$300
Fundo escolar 1:0313000
Caixa Escolar 2:4433000
Associação Commercial c/
emolumentos 2:999$723
Bonificaçaes 19745$807
Supprimento do exercicio de
1928 186:1043476 479124$412
Exercido de 1926:
Saldo que passou para o exer-
cicio de 1927 129:5093142

14.425:7293611
DESPESA
Despesa do Estado
Governo do Estado 2.812:6253983
Poder Legislativo.... ........ 200:539$000
Poder judiciario 894:3193570
Policia Civil e Militar 2.059:466$860
InstrucOo Publica 2.117:782$198
Saude Pub lica 892:109$395 8.976:843$006
Operações de credito
Serviço de emprestimos ex-
ternos 388:9163607
Serviço de emprestimos inter-
nos 1:0003000 389:9163607
Receita a annullar
Na renda ordinaria ..... . .... 95:046$961
Na renda c/applicação especial 263:057$956 358:104$917
Depositos diversos
Reclamados e restituidos no
exercicio 66:930$866
Diversas contas
Titulos resgatados. ......... 2:750$000
Divida fluctuantec/amortisa-
ção 517:208$688
Pessoal inactivo. 890:3643333
Pensionistas do Montepio 825:284700
Eventuaes. 580:478$057
Santa Casa de Misericordia
c/auxilio 331:7883490

52
Obras Publicas 358:1385266
Associação Commercial c/
auxilio 154:1285977
Telegrammas, telephones, luz e
automoveis 96:722$160
Intendencia Municipal de Ma-
rablic/ emprestimo 45:000$000
Montepio - c/ restituições.
23:387$044
Montepioc/ emprestimos 350'5000
Banco do Estadoc/ Fundo
ouro. 48:1865100
Banco do Estadoc/ Capital 520:0005000
Estrada de Ferro de Bragan-
çac/Reconstrucção 200:0005000
Auxilios 12:0005000
Contabilidade Publica 12:0005000
Agencia do Banco do Brasil--
c/c garantida 4:9475400
Sociedade Beneficente Portu-
gueza 1:2005000
Casa de Saude Maritima 10:000.5000 4.633:9345215

14.425:729$611

EXERCICIO DE 1927
MOVIMENTO DOS COFRES DO THESOURO DO ESTADO i RELATIVO AOS
MEZES DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 1927

RECEITA
TITULOS SOMAS PARCIAES TOTAES
Renda ordinaria:
Exportação 6.047:0995520
Industrias e profissões 1.187:6805819
Divida activa 133:7155626
Transmissão de prorriedade 621:7925567
Renda do patrimonio 134:5805878
Consumo de diversos ...... 338:0895334
Imposto do sello 273:4105076
Serviço de Aguas 991:9815840
Matadouro do Mag,ruar.)- 784:495S160
Serviço de navegação 166:1805540 10.679:0265360
Renda extraordinaria:
Indemnisaçães 29:9515511
Eventuaes 503:5795673 533:5315184
Renda ciapplicacão especial:
Co.nsumo de bebidas e fumo 830:1995186
Addicional 215:1665493
Taxa sanitaria. 226:0035156
Imposto territorial 262:1475226
Imposto da Bolsa 339:3155888
Banco do Estado 323:1075120 2.195:9395049
Depositos diversos:
De diversas origens. 408:599$464

53
Diversas codas:
Montepio c/contribuições 268:6785106
Sell; de Caridade 1225300
Fundoescolar................. 1:0311000
Caixa escolar 2:4.435000
Associação Commercial c/emo-
lumen tos 2:9995723
Bonificações 19745$807 293:0195936

Supprimento do exercicio de 1928 186:1045476


Exercicio de 1926:
Saldo que passou do exercido
de 1926 ............ 129:5095142.

14.425:7295612

DESPESA
Governo e administração:
-Governo do Estado 40:0001000
Gabinete do Governador 41:1.135366
Secretaria Geral. 83:1971810
Thesouro Publico 165:7341200
Directoria de Obras Publicas,
Terras e Viaçâo 120:6855620
Directoria do Serviço de Aguas 668:1161394
Recebedoria de Rendas 133:1125500
Matadouro do Maguary. 405264$524
Marchantaria do Estado. ..... 4192995570
E. F. do Tocantins c/recons-
trucçâo 211;4)05000
Junta Commercial 17:2965033
Navegação 1872195920
Mesa de Rendas e Collectorias 315:8565079
Theatro da Paz. 4:7005030 2.8126255983
Poder Legislativo:
Camara c Secretaria. 121:3495200
Senado e Secretaria. 79:1895800 200:539$000
Poder Judiciario :
Tribunal Superior de Justiça 170.6291200
Secretaria do Tribunal Superior 21:6605220
Ministerio Publico 32:2175000
Secretaria do Ministerio Pu-
blico 9:7481300
Repartição Criminal... ..... . 29:0335950
Forum. 7:2725000
Ajuda de custo 4:2715100
Juizes da capital e do interior. 498:9.325200
Promotores da capital e do in- 'o

terior 117:534600 891:3195 570


Policia Civil e Militar :
Chefatura de Policia. 413:1455335
Força Publica Militar 1.614:0215525 2.039:4665860
Instrucção Publica:
Faculdade de Direito 73:3205000

5-41
e

Escola de Pharmacia 19:9248650


Oymnasio Paes de Carvalho 183:8508300
Escola Normal 108:4938400
Instituto Gentil Bittencourt 103:3968100
Instituto Lauro Sodré 377:7218350
Ensiao Primario 1.156:3298798
Museu Gceldi 40:4228600
Bibliotheca e Archivo Publico. 24:3248000
Escola de Agronomia e Vete-
rinaria :10:0008000 2.117:7825198
Satide Publica :
Directoria do Serviço Sanitario 162:3088195
Saneamento Rural 456:3108000
Hospital Domingos Freire 43:0128203
Hospicio de Alienados .139:043S7..39
Prophylaxia da Febre Amarella 90:799850J 892:1398395
Depositos diversos :
Restituidos no exeiTicio
66:9305866
Operações de credito :
Serviço de Emprestimos Ex-
ternos 388:9168(07
Serviço de Emprestimos In-
ternos. 1:0008000
Receita a annullar :
Na Renda Ordinaria
--
95:0468931
389:9165607

Na Renda c/applicaçao especial 263:0578956 358.1045917


Diversas contas:
Titulos Resgatados 2:7508000
Divida Fluctuante c amortisa-
çâo 517:2088688
Pessoal Inactivo 890:3648333
Pensionistas do Montepio 825:2848700
Eventuaes 580:4788057
Santa Casa de- Misricord-ia
c/auxilio 331:7888490
Obras Publicas 358:1388235
Associação Commercial clan-
xilio 154:1285977
Telegrammas, Telephones.
Automoveis.... ......Luze 93:722$ÍGO
Intendencia Municipal de Ma-
rabd Oemprestimo 45:0005000
Montepio cirestituiçõeg 23:3875044
Montepio c/emprestimos ..... 3508 000
Banco do Estado c/Fundo Ouro 48:1868A )
Banco do Estado c/capital 520:0005000
Estrada de Ferro de Bragança
c/recoastrucção.. 200:0005033
Auxilios 12.0008003
Contabilidade Publica. 12:0005030
Agencia do Banco do Brasil
C/C garantida ......... 4:9475403
Sociedade Portugueza Benefi-
cente. 1:2005000
Casa de Saúde Maritima 10:0005003 4.633:9345215
14.425:7295611
Thesouro Publico do Estado do Pará, 3 de Dezembro de 1927.

55
THESOURO PUBLICO DO ESTADO DO PARA
BAUM() ECONOMIC° ENCERRADO EM 31
DE DEZEMBRO DE 197
ACTIVO
Bens Immovels :
Valor dos predios, terras, es-
tancias, etc
1.124.844H/3533430
Bens Moveis:
Valor dos moveis, machinis-
mos, obras de arte e sci-
encias
Bens Semoventes: 2.381:939$600
Valor dos animaes em serviço
Divida Activa : 29:200$000
Saldo desta conta nesta data
Valores do Estado : L167013$663
Valor dos titulas escripturados
no Thesouro
Fundos em Londres CIEmprestimos : 25.627:879$400
Saldo desta conta nesta data
Exactores 249:505$200
Saldo escripturado nesta data
como devido por collect°
res
125:872$514
Intendencia Municipal de Marabá
ClEmprestimos :
Valor desta conta
105000$000
Valores de Compensação :
Garantias diversas 25.795:862$400
Valores depositados
435:712$100
Valores caucionados 770:170$000
Estampilhas
3.7042853370 30.706:029$870
1.185.237:293$677

PASSIVO
Patritnonio :
Valor das responsabilidades até
esta data 1.154.531.:263$807
Menos
Valor das responsabilidades
172.54:335$554 981.941:928$253
Divida Externa :
Saldo desta conta
Divida Interna Fundada: 112.245:0753200
Saldo desta conta
Governo Federal CIEmprestimos : 25.342:900$000
Valor desta conta
Divida Fluctuante : 15.000:0009000
Saldo desta conta.
Valores de Compensação: 20.001:360$354
Valores em garantia
25.795:862$400
Valores de. terceiros 1.205:8823100
Estampilhas a emittir. 3.704:285$370 30.706:0293870

1.185.237:293$677

56
Situacao financeiracio Montepio dos Funccionarios do Estado
Balanço da Receita e Despesa
1° de Janeiro a 31 de Dezembro de 1927

RECEITA
bias e Contribuições :
Recebido durante o exercicio 266:6788106
Devedores Diversos :
Recebido para amortisações de
emprestimos 6508000
Auxilios :
Pela importancia da verba con-
signada na Lei Orçamen-
taria para este exercicio 50:0008000
Thesouro do Estado :
Supprimento durante o exerci-
cio
532:3438638 849673744

Pensões:
DESPESA
Pagamentos a pensionistas
durante o exercicio 825:2848700
Restituições :
Liquidações de contribuições
com ex-funccionarios do
Estado 23:3878044
Devedores diversos :
Emprestimos a funccionarios.. 1:0008000 . 849:6718744

Balanço Economic°
ACTIVO
Apolices
Pelo valor de
280 apolices
da Divida Pu-
blica Federal 2800008000
Devedores Diversos :
Saldo desta con-
ta em 31 de
dezembro de
1926 89:743376
Pelo saldo de
emprestimos
no exercicio 3508000 90:093376
Deficit:
Diferença entre
. O ACTIVO e PAS-
SIVO 2.939:9878166 3.310:078.8542

57
PASSIV 0
.% Thesoaro do Estado :
Saldo desta con-
ta em 31 de
Dezembro
1926 1.295:6136228
Supprimento pa-
ra 6 serviço de
pensões no
corrente exer-
cicio 532:343;638 1.827:986;866
Pensões a Pagar :
Saldo desta con-
ta.
1.482:094676 3.310028$542

EXERCICIO DE 1928
BALANÇO GERAL DO PRIMEIRO SEMESTRE

RECEITA
TITULOS SOMMAS PARCIAES TOTAES
Renda do Estado:
Renda ordinaria ..... 5.3522536195
Renda extraordinaria 190:6916922
Renda c/applicaç.ão especial 1.222:4826692 6.765:4276809
Depositos Diversos :
De diversas origens. ........
98:1146468
Diversas Contas:
Montepio c/contribuições ..... 140:7476785
Montepio c/emprestimos 2506000
Renda não discriminada
3082866449
Bonificações 33:6636200
Amazon River c/ Navegação
Mosqueiro ( exercicios de
1927-1928) 59:0816760
Cobrança do Contencioso 9:1656000
Associação Commercial c/emo-
lumentos 9296790
Caixa Escolar
7776900
Fundo Escolar
6756000
Consignações. 5456000
Depositos c/fiscalisação 1:2006000
Sello de Caridade
306500 555:326384
7.418:8946659
' DESPESA
Despesa do Estado:
Governo e Administração
1.211:0396776
Poder Legislativo
22:4656200
Poder Judiciario 369:5996600
Policia Civil e Militar 827;685398
Instruccão. Publica
Satíde Publica
--
866:6106900
554:5746160 3.851:9816634

, 58
Depositos Diversos:
Restituido no exercido 115:3405284
Operações de credito:
Serviço de Emprestimos Exter-
nos 478:8715714
Receita a annallar:
Na Renda ordinaria 29:8118846
Na Renda clapplicação especial 27:8128872 157:6245718
--
Diversas Contas:
Pensionistas do Montepio 388:6295400
Pessoal Inactivo . ,
:575:042$900
Divida Fluctuante c/amortisa-
ção 275:240885; I
Santa Casa de Misericordia
c/auxilio 203:9868405
Associação Commercial c au-
xilio 106:7295963
Obras Publicas 198:4335844
Supprimento ao exercicio de
1927 186:1015475;
Eventuaes 167:387$880
Contabilidade Publica 53:6505000
Telegrammas, Telephones. Luz
e Automoveis 53:3095510
Titulos Resgatados 53:2925000
Melhoramentos Publicos 30.0005000
Substituições 21:7095400
Banco do Estado c/Fundo Ouro 8:3545900
Auxilios 7:0005000
Agencia do Banco do Brasil c c
garantida.. 6:9305000
Limites Pará-Amazonas 5:2805000
Adiantamentos 2:7205000
Montepio c/restituições 2:6695900 2.147:0714439
Movimento de Fundos :
Dinheiro em moeda corrente
No Thesouro e nas diferentes
repartiçÕes arrecadadoras 610:47051'15
Nos Bancos desta praga 48:3345600
Na Caixa Rural de Bragança 9:2005055 668:005$470

7.418:8945659
NED.

EXERCICIO DE 1928
DEMONSTRACX0 DO MOVIMENTO GERAL DA RECEITA E DESPESA
NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 1928
RECEITA
T1TULOS SOAMAS pARC1AES TOTAES
- Renda ordinaria:
Exportação 3.407:4075336
industrias e Profissões.... 441:8015189
Divida activa 13:393$599
Transmissão de propriedade 276:677$871

59
Renda do patrimonio 23:5978290
Consumo de diversos 162046$870
Serviço de Aguas 505988.8240
Matadouro do Maguary 380:6248170
Serviço de Navegação 36:4788640
Imposto do sello 1042378900 5.3522538195
Renda e.rtraordinaria:
Evenhiaes 182:0818282
Indemnisações. 8:6108640 190:6918922

Renda clapplicacão especial:


Consumo de bebidas e fumo 377:0088650
Addicional.. 109:7688693
Taxa sanitaria 119:4808977
Imposto territorial 56:2098160
imposto da Bolsa 226:0218113
Banco do Estado 31511$922
Asylo S. Francisco de Assis 18082$177 1.222:4828692

Depositas diversos:
De diversas origens ....... 98:1148466
Diversas contas:
Montepio c'contribuiçbes 140:7478785
Renda não discriminada 308286$449
Montepio c/emprestimos 2508000
Bonificações 33:6638200
Amazon River c/Nav. Mosquei-
ro (exercicios 1927-1928) 59:0818760
Cobrança do Contencioso 9:1658000
Associação Commercial c/emo-
lumentos 9298790
Caixa escolar 7778900
Fundo escolar 6758000
Consignações.. 5458000
Deanitos c/fiscalisação 12008000
Sello de caridade 308500 555:3528384

7.418:894659
DESPESA
Governo e administração :
Governo do Estado 16:6668500
Gabinete do Governador. 176608125
Secretaria Geral 39:0628000
Thesouro Publico 719768800
Directoria de Obras Publicas,
Terras e Viação. 463498800
Directoria do Serviço de Aguas 323:101E517
Recebedoria de Rendas... ...... 49:6358800
Matadouro do Maguary 193:5648660
Marchanteria do Estado ...... 250:6038840
E. F. do Tocantins c/ recons-
trucção 75:603000
Junta Commercial 7:0008400
Navegação M761$020
Mesas de Rendas e Collectorias 45:0998314
Theatro da Paz. 1 58$000 1.211:0398776

60
Poder Legislativo:
Senado e Secretaria 10:7915200
Camara e Secretaria 11:6745000 22:463200
Poder
Tribunal Superior de Justiga 70:8005000
Juizes da capital e do interior 208:3075500
Secretaria do Tribunal Superior
de Justiça ...... 10844s100
Ministerio Publico......... 15:8955000
Secretaria do Ministerio Pu-
blico 3:450$000
Promotores da capital e do in-
terior 4.3:3385100
Repartição Criminal 11:7885300
Fotin 3:5305600
Ajuda de custo 1646S000 369:5998600
Policia Civil e Militar:
Chefatura de Policia. 192:0388787
Força Publica Militar.. 635:646S611 27:655$398
'Instrucção Publica:
Bibliotheca e Archivo Publico. 10:843S000
Museu Gceldi 18:3118500
Faculdade de Direito 31:680S000
Escola de Pharmacia. 11:375S000
Gymnasio Paes de Carvalho 85:500S 100
Escola Normal 44:4458300
Escola de Agronomia e Vete-
rinaria 18:009S990
Instituto Gentil Bittencourt 47:1448500
Instituto Lauro Sodré 157:756S210
Ensino Primario .441:551S300 866:616&kI3
Saúde Publica:.
Directoria do Serviço Sanitario 62:8735600
Saneamento Rural__ ..... 383:1555000
Hospital Domingos Freire 21:1158500
Hospicio de Alienados 55986S000
Prophylaxia da Febre Amarella 31:444S000 554:574 S160

Operações de credito :
Serviço de emprestimos ex-
ternos 478:871S714
Receita a annullar :
Na Renda Ordinaria 29:8115846
Na Renda c/applicação especial 127:8128872 157:624871S

Depositos diversos :
Restituido no exercicio 115:3405254
Diversas contas:
Pensionistas do Montepio 388:614%400
Pessoal Inactivo 375642$900
Divida Fluctuante c/amortisa-
ção 275:240E861
Santa Casa de Misericordia
c/auxilio 203:9865405
Assoda0o Commercial c/au-
xilio 106:729$963
Obras Publicas . 198:433$944
Supprimento ao exercicio de
1927 186:104476
Eventuaes 167:387$880
Contabilidade Publica 53:6505000
Telegrammas, Telephones, Luz
e Automoveis 53:3095510
Titulos Resgatados 53:2925000
Melhoramentos Publicos 30:00%000
Substituições 21:709/.400
Banco do Estadoc/Fundo Ouro 8:354900
Auxilios . 7000$000
Agencia do Banco do Brasil
C/c garantida 6930$000
Limites Para-Amazonas ...... 5286E000
Adiantamentos 2720$000
Montepio C/RestituiçÕes ' 2:669$900. 2 .147:0718439
Movimento de Fundos:
Dinheiro em moeda cor-
rente :
No Thesouro e nas differentes
repartições arrecadadoras 610:470$815
Nos Bancos desta praça 48:334600
Na Caixa Rural de Bragança. 92008055 668:005:-:;470

7.41&804$659

THESOURO PUBLICO DOESTADO DO PARA


BALANÇO ECONOMICO ENCERRADO EM 30 DE JUNHO DE 1928
ACTIVO
Bens immoveis :
Valor dos 'predios, terras: es-
tancias, etc 1.103.817:1115494
Bens moveis;
Valor dos moveis, machiais-
mos, obras de arte e sci-
cias 2.381:939SM0
Bens semoventes :
Valor dos animaes em serviço 29:2005000
Divida (letiva:
Valor desta conta nesta data
1.167:013S3
Valores do Estado :
Valor dos titulos escriptura-
dos no Thesouro
26.444:744$400
Fundos em Londres clam -

prestitnos:
Saldo desta conta nesta data
249:50543200
Exactores:
Saldo escripturado nesta data
como devido por exacto-
res
125:872$514
lntendencia Municipal de
Marabá emprestinto :
Saldo desta conta nesta data
45:000$000

62
Caro :
Saldo escripturado no The-
ro 66S:005$470
Valores de compensação :
Garantias diversas. 25.795:862$400
Valores depositados 444067$000
Valores caucionados 774:170$000
Estampilhas 3.7042355370 30.718:3848770

1.165.646:7778111

PASSIVO
Patritnonto :
Pelo valor constatado até a
data . ..... 1.134.260:3865871
Menos
Valor das responsabilidades... 172.541:504054 961.718:8845817
Divida Externa:
Saldo desta conta 112.2450755200
Divida Interna Fundada:
Saldo desta conta 25.307:500$000
Governo Federal c!emprestimo:
Valor desta conta 15.000:0005000
Divida Fluctuante :
Saldo desta conta. 19.9'38:9265554
Exercido de 1928:
Saldo do primeiro semestre 668:0055470
Valores de compensação:
Valores em Garantia 25.795:862$400
Valores de terceiros 1.218:2378000
Estampilhas a emittir. 3.704:2555370 30.718:3845770

1.165.646:7775111

Neste resumo de trabalho quotidiano dum quatrien- Ensino publico


nio, j não cabem grandes explanações de idéas e prin-
cipios que pudessem conduzir a melhor caminho, ou a
obter maiores resultados praticos. Em regra, na complexa
responsabilidade que peza sobre quem acceita a designa-
çâo do voto popular e a confiança de seus concidadãos
para presidir os negocios publicos, a realisação de urna
obra qualquer de governo, nem sempre desperta o ap-
plauso correspondente ao esforço, honestidade e nobreza
de intenção com que é levada a effeito. Entre nós, onde
essa funcção requer, pelas circumstancias inevitaveis crea-
das, no entrechoque de crises e paixões, a maior sereni-
dade, o cumprimento do dever politico raia por um sa-
crificio, que sómente se atterula com o devotamento pela
grandeza maior da terra natal.
Entretanto, assumptos ha tão elevados e de tal al-
63
cance que enchem de fé a alma dós governantes e bas-
tam para confortal-os de todas as decepções. e injustiças.
E' desta natureza o ensino. Motivo sempre novo, idda
sempre 'opportune, cuidado sempre muito grato, quanto
se faça por engrandecel-o, dar-lhe maior efficacia, desen-
volver a _sua producção na intelligencia das gerações que
se formam, é ensejo de contentar a propria consciencia
do dever. Se alguma cousa podemos referir em que exista
progresso visivel, no periodo de nosso governo, está nesse
caso o ensino, que as cifras de estatisticas mostram,
numa evidencia animadora e. feliz.
Não poupando esforços, olhamos para o ensino, desde
professor, cujas condições materiaes reclamavam repa-
ração immediata, .entregando-lhe pontualmente c4 redu-
zidos vencimentos, que o Estado lhe attribue, ao lado de
abnegação peculiar e admiravel que o exalta; para as
crianças, dando-lhes com a pontualidade do mestre, com
fornecimento do expediente escolar e livros, gratuita-
mente, as festas e premios de estimulo tão do agrado
dellas; até o mobiliario e predios escolares, remodelados
em bôa parte e augmentados de novas e numerosas pe-
ças, aquelle, e estes adquiridos alguns e todos devida-
mente conservados.
Todo o Regulamento esta em pleno vigor,
obedeci-
dos os programmas de ensino, fiscalizado o ensino parti-
cular, seja no ponto de vista pedagógico, seja
no hygie-
nico e quanto aos predios, professores
e alumnos. E, em-
bora haja muito a fazer, nesta materia
administrativa,
podemos declarar com ufania, sem vaidade,
que muito
está realmente feito.
E' evidente a insufficiencia das
escolas para a grande
população escolar do Estado. Em toda a parte a falta de
escolas é tão flagrante quanto a vontade
e o enthusiasmo
em aprender. O que está realisado indica bem
o que é pre-
ciso realizar, em actividade incançavel,
sobretudo, no in-
terior do Estado, onde as dificuldades do
problema pedem
muitas attenções e zelos, dadas as
condições de vida e
transporte, aquella dispersa em pequenos nucleos,
quando
não em casas isoladas e as communicações
distantes e
difficeis.
A unidade de vista dos governos do
Estado e Muni-
64
cipios, muito pode conseguir, firmando o accordo para
uma campanha effectiva de alphabetisação popular, obri-
gados os segundos a uma despesa indeclinavel, relativa
As suas rendas, com a instrucção.
Entretanto, desde logo, urge remunerar melhor
o professor, permittindo-lhe a subsistencia, que os min-
guados vencimentos actuaes tornam quasi impossível,
desviando para outros misteres as aptidões dos bons mes-
tres. O Estado conta com um excellente magisterio, mercê
do qual todas as alternativas graves da administração pu-
blica, não conseguiram modificar o alto conceito, em que
é tido, nem diminuir os fecundos resultados da instruc-
ção publica paraense.
Na Capital, pode-se dizer, todas as classes sociaes
estão devidamente servidas pelo ensino, ministrado com
rigor nos grupos .escolares e escolas isoladas, além de
um forte contingente de instrucção particular, de asso-
ciações- religiosas, etc.
Tanto o progr, amma do ensino das sciencias e lettras,
como os de desenho, gymnastica e canto, estão em rigo-
rosa observancia.
Os internatos profissionaes da União, Estado e Mu.
nicipio, recolhem um bom punhado de crianças desam-
paradas e dá-lhes bôa instrucção e officio.
O ensino secundario, publico e particular, alcança
matriculas jámais registradas, o mesmo se observando
nas isëolas superior-es aqui existentes.
O que assim dizemos é impressão da estatística es-
colar, rigorosamente organisada e pela qual vereis, mais
em detalhe, os algarismos .alviçareiros da instrucção que
está recebendo a gente nova do Pará, dotando-se de
capacidade para o immenso trabalho da civilisação, posto
á sua frente, na região amazonica, onde se vae exercitar,
cada vez mais intensa, a conquista de valores constructi-
vos da nossa nacionalidade.

O ensino publico primario, a cargo do Estado, é dis- Ensino primario


tribuido, em grupos escolares, escolas agremiadas, escolas
isoladas ( diurnas e nocturnas) e nos internatos Gentil
Bittencourt e Lauro Sodré.

65_
Na Capitalfunccionam actualmente nove grupos
escolares, inclusive o que foi ultimamente creado sob a
denominglo de (Epitacio Pessoa); quatro escolas agre-
miadas nocturnas; onze escolas isoladas 'diurnas; tres'ditas
nocturnasuma no Arsenal de Marinha, uma no grupo
escolar (Epitacio Pessôa» e outra no Instituto Lauro So-
dré, estas creadas pelos Decretos ns. 4.371, de 22 de
outubro de 1927 e 4.398, de 6 de março deste anno, res-
pectivamente; e os dois internatos de ensino profissional
já mencionados.
No interior da Capita/funccionam quatro grupos
escolares; vinte e sete escolas isoladas diurnas, inclusive
a da villa de Bemfica, que funcciona em casa adquirida
agora pelo Estado, e que pelo Decreto n. 4.404, de 31 de
março, do corrente anno, foi denominada ( Coronel Raymun-
do Lao); duas escolas isoladas nocturnai,uma na villa Ope-
raria da E. F. de Bragança e outra na villa do Mosqueiro,
esta denominada (Manoel Antonio de Castro pelo De-
creto n. 4.220, de 19 de agosto de 1925.
Em Vai-de-Cães, foi creada por Decreto n. 4.389, de
17 de fevereiro ultimo, uma escola de desenho profissio-
nal, destinada aos operarios, que alli trabalham, nas offici-
nas de serralheiro. Para reger, interinamente. esta escola
foi nomeado o ex-alumno do Instituto Lauro Sodré, João
Pinheiro dos Prazeres.
No interior do Estadofunccionam oito grupos es-
colares; nove escolas agremiadas, inclusive as de Faro e
Marabá, creadas ultimamente, e cento e setenta e tres
escolas isoladas diurnas, para ambos os sexos, distribui-
das pelos respectivos municipios.
Matricula geraLForam matriculados nos oito gru-
pos escolares, da Capital que funccionaram no decurso do
anno proximo findo-4.534 alumnos, sendo 1.859, na sec-
ção masculina e 2.675, na feminina.
No grupo escolar (Epitacio Pessoa», inaugurado. no dia
3 de maio deste anno, a matricula relativa ao 2.0 trimes-
tre do anno lectivo, accusa o numero de .314 alumnos-
135 masculinos e 179 femininos.
Nas quatro escolas agremiadas nocturnas foram ma-
triculados 758 alumnos-714, do sexo masculino e 44, do
feminino.
Nas onze escolas isoladas diurnas a matricula foi de.
927 alumnos-428, masculinos e 499, femininos.
Na escola nocturna Dias,, do Arsenal de Ma-
rinha, foram matriculados 67 alumnos, e nas duas noctur-
nas, que funccionain no grupo escolar ,Epitacio Pessoa',
e
no Instituto <Laura Sodré,, a matricula, relativa ao 2.°
trimestre do anno fluente, accusa o numero de 75
alumnos.
No Instituto <Gentil Bittencourt, foram admittidas, por
conta do Estado, 141 educandas e matriculadas no pen-
sionato annexo, 134 alumnas 108 no curso primario e 26
no secundario. .

No Instituto <Lauro Sodré, foi completada a lotação


com 300 alumnos.
Nos quatro grupos escolares, situados no interior da
Capital, foram matriculados 1.322 alumnos-578 masculi-
nos e 744 femininos.
A matricula das 27 escolas isoladas, diurnas, existen-
tes no interior da Capital accusa o numero de 1.390
alumnos-696 masculinos e 694 femininos; e a das duas
nocturnas de Marituba e da villa do Mosqueiro, dá o nu -

mero de 106 alumnos.


Na escola de desenho profissional, que funcciona
Val-de-Cães, foram matriculados 40 alumnos no tri-
mestre deste anno.
Attingiu o numero de 1.999 alumnos a matricula dos
oitos grupos escolares do interior do Estado; e ao de
1.255 a das sete escolas agremiadas, alli existentes, em
1927; elevando-se ao numero de 7.443 alumnos a das 173
escolas isoladas.
Em resumo, a matricula escolar do ensino primario
do Estado, relativo ao anno proximo findo, subiu ao nu-
mero de 20.376 alumnos, accusando um augment° de
2.037 escolares, contra o do anno anterior, como tudo consta
dos quadros annexos.
Já se elevou, no 1.0 semestre do corrente anno, a
4.519 o numero de crianças matriculadas nos grupos es-
colares da Capital.
DiscrImInacao dos estabelecimentos de ensino primario do
Estado pelo numero do pessoal docente e respectiva
matricula, no periodo de 1925 a 1927.
NA CAPITAL
(Grupos escolares)
1.0 grupocRuy Barbosa,
Directora, normalista Carlota Justo Ribeiro.
Corpo docente : 10 professoras e 6 adjunctas.
1925 1926 1927
Matricula 480 512 535
2.0 grupoBenjamin Constant,
Directora, normalista Aurelia Seixas dos Anjos.
Corpo docente :-8 professoras e 7 adjunctas.
1925 1926 1927
Matricula 365 401 421
3.0 grupocFloriano Peixota,
Directora, dra. Hilda Vieira.
Corpo docente:-11 professoras e 12 adjunctas.
1925 1926 1927
Matricula 602 601 636
4.0 grupocjosé Verisstmo»
Este grupo funcciona em um amplo edificio, de dois
andares, mandado construir pelo Estado especialmente
para esse fim.
Directora, normalista Gemina Pinto.
Corpo docente :-9 professoras e 10 adjunctas.
1925 1926 1927
Matricula 452 514 572
5.0 grupoa Barãodo Rio Branco,
Funcciona este estabelecimento em um confortavel
predio de dois andares e de propriedade do Estado. .

Directora, normalista Maria Luiza Pinto do Amaral.


Corpo docente : 10 professoras e 16 adjunctas.
1925 1926 1927
Matricula 877 915 1.043
6.0 grupo c Wenceslau Braz,
Funcciona em predio de propriedade do Estado.
Directora, normalista Maria Martins Sarmanho.
Corpo docente :-8 professoras e 11 adjunctas.
1925 1926 1927
Matricula 592 627 636
7.0 grupo 'PauloMaranhao)
Directora, em commissao, normalista Philomena Si-
mões.
Corpo docente :--9 professoras e 7 adjunctas.
1925 1926 1927
Matricula 359 377 490
8.0 grupo-,Pedro
Funcciona em predio de propriedade do Estado, an-
nexo á Escola Normal onde fazem exercicios praticos de
pedagogia as alumnas desse estabelecimento.
Directora, normalista Corina Rodrigues.
Corpo docente :-6 professoras e 1 adjuncta.
1925 1926 1927
Matricula 191 197 201
9.0 grupo«Epitacio Pessoaz
Creado pelo Decreto n. 4.402, de 22 de março do
corrente anno, foi este grupo inaugurado, officialmente,
no dia 3 de maio ultimo.
Funcciona em um elegante chalet de ferro, sito
avenida Tito Franco, adquirido pelo governo e conveni-
entemente adaptado ao fim escolar.
Em Decreto n. 4.403, de 30 de março do dito anno,
demos, a esse novo grupo escolar, o nome do illustre cida-
ciaoDr. Epitacio Pessôaex-presidente da Republica,
como homenagem do Estado do Pará aos altos meritos
de s. exc.
Neste grupo foram reunidas 3 escolas isoladas, que
funccionavam nas suas proximidades, sendo creadas, para
a sua completa organisação, mais duas uma elementar
e outra complementar, mistas.
Todas as professoras e adjunctas, das tres referidas
escolas extinctas, foram aproveitadas nesse grupo, sendo
uma dellas a normalista Maria Pereira da Silva Motta,
nomeada para exercer, effectivamente, o cargo de directo-
ra do dito grupo.
Para compor o respectivo corpo docente foram no-
meadas effectivamente as normalistas : Maria Candelaria
Level Martins e Maria Ribeiro da Costa Aguiar para a
secção masculina ; Benedicta Tavares da Costa, e Joa-
quina Martins Caldeira, esta removida do grupo de
Santarem, para a secção feminina ; e Mariana Tupy-
69
aisti de Souza, para a regència da escola comple-
*men-iar'niista, ficando mantidas as adjunctas Maria An-
tonia Valente do Couto e Leonilda Oliveira Soares da
Fonieca; que serviam nas escolas isoladas extinctas.
A sua matricula, relativa aos mezes de maio e junho,
elevou-se ao numero -cle 314 alumnos, 135 masculinos e
179 femininos.
10.0 grupo « Arthur Bernardes,
Foi adquirido pelo governo do Estado o antigo edi-
ficio d'A Provincia do Pará, para nelle fazer a installa-
çâo de um grupo escolar modélo.
As obras de ampliação e adaptação desse edificio,
destinado ao fim escolar, foram Contractadas com a firma
constructora desta praça, J. S. de Freitas & C.a, que foi au-
torisada a fazer um accresdmo, do lado esquerdo, de uma
ala com sete metros -cle frente por trinta ditos de fundos,
dotando o edificio com mais tres espaçosas salas e o
compartimento reservado á escadaria.
Essas obras foram executadas sob a fiscalisáçâo da
Repartição de Obras Publicas.
O edificio apresenta excellente aspecto, fazendo fren-
te para a Praça da Republica e preenche todas as exigen-
das pedagogicas-dum estabelecimento dessa ordem, ten-
do capacidade, folgada, para 1.000 crianças. Adquirido
o antigo predio por 150:000$000, as obras de conclu-
são e augmento subiram a 197:004000, o mobiliario a
mais 40:004000 e installação electrica, 10:004000 e ter-
renos accrescidos, 20000$000.
Neste grupo serão installadas doze escolas, 6 no
andar superior, destinadas a meninas e as restantes, no
andar inferior, para meninos, com areas preparadas nos
dois lados, o que o dispõe perfeitamente para a creação
do jardim de infancia, tão reclamado pela extraordinaria
matricula das escolas preliminares.
O accesso ao andar superior é feito Por dois lances
de escada, de pau amarello, sendo as suas columnas,
balaustres e corremAos, de macacahuba.
'No pavimento superior serão installados além das
salas destinadas ás aulas, o salão nobre, directoria, por-
taria, os gabinetes de assistencia medico-dentaria aos

.=.70
alumnos, asisfm- ço.m. b a escola pr. aiica' de Chimica
Do-
mestica.
Em Decreto n. 4.301, de 13 de novembro
de 1926,
demos a esse novo grupo o nome do eminente
brasileiro
Dr. Arthur Bernardes, ex-presidente da Republica,
como
justa homenagem do Estado do Pail
aos relevantes ser-
viços prestados á Nação por S. Exc.
Escolas Agremiadas Nocturnas
Além dos dez grupos escolares acima
mencionados,
funccionam tambem, na Capital, quatro escolas agremiadas
nocturnas, que julgamos necessario crear. logrando gran-
de exito e, denominadas: José Augusto 4.- Ignacio
Moura (Paulino de Britto e ,tCypriano Santos-, estas
funccionam no predio de propriedade do Estado, a rua
Arcypreste Manoel Theodoro n. 142, e as outras com séde
nos -grupos escolares srRuy Barbosa,, Wenceslau Braz
e Paulo Maranhão',respectivamente.
Escolas Agremiadas Nocturnas - Jose Augusto
Director, em commissao, normalista Joaquim Antonio
da Paixão.
Corpo docente: 2 professores e 1 professora.
1925 1926 1927
Matricula 159 135 123
Escolas Agremiadas Nocturnas -- < Ignacio Aloura
Director, em commissão, normalista Matheus José do
Carmo.
Corpo docente : 2 professores e 1 professora.
1925 1925 1927
Matricula 187 197 218
Escolas Agremiadas Nocturnas < Paul/no de Britto
Director, normalista Manoel Dias Maia.
Corpo docente: 2 professores.
1925 1926 1927
Matricula 148 172 216
Escolas Agremiadas Nocturnas < Cypriano Santos
Creadas pelo Decreto n. .4.320, de 18 de fevereiro do
anno de 1927, foram estas escolas inauguradas no dia
13 de maio do mesmo armo.
Director, -em commissão, normalista Sebastião José
Salgado Guimarks.
Corpo docente: 2 professores e 1 professora.
1927
Matricula 201
NO INTERIOR DA CAPITAL
(grupos escolares)
«Bezerra de Albuquerque, (Villa do Pinheiro). E.' de
propriedade do Estado o solido predio em que funcciona
este grupo.
Directora, em commissao, normalista Rosalina Alva-
res da Silva Cruz.
Corpo docente : 5 professoras e 4 adjunctas.
1925 1926 1927
Matricula 316 329 461
c Correa de Freitas ( Villa do Mosqueiro). Pelo
Decreto n. 4.286-A, de 28 de junho de 1926, foi permutado
o nome dado a este grupo Monsenhor Mancio com
o da cidade e Bragança cCorrêa d Freitas em ho-
menagem Aquelle illustrado sacerdote filho dessa cidade.
Directora, normalista Georgina Paixao Teixeira.
Corpo docente : 5 professoras e 4 adjunctas.
1925 1926 1927
Matricula 231 242 264
Santa Izabel (E. F. de Bragança). Funcciona em
edificio pro.prio do Estado á margem da E. F. de Bra-
gança.
Directora, normalista Elysiaria da Silva Reis.
Corpo docente: 5 professoras e 3 adjunctas.
1925 1926 1927
Matricula 209 238 286
Castanhal, (E. F. de Bragança). Em estado de
ruiria, tendo já um dos lados desabados e com o fôrro
totalmente inutilizado, foi este grupo solemnemente re-
inaugurado no dia 4 de setembro do anno proximo findo,
recebendo completa remodelação. O edificio, que é pro-
prio do Estado, entrou em concerto por ordem do governo,
em começo do dito anno, sob a immediata fiscalisaçâo da
Repartição de Obras Publicas.
Para que o ensino não soffresse interrupção, passaram
as aulas a ser dadas em casa particular, emquanto o edifi-
cio do grupo recebia os devidos concertos.
Terminadas as obras, que importaram quasi recons-
trucçâo do edificio, procedeu-se á construcção de uma
fossa para o escoadouro das aguas pluviaes e dos respe-
ctivos exgottos; bem assim reparos e limpeza geral no.
poço de serventia do grupo.

72
Directora, normalista Palmyra de Oliveira
Gabriel.
Corpo docente: 1 professor, 4 professoras e 4 ad-
junctas.
1925 1926 1927
Matricula 248 290 311
NO INTERIOR DO ESTADO
(grupos escolares )
Basilio de Carvalho,> (Abaeté).
Desde o dia 2 de
março do corrente anno, acha-se este grupo funccionando
em o novo edificio adquirido pelo Estado em
1.0 de de-
zembro de 1927, pela quantia de 30:00)501). E'
um pre-
dio de solida construceão, de dois andares,
e que reune
todos os requisitos indispensaveis a
um estabelecimento
dessa ordem, podendo comportar 300 crianças,
folgada-
mente.
Bem situado, mede o predio 13m,80 de
frente e
18m,70 de fundos; as- paredes externas e divisorias
são
de enchimento sobre alicerces de alvenaria de
pedra coin
algamassa de cimento, devidarnente rebocadas
e pinta-
das, e os ares são de madeira de lei
com cobertura de
telha commum.
O primeiro pavimento ou andar terreo contém
qua-
tro salas amplas, muito ventiladas e convenientemente
illuminadas, e um -corredor central onde está collocada
a
escada que dá accesso para o segundo pavimento. O
pa -
vimento superior está dividido em cinco salas, um corre-
dor e um pequeno accrescimo nos fundos, sendo
todos os
compartimentos assoalhados de acapú e pão amarello,
com janellas para a rua, recebendo assim muita luz e
ventilação.
A mudança do grupo e os concertos de todo o seu
mobiliario esteve a cargo do esforçado intendente desse
municipio coronel Garibaldi Parente.
Director em commissào, normalista Bernardino Pe-
reira de Barros.
Corpo docente:-5 professores e 1 adjuncta.
1923 1926 19'27
Matricula 164 176 203
<Fulgencio Simões, (Alemquer).Directora, norma-
lista Raymunda Barroso Franco.
Corpo docente:-5 professoras.
1925 1. 26 1927
Matricula 182 195 203

73
tbionsenhor &mob> (Bragança).Directora,, n,orma-
lista Argentina da Silva Pereira, designada por acto de 4
de maio ultimo para esse cargo, vago com a transferen-
cia da respectiva directora, normalista Arcellina Soares de
Mello para uma das cadeiras de professora do grupo es-
colar <Ruy Barbosa», da Capital.
Corpo docente:-1 professor, 4 professoras e 3 ad-
junctas.
1925 1926 1927
Matricula.... ....... 166 178 239
<Gonçalo Ferreira) (Curuçá)Directora, normalista
Olinda Véras Alves, designada para esse cargo, vago
com o fallecimento do respectivo director, normalista João
Gualberto de Campos, occorrido no dia 14 de maio ul-
timo.
Corpo docente:-1 professor, 4 professoras e 2 ad-
junctas.
1925 1926 1927
Matricula ......... 239 307 316
(Igarape-assti) Funcciona no edificio proprio do
Estado á margem da E. F. de Bragança. Solicitado pelo
professorado e autoridades e pessôas gradas denomina-
mos pelo Decreto n. 4.424, de 4 de -agosto de 1928, este
grupo <Deodoro Mendonça), justa homenagem ao actual
secretario geral do Estado e director do Ensino, devo-
tado na grande causa da educação nacional.
Director, normalista Francisco Thorne da Rocha Mo-
raes.
Corpo docente:-1 professor, 4 professoras e 2 ad-
j unctas.
1.925 1926 1927
Matricula 183 216 221
(Santarem).Extincto este grupo pelo Decreto n.
3.806, de 5 de março de 1921, como muitos outros do in-
terior por falta de frequencia, passou a funccionar mais
tarde como escolas agremiadas até o dia 9 de junho de
1926, data em que foi restabelecido pelo Decreto
n. 4.285.
Com a remoção da professora normalista Joaquina
Martins Caldeira que ali exercia o cargo de
directora,
para o grupo escolar <Epitapio Pessôa», da Capital, foi
designada para exercer esse cargo, a professora do
mes-
mo grupo normalista Zelia Pinto de Souza Braga.

74
Corpo docente:-5 professoras e 2 adjunctas.
1925 1926 1927
Matricula........ 153 234 277
(Julio Cezar, (Soure).Directora,
normalista Anto-
nia Joaquina de Castro Tavares.
Corpo docente:-5 professoras e 2 adjunctas.
1925 1926 1927
Matricula 259 260 270
Vigia,.Directora, normalista Eugenia Coelho de
Oliveira.
Corpo docente:-5 professoras e 2 adjunctas.
1925 1926 1927
Matricula 906 239 270
ESCOLAS AGREMIADAS
(Cametá,.Director, normalista Braulio de Jesus
Mendonça.
Corpo docente:-1 professor e 3 professoras.
1925 1926 1927
Matricula 120 103 169
cAlarapannn».Directora, normalista Carmen Carva-
lho Rebello Magalhdes.
Corpo docente:-4 professoras.
1925 1926 1927
Matricula 123 154 211
cMaracanci,.Directora, normalista Antonia Simões
Bentes.
Corpo docente:-4 professoras e 1 adjuncta.
1925 1926 1927
Matricula 145 152 152
citifocajaba,. Directora, normalista Isolina Castro
Ramalho.
Corpo docente:-4 professoras.
1925 1926 19'27
Matricula 116 132 147
cObidos.Directora, normalista Perpetua Monteiro
Figueira.
Corpo docente:-4 professoras.
1925 1926 1927
Matricula 130 131 148
'São Caetano de Odivellas,.Directora, normalista
Addah Botelho Chagas.
Corpo docente:-4 professoras.
1925 1926 1927
Matricula 160 200 230

.75
eVizeu.Creadas pelo Decreto n. 4.318, de 22 de
janeiro de 1927, foram.estas escolas inauguradas no dia
10 de março do mesmo anno.
Directora, normalista Hermelinda Ferreira Coelho.
Corpo docente:-4 professoras e. 2 adjunctas.
1927
Matricula 198
(Faro,.De accordo com a proposta do Conselho
Escolar .da cidade de Faro, e attendendo á conveniencia
do ensino, resolvemos extinguir, por Decreto n. 4.416, de
8 de junho do corrente anno, as escolas masculina e fe-
minina existentes na dita cidade, e crear 4 escolas: uma
masculina, uma feminina e outra mista elementares e urna
complementar mista, que funccionam, agremiadas, na séde
daquelle municipio.
Por acto de 9 do referido mez foram nomeadas a
normalista Enedina Cotrin da Silva Araujo,:pfira reger ef-
fectivamente a escola complementar mista e d. d. Maria
da Costa Rossy, Sarah de Souza Reis e Elvira de Aze-
vedo Tiuba, para regerem interinamente as escolas mas-
culina, femininas mista elementares do dito estabeleci-
mento, respectivamente, sendo designada a professora da
escola complementar para exercer o cargo de directora
dessas escolas.
«Marabá».Creadas pelo Decreto n. 4.423, de 21 de
julho de 1928.

