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PARA (PROVI\CIA) PRESIDENTE
(FRANCISCO COELHO)
FALLA 1 OUT. 1349

INCLUI ANEXOS
bc..

PAILLA.
DIRIMA
PELO

tiocinh° gbíA,. Ceemeekifto

Seton:inu) gtcuteco (eoeitol


PREZ1DENTE DA PROTINCIA,
DO

._._ Z,, axa skaaw&


A

ASSEMBLÉA LEGISLATIVA PROVINCIAL


.r

AtERTMIA DA SEGUNDA 8E68kb ORDINÁRIA


DA SEXTA LEGISLATURA.

N. dia 1.0 de Outubro de 1849.

PARA'. Typographia de S'aidos 4. Filhos, Ibus de


S. João, coiro da estrada de 8,-floze.-- 1849.
nti~ GA einzuwentgeía,

ÉNII0 mais' (*ta vto as .sekY.J. dai. .Ite


.

prementaça* Provhicial, em 'comprimento. da. Toa


me impõe este :dever como Meio netesaariá para iavo
xiliar e c.kunprimetito doe tossort .lend.-4art-Aada
nomçu uWiao retak*io', taõ exteasaiiien qtamto iner
foi possive4 dm/Instanciadas, iniónatt§õer.bÈ d
estado,: era:que. se achava :a Provincia,. ao- temi"!
que..prinCipiei a administra-1apt:octirateiagora na&
cansar-vos com superfluow rertições .e me limig
tarei apenas- tk. informár-voe qd&-ha 'aceogirkr
.

depois. do .encerramen6 da vcésa: nitinur :reunia


Cheio. de confiança; tia Vossa ..dedicaça6 pelir :bem
publico, eu pasáo ,a expor-IrOs com, franqueza*.
o que juigly coavenientie -:.ofkreaer aor
sinceridade'
-vosso. ilustrado conhecimento: :Primeiramente teo
nho a satisfaçaõ de annunciar-vos,. g/ie.-310kiil
tinias .datas, o Augusto Monarcha, e Sua Imperi-
al Familia, .se achaváõ sem' novi,taMe em Sua
precioza saúde.
Agora: dirvosArei que pelos mesasow :mativos,
que tive nolumo. passádo-,i, e usaaidó-'..daattribisiça&
que me confere. o' Acto Addicionali,..:addiei :a, vossa>
presente reuriiaõ da epoca faxada.1 a. lEr'da'A\gosta,
para o dia-de hoje., A razia& é 4eiflndW1óu
,

lio financeiro,- zt 30 de Saahc#,:. inisufficiente.té;-2?


zo de me& e -meio.. par :i: se prepararem) ot;.Baliaw-.-.
çosOrçamento á Provinciaes e Mudicipassw tosa&
grande: parte- -dos ultimeN,.depoitrdo 4~00,8?
que vence?remottiw distancias,-: pirá, ,:O~~;*
tempo de V09 _serem preseateafli. epoca, que exiav
IC(4)31
te fixada por lei. Estes trabalhos, especialmente
o Balanço e Orçamento ela Receita e Despeza Pro-
vincial, saõ de sua naturesa prolixos e morosos; ao
mesmo tempo que a analise a acurado estudo dos
nossos meios pecuniarios, é de summa importancia
em relaçaõ ás necessidades publicas, tanto mais que
sendo escassos os meios de renda, por isso mesmo
mais precisaõ elles ser bem apreciados, para se reco-
nhecer até que ponto podem satisfazer aos serviços
mais urgentes. E como a instituiçaõ das Assembléas
Legislativas Provinciaes, imprimio-lhes um cunho
pronunciadamente administrativo, resulta que qua-
zi todos os seus actos convertidos em leis, expri-
mem em ultimo rezultado a decretaçaõ de um ser-
viço, e se .rezolvem em mais ou menos dinheiro,
em augmento ou dimininuiçaõ de despeza. Foi
por tanto como uma necessidade, e para habilitar-
vos com o exacto conhecimento do estado das
nanças provinciaes, que resolví o addiamento. Da-
da esta explicagaõ passarei a informar-vos dos se-
guintes objectos.

Secretaria da Presidencia.

Nada tem occorrido de notavel nesta Repar-


tiçaõ, que continúa a compor-se dos 9 Emprega-
dos, que lhe dá a lei de sua eriaçaõ. Acabo de
conceder aposentadoria na fõrma da lei ao 2.° Of-
fieial Manoel da Trindade de Souza, que accumu-
lava as funcções de Archivista. A experieneia tetn
mostrado, que soffre por esta aecumulaçaõ o bom
desempenho do serviço, e que é de conveniencia
separar os 2 lugares; em quanto assim se naõ de-
termina, tomei o expediente de incumbir o Arehi-
vo a um dos 2 Amanuenses engajados, que auxi-,
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e(6Z
pagar, e acabando com a duplicata apparatosa,
superflua de 2 Chefes, e 2 Thesoureiros.
Logo depoif, do vosso encerramento mais ur-
gente ainda se tornou uma refõrma qualquer, pe-
lo estado de quazi total anniquilaçaõ a que se
achava reduzido o Thesouro Publico Provincial;
para gire ajuizeis desse estado, basta diser-vos
que em Março do corrente armo, o livro de contas
correntes estava quazi em. branco; o dos collecto-
res taõ atrazado, que naõ havia meio de se lhes
tornarem contas exactas; o de matricula dos offi-
ciaes do Corpo de Policia sem um só pagamento
averbado; os livros de registo da correspondencia
official com 1 anno de atrazo; não haviaõ Livros
Diario, e de Razaõ, nem livro Caixa; e os livros
de lançamentos das operações das caixas effectiva,
d'obras publicas, auxiliar, e de amortisaçaõ atra-
zados; em uma palavra nesta Repartiçaõ tudo es-
tava ou incompleto, ou por fazer.
Nestas circunstancias a primeira medida de mais
urgente necessidade era por á testa da Repartiçaõ
um Chefe habil e activo, capaz de tira-la do chaos,
em que se achava, e cie reorganisa-Ia conveniente-
mente, Deraõ-se entaõ algumas alterações no seu
pessoal, a saber; o seu Chefe bem como o Conta-
dor por molestias chronicas, e avançada idade a-
chavaõ-se incapazes de continuar no serviço., falle-
ceraõ 1 official da Secretaria, e o respectivo Thesou,
reiro, e dadas estas occorrencias, resolvi logo encetar
algumas refórmas tanto quanto me era permittido
dentro do circulo legal de minhas attribuições. Exis-
tindo o Thesouro Provincial por urna ler, nada po-
dia eu fazer, que affecta.sse a eganisa.çaõ, que ella
-coin'4; à:' Recebedoria Provincial ape-
nas Ègli.'Oti'a por uni acto puramente administra-
£(7M
tivo (o Regulamento dado pela Presidencia do 1.0
de Janeiro de 1838), por outro acto tambem ad-
ministrativo, em Portaria datada do 1.0 de Março
do corrente anno, modifiquei o 1.0 convertendo a
Recebedoria Provincial em Repartiçaõ filial e an-
nexa ao Thesouro, sujeitando ambas as Reparti-
ções a um Chefe curnmum, com um sõ Thesoureiro
tambein commum, continuando a Recebedoria na
mesma incumbencia de arrecadar os direitos Pro-
vinciaes, que lhe estavaõ antes afectos, e sendo
dirigida, quanto ao serviço do expediente diario, pe-
lo empregado della mais graduado, que era o Es-
crivaõ, e que passou a denominar-se Vice-Inspec-
tor da Recebedoria.
Junto achareis por copia a dita Portaria, con-
tendo os mais promenores desta refõrrna, que real-
mente converteo as duas repartições em uma sei;
sem perturbar ou confundir as funcOes, que antes
lhes competiaõ.
Apposentei na fôrma da lei o antigo Inspec-
tor, e Contador; deixei de prover o lugar vago de
Official cio 'Fhesouro dando-o provisoriamente por
extincto, e sendo o dito lugar supprido por qual-
quer dos empregados disponiveis.
Nomeei novo Inspector ao que servira de
Administrador da Recebedoria, em quem reconhe-
ci a precisa idoneidade; mas sendo ele empregado
geral, e allegando molestias, concedi-lhe a exonera-
çaõ, que peclió dias depois, e o substituí pelo Snr:
Dr. Ambrosio Leitaõ da Cunha, vosso collega, a
quem nomeei Inspector interino, e que servio com
honra e consumada pericia até 6 de Julho do cor-
rente anno, em que voltou. ao. seu lusar_ dMaTr
.

gistratura, que tornava indorna.tivero eerdido Wei


lugar de Fazelida.: ésuefaliá.'1Ad'ióirië4ié:
311:(8):K
do actual Inspector interino o Sn r. Antonio Agos-
tinho d'Andrade Figueira, empregado da Thesou-
raria Geral, que no desempenho dos deveres do
novo cargo, tem provado, que merecia a reputaçaõ
de que já gozava como habil e inteligente Offi-
cial de Fazenda. Taes saõ as principaes altera-
ções, que a urgenica do serviço me obrigou a fazer
nas 2 referidas repartições. A refõrma redusindo
o numero de empregados, accumuloulhes algumas
obrigações; depois delia o numero de ambas ficou
reduzido de 30 a 25, e naõ obstante é agora que
no Thesouro o -serviço se faz com methodo e re-
gularidade; isto prova praticamente a verdade, que
já em outra occasiaõ enunciei, de que naõ saõ os
muitos, mas os bons empregados que fazem o bom
serviço. Pelo lado da despeza, resultou, que im-
portando antes os ordenados fixos para ambas as
repartições em 15:9008000 réis, agora reunidas im-
portaõ em 12:6008000 réis, tendose economisado
a diferença de 3:30(20:100 reis. As alterações fei-
tas exigiaõ, que se reunisse em um só edificio o
pessoal do Thesouro e Recebedoria filial, para que
o Chefe commum pudesse exercer facilmente no
serviço de ambas prompta e immediata inspecçaõ.
Para esse fim mandei preparar as precisas accom-
modacções no proprio nacional adjunto ao lado da
Igreja das Mercês, onde actualmente se achaõ.
Pelo que deixo dito reconhecereis, que é pro-
visorio o estado da refõrma, até que decreteis de-
finitivamente uma nova reorganisaçaõ; sendó o meu
parecer, que por &a as couzas continúem no mes-
mo pé, visto que o serviço vai marchando em re-
gra, e sem embaraço algum na pratica, sendo mais
prudente naõ encetar novas alterações, senaõ quan-
do a experiencia as acõnselhar, Juntos vaõ os
,r(9)
mappas 2 e 3 dos empregados e seus vencimentos,
e nelles notadas as occurrencias do pessoal havidas
durante o armo.
Collectorias.
Tratase de dar a estas repartições auxiliares
da receita publica provincial a precisa regularida-
de de modo, que a sua gerencia seja mais provei-
tosa, e afim de que se lhes possaõ tomar contas
exactas. Pelo Thesouro Publico Provincial em
data de 25 de Abril do corrente anno foraõ ex-
pedidas varias instrucções, por mim approvadas, na
parte relativa ao modo e processo de obrigar a pa-
gamento os collectados omissos.
As rendas arrecadadas no anno findo pelas
diversas collectorias importaraõ em 49:288080 réis.
As 68 existentes, administradas, arrematadas, ou
vagas e seus respectivos rendimentos constaõ da
seguinte demonstraçaõ.
COLLECTORIAS. RENDIMENTOS.
COMARCAS. i.
to
,
cd

z.) , 117 O
,,,
.6' 6
.... .;.5 ,, PPor
Total do
Admi- Por Arre- Rendimen-
n is tr a ç ão . matação. to.
<1 ' 1 - C..)

Da Capital 21 3 4T 28 16:981S541 201S000 l'r7M-3541


De Macapã 5 1 6 1:957$315 300$000 2:25734-5
De Cametá 4 4 10:902$S7E $ 10:904818
De Bragança 3 1 4 3:090$72S 5iS000 3:140$728
De Santarem 6 1 1 8 10:575$686 450S000 11:025$686
Do Rio Negro 10 8 18 4:778$902 S 4:778$90,
Somma i 49 1 6 11-3 68 148:287$0 3;

Achareis junta em numero 4 a relaçaõ nomi-


nal dos Collectores, e arrematantes, que existem.

Força Publica.
As forças militares de már e terra ao serviço
le(10),
da Província continuaõ a compor-se das seguintes
especies.
1.a Força Naval. Os tres navios de Guerra
pertencentes a Estaçaõ Naval desta Província saõ
a Escuna Guahiba, actualmente no porto de Ma-
ran.haõ, o Brigue Escuna Nicteroy, que á pouco se
recolheu das explorações nas Ilhas e terras da fóz.
do Amazonas até o Caba do Norte, e o Pata-
cho Independencia. Durante o anno, accresceo o re-
ferido Brigue Nicteroy, e dimiiuio o Patacho Ma-
ranhaõ, que foi desmanchada por se achar com o
cavername todo podre, e completamente incapaz
de qualquer serviço. O estado actual dos tres na-
vios desta Estaçaõ é o do seguinte quadro.

10 %° .4 «.9 '-' 5 cil'' ?/) ?,, ã


Navios da Estação. ;:i. -14 -3 48
./c: â ',I .5 7 . ..,1
'
-9.
8 '' ,.. - ' 2 8 a! O
1:1 al Oa2
1 Bngue Escuna ncteroy. 10 10 6 :t.t 36

2 Patacho Independencia. 10 6 6 26 32

3 Escuna Guahiba. 6 3 9 24 33
Somma. 26 19 21 80 101
..

O Governo Imperial já me ha feito commu-


nicaçaõ official de que mandou para Pernambuco
o Vapor Guapiassú a render o Vapor Thetis, ten-
do este ordem de seguir para o parto desta-Provin-
cia, onde ficará estacionado para o serviço naval.
A conducta dos Officiaes empregados no ser-
viço desta Estaçaõ continúa a ser honroza e digna.
2.a Força de linhaDos dous Batalhões de.
linha pertencentes á guarniçaõ desta Provincia exis-
te aqui somente a 4,° Batalhaõ de Caçadores, que.
£(11)1E
e acha elevado ao seu estado completo, tendo
30 batalhão d'Artilheria marchado em expediçaõ
para Pernambuco no mez de Janeiro do corrente
armo em força de 360 praças, e actualmente re-
duzidas a 331, ficando além dellas addidas ao re-
ferido 4.° Batalhaõ 106 praças .de Artilheria. A'
força de linha dos Batalhões em numero de 655
pragas existentes na Provincia, acresce a officiali-
aade de diferentes armas e classes em numero de
62, o que prefaz a totalidade de 717 praças, cons-
tante do seguinte quadro.
4. Batalhão 3. ° Batel mo
de Caçadores. de Artilharia.
soMeeu11.
0.;

_Differentes destinos. a

'V
6xistentes na Capital 16 289 2 321 4 2 2. 19 71
Destacados nas fronteiras e outros pomba. 6 232 I 1 66 3 1 9 4 322
Licenciados.
Niel
2 4 !, 1 4 1 3 9 24
borniva h b . 24 I 4 4 6 17 32
525 5 1112 1
;17'
a orte do Rio e amuro 1 15

--- ilm
1

e«. 7-
Na Provincia de Goiaz 3 3
Expedicionarios em Pernambuco
Destacados no Maranhão
2
2
9

1
320
48
11 3.3-1

sl
DOMO». 15 374
'Total; Geral:
C(13)2
Espero que mui brevemente os bravos mili-
tares Paraenses, que foraõ a Pernambuco cooperar
para o restabelecimento do imperio da lei, depois
de haverem cumprido honrosamente os seus de-
veres de soldados, voltarão a seus lares, e ao
.

seio de suas familias. A diminuiçaõ de forças


de linha, occazidnada por esta marcha do Bata-
lhaõ d'Artilheria, tornou necessario o chamar a des-
tacamento algumas praças da Guarda Policial
para fazerem o serviço em diferentes pontos;
o numero dos ditos guardas, que actualmente coa-
djuvaõ o serviço da linha he de 155 praças a saber:

«75" g 4 (4- o o O
7): g^.) ??,
c
19.
o o
5 g`)
Saz, - 9.
9

Lugares.
.

... .
H Inferiores e cabos
) w
CO
r%
*g"1 t2 1c-1 et21 M C.. I I-- cja Guardas.
-
cTx
C7 Cl >91
ND
1C= o
I
f
Total.

Além das praças destaca-Ias, que percebem


como taes vencimentos de soldo e etape, ha em
varios destrictos contingentes da mesmú Força,
que fazem o serviço propriamente de policia, e
municipal, revesandose uns aos outros em certos
prazos. Os »guardas nestas circunstancias não per-
cebem vencimento algum. _ _ _
t(14))
' 3.a-- Corpo Provincial de Caçadores de Poli-
cia.Dei-vos conta no Relatorio passado dos in-
convenientes, que á disciplina resultavaõ das sin-
gulares disposições penaes de um Regulamento,
que convidavaõ os Soldados a comrpetterem faltas,
como meio seguro de se isentarem -do serviço, pre-
-ferindo antes o commodo descánço na prizaõ ás
marchas, e formaturas, e ás vigilias das rondas e
patrulhas. Compenetrados desses inconvenientes,
que tendiaõ á desmoralizagaõ de uma força, cujo
importante e continuo dever he velar na guarda e
segurança da propriedade e da vida dos Cida-
dãos, vós me conferistes pela vossa lei de 18 de
Novembro do anno passado a autorisaçaõ de reor-
ganisa-la, e dar-lhe os Regulamentos necessarios,
mandando-os logo executar provisoriamente até a
vossa definitiva approvaçaõ. Usando desta. facul-
dade na data do 1.0 de. Janeiro tio corrente anno,
foi effectivamente o Corpo de Policia reorganisa-
do, dando-lhe a nova. .organisaçaõ 4 companhias
effectivas, e 1 addida 'de Disciplina, sendo as pri-
meiras compostas de Soldados de escolha, e de
melhor conducta, e, sugeitos a penas mais bran-
das, e a ultima regida pelos Regulamentos mili-
tares de linha, devendo ser para esta remettidas
correccionalmente as praças das companhias effec-
tiVas, que se relaxarem a ponto de precisarem
regimen mais severo. Tudo foi sujeito a regras,
que estabelecem o processo legal para a impozi-
çaõ. das diferentes penas, e a detalhada especifi-
caçaõ de todos' os deveres, e de tudo quanto he
relativo a administraçaõ, disciplina, e economia
4:119 Corpo. _

i A bwepçaõ ;de ,-1-3,11.Cnit- yr-4'o, ,de


ou
le15)21
castigo pode tornar bom, acha-se hoje o corpo em
sofrivel pé de disciplina, completamente armado, e
bem fardado; e nesta parte muito se deve ao seu
briozo, probo e intelligente Commandante o Ma-
jor Christian° Pereira d'Azeredo Coutinho.
Posto que a nova organisaçaõ seja de 4 com-
panhias, sem contar a addida, que no seu estado
completo deverão ter 426 praças, o numero des-
tas fica em cada anno limitado á força, que a lei
fixar fazendo-se no estado effectivo tia fôrça das
companhias a reducçaõ conveniente. E' assim
que por em quanto somente foraõ criadas a 1.a e
2.a companhias effectivas além da companhia de
disciplina, e as praças existentes ainda naõ com-
pletaõ o numero de 229 fixado 'na lei, faltando
64 praças, como se vê do quadro seguinte:
'ri "Ti C-e tri i. 5,11

C. E
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4' c4 '" co Inferiores e Cabos

" s- to 1 á, Cometas è Soldados. ... - .


it'a
~125............ gf) CD [1$ CO

Total.
^ " i§ I§ Pãi I .° 8;
t( 1:g*
lei da: fixaçaõ da' força- policial, para .o aYt-
korrente ,"peçõ, que decreteis :o. numero c:le 216 .

práçág,' ekuiValente 'ay estado- completo .de 2 com-


panhias. :Por está occaziaõ Vós 'pondero, qUe se-.
ria-- de. sumtna convenreilãa:4ite houvesse 'Una sec-
saõ de-12 'a 90 praçãs ide cavallatia:. Este numero
.

de soldados...á cavallo' ainda '..qUe peéitieno, pode-


ria um numero treS -fezes maior. de. sol-
-dados-..mfantès esp,ecialmente :no serviço de
lhas* e de rondas. Se o julga:rd:és a propósito., po-
dereis nÁ. lei de frxaço. de .força policial atttori-
sar a:) de: uma secçaõ. de ...praças de .£.á.Val:.
qüe ser4o-addiclonadas "ás 21é.' praças, naõ
..eicedendo o total: Na- 236; -

vaja.
Orá .vos appreskto..«UM exemplar do novo Re-
.

gulampto, que depende', 'da .vossa difrnitiva


"

A.&-r-Guardtt Poliékil" da ..13j.ovincia.- Esta_ força


-.:onfinúa ,a servir:s.& - stibstittita á.' Guarda 1<a«cio-
:izia1 dissolvida eni.:l56:
eu 141:40 estado' de *o.rganis-ix..çaõ é é
sffira diferença 6" mesmo, que ..ybo's expuk hét- paS--
'síttk'relatorio. Junto em niifnéro 5 o niapv.a ". do
'sou Ress(Nál-èffectiyo, -.que "nionta<, a um .total 'de
16189 pragas'iiidtksive 661 oiMia,es, corno" Se
'do s -

-
1111~~11~"1"."1.1` ,11.+
Resumo da força da guarda policial da Provincia.
t .
Comarcas. Estado. <Z- I 7.4)

E ffectivos . 25 5618 - 5874

Capital . .. . . .. .. . A ggregados. .. . 2 48 7

Addidos . .. .. . 4 5
Effectivos...... 3 1097 113.
Bragança. . .. .. .. . Aggregados : .. . - 1

Addidos... .. .. .
.
..:ffectivos. .. .. . 14. 3730 3876

Cametá . .... .. .. . A ggregados. .. . ' 354 361

Addidos. . .. .
Effectivos...... 7 1577 164'
Macapá .... : .. .. . A ggregados. .. . E 11 1'
Addidos .. . .. .
Effectivos ...... 50 1671 1721

Baixo Amazonas.. A ggtegados. .. . ' 2


Addidos . .. .. . 116 1

Effectivos . .. .. . 40 1087 11.2

Alto Amazonas. ... A ggegados . .. . 1 - 211 21

A ddides . .. .. ._
Somma I 661 15528 .1;"17:rv

r.
{08).
Por este resumo, comparado com o que vos
apresentei no anuo passado, cresce de 4 o nu-
mero de officiaes, que entaõ foi relacionado no
mappa em numero de 657. Mas este augmento naõ
resulta de novas nomeações, pois nenhuma houve,
mas sim de que agora foi feito o apanhamento á
vista de relações mais modernas, e mais exactas.
Facilmente poderia eu ter dado animaçaõ a
esta força, reconstruindoa em um vigorozo pé de
disciplina; mas essa animaçaõ, que lhe eu desse,
seria desanimaçaõ para o restabelecimento da Guar-
da Nacional, pois tem sido, e continíta a ser o
meu pensamento fazer restaurar essa força civica,
que a lei mandou crear para a defeza da Monar-
chia, da Integridade e da Independencia da Na-
çaõ. Este meu pensamento era conforme ao de
meus antecessores, bem como o é a opiniaõ è de-
sejo geral. Quantos esforços de mim tem depen-
dido, todos hei empregado a ponto de vos ter sol-
licitada na sessaõ passada uma lei para o resta-
belecimento da Guarda Nacional, sujeitandome a
incorrer na responsabilidade da sancçaõ, visto naõ
ser liquida a questaõ de competencia, a respeito
da qual já tive de expendervos extensamente os
fundamentos oppostos pró e contra. Em vosso jui-
zo prudencia/ entendestes, que naõ devieis formu-
lar a lei, que foi por mim indicada. Se a tives-
seis decretado, a Guarda Nacional estaria hoje
reorganisada; e ainda mesmo que os Poderes Su-
periores- do Estado, naõ julgassem competirvos o
legislar sobre &ia, a sua urgeucia, e as circuns-
tancias peculiares da Provincia serviriaõ de garante
para que ao menos tacitamente se sanccionasse o
fado; até que houvesse a reforma geral da Guar-
da Nacional do Imperio.
Z(193
Factos desta ordem, occorridos depois da pro-
mulgaçaõ da interpretaçaõ das refõrmas subsis-
tem, sem que tenha õ sido revogados, em algumas
Provincias, onde se naõ davaõ as mesmas cau-
sas de urgencia. Tivestes louvaveis escrupulos de
fazer a lei; respeito-os, e naõ insistirei, tanto mais
que o Govern.o Imperial, a quem pedi esclareci-
mentos, entende tambem que objecto é da exclu-
ziva competencia do Poder Geral, em consequencia
cio que me recommenda que contiaile por em quan-
to a subsistir a actual Guarda Policial, melhoran-
do-a, proseguindo entretanto, nas qualificações e
alistamento, que eu havia ordenado, como meios
preparatorios indispensaveis, para que tenha lugar
o prompto restabelecimento da Guarda Nacional,
taõ depressa o decrete a Assemblea Geral, o que
he muito de presumir, que o faça na sua proxi-
ma reuniaõ, parecendo-me muito conveniente, que
á mesma Assembléa Geral dirijaes uma motivada
representaçaõ, pedindo-lhe, que a naõ ser possi-
vel durante a sessaõ legislativa de 1850 a passa-
gem da lei da refórma geral das Guardas, que
ao menos se decrete para esta Província uma con-
cisa Resoluçaõ especial mandando restabelecer a
Guarda Nacional com officiaes de nomeaçaõ do
Governo Geral e Provincial. Aos Deputados dei-
tos desta Provincia, que devem ir tomar assento
na respectiva Carrara, cumpre tambem que re-
commendeis para que promovaõ com efficacia a
adopçaõ da indicada medida, e eu pela minha
parte não cessarei de solicitar aõ Governo para
que igualmente por ella se interesse, pois que mui-
to concorrerá para,, a bom resiMado a sua valio-
sa intervençaõ. Eu já- tenho (eito expedi; nova*
ordens para que os respectivos conselhos.. prosi-
N:(20)
gaü uos trabalhos de qualificaçaõ e alistamento,
no anno proximo futuro, pois taõ remotos saõ al-
guns pontos da Provincia, que he precizo preparar
estes trabalhos com muita antecipaçaõ. No prin-
cipio do anno corrente procederaõ já a estas qua-
lihcações, e das 88 Freguezias, que tem a Pro-
vincia, vieraõ os trabalhos de 75 Com o numero de
15:746 Guardas qualificados para o serviço ordí-
nario. Attendendo ao numero, localidades, distan-
cias, e meios de cominunicaçaõ entre os differen-
tes lugares, tenho ja preparado um Quadro geral
em projecto para a nova organisaçaõ, que deve-
rá ter a Guarda Nacional da Provincia, e o acha-
reis junto em n.° 6. Comprehende o dito Qua-
dro 4 Commandos Superiores, 10 legiões, 36 e 3-
Batalhões, sendo 5 de Fuzileiros, e 31 de Caça.:
dores, e mais meio Batalhaõ d'Artilheria com um
total de 196 companhias a saber:
Rezumo do quadro da organisaçaõ em projecto para a Guarda N acionai
Comandos supe- a ta -
Legiões. Compa-
riores. 11irNes. nhias.
1. Legia.o da Capital 7 34

1. o 2. " da Vigia 3 16
3. "1 de Braffança 2 12
4. " de Marajo 3 1
2.o 5. " de Igarapé-merim. 2 14
6. " de Cametá 7 36
3o 7.1 " Macapá ..... 3
8. 44 de Santerem 4 22
9. do 2 12
4° do Rio Negrn 3 16
(rturna 36
1

i 196
C(21))f,
Resta, segundo a recommendaçaõ do Governo
Imperial, melhorar por ora a Guarda Policial exis-
tente. Nisso passo a cuidar sem prejuizo das de-
ligencias para restabelecer a Nacional, e ao mes-
mo Governo proporei as medidas, que me pare-
cerem proprias para conseguir o recommendado
melhoramento.
5.a--- Corpos
de Trabalhadores .Nove saõ os
Corpos existentes, cujo estado actual é de quasi
total desorganisaçaõ, pela falta de alistamentos re-
gulares, e pela ausencia de grande numero de alis-
tados. Nos mappas figura um effectivo de 7626
Trabalhadores constantes do se
............_ inte a uadro.
_

Estado dos corpos de Trabalhadores.


.; roiça cau,
o
Corpo.
Z.

Lugares a que pertencem.


2

O --.

1 Corpo daeapital ... ..... ..... 12 ai -141Z) ia


1 Dito de Cametá 6 6 318 330

1 Dito da Vigia 8 7 405 420


1 Dito de Santarem .... 3 3 262 268
1 Dito de Macapá 6 4 1253 1263
1 Dito de Bragança. 10 9 555 574
1 Dito de Gurupá 4 3 426 433
1 Dito de Marajó .... ........... 14 13 1594
1 Oito do Rio Negro 8 9 .1885 1902
Sninm & 71 íl-11 7444 7626
f ft
1
£(22)).:
Hum pensamento de moralidade e de ordem,
suscitado sob a impressaõ de factos deploraveis, e
calamitosos, fez conceber a creaçaõ destes corpos;
mas d'elles tornou conta o abuzo, que os conver-
te° em meios de ganancia e servidaõ. O fim prin-
cipal da lei, que os instituio, fôra arrancar á oc-
ciosidade uni excessivo numero de tapuios, pretos,
e mestiços, baldos de illustraçaõ, e que excedem
a tres quartos da populaçaõ errada, laboriosa, e
industrial da Província; esta lei de algum modo
fundou um systema, que pareceo antecipar a theo-
ría da organisaçaõ do trabalho. Na Europa é
esse o desideratum das classes inferiores do povo
avexadas pela rniseria, pelo pauperismo, e pela fo-
me; para ellas ter trabalho é .ter o paõ da vida,
é a felicidade; mas na fertil Provincia do Pará, on-
de a natureza dá a todos com espontanea supera-
bundancia tudo o que he precizo para viver, o
trabalho é tido por essas classes, como um cons,
trangimento desnecessario, e intoleravel. O nosso
tapuio, que ergue a sua barraca, ou palheiro á
margem de qualquer desses rios e lagos variada-
mente piscosos, rodeados de mattas e florestas vir-
gens, uberrimas de fructos, drogas, e especiarias,
abundantes de uma infinda variedade de caça em
quàdrupedes e volateis; vive descangado e descui-
doso no seio da abundancia, e se estas circunstan-
cias o dispensaõ do trabalho voluntario, com que
repugnancia, e odiosidade se naõ prestará elle ao
trabalho obrigado? E ainda mais quando a obri-
gaçaõ do trabalho pela lei, tem sido taõ geralmente
convertida em especulaçaõ e vexaçaõ pelo
-Já no anno passado a, este respeito expendi
abuso?.

largamente as minhas ideias, e vos naõ cançarei


r,oin a repetiçaõ. Na minha oppiniaõ cumpre,
!C(23),
que se adopte uma medida qualquer, que refor-
me, modifique e reorganise esta instituiçaõ. Para-
facilitarvos este trabalho achareis appensa uma
recapituláçaõ das tres leis Provinciaes n°s 2, 84,
e 91, apurando destas leis aquellas de suas dis-
pozições, que devem existir em vigor, posto que
pela maior parte tenhaõ caindo em desuzo. A
ideia que geralmente se tem offerecido como meio
prompto e immediato para acabar com os abusos
inherentes á instituiçaõ dos Trabalhadores, é a
sua aboliçaõ radical. Lembrovos porem, que a
adopçaõ desta medida, vos imporá a obrigaçaõ ri-
gorosa de dar destino a perto de 60 mil individuos
do sexo masculino, que privados pela lei do uso
de direitos politicos, sem especie alguma de su-
geiçaõ systematica, 'desempregados e entregues á
sí mesmo, e a uma vida indolente, e desobrigada,
-viviriaõ fluctuantes no seio do resto da populaçaõ
util, e laboriosa, que é em desproporcionada mi-
noria.
A vossa penetraçaõ e sabedoria acharão o meio
termo, que garanta protecçaõ a uns, segurança a
outros, e justiça a todos. Huma lei conveniente-
mente baseada sobre um alistamento regular, em-
prego moderado, em casos e lugares bem defini-
dos, e sujeiçaõ a certas e designadas autoridades
locaes, poderaõ dar esse meio termo; e foi sob
esses principios, que formei o projecto e bases que
vos aprezentei no anuo passado, convertendo os
Corpos de Trabalhadores em Companhias muni-
cipaes addidas aos Batalhões da Guarda Nacio-
nal. Mas sendo o dito projecto dependente da
reorganisaçaõ desta Guarda,; ,na.õ.tendo; esta pas-
sado, ficou prejudicado; más ainda, o .podeis,apro
veitar mais- ou menos.; naodificado,. ou, fazer, outro
mais apropriado, segundo vos parecer melhor.
A questaõ relativa aos Corpos de Trabalha-
dores, é, como já vôs disse, um problema de diffi-
cil soluçaõ, mas que deve ser necessariamente re-
solvido. O como e o quando a vós compete.
Culto Publico.
Tudo quanto diz respeito ao serviço do Cul-
to da nossa Santa Religiaõ, na parte, que corre
pelo poder temporal, temme merecido particular
attençaõ; e no que toca ao espiritual, muito deve
a Igreja Paraense ao virtuoso, charitativo, e vene-
rando Prelado, que a rege, o Exm.° Snr. D. Jozé
Affonço de Moraes Torres.
Estando hoje affectas ao governo geral tanto
a nomeaçaõ dos Parochos e cargos, e dignidades
ecclesiasticas das jerarchias superiores, bem como
os pagamentos dos respectivos vencimentos, pouca
é a ingerencia, que neste assumpto tem a acçaõ
propriamente provincial. A que vos cabe actual-
mente reduzse á divisaõ ecclesiastica, a manten-
ça das Igrejas Matrizes, ao provimento de alfaias
e guisamentos, e ao pagamento dos Coadjutores,
e empregados das Vigararias geraes, e Cam ara
E cclesiastica.
A divisaõ ecclesiastica desta Diocese eonti-
nfia a ser:
3 Vigararias geraes: a da Capital, Alto, e
Baixo Amazonas.
88 Parochias, havendo:Providas.. . . 54'
Vagas 27
Despovoadas. . 7

Ao todo 88
. Junto em numero 7 a relaçaõ, nominal dos
t.`

WS*
54 parochos, e 10 coadjútorés, que áctualmen .

te existem. Continfla a fazer-se sensivel a falta


de Sacerdotes, para provimento da terça parte do
numero de Igrejas das Freguesias povoadas. A.
despeza dos .Coadjuctores fica, segundo o decla-
rou o Governo Geral, á cargo do cofre Provin-
cial, e monta a. 1:500$000 réis, que tanto se in-
clue no orçamento. .

Na Cathedral existem vagos uma dignidade


(a do Arcipreste) e 4 Beneficios. O estado do seu
pessoal- é o seguinte:
,

45
Emprêgos -cs
o 74
tu) 5 'ó
ó' E
- Arcediago....., .......... ...,.... 1
n
25
..
. 1}
-....
cy,.
Arcipreste 1
:,
1 4
E,- Chantre 1 1
çl,
CD
Mestre Esc-olla....... ....... 1 51
'1
ao Presbiteros 6 5!
6
oN Diáconos. .. 4 » 4 14
Subdiaconos 4 5!
4
Beneficios 4 .4 8 8
c ( De Musica
.., ., 16 75
16 ? 39
.,
26 De Cantochaõ , 23 " 23 5
:.
Diferentes Emprégos 9 " -9 9

Somma. 69 5 74 74
Nenhuma alteraçaõ houve nos empregados da
Camara Ecclesiastica,, cuja despesa corre pelos
Cofres ProvinCiaes na impórtancia de 16(4000 réis.
No Seminario Episcopal desta 'Cidade, sob a
D
£(26)3f.f,
.çJicita Ilispe.Nago... do ExP° Prela.-
0, Ci$14i4a. :,-éducaçaõ dou-.
tri.01 ..,0c..-cl.êslastica ao& jovéilS seliFin".aristas, dos
quaes para: 41-,>.' futuro alguns 'vqàcL r mioiStros
do culto. -'; Notase -que nrait44-'84.M.lharistáS deL
s preparados, ou logo que.. adquirern
gráà*,4., íristrueça.õ, mudaó.- de vcrc;waõ, largaõ .a
.bati4":.é.,"-$1guns, até. tem vindo piucurar .o servi-
ço *das k. . . .

O pesoal.:1d..:Siii)4i9,. Episcopal compõe-


se de ...1. ROtOr.- e ..1, Vicefi'ei:tor, e. 6 Professores,
regenk alguns mais 'de.: 1 cadeia çlas differentes
dputrinn&de.
log-ia,_11istoria. e qeograpliia,. havérido. tambem en-
sino ;de musica t!ocal. e instruinen.tál. .

. Q alumnos;.-.quá.'no 'anuo. lectivo ultimo fre-


,qUent.áraõ .a.s. aulas -:ãCima referitlas, foraõ:-
Internos Pensionistas
... , 44
. P:43bres
.
12
7)
kCólytos.s, .10
.... ))
Addidos . - . 4
" Externos .9 ' .
.> . . 45

. . . 115
.. A
receita:do -Serninariõ. foi de 9:560$0ó0 réis
proveniente doSralligkièi&.,de algumas cazás de seu
pgriiiionio, e principalmente da confribuiçaõ dos
pensionistas, - que. montou ã .5.:760800f3' réis e da
.,:.-pxeáaçaõ. dos 2:000.000 -.de réis birt-i que o sup-
..-préi:',anniaálmente .6 Thesouro- Provincial. ,A sua
dèspe' à tof.de 7:.140000 réis. Teve 'pois. uni
saldo .de- .2:.420$00Cí réis; ..qtte é ..a prova de-. Sua
zélaia aciráinistra.aõ. .,*

O. Seminário . filial. da. -Barra, .1;ecenteménte.


fundad,o quando par.lá: andolíein"visitaaõ'.6.. x.".19
IC(273
Prelado, promette,c?asolitiar,-se; inaS por ora so-
mente conta, os seguiPtes:. SerninaristaS:. .

Internos Pensionistas:. . , '4


" Pobres. ; . 5
Externos .
.14
Alí se efisin o. Latini, Franee;' e Musica
vocal; e já, nào é..pequserto recurso. á instrneçaõ
*dos jovens' chquellw..Gortjarca, biltié antes Só ha-

'
Via 0. 1imiadi.ssim iinstrucas5 primâriá:. Os co-
fres ,Provinciaes- a«iliaõ ao rio-vo Seminário com.
a prestaçaó aé: 1:4003904 réis,- .a .Saber uma grati-
ficaçaõ de 40(800- .réis.. ao P.rófessor çie- trama-
fica Latina, pelo , ènino .'os. .à1tirmi.os externos, é
1:000$000 de ré-is' para _editcáçãõ. .:- Iisténto de 6
meninos pobres. - . . .
Os :Conventos dos de' Santo' Ali,-
tonio, e Carmelitas .calçados :?tinicos que: existem
ern toda á Pró-gine-ia, -subsistem. 'sem alteraçaõ
nOtatrel ent,relaçaõ " ao seo estado no Etnnti :.a-utef
nor. O '1:p 'Ssiial dos 2 Convefitos é o.que seSecrdé.

Pessoal:
dos
C9frventos
-

pozos presbiteros.
Dtacopos,. e Sybdiacortd.:.
MenkrstaA o '

. Somma
C(28))1
No convento de Santo Antonio continiia
haver regularmente, o ensino das doutrinas propri-
as para a vida claustral, e ensino gratuito de pri-
meiras letras aos meninos pobres externos. A sua
ordina ria supprida pelo Thesouro Provincial, que
era de 400S000 reis; foi elevada a 60%000 réis,
é essa a quantia que vai incluida no Orçamento..
O Convento do Carmo na actualidade limi-
tase ao serviço interno do claustro, ao de devo-
çaõ e do altar, e á, gerencia dos benS da caza,
que consistem no Predio Conventyal, na Fazenda
Engenhoca, ou Pernambuco, que é a prindpal
relativamente a no sitio do Cabresto, e
terras em Marajõ,rendas'
e 200 escravos proximamente,
dos quaes, segundo informa o Prior, sõ 60 saõ ca-
pases de serviço, compondose o resto de velhos,
invalidos, é menores. O redito da caza orça por
3:000000 de réis annuaes.
O material das Igrejas muito carece ser at-
tendido; mas sai3 tantas, as reclamações sobre a
necessidade de alfaias, e parainentos, e de obras
e reparos, que impossivel seria supprir a todas.
A respeito de alfaias e paramentos, por conta
da consignaçaõ fixada, mandei no anno findo ef-
fectuar o supprimento de 400000 réis, que des-
tinastes para a Igreja da Sé, e fiz entregar á dis-
pOsi aõ do Ex." Prelado, 8(10000 réis encarre-
gandoo de fazer a distribuiçaõ desta quantia pelas
que de preferencia elle julgasse mais necescita-
das. No orçamento incluo para este artigo 1:500$
réis:
Sobre obras, e reparos de Igrejas no lugar
competente proponho a consiga- açaõ de 4:000S000
de réis. Aquellas sobre que tenho recebido re-
clamações saõ as seguintes:
C(29)}
3/.10.Segundo informa o respectivo Vigario
está levantada, corrida de madeiramento, telhada
e quazi concluida, a custa dos fieis; mas necessi-
ta de algum auxilio para se fazer o arco cruzei-
ro, e parede do fundo, forros, altares, gradès &c.
que ainda faltaõ.
Tury--assú.A Comrnissaõ de obras representa
á cerca 4o estado de ruína desta Igreja Matriz,
e informa, que está paralisada a obra da nova
por falta de fundos, e pede para continúa-la
1:00%000 de réis.
Sattzel.Esta Igreja achava-:se com as paredes
levantadas, e em estado de receber a telha; mas
'por falta de 'meios, e principalmente- por naõ ha-
ver no lugar pedreiro e carpinteiro, tinha parado
a obra..
Para auxilia-la fiz com que nesta Capital se
contractassem 2 operarios destes officiosrque para
lá segúiraõ, e autorizei o pagamento dos seus jor-
naes por tempo de 4 mezes, orçados em 329S000
réis, quantia, esta, que já vai especificada na Ver-
ba competente,
Gurup(1.He a Camara Municipal quem me
representa sobre o estado de ruína desta Igreja,
dizendo que corre risco eminente de desastre em
algum dia de reuniaõ do povo.
Villa-Franca.No mez de Julho deste anno
abriraõ-se os alicerces da nova Igreja; Mas ape-
zar, 'das boas disposições dos habitantes'', cé,ngta:-
me, que 2 dos membros da ComMissaõ,
um delles o Vigario, mostraraõ-se pouco empe-
nhados. Eu fiz dispensar de todo o sedriço, ás pra-
ças da companhia de trabalhadores, 4 trabalhassem
na obra da Igreja, medida esta de que tenho lan-
çado mão com proveito em varios outros luzares.
e(30):K
Acará .Ccinstame ser de solida construcçaõ a
-

obra da nova ..e ' éspaçoza Igreja, que se está edi-


ria: Tia]: se tem despendido 8:356S réis,
ficam...do, .c
sendo unicaMente 1:0011S' de réis suppridos em 2
preStaões pelo Thesouro, ,e tudo o mais pelos
freguezes. Esta. 4ra no: ponto, em que se acha,
'merece"; ser auxiliada, e. no -orçamento conternplo
para ese. fiM a quautia de:. 60QS000 r:éis.
Abgiié.:-0. Ex:m° reladb, sob reptesentaaõ do
Vigarib, .eXpoz-rme, que esta Igreja se -.achava a
.desabar, e que erá preciso acudir--lhe quanto an-
tes;besta urgencia levouMe a utorisar desde lo-
gb 'consignaçaõ de 350$000- réis, que tambem
vai- no., Orçamentkpara acudir aos mais indispen-
saveis: reparos, e evitar algum sinistro.
idlaués.-0 Vigaric?:.da Freguezia pede 1:000
- (.4 r tis.; para pkincipiar a construcçaõ de uma
no.Va .reja; - actualmente -serie de Matriz
é tirri acanhado palheiro, todo rodeadó de éscõras,
§em quaes, estaria- em tetra.
loè.to--**q..ue, de dutras Igrejas naõ tenha rece-
liido 'inforrnaçõeg...mOdernás, pelas 'anteriores se
preurne-.que muita se, achaõ. em estado deplo-
ra%e11. em iugars riac), a.:s
- artigo. de Obras ).Publicas,. 'Onda tocarei
'neste.- c»,jecto.'
,
Co.ncluilv este :13,rtigo submettendo a vossa
qest-aõsde çompetencia sobre a ediL
.(te .'ilémplos.:publicos expensas de deVotos,
...-#01~fr`ariaS:..;1)1-inotivo a esta questaõ o seguinte
, ..facto:1 Tive' casu;ihn. ente noticia de qlte no lavro da
Pblv,hïrq, n. .çsqUirra -da travessà,, que: segue para
' -.o.. çerniterio, op,de estava antes projectada a cons-
.,
ti.ixea..15 do...Quartel ...da Policia, se achavaõ aber-.
:tos gS:alicéices para .a con.strucça6 .de um tem-
-
X(31)>.
plo publico. Pareceo-me estranho,' que esta obrtt,
ainda que templo fossa, se estivesse constrnipdo 'em.
tim lugar publico' sem o menor conhecimento da..
1.a autoridade d'a. Provincia, :contra todas as re-
oras de uma boa e regular adininistraça. A
toridade pode,, por exemple .tèr' ,projeCta,do: ernpre-
gar uin .designado terreno para -uma ...outra' cbra.
necessaria ao serviço, e entretanto por esta falta.
de deferencia, q. úando não fosSe o dever, da parte.
dos interessados, :pode ser .Surprehendid-a, e quan-
dó teriha. de .i'ntervir,-já ,ha.tera maior dificuldade
por ser preciSo quakfuer despe4
e causar nisso 'préjuizO. Esas.i consider.aQ. hás-
taria para cenveneer 'de que uni terhplo p../51co
não deve ser éodstruido, sem. que,. primeiro 4 au-
toridade"..administrativa sé d'ê.;.- 4tecip'ado-'éonlígçi-:
mento, ,embora seja de -mais iireciSe o' .,.'CóruNc)
de licenças de-outras autoridades. Inunici.jjaeS,..PU..
ecclesiasticas, .de modo. que 'sã- complext de
'das as permissões conkituaõ a_ plena -autoi-.isaab.
Ordenei pois que .a:. cobra -:no proseguiSse, sem'
que se me apresentas.sem licenças, que 'os
licenças,
constructores haviaõ obtido:- effei-.
to aptesentadOs os i3 apeis; era á hm:Idade' -de;
Nossa Senhora da Conceiça6,, que ; tinha .aforadco
aquelle terreno át. Camara Municipal,' é olyttdd, Pró-
viáaõ do Ex.m9 Prelado pata edificar uma
la destin'ada.á devoçaõ- e -culto 1.a.t: mesura Senliori:.
Entendi-me iinmediátamente of1T ó. ExAa Pre-.
lado. sobre as duvidas, 'que 'me occOrrçadirela.ti--
varnente a competência para, taes construCçsks;
mettendo -dar soluçaõ' logo que estivesse habili-
tado para Isso, '.0 qtie depende. .a.gpraf dé vosso
juizo, e decisaii: A questaõ these- : gerál re-
duz-se a. saber, se para a. edificaçaõ tern_
..
IC(32))
pio de§tinado ao culto publico (o que é diverso
das capellas particulares de uzo reservado, e per,
missivo aos seos proprietarios) se faz unicamente
precisa a permissaõ do. Poder Espiritual, ou se o
concurso das permissões dos 2 Poderes Espiri-
tual e Temporal, Na minha opiniaõ a necessi-
dade do cor/curso é evidente: 1.0 Porque o Pa-
droado Nacional está affecto ao Imperante: 2.° Pôr
que o Acto Adçlicional conferio ás Assembléas
Provilciaes a attribuiçaõ de legislarem sobre con-
frarias e ordens religiosas: 3.° Porque a construc-
ção de uma -Igreja naõ é objecto puramente re-
ligioso e espiritual, mas sim conjunctamente admi-
nistrativo e Material, pois nisso vai o emprego de
avultados fundos retirados á circulaçaõ, e amor-
tiSados ..perpetuaniente, e não seria impossivel, que
por um excesso de devoçaõ, além das razoaveis
necessidades dó culto, se desenvolvesse uma exa-
gerada tendencia para taes construcções, que pre-
judicas.Se os outros ramos de agricultura, indus-
tria e corrunercio, que tambem se fazem precisos
para commodidade,-- bem estar e riqueza da socie-
dade. Alguma Provincia talvez haja no Imperio,
flue" poderia.; servir- de exemplo. Poderia mesmo'
um devoto oti confraria meditar a construcçaõ de um
templo-sem ter calculado todos os meios de a realizar;
principiar a obra, naõ poder concluila, e ter as-
sim em pru-a- perda enterrado o dinheiro gasto; e
taes sà,õ- Os casos em que a autoridade legislati-
va ou drninistrativa deve intervir com o seu veto,
salvo se se entender que a autoridade puramente
espiritual deve accurnular neste caso á inspecçaõ
sobren4otes,,assimptosteniporaes e:. mundanos.
é/iiaíittitiStileràs,ii"c-créSéena as seguintes;
:R.-e~loïtt legrislaça6Tde '6üttas Provinci a s,..ern uma
CP*
delias já se acha firmado o precedente, de que
para estas construcções de templos se exige, além
das licenças do ordinario, uma lei permissiva das
respectivas Assembléias. Achei por exemplo uma lei
na Collecçaõ da Provinda de Santa Catharina
permittindo a varios devotos a construcçaõ de uma
Capella com a invocaçaõ da Santissima Trinda-
de no lugar denommado----atraz do Morro.-:--Em
segundo lugar, depois da 'promulgaçaõ do Acto
Addicional, era o primeiro facto (conhecido) des-
ta ordem, que se dava nesta Provincia. O que
se tolerasse, ou se resolvesse sobre este 1.0 facto,
estabeleceria o precedente, e firmaria. a regra. Per-
suadido, como estou, que pelo Acto Addicio
nal esta attribuiçaõ vos compete (em parte), eu
não podia nem devia consentir, que tal precedente
se firmasse em prejuizo de vossas attribmções cons-
titucionaes, até que, conhecendo da questaõ, a re-
solvaes.
Além da questaõ em these geral, passarei
a especializar uma outra circunstancia, que mais
me decidio a não consentir na construcç,ao deste
templo, somente pela perMissaõ eccle,siastica.
A Irmandade de Nossa Senhora da Concei-
ção; de quem se trata, obteve licença de se or.
-ganisar em confraria com a clausula expressa no
seu compromisso de se reunir e celebrar os seos
actos de devoçaõ na Igreja das Mercês. Este
compromisso recebeo a approvaçaõ conjuncta epis-
copal, e presidencial. E. portanto se) ambas as
autoridades, que finnaraõ o compromisso, poderiaõ
conjunctamente para o futuro altera-lo, e ainda
digo mais, que nenhuma das duas poderia conceder,
senão condicionahnente a construcçaõ do templo,
Viste que a clausula compromissal de sua reunião
E
0:(34)
na Igreja das Mercês, resultou de autorisaçaõ vossa
que só outra autorisaçaõ poderia derrogar.
Tendovos exposto os :motivas porque fiz
sobr'estar na abra deste templo, cumpreme de-
clararvos, que não é minha intenção impedir, que
elle se construa, posto que eu julgue sufficiente
para os misteres da devoção e culto publico o nu-
mero de templos, que possue esta Capital. O meu
fim unicamente é ter a solução quanto ao modo, para
que sirva de regra, o que se decidir sobre este
primeiro facto occorrido na ProVincia depois da
e,xistencia de Assembléas Provinciaes.
Ru vos transmittirei .os papeis relativos ao ob-
ecto, e decidireis o que entenderdes de razão.
Com isto findo o que se me oferece dizer-
vos sobre o culto publico.

Instrucçaõ publica.
A iustrucçaõ, em suas variadas especies, é tan-
to para os individuos como para os põvos, um po-
derozo elemento de felicidade, independencia e su-
perioridade; mas entre essas especies é o ensino pri-
mario a baze fundamental de toda a instrucçaõ:
além de ser o primeiro élo da vasta cadêa dos co-
nhecimentos humanos, é tambem o verdadeiro en-
sino popular, de que todos individualmente carecem
para os uzos e transaeções da vida civil e domes-
tica. Nos paizes.representativos, onde os Cida-
daós saõ chamados por direito, ou por dever
a servir cargos electivos, e a exercitar actos poli-
ticos, essa especie se torna uma urgente necessi-
dade social; e é por taes motivos que a Con.sti-
.tuiça:õ mui providentemente a garante gratuita ao
povo: X)ór tanto é obrigagaõ, e interesse, de quem
£35*
administra ou legisla, vulgarizar quanto fôr. possi-,
'vel a instrucçaõ primaria.
Infelizmente neste ramo, no Pará, como nas ou.
tras Provincias, exceptuando as Capitaes, é geral.
mente, má a que se dá á mocidade dos
instrucçaõ'
districtos, já pela falta de pessôas sufficientemente
habilitadas para o magisterio, já porque longe das
vistas das autoridades os mestres se totnaõ por
via de regra menos assiduos. Accresce tambem a
pouca concurrencia de aluTnnos em alguns lugares,
ó que se deve lançar em carga ao desleixo dos
pais.
Nem é presumivel, que se possaõ obter profes-
sores idoneos por modicos ordenados; ta õ pouco naõ
seria prudente augmentar os ordenados para convi-
dar os idoneos, pois em qualquer dos cazos, ou a des-
peza se elevaria excessivamente, ou o augmento. con-
tinuaria a approveitar aos mesmos individuos, sem
melhorar o pessôal.
Naõ vos proponho o estabelecimento de Escolas
Normaes na Provincia, nem a medida de mandar
em outras partes preparar individuos para Profes-
sores. Todos esses expedientes tenho visto ensai-
ar, dando em resultado despeza sem proveito.
No estado actual a nossa instrucçaõ primaria, é
abaixo de mediocre, e assim iremos até que o cor-
rer dos tempos, cc,rn o crescimento das povoaçoés,
e consequente progresso das luzes, vá aos- poucos
proporcionando ulteriores melhoramentos. Na õ dis-
sertarei sobre systemas de instrucçaõ; e o que va-
lem systemas sem meios de execuçaõ Naõ temos
outro remedio por em quanto se naõ contentarnos
com essa mediocre instrucçaõ, que fazemos, dar ao
publico, e que a pezar de tudo, ainda que »Mina,
sempre é um bem. - -
MV 841
Escolas Primarias. -- Temos actualmente provi-
das 38 destas escolas para o sexo masculino cora
977 altunnos, e 3 para o feminino com 110 alum-
nas. Do numero, que existe autorizado por lei, só
ha 2 vagas nas Vilas de Maués, e de Barcellos.
Nas Freguezias providas é a populaçaõ livre de
115:280 pessôas; e segundo os ultimos recencea-
mentos estatisticos, sendo essa especie de popu-
laçaõ em toda a Provincia de 151:810 individuos,
vem ainda a faltar os meios de instrucçaõ a 36:530
proximamente.
Importa a despeza com os Professores em
15:300$000 réis.
Eis o quadro do estado destas escolas.
Importancias.
11
o Escolas. Q.utuitaL Alumnos.
Ordenado
12 Total.
animal. DeePeza.