Cr.eacao e restabelecimento de grupos. escolas agremiadas


e iscladas CDIurnas e nocturnas)
Conforme consta do mappa annexo, organisado pela
secção encarregada do expediente do ensino primario do
Estado, foram creados e restabelecidos no periodo de
fevereiro de 1925 a julho de 1928 os seguintes estabele-
cimentos e escolas de ensino primario :
Na Capital 2 grupos escolares: (Arthur Bernar-
des> e (Epitacio Pessoa); 4 escolas agremiadas noctur-
nas (José Augusto>, (Ignacio Moura>, (Paulin° de Brit-
to> e (Cypria.no Santos>); 3 escolas isoladas nocturnas
que funccionam uma no Arsenal de Marinha, uma no Ins-
tituto (Lauro Sodré> e outra no grupo (Epitacio Pessoa",
e restabelecidas 2 escolas uma no dito Instituto e outra
76
na Cadeia de S. Jose, e creadas 2 escolas elementares,
uma para cada sexo no grupo escolar Wenceslau Braz,.
Foram tambem creados 5 cargos de adjunctos, 2 no
Instituto cLauro Sodre), uni no grupo escolar (Ruy Bar-
bosa.» e 2 no grupo escolar tWenceslau Braz.
No interior da Capital foram creadas 2 escolas no-
dumas, uma em Marituba e outra na villa do Mosqueiro;
e 2 ditas diurnas, uma em Curugambaba e outra em Val-
de-Caes.
Nos municipios do interior do Estado foram creadas
as seguintes escolas: uma em Curralinho (povoação Pi
ria); uma em Santarem (povoação Saubal); duas em Vi-
zeu (povoações Carucaua e S. Jose do Piriá); uma em
Abaeté (Beja); tres em Conceição do Araguaya (na séde);
uma em Altamira (na sede); uma em Marabá (povoação
Areiào); duas em Muaná (rio Anabijú e povoação S. Mi-
guel do Pracuhuba); uma em Igarapé-assú (Peixe Boi);
uma na Vigia (Porto Salvo); duas em Faro (povoações
Abaucú e MaracanO); duas em São Caetano de Odivel-
las (Villa Nova, circumscripção Perseverança); uma em
Quatipuru (Capanema); e uma na bocca do rio Cupijó,
rnunicipio de Cametá.
Foram restabelecidas as seguintes escolas:duas em
Curuçá (povoações Nazareth e Santa Luzia); uma em
Gurupá (povoação Carrazedo); e uma no grupo escolar
de. Santarem.
Foram tambem 6reados os seguintes cargos de ad-
junctos: 2 no grupo escolar de Santarem; 1 nas escolas
agremiadas de Máracanã e 2 nas de Vizeu.
Elevou-se ao numero de 1.914 a matricula das esco-
las creadas e restabelecidas ate o fim do anno escolar
de 1927, com a frequencia media de 1.336 escolares.
Em resumo de 1925 a 1928, foram creadas no Estado,
30 escolas diurnas, sendo 4 na Capital, 1 no interior da
Capital e 25 no interior do Estado; 16 escolas noctur-
nas. Foram restabelecidas 2 escolas na Capital e 4 no
interior e um grupo escolar. Foram creadas 3 escolas
agremiadas no interior e 10 logares de adjunctos, sendõ
ni Capital.
Gymnastica e canto coralContintía a dar optinitos
resultados o ensino de gymnastica sueca e calysthenica,

77
_
tissim ,como o do canto coral ministrado aos illumnos doi
grupos escolares e dos institutos da Capital.
Conselho Superior do Ensino Primario-0 Conse-,
lho Superior. do Ensino Primario do Estado, que tem por
fim auxiliar o director do Ensino na devida inspecção es-
colar, compõe-se, além do secretario geral do Estado que
o preside, de um director de grupo, na Capital e de dois
professores publicos, eleitos por seus pares; de um cida-
dão de reconhecida competencia em assumptos pedago-
gicos e de dois professores particurares primarios, um de
cada sexo nomeados pelo governador.
Para o seu regular funccionamento foram nomeados
por acto de 16 de julho do anno passado, membrOs dessa
corporação o Sr. dr. Genuino Amazonas de Figueiredo, di-
rector do Gymnasio (Paes de Carvalho», o professor Ma-
noel Antonio de Castro, director do collegio cPará e Ama-
zonas» e a normalista Maria Stellin.a de Souza Valmont,
directora do externato (Valmont) como representantes do
ensino particular, e eleitos por seus pares os normalistas
Maria Martins Sarmanho, directora do grupo escolar
cWenceslau Braz», Placidia Alves Cardoso, professora do
grupo escolar <Pedro II» e o professor do Instituto (Lati-
ro Sodré), Domingos Silvio do Nascimento.
Em suas ultimas reuniões deliberou b Conselho de-
signar, dentre os seus membros, commissões para rev&
os programmas do ensino adoptados nos grupos escola-
res, afim de se verificar se ha necessidade de. modifi-
cal-os a bem da instrucção, propondo nesse sentido, o
que fôr. necessario fazer, assim como para dar parecer
sobre os livros didacticos remettidos ao 'Conselho, justi-
ficando os motivos de sua preferencia em substituição dos
que foram mandados adoptar no Ensino.
Exposição Escolar de DesenhoDesde a muito que
deixara de funccionar este bello certamen escolar, sendo
restabelecido no primeiro anno de nosso governo.
Esta exposição de que trata o capitulo XIV do actual
Regulamento do Ensino Primado, coniprehende
desenhos a lapis, penna, carvão, esfuminho e san-
guinea; geometrico.e de aguada, ornamental, industria"f é
á mão livre;
desenhos geographicos;

78
C) trabalhos a oleos;
idem a pastel;
idem a aguarella e a guache;
trabalhos de modelagem;
idem de bordado e arte applicada.
A' exposição cresce de armo para anno o numero da
concorrencia de alumnos dos estabelecimentos publicos e
particulares.
A do anno passado foi solemnemente inaugurada no
dia 7 de setembro, dia marcado pelo respectivo Regula-
mento, no salão de honra do Theatro da Paz.
Foi nomeado de accordo com as disposições regula-
mentares unj jury de admissão, composto de cinco mem-
bros, e outro de julgamento, composto de nove.
Para o jury de admissão foram nomeados : o dr. Ed-
gard Pinheiro Porto e os professores Francisco da Silva
Nunes, José Sidrim, Tertuliano Victor de Senna Brasil e
José Calazans Paraense de Leão. Para comp& o july de
julgamento foram nomeados os drs. Raymundo Tavares
Vianna e Bertino Barbosa de Lima e os professores José
Girard, Manoel Pastana, Carlos Azevedo, Augusto Esco-
bar, Irene Teixeira, Maria Martins Sarmanho e Antonietta
Santos Feio.
Concorreram A Exposição os seguintes estabeleci-
mentos publicos e particulares :
Gymnasio (Paes de Carvalho, 90 trabalhos
Escola Normal. 246
Instituto 'Lauro Sodré, 70 A

(Gentil Bittencourt, 52
Grupo "Ruy Barbosa, 166
A 'Benjamin Constant, 115
"Florian° Peixoto, 109
'José Verissimo, 136
"Barão do Rio Branco, 236
'Wenceslau Braz, 112
'Paulo Maranhão, 95
'Pedro II, 94
Escolas Municipaes 612
Collegio 'Progresso Paraense, 198
Curso Particular (Edemée Silva, 80
..» Amorim Junior, 26

79
Collegio <Ebenezer, 6 trabalhos
Curso <Carlos Serra, 4
<Lassance Cunha, 4
<Manoel Pastana, 3
» <D. Obadia, . 6
Geraldo Nascimento 3
Alcides Mattos 2
Euclydes Costa 1

Collegio <Gram-Pará» 1

Wilson Maia 1

Total 2.468
Em 1926 foram expostos 1.403
Em 1925 , 1.031

Aos expositores o jury julgador conferiu, de accordo


com as disposiçCes regulamentares, 147 premios repre-
sentados por diplomas-67 aos concorrentes ao 1.0 pre-
mio; 45 ao segundo; e 35 ao terceiro; bem assim 50 men-
ções honrosas na ordem seguinte :
Gymnasio <Paes de Carvalho, 6 premios e 9 menções
<Escola Normal, 9 3 16 »

Instituto <Lauro Sodré) 9 » 4 3

Instituto <Gentil Bittencourt, 9 »

Grupo <Ruy Barbosa, 10 3 2


, 'Benjamin Constant3 6 3 2 3

<Florian° Peixoto, 10 , 2 3

<José Verissimo, 9 3 9
) <Barão do Rio Branco, 3 3 5 3

, <Wenceslau Braz, 10 3 2 3
3 <Paulo Maranhão' 8 »

, - <Pedro II, 8 3 2
Escolas Municipaes. 22 3 6 »

Collegio Progresso Paraense 20 » 5 3

Curso Lassance Cunha 3 3 ,) 3

Curso Amorim junior. 1 ,


3 Edemée Silva 2
-, Manoel Pastana 1 3

3 Euclydes Costa 1 3

147 » 59

80
Os grupos escolares da Capital concorreram com 1.063
trabalhos conquistando 64 premios e 17 menções honrosas.
Como meio de estimulo aos escolares destinamos a
importancia de 5009;000 para ser distribuida pelos candi-
datos que, com maior distincção, concorrerem aos 1.0, 2.0
e 3.0 premios da exposição; constituindo dita importancia
dois premios de 1004000 cada um, para os candidatos
concorrentes ao 1.0 premio; quatro ditos de 50$000 para
os concorrentes ao 2.0; e dez de 10$000 para os concor-
rentes ao 3.0.
Com toda a pontualidade tem sido entregue essa
importancia desde o armo de 1925 quando foi restabele-
cida a inauguração desse certamen.
Os dois premios de 100$000 foram conferidos, a juizo
da respectiva commissâo julgadora, ás alumnas Hermen-
garda Guimarães, da 'Escola Normal) e Olinda Lobo de
Miraes, do grupo escolar "Ruy Barbosa); os quatro di-
tos de 50S000 aos alumnos Flavio Monteiro de Lima, do
grupo cWenceslau Braz); Alice Farias de Araujo, do gru-
po (Florian° Peixoto,; Lucia Damasceno Serra, do col-
legio Progresso Paraense, e ao expositor Euclydes Cos-
ta; os de dez mil réis aos alumnos Paulo II Eleutherio,
do Gymnasio <Paes de Carvalho); Laura Francisca de
Lima, da «Escola Normal); Milton Lopes, do collegio Pro-
gresso. Paraense); Ruth Elza Smith, do collegio 'Progresso
Paraense), Manoel Mattos, do Instituto 'Lauro Sodré);
Maria Amelia Dias, do grupo "Pedro II); Aldeirinda Nu-
nes, do Instituto (Gentil Bittencourt); Irene Marques, do
grupo cRuy Barbosa); Gratuliano Bibas, do curso parti-
cular "Edemée Silva); e Astrolabio Barros, do grupo "Ba-
rk, do Rio Branco).
Festa da criança.A exemplo dos annos anteriores
foi condignamente festejado o 'Dia da criança) que por
designação do governo federal, é a 12 de outubro.
Para celebrar esta festa e a commemoração do 1.0
Centenario da instituição do EnsIno Primario no Brasil e
a data da descoberta da America, o governo promoveu
uma auspiciosa matinée infantil, reunindo no Campo de
Sports do Paysandú cerca de 5.000 collegiaes de estabe-
lecimentos publicos, com os quaes confraternizaram cen-
tenas de alumnos de escolas municipaes e particulares.

81
'Esse festival teve inicio ás 7 1/2 horas da manha,
*logo após a chegada ao Campo das autoridades e famii
lias convidadasa assistir it promissora festa escolar, cujo
programma foi o seguinte: 1.0cOração á Bandeira», en-
toado por um grupo de mil alumnas com acompanha-
mento de musica ;-2.° um conjuncto de oitocentas meni-
nas dos grupos escolares, em demonstrações de educação
physica ; 3.0cMarcha GurjEio), cantada pelo conjuncto
acima, em desfile ; 4.0Numero de gymnastica sueca por
um seleccionado de alumnos de escolas municipaes ; 5.0
c Hymno da Proclamação da Republica ), entoado por
um conjuncto de dois mil collegiaes; 6.0 --:Discurso do
orador official, dr. Josino Vianna ; 70 Demonstrações
de educação physlca pelos escoteiros do Instituto c Lauro
Sodré ; 8.0 (Hymn. Nacional entoado por toda a
communidade escolar, acompanhado de musica.
A essa encantadora festa compareceu tambem gran-
de massa popular.
Ao encerrar a festa foram distribuidos ás crianças
doces e brinquedos em profusão.
O governo determinou tambem que fosse levada a
effeito a festiva commemoraçâo no interior do Estado, e
nesse sentido a Secretaria Geral expediu aos presidentes
dos Conselhos Escolares, o seguinte officio : cAttendendo
a solicitação do secretario do ar. MinistrO da Justiça e
Negocios Interiores, em telegramma dirigido a s. exc. o
Sr. dr. governador, peço a V. S. se digne de providenciar
no sentido de ser ahi promovidá, nas skies das respecti-
vas escolas officiaes e particulares, a cFesta da Criança»,
instituida pelo Decreto Federal n. 4.887, de 5 de novembro
de 1923. a realisar-se no dia 12 de outubro proximo vin-
douro, em todo o territorio da Republica, a exemplo do
que se tem feito nos annos anteriores.
O governo não precisa encarecer os desejos do se-
cretario do Sr. Ministro .que é o interprete do presidente
do Conselho de Assistencia e Protecção a Infancia no
Rio de Janeiro, para o realce da solemnidade; esperando
que o Conselho Escolar desse municipio envide todos os
meios necessarios para o brilhantismo dessa patriotica
festa infantil

82
Exams de estudos elementgres. Foram designa.
dos os grupos escolares Fioriano Peixoto),
(José
aim°, e 'Bark) do Rio Branco', para nelles se realisarem
os exames de estudos elementares que tiveram
25 e terminaram a 31 de outubro do inicio a
anno passado.
No grupo Florian° Peixoto
inscreveram-se 206
candidatos 59 alumnos desse grupo; 23 do
grupo (Ruy
Barbosa); 24 do grupo 'Pedro 11' e 100
candidatos extra-
nhos.
Foram approvados, com distincção, 4 alumnos;
plena-
mente, 173; simplesmente, 23; inhabilitados, 3
e faltaram, 3.
No grupo José Verissirno
foram inscriptos 277 can-
didatos 38 alumnos desse grupo ; 24 do grupo Paulo
Maranhao ); 38 do grupo Wenceslau Braz ; 38 do grupo
Benjamin Constant 2, e 139 candidatos extranhos.
Foram approvados, plenamente, 203;
simplesmente.
60; inhabilitados, 9 e faltaram, 5.
No grupo 'Barão do Rio Branco foram inscriptos
370 alumnos 69 desse grupo e 301 candidatos extranhos.
Approvado, com distincção, 1; plenamente, 279;
sim-
plesmente, 59; inhabilitados, 28 e faltaram, 3.
Nos grupos escolares e escolas agremiadas do
inte-
rior do Estado realisaram-se tambem na mesma época,
exames de estudos elementares para obtenção do respecti-
vo certificado.
Inscreveram-se 292 candidatos 234 dos grupos es-
colares e escolas agremiadas e 58 de collegios e escolas
particulares.
Foram approvados, com distincção, 7; plenamente,
236; simplesmente, 41 e inhabilitados, 8.
Exames finaes. Tiveram inicio, a 3 de novembro
ultimo, no grupo escolar 'Pedro os exames finaes do
curso primario, sob a presidencia do dr. secretario geral
e director do Ensino.
Forani inscriptos 558 candidatos 233 alumnos dos
grupos escolares e 325 de escolas e collegios particulares.
Os alumnos dos grupos escolares foram approvados, com
distincção, 5; plenamente, 221; simplesmente, 6, faltou 1
candidato ; e os candidatos extfanhos foram approvados,
plenamente, 251; simplesmente, 40; inhabilitados, 18 e fal-
taram, 16.
Nos grupos e escolas agremiadas do interior foram
inscriptos 159 alumnos, dos quaes 14, com approvação
distincta; 129, plenamente ; 15, simplesmente e 1, inhabi-
litado.
No Instituto 'Lauro Sodré» foram inscriptos 19 edu-
candos, sendo 6, approvados plenamente, e 13, simplesmen-
te. No Instituto (Gentil Bittencourt', das 19 educandas'
inscriptas, inclusivè 10 do pensionato, 3 foram approva-
das, com distincção; e 16, plenamente.
Premios escolares. Além dos 16 premios em di-
nheiro representados pela importancia de 500$000 con-
cedidos aos alumnos que apresentem melhores trabalhos
na exposição escolar de desenho, como acima dissemos,
foram instituidos pelos Decretos ns. 4.245 e 4.303, de 26
de novembro de 1925 e 13 de novembro de 1926, respecti-
vamente, dois premios escolares na importancia de
2008000 cada um, com a denominação de <Arthur Ber-
nardes, e ,Pedro destinados aos alumnos que obti-
verem melhores classificações nos exames de estudos
elementares e primarios. Esses premios tern sido conferi-
dos, em sessão solemne, por occasião do encerramento
dos trabalhos escolares.
Foram tambem instituidos nos .grupos escolares, a
juizo das respectivas directoras, premios de honra cons-
tantes de objectos de uso escolar, a serem conferidos aos
alumnos de maior aproveitamento nos estudos durante
o anno lectivo.
Registro de collegios particulares.Para dar cumpri-
mento ao disposto no capitulo IX, do Regulamento do
Ensino Primario, que trata da instrucção particular, deter-
minou o governo, por intermedio da Secretaria Geral.
fossem convidados os directores de estabelecimentos de
ensino particular a fazerem o registro de seus collegios,
com as declarações constantes do dito Regulamento, assim
como a effectuarem a matricula de seus auxiliares, na
forma do Decreto n. 3.457, de 21 de dezembro de 1918.
E deste modo foram registradas as escolas e collegios par-
ticulares existentes na Capital e matriculados os respecti-
vos professores. Essa medida tomada pelo governo desde
o anno de 1926, tem produzido excellente resultado, não
só quanto á inspecção escolar, que se tomou mais facil,

84
como tambem quanto as visitas sanitarias,
procedidas pelos
delegados da Repartição de Hygiene
nos escolares e nos
predios onde se acham installados
os respectivos esta-
belecimentos de ensino.
Acham-se registrados na Secretaria Gera! 104 esta-
belecimentos de ensino, particulares, sendo 90, de instruc-
ção primaria e 14, que, além da instrucção primaria,
man-
têm o curso secundario, cujos directores
têm remettido
regularmente os mappas numericos da matricula
e frequen-
cia.
O numero da matricula desses collegios
elevou-se em
1927 ao total de 7.200 alumnos de ambos
os sexos, sen-
do 6.265 no curso primario e 935 no
curso secundario, co-
mo consta do mappa annexo.
No exercicio do magisterio desses collegios estão
matriculados duzentos e onze (211) professores.
No intuito de tornar mais efficiente o serviço de ins-
pecção aos collegios e escolas particulares, foi, por acto
de 26 de outubro do anno proximo findo, dividida em
duas zonas a cidade de Belem : a 1.a comprehende os
bairros da Cidade Velha, do Commercio, Baptista Cam-
pos e a Praga da Republica, extendendo-se para o sul,
até ao littoral, desde o Caes do Porto da Port-of-Pará até
o Guamá, onde vae terminar a travessa São Matheus; e
a 2.a comprehende os bairros de Nazareth, limarizal, Pe-
dreira, São Braz, Telegrapho Sem Ho, Marco, Canudos e
Sousa. Foram designados os inspectores de ensino pro-
fessor João Pereira de Castro e dr. Edgard Pinheiro Porto,
aquelle para a inspecção da 1.a e este para a da 2.a zona.
Encerramerzto dos trabalhos escolares.Realizou-se,
no dia 19 de novembro passado, ás 8 horas da manhã,
em homenagem a essa grandiosa data nacional, na séde
de todos os estabelecimentos de ensino primario do Es-
tado, a cerimonia do encerramento dos trabalhos escola-
res do anno lectivo, com a distribuição de boletins e pre-
mios aos alumnos que mais se distinguiram no decurso
do anno escolar.
A's 10 horas no grupo escolar 'Barão do Rio Branco'
effectuou-se a distribuição dos premios <Pedro lb e <Ar-
thur Bernardes), na importancia de 200$000 cada um, aos
alumnos Antonio Ferreira Marques, do grupo Florian°

85
Peixoto» e Maria Raymunda de Araujo Bastos, do grupo
(Ruy Barbosa», que obtiveram maior nota de approvação
nos exames de estudos prímarios e elementares, respecti-
vamente.
Foram conferidos premios de honra aos alumnos-
Alfredo Rodrigues Fernandes e Maria Zeneide Moura, do
grupo (Ruy Barbosa; jeronymo Silva e Raymunda Cas-
tro, do grupo (Benjamin Constant»; Elias Ramiro Bentes
Zoe Pires dos Reis, do grupo (Florian° Peixoto»; Yo-
landa de Tomaso, do grupo (Pedro II»; Adelino de Lima
Araujo e Luciola dos Santos Moraes, do grupo (Jose
Verissimo»; Octavio Gomes da Cunha e Helena Gonçal-
ves Couto, do grupo (Bail° do Rio Branco); Expedicto
Vasconcellos e Maria Paula Olascuaga, do grupo (Wen-
ceslau Braz»; Mario Sampaio Cavalcante e Stella Lucia
Tupyassú de Souza, do grupo (Paulo Maranhão'; que
exhibiram maior aproveitamento nos estudos durante o
anno.
Em seguida procedeu-se á distribuição dos premios
(diplomas) aos expositores de desenho ao ultimo certamen,
inclusivè dois premios na importancia de cem mil reis
(10096000); quatro ditos na de cincoenta mil reis (5016000)
dez na de dez mil réis (10$000), cada um, de que *já
tratamos.
Foi por essa occasião - executado um lindo program-
ma littero-recreativo, que teve francos applausos da nu-
merosa assistencia.
Revestiu-se de um cunho de alta belleza a festa do
encerramento dos trabalhos escolares:á qual comparece-
ram autoridades, professorado, pessoas interessadas pela
educação da infancia e o publico em geral.
Estatistica EscolarOs mappas annexos dão o mo-
vimento geral da matricula dos estabelecimentos publicos
particulares de ensino superior, secundado, primado e
profissional do Estado.
Ainda não é completa a estatistica do ensino muni-
cipal no interior do Estado, por terem muitas intendencias
deixado de remetter á Secretaria Geral os dados solicita-
dos, para a organisação completa do respectivo 'mappa,
que tambem occorre quanto ás escolas e col!égios par-
ticul a res do interior"do-Estado.
--Por nito terem sido recebidos
tambem os dados
,solicitados no foi possível organisar
o quadro estatistico
da matricula das escolas e collegios
particulares existentes
nos municípios do interior.
Cresce de anno para anno o numero da
matricula
nos estabelecimentos de ensino COMO
se vê do quadro
comparativo seguinte :
INSTRUCÇÃO SUPERIOR 1921. 1925 1926 1927
Faculdade de Direito. ...... 53 69 78 72
» Medicina... .
89 81 114 120
» Pharmaci: , .
13 18 `.'5 94
Odontologia 39 33 98
Escola de Agronomia e de 26
Medicina Veterinaria.... 41 41 44 79
228 235 289 321
INSTRUCÇÃO SECUNDARIA

Gymnasio (Paes de Carva-


lho' 209 206 291 399
Escola Normal 207 223 263 332
429 --E54 731
INSTRUCÇÃO PRIMARIA

(Capital)
8 grupos escolares .3.031 3.918 4.144 4.534
4 escolas agremiadas no-
cturnas -- 485 504 758
10 escolas isoladas (diurnas) 491 669 736 889
I escola na cadeia S. José. 47 38 38
I » nocturna no Arse-
nal de Marinha. 80 67
Instituto (Gentil Bittencourb, 210 160 160 141
(Lauro Sodré» 250 300 300 300
Pensionato do Instituto Gen-
til Bittencourt 85 91 104 134
INTERIOR DA CAPITAL
4 grupos escolares 717 1.004 1.099 1.322
27 escolas isoladas (diurnas) 756 1.111 1.287 1.390
2 » nocturnas 57 129 106
INTERIOR DO ESTADO
8 grupos e 7 escolas agre-
miadas 1.881 2.346 2.677 3.254
173 escolas isoladas 5.032 6.261 7.081 7.443
12:453 16.439 -18.339

'437
INSTRUCÇÃO MUNICIPAL
39 escolas mantidas pela Mu.
nicipalidade de Belem 2.375 1.780 2.215 2.558
Municipios do interior (esta-
tistica incompleta) 1.862 9.389' 10.175 12.415
4.237 -573..9.15
INSTRUCÇÃO PARTICULAR
(secundaria)
14 collegios 434 686 1.139 935
(primaria)
90 collegios e escolas 3.379 5.201 6.384 6.265
INSTRUCÇÃO PROFISSIONAL
Secundaria (particular)
Curso de Chimica Industrial. 11 14

Primaria (federal)
Escolas de Aprendizes Arti-
fices
Escola de Aprendizes Mari-
- 318 240

nheiros
Patronato Manoel Barata - 99
110
100
120
-827 -476-6
67 escol as mantidas pela
Confederação dos Pesca-
dores - 2.265 2.755
RESUMO 1924 1925 1926 1927
Instrucção Superior 228 235 289 321
Instrucção Secundaria. 416 429 554 731
Instrucção Primaria. ...... 12.453 16.439 18.339 20.376
Instrucção Municipal ..... 4.237 11.169 12.390 14.973
Instrucção Particular (secun-
daria). 434 686 1.139 935
Instrucção Particular (prima-
ria). 3.379 5.201 6.384 6.265
Instrucção Profissional
Particular (secundaria).. 11 14
Instrucção Profissional
Federal (primaria).
Instrucção Profissional
- - 527 460

(Confederação dos Pescado-


res). - -2.265 2.755
21.147 34.-1-5-9 -E898 48T30
Differença a mais de 1924 para 1925 13.012
'1925 » 1926 7.739
» » 1926 » 1927 -- 4.932
TOTAL 25683
88
Non NA° está computada no quadro supra a matri-
cula dos grupos e escolas isoladas creadas
no decurso do
1.0 semestre do corrente anno, cujo
numero, das que se
acham funccionando, eleva-se a 429 alumnos
de ambos os
sexos, assim distribuidos:
Grupo escolar cEpitacio Pessda.
314
Duas escolas nocturnas que funccionam uma
no Instituto eLauro Sodré, e outra no gru-
po cEpitacio PessCia»
75
Uma escola de desenho profissional em Val-
de-CAes.
40

429
Foi este o movimento geral da matricula dos
grupos,
escolas agremiadas e isoladas do Estado no período de
1921 a 1924, segundo os quadros estatisticos
já publi-
cados:
1921
Capital 7 grupos, 1 escola annexa á Esco-
la Normal e 10 escolas isoladas 5.187 alumnos
Interior da Capital 4 grupos e 26 escolas
isoladas. 1.802
Interior do Estado 7 grupos, 7 escolas
agremiadas e 145 isoladas 7.453
---
TOTAL 14.442

1922
Na Capital-7 grupos. 1 escola annexa e
10 isoladas 4.657
No interior da Capital 4 grupos e 26 es-
colas isoladas 1.954
Interior do Estado 7 grupos, 7 escolas
agremiadas e 153 isoladas 8.156
TOTAL.. 14.767

1923
Capital 7 grupos, 1 escola annexa e 10
isoladas. 3.930
Interior da Capital-4 grupos e 26 esco-
las isoladas 1.330
Interior do Estado 7 grupos, 7 escolas
agremiadas e 153 isoladas (destas
apenas 92 enviaram mappas) 5.146
TOTAL. 10.406

89
iM
Capitai 7 grupos, 1. escola anne.xa e
10 isoladas 3.522 ,
Interior da Capital 4 grupos e 26 esco-
las isoladas 1.473 ,
Interior do Estado 7 grupos, 7 escolas
agremiadas e 153 isoladas 6.913
TOTAL. 11.908 ,

Movimento da matricula dos grupos, escolas agre.


miadas e isoladas do Estado no periodo de 1925 a 1927:
1925
Capital 8 grupos, 3 escolas agremiadas
nocturnas, 10 ditas isoladas e 1 na
Cadeia São José 5.119 alumnos
Interior da Capital 4 grupos, 26 escolas
. isoladas e 2 ditas nocturnas. 2.172
Interior do Estado? grupos, 7 escolas
agremiadas e 159 escolas isoladas 8.607

TOTAL. 15.898

1926
Capital 8 grupos, 3 escolas agremiadas
nocturnas, 10 ditas isoladas, 1 na Ca-
deia de São José e 1 nocturna no
Arsenal de Marinha 5.502
Interior da Capital 4 grupos, 26 escolas
isoladas e2 ditas nocturnas 2.515
Interior do Estado 8 grupos, 6 escolas
agremiadas e 167 escolas isoladas 9.758

TOTAL.. 17.775

1927
Capital 8 grupos, 4 escolas agremiadas
nocturnas, 10 escolas isoladas e 1
nocturna no Arsenal de Marinha 6.286
Interior da Capital-4 grupos escolares,
27 escolas isoladas, 2 ditas noctur-
nas. 2.818
Interior do Estado 8 grupos escolares,
7 escolas agremiadas e 173 escolas
isoladas. 10.697

TOTAL 19.801
instituto Lauro Sodre. Esta escola profissional vem
passando. por uma completa remodelação,
recebendo, não só
concertos, mas ainda outros elementos que lhe
eram indispen-
saveis. Esforçamo-nos, quanto pudemos,
para pol-a ciii ponto
de corresponder aos louvaveis fins
para que fera creada. E
com satisfação reconhecemos, no actual
director, professor
Santino Ribeiro, o auxiliar, ledicado e att.:nto,
competente e
activo, que, correspondendo aos
nossos desejos, vae operando
a pretendida transformação. Mas não é
somente a parte mate-
rial do edificio, que tem sido contemplada.
Entra, nos mesmos
cuidados, o apparelhamento para o ensino technico
e a disci-
plina do Instituto. De tal ordem tem sido
o seu esforço, nesse
sentido, que estando completa a matricula,
elevada a 300 alum-
nos, nada se registra de anormal, no internato.
Algumas das
oficinas, como a de marcenaria e a de typographia,
por exem-
plo, vão já produzindo resultados monetarios,
concorrendo para
o custeio da casa. Como um estimulo a mais,
aos educandos
que se aperfeiçoam, nos varios officios, ao ponto de auxiliarem
os imbues, mandamos que os seus trabalhos fossem
retribui-
dos. Metade dessa retribuição é
entregue immediatamente ao
alumno-operario e a outra, em caderneta, constitue
o peculio,
para lhe ser entregue ao deixar o estabelecimento.
E, concluindo, declaramo-vos que este
educandario entrou
em phase de verdadeiro renascimento.
Instituto Gentil Bitterzcourt.Estc estabelecimento,
sob
a competente e zeloza direcção das irmãs de Sant'Anna,
abriga
mais de uma centena de orphis, cujo
coração ellas formam.
Desde o primeiro instante de nossa administração,
demos-lhe
todo o interesse, de que carecia, pois
deve representar, para
todos nós, uma herança de nossos maiores, que nunca
se des-
cuidaram da educação das menores desamparadas. Ao collegio,
que lhes destinaram, instituiram um patrimonio, mostrando,
claramente, o pensamento de as verem sempre resguardadas
contra as ferezas da sorte.
Moo sómente fizemos concluir e reparar o edificio, como
ainda providenciamos para que lhe não faltassem
recursos e
alimentação sadia. E podemos garantir, que essa casa de
sino deve constituir, tal como está, um justo
motivo de orgu-
lho para. nossa. terra..
Dirige-o, coca. grande proveito ao Estado, soror Anna de
Jesus, que lhe imprime modelar administração._

91
Ensino Munielpal A Intendencia de Belem mantém 39 escolas : 17 di-
urnas e 3 nocturnas, na Capital, com a matricula de 1.620
al-umnos, sendo 1.419 nas diurnas e 201 nas nocturnas;
e 17 diurnas e 2 nocturnas, no interior da Capital., com a
matricula de 938 alumnos-846 nas diurnas e 92 nas
nocturnas, n'um total de 2.558 escolares, como consta do
respectivo mappa annex°.
E' tambem mantido, por esta municipalidade, um inter-
nato, para educação de meninas orphas, com a lotação de
178 alumnas, cujo numero está preenchido.
E' de 12.415 o numero de matricula dos alumnos das
escolas mantidas pelas Intendencias do interior, que re-
metteram mappas conforme o quadro annex°. Podemos
estimar em cerca de 18.000 o numero de alumnos matri-
culados nas escolas municipaes do interior do Estadp, com
uma frequencia media de 14.000 escolares.
Relevem-nos os snrs. congressistas uma sugestão so-
bre um meio de disseminar o ensino no Estado, tal a sua
imperiosa necessidade. Assim, commetterieis ás commis-
sões technicas e a outros especialistas, de vossos pares,
a incumbencia de formular uma lei em que, attendidos
os recursos financeiros, ficassem os municipios obrigados
a uma contribuição certa para esse fim. O Estado fundaria
collegios, grupos, escolas e patronatos, visando o appa-
relhamento de especialidades para cada região. Seria o
remedio para o numero das matriculas, que é reduzido,
e ainda mais o da frequencia.

Ensino secundario Gymnasio Paes de Carvalho.E' notavel o desen-


volvimento e assignalado o credito deste estabelecimento
de ensino, ainda sob a direcção devotada do senador
Amazonas de Figueiredo, provecto educacionista.
Com as medidas tomadas no sentido de serem abso-
lutamente cumpridas as prescripções do Regimento Interno
do Collegio Pedro 11, seguindo assim, em toda linha, os
dispositivos da reforma decretada em 13 de janeiro de
1925, vem-se mantendo proveitoso o ensino secundario
official do Estado. Não vacillou um só Momento o gover-
no, mau grado as aperturas da situação financeira, em
attender aos menores detalhes da organisaçâo official
creada por aquella Reforma, ao ponto de o ensino nesta
casa, que desde a sua fundação, em 1841, era regular-
mente dado das 7 as 11 horas do dia, passar, no anno
corrente, a ser ministrado das 8 ao meio dia e das 14 ás
18 horas. Augmento de professores, por meio de
turmas
supplementares; serviço duplicado da parte do pessoal
administrativo, tudo isso concorreu para augmentar
con-
sideravelmente a dotação orçamentaria. E' assim que o
custeio annual, que no anno de 1925 era de 112:0408000,
em 1926, de 148:5208000, em 1927, de 191:5208000, 6. no
anno corrente, de 226:5008000, importancia que daria para
manutenção de dois estabelecimentos eguaes ao que era
mantido em 1925.
Com o Decreto n. 16.782-A, de 13 de janeiro de
1925, que reformou o ensino secundario e superior do
Paiz, estabelecendo para o curso secundario o regime
seriado e eliminando os preparatorios, augmentou fran-
camente o numero de alumnos do primeiro anno, au-
gmento esse que se foi extendendo ao segundo e presen-
temente ao terceiro. Dahi, pois, a necessidade de serem
divididas em turmas de 40 e 45 alumnos, no maximo, para
attender As exigencias e efficiencia do ensino.
Dividido, anno passado, o primeiro anno em tres tur-
mas, houve necessidade de dividir o terceiro em duas,
até o anno findo representado por uma só, com 80 alu-
mnos. O segundo anno, até ao fim de abril deste anno,
compunha-se de duas turmas de 70 estudantes, foi tam-
bem dividido em tres turmas, seguindo assim os melhores
requisitos pedagogicos e cumprindo fielmente o Regi-
mento do Collegio Pedro 11.
Desta forma, está o Gymnasio com a seguinte divi-
são:
1.0 anno com tres turmas; 2.° anno com tres turmas;
3.° anno com duas turmas; 4.° anno com uma turma; 5.0
anno com uma turma.
Divididos em turmas os tres primeiros annos, cabia
resolver a installação das mesmas, á falta de salas para
contei-as. Uma unica solução havia para o caso : o func-
cionamento do Gymnasio em dois turnos e, como con-
sequencia, o augmento de horas de serviço.
E' verdade que o estabelecimento, desde o anno pro-
ximo findo, vem funccionando pela manhã e A tarde, Po-

93
rim; iniciando os trabalhos da tarde As 15 e meia 'horas
-dterminando As 17'horas e meia.'No anno corrente, não foi
mais possivel enquadrar o trabalho dentro desse horarici.
O'desdobramento de aulas exigia maior tempo, e assim
.o inicio dos- trabalhos passou para as 14 horas e o ter-
mitic) para As 18 horas, diariamente.
Reabertura de aulas, matricula e frequencia.Por ter
o dia 1° coincidido com um domingo, reabriram-se as au-
las, deste Gymnasio, a 2 de abril do anno corrente.
A cada anno que passa, augmenta consideravelmente
a matricula. Sendo de 399 estudantes no anno passado,
este anno elevou-se a 466, com uma diferença, para mais,
de 67 alumnos.
Estão assim distribuidos pelos diversos annos :
ALUYINOS ALUMNIS
1.0 anno 129. 20
2.° anno 124 22
3.0 anno 77 19
4.0 anno 32 13
5.0 anno 17 13

379 87
Total 466
Sempre promissor é o movimento de alumnas e cada
vez mais se accentuando, o que demonstra o credito que
vem merecendo, de nossa sociedade, esta casa de instruc-
ção. Se comparamos a matricula total do anno corrente
com a de 1926, encerrada com 291 estudantes, vamos
encontrar a diferença animadora de 175 alumnos. Muito
em harmonia com essa matricula está a frequencia.
Para isto muito tem concorrido a publicação diaria
pela imprensa das aulas dadas, alumnos que faltam, alu-
mnos que se retiram de aulas antes de terminados os
trabalhos, allegando motivo de doença, etc. Esta medida
mereceu destaque do dr. Paranhos da Silva, no seu rela-
torio 'de inspecção ao Norte, em 1926.
C,oncurscs.Em cumprimento ás disposições da lei
que rege o ensino secundario no Paiz, têm sido preen-
chidas, Por meio de concursos, as cadeiras vagas deste
estabelecimento. Em agosto do anno passado, realizaram-
se os 'de portuguez (2.. cadeira) e de cosmographia, sendo
approvados os concorrentes unicos, drs. Arnaldo Valente
Lobo e Claudio de Vasconcelbs Chaves,
respectivamente.
'No anno corrente, em n fevereiro, realizou-se
o de allemão,
emque foi approvado o professor Lycio Mario!
mo SoIheiro,
unico candidato inscripto. Em todas
as provas dos allu-
didos concursos foram observadas, rigorosamente,
as dis-
posições do Decreto Legislativo Federal,
n. 16.782-A, de
13 de janeiro de 1925.
A' vista dos resultados alcançados
pelos candidatos,
foram os mesmos nomeados, para
as funcções de Ca-
thedraticos 'das cadeiras supraditas.
Aberta a inscripção para provimento da cadeira
de
philosophia, nenhum pretendente Se
apresentou, motivo
por que será, dentro em breve, annunciada
novamente.
Melhoramentos. Temos destinado a renda de taxas
de matricula e inscripções aos melhoramentos
indispen-
saveis á finalidade desta casa de ensino.
Predio antigo.
por isso; mesmo 'ilk) satisfaz inteiramente as exigencias
que as regras pedagogicas modernas dictam.
Infelizmente. não foi dado ainda aos governos, ante
a precariedade das rendas, assoberbado assim
por crises,
que tolhem a execução de excellentes projectos,
entrar a
rigor na resolução desse magno problema, que é odas
construcções escolares. Dahi, a carencia de adaptações
perfeitas, que correspondam ás exigencias do
ensino.
Resentindo-se disso, está o edifício do Gymnasia tanto
mais que, annos atraz, pelo numero
sempre deficiente de
sua matricula, pouco mais de uma centena, entendeu o
governo ceder o pavimento terreo do edificio para func-
cionamento de outros serviços publicos, o que, actual-
mente, com a matricula que se em elevando de
uns seis
annos a esta parte, esta causando serios obstaculos
ao
perfeito funccionamento desta casa de instrucção
publica
do Estado.
Pezar disso, de tres annos para cá, se ha feito quanto
de possivel para approximal.o do que em realidade
de-
veria ser. Não é sem razão que o affirmamos. A' vista de
quantos o queiram verificar, ahi estão os multiplos
me-
lhoramentos que roubam ao Gymnasio essa feição des-
agradarel e tão propria das casas de estylo antiquado.
Pintada a. parte externa do edificio, em toda a sua exten -
são, ,o rime se 'não fazia ha vinte annos, tanto assim que

95
tltha já ruido o escudo em alto relevo que se encontra
16' altoda parede principal; caiadas as suas paredes, em
qua se não vêm, graças á disciplina escolar, manchas,
bárrões ou quaesquer outras deteriorações, tao communs
em casas desta'ordem, pintadas e reenvidraçadas as ja-
nellas, substituidos os chapins, portaes e gradis, tudo
agora se allia para imprimir ao Gymnasio esse aspecto
alacre, que bem impressiona a quantos o têm visitado.
Ahi estão outros tantos serviços não bem ainda ter-
minados. Fora impossivel continuar a manter alumnos no
'salão terreo, onde aguardavam aulas. O estado de rumas
'não o permittia mais. Assim, mandamos fazer completo re-
assoalhamento, mudando totalmente vigas e taboados por
eguaes de acapti novo e macheado. Esse mesmo serviço
tornou-se extensivo ao salâo de alumnas, ora dotado de
carteiras-bancos para descanso dessas collegiaes. Por
egual, foi reparado o assoalho do salão destinado ao ser-
viço de instrucção militar.
O salão de congregação em nada realçava, pela ap-
.parencia desagradavel que lhe davam a bancada de pro-
fessores e o tapete velhissimo, que mal encobria o
grosseiro taboado servindo de assoalho. Desappareceu
este por completo e foi substituido por bem feito assoalho
de pau amarello e acapd, em reguas apparelhadas. O salão
mede 25m x 5,m30. Sobre esse novo assoalho foram dis-
postos estrados apropriados para a bancada dos congre-
ganistas e para a mesa da presidencia,egualmente de aca-
pil e pau amarello.
O estuque; seriamente arruinado, foi todo reparado.
A sala da Directoria soffreu necessaria reforma e bem
assim todas as salas de aulas. Fizemos ainda augmentar
e pintar todo o material escolar. Desappareceu a parede
que dividia um acanhado compartimento onde começou a
funccionar, desde 1926, separadamente, o gabinete de
historia natural. Ficou assim o edificio, com o derruba-
mento dessa parede, com mais uma confortavel sala de
aulas.
Os dois gabinetes, de physica e chimica e historia na-
tural, funccionam, actualmente, em salas proprias. O de his-
toria natural, podemos dizer, data de 1926, pois, desse anno
.em deante, foi que fizemos grande acquisição de material
96
para .o ensino de zoologia, mineralogia e botanica., Antes
disso, o pouco existente consistia em limitado
numero de
quadros muraes, collocados nas paredes do de physica
e
chimica. O de physica e chimica está augmentado
de ma-
teriaes necessarios ao seu perfeito funccionamento
e con-
venientemente installado. Para fazei-os assim funccionar,
separadamente, foi aberta uma porta de
communicação
directa na parede que dividia duas velhas e abandonadas
salas, do estabelecimento. Hoje, ambas estão
pintadas,
caiadas e com installações proprias.
Os animaes, das collecções, vieram das nossas flores-
tas, e o respectivo preparo foi feito sob a desvelada
e
competente direcção do professor da cadeira, pharmaceu-
tico Joaquim Tavares Vianna. Por intermedio do mesmo
professor foram adquiridas collecções de minereos e ma-
nequins desmontaveis.
O Gymnasio está com a sua Secretaria perfeitamente
organisada, substituidas como foram as duas estantes e
a mesa,unico mobiliario em 1925. Alem de uma grande
carteira americana, de uso do secretario, foram confeccio-
nados varios armarios de cedro, em que, actualmente, se
encontram em absoluta ordem todos os papeis. lima ou-
tra carteira-mesa foi adquirida para a inspectora auxiliar.
e bem assim nova machina de escrever.
As classes estão augmentadas de quarenta carteiras
de quatro alumnos. Fizemos acquisição de varios mappas
para o ensino de geographia e chorographia do Brasil, em
substituição aos que existiam, completamente impresta-
veis.
Não foi sem grande trabalho que, depois de varias
tentativas, ficou resolvido o problema da falta de agua no
estabelecimento. Para tanto foi mister a substituição inte-
gral de toda a encanação, nova derivação, etc.
Em todo o estabelecimento foi installado um serviço
de campa electrica, bem como reformado, no todo, ..6 sys-
iema de corrente electrica para illuminaçâo das Varias
dependencias do edifício, de modo que, Presentemente,
está ' o estabelecimento dividido por secOes, sendo o
cOnsumo muito diminuido e de accordo tom as necessi-
dades.

97
liscoltrAbrmat ScilVacompt/ente-Alrecflts.db)so. di.
Elits %tot, vaerste estabelecimento de-ensinolYreenahendtr
seus-nobtes fins. Eicolbido corpo dbcénte a tem servidd
precom Mil:AO(); de sorte que é assignalavel outlier*, de
nossos coestadinos que a procuram.por esse-motivo, seni-que
lhes anime a lodos o intuito de exercer nhonnisonragisterkv.
A constata* desse facto é deveras elogios' para cOrpo-
façiin.que.a serve.
E este anuo, depois da reforma porque passou o'edificio,
foi tão grande a affiuencia de requerimentos á matricula, que
não foi possivel attender a todos.
No entanto, ha necessidade imperiosa de aproveitar essa
136a vontade das nossas jovens que desejam alcançar o diploma
de professoras, porquanto se o Estado enveredar Por um cami-
nho de prosperidade, como julgamos quasi certo para pouco
tempo, já o Estado irá formando ahi a sua reserva de profes-
sores.
Para mais facilmente conseguir tal objectivo mandamos
que se fizesse, como se fez no Gymnasio Paes de Carvalho,
a creação de mais um turno á tarde, podendo augmentar
bastante o numero de alumnos.
A matricula alcançou, neste estabelecimento, 387 alumnos,
assim distribuidos: primeiro anno, 85, sendo 83 do sexo fe-
minino e 2 do masculino; segundo anno, 96, do sexo femi-
nino; terceiro anno, 97, sendo 95 do sexo feminino e 2 do
masculino; quarto anuo, 59, do sexo feminino; e quin-to anuo,
50, sendo 49 do sexo feminino e r do masculino.
Concluiram o curso, no anno lectivo anterior, 31 alum-
nos,. sendo 2 do sexo masculino e 29 do feminino.
A recommendação dos conhecimentos adquiridos,- no-con-
vivio de um lustro, com. livros e mestres, esti ainda .em que,
aproveitadas as recem-graduadas, justificam plenamente as apl,'
provações colhidas, durante o tirocinio.
A renda dessa casa de- ensino, não tem applicação, que
não sejaem, seu proveito.
Por .esse, modo, .a directoria vae montando o gab,inete
Historia 'Natural e reconstituindo a bibliotheca da. Escola,. que
conta,livros preciosos, Medida esta pc. Sr devia_ adoptar-nos
_estabelecimentos de..eusino superior i sec.undarig:e.aa ups gru-
pos escolares, o que é aconselhado por illustres e mode/nos
pedagogos.

98
Os mestres e alumnos encontrariam, nessas bibliothecas,
farto material de consulta e de estudo para os menos remedi-
ados.
Applicando ainda esses mesmos recursos, a directoria
vie
providenciar no sentido de obter o material necessario para o
ensino da geographia.
Logo que as finanças do Estado o permittam, deveis or-
denar as dotações necessarias para um predio mais
amplo, onde
não só possam caber modernos processos de ensino, mas, por
exempla, salas para conferencias e auditorium, c0030 a passagem
de films cinematographicos, illustrando a parte pratica das
pre-
lecções theoricas, como tambem agasalhar confortavelmente
o
triplo ou quadruplo que o ensino primario remodelado,
como
está sendo, vae dar.