Vitalicias .. 17 " 562 a y 4003000 6:800$000 1

2 1nterinas.... 21 § ' 415S ' 300$000 63003000 1 13:9003000


g Vagas ..... 2 400$000 . 8003009 1

Vitalicias.
Na Capital... 1 76 soog000 soovoo I

Em Cmeta.. 1 16 4003000 400$000 1:4003000


Interinas. 110
No Turiassú. 1 18 4O0$O07 4003000 1
8omma 43 10871 Réis. .... .. . 15:300$000

Vigario de Vizeu, Fr Lin° da Annunciaçaõ,


que tem manifestado vivo interesse pelo bem es-
tar, de seus parochianos, reclama a creaçaõ de
unlaesepla, primaria -,para, sesta. Freguezia, que
matass 4600 .ehabitantesli:vres, e -onde iha 2 escolas
.particulart% cm.32-alume& . ,
re(37M
circunstan-
Será tambem .necessario, logo que as
cias o permittaõ, elevar successivamente o nume-
feminino, de modo que se
ro de escolas do sexo naõ há es-
tenha pelo menos 1 em cada cornarca;
Macapá, Santa-
colas publicas deste sexo nas de primeiro re-
rem, e Rio Negro. A ultima é a que
clama esta medida, e julgo que a deveis decretar
desde já. Appresento-vos em n.° 8 a relaçaõ geral
dos professores das escolas de ambos os sexos.
Aulas de . Latim.Nos districtos temos 4 aulas
de latinidade com 47 alumnos, e que importaõ
2:40(4000 rs. a saber:

Lugares dás aulas ü 0.ualidade do Numero de Ordenados.


de Latim. ã provimento. alumnos.
3(

11 Vitalicio..... 16 600$000
Cameta
5 -604:4000
Santarem 11

ii O 13 60(4000
Bragança
11 Interino. 13 600$000
Macapá
47 2:40(4000
Somma... 1 41

Torna-se digno de reparo, que na commercial


e populoza Comarca de Santarem, com 27:800
habitantes (livres), a aula de latim só tenha 5
alumnos, quando a de Bragança com menos de me-
tade dessa populaçaõ (9:070), conta 13. Vai jun-
ta em n.0 9 a relaçaõ nominal dos professores
de latim.
Lycêo Provincial .--Existe no mesmo pé, em que
o descrevi Relatorio ,p4ssado. Aqu14u9t0.- os-
mappas n.° 10 11)11gib1e,Jsrsê;iliVeskâd)-t e.166-
vimento escholastico; e serwos-ha tambeti~;
11:(38)
te o relatorio annual do seu Director.
Tratando dos Seminarios e Conventos já vos dei
conta das doutrinas, que com destino especial se
easinaõ nestes estabelecimentos ecclesiasticos, e
que fazem parte da instrucçaõ secundaria.
Na maior parte das escolas e aulas de instruc-
çaõ primaria e secundaria, se consultardes os map-
pas do pessoal escholastico, fareis reparo em que
o numero dos alumnos por diminuto naõ está em re-
laçaõ com a populaçaõ dos lugares, a que pertencem.
Os 1:087 alumnos das 41 escolas primarias pro-
vidas, correspondentes a uma populaçaõ de 115:280
habitantes livres, daõ termo medio a proporçaõ de
1 por 106. Custa cada alumno 148340 réis. He
razoavel.
Nas 4 aulas de latinidade dos districtos, com
26520 habitantes, os 47 alumnos daõ 1 por 564.
Cada alumno importa 518064 réis. He muito caro.
Nas aulas de varias doutrinas secundarias do Ly-
cêo da Capital, abatendo, de 95 alumnos existen-
tes no principio do anno, 43 que abandonaraõ a
frequencia, os 52 restantes, para uma populaçaõ
de 11:000 almas, correspondem a 1 por 211, e al-
gumas aulas apenas tiveraõ 2, 1 ou nenhum alum-
no no fim do armo. Despende o .Lycêo 6:9008000
réis; sahe cada alumno a 132$690 réis. He caro
de mais.
Para cazos destes em outras partes se tem lem-
brado o correctivo de regular a paga dos professo-
res na razaõ do numero de alumnos. A este expe-
diente, que julgo adoptavel, oppoé-se o argumento
de que os professores naõ tem culpa de lhes fal-
tarem alumnos; assim é, porem tambem a fazenda
publica naõ tem essa culpa, nem a obrigaçaõ de fazer
despegas inuteis. E em materias de serviço a verdar
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IC(40)3E

riz Jozé Felix Soares, e outro na Belgica iozé


Candido Firmino Ardasse, estudando mathemati-
cas, e engenharia civil.Tem-me sido remetti-
dos os certificados dos mestres, que muito os abo-
naõ, e os nossos agentes diplomaticos, a quem re-
quisitei inspecciona-los, daõ-me sobre todos as mais
satisfatorias informaçoês, no que toca a sua con-
ducta, e applicã,çaõ. O pensionista Motta somen-
te poderá estar preparado depois de 6 annos; o
pensionista Ardasse já completou o prazo de 6 an-
nos do curso collegial; mas estou infõrmado por um
relatorio do Director da Escola Central de Bruxel-
las, que elle ainda preciza de 2 annos de estudos
de applicaçaõ na França, e na.. Escola de Engenha-
ria Civil em Liége para sua completa preparaçaõ,
o que é de conveniencia conceder-se-lhe. Tem si-
do pontualmente pagos de suas pensões, objecto es-
te em que ponho todo o cuidado.
Dir-vos-hei finalmente, que o Snr. André Cur-
cimo Benjamim, vosso collega, acaba de publicar no
.passado mez um opusculo ou compendio contendo
nocçoés elementares de arithrnetica pratica, desti-
nado para uzo das escolas primarias. Pretende seu
autor, que seja o compendio adoptado nas escolas
publicas da Provincia. Mui rapido foi o exame,
que pude sobre elle fazer, occupado como me acha-
va para vos apresentar o presente relatorio; por
esse exame, posto que a pressa, reconheci, que se o
trabalho naõ está ém alguns pontos rigorosamen-
te didactico, todavia , fazendo-lhe o autor ligeiras
correcçoés; alias precizas, a obra merece ser adop-
tada, por estar na materia e fõrma desenvolvida
com methodo apropriado á capacidade intelectual
dos alumnos principiantes; essa adopçaõ servirá tam-
bem para animar a que outros emprehendaõ uteis
:£41 )3t,'--

.uraballios
literarios, e ao autor corno indemnisaçaõ -
este compendio
.pela irnproba tarefa de organizar Ao Dr. em Ma-
sobre taõ interessante assumpto.
de Salles; incumbi a
thematicas Marcos Pereira dar-me o seu pa-
revisaõ do citado opusculo para
recer, o que em tempo vos será,Re,latorio,
presente.
dando-
Biucantbs. -- No meu passado q. cahira este es-
-vos cónta do estado lastitnozo, em
tabelecimento, e das refõrrnas, com que principiava
a restaural-o, disse-vos que
elle naõ só naõ cahiria,
mas que promettia prosperar.
Com effeito esta caza
-de educaçaõ de jovens artistas acha-se actualmente
dirigida e fiscalizada com toda a regularidade. Subs-
titui° a ordem ao chaos, em que jazera por .10
nos. já. ali ha -escripturaçaõ
regular, detalhe do
serviço:e contas documentadas, e estreitameate to-.
macias; e o que é mais, já o proprio estabelecimento
produz Uma bôa parte dos findos, .com que. se sus-
tenta. No mappa n.° 12 achareis a receita -e des-,
peZa. 'feita 'nos 10 annos anteriores á refórma, ahi
se acha lançado o producto das oficinas desse telw;,
per em 15:875$000, mas examinada a proveaienciá
desse redito, elle se reduz, a mera apparencia, por-.
quanto nos 97:3548000 réis de despeza feita nó
mesmo periodó, se acha, que em materias primas
qnasi igual quantia se despemDo com .as oflicinas,
vindo na-realidade a naõ haver lucro delias.
Com a refórnia essas oficinas forao abolidas,
e os artistas saõ empregados a jornal nos. Arsenaes,.
e obras publicas, onde tudo o que ganhaõ; é liquido
d.e.toda.a despeza. No armo passado informando-
orcei o
vos sobre as consequencias da refórma,- .eu
rendimento de :1 anno- em 1:8768009-réis;..-elle.mm-;
ffeito próduZio ztento
despeza 482lO00 réi veio a. pe.Zár -Scibre:05,
W(42):K
cofres provinciaes em 2:9668000 réis, o que já dif-
fere muito dessas despezas dos annos anteriores,
que se elevavaõ a 8, 10, 12, e até chegou a ex-
ceder 13 contos. Para o futuro anno orço o pro-
dueto do estabelecimento em 2:7618000 réis, e a
sua despeza em 6:730000 réis, inclusive 1:2248 rs.
de despeza .da direcçaõ da caza.
O numero de Educandos existentes é de 54, cu-
jos officios, jornaes, e distribuiçaõ do serviço vaõ
no seguinte quadro:
c> s
co =
.!. .. ,A c\] = Onde empregados.
?A
o
o I,.S .r.: ã r-.;
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4 c.)
: ' -é 1:, '.7 3 :'
C?..

Z "' Z Z
$
,ffiiii~~111Ileem
2 Alfaiates... ,
22 Carpinteiros 4$140 1:159$200 10 12 .... . ....
. 5 Corrieiros 1$040 291$200 5

2 Calafates $360 100$S00 ... . 2 .... ... .

2 Ferreiros. .: $400 112$000 . ,. . 2 .... ....


2 Funileiros $740 207$200 2 1 .... ....

2 Mareineiros $560 156$800 2 .... .... .. , .. .


4 Polieiros 1$120 313$600 4 ..

4 Pedreiros .... $600 168$000 ... . .... 4 ......


5 Serralheira; .. $780 218$400 5

1 Torneiro ..... $120 33$600 1

2 Sem Officio.
/Asa^
54 ..!..otrimn..... 1 98860 I 2:760$800 25 21 I 4l
(43)3X
a conclusaõ da to-
Ainda naõ pôde verificarse obrigado o exDi-
estava
mada de contas, a que Gomes.
rector Capitaõ Joaquim Belfort
passado, que este ex.
Já vos expuz no -mino réis, importan-
Director reclamava
ainda 7:949$400
Thesouro Publico
cia de diarias naõ recebidas do de 1843 a
Provincial, e pertencentes aos annos
occasiaõ de' vos
1844, e 1844 a 1845; tive Mais
de Novembro do anno
transmittir em officio de 10 papeis relativos a esta
proximo passado todos os exame veri-
tomada de contas, de cujo minucioso deixado de
ficouse claramente ter o exDirector quantia de
dar entrada no Thesouro Provincial da por el-
3:643S330 réis, producto do estabelecimento
le arrecadado, e ao mesmo tempo reconheceose
que muitos documentos eraõ viciados, outros in-
completos, ou de pouca fé, alem de
verbas de des-
peza evidentemente exageradas no desenvolvimento
detalhado das contas.
este ob-
Nada terminantemente resolvestes sobre
jecto, ao passo que silenciosamente fizestesquantia
desap-
parecer dos quadros da divida passiva aindevida-
reclamada, e que antes nelles figuravaõ
mente. Mas isto só naõ basta, e é preciso queitiue
haja uma decisaõ qualquer, a fim de evitar,esque-
pelo tempo em diante algum incidente, o alguma
ciMento do verdadeiro estado da questaõ,
surpreza, ou .condescendencia, ou qualquertalóutra
consideraçaõ imprevista .naõ autorize um á Pa-
vis-
gamento. Mas que decizaõ se poderá tornar uni-
ta de taes contas, e de taes documentos'? O
1.0 nomearem-
. co expediente, .que me «corre, é:
arbitros, que examinem tanto as contas Le
clE%-
£44)21::
cumento.:doHex-Director, como os cal culos e 'ave-
riguaçõew do. Thesouro Provincial; 2.° á vista.
desses exames- verificarse o que effectivamenté o.
exDirector deixou de fazer entrar no Thezouro
como lhe cumpria, 30 julgar .da moralidade e. fé
dos: docunientos apresentados, regeitar os suspei-
tos,' ou viciados,.: e só apurar os que se poderem,
razóavelmente aceitar como validos: 4.° liquidar-
o.saldo ou alcance, que resultar das exames por
este : modo feitos.

- S approva'rdes este. aTlaitrio, o podereis. consi-


gnar no OrçaMento; no. §. que se referir á divida
passiva.

Educctiukts. --Esta casa de educaçaõ, destinada


a-recolher as meninas orfaás, desvalidas, e de fami-
lia& pobres; Continfia agozar de credito no. conceito:
publico; é a. ser dirigida 'pelo seu charitativo Admi-
nisirador o Reverendo Padre Salvador Rodrigues do.
Couto. Sustentase o estabelecimento com os sub-
sidios dos cofres. geral e provincial, e com alguns.
-reditos. dos Inodicos.bens, que possue:

.O. numero de Educandas existentes de differen-


tes:, classes é de 81;: e as rendas da casa applica-
das 'para seu *tratamento produziraõ a sornma de
8:951$492 réis, que chegou para cobrir a despesa
de 8:634$752 reis; deixando livre« um saldo de .
316$74i réis, satisfeitas, tombem as despeZas da
direcçaõ ina importando de 1:05%004 réis.
As variações.. do pessoal occorridas 'durante o-
aagro.).:, e-
arrecadaçaõ, das .ditas.:iendas corrsta
sçguinte: ,
NR41'5),1/4'

o ..zt
co
c/3

o co
6 - tdh.
co
ch) v..) l':, o é" :4:1
cl,
Artigos de Prod ucto.
co Zi ..0 161 Receita,
O
4. lâ O
ê "f;
IS
'84
.àd.

... i 72 i '' 1141 58 2.1Preatação Provincial.' 4138$492


Cata.
12 1 31 A 12 " Dita Geral. ..... 2.000$009-
Da Camara--
Pensionistas ....
,
11 " Pensionistas.: .... 2;091S6e0
Predios o alugueis..
---.
724,340

Receita . .. . .L$.951 $49

DezPeza - 8.634752
1, 97 1 6122 8 l. 1, 21Saldo a favor ..... 316$740
.:gortuna.....

Quando no 1.0 de Outubro do an.no passado


dei conta deste estabelecimentd o numero de E-
ducandas proprias da caza excedia. de 12 ao nu-
mero fixada por lei. No intervalo decorrido até
hoje sahiraõ 14 com a sua educaçaõ completa,
a requerimento de seus pais, parentes, ou tutores,
algumas sahiraõ para receber-se logo em caza-
merito, e entre cilas se conta a actual professora
da Escola de Meninas desta Capitai a Snr.a D. Jo-
zefina Clara Toscano, 'que em um concurso publi-
co, tendo por competidora- outra ,riaõ menos ha-
bil ex-educanda, ganhou a cadeira, dando brilhan-
te prova de seu talento, e aptidaõ perante' um
luzido, e numerozo auditorio. -

O LEdificío, de .aluguely ein.qiie-se -achaõ as


ducandas, na õ offerece. -o espaço, commodidade, e
C(46):K
disposições interiores, que exige uma caza de Re-.
colhimento. Tem havido pretenções para se obter
do Governo a cessaõ da parte ' superior do Con-
vento das Mercês, que tern servido de Quartel
Além de que naõ haveria pequena despeza pa-
ra e beneficiar esta parte do Convento
parapreparar'
o fim desejado, eu naõ julgo convir a. mu-
dança para um tal edijicio, cujos pavimentos in-
feriores, e em immediato contacto, servem de Al-
fandega, e Arsenal de Guerra, occupados diaria-
mente por unia multidaõ de individuos de todas
as classes.
Ao Governe Geral cumpre proporcionar os meios
para a construeçaõ, ou compra de um edificio pro -
prio. e isto serít mais uma nova, e justa retribui-
çaõ 'da parte do Governo em compensaçaõ da quo-
ta dos bens dos Mercenarios, que ao estabeleci-
mento deveria õ competir, mas que foraõ outr'ora
encorporados aos bens da Corôa, e que hoje saõ
bens Nacionaes. Na questaõ, que tem havido so-
bre estes bens, naõ é minha opiniaõ, que o Go:
verno os faça reverter a caza, ou indemnizala
integralmente desses centenares de contos, de que
rezaõ os antigos inventarios e avaliações; nem ve-
jo necessidade alguma de se fundar unia grande
caza patrimonial. Julgo bastante, .que o Govrno
Geral, por dever ou por equidade, assegure a sus-
téntaçaõ da caza, dandolhe á sua custa um bom
edificio, elevando a consignaçaõ actual de 2 a 6
contos de reis, e doandolhe 12 escravas das Fa-
zendas Nacionaes, inclusive as que já existem no
serviço da caza; e com isto se deverá dár por
concluido 'esse ajuste de contas a tanto tempo 're-
clamado, e que por outro modo nunca se fará.
;£(47)3E
que 'se me Oferecia dizer a res-
Tenho concluido oPublica, e cazas de Educaçaõ.
pe. ito de Instrucçaõ

Saúde e Ouvida& Publica.

acto moral de individuo


A beneficencia é um virtude Christaã;
individuo; a charidade é uma
mas' os soccorros
publicos saõ um acto administra-
beneficio
tivo, um dever social do governante em
tambem garantidos pe-
do governado; e entre nós Excepto no que diz res-
la nossa lei fundamental. o cura-
peito aos soccorros de saúde, ministrando
tivo gratuito a classe dos enfermos pobres e des-
validos, fundando, ou
auxiliando a fundaçaõ, ou
nenhum systema regu-
conservaçaõ de Hospitaes, ordina-
lar temos .para fazer effectivos, nos cazos
rios, outras diferentes especies de soccorros,
tando-nos a providenciar conforme as circunstan-
dá. algum soffri-
cias e eventualidades, quando se pelo que toca a
mento ou calamidade publica; e
hygiene e salubridade está esse objecto incomple-
tamente afecto á policia
administrativa, ou ao re-
temos, is-
gimen municipal. Tratarei só do que
to é, dós Hospitaes, principiando pelo da Santa
Caza. da Mizericordia.
Melhor do que' a mim vos é conhecido o esta-
do de definhamento, em que jazia este charidozo
estabelecimento: languescia elle taõ mórbido como
os proprios enfermos que recebia, e a administra-
çaõ de seus bens patrimoniaes, quadrava com o
tratamento mingoado, que se dava aos mesmos en-
fermos; o que tudo em outra occaziaõ me levou
a dizer-vos, que este Hospital naõ se 'achava no
pé de preciza sufficiencia para- preencher digna-
mente os piedozos fins de sua instituiçaõ e que
X(48)2k
onlo medidas capitaes e urgentes necessitava de
refórma radical no systema de sua administraçaõ,
e bem assim refórma do seu compromisso. Reco-
nhecendo essa necessidade vós me autorizastes
a pôr em ex.ecuçaõ provizoriamente por 2 a.nnos
o novo compromisso, que ibsse organizado pela
Commissaõ, que eu havia anteriormente nomeado
tanto para .esse fim especial, corno para inspecçaõ
da caza, e exames de contas Sz. Essa Commis-
saõ, composta de 5 distinctos membros, occupou-
se incessantemente, por 11 mezes com a delicada
e penosa tarefa, que se lhe confiou; e nesse tem-
po muito trabalho venceo, a pezar de embaraços,
que achou, até que consegui° formular o projecto
de novo. compromisso, com 3 Regulamentos para
os Hospitaes e Fazendas, estabelecendo, um sys-
tema rnethodico, claro, e regular de escripturaçaõ,
contabilidade e tomada de contas, inventariando,
e avaliando todos os bens da caza, examinando
as contas, livros e registos & e saõ taes e taõ
importantes os trabalhos desta Commissaõ, que
dia se torna credôra naõ só de elogios, mas de
reconhecimento, pelo serviço re,al, que prestou em
estudar os meios de restaurar este ti:stabelecimen-
to de tanta utilidade, taõ bem dotado, e taõ maJ
administrado; e justo é, que eu mencione nomi-
nalmente cada um dos dignos membros desta Com-
missaõ, a quem se deve reconhecimento, e que fo-
raõ .os Snrs. Dr. Joaquim Fructuozo Pereira Gui-
marães como Presidente, W. Ambrozio Leitaõ da
Cunha, Dr. Antonio Gonçalves Nunes, Contador
Manoel Rodrigues de Almeida Pinto, Inspector
Antonio Agostinho de -Andrade, Figueira.- Aos pro-
jeCtiW:...,'ptepãados'. pela efoinmissü, dividida - em
e'sSõeS espécia.es, acompanha-mó detalhados Tela.-
IC(49)2
borios sobre cada assumpto, que examlnáraõ. Sab
esses relatorios dignos
de serio estudo e medita-
ç,
aõ. e eu os farei chegar ao vosso conhecimento,
recoramendando.--vos a leitura do relativo a exame
de contas, e nelle achareis a descripçaõ fiel feita
pela Commissaõ sobre o modo como se fazia a es-
cripturaçaõ da receita e despeza, sobre a qualida-
de dos papeis chamados documentos (quando os
havia), sobre verbas exageradas incluidas na des-
peza, e finalmente sobre o improficuo e inutil pro-
cesso de formalidade, com que as Mezas sem a
menor dificuldade approvavaõ contas
informes, e
se reconheciaõ devedoras de avultados saldos, que
se fora õ accumulando em prejuizo da Caza. Con-
trista realmente uma tal leitura, e remettendo-vos
para ella me limitarei a transcrever algumas das
palavras finaes, com que conclue a secgàõ de con-
tas o seu relatorio, dizendo-
,/ Tem a Commissaõ
demonstrado concludente-
mente, que a receita e despeza da Santa Caza
da Mizericordia., e a respectiva escripturaçaõ naõ
f oi effectuada conforme se acha estabelecida. no
Compromisso, em vigor pela legislaçaõ citada;
que o systema desta contabilidade foi peculiar
do Recebedor, ou de quem a adoptou, que naõ
ha receita por elle assignada, que nem ao me-
,' nos está garantida com a assignatura do Es-
crivaõ; que tanto a receita como a despeza é
por assim dizer -de confiança- a qual a Com-
raissaõ sente dizer, que naü pode depozitar em
taes contas; que o costume era de o Recebedor
impôr á Meza a conta, e ella aceitar, e se Cons-
t ituir immediatamente devedôra &. &
E tal foi o modo porque nos 3 annos seguidos
de 1814 a 1845-1845 a 1846-1846 a 1847 -os de-
y{(504.:
ficits se accumularaõ na importancia de 5:1718087
réis, constantes do quadro demonstrativo, que acha-
reis annexo em n.° 3.
Examinando os relatorios da Con-unissaõ resolvi
immediatamente ordenar á Meza actual, que ne-
nhum pagamento se faça por ora das dividas ante-
riores, embora reconhecidas e approvadas pelas pas-
sadas mezas, porquanto á vista dos exames da Com-
missa, as contas e documentos carecem de revi-
zaõ legal, e ficaõ dependendo da tomada de con-
tas judicial pelo competente Juiz de Capellas e Re-
ziduos, a quem para esse fim expedi logo as pre-
cizas recommendações. Vós me devolvereis, depois
de examinardes, os papeis preparados pela referi-
da Commissaõ, a fim de que elles sejaõ tambem
presentes ao Juiz de Capellas e Residuos, e lhe
facilite ou esclareça sobre a tomada das contas.
Em consequencia da vossa autorizaçaõ, que fica
mencionada, mandei em data de hontem executar
provizoriamente o novo Compromisso; sobre cuja
definitiva approvaçaõ resolvereis no fim de 2 an-
nos; e a esse tempo a experiencia terá demonstra-
do quaesquer modificações, ou additamentos, de que
possa carecer.
Junto vos appresento o Relatorio do ultimo ir-
maõ Provedor, no acto da posse, a que assístí, dan-
do conta á Meza actual sobre a gerencia, e admi-
nistragaõ da caza no anno findo.
Além do que no dito Relatorio se contém, exi-
gi informações á. nova meza, á vista das quaes re-
zulta o seguinte:
Importou a Receita do anno findo em 20:3028106
réis, e a despeza em 21:888183 réis, havendo um
deficit de 1:5868377 réis. A pezar deste deficit,
examinando os detalhes da Receita e Despem,. re:
IC(51)31
á receita, posto que na
eonhecese, que quanto inferior a do anuo antecedente-,
sua totalidade fossemais produetiva Unos artigos de-
foi ella realmente administrativos, taés como
pendentes dos cuidados
o rendimento
de jornaes de escravos, das Fazendas,
e Predios; e que
ella diminui() nos artigos essen-
cialinente variaveis conforme as occorrencias, e que
saõ os rendimentos do
Templo da Irmandade e Hos-
pital da Charidade. Quanto a despeza conhece-
fundos já no
se o emprêgo util, que se deraõ aos
melhoramento e mais desvelado tratamento dos en-
fermos, já nos beneficios materiaes, importando em
5:148857 réis os reparos e olm'as feitas nos edi-
ficios dos Hospitaes, predios e templo, o que tudo
muito abona o zê1o, fiscalizaçaõ e sentimentos de
Charidade, que animáraõ os membros da passada
Meza, e que seguramente espero seráõ imitados pe-
los dignos membros da Meza actual.
Além do
Quadro demonstrativo n.° 13 da Receita e Des-
peza da Santa Caza no ultimo quinquennio> ahi
vos appresento o resumo seguinte:
Nos 5 annos ultimos. Receita. Despeza.
1844 a1845 . . . 15:119$956 16:384205
1845 1846 . . 16:309$819 18:527$355
1846 1847 . . 24:734$613 . 27:425$915
1847 1848 . . 21:8218827 21014$386
1848 1849 . . 20304106 21:888$483

Somma. 98:288$321 105:238$344


)
Alcance nos 5 annos 6:950$023

Neste alcance se comprehendem os alcances par-


ciaes dos 3 primeiros annos, que se devem consi-
cifrar illiquidos até a tomada de contas-judicid.
le52)31
Concluirei este topic° sobre a receita e deSpe-
za-da Santa (Jaza da Mizericordia
vos uma nota dos bens patrimoniaesapprèsentando-
dos 3 estabe-
lecimentos, de que se compõe a
mesma Santa Ca-
za, inventariados, e avaliados, pela Commissaõ
pedal, a saber:
.Patrimonio da Irmandade.
Bens. Avaliaçaõ. Rendimento.

Templo de S. Alexan-
dre dos extinctbs Jesuitas
encorporadp aos proprios da 25378O
Irmandade -

Prata do serviço do Templo. 4:500$000


17 Predios 38,300$000
42 braças e 1 palmo de
varias. chaõs 1:538$000
4,100$000 26$000

Rendimento do imposto em
beneficio da Santa Caza. 1,817$780
1,894$440
Somma.
46,900$000 . 3:714220
N.B. A Commissaõ. naõ assig,nou valor
ao Templo de S. Alexandre.

Patrimonio do Hospital dos Lazaros.


i
Bens. 1 Avaliaõ. I Rendimento
Fazenda do Pinheiro, Co.za, e Olaria.
"da, Tucunduba servindo d 10:000$000 1 2:0638570
Hospital
Uteasis e ferramentas 400$000
208$700

PrelinviLhirta-ç.a5, do Thesouro pro,vrn.


2:0638570
$ 5000800D
:
.41-3RM -r&J"
ïg(53)Z-
Patrimonio do Hospital da Charidade.
Bens' Avaliaçaó. Rendimento.