Faculdade Livre de Direito.Este estabelecimento de Ensino Suporier


ensino superior vae seguindo a rota costumeira.
Mantida pelo Estado, que paga a folha do pessoal admi-
nistrativo e docente, a Faculdade de Direito emprega, a seu
nuto, a renda de matriculas e inscripções, com que attende a
suis outras despesas.
A fiscalisação federal é exercida pelo dr. Heliodoro de
Britto.
A matricula no corrente anuo é de 67 alumnos, Corrclui-
ram o curso, em 1927, rI bachareis, cru sciencias juridicas e

Faculdade de Medicina e Cirurgia.E' indiscutivel a


utilidade, que vein trazer ao nosso meio scientifico, esta Facul-
dade: Creação de um grupo de medicos, dotados de esclareci-
dos ideaes e nobres sentimentos, tendo á frente o estimado e
habil cirurgião paraense, senador Camillo Salgado, a Facul-
dade de Medicina conseguiu romper as dificuldades numero-
sas, que se lhe oppuzeram á organisação e definitivamente tri-
umphou, seja no credito necessario, pela moralisaçâo das nor
mas de ensino, como na acquisi io de valioso patrimonio para
se installar condignamente. E' uma iniciativa. cuja.sympathia
conseguiu lançar, em todo o Estado, raizes para a forte coopera-
ção, que os poderes publicos e todas as classes lhe dão. Os diver-
sos annos do curso estão em pleno funccionamento, com matri-
cula cada dia maior, alliando ao ensino theorico das cadeiras,
bem providas, o conhecimento pratico, nos laboratorios e nas
clinicas hospitalares, numerosas.
lEquiparada congeneres da Uniio, fiscalisada pelo go-
veniolederal, eleva-se a respectiva matricula a 121 alumnos,
no corrente anuo, tendo diplomado quatro medicos, no. anuo
findo.
O papel reservado a esta Faculdade 6 dos maiores e mais
reclamados pela civilisação da Amazonia. O problema saniat-
rio é pieliminar em qualquer trabalho que se queira tentar em
iiossas regiões, por isso a forma* de profissionaes, na pro-
Prii Amazonia, de perto se ajusta ás necessidades da população.
De patte do Estado, temos feito, com vivõ interesse, quin-
to permitte a nossa situação financeiri.
Escola de Agronomia e Medicina Veterinaria.Esta
escola, de iniciativa particular, desde o inicio teve o auxilio fe-
deral, embora não sufficiente para o desenvolvimento que
devia ter. Nestas condições, attendendo a finalidade tão pro-
veitosa e aos resultados dignos de nota, que em sua vida já
longa vem dando, resolvemos tornar effectiva a. cooperação do
Estado pelos Decretos ns. 4.348 e 4.349, de 2 e 4 de julho de
1927, respectivamente, e usando de attribuições que lhe foram
conferidas 'pela Lei n. 2.554, de 12 de novembro de 1926,
sendo o ultimo approvado pela Lei n. 2.627, de 5 de novem-
bro de 1927. No primeiro é concedido o auxilio annual de
is:000$000 para installação e .custeio de um campo de semen-
tes e plantas seleccionadas, annexo á Escola, e no segundo, o
governo assume a responsabilidade de manter a Escola, de ac-
cordo com o.respectiv.o Regulamento.
A folha do pessoal administrativo e docente da Escola 6
paga agora pelo Thesouro, na importancia mensal de 4:234,
sendo para desejar que, com a melhoria das nossas condições
financeiras, mais compensadora possa ser a remuneração aos
que trabalham neste estabelecimento. O senador Ferreira Tei-
xeira dirige a Escola com o devotamento e competencia que
todos lhe reconhecem, em pról do problema rural do Pará,
sendo vice-director, em substituição ao saudoso engenheiro dr.
Palma Muniz, o dr. Leopoldo Penna Teixeira.
Accusa a matricula do corrente anno 62 alumnos, no curso
de agronomia e 29, no de meilicina veterinaria.
No anno passado concluiram o curso de Agronomia,
oito alumnos.
A Escola já possue collecção consideravel de mappas mu-
raes sobre botanica e agricultura e um valioso mostruatio sobre

100
mineralogia e petrographia. Sobre
topographia ella tambem
dispõe de material escolhido, inclusive
transito de Gurley, ni-
vel, balisas, bussola, inyras, etc.
O Estado está despendendo cerca de
so:000$000 annuaes,
além de 15:000S000 para o Campo de Sementes.
Até 1927, o governo federal auxiliava
a Escola com uma
verba de 25:000$000.
Já na gestão do eminente Sr. dr. Lyra Castro,
no Minis-
terio da Agricultura, Industria e Commercio,
aquelle auxilio
foi elevado a 5o:000S000, para 1928, permittindo, desse
modo,
maior expansão, na acquisição do material
necessario á b6a
marcha do ensino e augmento do predio Ja Escola.
Alguns municipios, em numero approxirnado de vinte
e seis, contribuem com um auxilio annual de 600$000, auxilio
que, no anno findo, produziu a somma de 17:54oS000.
E' do programma desta Escola a organisagio de uma fa-
zenda agricola, afim de, com maior amplitude, familiarizar os
alumnos com os casos prat:cos da sciencia que abraçaram, fa-
cilitando-lhes estagios e tambem para exploração economica,
agro-pecuaila.
Para esse fim, já conta com dez mil hectares de terras
devolutas concedidas á Escola pelo governo do Estado e com
mais a doação de um lote de terras que lhe fez uma compa-
nhia assucareira, na Fazenda Aproaga, no logar Taperinha,
contiguo á concessão dada pelo governo.
Installação do curso de Medicina Veterinaria.Muito
já se fazia sentir a necessidade de um curso de medicina vete-
rinaria, no extremo norte da Republica.
A Amazonia, sendo toda ella pastoril, por exceilencia, bas-
tante lucraria com a presença de medicos veterinarios habilita-
dos e indentificados no meio.
Está tambem installada a clinica gratuita veterinaria desta
Escola, onde os criadores e proprietarios de estabulos poderão
encontrar uma salvaguarda de seus interesses pela consulta
gratis aos animaes, funccionando a clinica sob a competente
direcção do professor de cirurgia, Jr. Steliano da Costa Homem.
Estio em andamento as obras de augment° do predio da
Escola.
Faculdade de Pharmacia do Para.Este instituto está
encaminhado a um novo surto de prosperidade, merecendo
todos os cuidados requeridos para o seu resurgimento.

101
Confitado i direciAo de tiorudl Faculdade ao operas* e.
competente professor Joaquim .Tavares Vianhai vimos, desde
logo, auspiciosos resultados coroarem os esforços do governo.
A Faculdade de Pharmacia achavase com o sea edificio
em pessimas condições de hygiene, as paredes fendidas, amea-
çarido desmoronamento, desprovida de gabinetes e laborato-
rios, sendo muito reduzido e, mesmo em parte imprestavel, o
material para o ensino pratica e o mobiliario.
' Determinimos providencias a respeito e tudo foi rec . om-

pósto, oferecendo hoje conforto e hygiene, requisitos indis-


pensaveis aos institutos de instrucção.
TaCS obras importaram em 14:850$000.
Matricularam-se, este anuo, nos varios annos do curso, 16
alumnos.
Concluiram o curso pharmaceudco, em ta e época, to
alumnos, que collaram grin em sessão solemne da Congrega-
ção, realisada a i t de junho findo, no salão nobre do Theatro
da Paz.
Contimla a exercer as funcções de inspector federal o dr.
Jose Teixeira da Matta Bacellar Junior, que é um ftroccionario
dedicado e recto.
Por Decreto do governo, de 17 de setembro de 1927, foi
nomeado professor interino de Pharmacologia, 22 parte, o phar-
maccutico Joaquim de Britto Pontes, que entrou em exercido
no mesmo dia.
Ainda por acto de 27 de março do corrente anuo, foi o
professor Joaquim Pontes nomeado, tambem interinamente,
para a cadeira de Pharmacognosia, vrsto ter sido extincta a
cadeira de Pharmacologia.
Estão perfeitamente organtsados os gabinetes e laborato-
rios desta Faculdade, com a acquisiçio de excellente material
para os laboratorios de Chimica Inorganica, Organica, Biolo-
gica e Analytica, e bem assim varios apparelhos para o gabi-
nete de Physica, além de um valioso tnicroscopio Zeiss para o
de Para_sitologia e Microbiologia, saes e reactivos pecessarios a
varias pesquizas.
Foi. installada, no Gabinete de Chimica Analytica, uma
capella para evaporações toxicas, e adquiridas dez estantes e
seis mezas, que foram distribuidas pela Secretaria e salas de
aula. O Laboratorio de Microbiologia, assim i Gitne os demais,
dispõe de mesas apropriadas para os trabalhos experiMentaes,
com installgões de gaz e agua.

44k
Estio reencadernados todos os livros existentes no Ar-
-chivol para melhor assegurar a sua conservação.
Dentro em pouco tempo deve ficar concluida a monta-
gem. da Pharmacia, annexa á Faculdade, que já teria sido le-
vada a termo se outros serviços mais urgentes e inadiaveis
não reclamassem preferencia; em todo caso, têm os alumnos
realisado varios trabalhos de manipulação, sob a inspecção do
respectivo cathedratico.
Seria util abrir, no proximo anno lectivo, inscripção
para profissionaes que desejem especialisar-se em alguma das
.cadeiras do curso, concorrendo para a formação de uma pleiade
de profission'aes, habilitados nas pesquizas chimicas e bacterio-
logicas.
A renda da Faculdade, de 1° de julho de 1927 a 30 de
junho do corrente anno, foi de 12:084$000, da qual, descon-
tados 291S000, emolumentos da Secretaria, e 1:57o$000, gra-
tifi cações aos professores,:ficou umId
S2.-0I;liquido
1 de ro:223$000,
-que vae sendo empregado na organisação dos gabinetes, labo-
ratorios, pharmacia, salas de aula, Secretaria, e bem assim na
acquisição de material para o ensino pratico.

E' sensivel a necessidade, que temos, de organisar a nossa Escola de Belles


pinacotheca. Tanto no Palacio do Governo, como no da In- Artes

tendencia, se accumulam quadros de valor, que não realçam


pela falta de luz propria, colloca.dos, como se acham, sem que
se attenda ás exigencias technicas e de sua perfeita conser-
vação.
Não nos escapou á observação o defeito que ahi aponta-
mos, mas por muito que quizessemns, ilk) nos foi possivel
fazer tulo, não já pelo minguado do tempo, mas pela escassez
de recursos.
Chegamos a alimentar mesmo o pensamento de adquirir
-ou mandar construir um predio, para installar, de um lado o
comervatorio, e a escola de pintura e esculptura, do outro.
Alti seria o estabelecimento apropriado a recolher as telas
primorosas, que já possuimos. Infelizmente, a situação finan-
ceira não nos permittiu concretizar a idéa.
De vosso patriotismo esperamos, entretanto, que appare-
lheis a futura administração de meios para essa indispensavel
.cregio.

103
ilibilethoea e Archive Em a nossa mensagem do anno Passado, ao tratara
Publico
mos dessa Repartição, .annunciavimos o n6Sso prciPo-.'
sito de mandar restaural-a. E assim o fizemos, deter-
minando ainda outros reparos indispensaveis a estabe-
lecimentos dessa ordem, em geral, frequentados por
quem se dedica ao estudo, vindos de outros pontos do.'
paiz e até do estrangeiro.
Era penoso vel-o ameaçado de rumas, fonte co-
piosa .de informações, que 6, prestando seu notavel
contingente ao grande Rio Branco, o segundo Para-
nho. s, quando da questão do Amapá, e não Menor ao
trabalho cyclopico de Joaquim Nabuco, na contenda,
que mantivemos, sobre limite com a Guyana. Ingleza.
No documento referido, diziamos ainda que ella
respondia ao mistér, emquanto, por deficiencia de.
renda, não pudessemos construir outro maior. E assim
realmente, pois não preencherá inteiramente o seu.
objectivo, emquanto não possuir um amplo saldo de
conferencias, destinado á organisação de palestras sci--
entificas ou litterarias, capazes de desenvolver o meio
intellectual em que vivemos.
Em seu minucioso relatorio, assim refere o asseio
que mandamos proceder, não só no edificio, como tam-.
bem na encadernação de livros e manuscriptos, o seu.
actual e activo director, dr. Anterior Cavalcanti :
eNão podia a Bibliotheca e Ar-
chivo Publico escapar A dcçã'o bene-
fica do governo de V. Excia., que tem
sido todo de reconstruir o que estava
desabado; reparar o que estava a:
desfazer-se com a ruma de lustros.
de incuria e abandono; de crear o que
necessario á vida do Estado, zelan-
do e augmentando seu patrimonio.
Seria ella a Bibliotheca talvez o
unico proprio do Estado que não
receberia o influxo salutar da acção
reconstructora de V. Excia.
Foi feita integral limpeza, interna
e externa, no edificiof o que permit-
tiu, concornitantemente, proceder a
não menos completos limpeza e ex-
purgo nas estantes.»
404
Na lista de trabalhos,.que procura
o- director salvar
do extermlnio, figura grande littrte do espolio de. 'Fer-
reira Penna, que a amizade, quasi
paternal, citie Ihe
merecera o então joven José Verissiino, o induzira -a
fazel-o SOU depositario e o nobre espirito da- viuva
deste, paraense, amante de sua terra, doara á nossa
Biblictheca, com originaes de Arthur Vianna, &Lena,
Berredo e outros de egual valor, n'uma b(la collecção
brasiliana, toda referente, em particular, ao Pará.
com o intuito de resguardar do exterminio
collecções tão preciosas, que mandamos montar
modesta secção de encadernação, com rriachinas-apro-
..priadas e dtensilios proprios, dirigidos po. t um en.cader-
nador e dois auxiliares, despendendo o Th.eSouro,
agora, a sofnma de i; contos, com e'ssé serviço. -
Em pouco menos de dois annos, foram aili enca-
dernados e reencadernados 4.702 volnmes, o que
cer-
tamente trAe o inimenso desejo, que ha, de salvar o
doso- pátrinionin historico, um dos mais valiosos do
paiz.
E pena que os recursos financeiros, de que dispu-
zemos, não nos tenham permittido uma verba para ac-
quisição de obras novas, capazes de enriquecer a nossa
Bibliotheca, medida aliás necessaria.
Novos horizontes, entretanto, se abrem ao Estadn
e, certamente, será attendida essa imperiosa necessi-
dade, que collocamos sob as vossas avisadas e ex.
perientes deliberaçOes.

Nb o fomos indiferente a esse estabelecim,ento usou Geld'


scietttifico, como a nenhuma kepartigio publica do Es-
tado. Quanto esteve cm nossas mãos evitar-lhe 'o com-
pleto debarato, nio deixamos de fazer, E que nos
aeudia sempre á memoria os nomes de scientistas pa-
tricios clue por elle perlustraram, antes de assumir
organisa¡lo que alcançou, depois que o dirigiu o supe-
rior espirito de Emilio Gceldi, seguido desse outro
itotivel naturalista, que foi Jacques tiuber, Corri os
recursos parcissimos, de que pudemos &spot% havezdo
mister, antes de tudo, de socorrer e jak em ordetn Q
nosso apparelhamento econornico-finanteiro interno.
para normalisar a administração, apenas conseguimos
melhorarlhe a apparencia material, procurando ainda
augmentarlhe a área. Certo que não está cm ponto
de corresponder aos seus tins scientiticos, como fica
patente pela procura e pedidos que ao nosso museu
tern chegado.
Agora resta que autoriseis dotações mais am-
plas, não só para conservação perfeita de seu acervo,
que é precioso, como para o contracto do pessoal te-
chnic°, cuia escolha .deve recahir sobre nomes de re.
putada fama scientifica.
Seus actuaes dirigentes não tn poupado esforços
no sentido de conservar, melliorando, o seu patrimonio.
E bem felizes andarão os paraenses,. se esse está-
belecimento lograr manter a justa reputação que já teve.

Mario Official Util e indispensavel ao serviço publico, não deixamos de


olhar pelo bom apparelhamento de suas officinas. Desse modo,
completamol-as com a acquisição de todo o material typogra-
phic.° da extincta A Província no Pará, de sorte que hoje elas
se acham em condições de dar grande copia de serviço, sem-
pre com cuidado e perfeite acabamento.
E' de suas ofEcinas que vamos fazer circular o -Diario
do Congresso", publicação necessaria, que não existia.

Obrai Publime Esta Repartição. que 'abrange todos os serviços de


Obras Publicas, Terras e Viação, dirigida pelo es-
pirito de esc61, que é o engenheiro'civil Henrique
Americo Santa Rosa, secundado por outros profissio-
naes.d.e reconhecida capacidade technica e justificado
renoine scientifico, como, entre outros,.Raymundo.Ta.
vares Vianná e o .saudoso -Palma Muniz, por muitos
annos, teve a sua proficua actividade reduzida á orga-
nisação de orçamentos, que não eram siquer exami-
nados, para reparos urgontes, prejudicados pela falta
de recursos, e ao andamento de alguns papeis sobre
terras.
Doianos que, a nós, faltassem as aptidões praticas
e a enetgia moral para conservar, ao menos, o que
com. tabedaes, certamente menores, nos haviam legado
antepassados illustres..
106
rt:. A . atmosphefa 4e. 4e.sanimp, de!,-que
Dos. v.impsy
carcadós., aides de!- POssO advento ¡overpay era .de
molde a entorpecer qualquer: disposição de
trabalho,
sendo nos houvessecnos .armado de fé intensa
nos des-
tjakaS.de uma terra; cuja gente, organicaMente hp'
nesta
etb6C; soffria apenas as consequencias de
ser. profun-y
damente calumniada e mal comprehendida. ,

c .:Annos a fio, assistimos á declamação palavrosa. e


vasia de que, embora attestandu a mais
deseoncertante.
penuria, viviamos na mais rica porção do. globo.
Satisfeita 4. nossa ingenua vaidade, que se deixava.
embalar corn as convidativas denominações de ouro ne-;
gr9 e, pardo, dadas aos próductos que iamos huscar nas.
florestas longinquas1 cruzavamos os braços, desalenta-
dos, á espera do capital salvador, que o acaso,
certamente.
fascinada pela nossa riqueza, altim nos depararia. E
para que não nos tivessem por:mendigos,
apresentava-.
mos a folha corrida de merecimentos, representados na;
prodigalidade com que, antes, canalisavamoS recursos
para a Unido. Attender-nos, não seria obra de miseri-,
cordja, mas tão sómente retribuição, parcimoniosa a'
liberalidade, de nossos dias prosperos.
Não comprehendiamos que o governo central, li-
dando com crescentes difficuldades, estava impedido
de nos soccorrer como entendiarnos.
Riscamos de todas nossos calculos_ essa possibilk
dade. Tinhamos de nos bastar a nós mesmos. E dentro,
desse preceito, traçamos toda nossa- rota administrativa,
pOstó que condicionassemos, modestamente, tudo Tian-,
to pretendiamos re.alisar, durante o periodo: de nossa,
administração, ás nossas limitadas rendas.
Ainda impressionado com .os máus augurios das
cassandras, vimos que não era possivel consentir na"
dérrocada do que possuiamos, e começámos recom--,
pôr e endireitar o que, com mais alguns mazes de
abandono promettia" desapparecer;
Não operamos nenhum milagre, .para isso, nein nos-
surgiram, de ch6fre, elementos surprehendentes. En-,-
quadramos tão somente os gástos .dentro das rendas.,
as deixamos esvairem-se em sangrias desatadasi
de modo que pudemos apreciar bem a extensão das
107
iicestidadés =Melia tub' concentanea
dé'suppril:it:.*Tivernos;' 'antes de .tudoiio religioso
respeitO.peft lei. de, nieiósis:que o vosso patriotismo;
senhores CorigiéisiitaS.,'nOS 'forneceu.
Foi astint,ineiltbdicaniente, que logramostoricluir;.
reformar e cdicertiifédificiot, augmentandb, dest'arter
o patri monio Este°,
Um houve, entretanto, que honrando as nossas
tradiçóes de arte e ainda podendo figurar entre as
melhores casas de espectaculos do pai; não nos foi
Possivel reconstituir: o Theetro da Faz. Dizemos re-
constituir, porque os reparos,de que precisa, não ficam
A' vista e pOdem interessar á propria estrndira do. edis
Ecio. Não temos o direito, taMbern; de prófanar a
Pintura que alli se encontra e que exige a. mão habit
de um mestre. para retocai-a. f6ra. sómente o Theátro
recompeirada disSo nos impediria de pôr mãos A
Obra. Infelizmente, havia outros de immediata utili-
dade, como os estabelecimentos de ensino, por exemplo,
tinto na Capital aim° no interior:
Não tivemos anno algum , durante o nosso periodo
administrativo, em qúe folgassemos no intuito de de-
fender o nosso patrimonio.
Antes de darmos, em resumo, todos os trabalhos
executados pelas Obras Publicas,: .durante o nosso
period° de governo, vamos dizer dos que ainda estão
em andamento.
Grupo' Escolar Arthur Benzardes. Seth que fosse
destrUido 6 qUe se poderia conservar, Passou o predio.
or grande 'modificação interna e grande ampliação,
attendendo-se comaiodidade, solidez 6 condições hy;:
iienicaS tieCessarias a um estabelecimento de ensino.
dprimerro: pavimento do edificio possne um grande
alão para exposição, pintado a oleo e forrado, c'ujo solo
ladrilhado corn. mosaico arrematado pôr .Soleiras
marmorite; seis amplas salas de aulas:dispostas de ma-,
néira a receberem .luz- directa e franco: arejamento,
todas mosaicadas e forradas, tendo rodapés de azulejo
e birras, pintadas a 'tinta' de oleo;:o corredor-central,-que
dá access& is vae terminar na entrada da depen;-:.
dencia dos apparelhos:sanitarios: , ,

108
A escada que 44 açcesso para:o segundopavimento,.
oonatruida de,macacahuba, corn piso. de acapú e espe-
lho de pad amarello, está collocada no %hall», ao lado
do,salAo principal.
.
No segundo pavimento estão:. o. salão nobre, pirt
tado e forrado, assoalhado com taboas de acapú e pau
amarello,. formando artisticos desenhos; a sala da Di-
rectoria com b6a decoração; seis salas de aulas; um.
gabinete deatario e a dependencia dos apparelhos sani-
tarios, igual á do primeiro pavimento; existindo nos
fundos do predio uma escada de caracol, destinada ao
serviço interno.
As suas dependencias são bem proporcionadas e
bem dispostas, recebendo luz franca e ventilação cons-:
tante, e dispondo de capacidade para comportar mil
estudantes.
Para ampliação do jardim, que circumda o edificio,
já foram adquiridos os terrenos annexos, vindo sendo
executadas as obras de adaptação acima descriptas
pela firma J. S. de Freitas & C.a, pela importancia de
67:953$460, já nesta incluida a de 6:3ooT000 relativa
á construcção de novos muros e outros trabalhos ex-
traordinarios.
Instituto Gentil Bittencourt.Ainda neste exercido
recebeu esse educandario os seguintes melhoramentos
limpeza, concerto e pintura geral da fachada principal,
das lateraes e das aulas posteriores ao corpo central
do edificio, inclusivè os pavilhões de recreio e as de-
pendencias da cosinha e lavandaria; renovação do re-
boco do muro com pintura geral. Com estes serviços
foi despendida a quantia de 19:400$000.
Grupo Mixto da Brigada Militar do Estado.As
obras de urgencia executadas neste Quartel foram as
seguintes : demolição do antigo arco do portão prin
cipal, que ameaçava desabamento, sua reconstrucção,
em forma de verga recta, com vedetas para atiradores,
sendo a padieira feita em cimento armado e a parte
superior de alvenaria de tijolo, adaptando-se, na parte
interna dessa parede um varandim de cimento armado
com gradil de ferro, e uma escada de trilhos de aço
com degtios de ferro; assentamento de um novo por
109
to 'di clietetidriAd MC; 1-;nee deti: tilt ura
únbbbr ii Cc;rtredivii;'Pinttita'geral 4:Pionceittó 46)
iiutO;Idestibstii*Ao do'eigotio; degielhiinetito
tituiçAo completa de todo o madeiramikitb dikcibirturtiJ
galpACe;'ifue ierve'-de41Cjiniéntó lis..pr4e-s, e
ikTo.Tetelhamento;Ivfoima das paredes de titacieira
tiietrno e toncerlo do soalho; 't:etiert`dirs fdiedes:(10.1
tOIT1 pintura geral -e reforina
Calcinfénto dai baias .C6m.rejuntanfentó. de 'cimenfo',L1
Importando..tudo em 9:07 t$tmo.
(
Instituto LatiroSodré.-0 irregular funcciónamento'
da rede de exgotto .e o rmiu-estado, do tompartinientb'
das officinas, desse estabelecimento, exigiam uma refor-.
ma completa do seu material e'modificação das
*oeS, óbras essas constantes do séguinte : exgotta-:
meato. e .desobstrucção.das fóssas sanitarias; escavação)
,
g levantamento completo do dreno geral do edificio;.
nivelamento da cava n'umaextensão. de 23o metrÒ
em profundidade media de imto, e assentamento de
nova canalisação.de. tubos de barro de 8"; na. exten-
são. mencionada, entre a fossa .da descarga e o,pOço..
receptor d'agua depurada; limpeza do ramal. que vae4:
do edificio ás fóssas e construcção de ama derivação.
dos apparelhos sanitarioS das offiCinas pai-a as mesmas
fossas, n'uma distancia de 4o .metros; abertura :de um;
poço revestido 'de alvenaria de tijolo, tendo na parte
s'iiperior, em forma de abobada, urna. chaminé *are-
ceber .as aguas depuradas yindas das fóssas'por acção
da gravidade; assentamento de urna bómba movida a
electricidade para descarga do poçO, e,armação de tim:
chalé de madeira coberto de telha, .-afim de abrigar ó
inaot; demolição completa e TeConstru. cçâo dó com-
Partimento daquelies apparelhos.; as'sentamentO de una'
b`ateria de 22 bacias inglezas de.colletagerh em Serie,'
devidamente divididas eia cubittilos. independentes;'
timentamento do solo dessa dependeticia 6..do saguão
das officinas; installaçâo de reservaiório. de ferro COM:
Capacidade de I/2 metro CabiCO3. directamente .ligado
referida bateria, com descarga intermittente. linporta-'
tam as obras em :562$550.
Além .desas, outras obras- 46m 'serido executadas-,'
-1.10
dreidtbi) -prhaeiro'dia 'demossa adnistraq1b:
tnit
''
e- tocfsn
relatOrlo: do, Sr.. director: do estabelecinvintorr:
Etgas. °brae visam.. 'tuna completa reStaill1100
pto edificro). do amo
!:
.

lacib doCove. ino.::Dan de;4e urn bruico'asabacIn


mento de Parted° esttique 'di escadarii-'princiO'al, fdilL
ráin ióniadai7m-nedids iretes pira
repara. çaádo
damnificado. As dependencias da Repartição"
0Otli-S11
Ptii;li"Cas passaram OOr utifa. importante
.-donna cons.
tante do 6eguinte :'concerto e pintura
db forró e reparto'
ecitiação das -paredes- do' salão da
Directoria Geral
pintitra e caiação dó corredeli da escada
e envernisa:;;I
rriente desta; reform'd da p' inturados fdrios
e-das
Ws' das salas da Portaria, idaS 2' e y Secções; ireparb'-'
gral do telhado e remendo das calhas- de
cobre;
C.eftõ È enveenisarnente.coMpleto do
mobiliário clirS7
tres secções. O alpendre dá SecretariaGeral foi
men-to beneficiado, tendo os melhoratrentos attingido
ao compartimento dos apparelhos sanitários. Importa-7.
ram. esses trabalhos em 6:680800.
SeciVet de 'Estatistica e Informações.L-Ainda *no)
mirante-cloA)alació do Governo fizeram-se adaOtações)
par. a .ahi installan:se a Secção de Estitistica
e Informa-:
ções do Estádo, r-ésumindo-Se os tratidihos nos seguin-)
tés : reparos e caiação de -paredes; concerto e pintura?)
de forros; collocação de urna nova escada; pintura de
portas e janellas e construCção de prateleiras, impor-
tando esses serviços em 6348400:
Bibliotheca e Archivo Publico.Os trabalhos exe-
cutados na -fachada desse édificio consistiram no des-:
cascamenio doMpleto do reboco Odra novó reveStimen;'
to e pintura agua-tinta.
Nb veStibulo concertaram-se os rodapés e alisares
epintados. c.onjunctaroente com as paredes, forros e:
portas. .0 grande salão de leitura recebeu pintura a:
oleo; sendo decoradas as colutimas do centro e recon-,7
stituido o estuque do tecto. O gabinete do Director,J
salãos Arthur Vianna, arçhivo, compartimento dos ap.1
parelhos sanítarios e demais dependencias foram tatn-z,
bem reformados. As 'estantes é gradis de ferro forani:
pint.ados!d altiminio sobre fbase de tinta- de* oleo e, .de-:

lit
pois .de. rigorosn, limpeza;., racelberim os armarioi de.
madeirai.envernisaniento geit1. .foram recoostiluidos
osrmoveis:eaynfados, raspadas e polidas as bancas, car-
teiras, cadeiras e mesas e substituidos por oleados os
antigosIpannos: verdes. - Com limos -vidros e novas
ferragens foram -pintadas todas as portas e janellas.
Montaram as 'despesas dessas obras na importancia de
15:569$300..
Posto Policial do PinheirveNesse proprio do Es-
tado -foram executados os seguintes trabalhos concer-
to: geral do reboco e pintura da fachada principal e das
lateraes; concerto do telhado e calhas da platibanda; ca-
iação das paredes internas e pintura de barras de todos
os compartimentos com tinta de oleo; pintura de por-
tas; janellas e grades de ferro, reparos. na cosinha e
reconstrucção do fogão; abertura e revestimento de
uma fóssa, importando esses trabalhos em 2:654$800.
Posto Policial de Marituba.As reparações deste
Posto constaram do seguinte : concerto e pintura das
fachadas; retirada do antigo madeiramento do telhado
armação de nova cobertura e telhamento; concerto
caiação de paredes; pintura de barras, portas, janel-
las e grades de ferro; renovação do madeiramento da
cobertura da cosinha, substituição das telhas, concerto
do fogão, renovação do cimento do solo e reforma
completa dos pannos de calhas da platibanda. Impor-
taram estes serviços em 6:471$05o.
Escola da villa de Bemfica.Havendo o nosso go-
verno adquirido na villa de i3emfica um predio para
nelle ser installada uma escola mixta, houve necessi-
dade de reformal-o e adaptal-o a esse fim. As obras
executadas constaram do seguinte cimentamento do :
compartimento da antiga dispensa e construcção de
paredes divisorias de madeira para ahi se collocarem
apparelhos sanitarios; construcção de um outro com-
partimento para identicos apparelhos dos meninos
derivação do exgotto com ramaes para os dois
compartimentos; tiragem de gotteiras e concerto da
calha do rincão; escoramento e reforço das tacaniças
do telhado da sala com braçadeiras de ferro; destelha-
mento do rincão da varanda, escoramento da arma-
112
ção do telhado ,03 substituição do dite rincão; substitui-
ção de caibrós,e do ripamento; remendo e *pintura de
forros; consolidação da parede da: fachada.e, pintura
geral; consolidação da empena lateral direita;caiação
geral interna e, pintura de barras; construcção de um
cercado de ripas; abertura e revestimento de uma fóssa
com madeira de acapú; reconstrucção do banheiro e
da ponte e construcção de uma nova escada de acapú;
reforma do cercado, concerto do fogão, limpeza do
poço
e!construcção de um bocal para o mesmo. Importaram
estas obras na quantia de 2:6778650.
Regimento de Cavallaria.Foram executados neste
Quartel os seguintes trabalhos : construcção de chalet
de madeira para installação de banheiros para as pra-
ças; cimentamento do solo, ligação de exgottos e for-
necimento de chuveiros, inclusivé pintura desse com-
partimento; reforma geral do reboco do muro e pintura
do mesmo, além do fornecimento de quatro tanques
de descarga. Os serviços de canalisação d'agua e .as
respectivas ligações foram feitos' pela Directoria de
Aguas, montando as despesas pagas pela Directoria á
itnportancia de 985Stoo.
Grupo Escolar Epitacio Pess6a.Tendo em vista
o desenvolvimento sempre crescente da instrucção pu-
blica, adquirimos o chalet n. 5o, situado á Avenida
Tito Franco, a fim de nelle ser installado um grupo
escolar que tomou a denominação de tEpitacio Pessôa».
As obras de adaptação, executadas no predió, foram as
seguintes :
Demolição de paredes -internas para- ampliamento
de salas; reparação do telhado, calhas e conductores;
reconstrucção do soalho, adaptação de compartimentos
para installação sanitaria, pintura geral interna e ex-
terna de todo o predio, construcção de exgotto, aber-
tura e revestimento de fóssa; colocação de vidros e
reforma dos passeios lateraes, etc., importando as obras
em t2:732$84o.
Senado do Estado.Achando-se a empena lateral
,esquerda e a platibanda do lado do saguão damnifi-
radas, produzindo infiltrações ,que extragavam a pin-
,tura das salas e dos forros, foram ordenados os se-
113
iiiteiArabalhOs 4es4asCatiaento intertio:e externo1
parede.lateral'esquerda exeforma gerat dó - reboco.
e.:pintura; Concerto dci.L.reboco da platibanda ;e, dos
forrós da: Sala do andar superior com.pintura geral;
paro nas. depéndencias. dos .apparelhos sanitarios,ino
portando as obras'. em 2:300$000.
". Posto polida! de São -Braz.Para a installacão
deum posto policial n'Uma dai dependencias do mer,
Cad° de S. Braz, foram executadas as seguintes obrai
de adaptação: construcçâo de paredes de alvenaria de
tijolo para divisoria dos xadrezes; divisorias de madeirá
Para installações sanitarias, inclusive portas, ferragens,
Pintura, chuveiro e bacias sanitarias, pintura da :sala
da'permanencia e caiação geral do torpo da guarda e
iadrézes; levantamento do concreto do solo, abertura
ce valia para assentamento da tubulação do exgotto e
abertura de uma porta na fachada, inclusivè a collo-
tação de caixilho e soleira, etc., trabalhos estes em via
conclusão e que foram 'orçados em 3:431$510.
Obras argentes.Em diferentes proprios do Estado
foram executados serviços de caracter urgente, taei
como, tiragem de gotteiras, reposição de coberturas e
tIiçamento de telhas, substituição de ferragens de
portas e janellas, reparos de forros e soalhos, des-
obstrutção de exgottos e conductores de aguas plu.7
iaes, etc., etc., obras estas que importaram em
13:096$39o.
Obras em andamentoResumo das despesas para
conservação dos edificios publicos :
Grupo Escolar rthur Bernardes». 197:953$460
Instituto Gentil Bittencourt 19:400$000
Grupo Mixto da Brigada 9:071$940
Instituto Lauro Sodré 17:502$550
Palacio do Governo (Ind. trab. em anda-
- mento) 25:833960
Repartição da Estatistica...... ....... ... . 634$400
Bibliotheca e Archivo Publico 15:569$300
Posto Policial do Pinheiro.
Posto Policial de Marituba. 6473050
-Escola da villa de Bemfica 9-677$650
114
Regientode Cavallaria ..... .. 985;100

Grupo Escolar Epitacio Pess6a.. ......


12:732$840.
Seaado do Estado
2:3004;000
Posto Policial de silo Braz
3931$510
Pequenas obras de urgencia
13:090390
Som ma 330- :8125950
Resumo geral das obras executadas no penado de
1.0 de janeiro de 105 a 30 de junho dc to2S.
Tribunal Superior de Justici.a. ...... 1:847$500
.

Quartel do Regimento de Cavallaria 2:3678.8*.10


Palacio do Governo (inclusive trab. and,i
mentu)
33:44S$3;k:
Instituto Lauro Sodre 33:732S590
Senado do Estado
31301500
Bi.bliotheca e Archiv4 Publico
17:425$030
Grupo Escolar Wenceslau Br.tz ...... 1:61281100
R.uv Barbusa 4:41.4107
th.) Peixjj .... :5S0$600
Paulo Maranhao 924$980
Benjamin Constant ....... 7:359$460
Verissimo ...... 4:368S3T5
Barao do Rio Bruno) ..... 1:323S200
Epitacio Pess6a. 12:732:3840
Arthur Bernardes 211$000
Arthur Bernardes 197:953$450
Santa Izabel ...... ........... 3:739$781
Bezerra de Albuquerque 7:405778
Camara dos Deputados 39:4108550
Guarita do Ver-o-peso e Recebedoria de
Rendas. 2:4548325
Instituto Gentil Bittencourt 125:48S$612
Grupo 21ixto da Brigada do Estado ..... 11:238$790
hospital Domingos.Freire 1:1968550
32:2528960
» sa() Rocql.10
1:4141100
1:691$600
São Sebastião. 2:132$650
51.4500
Policia Civil 4:990$399
Cadeia de S5u Jos. 7:1258174

115
Palacete Azul ; 796175800'
Residencia do Governado.r . 2:2595500.
Matadouro do Maguary 95:3125650.
Escolas Agremiadas Cypriano Santos 8:356$620
Posto Policial do Mosqueiro. 990$000:
Grupo Escolar de Castanhal 14:258$352
Repartição de Estatistica........ 6345400
Posto Policial do Pinheiro 2:6545800
Posto Policial de Marituba 6:4715050
Escola de Bemfica. ..... 2:6775650
Posto Policial de São Braz. 3:931$510
Posto Policial de Baptista Campos 1:6225800
Pequenas obras de urgencia 7:6545550
Ponte de Abaci& 5:000000
Escola de Pharmacia 14:8505000.
Escola Normal 15:400$000:
Poefe de Bragança 24:0005000
Ponte de Firopic .. ......... 15:0001;000
Grupo Escolar de Abaeté 14:0005000
Rodovia de Alemquer 95:0005000
Total 905:4005561

Terras
Como já ficou dito, linhas acima, a terceira secção
da Repartição é que offerecia algum movimento, ins-
tada pelas partes que pretendiam comprar ou demarcar
terras.
Não podiamos continuar dessa maneira. A Ama-
zonia é um mundo que deslumbra', pelas pbantasias de
que encheram as suas florestas e os seus rios, aquellas,
mm maior parte, despovoadas, e estes, desconhecidos.
Alguns olhos de naturalistas, pesquisando-as, desco-
briram e proclamaram os encantos, que outros menos
apparelhados, não pódem vér e ainda menos admirar.
Tanto bastou para repetirmos o esttibilho do El Dorado
incomparavel. Mas a uberdade do nosso solo é ao mes-
mo tempo constructora e destruidora.
E' facil c accessivel á arvore, que enriquece, corno
ao matto, que prejudica, sendo já tempo de com a vossa
sabedoria obviar o grande mal causado pelo homem
que, semi amar a terra, faz a derrubada da matta,' des-
truindo-a pela queima e caminhando sempre á procura

116
ió'novos tractos de floresta virgem, deixando, após si,
a Capoeira e os capoeirdes abandonados.
.Como remedio, não heroico, mas palliativo, ousa-
-nuts lembrar e suggerir o cadastro do Estado e o ar-
rendamento de terras com fiscalisação séria, como já
praticamos com os castanhaes e balataes, visando as-
sim a educação, a saúde e o bem estar dos trabalhado-
res ahi locados.
- E como Oa injusta a adjectivação depreciativa, cor-
rente, da activid;:de do nosso caboclo, o heroe que não- ar-
refece na lucta com essa prodigiosa feracidade, .que the
. exige as enérgias todas, mas que não o desanima, nem o
aniquila, no seu silencio de insubmisso. e de forte.
sua Pertinacia obtem em palmos o que a natureza lhe.
toma ás braças, em alguns dias que o organismo ceda á
doença, pelas parasitas da matta impervia e hostil, ou
por deficiente alimentação. E' claro, entretanto,, que
a perseverança logrará aqui, como o fez alhures, onde
as circum. stancias" foram identicas, alguma compensa-
ção. Mas o que ahi expomos em ligeiras palavras 6 que
já foi dito por alguns escriPtores conscienciosos, não
exprime toda verdade desse trabalho cyclopico, re-
produzido com fidelidade nos filyris de propaganda,
mandados executar pelo governo-do Estado e pelo M.i7
niSterio da Agricultura.
Sempre partilhamos da opinião dos que entendem
que o objectivo primacial, de quem sinceramente se
empenha pelo desenvolvimento de uma região, deve
ser o de provocar o amor por ella. E o individuo iso-
lado, setn o estimulo de alguma cousa que lhe pertença,
não se interessa pelo meio que habita.
Providencial benção de Deus, para nos compensar
do castigo que chega ser a terra ubertosa, favoreceu-nos
corn algumas porções- onde se alteiam soberbas casta-
nheiras._
Conhecendo, como conhecemos, estas paragens;
logo que assumimos o governo, cogitamos de arren-
dill-as, em vez de vender-as. .

:Porque antes aquelle do- que este processo ?


s apenas o proposito de- .agradar a
rab bbjectiVissemos um fim< social; que-nio
.-ffr
podet...ser comprghendido de espiritos ligeiros, nacVt
mais com modo do que fazer humediata cessão .das ter-
ras.. Mas,0 plano, que collimam,os e não tivemos tempo.
de executar, foi o seguinte tinhaMos que o arren-
damento, bem fiscalisado, nos demonstraria aquelles
que 1/4 procuravam não segmente tirar o proveito .inteiro,
que as arvores lbes prodigalisassem, mas deixariam
transparecer a vontade de introduzir quaesquer me-
lhoramentos. Esses, arrendatarios, primeiramente, de-
pois associados aos interesses do Estado, partilhadores
de alguns beneficios e por fim prqprietarios do terreno,
seriam desde que aproveitassem a série de bene-
ficiamentos, corno o plantio e replantio de castanheiros
ainda de outros vegetaes uteis. A 'venda, nesse caso,
seria um premio, urna justa recompensa do amôr
demonstrado pela terra.
Antes de tudo, temos de despertar o amor á gié-
ha, para que o nosso Estado possa desenvolver-se
como merece.
Com esse desideraturn, sem gabos nem vaidades,
podemos garantir que nenhum governo mais se inte-
ressou .do que o nosso, pelo pequeno lavrador, como
pelo grande proprietario. lim, produzindo na pequena
própriedade, lavrando a terra Por suas mãos ou com o
auxilio de animaes, e o outro arroteando a terra
corn. machinas agrarias proprias, mas ambos concor-
rendo efficazmente para, o nosso desenvolvimento.
'E,,tudo, num desejo insoffrido de ver o solo apro-
veitado; a 'riqueza distribuida, todo nosso immenso
territorio apresentando o aspecto de floridas granjas;
tão festivas e tão alegres, e grandes propriedades, ricas
e fartas, ,servidas &Is mais aperfeiçoadas machinarias.
De fevereiro de 1925 a 30 de junho do corrente
anno, foram expedidos os seguintes titulos :
RESUMO GERAL CONCERNENTE AO PERIODO DECORRIDO DE 1.0 DE
F.EVEREIRO DE 1925 A 30 DE jUNHO DE 1928.

A Repartição expediu 104 titulos provisorios de


venda de terras devolutas, abrangendo a área total de
123.179 hectares e 62 ares, distribuida em .23 .munici-
pis:* d9 Estado,. cabendo a maior extensão superfipiaj
.1:18
ao tnunfrsipio. de Marabkcorn
59.919 hectares, vindo
ern, seguida ode Obidos com 36.408 hectares
e 77 ares,
sendo p alnno de 1925 o de maior
movimento, com
95.111 hectares, ri ares e depois 1926
com 15.973 he-
ctares, ares e 6o centiares.
Foram concedidbs 63 titulos definitivos
de venda
de terras, comprehendendo a área
total de 64.954 he-
ctares; 4 ares e 3 centiares e 76 decimos
em 14 municí-
pios, cabendo a maior área
ao municipio de Obidos
com 34.907 hectares, 91 ares, 86 centiares
e 25 decimos
e ao de Marabá com 14.765 hectares,
67 ares, 39 centi-
ares emteio, cabendo ao primeiro semestre
deste anno
o maior movimento com 24.863 hectares,
23 ares e 92
centiares e depois ao anno de 1927, com 19.866 hecta-
res, 67 ares e 79 centiares.
Foram expedidos 2 titulas de aforamento de terras
demarcadas, com a área total de 6.666 hectares,
50 ares
e 62 centiares e meio, .nos municipios de Belem
e Ma-
rabá, no anuo de 1925 e primeiro semestre de 1928;
e 12 .titulas de aforamento de terras não
discrimina-
das, corn a área total de 57.867 hectares, 99 ares e 6o
centiares, em 7 municipios, cabendo maior área
ao
municipio de Montenegro, com 26.136 hectares
e de-
pois ao.de Marabá, com 13.068 hectares,
sendo o anuo
de 1925 de maior movimento com 43.56o
hectares e
depois i927 com 14.157 hectares.
Foram concedidos 8 titulos de aforamento de lotes
urbanos:da Villa Balnear do Outeiro, com urna área
total de 34.068,75 metros quadrados, somente nos an-
nos de 1925 e 1926, havendo os terrenos do Outeiro
sido inoopporados ao Patrimonio Municipal de Belem,
pela Lei n..2.585, de 13 de novembro de 1926.
Foram.; expedidos a ex-praças da Força Publica do
Estado, ix titulos definitivos gratuitos, nos rnunicipios
de Igarapé,assfi e Quatipurtí, com a área total de 275
hectares cabendo ao anuo de 1926 o maior
movimento.
com 125 hectares e depois 1925 com 75 hectares.
Foram concedidos a colonos 317 títulos definitivos
gratuitos,. em. 17 nucleos coloniaes esparsos era 6 mu-
nicipios, cpm. urna área total de 8.4091 hectares, 72 ares
e 4:centiares, accentuando o primeiro semestre deste,
119
âincotho intiior numero 'de 'titulós expedidos,' Coln
at:Ateal-de .3.636 'hectares; 5-0 ares e 5ra Centiare s e de-
ao anna' de i925., com' a' área de 2.276 hectares
68 'ares.
Foram expedidos .titulos definitivos de terras
cOacedidas..pata patrimonies municipaes, .nos
Musa e Chaves, com a área total de
9:223 hectares, 4 ares e 37 centiares e meio nos annos
de 1925, 1926 e 1927.
ForamTexpedidos 29 titulos de legitimação de posse
de terras, em 16 municipios, abrangendo a área total
de 29.171 hectares, 3 ares e 78 centiares e 25. decimos,
cabendo ao municipio de São Miguel do Guamá, a
maior área com 4.611 hectares, 7 ares e go centiares e
depois ao de Mojú córn 4.523 hectares e 42 ares, sen-
do: o anno de 1927, o de maior movimento, com o
total de 14.600 hectares, 63 ares e 15 ,centiares e
meIo..
: Foram concedidos 21 titulos de posse de terras, em
7 municipios, com a área total de 51.458 hectares e44
ares, sendo a maior área do niunicipio de Altamiray
com 40.458 hectares, cabendo ao anno de 1925 a Maior
extensão superficial com 29.668. hectares.
Foram expedidos 7 titulos definitiVos de lotes de-
marcados, na municipio de Belem, com a área total
de 83 hectares, 50 ares e 54 centiares; somente no anno
de 1927.
Foram concedidos 19 titulos provisorios de loca-
lisação- de terras devolutas, em 3 municipios, com a
ária total de i.523 hectares, 18 ares e 6o centiares;
pertencendo 'a maior área .ao municipio de Obidos,
côni 1.308 hectares e 6o ares, tendo movimento maior
o primeiro semestre deste anno, com.aArea acima
descripta.
- Foi expedidõ i titulo de propriedade, no mnnicipio
de Marananim, com a área de 316 hectares, .35 Ares e
38 centiares, no anno de- 1927.
Foram feitas' i7 grandes concesses gratuitas de
teiras devolutas em municinios,:coia: a área- total
de 4.15.0.731 *hectares; 93 ires e 75- cénfiares, cabetidõ.
ao-s- e 'Aveiro it'iniiOr.firea-:
01171 2.000.000 de hectares,. sendo o anno de 1926 o de
maior movimento com 2.129.153 hectares, 93 ares e 75
centiaies.
Foram registrados 8 titulos de propriedade do muni-
cipio de Belem, sendo I no anno de 1926, 6 no de 1927
e r no primeiro semestre deste anno.
Foram transcriptos 3 registros de descoberta de
minas, nos municípios de Alernquer e Obidos, no
anno de 1927.
Deram entrada nessa Repartição 89 processos de
medição e demarcaçao de terras, effectuadas em 24 mu-
nicipios, cabendo ao de Obidos o maior numero com
30 processos e de Belem com ro, attingindo o maior
movimento o anno de 1925 e em seguida o de
1927.
Foram expedidas 97 portarias de designação de
piofissionaes para medição ei discriminação de terras
devolutas em IQ municipios, cabendo o maior nume*,
ao municipio de Obidos com 32 e em seguida Marabá
com 25, tendo maior Movimento o anno de 1925 com
46 portarias e depois 1927, com 26.
Foram transcriptos 8 registros de posse de terras
situadas em 5 municipios, em conformidade com o De-
creto n. 1.577, de 5 de dezembro de 1908, nos annos de
1927 e 1928.
A receita total, attingiu a 273:9598782, sendo a
maior de 128:3758411, no anno de 1925; em seguida a
de 87:2368922, no anno de 1927; depois, 45:853$5o7, no
anno de 1920, e de 12:4938942, nu primeiro semestre
deste anno.
Foram autoadas 289 petições de compra de terras
.devolutas, cabendo ao anno de 1925 o maior movi-
mento com 131; 27 petições de aforamento, attingindo
o anno de 1925 o maior numero; 50 petições de conces-
são para occupção de terras devolutas, sendo o maior
numero no anno de 1926; 21 petições de concessão gra-
tuitas de terras, cabendo ao anno de 1925 o maior movi-
mento e 19 petições de registro de terras, sendo no
.anno de 1925 processadas 14.

121
""'"16
Pollm foment°
ndsEri primeira tnentitigeni:, 'ern 1825; vinios tra-
. .

owboondoo àAdo dás negodapties tendenfes a. encaminhar ra o


A °rental° Ford Estado a actuação intelligente e os capitaes vultosos dri
.anr: Hinry Ford, exemplo de organisaçAO industrial. mo-
'flerna, nos Estados Unidos da America, corn irradiação de
credito e confiança em todo o mundo.
A's exposições, que fizemos, em nossa alludida .men-
sagem, temos a accrescentar os termos consequentes até
final assignatura dos contractos.
. Posto em communicação com aquelle milliardario por
intermedio do inspector consular brasileiro, snr. J. C. Alves
de Lima, com a sciencia e bom amparo dos snrs. Minis-
tros do Exterior e Agricultura, vimos, com satisfação, des-
envolver-se o auspicioso- entendimento,. recebendo o Pará
a visita e inspecção dos snrs. drs. Mac-Culogh e W. L.
Reeves Blakeley, engenheiros; De Larue, naturalista e Ide,
advogado, pessOas ao serviço do grande industrial, vindas
di!)m recommendições do embaixador do Brasil em Was-
hington e dos consules em Nova-York, snrs. João Moniz,
Helio Lobo e Sebastião Sampaio.
Esses scientistas, recolhendo, technicamente, os ele-
mentos necessarios á bõa elucidação para a grandiosa
empreza, informaram das possibilidades inegualaveis ga-
rantidas pelas nossas terras. Resultou desse minucioso
estudo o conhecimento real das vantagens que, para ini-
ciativas, de vulto, 'offerecem as condições geologicas e
geographicas do Estado, dando-nos preferencia em con-
fronto com as varias regiões do universo, que foram offe-
recidas, com empenho, á actividade do snr. Ford.
O snr. Blakeley fez as propostas, cujas bases conti-
nham, de facto, um immenso plano de realisações, seja
na cultura de especies vegetaes de valor, seja no con-
junct° de melhoramentos industriaes do maior alcance.
Os favores pedidos para essa poderosa organisação, como
necessarios á garantia do capital e ao desenvolvimento
da obra inteiramente nova e sem retribuição immediata,
exigiram maior amplitirde, de forma a não crear embara-
oos, nem tolher a acção proficua dol ernprehendiménto.
Não recusamos concedel-os por parte 413 Estado,, tão
imprescindivel para o leirantamento das nossas energias
e o preparo do futuro economico do Pará, achamos
introduccao de capitaes com organisação capaz de
effectuar armi obra forte, productiva e util a toda a re-
gilt° amazonica. Nossafi prementes necessidades, vindas
de um já longo periodo de privações,
não encontram
remedio fóra dessa corrente de opinião. A simples
explo-
raçãonativa, que esta constituindo, sem ordem, nem
methodo, as unicas fontes da riqueza publica,
não Ode
assegurar prosperidade real, tendendo á depreciação
inevitavel na sua forma rudimentar e pelo só meio
de
devastar sem culturas e replantas. E' o que se vê nos
lotes gratuitamente concedidos, os. quaes, após a queima
das florestas e a colheita de algumas culturas, são aban-
donados em capoeiras inuteis, sem nenhuma cultura que
garanta a producção effectiva e fixe o homem. Esse re-
sultado induz a favorecer as grandes explorações, cujos
capitaes exigirão culturas permanentes para assegurar
uma propriedade menos ephemera, barateando o custo da
vida no 'Estado e contribuindo para a solução geral da
subsistencia universal. Deixamos, de proposito, que sobre
os seus planos fallasse o snr. Ford, e o que se contem
nas linhas do contracto, corno nas declarações autorisadas,
dá a certeza de uma proxima applicaçâo de trabalho e
capital que levarão a destinos economicos, de grandeza
segura, o nosso Estado.
Urge abrir caminhos melhores, aconselhados pela af-
fli0o dos que, como o povo e o governo, vivem mingua-
dos de recursos dentro de uma das mais opulentas regiões
do planeta.
Todos os tramites legaes foram seguidos, nas Repar-
tições do Estado, Secretaria Geral, Directoria de Terras
além da cooperação que todos os auxiliares do governo
tiveram, assim os membros da bancada federal na Camara,
o snr. senador Eurico Valle e o snr. dr. Lyra Castro, mi-
nistro da Agricultura, patrioticamente interessados em as-
sumpto tão geral e promissor ao Para.
Acompanhou as negociações, desde o inicio ate a
conclusão do presente contracto, o digno advogado dr.
Samuel Mac-Dowell, a quem commettemos outros estudos
sobre terras, afim de que fossem evitadas quaesquer ne-
gociações lesivas dos creditos do Estado.
Na parte technica, servimo-nos das informações que,

123
gentilmente, sem venhuma, contribuicito do:Estado, .nos
forneceu o sr...George- D.umont engenheiro. agro-.
notno, que emprehendeu duas viagens. aos Estados Uni-
dos, onde demonstrou ao Sr. Henry Ford todas as vanta-
gens do emprehendimento.
Sobre esse assumpto o nosso governo teve, por car-
tas e telegrammas, entendimento diricto com o Sr. Edsel
Ford, pondo-nos ao par dos largos planos seus e de seu
digno pae.
D'essa maneira, e depois de paciente estudo e
reflexão, julgamos servir superiormente o Estado, deferin-
do o pedido Ford que, transformado no contracto respecti-
vo, a seguir transcripto, foi enviado ao Congresso, me-
recendo approvação pela Lei n. 2.592, de 3 de outubro
de 192T.
Estamos convictos de que a. concessão, levada aos
fins previstos, corresponderá aos favores, que a União, por
seu esclarecido e preclaro Presidente, concedeu, isentan-
do de direitos de importação as machinas e materiaes.
Estamos ainda Mais certo de que vamos collaborar com
outros estados na grande producOo de valores de que
tanto precisa a economia nacional.
ccntracto
Termo de opção pelo praso
de dois .annos que assigna W. L.
Reeves Blakeley, em relação tis ter-
ras devolutas do Estado ad referen-
dum do Congresso Legislativo do
Estado.
Aos vinte e um dias do mez de julho do anno de
mil novecentos e vinte sete, presentes na Directoria de
Obras Publicas, Terras e Viação do Estado do Pará, o
engenheiro civil João de Palma Muniz, director geral
interino, o agrimensor Boanerges Cardoso, chefe interino
da terceira secção da mesma Directoria e o senhor W. L.
Reeves Blakeley, commigo Pedro de Almeida Gend, pri-
meiro official da referida Repartição, para effeito de ser
dado cumprimento ao despacho do Excellentissimo Senhor
Doutor Governador do Estado, de vinte de julho do anno.
corrente de mil novecentos e vinte e sete, commtmicado á
1g4.
bliectoria de Obras Publicas, Terras e ViaçãC, por officio-
.desta data, do senhor doutor Secretario Geral do
Estado,
mandando cumprir aquelle despacho e por officio numero
duzentos e trinta e um, ainda desta data, do senhor
enge-
nheiro Director Geral desta Repartição, foi mandado lavrar
o presente termo de opção, pelo praso de dois annos, em
virtude do qual fica o senhor W. L. Reeves Blakeley.
inves-
tido dos direitos, onerado com as obrigações
e sujeito as
restricções nelle consignadas, de accordo com as clausulas
seguintes, tudo ad referendum do Congresso Legislativo
do Estado, nos termos do referido despacho
de vinte de
julho de mil novecentos e vinte sete do Doutor Governador
do Estado :
PRIMEIRA. A titulo de opção,pelo praso de dois
annos, a contar da data do termo de concessão, o governo
do Estado concede ao peticionario W. L. Reeves
Blakelev
uma área de terras devolutas, situada na zona marginal di-
reita do rio Tapajós, nos municipios de Aveiro
e Itaituba,
limitadas pela frente com o rio Tapajós, do lado de cima
com uma linha á distancia de doze kilometros da orla mar-
ginal esquerda do rio Tapacurá; pelo lado de baixo com ou-
tra linha á distancia de doze kilometros da orla marginal di-
reita do rio Cupary, e pelos fundos com uma linha
paralle-
la ao curso geral do rio Tapajós, distante cento e vinte ki-
!metros da sua orla marginal direita, confinando pela fren-
te com o referido rio Tapajós, e lados de cima, debaixo e pelos
fundos com terras presumivelmente devolutas, comprehen-
dendo essa área cêrca de um milhão de hectares, resalvadas
as terras de propriedade legitima e posses legitimaveis, e con-
cessões em vigor, dadas pelo poder competente do Estado,
assim tambem o direito de desapropriação, na fórma da pre-
sente concessão e da legislação em vigor.
SEGUNDA. A concessão terá por fim o estabeleci-
mento de uma ou mais emprezas ou companhias, com direi-
to á propriedade, uso e goso dessas terras, para exploração
de seringaes nativos e plantio intensivo de seringueiras, as-
sim como para utilização das materias primas de produc,ção
do Estado e plantação de especies vegetaes de valor econo-
mico, exploração das riquezas mineraes e da força hydrau-
Ilea, estabelecimentos de vias de communic,ações de qualquer
natureza, edificações e outras bemfeitorias e melhoramentos
concernentes á utilização das terras e o bem estar do pes-
soal nella localizado.
TERCEIRA. Logo que o concessionario organisar
pela fórma anonym ou infra que lhe convier, uma ou mais
companhia ou emprezas, com o capital minimo de dito mil
contos para transferir a presente concessão, será expedido o

125
.titulo,artnitivo ã dita companhia, ou companhias ou em-
prezas, das terras que fazem objecto da presente concessro
't ad instar» do que foi autorisado pela Lei .do Estado nu-
'mero mil se/tecintos e quarenta e cinco, de dezoito de no-
vembro'de mil novecentos e dezoito.
QUARTA. 0 concessionario se, obriga a plantar se-
ringueiras nas áreas das terras concedidas e nos prasos con-
tados na data do termo da concessão, em seguida menciona-
dos : quatrocentos hectares durante os dois primeiros annos,
quatrocentos hectares durante o terceiro anuo e quatrocen-
tos hectares durante o quarto anuo.
QUINTA. 0 concessionario terão direito de utilizar as
quedas dagua para produção da energia electrica, assim Lam-
bem de construir as installações necessarias para esse fim, in-
clusive represas e açudes de toda a especie de estructuras e mei-
os de transmissão destinados a fazer girar e transportar a ener-
gia decorrente a quaesquer fabricas, armazens, depositos ou
edificios de toda a natureza pertencentes ao concessionario.
SEXTA. O concessionario terá direito á construcção
de estrada de ferro e rodagem, campos de aviação, e quaes-
quer outras vias de communicação terrestres, fluviaes e aé-
reas, no interior das terras concedidas, e assim tam bem para
communical-a com o rio Tapajós, para o effeito do trafego
agricola, industrial e commercial das mesmas terras e des-
tas em prolongamento até o rio Tapajós.
SETIMA. O concessionario terá direito de exercer por
sua conta a navegação dos rios Tapajós e Amazonas, e outras
que lhe convier e a construir armazens, dccas e melhora-
mentos, em portos assim nas terras concedidas, como no rio
Tapajós e no rio Amazonas, notadamente em Santarem ou per-
to desta cidade, cumprindo para o effeito desta clausula o que
depender do governo federal, mediante os competentes re-
querimentos e contractos, digo, em que será assistido pelo
governo do Estado.
OITA VA. O concessionario terá o direito de cons-
truir nas terras concedidas ou na cidade de Santarem, ou
noutro logar conveniente, as fabricas ou installações que lhe
convier para beneficiamento ou preparo de productos das
terras concedidas, podendo entretanto exportar os ditos pro-
ductos em bruto, como tambem beneficiados ou manufactu-
rados, qualquer que seja a natureza destes productos, tanto
agricolas, como mineraes ou outros.
NONA. O concessionario executará todas as medi-
das hygienicas e sanitarias nas terras concedidas, mantendo
para esse effeito as necessarias installações hospitalares, ci rur-
gicas, com o pessoal de medicos e enfermeiros que se faz ne-
cessario.
DECIMA. O concessionario poderá crear estabeleci-
mentos bancarios e effeduar todas as. operações desta natu-
reza, em relação á exploração agricola e industrial das ter-

- 126
raa concedidas, preenchidas as formalidades
federal. da legislallo
.DECIMA PRIMEIRA. 0 concessionario
to de construir e manter nas terá o direi-
terras concedidas o serviço de
.communicaçties telephonicas e radiographicas, pelos
de trasmiss.ip já conhecidos e outros meios
que
cobertos, podendo extender esse serviço venham a ser des-
terras, mediante accordo com o proprio para fora das ditas
Estado ou com os
concessionarios de outras linhas ou meio de
communicação,
observadas as disposiçties da legislação federal.
DECINIA SEGUNDA. 0 concessionario
de crear e manter escolas para terá o direito
a instrucção primaria e de-
mentar de operarios a serviço das terras
do nellas admittir outros habitantes das concedidas, poden-
das regiões adjacentes. mesmas terras ou
DECIMA TERCEIRA. O concessionario
tallar nucleos de povoação com as necessarias poderá ins-
hy..;iene e salubridade, policia de segurança, condiçties de
os incendios,*podendo adoptar o plano e defesa contra
regras que melhor
convier para construcção ou edificação desses
nucleos.
DECIMA QUARTA. O concessionario não
gado a submetter á approvação de quaesquer será obri-
as plantas de todas e quaesquer edificaçties autoridades
nas terras concedidas, assim como o plano de ou construcçties
balho agricola ou industrial, nellas qualquer tra-
realizado.
DECIMA QUINTA. O concessionario terá o direito
crear armazens e depositos de mercadorias ou commis-
sariados para fornecimento aos seus proprios empregados
e
trabalhadores ou a outras pessoas moradoras na zona da con-
cessão.
DECIMA SEXTA. Ad referendum do Congresso
Legislativo do Estado terão o concessionario
ou as compa-
nhias ou emprezas que o concessionario organisar
o concessionario vier a transfeiir a presente
ou a que
todO ou em parte, direito ti isenção de concessão no
todos os impostos,
,taxas e contribuições de qualquer-origem, natureza
.
nominação que sejam, quer do Estc.-21, quer dos ou de-
cipios, durante o praso de cincoenta annos a contar damuni-
seus
data
em que essas companhias ou emprezas começarem
cionar; ficando estas obrigadas depois dos
a func-
.annos de seu funccionainento, a retribuir ao primeiros doze
Estado e mu-
nicipios a isenção de que continuam a gosar, mediante
sete
por cento para o Estado e dois por cento para os municipioS
interessados.
DECIMA SETIMA.--0 Estado se obriga a prestar a
,conveniente a.ssistencia ao concessionario, a lim de
cedida a este belo governo federal a isenção dos ser con-
de importação para todo o material,.machinismos, impostos
forneci-
mentos de mercadorias que importar para a exploração
-cola e industrial das terras concedidas e installação agri-
de fa-
127
liricas; armazens, depositos, vias de communickAo e tudo
quanto seja necessario para completa realisação dos fins da
presente concessão, assim tambem de outros impostos e ta-
xas federaes.
DECIMA OITAVA. Durante o praso da opção, terá o
concessionario o direito de pesquisas de rnineraes nas áreas
concedidas, para effeito de preferencia das lavras, nos termos
da legislação do Estado e como subrogado deste, em confor-
midade com o artigo trinta e seis do decreto federal nume-
ro quinze mil duzentos e onze, de vinte e oito de deZembro
, de mil novecentos e vinte e um; e, depois de obtido o titulo
definitivo das terras concedidas, os demais direitos inheren-
tes a este respeito ao direito de propriedade.
DECIMA. NONA. Ao concessionario é concedido o
direito de, no praso da opção, proceder aos estudos de reco-
nhecimento e exploração das vias de communicação ferreas
ou de rodagem que, desde a cidade de Santarem ate o limi-
te extremo da concessão, considere necessario construir,
para o bom exito da dita concessão, tendo preferencia para
obter do governo do Estado concessão definitiva de taes es-
tradas de ferro, ou de rodagem, assim como de commu-
nicação por via aérea, de accordo com a legislação respe-
ctiva, respeitados quaesquer direitos anteriores; e mais a
preferencia tambem sobre os lotes devolutos marginaes a
essas estradas, de que necessite para completar a concessão..
VIGESIMA. O concessionario ou as companhias ou
emprezas que organisar ou a que transferir a presente con-
cessão, promoverão a introducção do numero necessario de
trabalhadores, de preferencia nacionaes, podendo tambem
localisar colonos e immigrantes estrangeiros, e tendo o di-
reito de contractar mecanicos., artifices e empregados e ope-
rarios de qualquer natureza, como melhor lhe convier.
VIGESIMA PRIMEIRA. Ao concessionario ou com-
panhias ou ernprezas a que for transferida a presente con-
cessão ficam assegurados todos os favores das leis em vigor,
relativos ao beneficiamento e utilização industriaes das ter-
ras concedidas e seus productos e quaesquer outros favores
que para o mesmo fim venham a ser concedidos a outrem,
ou creados por leis do Estado.
VIGESIMA SEGUNDA. O concessionario e ditas em-
prezas ou companhias gosarão do direito de desapropriação
por necessidade ou utilidade publica de todas as terras ne-
cessarias ou uteis para incremento dos fins da presente
concessão, assim como de quaesquer utilidades ou bemfei-
torias nellas existentes, tudo na fórma da legislação em vigor.
VIGESIMA TERCEIRA. Para effeito da fiscalisação
dos interesses que tem o Estado na presente concessão, fica
adoptado o exame das contas e balanços, por auditores 4( au-
ditor, chartered accountants na fórma usada pelas empre.-.as
g,.companhias norte-americanas e inglezas, devendo para esse

.128
fim o concessionario ou cornpanhias ou
einprezas.a que fOr
transferida a presente concessão, submetter a taes auditores
suai ,contas e balanços, pela maneira
usual a respeito das
Companhias e emprezas congeneres,
nar no Brasil. autorisadas a funccio-
V1GESIMA QUARTA. As companhias ou emprezas
a que seja feita pelo concessionario a transferencia
da pre-
sente concessão, no todo ou em parte, serão
constituidas
em condições de perfeita idoneidade financeira, para
chimento dos fins desta concessão, a juizo do preen-
governo e de-
vidamente autorisadas a funcciona no Brasil
as constitui-
das no estrangeiro, sujeitas a todas as leis federaes
tado e aos tribunaes competentes da Republica. e do Es-
VIGESIMA QUINTA. A presente concessão será su-
jeita á ratificação do Congresso Legislativo do
Estado, na
sua proxima reunião, para approvação definitiva de todas
as clausulas que o Poder Executivo do Estado mio é por si
só competente para conceder ou autorisar.
VIGESIMA SEXTA.Ø concessionario ou a cornpa-
nliia ou companhias ou emprezas a que for
transferida esta
concessão poderão, independentemente da presente conces-
são, exercer qualquer outra actividade, industria
ou com-
mercio, notadamente bancario, de compra e venda, de coin-
misseies e consignações, e importação e exportação,
transpor-
te maritimo, fluvial e terrestre, podendo tambein
contra-
ctar com o governo da União, dos Estados ou dos
Municipios,
ou executar de conta propria a construcção de estradas de
ferro, estradas de rodagem, campos de aviação e meio de
transporte aéreo, por apparelho de qualquer natureza,
ções e linhas de telephones e telegraphos maritimos, esta- sub-
fluviaes, terrestres e sem fios ou radiographicos, nos ter-
mos das leis do Brasil.
VIGESIMA SETIMA. O não cumprimento das obri-
gações impostas no presente contracto, em virtude da
opção
por praso de dois annos, importa em caducidade iminedia-
ta da concessão sem estrepito judiciario, nem direito á in-
deinnisaç5.o.
VIGESIMA OITAVA. O concessionario ou compa-
nhias e emprezas a que transferir esta concessão, obrigam-
se a adoptar o arlarainento para solução de qualquer di-
vergencia com o governo do Estado, e, em toda eventual ida-
de, a subinetter-se :is leis do Brasil e is decisões ou senten-
ças dos respectivos tribunaes competentes, adoptando
como
f*.ro o desta Capital.
Não queremos encerrar este capitulo, sem o registro
da feliz coincidencia de ter recahido, ainda agora, sobre a
região tapaionica, a preferencia de cidadãos norte-ameri-
canos, região onde se abrigaram algumas familias, retiradas
de seu paiz por força dos acontecimentos da guerra de
seccessào.

129
Cosserasky Fukuara
Estio em bom andamento as negociações tendentes âintro:
duo* do capital e do braço japonez em nosso Estado. Du-
rante todo o nosso periodo de governo fizemos .especlaes
forças por %it- encaminhada essa corrente de raça. intelligente
laboriosa que, ao Sul do paiz, coni tamanhos resultados, foi
attrabida. Numerosas as visitas de representantes nipponicos,
desde a que, em 1926, nos fez o ilustre embaixador Tatsuke,
como os representantes da Kartegafuchi Company, até a de
jornalistas, scientistas, representantes commerciaes, enviados te-
chnicos, que percorreram o Estado em observações e estudos.
Como já foi referido, os representantes japonezes prefe-
riram as terras do rio Acará e Guamá e levaram opção do governo
para dellas se utilizarem, no praso de dois annos. Noticias muito
auspiciosas informam a incorporação, sob os auspicios do go-
verno japonez, da Cotnpanhia-Japoneza para a Amazonia, com
capital de 30 milhões de yens, estando já subscripta quan-
tia equivalente a mais de 8.000 contos de nossa moeda.
Os representantes laponezes adquiriram grande área de
terras de agricultura na E. F. de Bragança, districto de Cas-
tanhal, onde foram recebidas as primeiras familias de colonos.
E' de acreditar que, dentro de breves dias, o Pali esteja
sob a acção de mais esse valioso contingente de trabalho, para
seu. desenvolvimento economico.

Companhia Infelizmente esta importante companhia ingleza de mine-


New Consolidated
Gold Fields
ração, á qual haviamos concedido, por opção, pelo praso de dois
Limited annos, um milhão de hectares de terras no municipio de Mon-
tenegro, após estudos e inspecções, resolveu devolver, sem ne-
nhuma reclamação, a concessão que lhe fôra feita, do que lavrou
o governo o competente acto, ficando, assim, restituida, inte-
gralmente, ao patrimonio do Estado, toda a área concedida.

Outras Concessões
O concessionario Arthur Maria Schindelar, que obteve,
em 1923, uma concessão de 700.000 hectares, nos termos da Lei
n. 2.266, nada tendo feito para a introducção de colonos, vim
entretanto, solicitar prorogação do praso de opção. Achamos
de bom aviso, antes de deferir o pedido, fazer que o con-
cessionario determinasse as zonas de terras devolutas onde
se proponha fazer a colonisação, pois o primitivo contracto
achava-se em termos vagos. Com essa necessaria modificação,
despachamos favoravelmente a prorogação pedida, que está na

130
Directoria .de Terras, para os tramites devidos,
sendo indicadas
zonas na região do rio Ginn* entre Irituia e Ourém
e no.
Tocantins, municipios de Baião e Conceição.
--A concessão dada em 1924 ao dr. Ildefonso
Albano,
250.000 hectares, entre os municipios de Irituia
e Sic) Domin-
gos da 136a-Vista; 25o.00o hectares no
municip;o de Itaituba
e. 200.000 hectares no municipio de Santarem,
ainda conti-
núa em ser, tendo o concessionario
pedido prorogação do
praso.
--As concessões de pequenas áreas, no municipio de
Juruty, dadas aos drs. Antonio Joaquim da Silva
Rosado e
Miguel Pernambuco Filho e
Antonio Manoel de Barros Ju-
nior, constituirarn-se na Empreza
Industrial Agricola Limi-
tada, á qual foram aquellas concessões
transferidas, achando-
se em bom funccionamento a usina de distillação de
essencia
de páu rosa, ahi installada.
--A Industrias Reunidas A. Pinheiro Filho & Comp.
Limitada, grupo de capitalistas paraenses, que nesta
capital
tem varias fabricas, está empenhada em alargar os seus traba-
lhos na industria do assucar, em grande escala.
Essa firma requereu ao governo a concessão de
3oo.000
hectares de terras devolutas, no municipio de S. Domingos da
Beia-Vista, nos fundos das terras particulares pela
mesma ad-
quirida, da antiga fazenda e engenho aAproaF.,7a». onde
vae
montar uma grande usina de assucar. Concedemos, acredi-
tando que essa iniciativa abrirá horisontes muito
auspiciosos
á industria assucareira, que se Ode desenvolver vantajosa-
mente em nossas terras.
---A anterior concessão de roo.000 hectares de terras,
no Xingú, ao dr. Frederico da Gama e Abreu, foi transferida
á Companhia de Plantações de Borracha.
--Ha, em andamento, na Secretaria Geral e Repartição
de Obras Publicas, outros requerimentos, que visam a conces-
são de grandes áreas para emprezas de vulto, nos moldes dos
pianos do snr. Henry Ford.
Mandamol-as sempre examinar. escrupulosamente, visan-
do a idoneidade das firmas ou syndicatos requerentes, isto na
simples opção, redobrando ainda de cuidados, quando tenham
de ser dadas em definitivo, de sorte que poderão ser ainda
mais esmerilhadas poi quem nos tenha de succeder, ou pelos
srs. congressistas, em outras reuniões.

131_
A ImaaIgratie
Um. dos pontos de nosso programma de governo mais
difficil de executar, sempre nas pareceu, com fundada razão,
o de attrahir immigrantes para o nosso vasto, mas deshabita-
do territorio. Não dispunhamos dos largos recursos moneta-
rios que outros Estados empregam, com mão abençoada e pro-
diga, nesse serviço. Esse embaraço, comtudo, não nos atou os
braços e, como nit) pudessemos emprehender a chamada di-
recta de colonos, procuramos estabelecer uma modesta propa-
ganda, em que aproveitamos apenas metade, ou menos, das
percentagens, destinadas, pelas intendencias, aos seus procura-
dores, entidade que desappareceu, durante o nosso governo.
Mesmo em escala pequena, não deixou de produzir effeitos
salutares essa nossa deliberaçãO..E' assim .que a ultima men-
sagem do exmo. st. dr. Washingión Luiz, fazendo referencia
ao assumpto, mostra a nossa situação, na Republica, como
estando em 30 logar das regiões procuradas por immigrantes
estrangeiros.

Illuseu kg ri cola
e Commercial
Não podemos calar, nesta nossa ultima mensagem,
referencias especiaes ao serviço de propaganda, que
presta, ao nosso Estado, o Museu Agrícola e Commer-
cial, mantido, no Rio, pelo alto senso pratico do illus-
tre sr. dr. Lyra Castro, que com tanto criterio e saber
dirige o Ministerio da Agricultura.
A superior orientação, que imprimiu a esse de-
partamento do Ministerio referido, o sr. dr. Delphim
Carlos da Silva, especialisado em assumptos econo-
micos, tendo exercido, dentro e fóra do paiz, as mais
importantes commissões, tornou-o verdadeiramente
modelar, como ponto precioso de informações sobre
todos os Estados da União.
A secs.ão paraense está entregue ao desvelo e ao
cuidado de nosso representante ahi, Sr. commendador
Jay-me Abreu, alto funccionario da Fazenda do Estado;
que defende e propaga todos os nossos productos,
informando de todas as possibilidades de nossa terra,
industria e commercio.
Tão util tem sido a actividade desse funccionario,
na propaganda referida, que seria de justiça que os
srs. congressistas legislassem sobre a creação do logar,
com uma remuneração condigna.
132
E' com prazer, pois, que levamos
ao vosso co-
nhecimento essas informações,
tanto tem o Museu
Agricola e Commercial
servido aos interesses do
Para.

Em nossa mensagem de 1926, demos Quest*, de limites


informações
detalhadas dos esforços, que empregamos, desde
os pri-
meiros dias de governo, para a defeza
dos altos inter-
esses do Estado, na questão de limites
com o Ama-
zonas.
Continuamos a considerar assumpto merecedor de
cuidados especiaes e acção segura e vigilante,
dada a
importancia do pleito, no qual estão cm jogo
direitos
jamais contestados ao Para, com documentação
forte
e indestructivel, que não lhe permitte qualquer resul-
tado prejudicial. Nossa assistencia
e empenho não
dirninuiram, não esmoreceram, nem
poupamos recur-
sos materiaes e trabalhos technicos para bem
appare-
lhar a defeza desse trecho de nossa terra.
Sob nossa presidencia muito trabalhou
a commis-
são, que formamos, para tratar especialmente
do caso,
composta dos drs. Samuel Mac-Dowell, Deodoro
Men-
donça, Avertano Rocha, Alfredo Sousa, I lenrique Santa
Rosa, Palma Muniz e Raymund° Vianna. Com o la-
mentavel desapparecimento do ,ir. Carlos Peixoto,
que, com o dr. Prudente de Moraes Filho, era patro-
no do Estado, na questão,.convidamos para substituir
aquelle, o dr. Samuel Mac-Dowell.
Grande é a copia de documentos antigos, do maior
valor probante, reunidos pela commissão, contando-se
manuscriptos, memoriaes, mappas e indicações que,
cuidadosamente authenticadcs, uns, photographados
outros, estão em devido encaminhamento.
E esse trabalho de reorganisação de documentos
se tornou mais necessario por ter grande cópia d'elles,
reunidos pelo dr. Alfredo Sousa, sido extraviada, a
quando da remessa ao sr. dr. Carlos Peixoto.
O saudoso dr. Palma Muniz dirigiu, pessoalmente,
em com missão do governo, o levantamento topogra-
phico de toda a zona litigiosa, trabalho de absoluta fé,
pela observancia scientifica com que foi levado a ef-

133
leito. O mesmo distinct° profissicinal. presidiu con -
fecção de um fiim documentari° de toda a região, en-
icommendado pelo governo, constituindo nova prova,
inteiramente favoravel ao Pará.
Todo esse acervo encontra-se já no Rio de Janeiro,
,para onde seguiu em commissão o dr. Henrique Santa
Rosa, director de Terras do Estado:
_ A questão acha-se, depois da vistoria mandada pro-
, .ceder pelo Supremo Tribunal Federal e presidida pelo
juiz Moraes Mattos, em andamento naquella Suprema
Corte, sendo relator o exmo. sr. ministro Leoni Ramos.
O advogado do Para está munido de todos os ele-
mentos e recursos, elaborando o memorial para escla-
-recimento perante os srs. ministros julgadores.
Foi aberto credito para fazer face a essas despesas.
Da mesma forma, como nesse caso, as outras ques-
tões de limites estão sendo estudadas.

Rodovias
As idéas de progresso existem dispersas e latentes na men-
ialidade collectiva, só á espera de quem lhes possa imprimir o
impulso inicial.
Desde que Puricelli concebeu e tracejou a primeira rodo-
via, de Milão aos Lagos Lombardos, todo o mundo seguiu-lhe
o exemplo; a idéa das estradas existia em todos os pensamen-
tos, mas a concepção de uma estrada adequada á circulação de
auto-motores, é que só elle a teve, pela primeira vez.
Assim, em nosso paiz, a idéa das bôas estradas, a politica
das «estradas para todas as horas do dia, para todos os dias do
anno, por toda a parte», foi inaugurada pela visão patriotica
do dr. Washington Luiz, eminente presidente da Republica, e
por occasião de apresentar á nação o seu programma de go-
verno, e que já havia realizado em S. Paulo.
No Pará, as estradas de rodagem têm que obedecer á ori-
entação do nosso systema fluvial. E, comquanto tenhamos, no
Estado, uru desenvolvimento de nove mil kilometros em rios
navegaveis a vapor, em todo caso, as nossas proprias condições
de accesso aos nossos dilatados interiores estão a indicar .que não
pequenos são o numero e a extensão das rodovias que preci-
samos par: completar a nossa ride de caminhos naturaes, seja
internamente, seja em communicação com os Estados vizi-
nhos, principilMente Goya,. Mafto-Grosso.e Maranhão.

134_
" 44.1guidai-èitradas de real.prOveito eiscem já entregiks ao
(ttáfig. de:. into-moiores, eMprehtndidas peias
.Ciiialidádes de Belein e dó interior, outras ordenadas pelo go..
verno do Estado, outras, ainda, de iniciativa particular, &tibia
extentão total de cerca de quatrocentos kilometros.
t Todas de fins economicos, visando melhorar as nossis
communicações internas e abrindo novos escoadouros á nossa
prodtic.çió, vão prestando os mais. importantes serviços is po-
pulações do interior.
As pnricipaes rodovias em trafego sio : a) a de Belem a
Pinheiro e ao Curro Modelo do Maguary, com 25 kilornetros;
BelemSousaVal-de-Cães, Coin 12 kilometros; e) Belem
á Usina Maguary, 18 kilometrós; d) Santa Isabel a Vigia, 62
kilometros; e) Capanema a Salinas, 78 kilometros; f) Ourem
a 'fentugal, 27 kilometros; g) Itaboca a Porto Maui, no valle
do Tocantins, 38 kilometros; b) Victoria a Forte Ambé, no
alle do Xingú, 47 kilometros; i) Alemquer ao Alto-Curri.
(em construcção), 58 kilometros, além de outras pequenas
estradas municipaes ou de iniciativa particular.
A necessidade de outros caminhos en: diversos sentidos e
direcções é inadiavel. O interior é vasto e o transporte para os
portos fluviaes é difficil. Essa penetração tem, ineluctavelmen-
te, de ser executada, pois, não havemos de viver sempre uma
vida de povo a que tem bastado os recursos marginaes.
Nem por serem deficientes os nossas actuaes recursos fi-
nanceiros, deveremos deixar de continuar a exercitar a politica
das brias estradas, que, a nosso vér, constitue uma das mais
avisadas advertencias de patriotismo. O Estado, como o paiz,
precisa de bons caminhos.
E' necessario que doteis o Executivo de meios para orga-
nisação de uma secção, ao lado dá de Obras Publicas e Terras,
a qual se occupe, exciusivamente, desse assumpto, examinan-
do pianos e fazendo tragados.

Concluida a reconstrucção da E. F. de Bragança, para Estradas de Ferr,


que o Estado largamente contribuiu, tem-se procurado fazer o
que é possivel, não só para a conservação, mas para a conti-
nuação da E. F. do Tocantins. A superintendencia desses ser-
viços, que. continúa entregue á actividade vigilante do sr.
Cre_Spo de.Castro, em minucioso relatorio, que faremos
Chegar ao vosso conhecimento; expõe, amplamente, tudo quan-
to se ha feito até aqui.
A direcção. da E. F. de Bragança acha-se entregue ao
dr.- Philignesio Penna .de Carvalho e a do Tocantins, ao
dr. Amyntas de Lemos, dando ambos desempenho habil e
satisfatorio is suas inacções.
Nos insignificantes desastres havidos, no decorrer do pe-
riod°, de que tratamos, nenhuma morte houve a lamentar,
nem ferimento grave se registrou.
Os generos produzidos têm-se escoado, normalmente, pro-
curando o perto de embarque e outros a que se destinam.
Continuam no exercicio da fiscalisação federal, neste
district°, os srs. drs. Antonio Avilla e Gordilho de Castro,
que alliam a competencia á probidade profissional. Severos
cumpridores dé seus deveres, defendem os direitos da União,
sem criarem embaraços aos do Estado.

NavegaçAo do Estado O Estado contimla apenas com a responsabilidade da li-


nha de navegação entre esta Capital, Pinheiro e Mosqueiro.
A direcção do .serviço, por felicidade nossa, entregamos á
Amazon River que, por seu digno gerente, dr. Guilherme
Paiva, e activo superintendente, deputado Alberto Autran,
dois paraenses, que procuram elevar o bom nome de sua terra,
a exerce, gratuitamente, com intenso proveito para o Estado.
Quem viage para esses pontos, e é grande paite de nossa
população, pode attestar a maneira correcta por que a attende.
Rigorosamente fiscalisada, essa linha, pode-se dizer, que
equilibra a sua receita com a despesa, o que mais nos leva a
firmar a idéa, de que, para os rios mais proximos e depois,
para os mais longinquos e de menos frequente accesso,
deve o Estado manter navegação sua, assim que possa. Não
a vantagem do lucro, que se deve ter em vista, mas a do ba-
rateamento do transporte, em proveito do nosso desenvolvi-
mento economic°, no interior.

R adio-telegraphla A grande e intrincada rede potamographica, que


serpeia o nosso Estado, sempre nos trouxe a extranha
noção de que habitavamos um trecho do globo terra-
queo, facilmente accessivel, qualquer que fosse o ponto
visado.
A realidade, comtudo, para quem intente percor-
rei-a, por simples prazer ou por imperiosa necessidade,
6 bem outra.
136
E silo do conhecimento vulgar as difficuldades de-
paradas pelo commercio para que se comrnunicasse
com alguns municípios do Estado, servidos de rios en-
cachoiirados uns, outros de escassas aguas, em certa
época do anno.
E' claro que por ah i existem populações
laborio-
sas, productoras de vulto, que muito concorrem para
a economia paraense. Não era justo que continuassem
segregadas do nosso convivio, parte que são de nossa
gente.
De que recursos não precisavam de lançar
mão para
chegar até nós ?
A's vezes, mais depressa lhe vinha a correspon-
dencia, despachada via sul, do que directamente expe-
dida para Belém.
Não era possivel continuarmos nessa indifferença,
e foi procurando derivar toda a nossa actividade para
estabelecer a unidade de proposito em prol do engran-
decimento do Pará, que nos induziu a incentivar a
adopção da radio-telegraphia nessas paragens, propor-
cionando-lhes o possivel auxilio.
Acham-se já montadas e funccionando as seguin-
tes estações: Alcobaça, estação de onda media.
Altamirao transmissor é typo Harteley, usando
valvula Radiotron U. V 203 A. A corrente anodica
de L000 volts., fornecida por um dynamo motor Escod
o,L75 amperes. A corrente de filamento é fornecida por
acumuladores Varta.
A estação dispõe de um receptor para ondas de
to a too metros, circuito em Neinartz, detector e dois
estagios de ampliação de baixa frequencia e de outro
receptor para ondas de too a 5.000 metros, com tres
estagios de ampliação em baixa frequencia, empregan-
do resistências capacidade. As valvulas receptoras
são todas U X 201 A. A estação dispõe de Rheostato
para reduzir para iIO volts a corrente de 220 volts da
rede de illuminação da cidade e que acciona o dynamo
motor. Antena é Hertz, tendo 18 metros de compri-
mento.
SoureO transmissor e o receptor de ondas cur-
tas são eguaes aos de Altamira. A corrente para o dy-
namo motor é fornecida por um gerador Siemens de
137
uq ;yolts,' lop, Watts,. acclonado pot' ,I.1511 motor novo
qual consome
4.0 , a .cava 119p ,
....; Itaituba.O transmissor.e:o receptpr *9. pguaes ao
PreCedente. A corrente para-accionar,o dynamo; motor,
é fornecida por urna bateria Varta de 140 amperes,,,
32:volts. A energia para conseguir essa bateria é for-
necida.pelo serviço de illuminação .da .cidade.
MarabáO transmissor eo receptor são .eguaes aos
precedentes, porém a valvula empregada no primeiro
é de 75 Watts. Marca Valvo. Energia para o dynamo
motor é fornecida por um gerador de 950 volts, accio-
nado por um pequeno motor de explosa.
Conceição de Araguaya--Egual em tudo á prece-
dente.
Em construcção e egual á de Itaitubá, acha-se a de
Cachoeira, na Ilha do Marajó.
Encontram-se em estudos e projectadas as seguin-
tes: Fáro, Obidos, Cametá, Oriximiná, Montenegro e
Mazagão.
Só podem avaliar os beneficios de. muitas dessas
estações, aquelles que não se podiam, ás vezes em tres
e mais mezes, communicar com suas familias e ami-
gos e com o commercio, no supprimento de suas ne-
cessidades, tal os obstaculos offerecidos aos meios de
transporte, em certos pontos: arriscados,
Até aqui esses trabalhos foram executados pelo
illustre engenheiro Antonio Sampaio, que a nosso pe-
dido, despendeu a sua rara actividade e valor technico,
na execução dos citados melhoramentos.
Nalguns desses, teve a auxilial-o o dr. Roberto
Camelier, habil amador technico desta. especialidade.
Para cada estação, dispoz o'Executivu a somma de
15:000$000.
Os municipios, ou por si, ou amxiliaclos pelo Es-
tado, contribuiram com aquejlas sommas; ficando de
pagar ainda o ordenado do telegraphista, na combina-
.ção precaria que estabelecemos com aquelle engenheiro,
Ainda concorrem aquelles munitipios, dando as
skies para as suas respectivas installações.
*.* ;

.Estação radio-tran.smissora (Broadcasting). Com;-


:mettemos á sociedade Radio Club do Pará a incum.
138
bencia da organisação deste util
melhoramento, sob o
ponto de vista educacional e commercial. Por
esta
Sociedade foi encarregado do posto
technic° o Sr. dr.
Roberto Camelier.
Os trabalhos já vão adeantados, tendo
conseguido
a estação ser ouvida no Amazonas, Acre, Ceara
e Ma-
ranhão, em alto falante.
Devido á falta, sensivel, de
radiotelegraphistas,
em todo o Brasil, e por serem solicitados os seus ser-
viços em novas installaOes,
resolvemos auxiliar, ma-
terialmente, a escola de radio-telegraphia, que funccio-
na no Radio-Club.

Ao zelo administrativo e á clara visão de Pesquisas de petroleo


nosso preclaro
coestadano, exmo. sr. dr. Lyra Castro, esclarecido
actual mi-
nistro da Agricultura, tanbetn não escapou
a necessidade de
pesquisar o solo paraense, is margens tapajonias.
em busca de
jazidas provaveis de petroleo.
Segundo a opinião conceituada do grande
e saudoso geo-
logo brasileiro, Gonzaga de Campos, no Brasil, onde havia maior
probabilidade da existencia de petroleo e hulha, era na bacia do
Amazonas, em consequencia das convulsões systnicas
operadas
nos Andes e na cadeia de Tumuc-Humac, dando em resultado
o sepultamento de. varios tractos de florestas.
Orville Derby, White, Coudreau e Katzer, em ulteriores
observações e estudos, examinando chistos
betuminosos e
arenitos, dos valles amazonicos, accresceram elementos de
con-
firmação ás affirmativas do naturalista referido.
Os trabalhos ordenados pelo Ministerio da
Agricultura,
dirigidos pera competencia do dr. Avelino Oliveira, ainda mais
accentuam a provavel presença de petroleo, em solo do Pará.
Perfurações insignificantes, que andam por mais ou menos 200
metros de profundidade, já accusam a presença de agua sal-
gada, e de gazes, de que se servem os seus operarios
para a
illuminação nocturna. Ora, é natural que, com instrumentos de
maior alcance, logremos obter essa materia prodigiosamente util,
capaz de garantir a riqueza patria, como de dar illuminação
ao rancho de palha do morador ribeirinho, como movimento
ao carro mais luxuoso. Além disso, concorre para a Facilidade
de transportes, nos carros-motores, o que é
seguro exito do in-
cremento de, nossa producção.

139
Geologin do Para (I( ils,10 '
f kettle!' mótnent(i,"em gin 'ie,procura.thão somenie
descobri r ilfamado,.produito, de .que -oos,occupaioos, ,mas
ainda -de distinguir terras para as varias culturas, pareceu-nos
de ittestimavel valor a traducçio do livro «Geologia do Paris,
do -notavel naturalista allemão, Frederico Katzer, que morte
prematura-roubou á sciencia e ao nosso Museu, onde dera o
contingente valioso de seu profundo saber.
Incumbimos da traducção a Frei Hugo Menz, da missão
do rio Cumrti, no Alto Tapajós, tendo o dr. Avelino Oliveira
examinado a parte scientifica e addicionado os mappas que
illustram o livro precioso.
Providenciou sobre a impressão da obra o sr. dr. Crespo
de Castro.

Colon's Seja-nos permittido uma referencia á fundação do Cenzro


Ingle% de Sousa
Agricola Inglez de Sousa, que a visão patriotica de nosso
eminente conterraneo, exmo. sr. dr. Lyra Castro, actual
ministro da Agricultura, fez installar, em maio do corrente
anno, em Monte-Alegre.
Conhecedor e amante do seu Estado, escolheu o ponto
que melhor attenderia ao fim almejado concorrer para a
effectivaçâo do programma de governo do exmo. sr. dr. Was-
hington Luiz, no fomento da producção nacional.
E não parou na costumeira commissão de estudos, mas
já se acha em activo e franco trabalho, dê sorte que, dentro
de poucos mezes, o Centro ficará apparelhado para receber
centenas de obreiros, que só esperam o momento opportuno
para se localisarem na nova Colonia, destinada a ser um dos
maiores celleiros do Estado, pela fertilidade do solo e benigni-
dade do clima, sob o qual podem viver nacionaes e estran-
geiros. Já se acham concluidos perto de t8 kilometros de rodo-
vias, como tambem já se encontram ali farnilias localisadas. A
chefia da cotnmissão foi entregue á competencia technica do
engenheiro Alvaro de Albuquerque, que não tem poupado
esforços, no sentido de corresponder á confiança que inspirou
ao titular da pasta referida.