A Caza que serve de Hospital 8:0008000 4:6428960


14 Predios diversos 13:000$1000 9448000
Braças de Chãos 4008000 68000
Fazendas Gracioza, no Rio Capim.. .- 3:0008000 1:0168010
Eom Jezus, em Marajó 2008000
/
Caviana, na Ilha deste nome. 2:0008000
Um Cacoal de um quarto de legua com
10:000 cacotiros 1:0008000
U tonais, mobilia e ferramentas.. .. 2438800
EscravosMaioresMasculinos 52 I
ff Femeninos 49 162
38:0408000. 2:5888880
Menores--Masculinos 39
77
Femeninos 22 i

Soinma ..... 66:6H3$St ;I) 1 9:107;5850


N. B. Na avaliaçaõ dos escravos a Commissaõ só contemplou o valor
de 150, quando actualmente é 162; o rendimento dos mesmos he só
o dos operados, de officio9 e alugados.

Recapitulaçaõ.
Estabelecimentos. 1 Valo? do Patrimonio. Rendimento.

Templo e Irmandade. .. .. .. .. . 46:9008000 3:7128220


Hospital dos Lazaros... .. .. .. . 10:6088700 7:0698570
da Charidade.. .... ... 66:6838800 9:1978850

Somma . 124:1028500 19:9738940

Nas avaliações feitas pela Commissaõ os valo-


res assignados aos bens saõ mui diminutos. O mes-
mo fêz ella a respeito dos rendimentos, porem nos
quadros acima vaõ estes regulados pelo que pro-
duzi° a renda no ultimo anno.
Tendo no meti Relatorio passado incluidQ.o.qua
dr° xegivo ao movime
pitaes Wzrzultimo .qu.atrie~,
C(51)}
é relativo ao anuo findo, comprehendendo um pe-
riodo de 5 annos. Vai junto o mappa n.° 14 cu-
jo resumo é:
Movimento das enfermarias no quinquennio de
1814 a 1849.
Hospital da Charida
Armas. Tratados. Fallecidos. Mortalidade media.
1814 a 1845 405 32 1: 13 ou 8: 100
1845 a 1846 297 27 1: 11 ou 9: 100
1846 a 1817 421 45 1: 9 ou 11: 100
2847 a 1S4S 466 30 1: 15 ou 6: 100
1848 a 1849 295 32 1: 9 ou 11: 100
--.
Nos 5 anno 1884 166 1: 11 ou 9: 100

O numero de enÍermos, que no anno findo pro-


curou abrigo neste Hospital, diminuio de 1 terço
em relaçaõ ao anuo antecedente; mas nesse nume-
ro a mortalidade, que havia um anuo antes regula-
do a 6 por cento; elevouse quasi ao duplo (11 por
cento), tal como acontecera no anno de 1846 a 1847.
Lazareto da Tucundu a
.

o ._ Existentes
A nnos. i Enfermos. g
.-.4
..)-
no fim de g
:-._°)

1 :5 r: cada armo. kz..3

u, cs
Existiaõ do an- o c,
c ,--,
1844 a 1845 no anterior.. 59 cli t.e
Entrara& 5 4 1 59 ;-.."S a
1845 a 1846 Entraraõ 17 1 11 2 63 cÉ) c%
3846 a 1847 Entraraõ ..... 23 10 3 72 o
ci.

1847 a 1748 Entraraõ ..... 13 3 14 1 67


-.c g
1848 a 1849 Entraraõ ..... 12 1 11 2 65
..:,

- - '-o
o a.
Sotaina 129 I 5 I 50 9i 65 cq

Os Lázaros peioraraõ pelo lado da mortalidade


agora elevada a 39 por 100, de 33 que fora no
anilo anterior. Os 5, que vaõ como curados; nrlõ
eraõ verdadeiros elephantiacos.
Em relaçaõ ás classes de enfermos, a mortalida-
de no mesmo periodo de 5 annos é a seguinte:
Hospitaes e Lazaretos.
.11,ro periodo de 5 all?2,0S de 1844 a 1849.
Wi 7; r,
. ?: 1 "" Z; .3 I Mortalidade em ca-
Classes de enfermos da Classe.
E'i I c.) cL'

Pobres ... 544 412 116 16 21 1


Marinheiros M'ercant, s. 153 146 3 4 5... I

Praças d'Armada 545 508 27 10 5


47 37 8 2 17
por 100
Pensionistas
Prezes de Justiça 135 128 7 5j .

Escravos da Caza 460 451 5 4 1

Somma. 1884 1682 166 36 9 por 100

La.zaros 129 5 50 65 39 por 100

N.B. Evadirão-se 9 Lazrros. .


_

Pelo quadro acima, naõ contando os lazaros, vê-


se, que saõ sempre os pobres os mais victima dos
pela morte; depois delles seguem os pensionistas.
Uns e outros só no ultimo extremo, e em total des-
amparo, é qué procuraõ os Hospitaes, e já enta.õ o
mal está muito adiantado.
Julgo de summa conveniencia, que estes calcu-
los de mortalidade se continfiem a fazer regular-
mente em cada anuo, e trato de apurar os preci-
zos elementos para organizar e completar uma ta-
boa mortuaria da populaçaõ da Capital, compre-
hensiva de todos os factos externos aos Hospitaes;
o que a -todo o tempo servirá de util elemento pa-
ra trabalhos estatisticos, que muito nos falta°.
3(56)
A vossa lei Provincial n.° 142 de 23 de Junho
do annó passado determinou, que a Camara Muni-
cipal désse em aforamento á Santa Caza da Mi-
zericordia o terreno, que se acha destinado no si-
tio de S. Jozé com alicerces para Cemiterio. A
mesma lei appJcou para esta obra o 'legado de 30
contos de réis, que deixou á. mesma Santa Caza
o finado bemfeitor Vicente Antonio de Miranda.
Procedeo-se a vestoria nos referidos alicerces, e
arbitrame ,to do seu valor, e foros do terreno; po-
rém nada mais se adiantou até agora, e segundo
vereis no relatório do ultimo ex-Provedor, a Me-
za transacta julgou preferivel áquelle local o do
.

Cemiterio existente, por ser o outro em lugar er-


mo, e só communicavel por pessimas estradas, a-
lém da despeza de 3:000S000.. de réis, que teria
logo de fazer-se com o pagamento dos alicerces
Camara.
Á este respeito toca-vos rezolver, o que mais
conveniente julgardes.
Como objecto de saúde publica offerece-se ral-
lar da Vaccina.
O Regulamento de 17 de Agosto de 1846, que
fundou uni Instituto Vaccinico no Irnperio, criou
nas Próvincias e districtos Commissarios Vaceina-
&ires Provinciaes, Municipaes e Parochiaes, como
meio de vulgarizar o mais possivel em todos os
pontos .este salutar preservativo contra o flagello
das bexigas. Por óra temos um Com missario Vac-
Cinador na Capital, o Snr. Dr. José da Gama Mal-
cher, que principiou os seus trabalhos vaccinicos
en?. Máió de 1847.Dessa epôca para cá, segundo
,Ait'O,-OoniiiiiSsario, tem
havido na Capi-
.Q'74 Và4Cinadós, a.saber:
le(57)11E
Naõ comparece-
Epócas da Vaccinados. Aproveitaraõ. raõ, ou na& a
.vaccinaçaõ. proveitarão.

1847-Maio 56
e Junho ..... .......253 197
134 18
Setembro ............. 152
1848-Feve- 14
reiro e Março 102 88
Agosto e Se-
231 195. 36
tembro 27
1849-1Iarço, . .56 29,

794 643 151


Somma.

De Março deste anno para cá tem faltado o pús


vaccinico para continuaçaõ deste serviço:
Nos Districtos de Santarem, Cametá, Macapá,
Igarapé:--mirim e Abaité existem nomeadas pesso-
as incumbidas da vaccinaçaõ, que por ora ainda
naõ comegaraõ a vaccinar, excepto na Vila de Ma.,
capã, para ande remede() o Commissario Vaccina-
dor uma porçaõ de pis ao Encarregado do Hos-
pital da dita Vila D., Jozé Ramos; por outra parte
naõ tem vindo do Instituto da Côrte remessas re-
gulares de pus, e dada esta falta sõmente fica o
recurso da transvaccinação, cuja efficacia e conve-
nieneia tem sido modernamente contestada.
Na Capital tem havido concurrencia, é volunta-
riedade para a inoculaçaõ da vaccina, mas o Mes-
mo naõ acontece quanto a 2.a appresentaçaõ para
se verificãr o resultado, pois que muitos deixaõ de
comparecer.
'Continúa a subsistir o Hospital fundado em _Ma-
capá, e a «Oáey10.. ali 'de iim-faculativo tem S13)
urna providencia para -os habitantes- dáfuelle.
H
tricto, e especialmente para a pobreza, que hoje
conta curativo, e .soccorrós gratuitos no Hospital,
ou em suas mas.
EM Julho deste armo .concluióSe o prazo de 1
atm.° porque. fôra contractadó o Encarregado do
Hospital D. Jozé Ramos; e á: vista de representa:-
ções das autoridades do lugar, 'que me pediaõ dé
na b deixar. em abandono aquelles habitantes, des-
tituidos dos meios de curativos, resolví pro pôr aó
dito RamóS,ó. continüar com as mesmas vantagens
do 1.0 contracto, e de mais com R'obrigaçaõ
-vi§itar as Villas dê ..e Guruná, onde lá-
vraõ intensamente *asMazagaõ'
febres,, demorando,-se 2. me-
zes na :1.a Villa, e 3 na-2.a e QS 7 restantes em
Macapá. Aceitou a proposiçaõ, e ,assim continúa.
Depois *da fundaçaõ do Hospital e presença dó fa-
cultativo, .naõ cessou a. epíd,einia, .mas dirninuiraõ os
Seus perniciozos estragós.
Naõ andarei este artigo sem dizer algumas pa-
lavras sobre os, Lazaros.
- Depois da Província de Minas Gera.es, é talvez
a do Pará aquella, em que :mais frequentemente
lavra o flagello elephantiaco; contrista profund,a-
mente o vêr o avultado -número de infelizes toca-
dos. deste mal terrivel, e cOndemnados á lenta di-
lacçraçaõ das carnes, .e a urna morte infaliyel, e
aflictiva; dos lugares da Provincia um dos .mais
açoitados deste flagello é o districto. de Santarem,
onde Ó tratamento dos leprozos está sujeito á fls-
calizaçaõ mtinieipal, sendo a respectiva Camara au-
xiliada com os meios, que eostumaes a consignar
no 'orçamento. Nos quadros, cujos resumos já fo-
exliostos, vereis que no Lazareto da Tucundu-
ba. existem. 65.:knorphètiCos, que ainda sobrevivem
ás 50 victimas.,. que nos 5 ultiinoS annos Já sue-
e(5.9*
eumbinõ, e aquem .R mesma sorte irremissivelmen-
te espera. Naquelles quadros a mortalidade es-
tá 'votada, sómente em -39 pôr 100, porque é len-
ta *á marcha di fla.gello, e Kir haverem cada anuo
novas entradas. 'Desde que estas cessarem será no
numero restante a mortalidade de 100 por 100! '.
Todos ás esforços da sciencia ..medica e inves-
tigações humanas desde remotas éras 'tem sido Vaós
para acertar com o meio preservativo ou extermi.
nativo .deste mal;. até ',que ultimamente ante o 'lei-
to de dôr: e desalehto 'destes entes mizerandos pa-
rece° luzir um raio: .dé espéran0..
Foi nó. *veneno. do vegetal Assa4,.. que -radiou
essa. Centelha de. salwiçaõ; 4ue taõ depresSa bri-
.1hoti. como exting,hio-se.
Um facto Mal av.e0guado, na õ quanto ao cura-.
tio de um enfermo suppoSto* elephantiaco, mas
quanto ao verdadeiro ..e.onhecimento damolestia. cu-
rada, deo «lugar a .es Sa taõ ,animadôra esperança.
Tudo porém se limita ,a esse unico facto, e rienhu. rn
resultado «decisivo. n'te .chnsta, pie tenha havido das
multiplicadas experiências desdé..entlõ.féitas 'nesta,
em outras Provincias. .
E.. a:pezar de tudo ainda a esperança Subsiste,
pois este.séntifflento. só. na ultima extremidade se
des:prende. do coraçaõ humano; as experiencias con-
:tinílaõ e se réclobraõ; e 'eu. mesmo, .naõ querendo
aceitar o desengano se naõ depois de esgotados
todos os recursos, fiZ preparar, de aéôrdo com a
Meza da Santa CaZa da, Mizericordia, unia enfer-
maria especial na estrada «de S. J.)zé-,' para expe-
riehcias da' cura da mOrphea pelo einprego. exclu-
ziVo do referido vegetal. Acbaõ-se .nesse lazareto
especal 4leprozos,...como taes escrupulolamente
qualificados. Dirige-lhes o tratamento o charido;
((60)2(
zo e desinteressado Medico Dr. Camilla Jozé do
Valle Guimarães, que a rogo meu se presta gra-
tuitamente a este curativo.
. Moveo-me a tentar estas experiencias a seguin-
te opportunidade. Acontecendo em Outubro do
anno passado achar-se nesta Capital o Indio An-
tonio Vieira Passos, que na Cidade de Santarem
curára o elephantiaco Gomes, (a pouco falescido)
sendo este o facto primordial, e unico, que tanto
tem celebrizado o Assaèú, o fiz comparecer em mi-
nha presença, e conjunctamente na do Chefe de
Policia o digno Magistrado Joaõ Baptista Gonçal-
ves Campos, e ambos com maneiras affaveis pro-
curámos convence-lo a declarar o processo, que ha-
via empregado no curativo de Gomes, e qual o mo-
do porque faia as preparações, e dõzes do Assacú.
Promettemos-lhe remunera-lo devidamente, e mes-
mo o convidamos a vir estabelecer-se por algum
tempo- nesta Capital, tomando- sobre si o- curativo
de alguns leprozos. A todos os convites e promes-
sas, sem recusar abertamente, o indio parecia mos-
trar-se desconfiado, e guardar reserva; mas a final
resolveo-se a fazer as suas declarações, as quaes
foraõ tomadas par termo perante o dita Chefe de
Policia, e 2 Medicas, um da Camara, e outro da
Charidade. Se e iridio Passos fez lealmente as
suas declarações, ou se- guardou para si algumas
circunstancias essenciaes, é o que naõ se põde de
modo algum afiançar. Foi por esta occurrencia,
e á vista do processo constante dessas declarações,
que resolví estabelecer o Lazareto experimental,
onde se está actualmente empregando o ASsacú, can-
foi:nw o indicado receituario. Por ora -ainda naõ
131,-terppo sufficiente.- para. bem apreciar-se todos os
efféii.tos- do novo processo de curativo; porem infor-
((g1).
Ina o Medico, que com 3 applicações do assacú,
cada uma com intervalo de 1 mez, os tuberculos
vaõ abatendo, e os enfermos mostraõ mais sensi-
bilidade, soffrem menos calor, estaõ mais limpos, e
sentemse COIY1 algum prazer natural; eis o ponto
a que tem chegado as novas experiencias; cujo re-
sultado final aguardaremos.
Se este ultimo ensaio ainda vier a falhar, o des-
engano será completo; e só do tempo, e em éra in-
certa ou desconhecida pode esperar a humanidade
ou do acazo, ou do apparecimento de algum ente
previligiado ou feliz, ou de engenho sublimado, que
venha a ser remida deste hediondo flagello.
Obras Publicas.

He cuidando nos melhoramentos materiaes,


que se faculta aos povos o gozo de indispensaveis
commodidades, a que elles tem direito como con7
tribuintes; e é tambem com taes melhoramentos,
que os povoados firmaõse e crescem. E entre
os variados misteres da administraçaõ, que tra-
zem a necessidade de satisfazer os serviços pu-
blicos, é dever da autoridade attender a esta es-
pecie, de -que o povo tira proveito immediato. A
maior parte das vantagens da vida social saõ in-
directas, e em muitas cazos, posto que reaes, im-
perceptiveis, e até algumas se reduzem a idea-
lidades,. que não podem ser apreciadas por todas
as classes; mas os bens materiáes chegaõ a todos,
todos os vêem, todos os desfructaõ, e tem de mais
o caracter da permanencia. Eu pois como auto-
ridade tenho empregado os meus- aSsiduos 'cuida-
dos em -:promover :an dali-lento dó inaiÓ rhiinp`o
possivel de, obras públicas, -quanto o teá perfilitti-
C(62)3E
do a escacész de meios, e a limitaçaõ do tempo.
Muito havia que fazer neste ramo do serviço, que
estava quazi. em olvido; porém no anuo ultimo al-
guma couza j&. se fez, que é pouco para o. muito, que
ainda *falta. Dar-vos-hei conta do què está ou feito
ou em andaniento,, e do que. será possivel fazer-se
,no ahno ,corrente. . -
A verba, que consignastes para obras publi-
cas foi de 33:312000 réis, Estes fundos de-
veriaõ formar-se com a deduçaõ de 20- por cento
das - rendas arreCadadas, excepto as de applicaçaõ
especial. Pelo producto da arrecadaçaõ dos pri-
meiros mezes reconheci logo, que os fundos a apu-
rar naõ chegariaõ á consignaçaõ fixada, e que a-
penas poderiaõ montar de 23 a 24 contos, e sob
esta base, que coincidio 'com :o resultado, regulei
.as despezas de obras, preferindo as Mais urgentes,
ou mais uteis, e tendo o cuidado de satisfazer
pontualMente as' consignações, que votaStes desig-
nadamente na lei para obras de algumas Igrejas
Matrizes, e Cadeias, a saber para as Igrejas de
Bujarti, Cametá, Portei; e Oeiras 2.900$000 réis,
e para as Cadeias 'de Santarem, Obidos, Macapá,
e Villa. Franca 2:500000 réis; quantias,. que des-
ta. 'vêz não ficará õ somente escriptas na lei:
As 'obras em andamento durante 'o anno foraõ:
..;.'1.a-0 Caes da Marinha:Foi contináado do
luar :da Ponte de Pedra para a parte do Castello.
ESta. :obra sómente pôde 'entrar em regular anda-
mentó nos fins de .Janeiro do corrente anno, pelas
dificuldades, que houveraõ em monta-la, em reli-
nir operarios, e em preparar-lhe os materiaes, es-
pecialmente pedra. Naõ havendo quem della for-
nece$è porçaõ sufficienter e na qualidade precisa,
obrigado a estabeleCer...uma pedreira na
ic(6. 8))
Ilha de Cotijuba, mandando 'reconstruir o antigo
batelaõ, para transporte da pedra, tendo. importado
o seu concerto em 1:0508000 réis. Esta medida
tem sido vantajosa, naõ sõ por se contar certo com
o supprimento
de :pedra., mas por, ter havido eco-
nomia na despeza; aos particulares pagava-se 60$
réis por barcada, que nem sempre era da lotaçaõ,
em quanto; pela adrninistraçoõ da pedreira o pre-
ço tem regulado a -508004 réis.
A porça& de obra feita foi de, 35:135 pal-
mos cubicos, ou proximamente 35 e .1 décimo
braças cubiCas; e serido a despeza até fim .do an-
no financeiro de 7:1918900 reis,. e mais 1:9008500
réis nos 2 meZes decorridos até o fim de Agosto,
na importancia total de 9:0728400 réis, veio a lin-
porFar cada braça cubica de obra em 2598'200 réis;
e como em razaõ da espessura e profundidade dós
alicerces, e elevaçaõ da muralha, cada braça de.
cães em sentido longitudinal cotitém 1- e 6 decimos
braças cubicas, tendo a obra feita 21 braças e 8
decimos de muralha em comprimento, vem a cus-
tar cada braça de cães 4168000 réis. Do ponto,
em que se acha a .obra, Sem contar com as nrti
ralhas para as docas, faltaõ.. ainda 117 braças Jon- -

gitudinaes, cuja despeza exigirá a. somma de


48:6728000 réis, e 4 annos de serviço, suppondo
que se podem vencer 4 braças por mêz. A des-
peza comparativa entre a obra nova e a antiga,
dá maior dispendio e traz maiores difflouldadéS
para a nova: 1.0 porque sendo esta parte do ter-
reno da obra de nivel *mais baixo, resulta a neces-
sidade de mais altas muralhas: 2.° porque o fun- .
do lodoso exige todo elle ser alastrado com fortes
engradamentos: a° por que o Mesmo abatimento
(lo nivel presta-se a mais facil invasaéi dás. agôas:
re(643
e Curtos saõ os intervallos a seccó para o traba-
lho no tempo de baixamar. A obra c,ontinúa, e
'para ella proponho no orçamento a consignaçaõ de
12:000$000 de réis.
2.8-O Quartel do COrpo de Policia.Tinha
sido fixada a co.nsignaçaõ para principio d'esta
obra na quantia de 4:000S000 de 'réis, e começou
ella a ser executada em 30 de. Maio deste anno
sob um plano convenientemente apropriado ao
seu fim. Foi o lugar escolhido no extremo Norte
da Cidade em frente ao porto, e no sitio denomi-
nado Reducto, onde a Sma D. Francisca Rozo
Cardozo, por um lance generoso de patriotismo,
cedêo em beneficio da Fazenda Provincial uns ter-
renos, que ahi possuia, e é nelle que se está cons-
truindo o novo Quartel. O corpo principal da
obra terá. urna frente para o lado do porto de 240
palmos, sobre 60 de profundidade, dividido este
espaço em 4 grandes coxias, além dos mais ar-
ranjos e disposições internas, ou adjuntas pela par-
te dos fundos, tendentes a bôa accomodaçaõ das
praças e conveniencia do serviço.
No anno financeiro ultimo sõmente se despen-
de° por conta da consignaçaõ fixada a quantia de
2:195$130 réis, e nos 2 mezes decorridos até fim
de Agosto temse feito mais,a despeza de 2:998$360
réis, o que faz ao todo 5:193$490 réis. Estaõ
con.cluidos pelos 4 lados e repartimentos interiores
os alicerces de alvenaria grossa, sobre engrada-
mento na extensaõ de 72 braças, além das pare-
des, que já esta õ em parte levantadas, havendo
em ser toda a telha, e tijolos, grande parte das
madeiras, e varios outros materiaes.. Este edificio
de propriedade Provincial terá de ser, segundo o
respectivo plano, e cuidado havido na sua execrar
, ,
. -.;::fr7f.«.
" .

,,,,ttõ; uni doo. tnais cmiStraegikiv:b


ãe_ vistosa .e1egancia. Eiltfv2,zeike 'orçado:;.em 1ES
a- 16 oo-útos'd.:1@r_os, e proponho no orçamento.'
açaõ -`d4::7:000$000 de téis,-com a qual-j-
consign..
ø.o que Se foc!eik neste anno levar a obra ao
ponto de- se hè :aorrer madeiramento, e telha-la.
. -3.8--Orndekt -lyu3lica da Capital...;.,-A consigna-
çaõ para os repáros desta Cadeia fcii de 2:000*
de réis; tendo-se 'unicamente despendido 1:180$200
réis em: importantes concertos, que se :fizein& nóis
2 pavimentos terreg, è superior, e -que'erÕ
pensaveis parau.".nça a piinaõ; aceit4
modidade dóilúriemOs,a saber,- fcir 4i-ontertOá-ìi'
ferina/4a, -
refórniaraó",.;.$0-',;..
raõ-se_ noyasr. hadrilhõo; é, soalhos Aia.
Ir.le,..s.rfias 1)6 "sybs,e4oresk`-algi'ite: ..yaoios O;tk..
taciSCorice '

OS -prezos:. ênt, elotraiteiiniroké, e


nII
respiraõ..um ar infeékk'.-,-031aa,tInicamenté ragotÉt
precisa eSta_Cadeiw.kdevaillurtlotrer um mur?,. tine
a feixe 'pelos- ladiak JO.4peio fulado,:que. dittaióó
para o matto, e, qtaid far , MIL% -tircuilatá.cia
alginnas vezes fa aib~ a evásaõ de prêzos, -que
por algum,*tescuido, oir-;-por ardil conseguem esca-
par da priSaõ; ou ílhi1ira sentinelia. No. orça-
mento Vos proponho para este fim a _consignaçaõ
de_ 2:000$000'. de réis. .
4.§---.E4giciO do Thesoitro Publico Provincial.
.