Povoamento Como se vão desenvolvendo os serviços de colonisação,


o governo federal creou uma Inspectoria do Serviço de Po-
voamento, no Estado, a que tambem se acha ligado o serviço
de immigração estrangeira, sob a zeloza direcção do sr. dr.
Deocleciano Sousa.

140
Seu relatorio, na estatistica, que o
acompanha, reproduz
a informação que o exmo. sr. presidente da Republica
trans-
mittiu 20 Congresso Nacional, de
que o Para occupa o 3°
Jogar, entre os da Federação, pelo
numero de immigrantes, o
anno passado.

A Delegacia do Serviço do Algodão no Pará Serviço do Algodio


foi inspe- no Par*
ccionada em 1925, pelo dr. Oldemar Murtinho,
do Gabinete
do Ministro; em 1926, pelo dr. Alpheu
Domingues, Delegado
do mesmo Serviço no Est2do da Parahyba do Norte;
em 1927,
pelo dr. Jacyntho Manos, Inspector Agricola do
Estado do
Rio e dr. José Maria Fernandes, Chefe do
Serviço Federal de
Classificação do Algodão. Manteve sempre
com o governo do
Estado perfeita harmonia de vistas no desempenho
de suas in-
cumbencias, tendo, de nós, recebido toda assistencia.
O fomento da cultura algodoeira no Estado,
que está con-
fiado a esse SerViço, tcm consistido em
Distribuição de semerztes.--E' uma das attribuições do
Serviço, o contrôle da semente e sua distribuição.

Em 1925
A Fazenda de Sementes «Augusto
Montenegro» forneceu de se-
mentes seleccionadas ....... 2.238 kilos
A Delegacia do Algodão adquiriu 19.000 »
Recebidas de c'Llo Estado ....... 20.409 ,
41.647 kilos
Particulares :
Uzina Tauary 1S.000 kilos
Teixeira & C'... ............... 15.000
Teixeira & Prado 7.000
M. F. Gomes 6.000 46.000 kilos
Total geral 87.647 kilos
Em 1926:
Da Fazenda 'Augusto NIontene-
gro, 3.000 kilos
Adquiridas pela Delegacia do Al-
godão 25.000
Recebidas de c/do Estado...... I 2. r3o 40.130 kilos
Particulares
37-400
Total geral. 77.530 kilos
141
Em 1927:
Da Fazenda *Augusto Montene-
gro* . . 4.760 kilos
Adquiridas pela Delegacia do Al-
godio.... . t6.000
Recebidas de c/do Estado 18.86o 39.620 kilos
Particulares ........ . 42.000 »

Total geral . ....... 81.620 kilos


Em 1928:
Da Fazenda (Augusto Montene-
gro» 2.900 kilos
Adquiridas pela Delegacia do Al.
godão 15.mo »
Recebidas de c/do Estado 11.400 » 39.300
Particulares 39.920
Total geral 79.220 kilos

A Delegacia do Algodão tem procurado generalisar a pra-


tica do expurgo prévio das sementes destinadas ao plantio.
Varias uzinas descaroçadoras já adoptaram em seus esta-
belecimentos installações adequadas, por suggestões da reparti-
ção do Algodão.
A mais grave dessas pragas, para nós, continúa sendo a
lagarta rosada, cuja persistencia activa se deve aos proprios la-
vradores indiferentes aos conselhos officiaes de supprimirem
e queimarem os velhos algodoaes, exgottados e abandonados.
O governo do Estado notificou ás autoridades policiaes do
interior a conveniencia de compelliren3 os lavradores, sob sua
jurisdicção, a cumprirem essa exigencia regulamentar das leis
estaduaes referentes ao Serviço do Algodão.
O Estado vem praticando verdadeira assistencia fiscal de
repressão ás fraudes do algodão, sujeitando os despachos de
importação e exportação ao contrôle da Delegacia do Algodão.
O beneficio, d'ahi decorrente, se positiva na ascenção do typo
commercial do nosso algodão regional, que passou do typo 7
ou 5 ao typo 3 pela classificação federal.
ESTATISTICA

1925 Produc0o: Janeiro a Dezembro.


Algodão em pluma.. 1.270.322 ks.
Sementes de algodão 2.137.623 ks.

3.407.945 ks.
142
Exporksoio: Janeito a Dezembro.
Algodão em pluma 1.371.1o6 ks.
Valor oficial
Imposto pago 3.285:450040
Linter de algodio 265:8638254
1.730 ks.
Valor official...
Imposto pago.. ..... 2:2958000
Caroço de algodão 19$425
814.297 ks.
Valor official.
Imposto pago ...... 240:8928010
22:2525067
1926 Prodwção: Janeiro a Dezembro.
Algodão em pluma.. 1.178.765 ks.
Sementes Cle algodão 2.079.942 ks.

3.258.707 ks.
Valor official...
1.880:.109$550
Imposto pago.. .
88:677631
Exportação: Janeiro a Dezembro.
Algodão em pluma 1.ot8.SS3 ks.
Limer de algo.ido 1. S6 ks.
Valor official..... 2.300:921$300
Imposto pago.
277:505696
Sementes de algodão 1.243.370 ks.
Valor official
33(;:1838900
Imposto pago
33:794:3999
Oleo de al.:odão to.o65 ks.
Valor offizial...
17:793$73n
Imposto pago.. .. 77S2O1
1927 Producção: Janeiro a Dezembro.
Algodão em pluma 1.216.197 ks.
Sementes de algodão 2.231.740 ks.

3.447.937 ks.
Valor official. 2.137:883$977
Imposto pago 338:9558508
Exportação: Janeiro a Dezembro.
Algodão em pluma 1.082.464 ks.
Valor official 2.980:7018000
Imposto pago 287:1178405
Sementes de algodão 1.166.718 ks.
Oleo de algodão 91.862 ks.
Residuos . 131.747 ks.
Valor official. 405:61544634
Imposto pago. 13:114804
143
1928 Producção: Jatteirti"eSlho:
Algodio em plums.: 128.965
Seuiefitis de algodão 568.869. ks.
897.834 ks.
Valor official-- 7430163070
Imposto pago.. . 23:8473147
Exportação: Janeiro a Julho.
Algodão em pluma 328.965 ks.
Valor official. .. 1.054:6073200
imposto pago. 86:891$147
Linter de algodão 28.695 ks.
Valor official. 13:900$000
Imposto pago ..... 1103618
Oleo de algodão 19.896 ks.
Valor official ...... . 43:0938000
Imposto pago 222$513
Residaos 20.574 ks.
Valor official 3:0683100
Imposto pago.. 1038861

Novas variedades de sementes de algodão foram em 1928


importadas dos Estados-Unidos para ensaios nas faundas do
Serviço.

Balancete das importancias com que o governo do Es-


tado do Pará contribuiu para a execução do Serviço do Al-
godão, durante o periodo de janeiro do anno de 1925 até
agosto de 1928.

1925.Importancia recebida na Delegacia Fis-


cal por conta do deposito alli feito 45:0008000
Impottancia despendida durante o anno,
em compra e concerto de material e pa-
gamento de pessoal assalariado 1.9:2138017
Saldo recolhido á Delegacia Fiscal con-
forme guia n. 1.357, de 15 de maio de
1926 25:7868983
1926.Importancia recebida na Delegacia Fiscal
(saldo de 1925) e applicada em despe-
sas diversas do Serviço, durante o anno 25:7868983
1927.Importancia. recebida, em tres parcellas,
do Thesouro do Estado nos mezes de
maio e dezembro clue foram applicada
em diversas despesas do Serviço, duran-
te. o anno 25:0003000

144
1928.Importaneia recebjddo Tbesouro . do
Egad° diI 29 de maio deste anno e que
;." foi applicada em diversas despesas deste
Serviço
15:0008000
RESUMO DAS IMPORTANCIAS RECEBIDAS AT
A PRESENTE DATA
Em 1925: . .... 19:2138017
Em 1926
25:7868983
Em 1927. 25:0008000
Em 1928 (até agosto) 15:0008000
Total despendido . ..... .. 85:0008000
Por onde se vê que o Estado cumpriu com exactidão o
contracto com o governo federal para a execução desse ser-
viço.
41.-
Balancete dos despendios feitos pela verba federal durante
os annos de 1925, 1926, 1927 e janeiro a julho de 192S:
1925.Pago a seis funccionarios titulados e de
uma Delegacia e de duas Fazendas de se-
mentes, em doze mezes 33:0788891
Pago por sala rios de trabalhadores e ope-
rarios 11:7708455
Pago por diversas contas de transporte,
compra e concerto de material. 12:6978890
Pagos por diversas despesas cneudas 1338000
Somma total 57:6808236
1926.Pago a seis funccionarios titulados da
Delegacia do Serviço e de duas Fazendas
de sementes 34:442$840
Pago de ajuda de custo a dois funcciona-
rios 3:1508000
Pago ao pessoal assalariado de duas Fa-
zendas de sementes 68:7018238
Pago despesas de transporte, compra e
concertos de material 9:9208180
Pago por diversas despesas naeudas 8158000
Som ma total 117:0298258
1927.Pago ao pessoal titulado, operariado e
trabalhadores do Serviço 95:9798037
Pago por diversas despesas de compra,
concerto e conservação de material 4:0208963
Somma total......... ... 100:0008000

145
1928 (janeiro a julho).Vencimentos de seis
funccionarios titulados das duas Fazen-
das de sementes e de uma Delegacia.... 32:170$000
Salarios do pessoal operario e trabalha-
dor das duas Fazendas de sementes... 18:000$000
Despesas telegraphicas, transporte de pes-
soal e de material **** OOOOOOO 480$000
Despesas de compra, concerto e conser-
vação de material do Serviço 3:370$000

Total despendido em 7 mezes 54:020$000

Hygiene
. Para os serviços sanitarios publicos concorrem, conjuncta-
mente, em Belem, a União, o Estado e o Municipio, cada qual
mantendo uma Directoria e um corpo de profissionaes, cons-
tante de medicos, chimicos, enfermeiros e praticos.
As outras municipalidades são attendidas pela Prophyla-
xia Rural, de par com elementos estaduaes, e por medicos par-
ticulares, contractados para esse effeito.
Estas informações, entretanto, reportam-se especialmente
á Directoria Geral do Serviço Sanitario do Estado.

Serviço No periodo do ultimo anno, de que nos vimos occupan-


Sanitario do Estado
do, foram boas as condições sanitarias. Basta ver que nenhuma
das molestias infecto-transmissireis, de grande mortalidade,
incidiu sobre nossas populações. Menos de uma vintena de
casos de diphteria, com apenas quatro fataes, foram notificados,
todos tratados em domicilio, cotn assistencia da autoridade sa-
nitaria, que fez proceder a expurgo ou desinfecção das casas,
após o término da doença. Dessa forma, todos os annos, essa
molestia nos visita, sem grande violencia, pelo tempo chuvoso,
do primeiro semestre. Não apparece aqui com a violencia que a
torna apavorante em outras partes, de clima frio, com certeza
porque cede á acção bactericida, por excellencia, dos raios so-
lares.
As mesmas considerações adduzidas sobre esse morbus,
poderiamos applicar á febre typhoide, nas modalidades eber-
thinianas, typhica ou paratyphica, ainda com a verificação de
casos esporadicos de lethalidade.
As desynterias amcebianas e bacillares, que, ha um sexen-
nio atraz, faziam centenas de victimas pela virulencia de suas
parasitas, e lethalidade de suas.toxinas, desde o primeiro anr.o
de nossa administração, vêm diminuindo, sensivelmente, a
ponto de se as poder considerar extinctas, sob a forma epide-
Mica.
Um tal resultado foi possive;, em consequencia da queima
do lixo da capita! e mais com o melhoramento do serviço
de aguas, na sua captação e com a limpeza dos respecti-
vos reservatorios. Os quadros e graphicos estatisticos, offere-
cidos em annexos, dizem melhor, do que as nossas palavras.
A variola, desde 1926, seu ultimo surto, rapidamente ju
guiado, não mais entrou no Estado, não se deixando de fazer
a vaccinação, que, no ultimo anno, attingiu a 23.945
pessoas.
Felizmente, a vaccina é hoje acceita, sem reluctancia, pela
nossa população, de sorte que isso muito facilita a tarefa dos
medicos hygienistas. Actualmente, a Repartição entrega-se á
revisão das vaccinações e revaccinações, nos grupos escolares
e
escolas de Belem, como tambem lhes inspecciona os predios,
em que funccionam.
Visando resguardar o interior de qualquer surto variolico,
inesperado, tem,sido feita regular remessa de lympha vaccinica.
com a insistente solicitação, tão sómente, das listas, mas ou
menos completas dos vaccinados.
Aos logares mais accessiveis, foram enviados guardas sal
nitarios, que orientam essas applicações e a organisação de
quadros estatisticos.
A lympha, de que se ut..lisa o nosso Serviço Sanitario,
vem importada da Suissa, o que fizemos logo que se firencu a
certeza de que eram fracos os germens das de outras proceden-
das.
No quatriennio prestes a findar, até 30 de junho ultimo,
o total de vaccinações attingiu a 185.469 pessoas.
Sempre que se faz mistér e com real proveito para as po-
pulações, a Directoria tem enviado medicos para o interior.
Tambem o governo, para esse fim, se associa aos serviços fe-
deral e municipal, em uzil synergia, colhendo excellentes re-
sultados da experiencia e saber de seus praticos.
111,111.1
Pelo seguinte quadro, tx:trahido do oAnnuario Demogra-
phic° de São Paulo», fica demonstrado que o coefficiente mor-
tuario de Belem é muito mais baixo do que os de algumas
cidades do Brasil e do estrangeiro

147
CIDADES POPULAÇÃO Coaffidantes por
OBITOS 1.000 habitants.

BELEM . 194.423 3.238 16,65


Si() Salvador... .... ....... 320.000 5.522 17,25
Bello Horizonte ...... .. 73.619 1.228 16,68
Ribeirão Preto 69.983 1.233 17,61
Santos 141.368 2.492 17,62
Rio de Janeiro .... ...... 1.326.048 24.344 18,35
Botucatd.... ....... ...... . 32.94; 613 18,6o
Aracaid.. ..... ..... 40.00o 764 19,10
São Luiz 6o.000 1.230 20,50
Recife 320.000 7.936 24,80
Florianopolis..... ...... 41.338 1.032 24,96
Manaus.. ........ . ....... 59.189 1.522 25,71
Parahyba .. .... . ...... . 21.866 596 27,25
Victoria . .... .... ....... 53.00o 1.416 26,71
Fortaleza ....... ... . .... 78.536 2.289 29,14
Natal 30.000 983 32,76

Veneza 176.264 3.050 17,30


New Orleans........ 412.000 7.157 17.37
Le Havre 163.374 2.901 17,75
Assumpção. ..... .. ... 83.961 1.592 18,96
Capetown 191.020 3.638 19,04
Bordeaux 267.409 5.126 19,16
Saint E'tienne 167.967 3.377 20,10
Montevideo 361.849 7.584 20,95
Rouen 123.712 2.70; 21,86
Hong Kong 597.300 15.536 26,01
Santi2go. 534.159 15.909 29,78
Bombaim 1.220.120 37.959 31,11
Valparaizo 185.502 6.139 33,09
Mexico 615.637 20.488 33,27
Cairo. .... ...... 791.000 28.287 35,76

Conandssio Saneamento Rttrat-Funccionaram durante o anno,


de Saneamento
Rural
os seguintes postos ruraes : -Oswaldo Cruz, Belisario
Penna, Cypriano Santos, Mosqueiro e Pinheiro, na ca.
pital, «Carlos Chagas>, em Cametá- (Benedicto Fra-
de», em Igarapé.assú- «Lafayette de Freitas», em Bra-
gança-«Clementino Fraga», nas Ilhas, com sub-pos-
tos em Breves, Portei e Melgço : - «Lyra Castro>,
em Cachoeira: - «Gaspar Vianna», em Santarém e
«Arnaldo Moraes», em Alemquer. Além destes postos,
de caracter permanente, uma Commissão ambulante
148
serviu o anuo inteiro em Gurupi, Porto de Máz e
Prainha. Como se deduz dos respectivos boletins
men.
saes, o trabalho, nestes postos, não ficou restricto
a sim-
ples medicação contra paludismo
e verminoses, o que
já não seria pouco, mas accudio As
demais necessidades
sanitarias locaes, vaccinando Contra a variola, tratan-
do de syphilis e demais doenças
venereas, da bouba,
da lepra, etc.
Do success° logrado durante o anuo,
pode-se in-
ferir do quadro annex°, que resume
o inquerito levado
a effeito em dezembro de 1927, para verificar
O grao
de incidencia do paludismo. Atravez do
indice esple-
nico, pode-se ver que a endemia palustre
.-ein sendo
reduzida, de anno para anuo, tendo ji
attingido um
nivel muito inferior aquelle que esto Coinmissão en-
controu quando inaugurou os seas trabalhos em
1921.
No citado quadro, os indices mais elevados
cabem a
locaes onde só recentemente entrou a operar esta Com-
missão, Como em Livramento, Velha Timboteua e Por-
to Seguro, no municipio de Igarapé-assil; Breves, Por-
te' e Melgaço, onde só em principios deste anuo,
ereiro e março, foram installados sub-postos. Mas,
ainda assim, o effeito da medicação não deixou de se
fazer sentir logo, porque naquellas datas, fevereiro e
março de 1928, o inquerito preliminar realisado em
Breves, Portei e Melgaço, deu para estas localidades
um indice esplenico egual a 6r, 6o, 57, 70 e 38, 72,
respectivamente. Em Belem, aliás, onde o indice esple-
nico, em 1921, se elevava a 36, 5, no Souza, a 51, o, na
Pedreira, a 33, 3, no Mosqueiro, a mortalidade pelo pa-
ludismo, de acCordo com os dados publicados pelo Bo-
letim mensal de estatistica demographo-sanitario
Directoria do Serviço Sanitario do Estado, tem decli-
nado constantemente a partir de In25.
O meio prophylactic° empregado na lucta com o
impaludismo, foi principalmente chimico. Durante o
anno, consumiu esta Commissão 247.457 grammas de
quinina que foi ministrada sob a forma de comprimi-
dos, piiulas e injecções de soluto puro ou associado ao
azul de methyleno.
Em resumo, foi este o trabalho realisado pela
Commissão de Saneamento Rural, no Para, em 1927:
149
Pessoas matriculadas .. 53.402
Pessoas attendidas pela la vez 86.234
Consultas nos postos 39.747
Consultas nos domicilios 12.470
Vaccinações anti-variolicas.... ..... 10.789
Revaccinações . . ...... 3.668
Medicações ....... . . 277.735
Fossas construidas 1.129
Pantanos deseccados 8.000
Rios desobstruidos... ...... .. . ........ 3.496 »
Rios rectificados 5.983 *
Exames de laboratorio . . .......... 54.997
Folhetos distribuidos 5.215
Cartazes affixados ...... 535
Na secção Pasteur do seu laboratorio central, re-
ceberam tratamento anti-rabico 113 pessoas, tendo sido
confeccionadas 57.360 ampolas de quinina, soro toni-
c°, mercurio, chaulmoogra, tartaro emetico, azul de
methyleno, oleo camphorado, etc., na secção de hy-
podermia do mesmo laboratorio central.
Lepra e doenças Denereas.Nos dispensarios de
doenças venereas, matricularam-se durante o anno 3.236
pessoas, ascendendo a frequencia a 35.997. Fizeram-se
além de muitos outros exames, 2.052 reacções de Was-
sermann e applicaram-se 2.033 injecções de néo-sal-
varsan, 16.551 de mercurio e 2.144 diversas.
Até 30 de junho do corrente anno, tinham sido
recenseados, neste Estado, 2.385 leprosos, dos quaes
tinham fallecido até esta data, tambem, 537 e sahido
13. Nestas condições, existiam na referida data, nesfe
Estado, 1.835 leprosos dos quaes estavam isolados 640,
isto 6, 280 no Asylo do Tocunduba e 360 no Leprosario
do Prata, mais da terça parte, portanto, facto que sal.
vo erro, não se registra em nenhum dos outros Esta-
dos de grande densidade leprosa, da Confederação
No Leprosario do Prata, a egreja foi retelhada e pin-
tada, tendo-se, ainda, installado
.
no mesmo estabeleci-
mento, luz electrica, cosinha e lavanderia a vapor e re-
formado o abastecimento dagua.
Despesa.Com a Commissão de Saneamento Ru-
ral, foi despendida, durante o anno, a importa.ncia de
998:8308000, para a qual concorreram o Estado e a
União da seguinte forma :
150
SERVIÇO DE SANEAMENTO RURAL
União
175:0008000
Estado e Municipios 259:7501;000 434:750$000
LEPRA E DOENÇAS VENEREAS

União 282:540$000
Estado 282:540$000 565:080$000
-69-81E0 o-o-o

Com seus illustres collegas e demais auxiliares,


chefia este Serviço, o dr. Jayme Aben-Atliar,
conceitua-
do nome nas lettras medicas do paiz.

151
Commissfio de Saneamento Rural no Estado
do Parti
INTEPICE 1=hr....30/NTICI=o

1NQUERITOS PROCEDIDOS EM DEZEMBRO DE 1926 E 1927

lndice esplenico No Indio

Is
Paco Pessoas Quinina gaga
Menores Maiores
Geral me tl i o augnientado examinadas li I L 0 S
DIgtiCiPiOS 15 annos

1926 1927 1926 1927 1926 1927 1926 1927 1926 1927 1926 1927 1926 1927

BELEM 1.865 7.416 1236.°°v474.5'


Souza 10,26 5,58 9,70 5,07 10,70 5,91 0,22 0,07 2,10 1.41 575 2.651
Pedreira 1,60 0,76 1,11 00,08 2,16 00,06 0,04 0,01 2,40 1,60 GOO 2.602
Ladrio 23,75 7,50 28.26 7,78 19,90 7,31 0,23 0,10 1,50 1,38 400 1.200
Mosqueiro 15,62 3,13 'all 2,33 18,82 4,00 0,10 0,07 1,04 2,20 290 607
Pinheiro. 35,67 20,00 48,47 0,52 1,45 . 356

C.AM ETA. 487 1.778


C.amet.i 23,70 12.23 15,74 10,47 29,44 13,37 0,32 0,15 1,38 1,26 307 1.112
Interior do Municipio 21,00 12,90 24,63 0,38 1,39 100
Juaba 38,92 40,00 3839 0,56 1,46 . 167
Limoeiro 14,66 12,28 16,44 0,27 1,89 266
Carapaji, 6,86 5,55 8,00 0,12 1,75 233

IGARAPÉ-ASSÚ 300 1.823


Tgarapé-assii 10,00 3,25 5.41 1,54 12,09 4,85 0,14 0,06 1,40 1,84 100 400
S. Lua 4,16 4,67
3.70 0,05 1,33 100 216
Livramento 55,88 48,14
85,71 1,17 2,10 34
Nova-Timboteua 21,00 7,25 17,77 8,57 23,63 6,53 0,35 0,08 1,66 1,13 100 400
Taciateus 12,65 3,84 16,98 0,12 1,00 79
Peixe-Boi 5,:25 5,12 5,32 0,08 1,52 400
Velha-Timboteua. 38,61 40,35 47 7" 0,82 1.67 145
Porto-Seguro 38,25 47,45 32;22 0,73 1,73 149

BRAGANÇA 200 1.052


Bragança 14.00 3,33 6,45 4,00 17,39 2,93 0,42 0,05 3,00 1,75 100 GOO
Interior do Muni :pm 28.40 17,17 35,70 0,50 1,76 100
Tauary 8.09 4,76 10,31 0,24 3,00 210
Miraveivac 16,11 17.21 13,84 0,26 1,66 242

BREVES 27,00 38,79 20,47 0,48 1,79 525


Portei 37,71 43,67 43,64 0,61 1,62 464
Melgaco 35.36 . 43,41 31,43 0,69 1,97 393
Gurupi 12,00 16,84 . 9,14 0,22 1,88 500
Porto de Moz 24,00 26,01 23,46 0,32 1,32 400
Prainha 12,34 10,30 14,19 0,21 1,70 475

ALEMQUER 438 1.211


Alemquer. 31,10 9,45 37,03 9.45 28,85 9,46 0,61 0,18 1,96 1,84 302 751
Interior do Municipio
Curucá 43,50 19,50 30.00 10,89 52,08 28,24 0.87 0,42 1,55 2,16 58 200
Curuhy 67,20 27,33 68,18 21,00 66,66 26,04 1,36 0,50 2,02 1,87 78 150
Colonia 19,09 27,27 25,45 0,43 1,67 110

SANTAREM 2.000
Santarem. 15.00 13,20 ' 15.90 0,28 1,95 1.000
Interior do Municipio
Tapar.; 19,50 1,04 19,23 0.= 2,14 200
Aramanaliv 21,00 25 ,33 18,40 0,35 1,66 200
Curnav ' 5.50 7.14 5.06 0,16 3,00 200
Piquiátuba 6,00 1,01 10,78 0,13 2,25 200
Haim 9,00 8,79 9,18 0,16 1,83 ...... 200

152
Commissão de Saneamento Rural no Estado
do Pará
IN S Tr-rtr-ro DEC HYGIENE
(Secção Pasteur )
Annos PessOas Falleodos Mortalidade
tratadas Mortalidade
de raiva bruta depurada

1917 71 1
1918
1919
168
273 4
1 1
2-2,81 "
4 1,46 "
o
1-0,59 ".,
1920 198 O
2 0,73 "4,
O O
1921 171 O O O
1922 398 O
1923 o o
247 O o
1924 358 o
1925 371
1
1 0,27 ".. '0
1926
1 1 0 1 0,26 "0
168 O
1927 113
O o
O o o
TOTAL 2.466 9 9-0,36 4-0,16
Ncta: De accord° com a praxe vigente no Instituto
Pasteur, de Paris, só
se consideram com insuccesso de vaccinac:io os casos de raiva
que
se manifestam 15 dias após terminacfio do tratamento. epocha
que se presume consummada a immunisação dos centros em
A rubrica Mortalidade depurada nervosos.
refire-se a estes casos d.: insuc-
cesso vaccinal individuos fallecidos de raiva 15 dias após
naç:io da vaccinação. a ternii-

Os hospitaes, custeados pelo Estado, foram


restaurados ou Hospitaes
asseiados, sendo que o de tuberculosos,
«Domingos Freire»,
teve mais um pavilhão concluido, sob
a denominação de u0s-
waldo Cruz», tributo minitno á
memoria do insigne hy-
gienista.
Esse augment° abrigará mais 30 doentes desse
terrivel
mal.
Os outros nosocomios se
encontram fechados, á falta de
doentes.
Em consequencia do apparecimento da febre
amarella,
nalguns Estados do Sul,surto
pequeno, que certa imprensa,
tendenciosa, impatrioticamente
exaggerou,reunimos os che-
fes dos departamentos sanitarios, inclusivè
o do Porto, e com
tiles assentamos medidas assecuratorias da
defeza de nossa po-
pulação contra o assalto inesperado.
Viamos a extensão toda do risco, pelo
numero avultado
de estrangeiros e de nacionacs receptiveis,
pois que a actual
ultima geração já se encontra nas mesmas
condições daquelles.
Ent resumo, foram as seguintes as medidas,
immediata-
153
mente postas em pratica vigilantia do Porto, exigencia da
lista de passageiros, com moradia declarada, obrigatoriamente,
e policia anti-larvaria.
No começo da actual administração, foi restabelecido 'esse
serviço, logo após a sabida da missão Rockfeller.
O fim collimado pela policia de fócos, isto é, a baixa dos
indices estegomycos, vae sendo obtido. Trabalham, nesse ser-
viço, dois medicos, capatazes e 6o homens, que foram aug-
mentados para cem, á vista das noticias alarmantes, vindas do
Sul.
Em summa, o nosso estado sanitario é bom e, neste qua-
driennio, todas as molestias declinaram, como o demonstram
os mappas, quadros, boletins e graphicos, extrahidos do ser-
viço demographo-sanitario official, os quaes vão em annexos.
Auxiliado por illustres collegas, dirige, com reconhecida
competencia, esse util serviço, o sr. dr. José C. Gurjão.

Santa Casa Entre as instituições humanitarias, que honram o


de falserleordla
nosso Estado, avulta a Santa Casa de Misericordia,
pelos valiosos serviços, que representa, na assistencia
publica e hospitalar.
A deficiencia de recursos, em que sempre viveu,
e que até 1924, cada vez mais estreitava o circulo da
sua acção, não podia deixar de merecer a nossa me-
lhor attenção e acurado estudo, porque a importancia
do facto se relacionava intimamente á saúde da popu-
lação pobre do Estado. Julgamos nosso dever solu-
cionar o desequilibrio financeiro da secular institui-
ção, de modo a permittir-lhe a consecução fiel e abso-
luta dos seus fins de caridade.
Felizmente, conseguimos o nosso escopo, por isso
que não nos enganamos ao declarar na mensagem de
1926 que os auxilios, que lhe conferimos, pela explora-
ção dos serviços de enterramentos e de loterias, viriam
minorar a sua situação eMbaraçosa e de aperturas.
Hoje, a população pobre, que moireja nas diver-
sas industrias, encontra alli todo o tratamento e con-
forto, necessarios á restauração da saúde combalida
pela doença e na lucta pela vida.
Pelos algarismos abaixo, da receita realisada e
despesa effectuada, em 1925, 1926 e 1927 e pela previ-
154 ;
são orçamentaria da Instituição, para [928, se evidencia
a nossa affirmativa :
RECJSITA DESPESA SALDO DEFICIT
1825 1.217:874422 1.118:2559281 996189141
1926 1.847:214221 1.884:02%246
36:814025
1927 2.653:7208260 2.593:72.19336 50:608441
I 98 (Previsão) 3.212:6739243
3.206:5468000 5279243
O saldo provavel de 1928 augmentará pelo fact°
de ter sido previsto o resultado liquido de 260:700Sooó
para as Loterias, quando só no primeiro semestre pro-
duziti mais de 2oo:000S000 e para o serviço de enterra-
Mentos 70:060S000, quando não poderá produzir lucros
inferiores.ao do anno de 1927, que se elevaram a perto
de 90:000SoOo.
Para formação da receita da Santa Casa, concorreu
o Estado, pelos auxilios concedidos, com as seguintes
STerbas, no total de 2.149:2038452:
IMPOSTOS CONCESSÕES
(Resultado liquido)
BOLSA ADDICIONAL CARIDADE LOTERIAS Enterramentos
1925.... 223.343$643 237.3333541 6.9815600
1926.... 190.2105544 208.3573719 5.4075500 54.6285180 49.4134340
1927. 158 7755056 192.4975994 2.6435100 281.7045870 86.8595150
1. Se. 1928.... 106.7295969 97.2565436 5 201.9103810 45.0005000
679.0595312 735.4455690 15.034200 538.2435860 181.4=490
A esse total deve se accrescentar a quantia de
191:6258000 de carne verde fornecida gratuitamente ao
Asylo do Tccunduba, de janeiro de 1925 a dezembro
de 1927, o que quer dizer que o nosso governo levou
benemerita Instituição, ate o I 0 semestre de 1928, in--
clusivé o auxilio liquido, real de 2.34o:828$452.
Com o product° de taes auxilios, pontualmente
entregues, ficou a Santa Casa de Misericordia habili-
tada a enfrentar as grandes reformas, que têm sido exe-
cutadas no seu hospital, no Asylo do Tocunduba. na
Secção Funeraria de Vehiculos e na construcção do
Hospital para Crianças. Este ultimo, que teve a sua
primeira pedra lançada no dia i° de fevereiro de 1926,
ficou concluido e completamente installado, em 20 de
abril de .1928, tendo sido inaugurado no dia 22 do
mesmo mez. Dispõe de lotação para 200 crianças. .

E' esse o inicio para o estudo pratico, com o firn


de evitar a impressionante lethalidade infantil, proble-
ma que preoccupa, presentemente, os homens de Es-
tado, no mundo inteiro.
155
Correspondendo aos auxilios. recebidos, a Santa
Casa de Misericordia, actualmente, mantem, internados,
nos seus hospitaes, 930 doentes, em media diaria. No
anno de 1927, a media da permanencia diaria, era de
830 doentes; foram praticadas 1.397 operações; dadas
15.118 consultas, na sala do banco; aviadas 20.590 for-
mulas, gratuitamente, na sua pharmacia e feitos 9.988
curativos gratuitos em doentes externos. A sua phar-
macia despendeu em medicamentos 121:446062. Os
seus vehiculos funerarios transportaram para o cemi-
terio 1.148 cadaveres de indigentes.
Em resumo, de janeiro de 1925 para cá, foram exe-
cutadas as seguintes obras, em proveito dos serviços
de assistencia publica e hospitalar, proporcionada pela
nossa Santa Casa de Misericordia ás populações po-
bres do Estado
Adaptação e installação do Pensionato Frei Cae-
tano Brandão;
Idem, idem das enfermarias S. Francisco de Paula,
S. Pedro e Santa Maria de Assumpçã.o;
Installação de um Laboratoriu de Anatomia Patho-
logica;
Construcção do Hospital para Crianças:
Idem de um pavilhão para laboratorio de Biologia
(em conclusão);
Reconstrucção da Estação de Vehiculos Funerarios;
Installação de uma réde telephonica interna;
Reforma da enfermaria militar;
Installação e montagem do Pavilhão Cypriano
Santos;
Idem, idem do Pavilhão Azevedo Ribeiro;
Reconstrucção do Pavilhão Antonio Lemos;
Abertura da rua Barão de Igarapé-Miry para o
movimento do Asylo;
Construcção do muro e cerca em frente do mesmo;
Installação da illuminação em todo o estabeleci-
mento do Tccunduba.
Terminando este capitulo, cumpre-nos salientar
que na remodelação do importante nosocomio e dos
serviços a seu cargo, sempre contamos com a bôa von-
tade da sua Directoria, de que é provedor o senador
156
Antonio de Almeida Faciola, do proficiente corpo cli-
nico do estabelecimento e das incançaveis religiosas
da congregação de Sant'Anna, dirigidas pela bonissima
superiora Soror A. Tbabor Saldini.
Outros hospitaes :
Funccionam regularmente todos os demais hospi-
taes de Belem, preenchendo seus nobres fins.

E' irrecusavel que, muito embora a obstrucção de uma Serviço de Aguas


grande parte da réde geral, após muitos annos de uso, da defi-
ciencia de diametro em grandes extensões da mesma, da falta
de pressão devido á ausencia de reservatorios. de distribuição
em diversos pontos da cidade, os quaes são insufficienteménte
substituidos, no serviço de recalque, por bombas, como dizia-
mos, é innegavel que tem sido leito, com muita regularidade
e abundancia, o abastecimento d'agua-á população.
Em nossa mensagem anterior, demos, em largas linhas,
as informações completas sobre o estado de todo o material,
após longo e ininterrupto uso. Se os estragos fossem de agora,
acudidos em tempo, poderiamos sanar os defeitos. Acontece,
porém, que elles se vieram accumulando e são hoje de tal or-
dem, que, em pouco tempo, não podem ser devidamente atten-
didos.
Mc) é esse, entretanto, motivo a que se o vote ao ever-
minio e tanto quanto tem sido possivel olhar por ele, com o
fim de o conservar, e de o recompor, onde nada mais já se pode
fazer, ha sido a constante e ardua tarefa do sr. dr. Ravmundo
Vianna, que mais essa face de sua competencia profissional
acaba de produzir, sem alarde de qualquer especie. Isso fez que
as reclamações dos consumidores fossem poucas e sempre atten-
didas com muita solicitude.
As irregularidades reclamadas, comtudõ, provêm quasi
sempre das más condições em que se encontram as derivações
particulares.
As palavras a seguir, tomadas ao relatorio do director do
Serviço, de que nos occupamos, explicam perfeitamente a si-
tuação:
«Quanto á réde geral, a experiencia que diariamente vou
tendo e os estudos que em diversos trechos (fella tenho
feito,
vêm confirmar o que em relatorios anteriores tive occasião
de
dizer,-6 mal que não pode ser sanado em tão pouco tempo,

157
c-omO fetra meu desejo, motivado, como 6, pela grande falta de
material necessario pira (airmen as substituições, não somente
quanto ao estado de conservação, como tambein'aos diversos
diatnetros.
Entretanto, apezar dessas difficuldatles, emprehendi diver-
sos e importantes trabalhos na réde geral, resolvendo proble-
mas que ha muitos annos estavatr insoluveis, occasionando se-
rias e justas reclamações.
Das 9.979 derivações em uso, apenas 585 não estiveram
privadas de hydrometros perfeitos, funccionando as demais, ou
sejam 9.394, com torneiras livres, visto 5.425 d'aquelles appa-
xelhos estarem parados, devido se acharem completamente des-
mantellados.
O simples exame destes dados, no quadro annexo sob n.
t, patenteia as pessimas condições para apreciação do consumo
d'agua particular e, consequentemente, para a arrecadação.
Mas o que vos posso assegurar, com muita satisfação, é
que o serviço de abastecimento á população tem melhorado
consideravelmente, havendo mesmo mais consumidores, tanto
assim que a media, em 1924, das derivações, em uso, era de
9.188, elevando-se a 9.423 em 1925, a 9.768 em 1926 e a
9.979, em 1927».
Acompanhando o movimento p:ral, que se observa em
todos os serviços, durante o nosso quadriennio, dizemol-o,
sem vaidade, mas como louvor aos que conjugaram esforços
ao nosso lado, a direcção do de aguas executou diversos tra-
balhos que deram resultados satisfatorios.
A' travessa Bom Jardim, nos trechos comprehendidos entre
as ruas Cezario Alvim e Santo Amaro, e, entre esta ultima
e a do Triumvirato, onde era constante a falta d'agua, man-
dou fazer um encanamento geral de ferro galvanizado de 2"
de diametro, numa extensão de 152 metros, ligando as ruas
Cezario Alvim e Santo Amaro, afim de augmentar o volume
d'agua nesta ultima rua e, em seguida, foi reformado o en-
canamento geral do trecho comprehendido entre as ruas de
Santo Amaro e Triumvirato, que era de 1 1/2", .por outro de
ferro galvanizado de 2" de diametro, numa extenião de. 74
metros, dando isso excellente resultado.
Tambem foi construida tick geral, á rua Lauro Sodré,
entre a travessa Quintino Bocayuva e a dóca Sousa Franco,
'com tubos de ferro galvanizado de 2", numa extensão de
1211:0, 10.

.158
Foram executados trabalhos á rua João Balby, entre
22
de Junho e 9 de Janeiro; á travessa dos Tupinambis,
entre
MunduructSs e Pariquis; á avenida Serzedello Corrêa,
entre
C.aripunas e Conceição; á rua Lauro Sodré, entre Piedade e
Benjamin Constant; á rua dos Tatuoyos; á travessa 22 de Junho;
is ruas Santo Amaro e Arcypreste Manoel Theodoro;
á rua dos
Tymbiras; á travessa S. Francisco e em varios outros pontos
da cidade. Entre os de grande monta, etnprehendidos, avul-
tam os executados nos bairros de S. Jeronymo e
travessas
adjacentes, avenidas de Nazareth e Cypriano Santos, Marco da
Legua e Sousa e travessa José Bonifacio. Eram
constantes as
reclamações dos moradores desses trechos da cidade e com a
solução feliz que lhe deu o director do Serviço das Aguas.
ellas cessaram por completo. A difficuldade maior do
problema
era a deficiencia de material e o sr. dr. Raymund° Vianna ap-
plicou a prata de casa, procurando os meios de se utilizar della.
A' sua actividade e zelo profissional nada escapou.
Sempre alerta, providenciou, logo que se deu o augment°
do cemiterio de Santa Izabel, para que não faltasse agua aos
hospitaes de Isolamento, que nas immediações se acham;
apercebeuse sempre da majoração de nivel, onde elle se deu,
como por exemplo, ao largo de Santo Antonio, para defender
a canalização.
Multiplicaram-se por todos os pontos os seus de-
signios de abastecer a cidade do precioso liquido, de
sorte
que se normalizou um serviço que antes parecia offerecer
dificuldades insanaveis.
Mc) queremos, entretanto, esquecer o que se- fez para o
Hospital Militar do Exercito, pelo vulto que teve.
Insistimos em recapitular, embora ligeiramente, toda a ex-
tensão da obra emprehendida, para que la:, fique envolta no
silencio, a demonstração da competencia profissional, alias re-
conhecida em outras especialidades, mas, sobretudo, a maneira
dedicada por que correspondeu á nossa espectativa. servindo
inteiramente á nossa terra.
Nos annexos, que vão ao fim d'esta mensagem, podeis
avaliar do valor das obras feitas e do movimento financeiro da
Repartição.
E para que constateis mais exactamente os obices encon-
.trados e as difficuldades vencidas, ordenamos a publicação do
relatorio respectivo, que vos será presente ainda nesta reunião.

159
Matadouro Maguary
Não 6 de hoje e meth para muito antes de 39142 data em
que a questão das carnes verdes começou a agitar a opinião, con-
fiicto estabelecido sempre por um numero insignificante de
militarias em contraposição a interesses vitaes da collectividade.
Por esse tempo, legisladores de Estados e Municipios votaram
leis mais ou menos coercitivas da ganancia de certos commer-
ciantes desse excellente alimento, leis que tiveram immediata
execução. E ainda foi mais estreito o circulo de restricções,
com a creação dos commissariados, que regulavam a distribui-
ção, não só desse genero, como dos de primeira necessi-
dade.
Todos os tribunaes reconheceram o direito de as applicar,
pois que redundavam no beneficio geral.
Ao assumirmos a direcção dos publicos negocios, embora
contrariando amizades carissimas, não podiamos ser indifferen-
tes á sorte de nossa gente. A experiencia, na grande guerra,
demonstrou, insophismavelmente, que o alimento arraçoado
prejudicou os povos, principalmente porque, mais do que tudo,
minguou o fornecimento da carne. A falta de cereaes e legu-
mes, não teria lesado tão profundamente os individuos, ao pon-
to de prejudicar-lhes o organismo, como a ausencia do alimen-
to referido.
Ora, convencidos dessa verdade, não podiamos esquecer
que vinhamos lidar por imprimir esperanças novas, na alma
desilludida da população, entregue ao trabalho destruidor do
desanimo. A convicção geral era de que baldados seriam todos
os esforços que visassem tirarnos da situação insolvavel a que
chegara o Estado.
D'ahi o nosso proposito de normalisar o pagamento ao
funccionalismo. Mas ninguem ignora quão parca e deficiente
é a retribuição assignalada a essa classe de trabalhadores, de
sorte que o nosso intuito ficaria frustrado, se não completas-
semos o plano com o poder adquirir por preços razoaveis a
alimentação sadia. E aqui, desde 1925 até esta data, o preço
tem-se mantido a Itoo o kilogramma, com distribuição abun-
dante e fiscalisada por autoridades sanitarias municipaes, quanto
ao preço e qualidade.
A campanha accesa, que se desfechou contra nós, teve essa
origem, indubitavelmente. Não se mediram os doestos contra
nós assacados, e a tanto chegou a miseria, que temos por'en-
torpecidos quaesquer sentimentos de nobreza, minguados todos

160
os melindres differenciadores do homem civilisado em quem
assim tio pouco conceitúa a honra alheia.
A verdade, porem, é que Ilk) oppuzemos nenhum em-
bargo ao maior influxo do capital, apenas pretendemos que a
maioria podesse partilhar de alguma felicidade, afim de que
produzisse mais e melhor.
E, certamente que, esse resultado, em ultima analyse, irá
beneficiar a todos, sem excluir os que nos aggridem, porque,
fechados dentro de interesses pessoalissimos, não podem vis-
lumbrar as consequencias generosas de qualquer acção, prati-
cada, não para defender o presente, mas para garantir o futuro
de uma sodade inteira.
Como i é do vosso conhecimento, mandamos proceder
a -lima reforma geral nesse estabelecimento, incluindo pontes,
curraes e outras dependencias, de sorte que tudo se acha limpo
e asseiado.
Logo que assumimos o governo do Estado, eram frequen-
tes as reclamações de hospitaes e casas de ensino sobre a quan-
tidade e a qualidade da carne, que lhes era fornecida.
Foi por esse motivo que fizemos crear a marchantaria do
Estado. Esta secção não visa lucro algum, senão concorrer com
alimentação sadia para casas onde é crime não dai-a da melhor
especie. São abatidos de S a to bois diarios, como tambern alguns
porcos para o fornecimento do Instituto Lauro Sodré, Insti-
tuto Gentil Bittencourt, Cadeia de S. José, Asylo de Alienados,
Hospital dos Lazaros, Santa Casa de Misericordia, Hospital
Domingos Freire, Ordem ja de S. Francisco, Noviciado e Hos-
pital S. Rocquc.
Despende a marchantaria cerca de 40 contos .mensaes ou
mais de um conto de réis diarios, com esse fornecimento,.sen-
do tudo pago com os lucros liquidos do Matadouro, venda de
visceras e subproductos e ainda com auxilio pecuniario para
a compra de animaeS.
De janeiro a dezembro de 1927 foi esta a receita geral :
834:917$o34 e a despesa de S24:923$o9o.
No primeiro semestre do corrente anuo, a receita foi de
445:05o$25o e a despesa de 434:799$57o.
Todas as investidas contra as determinações do governo
e o fiel desempenho que dá ao regulamento do Matadouro, o
seu activo e digno director, Sr. Miguel Seabra Martins, têm
sido baldadas, devido A integridade dos juizes julgadores. Isso

161
ainda mais açula a raiva contra aquelle funccionario, que, se-
reno, do foge ao cumprimento do dever, providenciando par*
que não falte carne ã população ao preço estipulado.
Em annexo a esta mensagem vão os quadros por onde
melhor podeis julgar do movimento e da importancia desse
departamento.

Fona Pubilea Militar Nenhuma alteração se deu na Força Publica, du-


rante o periodo de que nos vimos occupando. E tão
bem corresponde a suas funcções, obediente sempre
á mais louvavel e rigorosa disciplina, que seria injus-
tiça negar-lhe as referencias de apreço, a que faz
jui.
EYpois, não só uma organisação util, senão indis-
pensavel ao Estado, pelas 'varias especies de serviços
que lhe presta, com pontualidade e dedicação.
Pouco numerosa para todos os misteres que 6 cha-
mada a desempenhar, o que lhe reduz o tempo proprio
ao descanço de seu afanoso labor, não falta, ainda as-
sim, ao cumprimento do dever, na hora exacta em que
6 chamada a fazei-o.
De dar guarda em repartições publicas federaes e
estaduaes, de fornecer contingentes para o interior,
onde a sua presença 6 solicitada, deriva a situação
de insufficiencia em que a temos, Não para dar-lhe todo
o numero preciso, mas.para lhe permittir attender com
menos estreiteza os serviços de Sim alçada, haveria
necessidade de accrescer-lhe o contingente de mais
50 praças.
Auxiliar do Exercito que 6, necessita de ser bem
exercitada, e por via dessa diligencia, 6 interrompido,
frequentemente, o exercicio das praças ausentes.
O commando geral, entretanto, auxiliado por acti-
vos officiae;, não desciira essa necessidade, como pro-
videncia sobre o seu equipamento e apparelhamento,
de modo a tel-a sempre, não só apresentavel, como
tambem em condições de corresponder a todos os seus
fins.
Os quarteis têm recebido os concertos possiveis,
mas não são o que se exigiria para construcções dessa
-natureza.