Quando.' tratei -da' reforma desta RepartiçaYdis-


'sw-vosr---:Tie:áa,.titim reunido.- no mesmo edificio
com-a Reoebedoria,ime lhè foi annexa.: Para:listo
foi preciso -Amada fazer-lhè',diversas
nas, e algtinat ,a4par,ações1. retelha-lo to&-sre 4pka
da-'o ex.teriirmente.,p5r
. .,. ;gzades de ferro parar:, se;
.
le(66)
gurança dos Cofres. Importou esta .despeza
1:067$730 réis, senda 767$010 réis de despeza
do anuo financeiro Lindo, e 300$720 réis do anuo
corrente. Ficou a obra concluida, e a Repartiçaõ
bem acommodada.
5.ail1erro da 1?ua Nova do Imperador.Foi
contractado este serviço em 4 secções com a Ci-
dadaõ Victorio de Figueiredo e Vasconeellos. A-
chaõ-se concluidas 2 secções do atterro, e a 3.a a
concluir-se. Na fôrma do respectivo contracto
fez-se o pagamento correspondente a 2.a e 3a sec-
çaõ na importancia de 4:749$120 réis, e ora se
inclue _no orçamento a quantia de 1:3-38$840 réis
para pagamento da 4.a e ultima Secçaõ.
Igarapé:-:-inirim.--:-Sã pôde dar-
se principio ao trabalho da limpezi deste canal no
dia 8 de Julho deste. anno ,pois -:que preciso joi
esperar a _quadra do abaixamento daw agôas. Fiz
pasSar em- depósito. para o Cofre da .Municipalida-
de d,e Igarapé-,4nirim, eonsignaçaõ de. 1:500$000
réis fixada na lei para esta.-ohra. Pelo Arsenal
de Marinha fiz supprir ferramentss, apparelhos,
talhas, batelões -4S; para auxiliar este serviço, pois
que. o melhoramento dos canaes e portos é tam-
bem. objecto elo serviço geral. Puz á testa da obra
um Of.ficial da Armada o 2.° Tenente Pedro Lei-
taõ da Cunha, moço brioso, intelligente, e zèlozo
no desempenho de seüs __deveres. Escrevi .as au-
toridades e pessoas .ialluentes do districto pedindo-
lhes a.. sua coadjuvaçaõ para uma obra, -que a
ellesé de interesse immediato,. prestando escravos
como trabalhadores, ou contribuindo com algumas
quantias. Da minha pari,e pois tenho empregado
quanta deligencia em mim cábe 'para levar a effei-
to o melhoramento deste canal,- tãõ iniportante para
3C7Z
a nossa navegaçaõ interior. Sinto porém dizer-
vosque os resultados por ora naõ vaõ correspon-
' á espectativa, nem aos esforços empregados.
dendo
sendo a primeira e a maior difficuldade achar tra-
balhadores para, este serviço, de que geralmente
se escusa, preferindo antes vida ociosa, ou exi-
-ffindo salarios exhorbita.ntes. O auxilio dos habi-
bitantes tem sido muito pouco, e um ou outro
limitouse a mandar alguns escravos por 2 e 3
dias, quando o serviço é de mezes, e de aturado
trabalho. Apenas até ás ultimas informações, ha-
via o numero de 8 trabalhadores effectivos, quan-
-clo o minimo naõ deve baixar de 30. Nos -doiS
primeiros mezes despeza feita apenas monta. em
120$000 réis, e o trabalho tem consistido .em ro-
çar e descortinar às margens de todo o -canal em
uma extensaõ de 600. braças, e principiarse a
excavaçaõ de uma das grandes corôas, que nelle
lia. Expedi ordens para varios districtos afiin de
ver se consigo augmentar o numero de trabalhadores;
é o ultimo _expediente a lançar maõ, e se este
ainda falhar, mandarei logo parar a obra, para evi-
tar, que »os fundos se consurnaõ lenta e inaproduc-
tivamente, e naõ faltará -em que empregar o sal-.
do com' mais esper.ança de proveito.
7Cana1 das Salinas.Logo que reconheci,
que os fundos de obras publicas naõ chegariaõ para
todas as obras autorisadas na lei, -desisti de prin-
cipiar a deste canal, aguardando melhor. opportu-
nidade, o que agora. se dá; por quanto tendo de
se- construir um faiõl nas Salinas, montado regu-
larrneate o seriço- desta obra, e com uni habil
Engenheiro. Director sim frente, facil é incumbir
a este Director simultaneamente a abertura do
'canal.; e por este siado naõ .só se pode contar com
je(6!),..
e acertada direcçaõ, mas poupa-se toda
desiiéga, que seria preciso fazer-se com uma
direcçaõ especial.
No orçamento renovo á proposta de 2:000$0.30
de réis, igual á consigna.çaõ anteriormente votada,
mas naõ despendida. O canal das Salinas faz parte
de urna extensa linha de navegaçaõ_ interior, que
communica desde o porto desta Capital, passando
pelas Salinas, até as Villas de Bragança e Turi-
assú. Esta communicaçaõ na ida faz-se sem obs-
taculos até ã ponta do Taipá, e desse ponto em
diante següe a navegaçaõ. pelo interior de rio em
rio, ou de bahia em bahia, por multiplicadas com-
municações nattiraes de furos, varadouros, ou sec-
cos, alguns dos quaes por traneados,'.obs.truidos, e
tortuosos, muito difficultaõ a navegaçaõ, só per-
mittindo a passagem de Canôas nas marés .vivas.
Muito conviria beneficiar todos estes furos ou va-
radciuros, desobstruindo-os,, e cortando-lhes as vol-
tas, de modo a pérmittirem franca passagem, em
toda a maré. Os principaes, que .reclamaõ ser
quanto antes beneficiados, saõ: 1.0 o furo de com-
municagaõ entre os rios Curuçá e Cajetuba, de-
minado de Jozé Theodoro; «2.° e mais trabalhoso,
o -furo do Pagé na extençaõ proximamente de
1:000 braças, que communica. o dito rio Cajetuba
com a bailia do Marapanim: 3.° o de Maracanã-
tinga, que communica o rio e bahia de Marapa-
nim com a de Maracanã; 4.° o de Sernamby., que
communica a bahia de Maracanã com a de -Sa-
linas, e é aqui que urgente se torna a abertura
do canal acima mencionado, paTa evitar o risco
eminente de se. rodear por fõra da Ilha dó Cerni-
terio, e por cima de uma perigosa arrebentaçaõ nb.S
baixos exteriores a ella. Toda a despeza dos
3C"
.mencionados
furos não poderá- exceder a 3:000S
de réis inclusive :a. abertura do canal. Apezar das
difficuldades
frequentaõ durante o anuo esta na-
vegaçaõ mais de 200 canôas possantes, e com va-
liósos carregamentos, procedentes de Cintra, Pira-
bas, e Bragança; tendo occorrido multiplicados si-
nistros com perda de fazendas e vidas. Ao vosso
cuidado pois recommendo tomar em consideraçaõ
este objecto, taõ depressa como o permittaõ os
meios. pecuniarios.
Fallando da communicaçaõ- fluvial com a
Villa de Bragança, cabe aqui tambem chamar
vossa attençaõ sobre a necessidade de melhorar
communicaçaõ por terra chm a mesma Villa
pela estrada denominada do Tentugal. O máo
estado, em que ella se acha, trancada de grandes
páos- derrubados pelos ventos, inçada de atoleiros;
com estivas mal feitas, e quazi aniquiladas, ca-
recidas de pontilhões nos. rios .e ribeirões, que
atravessa,..a_teni tornado quazi intranzitavel, e só
por ellá se consegue passar, procurándo trabalho-
zos e longos desvios pelo matto.
As porções desta estrada, que offerecem so-
frivel transito saõ- o espaçõ; que medeia' entre os
portos de Ourem no rio, Guamá, e o de Tentugal no
rio Cahete Da extensaõ 'de 4 lecrôas
, e meia, e tiun-
bem ao sahir de Bragança as 2 primeiras legôas,
até o sitio denominado Santo Antonio, por. ser a
estrada até ahi habitada. 'Todas estas informa-
.

ções me foraõ _ministradas por um official, a quem


incumbi fazer as averiguações, e que me appresen-
tou circunstanciado relatorio de tudo o que obser-
vou relativamente. á 'estrada, cuja extensaõ de
Bragança a Ourem achou ser approximativamente
de 14 lecrôás,.
e(7°)ZX
- -8.a Obras de Igrejas.Além das de Bujarú,
Portei, Cametá, e °eiras, que foraõ suppridas
com as necessarias consignações votadas no anuo fin-
do, na importancia de 2:900$000 réis, muitas saõ as
(-1 precisa.õ de auxilio para serem reparadas, ou con-
tinuadas, ou inteiramente reedificadas; já no ar-
tigo culto publico fiz menSaõ daquellas, sobre que
recebi. reclamações; e por agora limito-me a pro-
por-vos no aromentó a consignaçaõ- de 4:000$000
de réis, inci 600$000 réis para cada uma
das Igrejas Matrizes do Guamã, e do Acará, 32%
réis para a de Sonzel, e 196$000 téis para o
conaplecto da de Bujarú. Ainda ficará um resto
de 1:934$000. réis que pode, ser applicado a al-
gumas -das outras Igrejas.
9.3Cadeias e Cazas de Camaras--Fez-se
-

effectivo.o supprimento- de 2:500$000 reis, que vo-


tastès para as Cadeias de. Santarém, Obidos, Ma-
capá e Villa Franca, sendo aquella importancia
entregue aos respectivos procuradores. Differen-
tes Camaras me- dirigiraõ reclamações sobre
falta, de cazas pára as -suas sessões, e de
cadeias ou prisões, que as supPraõ; s RelátorioS
dás respectivas Caniaras vós serão presenteS,..e por
elles ajuizareis', quaes as que devem ..ser. desde
já attendidas no anuo corrente, cumprindo-me in-
formar-vos, -que já dei providencias no que diz
respeito á- Villa da Cachoeira, onde mandei postar
- uni destacamento de policia, e construir urna pri-
zaõ militar, junto -ào edificio da caza da. Ca-
mara, que também mandei concertar, deverido
servir aquella prizaõ igualmente paia reco-
lher os prezos policiaes ou- de jíístiça. De acôr-
do com o Inspector da Thesouraihia ,da Priv-h/eia
mandei fazer entrega á Camara Municipal do Rio
C(71)2',
Negro, e unicamente para uso fructo, do Edificio
da antiga Fabrica, proprio nacional, que se achava
ali em abandono, e a anniquilar-se. A. dita Ca-
mara teve ordem de fazer nelle -os reparos, bem-
reitorias, e accomodações precisas, para servir ao
mesmo tempo de _Cadeia e caza. de suas sessões,
e autorisei a empregar nesses concertos a. quantia
de 9691:100 réis, que desde muitos amos existia
em Cofre destinada a construcçaõ da nova Cadeia,
e que nunca sé poderia construir pela- limitaçaõ
de tal quantia. No orçamento-proponho -pará esta
especie de obras a consiomaçaõ de. -4:000$000 de
reis, inclusive 2:000SOOÓ de réis pára o Muro da
Cadeia da Capital,. -de que antes
1-0. -Obras -Diversa.---No 'Correr .do armo de
ordinario appaxec.em .pequenos reparos, -e oras im-
preyistas naõ clasOcadas na lei, a .que' é fieces- .
safio.. providenciar ; de prompto: Tal aconteCeo no
anuo findo, em qüe tive fiecessidade:de fazerprepa-
rar o edificio para a Repartiçaõ do Thesouro Publi-
có »Provincial, e ..uma enfermaria na estrada de
S. Jozé para experiencias sobre o curativo dà.
morphéa. A fim_ de -que a .administraçaõ provin-
cial esteja habilitada para -esta 'classe de - despe-
zas, proponho- no orça-mento a. quantia de 1:0006
de réiS. .

Algumas obras .mtiniápaes se fizerab .na Ca-


pital, administradas pela Camara; e eu a coadju-
vei na parte relativa. a ruas, e estradas, toman;.
- do sob minha immediata inspet:çaõ a abertura de
2 .ruas e 6 espaçoza.s. travessas no arraial: de Na-
zareth, e. Silas immediações, onde tem-se feito, e
contimla a fazer-se este serviço ecimomicamente
pela 6.a parté do seu -valor, 'empregando trabalho
de prezos, e faxinas de soldados modicamente (Tra-
tiúcado$. 'Para esta/41 aezas abri urna subscrip-
çaó,. que priiduzio réis, .'entre os habi-
tante-s. desta. Capital; ,cjiie .se..Érestaraõ com a me-
llioí voneatle. Pretendó- eom a quantia_ subscripta
levar ai novàs ruas -e travessas ao ponto de pos-
sivel aperkiçoaniento,. plantando-lhes ruas de ar-
voredos, o que ja se 'acha principiado; de modo que
o sitio e arrebalde de NáZareth venha a ser em
breve tempo lig' lugar cté aprazimento, e reereio
pubaico -.
- Recapitulando-
. temos:
.
.

Dependido
Obras.. Observa-
- Até 30-de ' Nos 2 mezes de ções.
Jun11:ó. Julho e A g,esto..
a.z.s :ua .mariiiiia:
. 7:bt5:41i0 id.900$500 Conflui:ia.
Quartel- de Poii-eia: ..2:39S430- 2:998$360 Dito.
Cadeia Publica da - . . .

Caftital. . , . . .. 1:132$40 47$780 Parada.


Editieio do Thesou, ' - -
ro Provincial. ... 767 01'0 -300$720 Concluidzi
, - .

Atterro da Rua...1To- - .
.

a do Imperador. 4:749$120- - Continúa.


Canal -de Igarap(-- ,
mirim, achando-si .

gnasi em ser so, .


fundos, nos Cófres - . -

da Camara do lu-
gar 1:500000 ' bino
Concertos, e reedifi-
cações de Igrejas.. 2:900$000 Satisfeito
Cadeias ;.dos Distri - '
ctos 2:-500$000 . .. Ditto
eparos diversos. 235000 - c'^n^luido
. .....
Despendido__ 2.1:071$410 5:247$360 -
.

Pedidõ ho orçamento para "c)." titino corrente.


Obras . . - Consignaçaõ:,
c ontinuaçaõ do Cães de Marinha.. . . « ," . , 12fflo$000
» Do Quartel de Policia 7.00(4000
Para as Igrejas 4:000413000
"Cadeias publicas, inclusive a da Capital 4004000
Canal das Salinas 2004000
Aterro da Rua nova do Imperador 1:338$840
Obras imprevistas e reparos diversos .... . 1:000$000

Pedido 31:338$840

Um anno antes, dós 184i.00ppoo de réis, que pro-


duziraõ as rendas provinciaes, Somente 'se- tinha 'appli-
eado a beneficios materiaes ' a -diminuta pai-cella" de
3:770$000 réis; no anno ultimo Ode -empregtir-:se 24:07/$
réis, e mais 15632$000 réis nas seguintes obras por
conta dos cofres Geraes, a saber:
Concerto do Palacio do Governo... 6:9624000 Continúa.
Preparos no Arsenal de 'Guerra para
quartel é aula doà apiendizes me- . .

nores 1.200$000 Concluído.


Diferentes reparos no *quartel das.
Mercês 1:239$000 Dito.
Para coadjuvaçaõ da obra do quar-
tel de Nazareth . . . . . . 781$000 Continúa.
Compra de uns terrenos para o quar:-
tel militar 'de Cametã. 200$000
ReedifiCaçá8' do qnattel militar dó
Rio- Negro. 883$000 Concluído.
Concertos na Fortaleza da Barra.. 531$000
Concertos.das muralhas da Praça
de 3faeapá ... . . . . ....... 1:039$000 Continua.
Principio de reedificaçaõ do Forte
do Castello 678$000 Dito.
Reparaçaõ do Forte de S. Joaquim
-Rio -Branco 689$000 Dito.
RePart5S do quartel militar de San-
tarem 124000 Concluído. -
14:314000
ie74)31
Tregisporte. 14:312$(100
Reparos diversos inclusive a compra
de 1 batelaõ para o serviço das
obras geraes 1:32%000
Com as obras geras 15632$000
Com as obras provinciaes. 24:0714000
Importancia de todas as obras du-
rante o anrto 3:703$'000

houverem .meios .para despender-se igual


SORIMa por alguns atmos seguidos, sendo bem fis-
. caLisad,o o seu emprego, muito avançará, a Provincia
nos gkeihorarnentos materiaes, .de que tanto precisa.
Tratando de 'obras publicas, posto que seja
objecto geral, é com satisfaça, que .vCIS annuncio,
que- se acha- fittalmente em construcçao5 o farol das
Salinas, á tantos annos projpctadO,, e nunca realisadil
Era, .0 Pará um dos bons portos.do. Imperio,
frequentado por navios, estrangeiros de diferentes
nações, a que faltava este objecta de primeira lie-
' cessidade rnaritima. Nos Èierig,ozos baixos da Ti-
joca, e- Bragança- numerosos, .e repetidos desastres
haõ feito submergir navios 'e carregamentos intei-
ros. Meus dignos antcesSors fora õ; incausaveis
sPiliçita.r vaõ providencias para levar a ef-
feito esta obrtktaõ. -urgente; eu porém fui mais fe-
liz, e consegui ver as minhas- sollicitações atten-
didas-, ministrando-se-me os meios para a construë-
çaõ do faról,, para o qual se acha 'consignada a
quantia * de 20:000$00a de réis.
Eá a direpçaõ da. obr: confiada ao- digno e
illustrado Paraense o CapitaEt d!Engenheiros Dou-
tor--,enb Mathematicas. Marcos. Pereira - de- Sãlies.
.V09 z...~»::fxgneez _Reaujeu; que,deve estar
e(75)).
a chegar em França, 'fiZ à enCommenda. de '

lliasiaparelho
túin
de luz, orçadO na. quantia de 24:000
francos
(8:400S reis,) fazendose a passagern dos
fundos pela caza conimercial de Mr..: Crouau. .,11è
encommendado de 3a ordem n do sySterna
apparelho
Catadioptrico
de Fresnel e Arago, em .qtte a luz
se combina pela
reflex.aõ e refracçab, produzindo
uma luz uniforme; corri' rapidos eclipses seguidos
de intensa, e brilhante fulgtiraçaõ. A intensidade
de luz equivalerá a á80 bicos de carcel; 'ou ao feite
luminoso, que produziriaõ .2:280 velas *reunidas ern
um gruppo. Seo alcance Médio será de 16- ni-
lhas maritimas. À elevaçaõ da luz do farõl so-
bre o nivel .do már,. inclusive 85 palmos da altu-
ra da torre, será .de 125 palmos: Em fins de re
vereiro do.anno .:pro.Ximo futuro preSurnó, que aquí
deverá estar o .apparelhó de luz; .e para esse-tern-
po contff, que a torre estará no'ponto' .de o-,rece-
.ber:'Será o primeiro farõl desta espéciê nos por,-
tos .do Brazil, é. será. elle tanibern o primeiro se

lhantisrno dá luk. :
na,õ no alcance, seguramente na intensidade e

Não findarei este artigo sem dizervos, quenaõ


julguei conveniente pófora azar dá autorisaçad, que
"vos dignastes conferirme para contrahir tim ein-
prestimo até 1-20 contos, destinado á dar Mais ra,-
pido andamento. ao cães de marinha', e- a ap rOpriar
para um Palacete e caza de vossas sessões a obra
do Theatro .existente no largo de Palacio. Eu
tinha esperanças .de realizar pelo menos grande
parte do empresti~ autOriddo;" cheguei a 0er
preparar o. regulamento-, inÉtrucções' e moderes pre,:
eisos. para effeetuar operaçaó: - ao' rfteStrid tent-
po financêirá, e merearitil, e' o' ni h6i1Oirtéial
(1,' Fazenda o Snrk-ffhtioét."-Ródi4gttês,de"Aiineida.
X(76 ))
Pinto, Contador da Thezouraría da Provincia
parou, a pedido meu, todos estes trabalhos. pre-
Naõ fui porém adiante, pela dificuldade de ter
trabalhadores em numero sufficiente, e especial-
mente bons officiaes e bons mestres; as outras obras
em andamento tanto ,geraes como provinciaes, e
obras dos particulares absorvem o numero limi-
tada, que ha na Capital, de. mestres, officiaes, e
serventes; por esta escacêz de operarios algumas
vezes tem corrido o risco de parar a obra do cães,
e o trabalho da pedreira de Çotijuba. Receei pois
amontoar fundos sem .poder empregalos, onerando
com juros, e sem proveito o Cofre provincial.
Toda a divida é sempre um. encargo pesado, é u-
ma espeçie de chaga financeira, que obrigada á
juros, se .converte em cancro. Dseistí do
em-
prestimo. Brevemente estaremos livres da nossa.
divida passiva, teremos entaõ disponiveis os rendi-
,

me.ntos,. que ora se applicaõ ã


sua amortisaçaõ, e que
orgaõ por 36 contos. Se naõ forem distrahidos
para a creaçaõ de surperfiuo,s empregos, ou naõ
se applicarem para augmentos de ordenados,
meios de se fazer em alguns annos, e semhaverá onus
as ditas. obras,. e muitas outras. Esse tempo está
a Chegar, e por tanto esperemos.
Eis,. Senhores, o que tinha a dizervos sobre
Obras Publicas.

3113sões e Cathequese.

Numerosas tribus de variadas nações indigenas


habitaõ ou vagueaõ pelas margens do infindo nu-
mero de rios e lagos, que jazem, banhaõ,
e eircum-
volvem .em ;todas as direcções, a
extensa superli-
cie 6 re,giaõ Amazonia.
{(77)3i
Impossivel .seria pretender computar exactamen-
te o numero desses indígenas, muitos dos quaeS
vivem ainda no estado primitivo, e de gentilismo,
embrenhados por essas seculares, e virgens florestas.
Os que porém se achaõ ou aldeados, ou habitan-
do em p..,ruppos ou inalocas mais proximos dos po-
voados,'saõ avaliados em cérea de cem mil almas.
Saõ em geral de indole mui pacifica, prolificos, de
constituiçaõ robusta, e ageis, saõ sinceros e hos-
pitaleiros, mas tarnhem desconfiados, e pouco pra
pensos a trabalho regular, e muito menos a traba-
lho obrigado. Saõ mais dados á vida caçadôra, que
agricola, e nada sé applicaõ ás artes e officios.
Talvez em alguma outra Provincia naõ haja, co-
mo nesta, tanta facilidade e opportunidade para a
colonisaçaõ indigená, e grande impulso se lhe po-
deria dar, regularisando e civilisando taõ conside-
ravel numero de entes simi-barbaros,. mas doceis,
e que ta.õ de boamente se prestaõ á cathequese,
que comnosco vivem em contacto, e regular comer-
cio, apesar mesmo de alguns mãos tratos ás vezes,
ou de lesivas traficancias, com que os costrimaõ
enganar um enxame de especuladores. Mas naõ
é possivel diSpôr de sufficientes meios pecuniarios
para os empregar em missões, cathequese, e alde-
amento de tanta gente,: o que exigiria quantiosos
fundos, e pessoal proprio, especialmente religiosos
para missionarios. Deve isto ser obra lenta do tem-
po, uma vez que haja perseverança em attender a
este taõ importante objecto, empregando de conti-
nuo os meios, qne á elle poderem ser applicados.
Já tive occasiaõ de dizer-vos, que o Decreto é
Regulamento de 21 de Julho de 1845,. que criou
a Directoria dós Indios, naõ tem podido na.. pra-
tica ser literalmente-e.ecutido.flefnoé'ú quanto
OrtM)31
pai) fôr modificado, ou hade ser inexequivel
algumas- das suas .principaeS disposições, ou delias
haõ de resultar incon:venientes. Pretende°. o Re-
gulaMento estabelecer boa direcçaõ nas Aldêas,
criando Directores, pagos naõ á dinheiro mas, em
honras e graduações militares.
O que se tem visto, é que taes Directores ficaõ-
se com as honras, -e pouco se importai) com os
deveres do. Cargo; e quando um. ou outro alguma
vez por acazo se arrisca a longas e perigozas .vi-
agens é a deikár sua .caza .e familia para hir "a
muita custo visitar algvm aldeamento do Seu dis
tricto; ou essa viSita nada produz pela sua cur-
ta duraçaõ,. ou entaõ entra ahi o proprio inteies-
se,. que .0 leva a approveitú o serviço do 's indi-
os, do que tern resultado desgostarem-se estes, e
abandonarem as aldêas,. recolhendo-se lis suas an-
tigas inalkas, ou dispersando-se. A onde naõ ha
Directores tem-se criado Encarregados, que os sup-
prem, e esses .nem honras tern, e corri 'mais forte
razia& devem* procurar indemnizar-se nó approvei-
tamento- do trabalho indigena. Com. isto se naõ
deve entender, .que.na õ hajaõ algumas (mtli pou-
cas) excepções, em, abono, de algunS Directores e
Encarregados, que tem manifestado bôas intenções,
e que, se haõ conduzidó sofrivelmente no seu tracto
com os. inclios...
Temos actualmente para este serviço 33 Directo-
res e Encarregados em toda a Provincia. Mas: se-
gtgarnente naõ existem 33, aldeamentos no pé exigi-
do. pelo Regulamento citado. Sendo.a minha opiniaõ,
que' a bô'à cathequese deve principiar pelos cuidados
rel~, mais depressa, depositaõ, a
sw.,..ço44a4na,..je voláb---a&i9A..ag-rainistró.[Ao culto,
que se -lhes chega fazendo-lhes sentir a:.,existencia
le(794E
de Deos, Pregan4°-lhes com a ffi idéas de sal.vaçaõ,
e felicidade; e. aconselhandoos, e guiando-43s Com
palavras de paz e maneiras affaveis, do 'que a
q ualquer outro individuo, que desde . 1(1,ro lhes
impõe sujeiçaõ, e lhes dá trabalho, e castigo, te-
nho adoptado por systema admittir nas aldeias
como"influencia superior a do missionario,' .e por
isso n'elles tenho accumulado a diretoria - 'dos.,res-
pedivos aldeamentos, expediente, que tem tambe:m
a vantagem 'de evitar os .'conflictos, que necèssaria-
Mente resultaõ da existencia, destes 2 empregos
distinctos. Esta separaçaõ dos' 2 enipregos. "Virá
a ser necessaria depois que a, aldêa eStiver soli
damente radicada, e é Sõ entaõ 'que- poderá* ter
applicaçaõ o' regimen administrativo, que'' eitabe-
lece o Regulamento. citado.. A experiencià tem Mós-
trado, que 'só se cónservaõ ou prosperaõ as aldêas
onde' -fixa o Misionari0,- e .que onde appáre-
cem os Directores e Encarregados ás aldêas des-
apparec.em, ou* décaheni. 'CoadjuVailo.. pèIo incan-
savel e zelooI Prelado desta DioceZe, pude COR-
seguir até o presente *completar o w°. de .5 missões,
que domp'rehendem 7 aldkas; a saber:
La Msab de Pórto Ale,gre: Fundada pelo -Reli-
giozó Carmelita Fr. Józé dos -Santos Innocentes,
substitaio a extineta- -misSaõ do Pitára:,* achase si-
tuada nas fraldas da Serra do Bafio, 'rio Alto
Rio:. Branco; é habitada pelos Indios: Jarjefts; -Api-
xanas, Macuxis, Saparás e Procuttk -He' seu'
Missionario. e' Director o -Padre''Antonio Fe-
lippe: Pereira. ksté Missionàrio se tem emprega-
do zelosamente no serviço /da Inissaõ.
mente exforçavase de fazer deScer e. aldear- os
-