.162
Providenciamos para que fossem introduzidos na
F. P. os pombos correios, tendo solicitado ao estado
maior do Exercito, em outubró de 1925, cinco
casaes.
Esse numero já estzi presentemente elevado a 182 pom-
bos em aviario, que, experimentados varias vezes, tc:m
dado excellentes resultados.
A 14 de junho do :Irmo passado, foram entregues
ao Sr. commandante Alberto Autran, que em reboca-
dor sahira ñ procura do avião I Argos», cujo destino
então se ignorava, S pombos e muito embora houvesse.
opportunidade de soltar apenas um, o de n. 3r, a altu-
ra da ilha de Maraca, esse mesmo, ja nascido aqui,
voltou ao aviario do C, G.
Tambem o sr. general Candido Rondon, que daqui
seguira a 18 daqueHe mez, em rumo de nossas frontei-
ras com as Guyanas, conduziu mo dessas preciosas
aves, e nas proximidades da boeca do rio .--1mapA es-
capou-se uma da gaio!a. Nada obstante o grande a fas-
tarbento, em que se achava de Belem, esse, o de n. 4S,
que 6 carioca, isto 6, dos que conseguimos do estado
maior do Exercito, alcançou seu quartel.
Ainda ao sr. intendente de Soure, Sr. coronel Victor
Engelhard, foram entregues cinco casaes. Ao chegar
áquella cidade, despachou os de ns. 7 e 33 (casal) e
ambos, nascidos aqui, no aviario, vieram ter ao Grupo
Misto.
As diligencias mais importantes da F:13 fazemos
acompanhrl-a de apparelhos portateis de radio-tele-
graph ia, de modo a estabelecer ligações com o governo
e com a séde do seu commando.
Continúa a desempenhar com dedicação, zelo e
competencia, o commando geral interino da F/P, o
Sr. tenente-coronel Alberto Odorico de Mesquita, pro-
ficuamente auxiliado pelos commandantes e officiaes das
unidades, que a constituem.
O quadro, que vae em annexos, demonstra a dis-
tribuição dessa .mesma Força.

163
Policia Civil No decurso do anno, a que nos vimos reportando,
muitó embora.as atoardas, que, de quando em quando,
espiritos menos ponderados procuram vehicular, a .nos-
sa Policia Civil, desprovida, de apparelhamento mo-
derno, como lhe reconhece o seu illustre chefe inte-
rino, dr. Antonino de Oliveira Mello, bem cumpriu o
seu dever de responsavel pela paz e socego publicos.
Nas vezes em que a acoimaram de violenta, não deixa-.
mos de investigar, deparando sempre o exaggero da má
vontade, commum á gente menos educada, contra a
autoridade constituida.
Podemos assim, com inteira propriedade, repro-
duzir aqui esta observação extrahida á magistral men-
sagem que o- exmo. sr. dr. Washington Luiz Pereira
de Souza, benemerito presidente da Republica, dirigiu
este anno ao Congresso Nacional
«Rumores correm, as vezes, boa-
tos se espalham de novos movimentos
sediciosos. Simples atoardas sem fun-.
damento, adrede divulgadas por in-
teressados tendenciosos.
Não ha, não pode haver revolu-
ções ou revoltas no paiz. Não existem
para isso nem ambiente nem elemen-
to. O povo está satisfeito, todos estão
dentro dos seus deveres.
Podemos tambem considerar en-
cerrado o periodo de motins e rebel-
dias.
A paz desceu sobre toda a Nação.
Reina no Brasil a ordem constitu-
cional, assegurando todos os direitos,
garantindo todas as liberdades.
A ordem economica retorna
prosperidade.
A ordem financeira se restaura
nos orçamentos equilibrados, no cum-
primento exacto das obrigações.
A ordem monetaria se estabelece.
A ordem publica permanece inal-
teravel.
164
A ordem politico-administrativa
inspira con fiança.
A ordem judiciaria impõe res-
peito.
Despertando esperanças, o Brasil
caminha, pois, para os seus destinos,.
No ultimo mez do atino passado, e no primeiro
deste, mãos criminosas utilizaram-se de bombas ex-
plosivas e a Po ida reprimiu a tentativa anarchisado-
ra, procedendo aos respectivos inqueritos e entregan-
do ao poder competente, para o necessario procedi-
mento. Alem desse facto, de relevo), apenas a intro-
missão de notas falsas por um funccionario federal.
Promptamente a Policia prendeu o indigitado cul-
pado, entregando-o, apás rigoroso inquerito, ã justiça
competente.
O sr. dr. Chefe de Policia interino suggere a ne-
cessidade de apparelhardes o Executivo de autorisa-
ção para remodelar o departamento policial, de ftírma
completa, abrangendo, entre outros pontos, o registro
profissional obrigatorio, a regularisação do trafego, e
hygiene dos vehiculos; a regularisação do transito nas
vias publicas, e a localisação do meretricio.
Lembra ainda a necessidade de crear .o cargo de
secretario da Chefatura, funcções que vé'm sendo exer-
cidas por um primeiro official, de modo a que podesse
ser nomeado, a mais, um official dactvlographe.
Nesta reforma ainda se deve cogitar de pôr em es-
treitas ligações, com a chefia, o departamento do Insti-
tuto Medico Legal, para sua melhor efficiencia.
Continda licenciado, por doença. no Estado do
Ceará, o Sr. dr. Francisco de Paula Pinheiro, que tão
bons serviços prestou a esta Repartição.
Da mesma fárma, que o seu antecessor, o actual
tem se desdobrado em actividade e energia para bom
desempenho de suas arduas funcções, .collaborando,
dest'arte, n'um dos mistéres mais vitaes ao Estado,
qual seja o da ordem publica.
E devido nos trabalhos de organização a que so
entregou o actual governo, tanto no que so refere ao
movimento economico-financeiro, como nos de outra
165
nátureza, a ordem se .imPttiz, espontaneamente, a todos
os espiritos.
* Convem ainda accentuar que, desde o inicio de
nóssa administração, em fevereiro de 192s, até a data
em que esta mensagem foi redigida, nenhuma gréve,
V.iolenta ou pacifica, foi registrada, o que frizamos com
prazer, porquanto, nem por horas, o commercio e as
industrias foram perturbadas em suas funcções.

Sumessos no Jory As occorrencias, que se deram, nas propriedades do sr.


senador José Julio de Andrade, no Jary, tio lamentavelmente
exaggerailas no noticiario de alguns jornaes, não tiveram causas
diferentes de outras, desenroladas, n) Estado e no Paiz, sem
que, entretanto, produzam tanto echo. Motivamn'as, princi-
palminte, aqui como alhures: transporte dicil, defeituosa or-
ganisação de trábàllio, ensino e saneamento precarios, falta de
credito e a existencia, ineyitavel, de alguns elementos indese-
javeis.
Em certos pontos do territorio nacional, se alguma con-
dição varia, é na forma da retribuição, que uns a fazem em
salarios e outros, como aqui, em aviamentos, adeantadamente,
com riscos que não podem ser evitados.
Se a saúde e uma safra feliz põem em dia o individuo
com os seus debitos, é natural que se -sinta feliz. Mas se, ao
contrario, tudo lhe é desfavoravel, isolado, como se sente, a
sua revolta explode.
Nas proprias capitaes, nos serviços dornesticos aim() nos
das fabricas, muito .ha a fazer ainda cm favor dessa classe
obreira.
Como os rebellados do Jary não tivessem contractos es-
criptos e porque não conviesse mais ao proprietario a volta
dessa gente, e ate mesmo a dos meninos, matriculados nas es-
colas de Arumanduba, o governo !tic, poude compellil-os a fa-
zei-o.
Não se tendo elles portado, inconvenienterneme,6a policia
os tratou com brandura, sendo recolhidos ao quartel do 20 B.
da Força Publica, onde receberam alimentação, por alguns
até se incorporarem, naturalmente, r a massa popular.

1613
. A organisgio 42 justiça está reclamando promptas provi- Pods.. Judlesiarle
- dencias, no que diz respeito is leis do processo civil, comrner-
- cial e criminal. COCCI a vigencia do novo Codigo Civil da Re-
publica, notavel conquista na formação juridica do Paiz, veiu
necessidade indeclinavel de dar processo aos institutos crea-
dos, além da adaptação geral das leis do Estado á
grande lei
reguladora do direito privado.
Muitos Estados já decretaram codigos, como lhes
compete,
leis processuaes que, em conjnncto com
a organisação judi-
ciariaria, dão á administração da justiça a devida
regularidade.
O Pará, já decorrido 12 annos da decretação do Codigo
Civil, ainda não tem a reforma exigida, sendo,
portanto, tra-
balho urgente ao Congresso, pela fórma que parecer mais acer-
, tada. Em condições de revista estio tam bem as nossas leis crimi-
D3eS. Da mesma forma, a organisação da justiça, quanto a meno-
res abandonados e delinquentes, é assumpto do mais alto in
teresse a ser tratado. A proposito transcrevemos o que a res-
peito refere, reiterando constantes juizos sobre esses as-
sumptos, o Sr. presidente do Tribunal, em seu relatorio : «Esta
medida, que tem sido considerada como problema de difficil
solução, impõe-se-nos como uma necessidade ineluctarel, pois
a sua falta augmenta as dificuldades do julgar, chegando ás
vezes a produzir desanimo ou desgosto, principalmente nos
juizes de b6a formação. Já havendo trabalhos encetados para
esse escopo, neste Estado, e á vista dos produzidos em outros,
notadamente os tics citados Codigos de Minas, Bahia. Sic> Paulo,
Districto Federal, etc., bastaria que o governo de v. exc. no
measse uma com missão de juristas, de competencia e b6a von-
tade,--da qual fizessem parte representantes do Congresso, para
formular o projecto da ki respectiva».

A magistratura paraense vae correspondendo ás grandes Superior Tribunal


responsabilidades da. distribuição da justiça. O Tribunal 'de de Agates
Justiça, como orgio Superior, fiscalisa e recompõe o trabalho
dos juizes singulares e tribunaes de instancia inferior, corri-
gindo as paixões e os maus julgamentos.
O sr. desembargador Arthur Porto exerce a presidencia
do Tribunal, mantendo com o Poder Executivo as relações
amistosas, requeridas pelos altos interesses do Estado.
Todos os serviços, seja na parte do Palacete do Estado
onde está installado o Tribunal e suas dependencias, seja no
que se torna necessario ao seu expediente, requeridos para o

167
born, funccionamento do mesmo, foram promptamente atten-
didos pelo Executivo. Entre outros constam varios trabalhos
effectuidos no Salão de Conferencias e na Bibliotheca do Tribu-
nal, acquisição de machina para a Secretaria, etc.
Estio sendo regularmente publicados os accordios no
!*DIARIO OFFICIAL, public.gio que se achava ha annos interrom-.
pida, assim como organisados os volumes de julgados do Tri-
bunal, muito em atrazo.
Sobre o exercido do Tribunal'e dos juizes em geral, no
relatorio do sr. presidente, que, na forma constitucional vos
enviamos, achareis os esclarecimentos.
Durante o exercicio houve uma unica occorrencia
na magistratura. Com a promoção do juiz de direito de
'Porto de Moz, dr. Buarque de Lima, para Santarem, .e da
remoção do dr. Pio Ramos, de Marabá para Porto de. Moz,
foi nomeado juiz de direito de Marabá, o dr. Ignacio de Sousa
Moitta, juiz substituto de Carne* votado unanimemente pelo
Tribunal.
O trabalho do Tribunal, de to de julho de 1927 a egual
data de 1928, foi o seguinte:
RECLAMAÇÕES

Deferidas 5
Indeferidas 3
Não se tomou conhecimento 5
HABEAS-CORPUS

Concedidos 7
Denegados 21
Prejudicados. 16
Não se tomou conhecimento... ............. 5
RECURSO DE HABEAS CORPUS

Obtiveram provimento 4
Negou-se provimento 21
Convertido em diligencia 1
Não se tomou conhecimento 2
RECURSOS CRIMES

Obtiveram provimento 6
Negou-se provimento 5
Deu-se e negou-se provimento..... ....... 1 .

Não se tomou.conhecimento 1 -
'168
APBELLAÇOES

Obtiveram provimento 3f;


Negou.se provimento. 51
Julgadas prescriptas
5
Não se tomou conhecimento.... .......
..... 1
Julgadas nu lias
8
Deu-se e negou-se provimento

AGGRAVOs

Obtiveram provimento.. ............... . 14


Negou-se provimento 99
Não se tomou conhecimento.
8
Ytifgados desertos ..... ... ...... .... 1

APPELLAÇÕEs CIVEIS

Obtiveram provimento 14
Negou-se provimento 16
Deu-se e negou-se em parte ............... 4
Não se tomou conhecimento 1
Julgados desertos I
EMBARGO5

Recebidos. 3
Despresados 19
Homologados ...... ......... 9
Não se tomou conhecimento 1

CARTA TESTENICNHAVEL

Deu-se provimento -
9
Negou-se provinlen:0 1

ILABILITAÇA0 AO CARGO DE JUIZ DE DIREITO

Julgados habilitados 3
COMARCAS LISTA DOS DISTRICTOS JUDICIARIOs VAGOS

Guamá Ourem e Irituia (2.0 e 3.0).


Caruetá... ..... . Mo:ajuba (2.0).
Porto de Moz Porto de Moz e Almeirica (1.0 e 2.0).
Afuá Afuá-(1.°).
Itaituba Itaituba (unico).
Faro Faro (unico).
Chaves. ......... Chaves (unico).
Xingit ....... . Altarn:ra (unico).
Aricary Montenegro (unico).
Monte-Alegre , r.0 District° (quasi vago).

169,
Illalsterio Publico São do circumstanciado relatorio do Sr. dr. Aver-
tano Barreto da Rocha que, com dedicada competencia
vem exercendo interinamente o cargo de Procurador
Geral do Estado, as seguintes informações que, por
justificadas, transcrevemos: As comarcas judiciarias
do Estado vão funccionando com regularidade, inclusi-
ve a comarca da Capital, excepção feita dos serviços
relativos á herança jacente, nesta comarca, cujo func.
cionario, se bem que membro do Ministerio Publico,
se ha recusado a prestar qualquer esclarecimento a esta
Procuradoria, por fim abandonando o exercício do car-
go, que exerce, a titulo effectivo, sem licença (jue lhe
fosse, porventura, concedida ou simples com municação.
As comarcas do interior estão na sua maioria pro-
vidas por cidadãos honestos e de bôa vontade, mas,
infelizmente, o numero dos graduados em direito, que
exercem as funcções de membros do Ministerio Publi-
co, 6 diminutissimo 0.
Attribue o Sr. Procurador Geral essa ausencia de
diplomados á instabilidade do cargo.
Outras, entretanto, nos parecem as causas, entre
as quaes, os habitos citadinos dos que se graduam em
qualquer profissão liberal e ainda a parcimonia de re-
tribuição, que mesmo ajudada de honorarios provindos
de questões civeis, pouco cresce em vista, em geral,
desses fóros serem pouco movimentados.
A urgente necessidade da creação do juizo de me-
nores, de que largamente nos occtipamos em nossa
mensagem do armo passado, impõe-se, dia a dia.
Assignala o Sr. Procurador Geral, suggerindo a
idéa de não entregar o juizo a juiz profissional, com a
preoccupação do futuro, senão a um emquanto bem
servir, que attenue paternalmente a sua acção, corri-
gindo pela brandura.
E resta ainda a accrescentar que o homem, clue
tenha de ser escolhido para essit delicadas funcções,
reuna as qualidades de absoluta probidade, perfeito
conhecimento dessa especialidade do direito, que vem
prendendo fortemente a attenção dos homens de Es.:
tado.
Ha necessidade de um solicitador junto ao MinisL
170
terio Publico, conservando-se ainda o
sub-procura-
dor, isto pelo movimento crescente que tem tido esse
departamento.
Porque fosse mistér, o dr. Procurador
Geral desi-
gnou para sub-procurador o dr. Francisco Pereira
Bra-
sil, 3° promotor publico da Capital, assignalando-lhe
uma gratificação mensal:
A curadoria de ausentes e heranças jacentes
recla-
ma attenção do Legislativo para que melhor fiquem
amparados os interesses publicos. As reclamações
eram
frequentes.
Tratando-se de assumpto de tanta responsabilida-
de, a lei que o regulamenta precisa
fixar, com muita
fiscalisação, os meios das exacções, evitando
que estas
se façam com demasiadas despesas e liberdade de
li-
quidação, donde constantemente se reduzirem
de mui-
to os espolios.
Seria, talvez, conveniente dividir por tres ou qua-
tro pessoas as responsabilidades directas dessa
exacto-
ria. Assim, ousariamos indicar que a
compuzesse um
conselho de pessoas idoneas.
Resolvemos ainda exonerar o funccionario, bacha-
rel José Estanislau de Vascon;:ellcs e substituil-o
pelo
bacharel Salvador Borborema.
Infelizmente não podemos encerrar estas linhas
sem uma referencia merecida ao fallecimento, occor-
rido em julho ultimo, do sr. desembargador Cunha
Barreto, integro magistrado, que tão bons serviços
prestou ao cargo de Procurador Geral e em outros
postos.
O illustre morto teve a assignalar-lhe a longa exis-
tencia uma folha de bons serviços prestados á justiça
e ao Estado.
Não só aqui exercera. elle a sua actividade, mas em
outros Estados do Brasil, sempre com a mesma cor-
recta e indefectivel linha de bom proceder e da mais
fina educação ao lado de invulgar preparo intellectual.
Por esses motivos o Estado testemunhou-lhe o
apreço e as homenagens a que tinha direito.

171
Secretaria Coral No decurso destas informações tereis deparado o motivo
das referencias, que aqui expressamos, ao auxilio, que nos
presta a Secretaria Geral do Estado, competentemente orien-.
tada pelo sr. dr. Deodoro Machado de Merdonça.
Por ella transitam determinações, requerimentos e outras
especies de documentos, além de toJo o movimento do ensi-
no publico, entregue á direcção do secretario geral.
Servida por velhos e distinctos auxiliares, a tudo attende
com prestesa.

Congresso Legislativo De accord° com o preceito Constitucional, o Congresso Le-


do Estado
gislativo do Estado installou-se solemnemente a 7 de setembro
de 1927, encerrando os respectivos trabalhos a 7 de novembro
seguinte.
No periodo de seu funccionamento foram elaborados 82
projectos que, transformados em leis e sanccionados pelo Poder
Efecutivo, receberam a numeração que vae de 2.591 a 2.672,
inclusive.
Dos projectos citados, dois foram promulgados pelo em.
Sr. presidente do Senado, correspondendo aos mesmos as Leis
ns. 2.593, ae ii de outubro e 2.646, de 9 de novembro, esta,
concedendo uma licença, por 6 mezes, para tratamento de
saúde, ao governador do Estado, e, aquella, approvando todos
os actos administrativos do exercicio governamental, nos
termos da Lei n. 2.538, de 6 de outubro de 1926 ate a data
da citada lei.

Eleiçaes Durante o anno, que decorreu, de nossa ultima


mensagem apenas houve, a 22 de junho ultimo, a
eleição para um senador, na vaga, por fallecimento,
do dr. Antonio Acatauassú Nunes, e para um membro
da Camara, em virtude da morte do deputado dr. Ray-
mundo Ferreira de Almeida Trindade.
O dr. Acatauassú Nunes priva, com o seu des-
apparecimento, o Senado, de um de seus mais illustres
e dignos membros, cuja cooperação foi sempre inspi-
rada nos mais nobres interesses publicos.
O dr. Raymundo Trindade, jornalista, professor e
advogado, deixou um exemplo de persevcranu intel-
ligente, no trabalho complexo de sua actividade publica
e particular.
172
As vagas assignaladas tém para preenchel-as, res-
pectivamente', indicados pelo P. R. Federal e, sem
opposiçao, eleitos e proclamados pela Junta A puradora,
os srs. Antonio de Almeida Faciola, nome do maior
destaque e estima no commercio e sociedade paraenses;
e o dr. Ricardo Borges Ferreira da Silva, advogado e
funccionario publico municipal, portador das melhores
considerações e apreços.
A eleiçiIo para senador concorreram 35.215 elei-
torcs e para deputado pelo primeiro clistricto, 26.850,
dados aos candidatos já alludidos.
A diferença existente entre as duas votações vem
de que o candidato ao Senado recebeu suffragios de
todo o Estado, emquanto o deputado scímente por um
dos dois districtos em que está dividido.

Sem alteração continúa esse departamento da Secretaria Almoxarlfado


Geral, quer no que diz respeito á sua organisação, quer aos da Secretaria Geral
do Estado
funccionarios que ao mesmo vém prestando serviços, desde 3
de março de 1925 até a presente data.
No decurso de julho de 1927 a 30 de junho do corrente
anno, e de conformidade com as contas que foram encaminha-
das pelos respectivos fornecedores, para a necessaria conferen-
cia e requisição de pagamento pelo Thesouro do Estado, foi
despendida, com a acquisigio de material de expediente e ou-
tros para provimento aos grupos escolares, escolas do interior,
estabelecimentos de ensino publicos e particulares, livros dida-
cticos, etc., a quantia de cento e cincoenta e dois contos qua-
trocentos e sessenta e tres mil oitocentos e oitenta réis .
(152:463$SS0), distribuida pela seguinte maneira
Sabino Silva (Livraria «Moderna)))..... ..... 116:2935580
José A. T. Pinto (Livraria «Carioca))) 29:4828700
J. B. dos Santos & Cia. (Livraria .(Classican) 3:2818100
Torres & Cia. (Livraria «Gilet») 1928000
C. de Albuquerque (Papelaria «Americana») 3:2148500
152:4635880
Essa quantia foi applicada na acquisição, além dos livros
indispensaveis ao serviço dos Grupos e Escolas (Livros de
Ponto, frequencia e cadernetas), no material que
abaixo vae descripto:

173
Adriça.bandeira, bandejas, baldes de zinco,, bandeiras
nacionaes e .paraenses, bouvards, borrachas para tnachina de
escrever, canetas superiores e inferiores, carvões para filtro, ca-
pachos de c6co, cestas para papeis, copos de vidro, canivetes,
canecos esmaltados, cruzwaldina, espanadores de pennas e de
fibras, esponjas, escarradeiras esmaltadas, fitas para inachina de
escrever, goinma arabica liquida e em pó, grampos sortidos
para papel, giz, jogos pata desenho, lapis preto, bicolor, de
tinta e de borracha, livros em branco de 50 a too fis., lom-
badas, limpa-penn'tas, mata-borrão, superior e inferior, mani-
lhas para baldes, mesas para filtro, oleo para machina, papel
de embrulho, papel carbono, para desenho e para oar., papel
almasso superiore inferior, para minutas e quadriculado, pen-
nas Mallat, Perry e Rond, potassa, pesos para papel, quadros
pretos e cavalletes, reguas de madeira, sabonetes, sabão
barras, tintas preta (Lettonia e Ingleza), tinta vermelha, tinta
de carimbo, tinteiros de embutir e para cima de mesa, filtros,
talhas com torneiras, tympanos, toalhas, vassouras granies e
pequenas, vassouras (Viuva-alegre e Americana), livros dida-
cticos, livros talões, (conforme modelo apresentado pelas Re-
partições), memoranda, mappas, papeis impressos para offi-
cios, etiquetas impressas para chaves, enveloppes para olTicio,
cartas e cartões impressos, e artigos para desenho, tendo sido
attendidos com o material estrictamente necessario e sem
prejuizo dos serviços, os seguintes:
Grupos escolares ...... 90
Escolas agremiadas
Escolas mistas. ...... ......... 67
Escolas masculinas 98
Escolas femininas. 94
Escolas nocturnas 9
Estabelecimentos particulares ....... 4

159
RepartiOes, institutos e outros departamentos:
Secretaria Geral (t. e 2. Secções e Portaria).
Gabinete do sr. dr. Governador.
Procuradoria Geral do Estado.
Directoria Geral do Serviço Sanitario, flospitaes e Secção
de Demographia.
Bibliotheca e Archivo Publico.
Directoria de Obras Publicas, Terras e Viação.
Inspectoria Geral do Ensino.
Faculdade de Pharmacia.
Juizes de Direito da Comarca da Capital.
Força Publica Militar do Estado.
Theatro da Paz.
Escola Normal.
Escola que funcciona na cadeia de S. José.
Instituto «Lauro Sodrév.
Instituto Historico e Geographico.
Instituto «Gentil Bittencourt».
Secção de Estatistica e Informações.
Conselho Superior de Instrucção Publica.
Estabelecimentos particulares.Prelatura de Conceição
de Araguaya.
Escola N. S. do Perpetuo Soccorro (parochia da Trindade).
Escola Patrocinio de S. José.
Escola Seraphica Bento XV.
Pela recapitulação que se segue, chega-se á conclusão de
que no period() de 3 de março de 1925 a 30 de junho do cor-
rente anno, sómente com a acquisição de material escolar, teve
o Thesouro que despender a quantia total de quatrocentos
e cincoenta contos oitocentos e cinco mil quatrocentos e
sessenta e sete réis (45o:8o5$467), distribuida pela seguinte
maneira:
De 3 de março a 30 de junho de 1925 34:401$305
De r de julho de 1925 a 3o de junho de 1926 106:031$887
De i de julho de 1926 a 3o de junho de 1927 157:908$395
De i de julho de 1927 a 30 de junho deste anuo 152:463$880
Total 450:8058467
Concerto e limpeza de moveis dos grupos escolares
escolas, Repartições e outros departamentos do Estado.
0 chefe da Secção e do. Almaxarifado ikon encarregado
de promover os concertos e limpeza dos moveis, não só dos
grupos escolares e escolas da Capital, como de outras reparti-
ções e departamentos do Estado, sendo entregue mensalmente.
para tal fitr., a importancia de um conto de réis (r:000S000),
em prestações semanaes de duzentos é cincoenta mil réis.......
(25o$000), prestações estas que, pela neaessidade cl? se atten-
der á confecção de uma parte do mobiliario do grupo escolar

175
modeloArthur Bernardesem via de conclusão, foram ele-
vadas para quinhentos mil réis (5005000).
O mobiliario da Secretaria Geral estava reclamando uma
substituição completa, que determinamos fazer pela importancia
de dezeseis contos de réis (16:000$000), em quanto foi orça-
do. Apresenta agora este principal departamento do governo
installações modernas e bem dispostas, seja para o trabalho dos
funccionarios, seja para a guarda do expediente e papeis em
movimento pelas respectivas secções.
Pela reforma ficará a Secretaria Geral com todo o seu mc-
biliario confeccionado em freijó e composto das seguintes
peças :
14 bancas para os funccionarios, inclusivè os da portaria.
4 banquinhas para machina de escrever zom os compe-
tentes mochos.
4 estantes de tres corpos no salão e uma dita singela na
portaria.
2 balcões grandes.
2 balcões menores.
mesa para livro de ponto.
caixa para o relogio.
2 mesas para filtro, com pedra marmore.
mesa'quadrada para o centro do salão.
18 cadeiras de guarnição.
2 supportes para livros.
3 cabides.
Cadeiras de rodizip, tinteiros, cestas, escarradeiras, etc.
O mobiliario substituido já contava mais de 30 annos.

CircumscripOes Dentro do periodo a que se refere esta mensagem, foram


Judiciaries baixados os seguintes actos referentes ás circumscripções judi-
ciarias
1927Dec. n. 4.35t, de 26 de julho, marcando nova data para
installação da 7' circumscripção (Macaquary) do i°
districto judiciario de Macapá.
Dec. Ti. 4.355, de 20 de agosto, creando mais uma cir-
cumscripção no 2° district° judiciario (Ourem) da co-
marca do Guamá, com a denominação Tentugal.
Dec. n. 4.357, de 30 de agosto, alterando os limites
da 2.3 circumscripção (Tupinambá), do 20 districto
(Ourem), da comarca do Guamá.

176
Dec. n. 4.361, de 6 de setembro, creando mais uma
circumscripção no 20 districto judiciario (S. Caetano de
aliveHas), da comarca da Vigia, coin a denominação
Perseverança.
Dec. n. 4.364. de 1.2 do mesmo mez, errando
mais urna
circumscripção no Alto Rio Capim, 1^ district° judi-
ciario da comarca da Capita!, col) a dcnominação a-
dajós.
Dec. n. 4.367, de 14 do referido mez, marcando data
para a installação da 3' circumscrioção (Perseverançt)
do 2`) district° judiciario (S. Caetano de Odive11.a.)
comarca da Vigia.
Dec. n. 4.370, de 17 de outubro, marcando data para
a installação da 322 circumscripção (Badaj6s) do 19 dis-
trict° judiciario da comarca da Capital.

Nas 223 circumscripçii.:s dos 46 districtos das comarcas Supplentes de Juiz


em que se divide o Estado, vC:in servin'o o cargo de Sut,plen- Substituto

tes de Juiz Substituto, os cidadãos noaea.los para o h'enni,;


iniciado a i de agosto do anno passado, a terminar a 1.; L agesto
do anno vindouro, tendo sido lavradas, dentro do period° a que
se refere esta, varias norneações para eases cargos e concedidas
3 exonerações.

São os seguintes os actos referentes a subprefeituras de


Subprefeituras
policia de policia

l927Dec. n. 4.356, de 26 :le agosto. creando trais uma


subprefeitura, no povoado «Bom Jardim,, municipio
e comarca de Maracani;
Dec. n. 4 362, de 9 de setembro, creando mais uma
subprefeitura no municipio de Ana*, comarca
Afua, com a denominação «Santa Maria do Baixo
Anajás,;
Dec. n. 4.363, de 12 do mesmo mez, creando mais
uma subprefeitura no 2.c disaricto judiciario (Ourem)
da comarca do Gnarl* coin a denominação «Colonia
Rio Vermelho»;
Dec. n. 4.37i, de 7 de dezembro. creando mais uma
subpretlatura, no municipio e comarca de Muaná, com
a denominação «Rio Marituba»;

177
1928Dec. n. 4.388, de lb de fevereiro, creando mais uma
subprefeitura, no municipio e comarca de Macapá, com
a denominação «Alto Macaquary»;
Dec. n. 4.408, de 14 de abril, creando mais urna sub-
prefeitura, no z.0 district° judiciario da Capital com a
denominação «Alto Miritipitinga»;
Dec. n. 4.409, de 14 do citado Inez, creando mais
uma subprefeitura no unico district° judiciario da co-
marca de Soure com a denominação «Primavera»;
Dec. n. 4.410, de 18 do supracitado mez, creando
mais urna subprefeitura no 2.0 districto judiciario (S.
Caetano de Odivellas) da comarca da Vigia, com a
denominação «Perseverança»;
Dec. n. 4.411, de 27 ainda do alludido a3ez, creando
mais uma subprefeitura de segurança no unico districto
judiciario da comarca de Soure com a denominação
(Nazareth».

Portarias Depois de preenchidas as formalidades legaes, foram en-


de Naturallsallo
tregues por esta Secção 29 titulos de naturalisação e r decla-
ratorio de cidadão brasileiro, sendo :
A portuguezes 95
A syrios 3
A marroquinos 1

29

Hospicio de Allengdos Tanto quanto foi perraittido aos recursos financeiros do


Estado, se foi fazendo em 'melhoramentos para esse aylo, em
varias obras.
Fizemos vaccrescer de duas extensas áreas o seu patrimo-
nio, offerecendo lhe, assim, meio para seu augmento futuro,
de maneira a proporcionar movimentos mais a mplcs aos
insanos.
Actualmente, acham se em tratamento, ali, too homens
e 151 mulheres.
A renda do pensionato, durante o armo a que nos refe-
rimos, foi de 43:458S000, recebidos pelo hospicio e 14:624$400
em encontros do Thesouro e toda ella applicada nos melhora-
mentos urgentes de que precisava essa casa.
Exerce, com competencia, a direcção do hospicio o sr. dr.
Azevedo Ribeiro, coadjuvado, excellentemente, pelos srs. drs.
Porto de Oliveira e Penna de Carvalho.

178
Esta Repartigilo continúa fielao desempenho
de suas Junta Commercial
funcções, de medianeira entre o governo e o com-
mercio.
Preside-a, ainda, por nomeaçao nossa, para teste-
munhar-lhe o apreo em que temos a larga som ma de
serviços a clla prestados, 0 sr. coronel Ignacio Gon-
çalves Nogueira, cuja actuaçiic, contenta a todos.
Por fallecimento do secretario effectivo. Lir. Rav-
mundo Trindade, que to bons serviços ahi
prestou,
facto occorrido a;de fevereiro deste anuo, nomea-
mos, effectivam:.nte para o cargo, o sr. dr. Alfredo
La-
martine Nogueira, nome conceituado no nosso faro.
A Repartiçilo conta auxiliares dedicados, de sorte
que seu expediente esta sempre em dia.
No segundo semestre de 1027, o valor do capital
inscripto na Junta era de 17,.S16:263S892, na quasi tota-
lidade referente a sociedades de varias especies e fir-
mas individuaes da Capital, no chegando a mil contos
o que respeita ao interior.
No primeiro semestre, do corrente anno, foi inscri-
pto o capital de S.813:185S326.
Fere a vista a desproporção entre as duas cifras,
mas é preciso ter em conta que consta do total verifi-
cado, no segundo semestre de 1927, a importancia de
8.000:000S000, capital da Companhia Ford.
Já é tempo dos srs. congressistas estudarem o
meio de, por uma forma pratica, conseguirem que to-
das as casas registrem, com exactidão, os capitaes,
com que se constituem.

Esta Associação vae desempenhando as suas funcções,


ASSOCIIIÇA0
mas como não nos tenha apresentado relatorio, nada podemos Commercial
informar sobre a applicaç-ão do dinheiro que o Estado lhe
entrega.
Continúa, entretanto, a manter a Escola Pratica de Com-
- mercio, Escola de Chimica e o Museu Commercial, o que
faz com aquelle dinheiro e com a subvenção federal.
Achando-se ausente o presidente effectivo, preside-a o
seu substituto legal.
?honour° do Estado Não é facil tarefa distribuir, exactamente, as rendas, que
escasseiam, pelos varios serviços do Estado, quando ha com-
promissos anteriores, egualmente respeitaveis.
Entretanto, podemos assegurar que o Thesouro do Estado
cumpriu fielmente o seu dever, sob a honesta direcção do Sr.
dr. Dioclecio Corrêa.
O minucioso relatorio, dessa Repartição, que tereis occa-
sião de manusear, mostrará todo o rigor de nossa informação
e do conceito que ahi expressamos.
As vossas deliberações, na lei de meios, foram sempre
respeitadas, de modo que pudemos attender sempre ao paga-
mento de cada exercicio, com proveito immediato da collectivi-
dade.
--Já estavam escriptas e impressas essas linhas, quando
a morte roubou ao Estado um dos seus mais dignos funcciona-
rios na pessoa do dr. Dioclecio Corrêa. E porque não tenha-
mos outra opportunidade de nos referir ao auxiliar dos mais
destacados e valiosos, que elle foi, e desejemos cultuar-lhe a
memoria, por suas qualidades excepcionaes de profissional,
como de politico e ainda chefe de familia exemplar, tragamos
estas ligeiras linhas, para emulação a presentes e vindouros de
nossos coestadanos.

Recebedoria A exacta arrecadação figurou sempre no nosso proposito,


afim de poder attender aos varios serviços do Estado.
E podeis estar certos de que conseguimos o nosso objec-
tivo, confiada a direcção da Recebedoria ao competente e
probo funccionario, que é o sr. coronel José Maria Camisão.
Os interesses vitaes de nossa terra foram por elle sempre
acautelados, sem se poupar a qualquer especie de sacrificid:
E se algum exito houvermos conseguido em nossa admi-
nistração, podeis ficar certos de qtie um dos maiores concursos
nos foi dado por essa Repartição.

Inspectorias Sio os seguintes os actos relacionados is Inspectorias do


do Imposto Impostó de Consumo:
de Consumo
Pelo Decreto n. 4.393; de 28 de fevereiro, créa uma Ins-
pectoria do Imposto de Consumo em Prainha.
Pelo Decreto n. 4.397, de 7 de março, foi desligado da
Mesa de Rendas de Obidos, para effeito de constituir uma
Agencia Fiscal directamente subordinada á Directoria Geral da
Fazenda, o Posto Fiscal de Santa Julia.

180
Pelo Decreto n. 4.407, de 14 de abril,
foi creada mais
uma Inspectoria do Imposto de Consumo em Bagre.
Pelo Decreto n. r., de 8 de maio, foi creada mais uma
inspectoria do Imposto de Consumo em Breves.

A larga e necessaria divulgação, pela imprensa,


que têm Intendenela
tido os relatorios dos srs. intendentes do municipio da de Belem
Capital,
dispensa lima referencia minuciosa, de nossa
parte, nesta men-
sagem.
Queremos, entretanto, deixar accentuado que, tanto a ad-
ministração do saudoso Jr. Rodrigues dos Santos,
como a do
dr. Crespo de Castro. foram de inteira utilidade ao municipio.
E' notoria a transformação, por que a nossa cidade
vae pas-
sando, o aspecto menos sombrio, que agora offerece,
e o mo-
vimento animador, que nella se operou, de
construcções e re-
construcções de predios, tanto nas zonas urbanas,
como nas
suburbanas.
Estando normalisada a sua vida financeira interna,
o t;o-
verno, logo que tenha conc.luido o entendimento feito com
os credores externos do Estado, entrará nas mesmas combina-
ções com os prestamistas do municipio de Belem,
procurando,
assim, honrar obrigações que foram tomadas em anteriores
administrações.

O desejo de alguma coisa fazer de benefico, nit) ficou res- Intendenelas


tricto a este ou aquelle ponto do Estado. Em quasi todos do Interior
os
municipios, as administrações, devidamente auxiliadas pelos
conselhos respectivos, procuraram corresponder á confiança
do
governo.
Assim, em muitos delles. surgiram construcções novas,
pontes, luz, radiotelegraphia e ainda
outros melhoramentos,
havendo cuidado, em geral, na applicação dos réditos.
Procuramos tambem normalisar a situação das dividas de
algumas dessas intendencias com credores particulares,
avo-
cando ao Estado esses compromissos para a sua liquidação.
Os poucos etuprestimos realizados, durante o actual
quadrien-
nio, o foram com esta administração e somente
para obras re--
productivas e dc saneamento. Taes emprehendimentos, devi-
damente Escalizados pelo governo, concorreriam para o rapido
desenvolvimento do Estado, podendo os creditos ser alargados
com esse fim, transacções essas que poderiam
ser feitas ou
pelo Thesouro ou pelo Banco do Estado.

.181
Fizemos. ponto *de honra do pagamento em dia 'tarn. bem
nessas intendencias, suggerindo esse indeclinavel dever aos
respectivos intendentes.
--No quadro de intendentes municipaes pouca alteração
se verificou no decurso do anno findo, tendo havido apenas as
nomeações dos de Chaves e Montenegro, pela dispensa dos
respectivos funccionarios, que foram substituidos pelo coronel
Franklim Epaminondas de Paula e capitão Julio Benicio Pon-
tes, respectivatr,ite. Em Monte-Alegre, por fallecimento do
coronel José Antonio Vieira da Costa, que exercia esse cargo,
o presidente do Conselho, major Francisco Mariano Bahia da
Costa, o substituiu até aqui naquellas funcções. Com o falte-
cimento do do dr. Pedro Palmeira, intendente de Ponta de Pe-
dras, foi nomeado para esse cargo o coronel Henrique Lobato.
Do quadro annex° consta a relação dos municipios do Es-
tado e seus intendentes.
Vitas nzunicipaesForam mantidos os vétos oppostos
pelo dr. intendente de Belem, aos projectos de leis seguintes :
N. 58, de 30 de julho de 1927, considerando funccionario
municipal, Cassiano dos Santos Siqueira; n. 67, de 3 de agosto
do mesmo anno, mandando creditar e pagar ao ex-distribuidor
dos feitos da Fazenda, Raymund° Odorico Gomes de Oliveira,
a quantia de nove contos trezentos e trinta mil réis.
N. 24, de 16 de janeiro de 1928, autorisando ao inten-
dente a cancellar a importancia do debito com que figura até a
presente data a propriedade pertencente a dona Ludovina Car-
neiro Ballera; n. 58, de 26 de janeiro do dito armo, man-
dando reverter ao quadro dos funccionarios municipaes, em
actividade, os exfunccionarios João Alves Bezerra e Eduardo
de Deus Barbosa; á lei n. 9, do Conselho Municipal de Monte-
Alegre, de 30 de abril de 1928, autorisando o respectivo in-
tendente a pagar a Accacio Pessoa, a quantia -de oitocentos
mil réis pelos serviços no exame a que procedeu á escripta
e documentos da Intendencia.
Finanças nzunicipaesA receita orçada dos municipios
no exercicio de 1927 foi de 8.623:158$7oo,. tendo sido effecti-
vamente arrecadada a de ro.259:576$698, do que resultou o
superavit de x.645:42o$998 e a despesa em 8.532:231$000
elevou-se a o.468:453$152 a realisada, pelo que passou do
exercido financeiro em apreço para o vigente o saldo global de
2.238:258998 cru numeiario nas municipalidades.

182
Os orçamentos dos municipios para o exercicio vigente
os quaes estimam a receita em 9.371:69o$375 e fixam a des-
pesa em 8.885:176$88o, tendo a saúde publica a dotação de
269:96o$oc;) e a instrucção publica primaria a de 495: t66$000.
As municipalidades não despenderam nenhuma somma
com a Recebedoria de Rendas do Estado, que apenas cobrou
a taxa de to %, send3 5 % para quotas de seus funcciona-
rios e fiscaes e 5 %, attribuidos ao Thesouro para as despesas
de propaganda.

No decurso do periodo annual, .de que nos occupamos, Mortos ilustres


tivemos de lamentar algumas mortes de compatriotas cheios
de serviços meritorios.
Sensivel foi a perda, para o Paiz, do eminente senador
Bueno de Paiva. A sua cultura e a sua correcção, tanto na vida
particular, como na publica, indicaram-no a varios e altos
postos, no governo da Republica, como no parlamento na-
cional.
E' assim que presidiu a Camara de Deputados Federal e
a sua commissio de finanças, foi vice-presidente da Republica
e presidia a commissão de finanças do Senado, guando falleceu.
O Pará tambem teve a lamentar o desapparecimento dum
filho illustre, o maestro Meneleu Campos, que viveu para sua
arte, distinguindo-se nella e nella honrando a sua terra.
E Pernambuco, o grande e futuroso Estado, viu-se desfal-
c ado de dons filhos dignos, pelo amor que ihe devotavam
s drs. Julio Mello e Manoel Borba, o primeiro, em exercicio
interino do governo, e o segundo. que ¡a o havia occupado.
com destaque.
Em relação aos congressistas paraenses fallecidos, acha-se
a referencia feita, com os merecidos elogios, em outra parte
desta mensagem.
A euressão do nosso pezar está contida nesta informação.

A alteração unica, que temos a notificar, refere-se ao Cabinets


official de gabinete, academic° Luciano Lopes Bentes, em com- do governador
rnissão, no Rio de Janeiro, sem augment° de despesa para essa
.dependencia.
A correspondencia affecta ao gabinete tem sido attendida
com toda a pontualidade, não havendo ainda falta nos encar-
gos de representação, que lhe estio confiados.

483
Visitas . Durante o period.° comprehendido por estas informa-
çõis, estiveram em visita a. esta Capital: o sr. dr. Ephigeni0
de Salles, presidente do Estado do Amazonas; o sr. Chuichi
Chaishi, chefe de immigração do Ministerio do Exterior do
Japão; o sr. J. Dearden Holmes, membro da Sociedade Real
de Geographia, de Londres; o sr. Ryoji Noda, secretario da
Legação do Japão, no Rio de Janeiro, e o sr. dr. Ildefonso
Albano, delegado commercial do Brasil, em Havana.
Estiveram ancorados em nosso porto : os cruzadores «Bahia»
e «Rio Grande do Sul», em viagem de instrucção de guardas-
marinha; a corveta ingleza KWistaria», o transoceanico alie-
mão «Cap. Polonio», trazendo a seu bordo cerca de 600 ex-
cursionistas e o cruzador allemão «Meteoro».

Augrnento Não queremos julgar da opportunidade, criterio que en-


de vencimentos
tregamos, inteiramente, aos srs. congressistas; em todo Caso,
não podemos calar a difficuldade em que se encontram os
serventuarios do Estado, com a retribuição, que lhes é consi-
gnada, em face do alto custo da vida, que se aggravou, pelo
enfraquecimento da moeda, na- sua acquisição, como pela ele.
vação do preço das principaes utilidades, em relação á subsis-
tenda e a vestuario.
Já calcularam os economistas que esse augment° se alçou
a 454, de sorte que equivalente accrescimo deveria ter o
ganho dos que prestara:serviços publicos. Mas, infelizrfiente,
as condições financeiras do Estldo, por emquanto, mid° per-
mittem, nessa rspida melhOra de sua. longa convalescença.
Comtudo. a illusão de bem estar decorrente dos pagamentos
em dia, tanto na Capital, como no interior, desde o anno de
1925, inicio de nossa administração, já produziu os seus effei-
tos, pela lei do habito.
E uma vez reposto dessa melhora apparente, nab ha
guem que. deixe de reconhecer a insufficiencia do referido
estipendio, a começar do chefe do Estado até o menor func-
cionario e que não veja a necessidade imperiosa de majoral-o.
E' sem reservas que podemos nos manifestar sobre o assumpto,
pois que a nós não aproveita mais.
Visando esse objectivo, se nos permittissem os srs. con-
gressistas, suggeririarnos a indicação de uma commissão com-
posta de senadores e deputados, de preferencia aquelles mais
ligados á burocracia estadual, para estudar os cortes que ofunc7
cionalismo vem soffrendo, em
successivas administrações, em
relação a logres, ordenados,
gratificações e addicionaes, me-
dida de que não temos de nos peniten,:iar,
porque não a ado-
ptamos.
A esse minucioso e
attento exame, não deve escapar a
situação financeira, em que nos encontratnos,
de sorte que não
se criem dificuldades a quem nos tenha de
substituir.
A verdade, porem, é que a condição desse
funccionalistno
deve ser olhada com aesejo de wodifica-a
em seu beneficio,
porque é a propria sociedade paraense que s
vae attender.
A obra, que empreliendetnos, visando
o interesse do Es-
tado, foi elle quem a construiu, por suas mãos habeis,
enter-
rando-a, indestructivtlitente, em nossa terra.

Coin o fim de que pnssam o


srs. copLzress;stas ter u na Syn3pse
vista de conjunct° de quanto conseguimo. reilzar. dos trabalhos
dento dos
parcos recursos do Estado, sem appel:o a qualquer
emprestion.
durante o quadriennio prezes a findar, offerecemos
o seguinte
resumo, onde se acham zompendiadas, em synthese,
todas
informações desta nossa mensagem:
FINANÇAS
I Restabelecimento dos creditos do Estado, interna e
externamente em virtude de pontualidade nos pa-
gamentos ao funccionalismo, da Capital e do interior.
11 ReducQão em qua-4i todos os titulos da divida do Es-
tado. Crganisação da escripta do Thesouro, pelo sys-
tema digraphic°.
!II A.lterac5o da clausula contractual do
einprestimo
estrangeiro, Tie estipulava o recoliiiinditto diario
de 45 ° rendas' de exportação estaduaes, para
somente 10 fenda ordinaria, sem outro onus.
IV Rigorosa arrecadação de impostos, sem transacções
prejudiciaes ao erario publico, was com transigen-
cia equitativa de praso, feita directamente, visando
auxilio is industrias novas e aos productos só retri-
buidos já embarcados em Belem.
FOMENTO ECONOM ICO
I Informações minuciosas sobre as terras e seus pro-
ductos: Publicaçâo do Annuario Estatistico do Esta-
, di> e creação da Secção de Estatistica e Inforações
do Estado. . -.
II Concessóes Ford, Fukuara e outras em via de reali-
sagito.
III ConcessOes de titulos definitivos, das áreas que bene-
ficiaram, a pequenos lavradores.
IV Arrendamentos de castanhaes e balataes.
V Compra de installação completa para immunisaçdcr
de cereaes.
VI Acquisição do predio para o Banco do Estado, que
se destina a facilitar e incrementar o surto econo-
mico, da Capital e do interior.
Compra de mobiliario completo pára o mesmo.
edificio.
pompra de 775 apolices federaes de um conto de
réis, para patrimonio do Banco.
Compra de 16 kilogrammos de ouro, em pepitas,
para lastro do Banco.
Creaçã.o da caixa rural systema Reifresen, em Bra-
gança.

COMMUNICAÇOES E TRANSPORTES

VIII Reconstrucçã.o da E. F. de Bragança e conservação-


e reapparelhamento da E. F. Tocantins, nos seus
materiaes, fixo e rodante.
IX Estradas de rodagem, ligando a Capital e visinhan-
ças, e outras em yarios pontos do Estado.
X Alteração no contracto de viação urbana para unifi-
cação do preço de passagens a $200 para qualquer
ponto da cidade, visando defender as populaçóes dos
bairros afastados e augmentar a edificação de casas.
Assentamento de novas linhas e duplicação de
outras.
XIMontagem de estações radio-telegraphicas em Alco-
baça, Marabá, Altamira, Conceição de Araguaya, Itai-
tuba e Soure.
XII Montagem da estação de radio-telephonia (broad cas-
ting) e fundação de uma escola de radio-telegraphia.

NAVEGAÇÃO

XIII Reforma no casco, pintura e inobiliario do vapor


Almirante Alexandrino ).
XIV Acquisição de duas lanchas motores para o Mata-
-: douro Maguary.
XV Navegação subvencionada entre Obidos, Oriximini e
Faro.
ENSINO PUBLIC()

1 Creaçdn de ;.trupns esculares, diurnos e de Escolas


Agreiniadas Nocturims. para operarios.
Itcrorma cscolar. I]apital e no
interior do Esta410.
III Restaurti:ii) lilici(); 410 Gymnasio
cPaes de '..;irval110,, 41:t Escola Normal e do grupo
escolar cPe-lro
IV Itestauro:do, concor!os pintura do edificin 410 Ins-
4.

tituto <Latin., )d r' e acquisiçrin do inotores


para
as offici nas do nwsino I nstituto
V Concertos, p1 ura acquisiçdn de moveis. arma
4:4Ties e vailliuies para a Faculdade de Pharmacia
Edificai) 410 grupo 44Artlitir 14-Tnardes',
acquisição
de terrenos para novas installa.6..!s, recreios e jar
dins. Forneciniento de nobiliark, completo e instal
ção de luz electrica.
Conclusão do Instituto 44Gentil Bittencourt,, pintura
e conservação de todo o editicio.
VIII Acquisi0o e adaptação do grupo escolar c Epitacio
Pessoa e da escola cominandante cltayniundo Ledo».
IX Adaptação, pintura, mobiliario e installação de luz
electrica nas escolas agremiadas (Cypriano Santos».
X Installação de luz electrica no grupo cEpitacio Pes-
soa» e nos outros grupos onde funccionam escolas
agremiadas nocturnas.
XI Acquisição e adaptação do grupo escolar de Abaete.
XII Reconstrucção do grupo do Castanhal.
XIII Pintura e reforma dos grupos de Santa Izabel, Iga-
rapé-assti, etc.
XIV 7 Creação do campo experimental da Escola de Agro-
nomia e Veterinaria, e fazenda de sementes, em Ca-
meti.
XV Officialisação da Escola de Agronomia e Veterinaria
e auxilio para que corresponda aos seus fins.
XVI Manutenção da equiparação do Gymnasio (Paes de
Carvalho» e da Fac.uldade de Pharmacia.
XVII- Pintura e reparos no edificio e no mobiliario-da Bi-
bliotheca e Archivo Publico.Encadernaç* e reen-
cadernação de livros.
'XVIIIPintura e reparos do Museu Gceldi e concerto de
jaulas dos animaes e material para conservação das
collecOes.
XIX Acquisição do prelo e material typographico da eA
Provincia do Partis, para reforçar as officinas do
elliario Officials.
HYGIENE
I Serviço San itario do Estado apparelhado devidamen-
te, mantem a policia de fkos.
II Contracto com a União para os serviços de Prophy-
laxia Rural e doenças venereas e lepra.
III Compra de duas extensas áreas para augment° do
patrimonio do llospicio de Alienados. Reparos e
pintura do edifIcio.
IV Conclusão do edifIcio do hospital Domingos Freire
( tuberculosos ).
V Exploração das loterias para o custeio da Santa Casa
de Misericordia.
VI Concessão do monopolio de enterramentos, em Be-
lem, para auxilio da Santa Casa de Misericordia.
VII Fornecimento de carne verde aos hospitaes do Es-
do, da Santa Casa e a outros estabelecimentos do Es-
tado, no valor de quinhentos contos annuaes.
VIII Grandes trabalhos de reparo e conservação na rede
de abastecimento de agua, de Belem.
IX Fixação do preço de mil e quinhentos r6is o kilo-
grammo de carne verde, para o consumo da popu-
lação.
X -- Restauração completa do Matadouro Maguary, de
suas pontes e trapiches.
OUTROS SERVIÇOS
I Creação do almoxarifado, na Secretaria Geral do Es-
tado, para fornecimentos is repartições.
II Consolidação, concertos, reparos e pintura do edifi-
cio da Camara dos Deputados, Intendencia Municipal
e Piro.
111 Concertos, reparos e.pintura do Palacio do Governo.
IV Restauração de Moveis, tapeçarias e bancadas da Ca-
mara dos Deputados.
Pinturas e refórmas no Senado.
VI Pintura e restauração de moveis no Superior Tribu-
nal de Justiça e no Ministerio Publico.
VII Pintura externa e interna no editicio da Itecebedo-
ria de Rendas.
VIII Concerto e pintura, externa e interna, no quartel
do B. 1.

188.
IK Pintura e adaptagtio it defesa do G. M.
X Adaptaciio de urna sala e mobilittrio para o Conse-
lho Penitenciario.
XI Abertura do ramal para o eaes do Porto.
Acquisiçiio de 80 animaes caval lares para
remonta
do 13. C.
XIII Constrlo de ponte ciii Itragança, .1baett.., Faro,
Obidos.
XIV Acquiskrio de II aoloninvois part o 1.:,:lado.
XV Estv:/(1.1 de rodagcm em Ale!nquer.
XVI Croarrto orgallis;o:ro) tio avtarto h Porilho
ABALlios lIA INTEDEN(L\ 1)1.: correioTR
N() .1.ITA1.

Organisa,:io 1
ias linano.4 iritoroa. o 17,11,Ilisrto
de varias estradas de rodTens. Fcchamento por !int-
ros de aivenaria e;..;rade-s e it.. u:111
para o oomilerio do Santa lza1p-1.Gloo!LK5,1
cio da rtirtliafio 'Mar -110wHI, para o urpirol ir .111fonio
Santa Conoorio vi::s
principais.
1NTENDENCIAS 00 INTERIOR
Todas apresentain melbor emprego (I suas ri ri ge- in

ral, acrescidas depois que foram arrecadadas pia Ite-


ceb,Nloria do E-:lado. E em muitas foram emprehendidos
trabalhos que boneficiain os municipios. Nesse numero
se destaca Obidos. corri trapiche, vaes, inercado, instal-
laciio de luz, abastecimento de agua e matadouro.
Tambetn lust:Mac:41:s de luz foram feitas em Canteti,
Marabá, Altarnira, Irituia, etc.
Sempre que foi possível, o Estado auxiliou varios me-
lhoramentos.

Acabastes de percorrer as paginas, cm que vos coNcLusio


informamos de todos Os acontecimentos occorridos,
em nossa administracdo, atc o ultimo anno de nosso
periodo, e de verificar o cumprimento de promessas,
constantes de nossa plataforma, mas condicionadas
A situaçao financeira do Estado. Nao queremos, en-
tretanto, que olvideis o elemento pri-mordial, o
auxilio poderoso que foi, para nossa ardua tarefa. o
funccionalismo, que encontramos, heroe obscuro e
humilde, a dar o que era possivel de trabalho de-
dicado, sem retribuição, e que convidamos a colla-
borar comnosco no necessario engrandecimento do
Pará, normalisando os seus vencimentos. Pára o
exercicio de todos os cargos, nelle deparamos compe-
tencia, honestidade e immenso desejo de ser util
terra commum, de sorte que tudo emprehendemos
e os melhores resultados conseguimos, sem que hou-
vessemos nccessidade de ir procurar, em outra parte,
o concurso de extranhos.
Nunca estivemos ao serviço do bairrismo estrei-
to, e a nossa indicação para varias funcções, tendo
recahido em filhos de outros Estados, explica o
nosso pensamento. Mas é força reconhecer que, na
nossa gente e na que compõe a nossa população,
deparamos, para cada logar, o exacto funccionario.
Ao vosso lado, srs. congressistas, ff.-)i esse o
propulsor da tarefa aqui realizada, no actual quadri-
ennio, immensamente coadjuvada pela população
toda, laboriosa, intelligentv ordeira, que s6 quer
estimulo para progredir.
Não desejamos, entretanto, nesta ultima oppor-
tunidade, como governo de nosso Estado, esque-
cer qualquer auxilio, que nos houvesse sido pres-
tado, pois que insignificante nenhum foi, tão auspi-
ciosos sempre os resultados que colhemos.
E só assim foi possivel a obra que ahi fica, tanto
de beneficios materiaes como moraes.
Dessa maneira, somos desvanecidos ao con-
curso do Poder Judiciario, que synthetisamos no seu
mais alto representante, qual seja o Superior Tribu-
nal de Justiça, de quem tivemos, mais de uma vez,
a singular deferencia de incorporar-se para se con-
gratular comnosco.
E certamente não podemos ter outro movi-
mento em face do apoio .que recebemos, em ma-
nifestações memoraveis, t5o da cssencia da verda-
deira democracia, e em que nenhuma classe social
deixou de participar, honrosa e
espontaneamente,
prestigiadas por industriaes, commerciantes e por
quantos se interessam pelo engrandecimento regio-
nal. Tarnbem, para que melhor agissemos, nunca dei-
xamos de receber todo o concurso, que sú unia agre-
miação politica, forte e desinteressada, como o P. R.
Federal, nos poderia dar. Pode-se dizer que realiza-
mos o ideal de ver reunidos em nosso Estado os ele-
mentos sociaes, numa obra que C de todos e que para
seu completo exito só exiFe continuidade na admi-
nistração, com ausencia absoluta de personalismo.
Demos a ella, o que nos era facultado de energias
vitaes, com o intuito de retribuir a confiança do elei-
torado paraense, que nos distinguiu com mais de 41
mil votos, uma das maiores votações aqui obtidas.
E coroando os nossos sentimentos de gratidão,
queremos, em destacado relevo, o nome do exmo.
Sr. dr. Washington Luiz Pereira de Sousa, beneme-
merit° presidente da Republica, pelo muito que ficou
o Estado a dever ao governo da União.
Satisfeito por ter occasião de render esta home-
nagem a quem tanto a merece, terminamos a nossa
exposição das occorrencias principaes, que podem ser
completadas por quantas outras julgueis necessarias,
saudando-vos, attenciosamente.

aud'zt. c/./LteJ

191
-

ANNEXOS
Serviço de Aguas Demonstraçio do movimento economicofinanceiro do anno de 1927

SALDO DE 1926
Importancia depositada no Bank of London & South America 200:0005000
Idem, idem no Banco do Para.
9:559;5500
Idem dada por emptestimo A Estrada de Ferro de Bragança 100:0005000
Idem em Caixa na Thesourari.t deste Serviço
42:656$312 315:203S812
Renda arrecadada em 1927.Ordinaria
Consumo
913:4475640
Multas sobre o consumo
197305970
Multa por infraccão do Regulamento. 1:3205000
Derivações
Diversas indemnisações 53:258$000
3:856S239 9916125810
Extraordinaria
Juros vencidos em ;1 de Dezembro de 1926. 4055900
Idem. idem, durante o anno de :927
13:074$400 13:480$300
Restituições
90$000 1.0051835140 1.3503915952
Despesas dos Serviços desta Directoria
Combustive' .
101:414.S:;05
Lubrificantes
45:876$500
Materiaes
166:4435497
Acquisição de Hydrometros 8:5575820
Expediente
10:9895500
Eventuaes
94:843$400 428:125S02:2
Thesouro do Estado C Receita
Importancia rccolhida ao Thesouro do Estado para pagamento de folhas do pessoil
deste Serviço, referente ao anno de 1927 283:2905570
Idem, idem, idem referentes aos annos de 191; e 19 11
9:4755252
Idem em portarias de encontro de consumo de agua devido por funccionarios
Estado com seus vencimento atrazados ....... 9:158S300
idem de pagamento ao sr. Genezio Francisco Lins, proveniente de carretos feitos
para este Serviço no anno de 1914
2:420$000
Idem, idem ao r. Antonio Jose Gonçalves. proveniente d oo caixas de ferro
fundido para 91vulas de derivações fornecidas em 1913....... ....... 1:21103tXm
Ident de liquid:v-7' Inontepio do Sr. Francisco Celestino Numn, fun:cionario
Estrada de Bragança
2:2765.100
Idem 'em contas de fornecimentos leitos a diversas repartições do Estado cru 1927
Ident em moeda corrente 15:293$6941
(i7 819$000 690:9335212
Banco do Para
Importancia paga por liquidação do emprestirno de 50:0005000, contraltido em 1926
011011110 1.119:0585234
SALDO ------- -

Importancia a receber da Estrada de Ferro de Bragrança


Idem em deposito no Banco do Para 100:0005000
Idem em Caixa na Thesouraria deste Serviço 83:0325800
23:300:5918 206:3335718

1.350:391952 1.350:3915032
SERVIÇO DE AGUASDemonstraçãoda Receita e Dzspesa propriamente
dita referente ao anno de oz7

Renda arrecadada
oltDINAltIA
Consumo 913:447640
Multas sobre o consumo 19:7305971)
Multas por infracciio do Regulamento 1:3205000
Derivações ...... . ....... . 33:2585000
Diversas indemnisacries 3:856S230
991:612584u
EvrttAonoisAniA
Juros vencidos durante o anno 13:0745400 1.004:6875240
Despesas dos Serviços desta
Directoria
Pessoal 283:2905570
Combustive! 101:4145305
Lubriticantes . .......... ... ... .... ...... 45:8765500
Materiaes 166:4435497
Acquisiçio de Hvdrometros 8:5575820
Expediente. 10:9895500
Eventuaes 94:8435400 711:4155592
SALDO 293:2715648

1.004:6875240 1.004:6875240
SERVIÇO DE
AGUASDemonstração do movimentO
do 1." Semestre de 1928. economico-financeito

SALDO DO ANNO DE 1927


Importancia a receber da Estrada de F. de
Importancia depositada Brag.toça
Ituponancia em Caixa naem C/C no Banco Jo Para.
Thesouraria deste Serviço
100:0003000
810:231i00
23:3005918 206!3303718
RENDA ARRECADADA NO 1° SEMESTRE
DE 1928
Consumo
Molts% sobre o consunio .
Multas por infracçao do Regulamento 454.7=150
Derivaçam ....... 10:0153140
Diversas inderunisa0es 3803000
.................... 40:03831r.41
tr.323000 505:988r240
DESPF'4A DOS SERVIÇOS DESTA 712:3213558
DIRECTORIA

CPessoal
ombustive! .......................................
................................... 147!91911.546
47:6863700
MLubrificantes
ateriaes .................................................................. 121373400
Expediente 85:1673790
Eventuaes ... 8.4733900
....................................
THESOURO DO ESTADO C/ RECEITA ---__
650143327
' 366:Z193663

Importancia recolhida ao Thesouro do Estado....


BANE OF LONDON, 242:534790
SERVIÇO DA DIVIDA
EXTERNA DO ESTADO
Importancia racolhida ao Bank of I.ondon A: South
America para accudir ao erviço da
externa do Estado. divida
41:175321.4
SALDO 6501053657

Importancia depositada em C C no Banco do Par.1..


Importancia em Cants na Thesouraria deste Serviço
52.803104
569363197 62216531J1
_.
712,321394-.8 712:32139514
DIRECTORIA GERAL DO SERVIÇO SANITARIO
MORTALIDADE POR MOLESTIAs TRANsMiSSIVEIS EM BELEM
CAPITAL DO ESTADO DO PARS NOS ASNOS DE 1925
A 1927
E 10. SEMESTRE DO ASSO DE 1928

MOLESTIAS 1925 1926 1927 1928 ! TOTAL


1

Febres paratyphoides 9 23
Impaludismo 13 I 69
438 400 380 117
Ancylostomiase 1.445
.
67 60 45 15
Tuberculose 187
619 721 649 310
Lepra 61
; 2.299
72 46 19
Varíola I 76
198
Sarampo 3
77
48
Raiva I
51
Syphilis
1 1 1 4
27 ,-)c)
45
Coqueluche 122
6 2
Diphteria ......
Gnppe. .
.. ... ........... . 9 8
1

6 1 24
9
40 94 7")
Dysenterias ................ 18 224
156 135 58
Beri-beri 377

SommA
--
1.438
--1

1.669
....
- --- 3
1.329 653 5.089
IMP

SERVIÇO DE PROPHYLAXIA CONTRA A VARIOLA


NOS ANNOS DE 1925, 1926, 1927 E L. SEMESTRE DO ANNO DE 1928
1925
.__
-4 I 2
? g
MEZES .Z ti.
._
2 o
,. -:: ! 1
, 7.
_
.7..

7. z-,
-_-
:.:c
z ; =

Vac:if/Wiese revac.; 2.849i 3.401 4.7K% 1.963 1.511 2.282 2.669 2.741 Itnt 2.121 2.684; 2.414 32.161
Aatestadosdevacc...: 2.3171 2.825 3.935 1.711 1.3S2 1.193 1.2CA 1.334 872 943 1.366: LOC. 21.2G0

1928
Remoções... ..... 23 181 9! 17 25 4-4 361 23: 9: 221
Obitos em domicilio 1
. 4
..... 1 ....
Curados.............
i 1

25; 13; 9! 14 281 25 16 13; 1 .... 149


:

Obitos no Ficipital. 5
2 1.; ;4 12 141 10,
I
8 4 1; 1; .... 7'
Desinfecções 79: 50' 19; 42 ca 55'; C..! 241 17 19: 464
i
1

Vaccina0ese revac.13.196 25.627.C27 26.18113.250Í 8.10212.006; 6.155' 3.7761 3.179 2.0414.1.549: 2.0641 114.113
! i r

Attestados Je vac:- ,' 2.943 3.794 2.239; 3.119: 1.888 1.613; 1.3:0; 4321 831; 894 1.0031 21.241
; 1
1

1927
Vacinações e revac.! 3.292 4.001; 3.102; 1.825 1.811 1.694 1.747i 1.2821 986! 1.1351 1.223! 1.869: 23.9h7
Attestados de vacc... 2.063 3.169 2.6011 1.3831 1.2951 1.165i 995 809" 7071 1713, 8971 1.184 17.043

1828
Vaccinaebes e revac. I 3.314 3.293 3.4081 1.852! 1.610 2.226; .... 1

... I 15.903
Attestados de vac: 2.871. 2.3:13 2.292 1.462i 1.270! 1.003! .... 11.231
Directoria Geral do Serviço Sanitario do Estado do Pará

MAPPA DEMONSTRATIVO DOS SERVIÇOS FEITOS NA SECÇÃO DE


-
POLICIA SANITARI. DE FOCOS E H YGIENE
DAS HABITAOES DURANTE O ANNO DE 1926.

z g :.
;.."
P..
74 E
5.?.
'''
Materiaes Gastos
,. _ i a 17c.
I-
t c-
e
z ili z
.4
X Fl 72'
ca A t ce
; ,Ç

u2 ¡t:»i: ... - ... .1....


:.,
,,,
_.
:..

7 ..... ". PETROLE0


E ; a: :5 z.
7-
_. , ----
..., u< 4
_ ... 3.. GC ::< A '..'
:1: .2.; ; :).: ... e
:::
E-. 9 ...,
i. ''' :"e .-4 ?.... :s.1 -.
KEZES -. ,
-`: ....
...< .4 F-
1.r..8 C
:.1
'1 i2 ;r
A
?....' 7 A t :5:. r.
g I... -c. .
CA

O
ci,
e
:8'
... <
1

=
E.
-.I :,
t!
....,.
.'t
,;
t
.t: x > 5:
2 2.:
^
:4 2 ..- A2
-mPz-
:
c x " 2 - -a 3z 1
2
Z
a.:

v. ;
p; :
L- ..<
-:
el

.4 ?,
=
z
:::

IL'
5:

< pr.P
2,

z z z
2 = ..
::
s... .
4:
f.:
>
., se <
--
...3
C
2
,,
i
P.

JAneiro
.. .15 3 16 1 . 2 1 .. . 47 9 .... ....
Fevereiro

!faro
30 8 4 9 .. 4 . 1 I .. 43 5 .... ....
17 21 3 20 1 3 .. . .. 51 13 ....
kin-9
31 14 II 10 .. 9 1 ..
11aio
. 27 12 3 2 1 2 . 2 .. 43 4 .... ....
[unho 11.207 9.508 1.062 59 40 4 54 25 217 37 32 7 54 1 - .

-- ----
11.207 9.508 I-.002 59 40 4 54 25 17 165 02 31 111 4 18 3 4 3 . .1 42 3.232 ....
ulho
)(0..to
13.990 5.074 1.(62 59 30 4 55 25 7 29 19 9 45 9 .
15.8= 3.767 1.116 62 40 4 57 Z 7 31 29 12 .. .. .. . 1 . 75 25 3.530 ....
etenibro 18.132 3.345 1.116 62 60 25
4 50 7 49 35 7 53 9 11 4 2 .. ..
)u:uhro ...... 13.110 2.563 1.116 66 60 4 36 28 37 30 29 6 .. 1 10 8 2 I .. 60 I 3.290 ....
:oven] bro .. ..... 11.152 1.895 i 1. :. 63 60 4 71 23 30 35 35 8 .. . 45 .. .. 70 .... 4.160....
/ezemhro 14.115 2.220 1.768 88 60 4 58 36 37 52 44 11 58 .. 9 2 2 100 4 7.600 7.600

85.621 18.864 7.366 400 310 24 4V 63 730 ed.. 91 53 56 19 34 19 6 2 .. 451 44


- 24.115 7.600

TOTAES. 96.828 28.372 8.428 459 250 28; 188 ' '", I 52 22 10 5 .. 60 86 27.347 7.600
-
Directoria Geral do Serviço Sanitario do Estado do Pará

MAPPA DEMONSTRATIVO DOS SERVIÇOS EErros NA sEct.:io nE


POLICIA SANITAHIA DE FDCUS E HYGIF-NE
DAS HABITAÇUS DURANTE O ANN° DE 1927.

tc
..: gr ;

' l
Materiaes Gastos
1

7. .r. 8 ::-
; =<
.: =,- !

! z 2 i,
= ,
< t.:
=
a. v. :f.-.,: L., 1: 7. E.
2F:
..; x z ' ; 5 ! E 7 ,le. z
.
.1 cn
...i

5
....7:

..4
1

l 4 ::: E ;: ©
. `4,. ,

X ax ;-.
:r.
F. :4 1

:7: C PETROLE0 V: '

F 7
... .L' r< l'; M ! rE 40 Z. ,..," V:
OC
I-
..,, -.
=1 ,. ,-
l':
_
,
-
1.-
.'
i
'
-I
0.! , ''.:
= 1,
1.. '
-: .:.
X0
r.t [-.
a: - '=.-
MEXES :T. - .4
= 2- ,..,
_ v;
1'
x ;

. , .. .; ! t I ,:! ,
'
!.±. . '' ' ; 2: 7 g r:
...5 1 ,,.. -
.7,,
,
: , .:...' ,....
;.:
,.., ...: r u: '''' E ..c z :i:
,
.,. 7:
::- s I- x ; :'1
:5. .- A _ r..' < =

.., il=,...,,All:,;
I
=
-...:
j. 5:;
'
7:1 F7- ,.
z 4
fZ . :-
; ....
...
; Ht ?; .3 tt 1.4
;
:1.-

'.
2
..:4 ;,;
Ç w TT c >
4.
1
-1 :'-'

Janeiro 14.313 2.130 1.158 88 40 8 11 25 :C 44 38 1933 3 5 3 3 179 1.940 17U


Feverebv.. 14.313 3.412 810 45 40 1 4 17 22 22 al 27 20 17 5 8 4 2 61 2.995 66
blaro
061
14.310 3.274 1.162 59 40 8 35 27 35 12 34 2J 35 3442 1 .... 78 2 4.Z0 210
14.313 2.754 900 50 21 6 16 21 21 38 : 43 19 40 .... 8 G 6 81 4:375 73
Waio 14.313 2.977 864 48 10 10 47 24 1 31 46h47 21 47....10 6 6 1 . 93 4.630 85
JImam 14.714 1.983 1.044 58 180 8 14 9i 25 :;7H7 19 1 7 3 3 2 . 84 5.570 290
1

86.276 17.130 5.938 K 4%. 298 222 !147172 211.*6 118 172 12 42 26 22 4 1 476 2 23.760 893
!relho 13.517 2.463 1.062 59 40 4 27 251 32 3'.11 40 19 24 4 21 5 5 1 2107 28 6.020 130
Lgosto 14.774 2.416 1.026 57 4H 4 17 25 35 15 41 18 53 ... 16 11 9- 1 .... 07 21, 736
ietembro 14.583 2.498 1.008 56 40 4 426 27
: 32 25 , 31 1 22 Gli I 21 3 3 3,1 GG 10 4.130 203
)unibro . ...... 14.833 2.702 1.152 64 20 , 4 47 ' 25 I31 2:1 37 22 30 626 4 4 1 1 68 8 5.690 120
ovembro .. ..... 15.848 2.862 774 43 20; 4 302537 37 34 25 ! IS TI .... 17 8 8 1 1 G4 5 4.600 1$6
kzembro 19.5663:494 738 41 20
;
4 19 ! 25 '19 19 I 331
1

9 37 3 15 3 3 3258 7
! ; 1 1

-- -
93.121 16.435 5.750 80i24 25, i149 202 185

71)1WES....... 179.397 11.565


--
11.688
- _ :- -i-- - -1-1-- -
!

10 122 .547 296 374 26 -1-13 :=7 414


1

I
'207 409 142

!,
! I-
- - - - --- -
14

26 118
16 34

60
22

44
10

14
7 70 79 21.176
-------- --,--
609

81 44.936 1.502
I
8h46
! 1 ! 1
' '
Directoria Geral do Serviço Sanitario do Estado do Pará
MAPPA DEMONSTRATIVO DOS SERVIÇOS FEITOS NA sEcg.i.o DE POLICIA
SANITARIA DE FOCOS E HYGIENE
DAS HABITAÇÕES, DURANTE O 1.4 SEMESTRE DE 1928.

Materiaes gastos 4
a. C 9 1 4
%
!
7
i t
7, 4
1
7
I

,
PRETOLE0 E ' I n ' 7
7-
z 4. E t 7
! A
!
C
-
MEZES =
;
; I. - :

5 3 t
.1.:

Jf , i z ! . f
f ;=
-
!
,

f
I

4.
71' 77
- . I
F.:
;
,
7 E:
%
7 ; !

' 4
1. 0.
.E
I

Janeiro 15.621 2.219 720 40 al 1 11 I 25 32 39 3.1 13 251 18 18 2 2 .... 86 12 1.970


Fevereiro 15.585 2.578 594 33 20 4 In 2534 39 32 11
2Sf 4 18 9 9 so 9 I 2.340 3.600
Março 15.642 2.361 720 40 20 4 G3 21 36 63 49 20 G3 2 14 616 ..... 11 510 300
Abril 15.840 2.384 792 14 20 4 31 26 32 45 25 25 31 2 19 3 ..... .1104 34 3.050 310
Maio. 17.791 2.198 594 33 20 1 38 25 :12 53 39 13 38 8 2 92
1 1 1 16 3.520 360
Jonho 17.864

----
2.594 594 ! 3:1 20 4 30 25 :n 49 34 14 30 2 G 2; 1 1 1 97 14 4.634 680

TOTAL 98.343 14.864 4.014 223 120 24 212 123 198 214 97 -12 11 83 17-1
17 !
!
2 2 582 96 17.054 5.140
111.7
ESTATISTICA DEMOGRAPHO-SANITARIA
(MIDIS NA CIDADE DELEM (CAPITAL)
1924-- 1927

TOTAL Coefficlentes dos obllos em oral


CAUSA DAS MOVES ,,
I

1924 1995 1926 1927 1921 192:i 1926


1i
' 1927
===== :
:

,! !

Febre typhonic
Febre paratyphoide
Impaludismo 575
4; t . El 2I. 0,15 ,. ,.; 0.26" 0.56 - , 0.74 ..
401 ; 41111 380 ' 14.43 i12.60 9.67 ,11.74 .
Variola
Sarampo
1
..
1 76 .... .... I
i

0.03 -H 1.84 . ....


Coqueluche
.. ,
49
1
.... !I .... I 0,09 . ! 1.19 . ...
6 1 0.15 0.17 . i 0,05 - 0.03
Diplueria e croup .1 9 8 6
, ¡

Gnppe ! 11.08 . 1 0.26 l 0.19 0.18 -


12 111 91 72 i 1,05 1.15
Cholera morbus ; 2,28 2.11
Febre amarella
Peste bubonica
'I
,; ... .... .... ....
reriberi i

Lepra 79
1

3.8 72
2 ,

46 !i 1.98
0,03 a , 0.113 .... 0,06 ..
Dysenterias , 1.67 1.74 1,42 -
Tuberculoses pulmonal
186
0/6
156 136 58 ',1 -Lc - I 4.49
3.29 1.80 .
595 697 625 ;15.21 .17.12 . 16.85 19.31) .
Outras tuberculoses 17 2: 24
a molestias transmissives '
24 ,; 0,42 0.70 0.58 074 ..
infeccio purulenta, septicemia (excepto a puer
peral
Raiva
95 82 87 939
.1 38
--
!

2.36 2.10 2.94 -


2 I 1 0,0a 0.03 0.02 0.03 ..
S_yphilis 23 29
Cancros e outros tumores maligno.
44 :1 0,57 I0,77 0.70 1.36
71 72 66 Xi 1,1 1.78 2.07 - 1.60 1.30
Outras doenças genes 4"1 26 0.0
Affecçiks do system* nervoso 111! 1.41 1.20 0.34
70 8111 85 371 1.76 2.53 2.06 1,76
apparelho circulatorio 3111 297 314 311 il 7.35 8.:.14 - 7.59
rmpiratorio 9.60
197 260 338 187 1
7,48 4.958,17 5,78
digestivo 9/0 1.188
nao venereas un arpa. g,enito-unnaric
1125 t'30.66 26.18 28.72 23.48 .
142 118 133 139 '; 3.36 3.39 3.22 129
Septicemia puerperal 15 16 14 26 ': 0.37 0.46 . 0.34
Outros accidentes puerperaes da gravidez 0.80
11 12 S 'i ().:m - 0.23 0.29
Atfecções da pelle 0,25
12 8 13 0 0 '1, 0,21 0.31 . 0.18
dos ossos e do, org3os dc locomocao 3 6 il 0.03 0,07
da 1 a idade e vicio, de conforrna;3o . 0.18
153 140 137 153 1; 3.84 4.03 3.79
Senilidade 4.73
26 19 !I 0.73 0,43 . 0.63 0.39.
Mortes accidentaes 11 50 61 1.38
'

I
1.27 1,21 1.88 -
Doenças ignoradas ou mal definidas.... 7 G 13 12 p 0.18 0,17 0,31 0.37
TOTAI. 3.985 3.476 4.136 3.23:11 11'3-1.. 100"/, 100*.",.. 100..
Nationanos 449 408 435 470
Populacio, segundo o accrescirno de 4,11 an-
nualmente calculado em 1927 172.235 179.375 186.727 194.421 ,I
Coefficientes de obitos por 1.000 habitantes 23.13 19,37 I 22,15 16.65
Directoria Geral do Serviço Sanitario do Estado do Parit
MAPPA DEMONSTRATIVO DOS SERVIÇOS FEITOS NA SEC.04) DE
POLICIA SANITARIA DE F6COS E HYGIENE
DAS HABITAÇÕES, DURANTE O i. SEMESTRE DE 19428.

c 4
v
F Materiaes gastos I . 5.7,
5.: t'E.
II
7,1 I
o A 7. 77 A
7 17, 4 !1 r... .1
PRET0120

IMES
7 ;g
7
, -
7
7
t.
-
A

A
..:
1- I
c. .7.. .F ï
6.
.7.
L.: CZ
i7
7..c
= 2I A . A
V x 1 ": .?: 2
V
7. 3. .-
7 A
v. 7
, './/
A; <
:.
re.
Le:

71
; Z ...:
':Z.....,..
I

Janeiro 15.621 2.249 720 I 40 20 4 25 32 39 35 13 25 18 22 ... 86 12 2.970


Frrereiro ......... 15.585 2.578 594 I 33 20 4 25 25 3439 32 11
11 4 18 2I 2 2.340 3.600
Março 15.642 2.561 720 40 20 46333 36 63 49 63 2 14 G ! G 11 510 300
Abril 15.840 2.384 792 1 44 20 4 31 26 32 45 25 31 2 19 313 ..... .. 104 34 3.050 200
Maio 17.791 2.498 594 1 33 20 38 9
.1 X2 53 39 13 1 8 2 1 1 1 92 16 3.520 360
Janbo 17.861 2.594 594 ¡ 33 20 4 30 25 32 49 34 14 30 2 6 2 1 1 1 97 14 4.634 680
- ---
!
TOTAL 98.343 14.864 4.014 221 130 21 212 123 198 114 97 212 11 83 17 17 2 2 582 96 17.054 5.140
.11.11.41111!
ESTATISTICA DEMOGRAPHO-SANITARIA
4411111S 1:11).%1)1:. 111.3.101 (c.%117%1.)

1924 1927

TOTAL CoellIcienles dos ebbs em peal


CAUSA DAS MORTES
1924 1995 1926 j 1927 1921 1923 J 1926 1927

Febre typhoide .
. ...
Febre paratyphoide ..... . . . . .

Impaludismo 171
Variola
' ; :180 '14.43 12.60 9.67 11.74 .

Sarampo
Coqueluche
19
9
- il
0.13
I 0.09 I.).
0,03 .
....

I...
Diplateria e croup
1 I 0.17 .
11,03
.4 9 6 0.08 0.26
Gnppe I ! 0.19 OAR
12 91 721i 1.05
Cholera morbus : 1.13 ! 2,211 2.2:1 -.

Febre unseen& ..... .... ....


Peste bubonica
.... .... .... .... ....
Beriberi
. .... .... ....
1 .... 2 11 0,03 _ 0.03 .... 0.04; -
Lepra
1

Dysenteriaa .....
79
186
38
136
._
136 '
44;' 1,98
58 1 4.67
. 1.67 '
I.741.42-
1.74 ,'
: 4.19 :1.29 I 1.80
Tuberculoses pulrnonal 606 393 697 625 .15.21 17.12 '16./G ,19.311 .
Outras tuberculoses
molestias transmissive,
Infecilo purulenta. septicemia (excepto a pier
17
1
4.; 24 i
....
24 0,42
'

0.03
,

'
0.711
0,06 '
1
.......
11.58 0.74

peral 93 82 87 I 93 2.38
,

Raiva
: 2,34; 2.10 2.94
23
1 / i I ' 0.03 ' 11.03 040... 0.03 .
27 29 1 44 'i 0.37 0,77 0.70 1.36
Cancros e outros tumores maiignos. ...... 71 79 66 I 39 ,' 2.78
;

2.07 - ; 1.01 1.2) .


'Outras doenças geram 42 26 ! /I '
1.41 ; 1.:11 - 0.63 - 0.34
Affecceses do avstenia nervosa 70 88 85 ! 57 '' 1,76 2.33 - 2.06 1.76
a.rparelho circulatorio... ......
;

301 297 :114: 311 i: 7.55 8.;I , 7.59 . 9.60


. respiratorio 197 260 :rdli 4,05 . 7.48 . , 8.17
187 :,
........ /.ya 5,78
;

digmtivo 910 i 1.188 823 '30.66 . ,26,18 . ,a72 25.48 .


. n30 venerea, do aprn. genito-unnari 142 118 133 '
'

139 3.36 139 ; 3= 4.29 !


Septicemia puerperal 15 16 14 26 ' 0.37 0.46 - 0.34
,
0.80 ;
Outros accidentes puerperaes da gravider 11 8i 12. 8 1).N, 0.E1
.
0.!..* 0.25.
Affecções da pelle 12 8 13 ! i; 0.3;
I
0.2:1 0.31 . 0,18
....
,

dos osso, e dos org:os de locomocde 3' 6 il 0.03 . 0,07 0.18


da I idade e vicios de crinformac:0 153 140 137 153 : 3.84 4.03
' ! 3.79 4.73
Senilidade 13 26 19 .' 0,73 0,43 0.63 11.59
Mortesacctidentars 11 30 ! 61 I 1.18 1.27 1.21 1 88
Doenças ignorada, ou mal detinidas.. ...... 7 li 13 12 : 0.18 0,17
,
0.31 0.37
TOTAL 3.985
--
3.476 4.136 , 3.2:04 11"1 '".' 100',, 100". 100

Nati-mortos 449 408 413 1; 470


Populacio, segundo o accrescimo de 4,11 an- I
unalmente calculado em 1927 ......
172.283 179.373 86.727 t'194.423 !.
Coefficientet de obitovpor 1.000 habitantes... 21.13 19.37 =.13 16,65 I
Eslatislica Official
Gado abatido no Matadouro do Maguery, para o consumo publico no
anno de 1927
GADO BOVINO GADO MEODO
'40 Peso Vito
I Pest, Ila came Qileli r a Percentagem
r: 1 _
Pero.- t*Iptin
F. KILOS KILOS KILOS da ILI
3- -4: E
,:arlIC I 1114.1,1%1
de cla
Am
47 carne quelra

lanciro 2.492 1.412 .331 1.017.801


-everuiro
Ma ro
2.406 1.00:1 .403 092.3611
4143.033
408.393
331408
323.707
47,3173
17,22
52,4823 13 1 .221 :110 66.884 51.100 I 15.780 70,408 .13,592
Ahril
2.840 919 .730 1.140.575 329.390
52.78 II 33 .239 .313 61.141 49.508 14.693 77,186
2.1110 830 .010 1111. 170 40,4151 33,3819 31 32 .302 .428 70.222 Z4814
Ma io 1.111.327 323.130 A88.081 I7,o 18.299 73,942 :10.058
2.8.55 981 1.8311 1.152.658 .299 .316 72.460
limbo 2.798 .110.704 703.891 38,73111 111.2100 2I 22 .378
56.034 16.426 77,392 21668
931 1.039 1.090.656 .423 73.088
liii 2.737 978
529.211 370.415 48,1270 31,8721 31 .206
55.791 17.227 76,931 23,666
.Ago.,to 1.735 1.101.082 332.100 1
211 .3141 70.064 53.557 17.407 73,47 24,53
2.578 1.121 1.702 1.086.027
. 711
48,2802 31.7138 .11 '22 .511 .601 82.697
Setembra 510 . 309,438 17,3631 32,310 62.961 19.796 70,062 28,938
Ou tu bro
2.563 1.150 1.713 1.071 .330 no I .183 38 20 .298 .302 09.617 51.374 15.249
2.734 1.010 M7.131 .17,01111 52,9380 22 27 .311 78,104 21 £96
Novembro 1.774 1.107.1317 338.378 309.321 .381 07.985 31.885 16.100 70,31M 23882
2.622 777 1.300 .18 0032 31.3904 110 10 .510 .592
14/embro 1.028.107 481.189 i 310.078 40,9 79.286 60.215 19.071 75,917 24,053
2.632 1.010 .018 53,1 3+4 21 .183 .201 02.903
1.060.047
SOMMA
. .
-- -
503.0113 503.082 47,1.118 32 838 I 10 .309 . 132 67.215
47.618
32.831
15.285
14.381
75,701
78,605
24,299
21,3,46
-76,43.3
I
:32.5)00 11.791 43.791 12.078.033
-
0.0343. 110 11.022.177 111.01130 3.1 3311 1711 312 15.982 10.701 MIS. (65 617.7(6 199.718 23,567
290, V. I 311 V. 158 V.
-._ ._. _ . ,___
Estatistica Official
MATADOURO DO MAGUARY-Movimento de gado no anno de 1927
Possallo .1batith) Morro Coruk .... us- Missurain
Entrudo Salado do ern pi paro
MEZES GADO do me: i- pant O nus
me: et
ern or, C ern in, e
.1/
nniericir COONOMO eisfrues ri-. irodo seounite r-

JANEIRO 110i, 456 2.366 2.822 2.192 10 2.506 316 2.822


V.I.NA% 107 1.027 1.134 1.042 10 1.057 1.131
CItO.O. 4 55 59 45 5 48
Carneiros 5 36 41 4: 41 41
POrZOS 211 1.296 1.507 1.224 '2 1.2.26 2:0 1.507
FEVEREIRO Boi, 316 2.873 3.189 2.400 13 4 2.117 77' 3.1:19
Vaak 77 1.223 1.300 1.10W1 3 1.007 9.13 1.300
IC 42 4 4C
Cabra, 11 35 41 1

Carneiros . 1 41 33 11

POrZO, 281 1.288 1.54A1 1.239 24 :2114 1.569


4.RÇO Bois 772 3.176 3.948 2.840 63 8 2.911 1.037 3.918
VAZZ].. 293 917 1.210 919 GO 2 981 229 1.210
Cabr 1 33 37 34 34 37
Carneiros 8 30 38 32 3 37 1 38
Porco, 304 1.501 1.808 1.362 19 426 1.8448
AHRIL Bok 1.037 2.602 3.639 2.819 92 II 2.922 717 3.639
VA:CA, 229 745 974 2 9 841 9:4
28 31 28 31
Cabnk 3
Carneiros 1 19 19 19 1 20
Porcos 426 1.273 1.699 1.299 1.:V9 400 1.699
Bok 717 2.511 3.228 2.855 2.857 371 3.228
MAIO 1.173
Va::as I31 1.040 1.173 4 985 1KS
3 25 24 4 29
Cabras
Carneiro, 1 Ei 24 22 21
400 1.296 1.696 1.378 2 1.3112 314 1.696
Por:o-
Bois 371 2.30'.1 2.970 2.708 :1 2.716 2.970
JUNHO 112 1.049
VAA:21, INS 861 1.049 931 3 3 937
36 9 28
Cabras 4 34 38 34 1
2 30 32 26 28 4 32
Carneiro ,
9 1.301 3314 1.639
Poros ... ..... - 314 1.325 1.639 1.'296 1
-- 30.184 6.605 36.%89
6.678 30.311 36.989 29.996 312 65 11
Total Jo I.^ semestr
Boi, 254 2.9112 3.l16 9.757 9 2.767 469 3.236
J11.110 1

133 1.115
V.I.N2.4 112 1.003 1.115 978 3 982
41 47
Cabras.... ..... 2 45 47 41
21
Carneiros 4 20 24
338 1.628 1.966 1.541 7 1.549 417 1.966
Porcos 1

Bok 469 2.393 2.862 2.578 4 2.585 977 2.862


A GOSTO 1.211
Vac:as 133 1.078 1.211 1.124 4 4.134)
Cabras G ' 12 18 Xi ls
Carneiros. . 9 ni 26 26 26 26
417 1.311 1 728 1.298 3 1.301 427 1.728
Porcos
Bois 277 2.892 3.169 2.563 11 5 2.579 590 3.169
SETE.NI ORO 1.356
1:giccas 81 1.275 1.356 1.150 3 5 1.158
Cabras. .... 29 .29 22
2s
29
29
Carneiros .... .r.4 29 27 1
1.343 376
1
1.719
POriOS. ..... . 417 1.292 1.719 1.115 7
3.29$ 2.734 47 8 3 2.792 506 3.21,41
01:171:11110 Bok 590 2.7011
192) 981 1.179 1.040 5 4 1.056 123 1.179
VACC3S (5
7 58 65 GO 4 64
Cabras 17
Carneiros 1 19 20 16 1

376 1.417 1.793 1.516 1 1.517 '76 1 793


Por:os 427 3.069
NOV EM FIRO Bois 506 2.563 3.069 2.622 12 2.642
904 777 3 3 784 120 904
Va:cas 123 781
61 58 1 60 4 64
Cabra, 1 63
23 21 21
Carneiros ..... ..... 3 20
1.192 116 1.3:4S
POTiOs 276 1.062 1.338 1.185 3 4
2.637 3.064 2.632 21 4 14 2.671 393 3.064
DEZEMBRO 8014 427
1.016 3 9 1.028 1.167
Vaca, 126 1.417 1.167
46 47 1 IS
Cabras 4 44 48 1

2s. :21;
Carneiro, 2 26 27
1.368 1.309 1.310 58 1 .14:
Pol.:0s 146 1.222
-
30.559 90 22 30.800 5.183 .1K4::
renal do 2.0 cernectr 5.302 30.681 35.9/0 129
30.311 30.989 29.996 312 4'4 11 30.184 6.605 36.1M9
1." sentestr 6.678
-- _ - -
:2.972
110.992 72.972 60.555 441 33 61.114 11.788
TOTAL 1/0 ANNO.. 11.980
Estatistica OitiChi'
1Gadosentrado no Matadouro do Maguary, no anno de 1927,
e sua procedencla

Procedencias
-
"bm Vacas Cr2irz Ca2 Pr %Tit

2Alua .
3 Alernquer
185
".749
,

,
a
337
9 ;4 293
24 ;

,
24
516
4 Almeirim '139 ' 28 ,I 4148i01;
5Acará . o 151 153
. I; Belem 6 ;

901 .305
I

4.471
'
, 4.983
7Bragança
'

1 .10 : ,833 844


8Cachoeira .
!

11 :705 3.69(I 10 ;
.- 8 :1:615 17.028
9 C.anietá .
' '

122 A99
710Chaves 6.910 3.199s 48 41 .1.235 I 11.356
11 CuruçA 1
90 90
.12Faro . 79 .

11 3 ;
2 ; 88
13Igara pé-mi ry i 30 30
14Jurutv
;

589 ;
:160 !
,
15 '794
:15Macapá 326 i .1114 ' 65 ' .585
A 6Maracand .
.3 i :386 389
:17Marapanirn 7 ; .9 9
..... ..... .. 24 35
18- -Monte Alegre. 1.297 ' 265 ;
23 ' .1.585
.19Montenegro sii
1

Í
447 63 ; 1.287-
20Muaná 1.828 ; ' 805 5 538 ; 3.176
.21Mojú. .
9 ! 38 97
22 Obidos
;

. 619 ; 917 3 846


23Ponta de Pedras 374 ' 125 'S 962 1.476
24 Prainha 456 ' !154 10 620
;25 iQuatvpura . .3 186
26Salinas .340 31-1g
27Saarem
.

nt 507 143 ; 4. 5 ; .6.59


28- Soure. 5.540 9.949 , .13 . 15 . .367 8.140
29São Caetano 1 !