!Mios, que viten) selvattitheüte páké


dor do Rio Catirintani, cOtilluente do Mesino
gooz
Branco, e que vem desaguar nas proximidades da
despovoada Freguezia do Carmo, sendo as vistas
do Missionario com estes Indios repovoar este
lugar.
2.a Missaõ do Japurá, Içá, Tonantins. Saci
estes 3 rios confluentes pela margem esquerda do
Solimoés. Acha-se confiada esta missaõ ao Pa-
dre Joaõ Martins de Nine; que a pouco segui°
para o lugar de seu destino a aldear as differen-
tes tribus, que povôaõ estes 3 rios.
3.a .Missaõ do 4ndirá. No districto de Villa
Nova da Rainha, e margem direita do Amazonas.
Seu Missionario e Director é o Religioso Capu-
chinho Fr. Pedro de Ciriana. Os Indios desta Al-
déa saõ da naçaõ Maués. No ultimo receneeamen-
to, que fez o dito missionario, haviaõ 210 homens,
e 297 mulheres; ao todo 507. Tinha elle feito re.
construir 30 cazas (de palha) no centro da aldêa,
e concertado a Igreja.
Na parte superior do Rio Andirá existem por
aldear muitos outros Indios da mesma Naçaõ.
Residem na aldêa individuos estranhos, e alguns
relacionados por matrimonio com as indias. Este
missionario desde o principio tem lutado com diffi-
culdades suscitadas pelas autoridades civis, mili-
tar, e ecclesiastica de Villa Nova da Rainha, que
todos tem pretendido levar o exercicio de suas
funcções, e autoridade ao distrieto da Aldêa. Mui-
tos indios se achai alistados no .Corpo Policial e
de Trabalhadores. Por este, e outros motivos al-
guns conflict,os tem apparecidó entre as referidas
autoridades; os quaes de commum aceôrdo com o
Ex.mo Prelado, cada um no que lhe compete, se
achaõ resolvidos, deflnindo-se claramente tanto na
parte civil corno. religiosa, o lugar que deve con-
£(81):K
' itlera-rse privativo do aldeamento e missaõ, e gut:
fica sendo todo o rio Andirá do rio Ramos em
diante. Neste sentido se expediraõ as conveni-
entes instrucções; mandando tambem desobrigar do
:enriço de Villa Nova os indios alistados como
Policiaes e Trabalhadores.
4.a Missa() do Tapajós ou Ria Preto. Está -con-
fiada esta missaõ ao Religiozo Capuchinho Fr.
Egidio de Gavezio. Comprehende ella 3 Aldêas
indios Mondurucils a saber:
Aldêa de Santa Cr:uz. Situada a 4 dias de vi-
ao-em da Cidade de Santarem. Contem 47 cazas
cobertas de palha, e paredes de barro. O ultimo
recenceamento feito pelo missionario dêo 262 ho-
mens, e 245 mulheres, ao todo 507. Havia uma
igreja nova em construcçaõ, coberta de telha, a
-que faltava o arco cruzeiro, e parede da frente.
No dia 28 de Janeiro deste anno um incendio ca-
uai a reduzi° completamente a cinzas, bem co-
mo a igreja velha, e mais 5 cazas. Era um dia
de festividade, os indios achavaõse embriagados,
e presenciáráõ impassiveis este desastre, sem acu-
direm ao incendi°, e alguns escapandose para o
matto, o missionario com muito risco pôde ape-
nas salvar as imagens. No dia seguinte voltaraõ
os indios submissos e arrependidos, protestando ao
missionaria que estavaõ promptos para levantar
nova Igreja.
Aldêa do Cory. A 6 dias de viagem de San-
tareai. No centro da povoaçaõ só existem 12 ca-
zas de palha, e uma igreja muito arruinada tam-
bem coberta de palha. O recenceamento feito dêo
151 homens, e 148 mulheres. Ao todo 299. Saõ
mais obedientes, ,e inais amigos do trabalho do
que os dé Sar>ta Çruz, e cultivaõ varias especies
£(82)3:,
de especialmente o fumo e a mandióca,
Aldêa do Intuba. A 8 dias de viagem de San
lavoura,
tarem. Tem algumas cazas de palha, e a igreja
coberta de telha. O recenceamento deo 181 ho-
mens, e 162 mulheres; ao todo 343. Saõ os in-
dios desta aldêa ainda mais indolentes que os de
Santa Cruz, e quasi nada se applicaõ á lavoura.
Em geral os indios destas 3 aldêas, em suas
reuniões festivaes entreo-a&-se a excessos de em-
briaguez, e neste estado tornaõ-se momentanea-
mente insubordinados. Tambem pessôas estranhas
vaõ frequentemente ás aldêas plantar a desmdra-
lisaçaõ, seduzir e lezar os indios. Grande parte
delles de ambos os sexos se acha fóra, a titulo
de agg-reg,ados em serviço de particulares, que com
elles tem sempre abertas contas leoninas, dando-
lhes retalhos de más fazendas pelo quadruplo do
que valem, e ao mesmo tempo taxando-lhes os
serviços em diminutos valores, de modo que é
sempre o indio quem deve; e por este titulo de
credores perpetuos pertendem desconhecer a com-
petencia do missionario sobre os indios, e recusaõ
entrega-los, o que saõ outras tantas cauzas de
contrariedade para o augmento, tranquillidade, e
bôa ordem dos aldeamentos.
Cumpre advertir, que esta mesma desmoralisa-
çaõ, seducçoés e traficancias se praticaõ naõ só
nestas aldêas, mas em todos os pontos da Pro-
vincia, onde há indios ou aldêados, ou em suas
-malocas, e os principaes corruptôres dos indigenas
saõ essas esquadrilhas de canôas de regatoës, mas.
cates, ou quitandeiros dos rios, que os cruzaõ, e
-penetraõ .por todas as partes, incutindo falsas idéas
no animo dos indios, illudindoos com embustes,
.suscitando-lhes terrores infundados, e dando-h&
Z(83):k
máos
conselhos para os afastar da obediencia, e
aldeamento
regular, appresentandose como seus
amigos, porém com ardiloso e perverso disignio de
c,ons'ervarem o exclusivo monopolio de suas rela-
çoés cormnereiaes, á fim de os poderem lezar á von-
.tade e impunemente, visto que os indios naõ tem
claro conhechnento dos valores dos generos, que
permutaõ.
5.a 4.4Iissaõ do Alto Tocantins.Adjunto á comi-
' tiva, que em Junho deste anuo parti° para o To-
cantins superior, a fundar a colonia militar de San-
ta Thereza, e de que tratarei em lugar proprio,
foi o Missionario Religioso Carmelita Fr. Manoel
Procopio do Coraçaõ de Maria, conventual da Pro-
vincia da Bahia, e que a rogo meu ao Ex.m° Ar-
cebispo Metropolitano, veio para este fim especial.
Vai elle incumbido de missionar e aldêar onde
fôr mais conveniente, e segundo a opportunidade
das circunstancias, as tribus, que habitaõ naõ só
'-as margens do rio Tocantins, mas as do seu con-
fluente Araguaya, até onde chegaõ as extremas
desta Pro-vincia com a de Goyaz. Entre essas tri-
bus coataõse a dos Jacundás, Cupelobos, Carafts,
e Carajás, que saõ pacificas, e inoffensivas, alem
das dos ferozes e traiçoeiro::: Gavioés, e dos ainda
pouco familiarizados Cracatys. Trez grandes al-
dêas tambem existem de Indios Apinagés, que saõ
de todos os mais pacificos, os mais civilizados e
de mais antigo tracto, e que frequentemente des-
cem ao porto desta Capital, e que muito auxiliaõ
o serviço fluvial das canôas de cornmercio, que nave-
gaõ pelo Tocantins e Araguaya. Mas estes indios,
posto que estejaõ na nossa fronteira, e tendo todas as
suas relações somente comnosco, estaõ todavia si-
tuados em territorio de Govaz, por serem as suas
C84)3E
aldêàs estabelecidas dentro do angulo de conflu-
encia dos, ditos rios Tocantins e Araguaya.
Mas é sõ o Pará, que elles procuraõ, e somei'.
te daqui tem elles recebido muitas ferramentas,
armas, brindes, e fazendas; e se naõ, fôãa a diffi-
euldade de perderem elles os seus estabelecimen-
tos, e lavouras, já algumas das aldêas se tería pas-
sado para terras do Pará, que lhe ficaõ fronteiras.
Taes saõ as missoés, e aldeamentos validos, que
temos na Provincia, pois como taes sõmente con-
to as que tem missionarios, e naõ as, que- por ahi
existem sob a administraçaõ dos Directores e En-
carregados, cujos relatorios por mim examinados,
se reduzem a dizer, que tem pretendido fazer
descimento e aldêar indios, mas que o naõ tem
conseguido, porque elles, depois de principiados os
aldeamentos, retiraõse;: que se recuzaõ a obede-
cer, que saõ seduzidos, que lhes faltaõ meios, que
precizaõ de escoltas de policia para impôr o ne-
cessario respeito & &.
Todas as 5 missoés confiadas a missionarios tem
sido. por mim mandadas supprir com frequentes
remessas de ferramentas, brindes, munições, ar-
mamento e fazendas-, tanto para o serviço geral
dag aldêas, como para se distribuir pelos Indios.
Achavase nomeado- para a rnissaõ dos Otás no
Rio Madeira outro Religioso Fr. Daniel de Napo-
les VicePrefeito, dos Capuchinhos, e que o Exm.°
Snr. Ministro do Imperio m'o enviara para ser em-
pregado em missionar. Como porém este religioso,
desde que chegou, adoeceo, e- naõ dá esperança
de prompto restabelecimento, fica por em quanto
sem effeito esta nova missaõ. Continúo a fazer
diligencias de obter sacerdotes em numero suffici-
ente para-completar 10 missões,. estabelecendo urna,
C8541
terras vizinhas do Cabo do Nor-
em Araguary ecabeceiras do rio Capim, no lugar
te, outra nasBadajõz; a 3.a na extincta povoaçaõ
denominado
de Gurupí, do districto de Bragança, fazendo des -
cer OSinks pacificos, que habita() a parte supe-
rior do Rio Pindaré, e finalmente mais 2 no Al-
to e Baixo Amazonas.
Todo o serviço das missões, e cathequeze tem
sido feito no anno findo, e continúa a selo no
comente, por conta do Cofre geral. A despeza
de cada missaõ, inclusive a congraa do missio-
nado, transportes, brindes &-. é orçada em 1:0008000
de réis; com os. fundos decretados no orçamento
geral, espero que se poderá supprir a despeza do
anno, e por isso naõ sobrecarrego o orçamento
provincial com mais esta verba. Junto achareis
em n.° 15 e n.° 16 as relações dos Directores,
Encarregados, e Missionarios existentes.

Dicisack Civil, Judiciaria e Ecclosiastica da


Provincia.

Achareis junto em n.° 17 o mappa geral re-


lativo a esta divisaõ nas suas 3 especies.
Pelo que toca a alterações na ordem civil3
as que occorreraõ durante o aimo foraõ:
1.aA restauraçaõ do Titulo e Cathegoría de
Villa á Freguesia de Alemquer, pela vossa lei n°
140 de 23 de Junho do anno passado; o que foi
cumprido em 11 de Janeiro do corrente armo, com
as formalidades do estilo, e de lei. As Fregue-
sias de Soure e Villa Nova da Rainha ainda naõ
gozaõ da mesma cathegoría, segundo o disposto
nas vossas leis Provinciaes n.° 138 de 1847 e
u.° 146 de 1848, por naõ haverem construido
e(86)
Cadeia e caza da Camara.
2.aA elevaçaõ á Cathegoría de Cidade, na
fôrma autorisada pela vossa lei n.° 145 de 24 de
Outubro dó anno passado, das Villas de Santa..
rem, Barra do Rio Negro, e Carnetá, a 1.a no dia
15 de Janeiro, a 2.a em 22 de Março, e a 3.a em
15 de. Abril do corrente anno.
3.aA desanexaçaõ da Freguesia de Villa-
rinho do Monte do Municipio de Gurupít e sua
encorporaçaõ ao de Porto de Moz; o que teve lu-
gar em 16 de Abril deste anno.
Na ordem judiciaria occorreo o seguinte:
. Por Decreto n.° 612 de 20 de Maio do cor-
rente anno foi desanexado do Termo da Barra
do Rio Negro o de Maués, que fica constituindo um
termo judicia rio. Pelo mesmo Decreto foraõ an-
nexados ao Termo da Barra os Termos de Ega
e Barcellos. -

Por Aviso da Secretaria d'Estado dos Nego-


gios da Justiça de 10 de Março deste armo, de-
terminou o Governo Imperial, que a Villa de Cha-
ves possa ter em separado Fôro Civil, e Conce-
lho de Jurados, continuando porém reunido ao
Termo de Macapá e Mazagaõ.
O pessoal da Magistratura compõese dos Ma-
gistrados constantes da Relaçaõ n.° 18.
Houveram durante o anno varias remoções, e
nomeações novas, do que resulta actualmente acha-
remse vagas a 1.a vara Crime da Capital, e 5
Julgados Municipaes, que saõ: Vigia, Melgaço,
Porto de M, Barra do Rio Negro e Maués.
Na ordem ecclesiastica naõ houve alteraçaõ;
e no artigo Culto Publico, já fiz detalhada men-
çaõ do que pertence a este assumpto.
O estado por tanto -da Provincia do Pará, ein
le87)3E
especies, vem a ser:
relaçaõ ás 3 mencionadas
3 Vigararias Geraes, 6 Comarcas, 14
1 Diocese,
Termos Judiciarios,8831 Municipios inclusive 4 Cida-
des e 27 Vilas,
Freguesias ou Parochias, 18
Eleitores, e 16:282 vo -
Collegios Eleitoraes, 413 tudo melhor se vê LO se-
tantes qualificadcrs; como
(Yuinte resumido quadro:

a;
t,tj t, Munici- .
Cd
d ja 3.... pios.
,.
c. - Pregoarias
te
CD

-g 'ri Cornarem. ", ou.


e.- .,1
. E
....
°,',
5
-g
..5,
:t; ,_.
C
Parochim. "gr
O,
Z...:
O
.2..-)

bt) a) ?..7..)
C-6) 3
r.1.1 >.2

1;Capital.... 1 3 3 1 85 30 4 173 6:780


22 5 2 22 817

-- 1. P 1 Bragança.. 1 2
1 Caraétá.... . 1 2 1 4E 5 2 68 2:822
-- .

1 Macapá... 1 3 5 5 12 3 39 1:385
1 2 '' 1 Santarem. . 1 2 1 5 6 12' 3 56 2:522

1,
3."

3
I1
Rio Negr.
°11
Alto A ma
zonas.

1 6 Somma. 1.8 14*


1 2

O numero de Eleitores, e de votantes da Comarca do Alto Amazonas


he aproximado por naõ terem vindo as actas de todos os trabalhos da
ultima eleiçaõ e qualificaçaõ. No numero das varas crimes da Capital
134

4 27 31
24

88
4 55

18 413 16:282
1:956

se inclue a de Chefe de Policia.

Há umas 7 Freguesias ou completamente des-


povoadas, ou taõ decadentes, que naõ podem con-
tinuar a subsistir. Taes saõ as de ,Aveiros, .Gu-
rupí, Piriá, Carmo, S. Izabel, Carvoeiro, e outras.
A vossa lei n.° 148 de 18 de Novembro do anuo
passado autorisou a Presidencia de acôrdo com o
ordinario a extinguir essas Parochias, criando, con-
iir(38)2,
fõnne as conveniencias, Capellas filiaes. Esta me.
dida porém tem dependido de conhecimento das
localidades, porque a extincçaõ, e encorporaçaõ de
umas a outras Freguesias exige designaçaõ de no-
vos limites; alem de que, segundo a opiniaõ do
Ex.ra° Prelado, com quem me .intelligenciei, naõ
só ha dificuldade de achar numero suficiente de
Coadjuctores, que por uma modica congrua, te-
nhaõ de incumbir-se das novas Capellas filiaes,
mas tambem occorre a necessidade de elevar a
Freguesias algums lugares, onde se vaõ accumu-
lando os mora-dores. das Freguesias abandonadas,
e isto ainda mais fez. dependente a execuçaõ da
vossa lei de esclarecimentos locaes. Eu com effei-
to por um oficio circular de 20 de Novembro do
anno passado os exigi de todas as Carnaras, Ma-
gistrados, Juizes, de Paz, Vigarios, e mais empre-
gados, e autoridades dos districtos, para que cada
um por sí informasse sobre o estado das respec-
tivas Freguesias e lugares, e especialmente sobre
limites, e propondo-lhes um certo numero de que-
sitos apropriados ao fim. Essas variadas informa-
ções já tem vindo da maior parte dos districtos;
havendo a vantagem de que ás respostas de uns
supprem as omissões dos outros; assim tenho con-
seguido reunir uma importante e volumosa collec-
çaõ de preciosos esclarecimentos, mas demanda á
sua revisaõ e exame de uma aturada applicaçaõ,
para se poder extractar um trabalho util a muitos
respeitos, e principalmente para se poder estabele-
cer uma mais clara designaçaõ de limites entre
umas e outras povoações, fazendo-se ao mesmo
tempo as alterações, que forem exigidas para com-
modídade dos povos, pois. a este. respeito se me
tem appresentado algumas representações, ou re-
£89)3E
clamaçõe s. Nfaõ poderei pessoalmente incumbir-
me desta
minunciosa revisaõ e exame, e serme-
ha preciso entregar o desempenho desta tarefa a
uma commissaõ especial, como tenciono brevemente
fazer. O resultado vos será presente opportuna:.
mente, e entaõ com pleno conhecimento se resol-
verá o que mais convier.
Tenho empregado a mais attenta applicaçaõ
a tudo quanto se refere a limites da Provincia, e
n'algum espaço de ,tempo disponivel tenho procu-
rado examinar os antigos documentos e registos,
rnappas e cartas, para de algum modo penetrar no
labyrintho, em que jaz esta materia no que toca
a limites gera.es pela nossa extensa e dilatada fron-
teira, cujas autoridades a cada passo se vem cer-
cadas de duvidas, e embaraçadas em qualquer oc-
currencia, e eventualidade. Obrigado a solver taes
duvidas, que me haõ sido por vezes presentes por
parte dessas autoridades das fronteiras, e naõ con-
vindo deixalas em perpetuo estado de incerteza,
e apenas adstrictas a soluções parciaes, que de
ordinario dadas, já naõ voltaõ a tempo de provi-
denciar o facto, que as motivou, deliberei-me á vis-
ta das mais escrupulosas investigações por mim
feitas nos papeis antigos e modernos, a formar uma
indicaçaõ provisoria dos limites geraes da Proviu-
eia, percorrendo uma linha geral divisoria por todo
o contorno territorial exterior, a principiar da foz
do Rio Turiassú ao Sul, e dahi para o centro
em suas variadas direcções por pontos e lugares
assignalados até vir fechar o contorno geral no
mesmo ponto de partida, e fõz d'aquelle Rio.
Por Portaria de 2 Abril do corrente anno
mandei executar esta Indicaçaõ Provisoria de li-
mites, de.que vos appresento uma copia. Este bri-
m
C(90ja
portante assumpto ainda depende de novas e ul-
teriores indagações, e das ordens do Governo
perial.
Em unia folha periodiea, que se publica na
Provincia do Maranhaõ, o Observador de 19 de
Julho do -corrente anno, vl impressa uma repre-
sentaçaõ á Assembléa Geral com a nota de ser
firmada por 28 assignatarios, residentes na Villa
de 'Turi-assú, pedindo que seja desmembrada a
dita Vila do territorio da Provincia do Pará, e
encorporada ao da Provincia limitrophe de Mara-
iiitaõ. Os fundamentos desta representaçaõ resu-
mem-se: 1.° em que as relações unicas de Turiy-
assú com a Capital do Pará saõ as judiciarias,
administrativas e politicas e essas por serem obri-
gatorias; 2.° a grande distancia, que se computa
em 4.0 a 50 legôas, somente até Bragança, e os
perigosos trajectos -de urna longa e embaraçosa
viagem, tendo de atravessar 14 bahias e differen-
tFes furos por uma extensab fquasi toda deserta,
além das novas dificuldades na .continuaçaõ da
viagem de Bragança a esta Capital, ao mesmo
-tempo que todas as suas relações conamerciaes
saõ para a Provincia do Maranhaõ, que lhe é
contigua, e a cuja Capital vai-se tom facilidade,
gastando-se na ida 4 ou 5 dias, e na vinda ape-
nas 2 ou .3: 3.° as rivalidades inveteradas entre os
habitantes de Tury-assú e os de Bragança: 4.°
c, -definhamento do commercio e agricultura 'da
Villa, pelo receio, que -tem os -moradores do Mar
,ranhaõ, que a dezejaõ vir habitar, e fundar es-
tabelecimentos; mas que o naõ fazem pela gila
dependencia da jurisdiçaõ do Pará, e consequen-
tes dificuldades. -

N-aõ vos posso, Senhores, informar exacta-


ra(9.1 )2

alente se a opiniaõ geral dominante dos habitan-


tes de Tury-assú corresponde ás dos 28 aSSig.
natarios mas o que posso dizer-vos, é que ah
,ffumas das allegações saõ
evidentemente verda-
deiras; e que ha sempre longas demoras, pelasdif-
ficuldades
de cotnmunica.ções, em fazer chegar as
ordens, e expedir providenciao a tempo para a
referida Villa; e se a divisaõ civil e territorial
deve ter por baze fundamental a commodidade,
conveniencia, e interesse dos povos, parece de jus-
tiça, que debaixo deste ponto de vista, seja de-
vidamente apreciada a supradita reclamaçaõ. Devo
accrescentar, que quanto ao ecclesiasticol o Tury-
assú está sujeito ao Bispado do Maranhaõ.
E' o objecto da exclusiva competencia dos
Poderes Geraes, a quem caberá decidi-lo; mas
como seja de estilo em taes cazos ouvirem-se as
partes interessadas, e autoridades locaes, e parti-
cularmente as Assembléas Provinciaes, julguei op-
portuno desde já preyenir-vos desta occurencia,
para que sobre ella e com tempo formeis o vosso
juizo.
Vou ainda occupar a vossa attençaõ com um
assumpto, que julgo de elevada importancia, e vem
a ser a necessidade de se restabelecer a Comar-
ca do Rio Negro na sua antiga._ Cathegoría de
Provincia. A Cidade da Barra, cabeça da Co-
marca, existe proximamente a 300 legôas desta
Capital, e muitos dos seus principaes pontos a
400 legôas, e os das fronteiras a Oeste, ao Norte,
ao Oriente a mais de 500; e temos por tanto
P ara. as eommunicações de ida e vinda a vencer
trajecto de 600, 800, e 1:000 legôas, lutando
com as trabalhosas _correntezas do maior rio caur
(131 da nmmlo. Muitos ntezes, e ás vezes anno,
£92),
se gastaõ em uma viagem redonda para alguns
desses pontos. Montada a dita Comarca actual-
mente apenas com as autoridades, que lhe compe-
tem pelo nosso systema administrativo, e limita-
das essas autoridades ao circulo especial e intrans-
gressivel de suas attribuições leg,aes, ficaõ depen-
dendo todos os recursos, providencias, e principaes
medidas administrativas da La autoridade residente
na Capital do Pará; e quantas occurrencias se
naõ daõ de continuo, a que é preciso providenciar
de momento, e que deixaõ de o ser pela caren-
cia de attribuições, ou incoinpetencia das autorida-
des locaes existentes ? O que costuma a aconte-
cer, é que vindo procurarse as providencias a esta
Capital, quando ellas vaõ, chegaõ taõ tardiamente,
que nada providenciaõ. E sendo aquella Comarca
fronteira com naõ menos de 6 estados limitrophes,
corre de continuo o risco de apparecitnento de
conflictos territoriaes, que as autoridades de j uris-
dicçaõ limitada mal podem prevenir, naõ ficando
alternativa senaõ ou de testemunharem impassiveis
a offensa de direitos nacionaes, a espera de que
se- lhes mandem de cá tardias ordens, instrucções
e providencias, ou aggravarem as questões por ex-
cesso de zêlo, ou por falta- de conhecimento pre-
ciso da rnateria; o que tudo se evitaria se hou-
vesse por lá uma autoridade superior, a quem po-
dessem recorrer de prompto. Além destas rasões,
mal se faz sentir a acçaõ da autoridade presiden-
cial naquellas remotas paragens; muito pouca ou
quasi nenhuma fiscalisaçaõ pode ella exercer sobre
os empregados, que interessaõ á administraçaõ e jus-
tiça; e de necessidade se hade louvar nas infor-
mações; que lhe quiserem dar, ficandose na du-
vida - de sua exactidaõ, e se - saõ dias imparciaes
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C(94)3E
além de 4 Governadores, e um Governo interinos,
até que a nova ordem constitucional estabelecida
em Portugal fez baixar o Decreto das Côrtes Por..
tuguezas de 29 de Setembro de 1821, pelo qual
se instalou ali, como nas mais Provincias, uma
Junta Provisoria, que entrou no Governo em lu-
gar do Governador nomeado o Coronel Antonio
Luiz Pires Borralho, que ainda naõ se achava
empossado do cargo. Enviou o Rio Negro 2 De-
putados ás ditas Côrtes, que foraõ Joaõ Lopes
da Cunha, e Jozé Cavalcanti de Albuquerque.
Proclamada a Independencia do Brasil, o Decreto
de 20 de Outubro de 1823 abolio as Juntas Pro-
visorias, nomeando para as Provincias Presidentes
com Conselhos electivos. Nestas nomeações naõ
se contemplou o Rio Negro, que continúou a ser
administrado pela sua Junta Provisoria até 1825.
Nesta epôca, sendo Presidente do Pará o Snr. Jozé
Felix Pereira de Burgos (hoje Baraõ de Itapicu-
rúmirim) e constandolhe a agitaçaõ, em que se
achava o Rio Negro, pelos conflietos suscitados entre
o Ouvidor, e a Junta Provisoria, tomou a deliberaçaõ
de mandar dissolver a mesma Junta, e de ordenar
que a. Camara de Barcellos passasse a exercer as
suas funeções no lugar da Barra, nomeando para
commandar ali as armas o Capitaõ- Hilario Pedro
Gurjaõ, de que tudo deo parte ao Governo Geral, que
approvou5 por Aviso de 8 de Outubro de 1825, to-
das estas medidas, e desde entaô até hoje passou
o territorio do Rio Negro a ser de facto encorpo-
rado á jurisdicçaõ, e administraçaõ do GraõPará.
As Instrucçes, que haviaõ baixado do Gover-
no Geral a 26 de Março de 1824, designando no-
minalmente todas as Provinc ias e numero de De-
putados,..que ellas deveriaõ. dar á Asssembléa Ge-
C(95)3E
mençaõ fizeraõ do Rio Negro. Sõ-
ralnenhuma
me'nte em 8 de Novembro de 1825, por occasiaõ
da extincçaõ
da Junta Provisoria, o Ministro do
imperio oficiando a esta Presidencia, pede informa-
ções sobre o
estado e causas da decadencia da Pro-
vincia do Rio Negro. Por tanto depois da Inde-
pendencia o Governo do Brazil naõ contemplou o
Rio Negro como Provincia, naõ 'obstante o artigo
2.° da Constituiçaõ, que determinou, que o IMperio
ficassse dividido nas Provincias, que entaõ existiaõ.
Deppis dessa epôca occorreo naquelle lugar
no mez de Junho de 1832 uma sublevaçaõ do
povo e tropa, que proclamaraõ o Rio Negro Pro-
vincia, nomeáraõ Presidente por aclamaçaõ o Ou-
vidor da Comarca, e para Commandante das Ar-
mas um official Subalterno de linha; e lavraraõ
uma Acta de dcsmembraçaõ do Pará, deputando
um Procurador ao Governo Geral da Côrte. O
Presidente entaõ do Pará, o Snr. Jozé Joaquim
Machado de Oliveira, fez daqui marchar uma for-
ça expedicionaria, os sublevados foraõ batidos, e
tudo voltou promptamente ao estado anterior, e á
ordem como hoje se acha.
Em varias epôcas se tem pretendido restabe-
lecer o Rio Negro na sua antiga Cathegoría como
Província, argumentandose tombem com o direito:
para mim esse direito está extincto, pois foi es-
magado por um facto, que sobre elle peza á 25
armos.
Na minha opiniaõ a questaõ naõ é de direito,
mas de stricta. .conveniencia administrativa, e nada
mais.
No anuo de 1843 foi discutido e passou na
Camara..dos Snr.s Deputados um projecto, 'para
se elevar á Provinda a- Comarca dó Rio Negro
Z(96),
com a denominaçaõ de Provincia do Amasonas,
com uma Asseinbléa Provincial de 20 membros,
dando um Deputado e 1 Senador á Assembléa
Geral. A esse projecto prestei o meu voto, sendo
eu entaõ membro daquella Camara; mas naõ se-
guio o projecto até seu termo final, ficando até
hoje dependente de discussaõ e adopçaõ no Se-
nado.
Um dos embaraços na adopçaõ da medida
proposta, que confere o predicamento de Provin-
cia ao territorio do Rio Negro, é o naõ ter elle
todos os quesitos precisos de renda, e suficiente
pessóal habilitado para a gestaõ separada de uma
administraçaõ provincial, montada por modo em
tudo semelhante ás de mais Provincias. Conci-
liase porem este inconveniente, se uma lei espe-
cial da Assembléa Geral organisar conveniente-
mente um regimen apropriado, com limitações, e
restricções adaptadas as suas circunstancias, uma
vez que se preencha o fim de collocar no Rio
Negro autoridades com mais amplas attribuiçõès,
que possaõ alí providenciar de prompto, e fisca-
lisar de perto os interesses, e serviços locaes. A
mèdida, que me parece conciliar todas as vanta-
gens, é a criaçaõ de um Governo no Rio Negro,
que seja subalterno ao da Província do Graõ-Pará,
a quem deverá recorrer nos mesmos cazos, em
que o ultimo se dirige ao Governo Geral, visto
que assim terá á cerca dos negocios graves, mais
breve soluçaõ, do que se na qualidade de Provin-
cia inteiramente desmembrada, tivesse como as
outras de recorrer directamente ao Governo Ge-
ral; pois neste cazo empeioraria de conclicçaõ.
Neste sentido tenho formulado o projecto, que abai-
o transcrevo. e que passo tambern a appresentar
le(97Z
ao Governo Geral. Se elle merecer o vosso judi-
cioso accenso; unireis
as vossas ás minhas dili-
o.eneias, sollicitando a sua adopçaõ da Assembléa
"Geral Legislativa, e no dito projecto fareis aquellas
alterações, que vos ditar o vosso esclarecido zèlo e
interesse pelo bem dos povos daquella Comarca.
Eis o projecto:
1.°A Comarca do Rio Negro ou .Alto Ama-
sonas fica restabelecida na Cathegoría de Provin-
cia,'com a denominaçaõ de S. Jozé do Rio Negro.
O seu governo porém será filial e subalterno ao
da Provincia de Santa Maria de Belem do Graõ-
Pará.
2.°A sua Capital será na Cidade da Barra
do Rio 'Negro, em quanto de outro modo naõ fôr
designado pela Assembléa Provincial.
3.°Os limites de separaçaõ territorial com
a nova Provincia filial de S. Jozé do IZio Negro,
ficaõ provisoriamente marcados no Rio Xmasonas,
a saber: pela margem esquerda, a boca superior
do rio Nhamundá ou Jamundá, seguindo, em todo
o seu desenvolvimento o leito do dito Nhanntn-
dá, rio acima para o Norte; e pela margem direi-
ta do Amasonas,%a Montanha denorninadaParen-
tinscomo era a antiga divisa; ficando 'dependentes
os limites interiores, e tudo quanto for relativo a
'extrema e territorio. da nova Provincia, da fika-
çaõ difinitiva, que deverá Ser feita por Decreto do
Governo, e depois de havidos todos os esclareci-
mentos e informações precisas sobre as -localidades.
4.°Haverá em exercicio, e com o ordenado
de 3:000S000 de réis um VicePresidente nomea-
do pelo Gyverno Geral, bem como haveraõ dois
substitutos designados para servirem em sia falt4
ou impedimento. O VicePresidente terá um offi-',
(C98)}
cia! ás ordens.
5.°.Tambem haverá um Commandante Geral
Militar, com um Secretário, para os objectos rela-
. tivos á força militar, serviço da guáruiçaõ e fron-
teiras. Q dito Commandante Militar, além das
vantagens de exercicio, terá 2 cavalgaduras e 6008
réis .de gratificaçaõ annual.
6.°--Haverá mais para o serviço da Guarni-
niçaõ e fronteiras um corpo .fixo de linha com-
posto de 4 companhias e da força de 400 praças.
7.0A Província constituirá Uma só Comarca,
e o respectivo Juiz de Direito terk.o. ordenado de
2:40%000 réis, e se lhe contará o tempo d'e ser-
viço de mais metade do que effectivarnente
servir!' além das. honras de Dezembargador, que
lhe ficaráõ coiripetindo depois de um quatriennio
de exercicio daquelle cargo de Magistratura na
dita Provincia.
8.°A Comarca terá 3 termos ou Julgados
Municipaes, a saber: o da Barra comprehendéndo
a Villa de o de. Ega, e de Maués, to-
Municipaes letrados, vencendo
Barcellos'
dos 3 com -Juizes
Q ordenado de 600S000 réis, contandoselhes' tatu-
bem mais metade do tempo de 'serviço; e tendo
a Villa de Barcellos fôro civil, e Cons. elho de Ju-
rados, e os Juizes Substitutos de que trata o ar-
tigo 19 da lei de 3 de Dezffinbro de 1841. Os
Juizes Munieipaes letrados alternarão com ó Juiz
de Direito na aberturá das Sessões dos Jurados,
e -correições.
9.°Ilaverá um só Commando Superior de
Guardas Nacionaes, e o Comrnawlante Geral Mili-
tar poderá accumular este empregó.
10:°--.-A Província do GraõPará continuará a
dar trà Deputados e um Senador á Assembéa
1099.3!
(eral, e a do Rio Negro dará dois, e um Sènador.
11.0-0 Vice-Presidente, -Commandante Ge-
Magistrados, que servirem no Rio
ral Militar, ePoderão ahi ser eleitos nem Senador,
Necrro, naõ
nem Deputados eraes tou Provinciaes.
12.0-0 numero de membros da Assembléa
Legislativa
Pro.vincial do Graõ-Pará, fica elevado
a' 36, sendo oito
eleitos pela Provincia do Rio
Negro.
13.0-11averá um Delegado Geral de Policia,
que serit. Bacharel. formado, com o ordenado an-
nual de 800$000 réis, e se lhe contará este ser-
viço .como de e com direito a ac-
Direito. A este Delegado com-
Magistratura,
cesso de Juiz de
petem as mesmas funcções na Provincia do Rio
Negro, que ao Chefe de Policia do Pará.
14°Para árrecadaçaõ dos impostos geraes, e
pagátnentos das despeZas, e serviços geraes have-
r a uma Reebedoría de Rendas, composta de um
Administrador com 1:200$000 réis de ordenado an-
nual, 1 Escrivaõ, e 1 Thesoureiro, cada um delles
com 800$000 .réis,. 1 Amanuense com 400$000
réis, 1 Continuo, que servirá de Porteiro, com
3608000 réis. .Haverá mais um Ajudante 'do Pro-
curador Fiscal da Thesouraría Com 600$000
15.°Pela Thesouraría do Pará se auxilia-
rá o cofre da Recebedoria das Rendas do Rio Ne-
gro', com a quantia, 'que ôt necessaria para s
primento do deficit que houver, e confátme
.

ordens do Governo. .Geral.


16.°-0 ViCe-Presidente da Província do Rio'
Negro, -annualmente enviará á Assembléa Legi1a-.
tiva Provincial no tempo de suas SessõeS, .e por
intermedio do Presidente do Pará, um Relatorio
do estado dos Negocios publicos daquella Provin-
;{(1 00)3!
cia, .que .sejaõ relativos á objectos provinciaes e
municipaes, indicando as necessidades, a que a
sobredita Assembléa deva prover de reinedio, e
indicando as medidas, que para esse fim lhe pa-
recerem mais apropriadas. As- earnaras Munici-
paes na mesma occasiaõ, e pelo intermedio do re-
ferido Vice-Presidente, rernetteráõ os seus Rela-
torios, balanços, e orçamentos para ser tudo pre-
sente á Assembléa Provincial. -
17.°-0 Vice-Presidente do Rio Negro terá
todas as attribuições que as leis em vigor 'con-
ferem aos Presidentes de Provincia, especialmente
a de 3 de Outubro de 1843, com a declaraeaõ
porem de que todos os actos por elle ordenados,.
tendo logo de ser executados; como o. exige o
bem do serviço publico, ficaõ sujeitos a 'ulterior
e. definitiva resolução do Presidente do Pará, a
quem se dirigirá sobre todos os e em
todos os cazos, em que os Presidentes de Provin-
objectos'
eia, se dirigem ao Governo Geral.
18.°A nova Provincia continúa na parte
ecclesiastica a fazer parte da Diocese da Provin-,
cia do Graõ-Pará..
No projecto, que fica transcripto, tratei de fa-
zer algumas vantagens, e estabelecer algumas dis-
posições ácerca dos Magistrados,, que tiverem de
servir na nova Provincia, tendentes naõ só aos at-
trahir a permanecerem em lugar taõ remoto, mas
a impedir,- que em Certos cazos possaõ ser dis-
trahidos do exercicio de suas nobres funcções. O
mesmo proponho sobre outras classes das novas
autoridades superiores. Talvez assim se desfaça
a ideia de ser por alguns empregados considerada
a Comarca do Rio Negro como um lugar de ex-
piaçaõ e desterro, que em.,geral se procura evitar,
?CIOU>
Completarei est'e assumpto dandovos uma
resumida ideia da actualidade do Rio Negro nos
differentesramos de sua administraçaõ:
Na parte ecclesiastica: 1 Vigararia geral; 23
parochias, sendo 5 despovoadas ou decadentes; 1
Seminario filial ao desta Capital; e 3 missões.
Na parte civil e judiciaria: 1 Comarca com
um Juiz de Direito do crime, 2 julgados ou ter-
Mos municipaes, com Juizes letrados; 4 municipios
sendo 1 Cidade e 3 Villas; 23 Freguesias; 15 De-
legacias, ou Subdelegacias.
Na parte estatistica: 21:982 habitantes livres.
e 710 escravos, ao todo 22:692; naõ se Cómpre:
hendendo uma multidaõ numerosa de indio-enas
pacificos ou irregularmente aldeados, ou Ias 3
missões.
Na 'parte politica: 4 CollegioS éleitora9s;
eleitores de Parochia; 1956 votantes qualificados.
Na parte militar: 1 Commando geral militar;
5 pontos militares na fronteira, existindo em 2 so-
mente -obras de fortificação: 168 praças de linha:
65 da Guarda Policial destacada; 1339 praças
um Batalliaõ da Guarda Policial; 1902 do Corpo
de Trabalhadores.
Na parte financeira: 1, Recebedoria de Ren-
das geraes com 7 empregados, e 18 Collectorías
Provinciaes, produsindo a-quellà o rendimento de
2:0008000 de - réis, e esta o de 4:7788800 réis;
cumprindo observar, que os direitos saõ pela maior
parte aquí pagos nas estações fiscaes da Capital.
Na parte material. Ha na Cidade da Barra
um bom quartel militar, que agora se acabou de
reedificar; cadeia e caza da camara, é -varios pre-
diós 'nacionaes 'inclusive o antigo Hospital de S.
.Vicente, que tambem j,á ma.ndei restaurar, e ou-
.
Z(1°2)
tios edificios da antiga Fabrica de tecidos, cordo-
aría, e tinturaria.
No Rio Branco ha Fazendas Nacioaaes de
gado. .vaccuin e cavallar.
A vista desta succiata exposiçaõ formareis o
vosso juizo, e muito me satisfarei se as minhas re-
flexões e o projecto acima indicado merecerem o
vosso benigno acolhimento, na certeza de que ap-
pré.seatando-as, só me anima o dezejo de propôr
ainia couza util aos interesses dos povos con-
fiados á minha administraçaó.
Estatistica da Popularaii.
Informei-vos no anno passado, que havia nome-
ado. ciii Cada Freguezia uma commissaõ de Esta-
tistica-para o arrolamento dos respectivos habitán-.
tes durante o anilo esforcei-me, quanto foi pos-
siV.e1,-para obter os elementos necessarios para for-
maçaõ de um quadro geral de toda a populaçaõ
da Provincia. Algum trabalho houve em colher es-
ses. dados, sondo-me preciso por vezes reiterar as
primeiras. ordens.
Viéraõ os mappas parciaes de 80 Freguezias,
organizados de conformidade com o modelo por
mim'designado. Deix-áraõ de vir, como era de sup-
por, os- das Fregriezias despovôadas de Gurupy,
Piriá,..Moreira, Carmo, Santa Izabel, e Carvoeiro;
faltaYaõ á remessa, como lhes cumpria, as Fregue-
zias de Tabatinga, ambas pertencentes
.

eMoura7.Junto vos appresento


'á Comarca do Rio Negro.
em n.° 19 o quadro geral da populaçaõ das 80
régtiezias com a conveniente distincçaõ de sexos,
e condicções, n.o. de l'õgos, óbito, nascimentos e
cazãmentos. Naõ de presumir-se, que este
W(1.03)
trabalho ou antes- ensaio esteja taõ com-
meiro
pleto, e taõ exacto coino fôra para desejar,. po-
rém alites deite, e ,desde muitos annos, que nada
absolutamente
existe feito sobre taõ interessante
assumpto.
A dificuldade : de percorrer extensos districtos
para se fazer um minucioso arrolamento, è o pro-
posito com que muitos se .esquivaõ, e occultaõ o*
numero de pessôgs de suas fali-libas, influe neces-
sariarnente para que o ciunputo da populaçaF), se-
gundo os algarismos assignalados, no rinappa, esteja
.

abaixo do seu verdadeiro numero. ESses traba-


lhos vaõ ser incessantemente continúados, e para
esse fim .tenho de novo repetido 'as necessarias
ordens e. instrucções, esperando que elles se. vaõ
successivamente aperfeiçoando.
Do referido mappa geral, na parte relativa á .

populaçaõ, e fõgos ahi vos .appresento o Seguinte


resumo.
População.

0 to
°marcas. Escravos.. o

;
Total 7. 7
. -
Molhe dos ¡Homens ¡ Molhe-
qomens. "
ICS.
res.
Livres., .

Capital .. 2605 30209 5651' 967'3 9552 19225 '7572.ç 9921


Macapá.. 5855 5991 118461 1516 1418, 2934 1178C. 1537
Cametá.. 12508 15294 2732 2536 2198 4734 32530 5211
Bragança 1350 271;6 1183 1892
4445 4627 9072 1416
Santarem 1865 3833 28477 3459
11637 12957 24594 2018'
Alto
Amasonas 348 362 710 2269f.. 2185
11029 10953 2i98 2j

34.?52 18606 2,420::


Sonnna . 71779 80031 151810 17507 16745
yzo.olz
O t(4ta1 da populaçaõ livre e escrava, que
trou no recenceamento é de 186:062 almas; en-
com-
putando em 10 por 100 os eseapos a elle, inclu-
sive os das freguesias, donde naõ vieraõ mappas,
poderemos accrescentar 18:600 almas,
que preta-
2e111. proximamente 204:670 habitantes, em cujo
numero se naõ incluem as tribus indigenas dos
aldeamentos, malocas, e 'missões.
Estabelecendo-se as 'relações de eomparaçaõ re-
sulta:
1.0 O numero de homens de todas as classes,
está para o de mulheres. como 100: 111.
2.° O numero de livres está para o dos escra-
vos com 100 : 22 e 2 terços.
.3.° Cada, fogo corresponde proximamente
individuos. a8
He tudo quanto posso informar-vos sobre
esta
especie estatistica.

Trunpiillidade Publica.
.
A Provincia do Pará goza de plena paz.
Segurança Individual, e de Propriedade e. Esiatisti-
.

ca

Em sentido relativo ha
nesta Provincia suffici-
ente segurança tanto individual
edade; e durante o ,anno nenhum como de propri-
facto extraordi-
aario occorrêo, do qual se tire a illaçaõ
na.õ gozem seus habitantes
de que
e indispensaveis garantaS dodestas .duas principaes
homem, que vive na
sociedade. -

Pelo que toca a


propriedade somente em Ou-
tubro do anuo passado
appareceraõ nesta Capital
W(10),
indicios de existencia de uma quadrilha, a policia
immediatamente pôz-se em toda actividade, adópta,
raõ-se algumas medidas de vigilancia, estabeleceo-
se um mais bem combinado serviço de rondas, e -
patrulhas, e até hoje nada mais houve. Tambem
ultimamente descobri o a policia a existencia de
moedeiros falsos, que distribuiaõ pelos lugares do
interior grosseiras cedulas, especialmente das de
20S'000 réis do padraõ amarello, segundo. se pre-
sume, fabricadas no Porto, donde vem importa-
das para diferentes pontos do Imperio, encami-
nhadas a seus agentes,. e socios. A 'falsa moeda-
.

gem jt foi crime de fôrca, e passou hoje a ser ne-


gocio especulativo. Esta especie de industriosos,
que perfidamente ataca a um tempo a fortuna do
.
Estado, e a dos particulares, vai-se cada vez mais
vulgarisando no Brasil; e se a nossa legislaçaõ
criminal já lhes é.-em deMazia benigna, ainda maior
benignidade costurnaõ elles encontrar nos Tribu-
naes, e haja vista ao que a pouco occorreo na
Provincia da Bahia; e entretanto o crime de moe-
deiro. falso é precisamente um roubo publico, que
naõ Merece contemplaçaõr nem condeseendencia.
Elle. prejudica a Sociedade e a cada um de seus mem-
bros, e era interesse de 'todos puni-lo.
Péla Policia esta instaurado o competente pro-
cesso; a justiça fará o resto, sendo para desejar
que faça o seu dever.
Quante, a segurança individual, e attentados con-
tra vida e pessôa, posto que alguns desses fac-
tos se dessem, nenhum delles se torna notável por
essas circunstancias atrozes,, que horrorizaõ, e de
que temos noticias de se haverem commettido em
algumas outras Provindas; e por honra da mora-
lidade dos Paraenses cumpre consignar, que naL
(l.06)},
temos entre nós desses ferõzes prepotentes, que
zombaõ da justiça publica, e que se arrogaõ o di-
reito sanguinario de trucidarem a seus semelhan-
tes, exercendo contra elles justiça de faca ou de
bacamarte.
Ainda nos falta sufficiente copia de factos cui-
dadosamente averiguados, e methodicamente colli-
gidos e ordenados em um dado periodo de armas,
para termos uma completa estatistica criminal; mas
se as providentes disposições a este respeito do
Regulamento de 31 de Janeiro de 1842, continu-
arem a ser pontualmente observadas, facilmente
poderemos em breve organizar sobre o assumpto
uma regular estatistica. Como um dos elementos
para ella ahi vos appresento um apanhamento dos
trabalhos juridicoeriminaes, que tiveraõ lugar nos
18 mezes decorridos do 1.0 de Janeiro de 1848
a 30 de Junho do corrente anno,
<(107))E

Resumo dos Processos julgados pelo Juni. em n 18 meus.

o Qualidade dos crimes.

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Belem 3 13 .. 7 .. .... .. 1 5 410 I


Capital ...... __
Vigia 2 8 1 6 . ... 1 .... .. 6 2 ..
Cametá 25 1 4 .. . . ..... ... .. . 5 2
Cometa. .....
. Melgaço 121 1 1 1 1

Santarem 2 '7 2 4 1 .. ..... ... .. ' 6


Santa.rem ....
............ 2....
.
Obidos

Bragança--
--
1 4.. 2.. .. .... .. 1 . -

Bragança ....
Turiassú 2 E, 3 2 .. . .. . .. .... 1 2 4 3

Macapá 115 10 4 .. . .. . .. .... .. 6 9 ..


Macapá.... ..
Porto de Máz. 1 65 1
f__
. 6 1

Xlto Amazonas Barra 2 2.. 2 .. .... .. .... I I 1 2

otitnia 11*5/231331 21 1 1 21 1 I 6134411

Pelo quadro acima vêse que o numero total


dos crimes julgados pelo Tribunal do Jury foi 68,
avultando entre elles o de 23 homicidios, 33 feri-
mentos, e 6 roubos; grande parte dos crimes é
pertencente aos annos decorridos desde 1842. As
absolvições, na fõrma costumada, excederaõ ás con-
demnações; em Porto de Móz, por exemplo, de 6
N:( .1 O 8

réos, sendo 5 de homicidios, todos foraõ absolvi-


dos. Por via de regra, e segundo o que se obser-
va em Ioda a parte, os juizes de facto tem mais
tendencias a absolver do que a condenmar; a esta
,

tendencia accresce ainda o systema de empenhos


e pedidos, que tendo tudo invadido, naõ deixou de
penetrar os umbraes da Justiça; e a cabala judi-
ciaria ou criminal e hoje taõ francamente empre-
gada como a cabala politica ou eleitoral, e tam-
bem como ella produz o effeito de transviar as
consciencias; e a sem ceremonia chega ás vezes
a ponto, que se cabala no proprio tribunal', e pe-
rante o publico. Em quanto a instituiçaõ do ju-
ry naõ for entre nõs reformada em sua baze fun-
damental, estabelecendo-se uma mais acurada. e
circunscripta qualificaçaõ dos juizes, teremoss de
presenciar as mesmas scenas de bonhomia, e con-
deScendencia, que se resolvem em impunidade aco-
roçoadôra de crimes.
Nos districtos de Santarem, e Tury-assá .eonti-
nilaõ a existir quilombos, ou mocambos de escra-
vos fugidos, que comettem depredações, e infun-
dem receios no animo dós habitantes; as autori-
dades policiaes, suppridas pela Presidencia dos ne-
,cessarios meios de dinheiro e munições, tem cuida-
'do em fazer explorações, .e dar batidas nos mattos
em que existem esses mocambos: Em Santarem
no mez de Julho deste anno tíveraõ lugar duas
batidas,. com 75 praças policiaes e de linha, e 33
Indios Illondurucás das Aldêas' de Cury e Santa
Cruz, servindo de guias e praticos. Na I.a.os es-
cravos pressintindo-a, emigráraõ para a parte su-
perior do rio Curuár e falhou completamente; na
segunda tendo adoecido em marcha o Commandan-
te da expediçaõ, o seu immediato dirigio ta õ mal
<(109):K
o cêrco do mocambo, que Os negros se poderaõ
quazi todos escapar capturando-se apenas li; mas
depois disso .tem vindo aos lotes muitos escravos
appresentaremse a seus senhores. Em Turyassú
deveLse a esta hora estar dando no grande qui-
lombo de Parauá. Posto que esta praga de mo-
cambos infeste alguns outros pontos; os dois acima
referidos saõ os mais notaveis, e que mais incom-
modaõ. No orçamento proponho a quantia de
1:200$000 .réis, que me parece sufficiente para su-
prir durante o anuo as despezas das diligencias
destas explorações e batidas, onde cilas se fize-
rem necessarias.

Comnércio, Navegaçao e Inditstria Provincial.

- A comparaçaõ entre a producçaõ e o consumo,


Entre
- a importaçaõ e a exportaçaõ servem. para
dar uma idéa da industria e commercio de um po-.
vo. Gomo regra, o que naõ exporta, ou naõ pro-
duz, ou lhe naõ sobra a producçaõ, ou o que pro.-
.duz, é de nenhuma extra.cçaõ éin outras partes; o
que naõ importa, ou de nada carece, o .quenaõ é
admissivel, ou naõ tem.prOductos a dar em retorno.
Fazendose essa comparaçaõ relativamente á en-
trada e sahida de productos na .Provincia do Pa-
rá resulta, que dia exporta annualtnente (termo
médio) um valor aliciai de 1245 contOs, que tan-
to lhe- sobra de sua prodücçaõ, e que importa
1190 contos, que tanto lhe falta para seu consu-
mo.. E pois qUe sóbe a sua producçaõ e com-11er-
cio a esses algarismos, a Província do Pará já p0-
de ser contada corno urna das Provincias commer-
ciaes productonis do Imperio.
Saõ porem tantos e taõ ricos os meios de pro-
£(110)2
ducçaõ nativa e espontanea, que actualmente o que
produz, ou o'que se approveita do que o sõlo pro-
duz, está longe do que lhe poderia competir. O
futuro trará infalivelmente maior actividade com-
mercial, e mais applicaçaõ ao trabalho.
Para ajuizardes o que no armo findo occorreo
sobre a importaçaõ e exportaçaõ, offereçovos o
resumo comparativo, que adiante segue, comprehen-
dendo os 4 ultimos annos.

Importaçaõ e E xportaçaõ pela Alfandega do Parít no ultimo quatriennio.

Valores Offieiaes. g g Diferença em


nnos financei-
ros. cada anno.
lmportaçaõ. Exportnçae.
1845 a 1846 1.121:199$977 I 1,244:102$116 ± 122:902$139
1746 a 1347 1.42 i .756992 1.293:794$694 127;96;?.$298
1847 a 1848 1.178:573$963 1.129:761$885 _ 48812S083
1848 a 1849 i.040:642$128 1.311732$367 + 27 I .099 49
Somma. 4.762:173$065 1 4,979?391$062 1

Diferença pa-
ra mais da ex-
portação sobre a 217:2178997
portagaõ no
annos ultimos.

Como acima se vê a importaçaõ do anno fin-


do foi de 1:040:6428128 réis, -menos 137:931$840
réis, que a do armo anterior. A. exportaçaõ foi de
1:311:732S367 réis, isto é, mais 181:970S482 réis
que a do anuo antecedente; e eccedec? 271:090$239
réis a importaçaõ do respectivo anno, sendo a mai-
& do quatriennio. Isto prova, que no anno findo
houve maior demanda dos nossos productos.
Z(111)3E
Em um porto maritimo tambem serve como ther-
mometro commercial a maior ou menor frequencia
dos navios nacionaes ou estrangeiros, que o procu-
raõ; e a este respeito, além dos mappas n° 20 e
n.° 21, vos appresento os seguintes quadros em resu-
mo do 'movimento do porto no anno findo, e compe-
tente comparaçaõ com o do anno, que o precede°.
i(21=1=111ik

Navegaçaõ de longo curso entre o Porto do Pará, e Portos Es-


trangeiros,
4.11~1111~1111~11111110111V
Vindos de por- Satiidos para portos
tos Estrangeiros. Estrangeiros.
Nacionalidades. o E
dos ao o
oS ao to
Navios.
o
o o o.
o
E. Cz1

ef
Inglezes.. 10 2:585 144 12 3.331 156
Hamburgueses 2 255 18 1 144 9
os Franceses 11 2.099 152 15 3.008 162
Portugueses 20 1.006 332 17 3.549 236
Americanos 27 4.693 270 16 2.829 167
Brasileiros 1 .206 1 5 928 54
Belgas.... 1 130 8 1 165
Dinamarqueses 2 244 21 1 351 14

Somma 77 14218 1 9551 68 114.305 1 806


No anno anterior de 1847 741 74 114.729 I 819
66 I 12.937
a1848.
Diferença 1 11 1 1.281 1 206f 6 424 1 13

álemomme~.~.
((1 12)}
Navegaçaõ de Cabotagem, entre o porto do Pará e outros portos
do Iraperio.
.. . . _ .. - .

Entradas. Sahidas.

c:
a)
Qualidade dos
Navios.
.

P.
c!)-
ó
i .. .
o. és
à
a 2
y o

é:b51i ba
F. W 2.éiD
.:5_,.. I

'Z Z F
Escunas ........... 1 123 10 1 123 8
9-9 Brigue Escuna....... 3 618 32 1 206 10
Hiates 1 87 10 1 77 14
2 Patachos 9 1034 97 9 985 98
c Sumacas - 1 74 10 - 1 75 12
..ri 4

Somrna , 15 1936 159 13 1466 142


.No anuo antecedente de 21 2399 218 19 2130 194
1847 a 1848 ,.

Diferença. , 6 463 59 6 664 52

Pelo exame do primeiro destes resumos se re-


conhece, que os 4 principaes paizes eStrange?ros,
que mais commerciaõ com ò .Pará, e qüe,, maior
consumo daõ aos seus productos, ou que mais abas-
tecem o seu mercado: saõ Estados Unidos, Por-
tugal, França, e Inglaterra. .Trazemnos os vi-
nhos, o sal, as fazendas, & tapeçarias de toda a
especie, quinquilharias, e muitas outras diversas
manufacturas, e. objectos de comModidacle, ou de
luxo. _ZeVaõ-nos em pagamento a seringa, 'o ca,
cáo,' os' olêos, a castanha, a salsa e varias espe:
ciarias, e alguns. outrós productos.
Os valores dá iMpórtaçáõ e exportaçaõ nos dois
ultimos anhos, comparados com a tonnelágem dos
navios entrados, e sahidos do porto daõ os seguin-
tes termos medios:
Pnrá. a importaçaõ ...... .......81:720 réis por tonelada.
Para a exportaça-o....,....:.,.84:090 . dito.
W(113)",
Estas quotas eStaõ realmente muito abaixo do
que se deveria presumir; cumpre porém attender
1.0 que nem todos os navios estrangeiros, que en-
traõ nó porto, trazem carregamento, vindo ja al-
guns em lastro ~ente para metter carga, visto
terem antes feito escala por outras Provincias; on-
de descarregáraõ; 2.° tambem acontece, que nem
todos os navios estrangeiros sahern carregados, ou
eei
rr plena carga..
Tratando das obras publicas já vos informei so-
bre o farôl, que se trata de construir na ponta
da, .Atalaia, no lugar das ,Salinas; o que muito pres-
tará para augmentar a concurrencia de navios es-
trangeiros a este porto, e por conseguinte para
maior incremento, e actividade commercial. 'lam-
bem como meio de melhorar o serviço do porto,
e em vantagem do e da fiscalizaçaõ
dos direitos, procuro commercio'
mais estabelecer uma linha de
signaes na extençaõ de 20 a 30 milhas, em" 5
estações convenientemente escolhidas; e tenho da-
do a incumbencia dos necessarios aprestos ao müi
digno, zelozo e inteligente Inspector do Arsenal
de Marinha. o Snr. Capitaõ de Mar e .Guerra
Antonio leocadio do. Couto, com quem amiuda-
das vezes tenho conferenciado sobre este objecto.
Achaõ-se p.romptos "os Dic.cionarios, tabôas e ins-
trucções proprias para este serviço,. igualmente
estaõ prepera.dos os modêlos 1e arrnaçaõ e sig-
na es, e já. com elles se principiáraõ a fazer os
primeiros ensaios, á vista dos quaes se fáráõ as
precisas correções, até que possa ser a dita li-
nha defini,tivamente montada.
A industria a2.-,ri cola, rural, e manufactureira es-
taõ ainda eM atrazo nesta Provineia. A,primeira
é' 'apenas a necewsaria para o indiSpensavel
C(114);
sumo, e nada ou quasi nada fica para exportar.
Elia consiste principalmente na plantaçaõ da cana,
da mandiõca, do fumo, café, milho e arroz, arvores
fructiferas &: há sim muitos productos agricolas, que
se exportaõ; mas, excepto algum assucar e arroz, saõ
productos nativos, em que todo o trabalho se limita
ao da colheita. Na industria rural contamos a ex-
tracçaõ de preciosas madeiras de construcçaõ, e mar-
cenaria, e as Fazendas de criaçaõ 'de gado vaccum,
que abundaõ em varios pontos da provincia, e prin-
cipalmente nos extensos, e ferteis campos da Gran-
de Ilha de Marajó; e muito teriaõ prosperado, es-
tes ultimos estabelecimentos ruraes, se a peste naõ
tivesse anniquilado a raça cavallar, ta õ precisa
para o costeio das mencionadas fazendas.
A industria manufactureira ou fabril da Provin-
cia consiste nos preparativos de alguns tecidos de
palha ou de algodaõ, no fabrico de louça ordina-
ria, e materias de construcçaõ, e nas oficinas de
diferentes artes e officios. Algumas fabricas ha
na Provincia montadas em bom pé; e nesse nu-
mero se devem comprehender os Engenhos para
fabric,agaõ de assucar, as serrarias de madeiras, e
soccarias de arroz, que existem tendo por motor
a agua ou o vapor.
Temos lambem nesta Capital uma fabrica na-
cional de Saboaría, montada em grande pelo Ci-
dadaõ Jozé do O' de Almeida. Tive occasiaõ de
visitaIa no dia 20 do méz d' Agosto, em que o
seu proprietario fez patente ao publico uma ex-
posiçaõ dos prochictos da dita Fabrica, e dos
arranjos interiores da mesma; e com satísfaçaõ
observei a bôa ordem, em que tudo se achava
disposto para o bom desempenho do serviço fa-
bril; o que indica o esmero com que o referido
4<(115):K
proprietario, vencendo com perseverança os emba -
raços com que tem lutado, procura consolidar o
seu novo estabelecimento.
No caso que o proprietario se vos dirija nova-
mente lembrando o pedido, que vos fez, de isen-
ções ou favores, além dos que ja goza, concedidos
pelo Governo Geral ou Provincial, ou se antes de
resolverdes a petiçaõ, que vos foi presente no an-
no passado, me quizerdes ouvir, nesse cazo VOS
ministrarei com a minha opiniaõ, todos os escla-
recimentos, que tenho cuidadosamente colhido so-
bre o que diz respeito ao estado, e trabalhos desta
fabrica. Ella é seguramente digna da vossa pro-
tecçaõ, que tenderá a animar um ramo de industria
nacional, que é sempre um pbjecto interessante, co-
mo fonte de riqueza publica e particular.
Gamaras Alunicipaes.