2
30 São ; Miguel . i
;

4 ; :4
317_ vigia
6; 3 8 18
. 32 --Vizen 9 6 1.464
SONIN1.1..
----
...... . ....... .... 33.135
-
; 1.472
. :11.975 : 300 425 ! 12.383 58.268
: 33 -- Estado de Goya 90 i

20
.34
!

o do la-ranhio :100 , 20 ; 49 2.266. 9-435


TOTA1 33..305 .11.975 320 474 ; 14.649 i 60.723
. 1

a
Eslatistica Official
MATADOURO DO MAGUARY Gado entrado em transito
no anno de 1927, e sua procedencia

0 ,
9 F.
rroPedencias .4
me.
%

1Alemquer 48 7
2Almeirim 7 I

3Barcarena :3 4
4 .13elem 1 1
5--Cachoeira 217 9 1 4 231
6 Chaves 91 6 1
9 5 Ì 35
7Diversos . 31 17
8Faro 3 3 : 6
9-1garapt:-assti 1 1
10-1urutv :14 16 5 28 83
11MacaPi. 19 3 3
12 Manios 1 1
13Minas Geraes.... 96 96
14 Monte-Alegre. ..i 43 3 47
15Montenegro 14 1 ....... . ........ ........ 15
16 Mosqueiro
17 Muani 5 9 1 30
18-0bidos 25 11 5 41
19Prainha 5 1 1 ..... 7
90Pinheiro
21 Santarem 19 19 8 47
99Scure 78 20 1 100

SOMMA 684 115 4 14 9 62 888


Eslalislica Official
MATADOURO DO MAGUARY-Gado condemnado no anno de 1927
------
GADO BOVINO
-

GADO MODO
Quark, de carne
I.
.f .t t 4
11EZES 13
a
I

I
E
,
6
Ui 7 H
9
KILOS
; E A KILOS KILOS ULM
_ =--%
o
JANKIIM '1 159 1.787 1.952 21 .181
YHVKIIHIRO 7 55 379 1 200
11,1 119 1.802 1.117 26 .039 2 12 7 462
many) 205 0.1511 1.10141 '30 .102
2124 374
AHIM 11 252 594 460
92 3.235 1.261 19 .01/1 2 294 440
&IMO III 1.635 1.502 al .126 1
7
15 433 483
437
457
JUP4110 103 1.319 1.662 21 .IIR
JUI.110 222 7.153
I

111 4311 519


1.010 10 .102 :1 7 475 599
AUOHTO
swri661161)
195 6 A09 1.807 1 .070 213 331 399
289 0.262 1.912 511 .085 5 120 377
OUTUIIHO 2146 OM, 1.661 304
5m .113 110 590
NOYHM11110 105 6.791 1.552 30 705
.075 100 404 433
maHMHHO 166 1.707 2.097 a5 .10m 2 34 393 398
- .
_._.
80.11.11 A 2.201 71.5:10 22.923 112 .170
1 4 19 70 I
1.912 5.382 5.375
I
FORCA PUBLICA MILITAR DO ESTADO DO PARA.
AUXILIAR DO EXERCITO DE PRIMEIRA LINHA
Quadro do effectivo orçamentario e de instrucção para vigorar em 1928
ESTADO MAIOR SUB-UNIDADE EXTRANUMERARIA COMPANHIA DE ADMINISTRAÇÃO Companhias, Eiquadróss e Companhias
OFFICIAES SERV COS AUXIL ARES de Metralhadoras RESUMO
OMCIARS PRAÇ,AS PRAÇAS OFPIOAES PRAÇAS orriciAes PRAÇAS

=LTA
pain.
mad
o

O
o

UNIDADES
0.
o

E
Co 2 E E
o
o .;
E o
E E
o o e 7.

e
E
E
o o o 3. E 47 g o o o 7
-C e *e: e e
o o to te to to to to to
4 I- to **e
E.'
4. to "3
C
O 7. O ?.
to e. "2
o
o
1 o
tC .
re- Ci -C s ..;
3 3
c3
o o
73

02
O
7 o
**:

oe:i O O - IN <
COMMANDO GERAL

--
BATALHÃO DE INFANTARIA,,
1 1 1 1

1 1 1
6

_
G
-
1
14 3 1 5
-1 1 1 II I 5 5 57
_ _-
- 3 3: 13. a 29 9

-
GRUPO MISTO 42 3
1 1 G 1 1 1 1 1 1 1 11 14 30 5
I _... - - -1- -
1

--
3 6 5 3 I 31
I
-) 6
1 -3, 1 I 6 7.4
REGIMENTO DE CAVALLARIA-.
1 6 1 !
1 1 1 31 1 1 I 2 18
1

- _1 _ -
61
4
.

SONYA 2 3 33 6 136 I I I 1173 51/ 3I 3


--2 4 21 101 1 ''' 3 1 I
61 31
SI 31 1 21 1 1 1 I I 151 3 3 3 3. I 21 2 4 1 1". 1 /4 105 5, 1113 617 21 a It. G 1 7' 31 51 17 33. 5 5, 621-613824 131 3.1 S
OBSERVAÇÕES:
A Força Publica Militar comprehende ) Commando Geral; 2) Batalhão de Infantaria;
sargentos auxiliares de escripta e ordenanças; e as secções, que comprehendem a organisação de ordens, 3) Grupo Misto e 4) Regimento de Caoallaria. O Commando Gerale composto de I Estado Maior, 4 Secções
direcção do pessoal, contadoria Reral e material bellico. O Batalhão de e Serviços Auxiliares, estes constitaidos pelo corpo de sadde, veterinaria, auditoria e
se de 1 Estado-Maior, sub-unidade extranumeraria, com pelotão Infantaria constitue-se de um Estado-Maior, sub-unidade
cão, 0 Regimento de Cavallaria escolta, companhia de administração e companhia de metralhadoras. A companhia de admini.stração tem a seu cargo as officinas da Força, que comprehendem extranumeraria e 3 companhias. O Grupo Misto compõe-
compõe-se de 1 Estado-Maior, sub-unidade extranumeraria, 2 esquadrões, sendo um sem elrectio0 de Praças. No numero dos as de alfaiate, marcenaria, carpintaria, ferraria, sapataria, selleiro e encaderna-
preencher as seguintes vagas: capitães 2, capitdo medico 1 e aspirante a official I. officiaes existem excedentes: majores 2, primeiros-tenentes 6 e segrimdas-tenentes 1, em virtude das promoções hackles em /924, e a
Estatistica official
GRANDE CABOTAGEM - PESO BRUTO
Exportação feita pelo porto do Pará, durante
o anno de 1927
ESPECIFICAÇÃO VOLUMES KILOS
1 Algodão 5.909 857.774
2 Amostras 97 3.700
3 Aniagem 527 122.751
4 Aparas de papel 453 49.798
5 Arro 53.602 3.237.081
' ****** "
6 Artigos de armarinho 337 27.697
7 Artigos de livraria 105 6.093
8 » » sapateiro 97 4.017
9 Assucar 618 ::8.005
10 Automoveis 9 2.390
11 Azeite 60 9.915
12 Batatas 112 3.835
13 Bebidas 9.992 643.557
14 Biscoutos 148 4.56:7
15 Bolachas 6.793 231.761
16 Borracha 2.737 471.477
17 Cabo 2.970 152.844
18 Ciao. 864 62.904
19 Calçados . 656 112.467
20 Castanhas 354 17.123
21 Chapos 93 6.452
22 Chocolate 725 40.838
23 Cigarros 59 4.319
24 Cimento 141 15.815
25 Conservas 610 26.534
26 Couros 2.304 307.893
27 Diversos 1 .185 68.365
28 Doces 1.277 41.168
29 Estopa 376 35.987
30 Farinha 34.744 1.875.762
31 Feijão 140 8.400
32 Ferragens 1.048 65.681
33 Fibras .
155 6.752
34 Films. 97 1 .830
35 Fio 532 31.078
36 Fructas 135 6.498
37 Gado bovino ***** 43 10.800
38 Gazolina 500 17.500
39 Guarani 544 46.190
40 Gergelim . 892 33.181
41 Jarina 4.182 341.612
42 Kerozene 14.165 540.200
43 Leite 196 5.588
44 Linha 724 63.314
45 Louças 17 812
46 Machinismos 421 98.531
47 Madeiras 451.618 43.381.151
48 Manteiga 182 11.776
49 Massas alimenticias 1.789 107.422
50Material electric° 206 14.538
51 Mor.aicos 413 23.045
52 Milho 2.060 123.600
53 Obras de barro 341 382.840
ESP aCIFICAÇÃO VOLUMES KILOS
54 Obras de borracha 51 1.237
55 Obras de !erro 41482 .282.807
56 Obras de litographia 568 63.133
57 Obras de madeira..:. 2.772 126.399
58 Obras de vidro 1.475 '57.130
59 Oleos 7.231 466.226
60 Peixe 8.115 495.897
61 PelIes ..... 457 47.407
62 Perfumarias ............ .......... 1.204 135.774
63 Piassava 13 1.037
64 Pregos 1.855 135.545
65 Produtos pharmaceuticos 3.594 2:.7.263
66 Raspa de sola 1.417 202.490
67 Resinas 313 32.562
68 Sabão 19.282 783.968
69 Saccos 1.965 377.222
70 Sébo vegetal 16.509 779.949
71 Sementes. 30.112 1.417.301
72 Sola 1.001 127.783
73 Tecidos 375 29.355
74 Tintas 184 13.033
75 Vinagre 9.916 116.98
76 Xarque 122 8.630
712.045 59.738.6:s2
Rancho ..... 1.402 42.798
Baltic:10o. 6.552 305.286
719.999 60.086.716

DESTINOS VOLUMES -KILOS


1 -Acarahtl 300 18.261
2 racajd 4.834 :371.075
3 Aracatv 1.369 73.149
4 Amarração 15.844 -888 652
5 Aqtonina. ..... ...... 58 5.336
6 Areia Branca 7.768 449:045
7 Bahia 48.768 3.440.660
S Bragança 158 8.110
9 CMedello 12.603 8111.673
10 Camocint 11.738 618.226
11 Cururupú. 899 116.395.
12 Flo-ianopolis. 48 8.516
13 Fortaleza 50.206 3.534.694
14 Macau 6.647 438.858
15 Maceió 5.030 319.084
16 Mossoró 9.670 654 951
17 Natal 65.956 4:219.496
18 Pelotas 1.468 200.765
19 Pinheiro 177 11.269
20 Porto Alegre 2.058 273.574
21 Recife. 61.210 6.537.188
22 Rio de Janeiro 295.286 29.565.050
23 Rio Grande .35t. 242 85
24 Santos 44.885 2.963.355
25 São Lull ..... 48.491 3.046.597
26 Tury-assú 45 1.244
27 Tutova ................ - 5.429 253.896
28 Victória 8.004 481.550
29 Vizeu 1.750 94.804

Rancho
Baldeação
,
712.045
1.402
6.552
719.999
-
59.738.632
42.798
305.286
60.086.716
Estatistica official
GRANDE CABOTAGEM -- PESO BRUTO
Importação feita pelo porto do Para, durante
o anno de 1927
ESPECIFICAÇÃO VOLUMES KILOS
1 Alcool 151 56.264
2 Alfafa 350 16.600
3 Algodão 2.073 42.93.5
4 Alhos 136 5.204
5 Alpista 445 26.772
6 Amostras 159 5.667
7 Anilina 133 5.473
8 Arroz 3.824 183.685
9 Artigos de armarinho 752 65.504
10 » a camisaria. 416 45.363
11 a a carnaval 456 18.499
12 » » livraria 866 76.072
13 , » sapateiro 333 22.083
14 Assucar 133.559 8.021.211
15 Automoveis. 37 46.921
16 Aves. 714 12.376
17 Azeite 460 24.458
18 Babassti 12.775 627.088
19 Banha 7.424 557.455
20 Batatas 8.640 229.005
21 Bebidas 5.258 339.605
22 Biscoitos 1.709 39.681
23 Cacao 138 5.445
24 Ca( 49.854 2.990.728
Cal 1.747 289.098
26 Calçados 363 41.724
27 Camarão 7.979 246.877
28 Carboreto. 1.486 87.292
29 Carga do governo 1.736 118.362
30 Carnes 67 1.958
31 Carvão . ------- -- -------- 60 1.507.599
32 Cebolas 7.555 458.789
33 Chapeos 622 71.303
34 Charutos 277 40.097
35 Chocolate 17 884
36 Cigarros 216 24.606
37 Cimento 26 4.36;
38 Ctkos 629 44.205
39 Conservas 2.081 95.857
40 Couros 6.355 169.921
41 Diversos .. 1.698 104.756
42 Doces 2.063 1544.893
43 Encommendas 235 9.503
44 Enxofre ....... ...... 207 10.631
45 Estopa 208 56.183
46 Farello 29.726 1.045.03: i
47 Farinha alimenticia 666 29.377
48 Feijão 30.206 1.584.890
49 Ferragens 5.986 293.801
50 Fibras 121 11.115
51 Films. 40 3.849
52 Fio 58'.) 30.544
53 Fumo 3.579 199.123
ESPECIFICA00 VOLUMES KILL 3
54 Gado bovino 173 68.450
55 » lanigero 106 4.10C
56 » muar 287 45.766
57 » sumo 1.489 59.757
58 Gergelim 470 13.237
59 Graxa lubrificante 182 31.111
60 Grude 353 5.913
61 Herva-matte 461 15.334
62 Impressos . 944 17.686
63 Leite 1.651 43.423
64 Linha 948 127.387
65 Lona 93 10.381
66 Louças .......... 383 44 392
67 Madeiras 9.291 659.001
68 Machi n ism os 532 78.264
69 Manteiga. 10.547 457.469
70 Nlarmores 216 15.775
71 Massas alimenticias 29 953
72 Material electrico 912 9.983
73 Material photographic° 152 8.537
74 Milk) 5.151 188.263
75 Obras de borracha 1.030 33.953
76 » » ferro 319 47.186
77 » » madeira 381 24.936
78 , n vidro 11.801 663.434
79 Oleos 1.747 89.986
80 Papel 13.901 1.100.710
81 Papelão 811 142.907
82 Peixe 2.314 79.773
83 Perfumarias 726 52 884
84 Phosphoros 17.375 359.422
85 Piassava 899 47.358
86 Polvora 3.091 44.084
87 Presuntos 158 9.394
88 Productos chimicos 2.526 174.566
89 » pharmaceuticos 6.832 325.390
90 Queijos 3.531 95.937
91 Racks 781 181.175
92 Resinas 359 82 509
93 Rôlhas 243 13.569
94 Sabão 652 34 453
95 Saccos 259 31.317
96 Sal 27.736 11.527.285
97 Sabo 259 29.266
98 Sementes .5 819 245.546
99 Tecidos 14.759 1.483.873
100 Temperos 877 56.519
101 Tintas 1.787 137.189
102 Toucinho 402 26.288
103 Vegetaes 303 13.797
104 Vélas 1.298 39.183
105 Vinho 58 3.374
106 Xarque 17.907 1.630.136
107 Brinquedos 15 1.031
- 511-.2715 41.00-7.736
108 Baldeação 126.017 5.579.089
637.270 -46.586.825
Proceckncia :
1 Amarração 847 23.565
2 Antonina 1.938 50.657
3 Aracatv 28 3.446
4 Areia Branca .. 346 4.620.163
5 Bahia 5.068 309.651
6 Bragança . 3.817 289.368
.7 Cabtdello 47.647 2.830.873
8 Camocim 10.129 526.313
9 Chaval ..... ... 18.718 3.990.000
10 Fort.ileza 4.608 384 064
11 itaj4112. 197 11.307
Protedencias Vol:tones Kilos
12 Mac.iu
2.527.980
13 Maceió 661 61.457
14 Natal 1.496 73.391
15 Paranagua
10.886
16 Pelotas ti.11/0177 395.026
17 Pinheiro 4.479 276.805
18 Porto Alegre 12.049 845.231
19 Recife 99.318 6.115.154
20 Rio de Janeiro 160.388 10.159.081
21 Rio Grande 32.183 2.287.696
22 Santos 13.301 1.072.275
23 Slo Luiz 50.150 2.04,1:.150157
24 Tutora
25 Turylassti 67461 41.6117
26 Victoria 24.212 1.452.315
27 Vizeu 11 309 595.913

511.253 41.007.736
2s BaIdeaçao 120.017 5.379.4)89
. _

637.271) 46.586.825
Estatistica official
Generos entrados pelas docas no anno de 1927
(Pet.= briatc)

EXPECIFICAI:10 KILOS

1 Algodão 176.880
2 Arroz 758.256
3 Assucar 12.516
4 Borracha 821.118
5 Cacáo 272.085
6 Cachaça 471.290
7 Couros 23.859
8 Farinha de mandioca 4.033.085
9 Feijão 10.679
10 Lenha 24.139.524
11 Madeiras 8.078.60?.
12 Milho 19.141
13 Oleos 32.744
14 Peixes 398.649
15 Sementes 93.459
16 Tabaco 1.289.301
17 Varios generos 13.496
Somma 40.655.691

EXPORTAÇÃO KILOS

Varios generos 3 62.328


Eslatistica Official
Longo curso Exportação feita pelo porto do Pará durante o anno de 1927
I) I S lr I N O S TOTAL
ESIC.IFICAgÃO Argentin4 :sladoL'ilidos Pew liquid° Peso bruto
44ano 1 lor.1 1/11J 111111.1n6 IfigimcrrA 11.1113 Portugal u rck. e
Urn:twy OWES

Alnbo
Amerig.1
1
Dinaniarca 1(110S KILOS
-- ----
9.859 2.850 2.650 38
2 .%110,1.10 110.010 107.772 306.412 312.418 1.774
3 AMMIC4 3.220 1.200 4.480 4.940 233
1 Arro,1 976.215 970.215 16.070
984.550
5 0.11.1N 212.11:13 171.010 35.508 41.309 10.501 504.252 726.506 2.810
Ho,richa 4.501.173 1.071 291.2111 0.509.1NN1 1.512.290 18.600 211.270 1,7191,197 2.210 10.781.592 22.177.535 106.621
7 C14.03. 20.510 567.120 810,308 1714 1.404.122 1.419.120 115.766
11 C.1,1,1111.1 100.03M 1.170.110 2.1157.919 105 7.0111.292 7.096.902 9.929
Courui 220=1 a.439 0.156 3)311,33:3:1 19.82 559 39.973 3.331 656.539 002.574 26.979
19 Curlier.' 10.478 4.1111 5.139 18.791 2011 1.000 39.739 48.077 692
II Diver,o, 21.990 12.599 1.180 35.778 37.563 491
12 Fo.%enzi.14 5.780 11.0 12 529 2.371 ... 33.311 40.813 221
12 le.trello do Arr. 92.890 62.890 91.455 2.251
11 E.troilt, 193.170 1.201.1.8M1 1.492.270 1.503.922 25.945
15 bibra, 1.063 11.32'1 11.775 24.167 24.706 311
Fru 230 216 210 4
17 Gerueliin 0.1100 9.800 10.000
18 Grade 2.071 2.1130 60.015 73.12.1 93.200
19 (inerJei 416
2.578 2.378 3.147 $5
20 14604
St.tehintonos
10.125 15.118 102.460 ....... 124.1121 121.042 1.5711
3.069 3.1169 3.440 21
22 Madeira.. 571.725 82.286 15.667 231.121 165.613 51.933.819 10.371 137,006 13.712.460 1k1.910 .140 60.919.140 019.505
9.161 2.273 4.437 4.780 174
()Ian. 11.252 83.7211 1.086 30.037 1110./011 190.217 4.587
19,101.11 riled torwe' 2.328 9.007 12.295 12.295 420
26 Je 16 16 35 2
27 Reilooi .1e sensentes I 85.150 503.071 004.5:01 654.582 9.081
28 Hem v. 1.173 :3.33)37 8.310 2.926 101
21) Sebo .et 713 1.11110 101.233 25.003 4141.11:19 502.647 10.717
91 SirTitliitt% 70.181 3a.1151 150.012 I .010.003 697.839
II 759.680r 100
731.3311 4.1101.1111 4.610.574 . 70.935
11311.11:N 1.1191) 170.631 171.508 1.421
2 ToSo. 3.o51 1.351 4.407 4.407 103
3 e dare. 53.725 53.725
6.751.019 101. 1511 323.160 11.178.303 51.951.709 8.250.016 2.110
.-- - - - -
3.039.112 1.615.1:114 In.3111.628 097.N39 1112.0q.V51 938.737
31 941JeWo 1.401.105 227.610 2.327.5911 960.590 20.067 2.51' ILI 01 097.41 5 33.2183.850 8.515.318 100.733
.
5 4/ NI 11 1 8.215.151 101.
.

550.770 111.505.111(t) 1.0911.032 51.952.709 1.072.1115 10.1'30,977 2.11(1 17.1117.013 607.3339


--.----- - ----
110.955.304 117.061.859 1.099.470
-.1 . _ 1- . -- -..-- - --.-.._
Eslatislica Official
PEQUENA CABOTAGEM-Importação feita no anno de 1927
( PESO BRUTO)
-- ----.
Helm Hu- Rsiodo Psludo leslado Proceden- To T .4 h
ES PECI FI CAÇA O BOLIVIA "¡Nit°
du do de do Perri ela
Aril* .4 um ;UMW .4!. Grosso Pa& iunoradu K ilos

1 A010.130 .... 155 .... 218.551 .... ....


2
3
Arroz
A4sucar
8abassn
'"'
...,
... .
....
....
....
1.a.um
2o
18.730
....
....
....
...
218.1:51
1.329.954
18.730
4
5 Halala .... 2.210 .... 27.970 .... .... 30.210
O Purragh 2.....
583.077
192.713 .... 327.561 520.277
3.446:102 38.925 8.217 4.513.999 67.731 0.30i.113 17.334.615
7
8
Cacau
CAehaçA
Cardanhai
''''
....
210.521
.... ....
....
792.341
471.290
....
....
....
....
918.888
471.299
9
10 Cuuru,
305.680 75.403 70.175 3.073 5.711.121 .... .... 0.601.412
II Curmr4 101.709 132.358
....
121.570 15.684 322.110 .... .... 759.4i3
. 3.583 .... 25.927 .... .... 29.510
12
13
11
Fsiencias
Farinha du ruandkN
Fuipn
""
.... "''
.... ''.'
....
30.921
4.061.660
....
....
....
....
30.924
4.004.660
15 Fibrag .... .... .... 51.051 .... .... 51.054
10 CaJo .... .... .... 51.269 .... .... 54.209
17 Guarind .... .e.. .... 11.701.112 .... .... 14.791.412
JArioa 30.917 .... 6.281 . .... 37.198
18
lenha ....
'il.270 1.008 .... .... 390.291 .... 441.659
19
Nladeiras .... .... 24 139 '2 .... .... 21.139.524
29
NIergadurlis
.... 29.522 .... 23.785.717 .... .... 25.815.239
21
22 Milho
11.502 101.010 58.382 .... 137.770 .... .... 311.076
.... .... ....
23
24
Oleos
Peke
Ilutilo, '"' ....
....
10.136
801.008
....
....
159.931
209.100
510.207
..
....
....
....
....
....
159.931
249.305
1.350.215
25 .... .... .... .. 2.079 .... ....
211 Rezina% .... .... .... .... 20.228 .... .... 2.970
20.'48
27 Senttnici
Talmo.°
.... .... 5.375 .... 1.951.131 .... .... 4.058.509
28
Varkm 'mom .... ..... .... 1.301.091 .... .... 1.3'11.O1J1
29
... ........
.... 81.438 .... 01.671 .... .... 146.412
.
-- -. -- - - ..
3.0411.808 4.319.509 1.7181.667 26.071 87.150.740 597 022 0.397.113 103.261.313
30 11.11de.600 1
2.308.279 .... .... 2.113 .811 .... 4.812.090
3.001.868 .310.609 4.077.310
- -- - - .--- .. --
20.074 87.1511.7111 3.010.833 0.397.113 108.077.443
Eslatistica Official
Receita cobrada pela Alfandega do Para, no anno de 1927

COBRA DO EM TAXA DA VALOR EM COBRA DO EM


XVX MO 95 Ma 96 CON V ER -
OU R() TOTAL
A. O P A PEI. PA PEL

Janeiro 203:1298522 5,25/32 948:6698971 914:6638727


Fevereiro 105:005$1(H) 1.863:6333'098
543/10 769:5418108 721:0898002 1.490:630$110
Março 201:2918506 5,13/10 9350318441
Abril 1.234:0028859 2.169:0348300
230:5108773 5,13/16 1.070:8018520 71:5:425$034
Maio 1.866:22(38560
175:8518607 5,25/32 821:2748950 811:5738250
Junho 1.0:32:848820()
225:375$555 '5,53/ 64 1.014:0998084 1.212.1908160 2.256:2955250
1.201:83315213 5.589:4188080 5.089:2508038 11.278:0088118
Julho 291:6838554 5, 3/4 1.369:6148517 819:9338173
Agosto 2.189:577$690
203:50781:33 503/16 945:320452 763;3308638 1.708:6548090
' &tondo° 185:1428058 5,23/32 864:6638444 747:0318090 1.011.6958140
Outubro. 198.6258840 5,1:3,116 922:6,19$102 721:54813018
Novo in bro 1.644:1978720
210:3378030 5, 78 721:1588011 805:11818(119 1.526:8438230
Dezembro 272:2408031 5, 7;8 1.251:1878037 831:53588.10 2.082:7228990
1.301:5450555 0.074:626$ 63 4.689:0648587 10.763:6-908750
Somme do 1,0 semestre ...... 1.201:83:38213 5.589:4188080 5.689:2508038 11.278:6(388118
1 3 2." 1.301:5158555 6.074 :626$ 163 4.08B:004 .587 19.703:0908750
Total do anuo. 2.50:3::378$768 11.6040418243 10.378:3148025 22.042:3588868

A Mendips cobrou em Janeiro de 1907. -1.999098$7101 U5s400$012, silo do exercielo do ono° de 1926.
Est a lislica Officia
Valor official da Exportação o Importação estrangeira despachada pela Alfandega, no anno de 1927
ma 2C X= CO Ft *I' A.ç A. co TOTAL GERAL
MIECI=ISCE41 BORRACH A MERCADORIAS E GENEROS DA
traportagio
Di&renca
- . .

Par:1 Acie EXPORTAÇÃO estrangeira


e Perki 1.4).1...k 1 A.re I'vder.11 1110111.1A e Peril ToTAI,
- -.- -
. P.11%1 I
1

.. 1,6 ro 1.001 .305.801 2.093.513.6011 1.1181.770. 130


Fevereiro 1.781.619.831 1.1311.580. 160 4. 130.580.118/ 9. 218.229.991
1.132.611.552 1.331. I 10.880 5111.3121.1 01 2.14C118.572 902.715.350 8.315.614.044
5. 1181.1911 . 0110
72.6141.1881 13.868,000 5.195.329.000
M.Arço I .155.188.013 3.1167. 713.1711 1.319.875.170 5 ./172.809 .28:1 7.215.3511,700 111.1881.1100 05.828.200
8. 173. 477.572 731.109.250 7411.mm.=
Abril 1.359.111).621 1.108.321.700 1.506.023.170 7.123.178.9911 1:1. 297.1188.1/i3 730.507.650 12.507.441.1D
1.0111.3110. WI 7.1439.183.050 1141. 323 .000 210.827.1010 8.231.317.039
1.5113.538.1100 I. 137.171.320 1.333.322.977 I 306.055./497 12.3'..94.704 .141 1.000.552.400 11.264.151.74i
imam M. 382. 174 . 11111 116.735. 000 51.362.100 8.500,2111.260 12.866.3.17.157 718.922.450
1 . 158. 993. 600 130 .1311.31111 117.235.700 I .732,3111.1310 11.578.700.280 12.147.424.707
Patio 1 .1181 5.'. 720 131.9911.150
125.7131.1100 81.081.0011 6.789.470.280 8.321 . 1431.1940 915.913.650 7.605.918.230
Agosto 71.6131.0101 1.591.203.170 5.173.317.1011 :it .327.009 5.301.1111.100 7.093.847.5711
I .n10,880,800 355.701,590 1.171.331.570 2.511.1;09.950 1.232.855.550 5.802.992.020
Setembio 5.218,192.01:9 51,111 . .100 5.272.9113.4131 7.816.1/13.410 839.825.400
931.101.910 1M.052.1480 1812 . 01111 . 6 III 2.270.338.430 3.578.213.100 6.977.088.010
Outubro 1 .189 . 0:13 . 850 61111.491.775 318.7911.11211
28.618.0119 5.600.1461.100 7.883.210.530 711.602.150 7.171.017.380
Novent br., 2.1.11.1121.615 5 . 5811.735 .5111. 19.083 .000 5 .599.838.5111
1.536.190.180 1.519.314.650 1.1105.339.0111.1 1. 0121.1091. 1311
7.741.709.135 702.790.850 6.981.908.305
Detain bro 6 .337.11311.3181 21.781,11W 11.:162. 131.300
2.137.058. 110 890. 119 .610 1 .1188 .497.020 .1..116.1105. 1110 $1.731.189.170
10.423.3:12.430 1483,109.909 9.510.162.530
- 10. 2101.1100 0.761.769.470 11.180.771.570 I. .824 . 200 10.081.950.370
- - .

- -- -
.
. .

Ili .43:1. 577.1120 13.7711.1183.233 10.591.127.837 10.8611.788.112 71.533.769.790 503, 1711.11011


.

--
393.3914.7141 73.692.1138. 118/ 111.1.:55:1,120.002 10 .591.788.200 105.951.638.392
Estalistica Official
Cotações minimas e maximas da Borracha e Caucho que vigoraram na praça de Belem (Para),
no anno de 1927 ( Kilos )
.
.
SERTA0 ILHAS C.ametti Caviana XINGO TAPAJOS
Sern.a.nas FINA SERNAMBY I CAUCHO FINA FINA-VERDE. 5111'. FINA FINA I S l'. 1 CAUCHO FINA 513V.
i

1 GAUCHO
Minima Maxima MinimalMaximn i Minima Maxima Minima I Maxima Minima 1Maxima Min. Max. Min. Max. Min. I Max. Min. Max. Min.
---- Max. Min. Max. Min.
1
!
Min
_ i Max.
i
N1.ix.
__ _____ ; ii
i

Janeiro
3a A 45.100 53000 MOO 55000 23800 33200 35000 33300 23000 25300 13700 15900 332041135500135800 4501 4300 4500
10 a 15 45700 woo 25900 3100 3100 35100 35300
25-100 25750 4700 4S2o 25300 5001: 4401 25700
17 a 72 45300 43700 25700 3 800 25900 32( 81 35200
35500
3400
25300
25500
25700 15900 25000 3S504 357 4900 450 naoo 4000 4600 4100 35It 4 4500 4601; 25600 25.S00
35700 158a) 2$20 0 35400 3$60( 3$8)0 45201 4400 25600 24500 25800 3571 451
24 a 29 45100 4$300 25500 23700 25900 33000 35100 35200 35100 4400 15800 35300 33484
4400 35609 3500 23800
31 a 5 45000. 45580 4800 4800 4900 35100 35100 35300 33100 25300 15800 35300
1590)) 3400t zsaou 35600 34, woo 4400, 25500 41100
33600 357,00 3$20e 4350 23600
Fevereiro
7 a 12 35900 4$100 25500 25700 25900 35100 35000 35100 25000 3200 15700 1$8011 15200 3510 370(
14 a 19 45000 45200 25600 25500 35000 35400 4000 33200 23000 4200 15700
356501 4200
158)10 15-04) 3540i :1571.0 35-001 9501 4600 1,650' 35800 4206 253141, 25501 25600
21 a 26 4$210 4$500 25700 331810 33300 35500 33200 35500 25.. 23500 1540t0 1$900 15400 35701 35900 45100 25400 25500 2$600 *404J: 35304
5 4$500 3000 35000 35500 35000 45000 45204 4418) 251600 4601 3$ mu
D1 a 33500 45200 25500 35000 15900 4150 35700 45 45100 453011 4800 350110 35100 33400 .15000 .133tjI 25700 23944 35100 35400
Margo
7 a 12 45500 3100 35200 35500 35700 45200 35600 35300 25690 3900 25100 25300 35800 451/041 45000 45500 35000 35201 33500 35900 4S3)W. 4900 :
14 a 19 . 45800 :4000 35300 4500 33800 45100 35700 45000 23700 33590 4300 25500 35900 4520) 45300 45500 35.000 3,32110 352:1035300 45300 45400
3400 4500
21 a 26 45600 45900 35300 35500 35660 35800 15800 43000 23100 33409 25..0025300 3Sioo 4531 35900 45050
DI 2 45700 35200 33100 35000 1452001
a 45054) 35600 3v.'s00 35600 45000 14690 :5400 25200 15300 3$st) 4530 45300 45609 11$000 15000 ' 453001 '2,.4001
Abril I

4 a 9 45700 45900 35100 35200 35600 3700 351100 45000 34,00 35400 25200 35801 3398 45590 4$50(
11 a 16 45750 45900 33200 35300 35600 4700 35600
15000 3S104) 45.100 ...... 351100 15390
35800 25600 25500 2534/ 3$80( 45001 454511 45500
IS a3 45750 45900 35200 35300 35G00 35700 35690 1$700 4600 251'00 25200 3sso0 35901 45500 4$1M
150001
3500
35100
25900 35100
45450
45150
nSoo 35590
25900
15500
25 A 30 45750 45900 35200 35300 35600 45000 15t54l0
35000 35700 2S000 25300 25200 331(u)i 45000 45450 45500 33000 33004 431564$54)) 23940 35600
Maio
2 3 7 ............ ............. .......... .tssoo 3000 35200 35000 33600 35700 15700 2500 25000 25200 4250 35800 4530 43450 45500 35000 25.800 35000 45400 45500
9 a 14 45900 3100 35200 35:100 31600 35700 :157110 43109 :5710 :moo *.2290 25304) 35901 43201
n9001 noon
455 00 251100 351110 35000 35100 4(10 55 45000 :Z900 35000 490c 35000
16 a 21 55103 55400 35300 35400 35700 45800 45000 45100 35000 35500 42011 2$409 45290 455) 45500 45800
a 28 350110 :1. :21111 33300 3508 352901 35.300 1156011
23 55400 55700 35300 35100 35700 45200 45400 33210 35400 4400 4..,414 4351 45700 458011 3000 351110 352141 :15300
10 a 4 55400 45000 15200
53700 35000 33400 35700 35500 45300 35300 35400 4400 4s5100 457 .15600 45800 151)0 15100 2,200
Junho
6 a 11 45G00 43700 25900 36200 31000 35500 3500 4500
45200 _33400 25250 3400 35700 431 45600 4$700 35100 35200 45600
13 a 18 45600 45700 25900 35000 35200 2$500 25000 25300 35400 35,
r. 45200 45700 z500 25200
33200 35600 ..?"u.,..
232400
45000 'Wm 2.,s699 4700
N) a 470.0 35004) 35200 35600 4594) 25100 4200 35400 35. '4200 35901i
27 a 2 45400 45600 23500 29100 25600 4000 2521i0 35400 25200 4800 23000 35200 35400 3581
I 33150
25300 1

. Julho 1

4 a 9 4, 100 43500 25300 21300 25600 2$-s00 3200 4000 ne 0


a 16 ...... ........... 45100 43300
3$000 25.5._00 15900 3s200, 35401 25300 25400
00 Z:300
25300
43500 ''00
11 25500 2s700 15000 25000 35200 3S5), 35900 4$0011
3 23 45100
:0s190 33300 4300 1;4)11 3.5900 45000 n000
18 . 45200 25300 25514) .36500 4100 35200 :. 5°0 13900 4009 353(1 35901 *x31.81
r.) a 30 4540 45300 25300 Z401) :4000 =00 4500 3600 A000 '.511
91.1(1
4900
25300
35900 '25301 4400 4200 3400
Agosto
1 a 6 45200 43300 25.300 23600 25700 35300 15300 23000 23700 25000 35408 35: 4$000 45101 3200 4300 2.538) 25600 45000
3
15
a
a
13
24)
27
45300
45000
455130
45500
4300
25300
25500
3100
4700 .48614)
23700
35500 13100
3400
E" 2379°
3700 4060
25000 35500 3,58.04 4$100 4515411
93 010 1500( 4$ Ot
3300 25100 45101 45150
r

4301, 4400
I 45100
253001 4600
2S201 34)40
25304 25400
22 a 45300 45590 2s.100 254(40 2$700 Zion 3S000 15490 4,7)00 .4701/ 1$900 25100 352011 3581 45000 45101
29 3 4200 25100 252.0 4500 45001 45100 =00 =>00
a 43100 4300
i

412u0 25600 23800 3000 45200 4504) 2s700 15700 4200 3311 3 3571111 45001 n31411254141 3570 35900
91/1); 2.50001, 3300
Setembro
1
5 a 10 45000 zsaeo 4600
45100 25500 25600 35000 15100 25500 158414) 25200 3200 3$300 35700 45.000, 25300 35704 14800 moo
12 a 17 45000 45100 2530a 25600 4800 15100 25300 25600 15701) 25200 35001 31:,») 357)4) 3591101 2s200 2.4041 4400 4800 1590tif 25a)0 4500 331,47,0j 2151,5441
19 a 24 35800 35900 25000 25300 =100 n500 25400 5000 25100 25500 15000 2500() '4801 3530 35400 35700 15600 '25300 25200; 25300 35501 .571
'X a 1 35800 25200 4100 25.500 4500 *000 25100 25500 13590 15700 25700 '15208 35300 356114 15700 is809125200 4-100 WM 156091 2351$)
Outubro
3 a 8 3$700 33850 25100 25990 25600 35009 2$100 25500
10 a 1:i 3.5100 35800
252110
25200
25704o 15200 15600 25800 3$) 340035600 15700 2530)44400 4101 35 Z Z4110
17 a 22 358110 33900 25200
25000
25700
2571N1
4300
25G00
35000
35000
35300
25100
25300
25500
3500
15601 15700 25800 35'
15700 15201 35)w
35400 35500 '430 Z400 35401 =00
24 a 29 35300 45000
1$600 44441 =90 33451 35700 23400 23600
23290 25400 25700 251100 35000 35400 23300 25700 15700 15000 :2001357 3$71X) 4200 :WOO 4500
31 3 5 35900 43100 25400 251,00 4700 33100 35200 4300 25500 4500 15900 15950 33.100 ... o 2.,801 35000
Novembro
1

7 a .12 45.100 45400 25500 25800 .35100 35.100 35700 35650 25300 23300 25000 nSol 45.48o .15.500
25.100 35.5001 29100 4000
14 a 19 15300 45600 25700 35000
21 a 26
35.200 35400 33400 35700 4600 3000 25000 25100 :15lo. 35901 45000 45200 25700 490() 35014 35100 ,

45450 55100 3,000 35500 35400 35800 35600 45200 25150. 33000 25100 MOO 3$300
214 a 3 45800 55200 34300 35000 35690
45401) 15600 353481 35500 3460 35604
33900 35800 45300 35100 :15690 23300 35.100 45100 45518 45900 55000 154110 35500 350011 15000 45700 ' 35451 3451
Dezembro 1

5 a 10 45.700 45800 35300 35600 33700 3060


1

15.100 35500 35800 3200 zsann 25400 3s.


12 a 17 45.400 45.800 35200 15100
4 4830) 152(141 4301
35500
I

35.400 450()0 35300 25800 35200 23200 3100 45200 45548 35104 35300 352110 35400
337* 0135.94
19 a 24 43700 45800 15300 35600 45500
05.290 35700 35500 35700 25800 25900 25250 23350 35700 3591
45300 45501 3$18 35204 352001 35.400
1

26 a 31 45700 45300 35300


--- ---------------- - ---- - -- - -- --
15400

----- 35700 35800 35700 35900


______
25800 35000
-
23409 38900 4520)
________
45-400 3300 I 35400 15400 43500 4350! 35401 .444()
Estatistica Official
Grande cabotagemValor.offIcIal da Importação e da exportação no anno de 1927

IMPORTAÇÃO EXPORTAÇÃO DIFFERENÇAS


MEZES
Generos Generos Generos Generos A favor da A favor da
Nacionaes Nacionalisados
'FOTAI. TOTAL.
Nac1onaes Nacionalisados Importa0o Exportglo
_

Janeiro 3.480.177.300 369.102.300 8.840.270.009 4.431.998.400 821.229.400 5.253.227.800 1.403.948.200


Fevereiro, 2.843.128.000 163.002.000 3.007.000.000 3.314.813.600 616.103.400 3.930.017.000 923.827.000
Nlarqo 2.088.001.300 233.533.000 2.1)22.524.300 4.753.806.400 633.055.400 5.380.801.800 2.464.337.500
Abril.. 1.038.061.000 270.750.000 2.208.811.000 3.680.831.800 607.554.700 4.288 386.500 2.079.575.500
NIzio 2.503.526.000 812.070.000 3.315.596.000 3.110.621.500 856.112.100 1.066.733.600 651.137.600
Junho 2.622.616.000 270.858.000 2.893.474.000 3.406.180.500 119.762.400 i.915.948.900 1.022.474.900
lulho . 2.528.010.000 522.350.000 3.050.440.000 1.406.091.300 434.658.300 1.840.740.600 790.309.600
Agosto 2.787.852.000 349.430.000 3.128.282.000 .194.110.800 565.266.000 3.759.382.300 631.100.300
Setembro 3.377.070.000 184.650.000 3.562.320.00(1 .710.219.100 1.004.458.400, 4.714.677.500 1.152.357.500
Outubro 2.855.130.601I 244.110.000 3.139.240.000 3.793.814.300 555.816.600. 4.341.139 A 1 1.209.890.800
Novembro 3.482.406.000 440.000.000 8.923.456.000 5.224.055.1100 792.589.700' 6.017.241.700 2.093.788.700
Dezembro 2.430.440.000 177.480.001 2,610.920.000 4.080.112.100 492 717.400, 5.481.820.500 2.864.909.500
Somma -71-A50.28-5.369 37.61/.4.12.900 47.105.766.300 7.799.323.800 54.905.090.100 17.287.657. ;26
MUNICIPIOS DO ESTADO E SEUS INTENDENTES
INTENDENTES DAT.1 D.1 111)1E.100 OBSERVACOES

Abaet4 I
Garibaldi Parente Nonicallit cor clo de .1 de laneiro de 19211
IkeJr.1 Theodulo Olsmpio da Silva Cunha . 111 Novembuo 1924
Afti.l. linsledes Colitar4 . s 21 Marco 1925
Alentquer JosCila Costa Hameln I Junto 1925
Almeirim d1lberto Fess/10, de 1,1111a .,
IN Novembro a 1921
Altamira Dr. Jusi harpbirio de Miranda Nett° 13 Novembro 1925
Anais %.1sente Ferreira Ilrabo., . 18 . Novcmbro 1921
Aveiro Fransisco Corri.' Franco .,
. 10 a Novena's', s 1921
111:1.8S1 Dr. Anionic; irepo de Castro .. , Agosto 11129
IND° Coronel lausindo Dias ILI Rocha 8 Marco 19211
Hr yam; i
Wee/ a
Dr. Julin Gill'bun tic Oliveira
SebnstMo Amado da Silva
o II ,, Maio . 11125
I s Julho 1112.5
Ilagre Cesar Airs)
s' de Andrade Pinheiro 11
7 Maio 1925
Cathoeira Dr. Jo..1 I'llendoriet, d Mado 241 . 1.)iiiiibru . 111211
Carnal., Coronel Cantithano Mashado de NIendonca 22 ,. Abril 11121
Chaves Fianklin Fpaminondas de 1.4ttla 30 . Intim 11)27
Co:I.:ciao de Araguaya. %mansio .10 Rego Maranhao 211 'tieter...bro 1923
Curralinho Ilr. Juliano Mullein; tiosinho 20 4 Maio 11125
Ctirm,;.1
I.aro
.1nginto Ferreira Lima Vagi. Ir i tAr:...O. rrit 11,.! Ir.
lose lideliniro Pac.. de Andrade. Notne,111. . 17 ,
19211
Gurop.1 4.:e...ir Carvallin Aloora Cerar. 22 Abril 192.1
IRA f.1rians4 Franzisco de As' is Him 1 si, frinl 192:t
lg....ire-miry 1i1.1° Pillnl 1 migninhos 11raga 1 . Apoto 1921
Ifittne 'folio Ilibeiro Tavare. No..embro 1921
liaiiiiba Adriha Ferreira Cal 1 is Ill 102:h
unity Jon inint Gumes do Amaral 12 Nmembi° 11121
Ilassp.1 Coriolanu Jus2 Ill !Ord 1(125
Marais.' Coronel Jo.10 An.ntasio de lbeirot 214 thui,il,ui 11121
NIaracatil Americo Cerinatio Pinlieiro /4 . Filth° 1025
Mararanim Alirio 1.11sher l'alheta 1'111 I II
SLuagan Alfredo Pinto Nomead:) . 17 .1,n1 192?,
ltlelgaco A Wino Cult de M.1:ello 12 192i
Mocajnba Coriinel lia.niondoIlenripie Pamir° \'crgulino.. 21) . 1112I
Nlojil , lose Alaniues da Silva 23 .111111.. P.11
MouteAlegre
.

ananso NIariano 11allia da i1n.t.i AO. !ir .1 PI%


hlontenegra Julio l'eulsio Pont MIMI:Mill 1:1 .
I nu 19214
Milan.1 Dr. Cu,,M ila Costa Asesedo :1 . tvil11.1.1 16'25
Obidos Ilashale1 Angioto Gorea Pinto 6 .
111111.0 1921
Omens ... Orlando Duilltou de Oli.eira 11 No, 1,11.1. 1921
Ponta de Pedras Corontl Ilenrique 1.obalo 1948
Forts1
Porto os
Mos
Fran.iso Sc,cri tilo ay MOt
Iwo': Cs.ri ico de Ohs eira
na l.iluu
IS 1114,1
ii. 1921
11121
Prainlia Soo°
.11cble; Id N., 0111,10 11121
Quatiporia Iaandro Anioni° Piiibeirl 17 r

Salinas ¡Nil Fell% de Allneit1.1 Ill Al id 1925


Sinurent
Sia Caetano de t/divellas
oaquim Vassonsellos Brag I Id luunhi. 1925
lined° Franck.° 11.1 kuclia. 27 \hi° 1921
14.10 Domingos 'la Ihia-'ista Ilacliatel Ileraslito Pinlieli° 2:1 . 1921
5.10 Miguel do Glia tui 'isente Ferir) na Costa . Soentloo 1925
Some Vi4tnr Engelha rd 7 teseleito 1925
Vigia Ilenrhine de Minira Palli i 2.1 Marco 1925
Vice° Jannarin Anilines de Santa 2.5 tsercoo 192,1
.. -
1

-_-_-_-_-_
Esta mensagem contém 191 pa-
crinas e 24 annexos. A sua com-
e,
posição teve inicio a 7 de agos-
to, concluindo-se a impressão
31 do mesmo mez. 1928.

Você também pode gostar