Appresentovos os Relatorios, Balanços, e Or-


çamentos, que até esta data me haõ sido remetti-
dos pelas Camaras Municipaes. De muitas ainda
os naõ recebi, e algumas reincidem na falta, tendo
jt deixado de fazer esta remessa no anno ante-
cedente; e me parece que conviría restabelecer o
correctivo das multas aos Vereadores e Secreta-
rios das Camaras omissas, que deixassem de cum-
prir este dever dentro do prazo competentemente
marcado em relaçaõ ás distancias, e meius de com-
municaçaõ.
Esta disposiça6, que já vigorou na legislaçaõ
provinei:d, f)i ao depois substituida pela de respon-
sabilisar as Camaras, e fazer suspender os Seere-
tzrios, mas esta medida naõ só é menos eficaz, como
tombem rnais morosa, e de mais difficil execuçaó.
Z( 116)2*,
Nos Relatorios, que vos seraõ 'presentes, ei.t:
.contrareis os pedidos, que fazem as Camaras a
bem da administraçaõ municipal. Além do que
consta dos ditos Relatorios, faço tambem chegar
ao vosso conhecimento as differèntes representa-
ções, que durante o anno me foraõ dirigidas por
varias Camaras, umas pedindo soluções sobre a
intelligencia de artigos, do novo Codigo de Postu-
ras, outras ponderando inconvenientes; sobre algu-
mas disposições do mesmo Codigo; quasi todas
declarando precisarem de meios para poderem cum-
prir o preceito, que lheS impo,sestes, sob pena de
multa, de construirem cemitenos dentro do actual
quatriennio, e finalmente algumas propondo novas
taxas, e imposições municipaes para augmento de
suas rendas, como .unico meio de poderem supprir
as suas despezas orclinarias.
Junto em n.° 22 o quadro da. Receita e Des-
peza das Camaras para o corrente anno financei-
ro, o qual vai incompleto pela razaõ acima dita,
de naõ terem ainda chegado de alginnas os neces-
sarios esclarecimentos, em cuja falta soccorríme
aos que haviaõ do anno anterior. Da inspecçaõ
desse quadro resulta, que poucas saõ as Camaras
que tem rendas sufficientes para as mais indispen-
saveis despezàs; naõ obstante devem considerarse
como rendosas as Gamaras de Cametá, e a desta
Capital; aquella produzindo 3:000$000 .de réis, e
esta 30:000$000 de réis no minimo de sua arre-
cadaçaõ annual:
Quanto a de Cametá. tem "ella em ser nos seus
Cofres a quantia de 9:526$740 réis, que passou
do anuo findo para o corrente como saldo, que
se tem. accumulado desde annos anteriores. A lei
de orçamento Municipal, ainda em vigor, tinha des-
C(117);K
finado 6:0008000 de réis para construcçaõ dt-!
Cadêa, e Caza da Camara, e 2:0008000 de réis
para conclusaõ da obra do Ceiniterio; mas nen-
huma nem outra cousa se fez durante o anuo; e
talvez conviesse, para se hyvar a effeito qualquer
dessas obras, autorizar a intervençaõ directa da.
Presidencia, corno meio proprio para cortar diffl-
culdades locaes, ou duvidas, que quazi sempre ap-
parecem na diversidade, ou antes contrariedade de
opiniões inherentes a corpos collectivos, que po-
dem ser muito bons para deliberar, mas pouco
proprios para administrar, ou executar, e que pelo
menos trazem o inconseniente da vacillaçaõ e mo-
rosidade,
Pelo que respeita a Camara desta Capital,
além de 5:9818000 réis, que deix.ou em divida per-
tencente á sua renda do anno findo, arrecadou
elI effectivárnente a quantia de 32:9478888 réis,
e suas despeza,s pagas durante o mesmo armo
importaraõ 32:9318565 réis, ficando por pagar
3:4528570 réis. Propõe esta Camara para o anno
corrente urna despeza de 51:0178900 réis, e orça
a sua receita em 28:6138000 réis; e tanto aquella
se deve reputar excessiva, quanto esta diminuta;
pois que segundo o rendimento dos annos anterio-
res pode ser sua receita mui rasoavelmente orça-
da em 36:0008000 de réis. Já no orçamento pas-
sado esta renda foi por ella apenas orçada em
25:7808000 réis, e eu fiz a mesma observaçaõ,
que o facto justificou, pois no anuo findo a receita
produzi° perto de 39 contos, inclusive 6, que ficaraõ
por arrecadar. Na despeza proposta pela Camara
continúa a avultar a verba de 5:4608000 réis para
o crescido e apparatoso cortejo de.s.ens emprega-
dos, além de perto de 1:2008000 réis de oporeen-
118),,
tagens ao Procurador, e bem vedes, que só eni
ordenados se consome uma boa parte dos rendi-
mentos municipaes, e ainda assim no seu Rela-
torio propõe ella novas criações, e novos auginen-
tos. Junto em n.° 23 a Relaçaõ nominal destes
empregados. No meu relatorio anterior explanei-
me sobre o artigo empregados, e propuz varias me-
didas e reducções tendentes a cortar despezas su-
perfluas; porem hoje nem as repito, nem insisto,
visto que julgastes naõ dever conformarvos com
as minhas proposições entaõ feitas. A despeza de
51 contos proposta pela Camara, cumpre que seja
redusida aos 36 contos de sua receita provavel;
o que pode mui facilmente conseguirse, redúsin-
dose 15 contos nos seguintes artigos de despeza
pOr ella propostos: 1.0 3:8008000 de réis na obra
projectada do Matadouro; ha tantas outras mais
urgentes e de mais immédiata utilidade publica,
que exigem decidida preferencia; e aquella obra
somente deve ser executada, quando houver sobra
de meios, e nunca preterindo as de mais necessi-
dade, e muito menos produsindo um deficit: 2.°
7 contos na verba de 15 propostos para calça-
mentos e reparos de ruas. Naõ saõ elles de so-
bra; mas tudo se deve fazer em proporçaõ dos meios.
30 1:1008000 réis na verba illuminaçaõ, redusindo
a 8:0008000 de réis o pedido da Camara: 4.°
4:000$000 de réis na verba de prevençaõ para
despezas de recepçaõ de SUA MAGESTADE O
IMPERADOR, Nenhuma probabilidade ha de
que até o fim do corrente anno financeiro, as Pro-
vincias do Norte sejaõ honradas com a Imperial
Presença do Nosso Augusto Monarcha.
Com estas alterações, que me parecem neces-
sarias, julgo o orçarriento proposto pela Camara da
<(119)>
Capital nos termos de receber a vossa approvaçaõ.
Achase eni execuçaõ o novo Codigo de Pos-
turas, approvado provisoriamente pelo artigo 8.0
da lei n.° 153 de 29 de Novembro de 1849. Já
fiz mençaõ de duvidas appresentadas pelas Cama-
ras, omissões que vaõ apparecendo, e mesmo um ou
outro inconveniente de doutrina. Porém entendo
qUe só uma pratica mais extensa, deverá levar-vos
a alterar, corrigir, ou completar o que está feito.
Finanças.

.
A administraçaõ publica está na rázaõ de qual-
quer individuo, que, para manterse, preciza de mei-
os, e saõ as finanças a base de sua existencia eco-
nomica, que servem como de fluido vital ao corpo
administrativo. Merece pois este assumpto a mais
desvelada attençaõ, sendo da maior conveniencia,
que se tenha minucioso e completo conhecimento
do estado das finanças, para á vista delle poder-
se bem avaliar o pé de relaçaõ; em que se achaõ
os meios pecuniarios com as necessidades do ser-
viço publico.
Da falta de avaliaçaõ precisa desses meios tem
resultado ordenaremse excessivas despezas, que
ou naõ se podem effectuar, e se reduzem a dispo-
sições inuteis, ou se chegaõ a realizarse, trazem
onerosos empenhos, que as vezes se tornaõ em onus
permanente. Passarei pois a darvos uma infor-
maçaõ taõ completa, quanto me fôr possivel, sobre
as finanças da. Provincia do Pará, principiando pe-
la parte relativa a despeza.
A lei do Orçamento Provincial n.° 154 de 30
.

de Novembro do anno plissado decretou, para os


serviços proprios do ultimo anno financeiro, a quan-
X(l20)2";
tia de 191:045S538 réis. Reconhecendo desde lo-
go, que naõ chegaria para ella a renda ordinaria,
tratei de fazer com tempo as convenientes reduc.:
ções, attendendo de preferencia aos serviços mais
urgentes; e por Portaria de 9 de Março do corren-
te armo, e varias outras ordens parciaes, reduzi to-
da a despeza a 171:2145266 réis, a pezar de um
augrnento de 9:3865686 réis, que foi indispensavel,
visto que o orçamento Provincial no artigo Cul-
to Publico nada decretára para pagamento dos Vi-
garíos creraes, Parochos, e Coadjutores, na slippo-
siçaõ de que esta despesa passasse para o Cofre
Com effeito a Lei geral de Orçamento, datada
de 3 de Novembro do anuo passado, chamou a si
o pagamento dos Parochos; porem esta despeza
durante o espaço decorrido desde o 1.0 de Julho
até 3 de Novembro, data da lei, ainda se consi-
derou á cargo dos Cofres Provinciaes, além de que
entende° o Governo Imperial, que referindo-se a
lei geral unicamente aos Parochos, naõ compre-
hendia ella os Vio.arios Geraes, e os Coadjutores;
e que por tanto adespeza destes continuava a ser
Provincial., e eis o que motivou o dito augmento
de 9:3865686 réis, na verba Culto Publico; mas
naõ obstante ainda o credito da despesa provin-
cial soffreo uma reducçaõ de 19:8315278 réis, po-
rem regulado de modo, que todos os serviços se
fizera õ sem difficuldade, e nem mesmo a despeza
effectivamente paga, e a por pagar pertencente- ao
anno findo chegou a esgotar toda. a quantia de
171:2145266 réis do credito reduzido, pois como
mais adiante se demonstra, a despeza dos serviços
ordinarios do anno veria-se ser de 167:7575582
réis, achando-se effectivámente paga até o dia 30 de
le(121)
3unho do corrente anuo 122:8308297 réis, e por
pagar 44:9278285 réis.
As que correm pelos Cofres do The-
souro despezas'
Publico Provincial, saõ de 3 especies.
1.a A dos serviços proprios de cada anno fi-
nanceiro.
2.a A dos serviços, que ficaõ por pagar de cada
anuo financeiro anterior, e cujo exercicio auxiliar
-continúa por mais 1 armo.
3.a A da divida passiva dos annos anteriores,
na qual vai accrescendo o resto, que fica por
pagar de cada armo do exercicio auxiliar, que se
encerra.
Ha 3 Caixas distinctas para cada uma das 3
mencionadas especies.
Para a 1.a a Caixa Effectiva, cujos fundos se
formaõ com a arrecadaçaõ de impostos e artigos
de renda proprias de cada armo. Paga os servi-
ços correntes.
Para a 2.8 a Caixa auxiliar, para onde se reco-
lhem as tendas, que ficaraõ por arrecadar no anno
financeiro anterior, e os saldos no fim de cada an-
no da Caixa Effectiva. Paga o resto dos serviços
do ultimo anno.
Para a 3,a a Caixa de Amortisaçaõ, dotada com
o producto de imposições especiaes, e que recolhe
no fim de cada anno os saldos. da Caixa Auxili-
ar. Paga os serviços atrasados, que constituem
divida passiva.
Durante o armo findo as operações destas 3 Cai-
xas foraõ.
1.a Caixa Efectiva.
Receita de 1848 a 1849. - -

Orçada. Arrecadádà. - Por arrecadar.


135:240S602 ,124:92W786 151.07$524.
3C(12(441
Despesa de 1848 a 1849.

Fixada pela lei. Paga. Por pagar.

191:015038. . 120:366091 44.927$285


Saldo no fim do anno...4:556$795

Somma 124:923$786

Na receita acima se inclue a quantia de 2:121$500


reis dos impostos privativos da Santa Caza da Mi-
zericordia.
Dá-se somente por arrecadar a quantia de
15:107$524 réis, por ser a que unicamente se
conhece na actualidade, devendo subir a muito
mais, logo que vierem chegando as contas das Col-
lectorias. O mesmo aconteceo no anno antecedente,
em que, dando-se a penas por arrecadar 14:035$365
recolheo a Caixa Auxiliar mais do dobro
.(32:198$029
réis, réis), que representa o que effeCtiva-
mente se naõ arrecadou no anno antecedente, e
podemos rasoavelmente contar, que no corrente
ewcicio se poderá apurar a quantia de 33:000000
de réis.
Na Despesa a importancia, que ficou por pagar,
vai indicada na cifra de 44.927$285 réis, que é
o maximo presumIdo, devendo porém ser na rea-
lid.ade alguma cousa menor, quando fôr durante o
anuo successivamente liquidada. Além da despe,
za acima com os serviços ordinarios, occorreo a
de 2:463$306 réis, que se fez por conta da por-
centagem dedusida da 'Caixa Auxiliar para obras
Publicas.
- Conclue-se por tanto, ,que durante o anno findo
as:, operações da . Caixa ..Ëffectiva sé reduzem.
le(12.1)31
~ffiffiffiffleigew

de 1848 a 1849. Receita. Despesa.


IAnno

Effectivamente arrecadada. . .. Ji 121.9-23$7$6 Paga 120.366$991


Arrecadavel no annoux ailiar: .. 33.000soo9 Por pag 44.927$285
1

Renda do anno . .... .. ...1 157.923$786 165.294$276

Deficit presmnivel no encer-


ramento final do exercício 7:370$490
de 1848 a 1849

2.4 Caixa Auxiliar.


Receita de 1848 a 1849.
Arrecadada. Por arrecadar,
.32:1988029 4:67%189 -

Saldo que veio da


Caixa Effectiva.... _1:0278046

Somma 33:225075
Despeza de 1848 a 1849.
i'aga Por pagar
27:891$058 12:0288575
Porcentagem deduzi-
da para obras Publicas....4:8118790
Saldo no fim de Junho..., 524227
Somma 33:225S075

A Receita desta. Caixa apurou 32:198029 réis.


de impostos, que haviaõ ficado porl arreCadar ao an-
no de 1847 a 1848; pagou de serviços naõ satis-
feitos no dito anuo 27:8918058 réis, os 12:0288575
réis por pagar passa õ emito divida passiva iRtra;.a
£024)2
Caixa de Amortisaçaii, visto ter findado o exerci-
cio auxiliar do referido anno; e seráõ pagos na epo-
,ca, que lhe competir.
aa Caixa de Antorasaçaõ.
Receita de 1848 a 1849.
Arrecadia,da. Por arrecadar..
35:45%775.... ....... .140:542$577
Saldo desta
Caixa, que veio
do anno anterior 1:873,555G
Saldo que veio
da Caixa Auxi-
liar 2: 228$852

Somma. 39:553$183
Despesa .de 1848 a 1849.
Paga Por pagar
Por conta dos 68:904$526
constantes do quadro annexo
a lei N. ° 154 21:569$398 44:335$12S
Dividas incluídas em qua-
dros anteriores, e jái pagas
quando se publicou a dita Lei. 11:629 721
Despezas de arrecadação a
Solicitadores e Collectores 1:678$254
Saldo existente no fim do
anno 1:675$810

Somma... .. ...... 39:553 183

A quantia acima de 44:335$128 réis por pagar


é somente em referencia ao quadro da divida li-
quidada, annexo a lei do orçamento' provincial
lál do anno de 1848, rarém a divida passiva,
ia 125),
que actualmente temos para amortisar por esta cai-
xa, elevase a 60:032S937 réis pelas ultimas liqui-
dações, que houveraõ de dividas atrasadas, e pelas
dividas correspondentes aos 2 novos exercicios fin-
dos de 1846 a 1847, e de 1847 a 1848, como se
demonstra no quadro annexo em n.° 24, e que se
resume no seguinte:

Divida passiva actual.


Resto a pagar da quadra annexo á lei pro-
vincial n.. 154 44.335$128
Dividas ultimamente liquidadas ou em
liquidação dos annos atrazados até o de
1845 a 1846 inclusive 2:369$234
Divida nova do exercicio findo de
1846 a 1847 . . . . . .. 1:300$000
Dita dita de 1817 á 1848. 12:028$575 13:328575
Somma 60:032$937

Orçando o producto medio da arrecadagaõ de


rendas especiaes de amortisaçaõ em 35:000000,
e suppondo em cada anno, depois de encerrado o
exercício auxiliar, um deficit final de 10:00000t)
de réis, temos que a divida actual de 60:000S000
de réis, auurnentada dentro de 3 annos com os 3 no-
vos deficits, montará a 90:000$000; mas como nesse
mesmo praso o producto da caixa terá sido de 105
contos, estará entaõ toda a divida paga, e com um
saldo de 15:000$000 de réis.
A' vista das operações das 3 mencionadas cai-
xas em 1848 a 1849, e fazendo a comparaçaõ com
as do anuo de 1847 a 1848, teremos o seguinte
resultado:
e(126)}
Recapitulaçaõ das operações das 3 caixas ho
ultimo biennio.

Receita. I1347 a 1848 1848 a 1949

Caixa e.fectiva 124 8018851 124.9238786


Dita aux1;izir 26.9998404 32.1988029
Dita de ainorlisaç,.5 32.1988624 35.4508775

Sowma 183.9998879 192.5728590

Saldos vindos do anno anterior.


Caixa effeetivl 7.18853'23
Dita auxiliar 1.0278046
Dita d' amortisaçúo 4.1W18108
Ret.eita das 3 caixas 191.168$202 1-17.702$041
Despesa.
Caixa efTectiva 124.3138399 120.3668991
Dita auxiliar 21.9058659 32.7028348
Dita d'ainortis.içi,õ 39.83969O 37.8778373
Som ai 1S6.058$748 190.9478212
Saldos em caixa no fiin do anno...
Na Caixa effeetiva 1.0278046 4.5568795
" " auxiliar 2.2 88852 5228227
" " d'amortisriçii6 1 8738556 1.6758810
Despesa das 3 t;aixas 161.188$202 197.7028044

Por este quadro se conhece, que a arrecadaçaõ


liquida total das 3 caixas no armo findo, excluidos
os saldos, importou em 192:5728590 réis, isto é,
mais 8:5728711 réis sobre a arrecadaçaõ do an-
no anterior; qualquer melhoramento na fiscali-
saçaõ, especialmente no regimen administrativo das
Collectorías, elkevará facilmente a renda provincial
a cifra de 200:0008000; e com dentro de curto
praso seráõ os cofres provinciaes aliviados da di-
vida passiva, haverá meios sufficientes para sê fa-
zer toda a despesa ordinaria, e para se cuidar mais
activamente nos melhoramentos materiaes.
Tratando da receita julgo a proposito darvos
<G27)
conhecimento das diferentes repartições fiscaes por
onde se fez a arrecadaçaõ acima dos fundos das
3 caixas, especificando o quanto arrecadou cada
uma de taes repartições, o que vereis na seguinte:
Nota da arrecadaçaõ feita pelas Repartições Pro-
vinciaes no anuo financeiro de 1848 a 1849.
Por quem arren- I Cisa Caixa Caixa d'A-
Total.
dada. ! Eirectiva. Auxiliar. mortizaçaõ.
Pelo Solicitador.... 2:7558710 3:7098472 9:1688502 15933$6S1
Pela Recebedoria.. 107:5638516 21:9308273 1 :29:193$819
Pelas Collectorias... 11:0158161 28:114 36S 3:1608933 42:590$732
Pela Secretaria do
Governo. ..... 5548500 $ $ 554$50
Entregue por cbver-
sog. .. . ........ 3:0348569 37481S9 591567 2:999,5825
Sounna. 121:92387b6 32:19b$b2td :i.j:4-5(j 7 iô 1:i2:572$590
Saldo do anno ante-
rior. $ 1:0278046 4:192.10S 5:1298'154
Somma Total... .1124:9238786 33.225807519:553$1S3 1.97.70241
I

Vêse que é à Recebedoría Provincial a Repar-


tiçaõ por onde mais se arrecada, e que só cila apu-
rou 2 terços da renda total.
Além das 3 caixasacima mencionadas, ha mais
uma caixa de obras publicas, cujos fundos se formaõ
pela deducçaõ da porcentagem de 20 por cento sobre
a renda, que entra para as duas caixas Effectiva e
Auxiliar: Estes fundos por tanto naõ constituem pro-
priamente renda, sendo esta.criaçaõ puramente regu-
lamentar, e economica, a fim de assegurar *fundos pri-
vativos para obras publicas, pois que de outro
modo, seriaõ como dantes fundidos na massa geral
da receita, que se empregava immediatamente nas
despesas do pessoal. Durante o anno findo as ope-
rações desta caixa foraõ ás seguintes.
111:(128))
Caixa de Obras Publicas.
1848 a 1819.

Provenieneia. Ree.eita, Despeza:


1

Deducçaõ de 12
por cento (a vinci Paga Por pagar
pio) da Receita
'Caixa effeetiva 7.3398969
Deducção de
cento da dit: 20por

Caixa 11.0078112 18,3478081 Com diversas


Dedwção de 15 obras
por cento (a princi 20:8108387 3.6048489
pio) da Receita clz, S.do 2:34.88485
Caixa Auxiliar 3.5188629
Deduccao de 20
por cento da dit,
Caixa 1.29381 62 4.811879i
123.1588872 23.1 5S$72 3,6(148489

A. despesa com as obras publicas paga e por pa,


gar importou , 24:4148876
O producto da porcentagem rende° . 23:1588872

Deficit 1:2568004

Este deficit foi supprido pela respectiva caixa


no corrente armo, achandose actualmente paga to-
da a despeza pertencente as obras do anilo findo.
Vendose no resumo da Receita da Caixa Effec-
tiva ter produzido a arrecadagaõ das rendas a
quantia de 124:9238786 réis, ficando por arrecadar
15:1078524 réis, ah i vos dou abreviadamente o qua-
dro demonstrativo dessa receita especificada por
verbas.
No mesmo quadro incluo o orçamento da recei-
ta para o corrente anuo financeiro, avaliada em
145:7728364 réis, a. saber:
{(129),,
Caixa Efectiva,
Receita do anno financeiro de 148 a 1849, e
orçainénto da mesma para o de 1849 à 1850.
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Recapitulaçaõ.
Presume-:.se arrecadar.
Pela Caixa effectiva 145:7724
Pela Caixa auxiliar 29:424$722
Somma 175:197$086
A despesa de 120:366$991 effectuada no anno financeiro
bem como a orçada para os serviços do anno corren-
te na importancia de 176:571$286 réis, vaõ tambem adian-
te demonstradas pelas competentes verbas, a saber:
Caixa Efectiva.
Despega do anno financeiro de 1845 ,a 1849, e orçamento
da mesma para o anno de 1849 a 1850.
Orçada pa.r
Rubricas de despeza. Paga. Por pagar. Total da De0.l o anno de
1849 - 1850
1.' Corpo Legislativo
Provincial 6.5598306 2748993 6.8348304 7.3008200
" Secretaria da
Presidencia 7.0528950 7388514 7.7918484 7.5008000
" Instruçaõ Pu-
liça. 21.5,8$859 17.8708619 39.3978478 41.7748000
Culto Publico 4.6618373 7.5928066 12.2538439 7.0008000
5 aeude e Chari-
ade Publica. ' 5.3008853 5028767 6.3038620 9.6808000
Obras publicas 20.8108337 3.6048489 24.4148876 31.3388840
Provinciaes
Força Publica 30.37-38515 6.4418026 36,8148541 37.4008000
+3. Repartições de 20.60680S0 2.7558366 '23.3618446 23 2368000
Fazenda.
9- 4posentados 1.6518547 1.6318716 3.3338283 5 0338000
10. "' Diversas des-
pezas 12058466 3.2198340 4,4248806 6.0098246
11- " Eventuaes 2698000 308000 2998000 3008000
12. Movimento
de fundos 2.3128961 216$3842.529$345
122:,308297 44:927828E1167.7578581176.5718286
Abate-sé a quota de
bras pagas pela por. N.E, Alem do saldo de 4.5568795 rs.
entagem da caixa da Caixa Effectiva, que passa para aAu.,
Auxiliar 2.4638",06 xiliar, ficou em deposito na caixa dt
Pago pelos fundos o-ras puldicasum saldo de 23488135 rs.
a caixa eQ-ectiva, 120.364991 para as obras do anno, por pagar, cons-
Saldo existente em ta.ntantes da dernonstraçaõ ja feita.
3Q de Junho de 1849. 4.556879o,
omitia.. 124.92387-T61
ye(131))
Segundo os dois ultimo quadros, temos:
Receita orçada para o corrente anuo. 175:197$086
Despesa dito para o mesmo armo. 176:511$286
Deficit 1:374$200

Sobre a despesa para o anuo financeiro cor-


rente, nada mais tenho a ponderar-vos, visto que
parcialmente em alguns outros artigos deste relato-
rio tenho tratado daquella parte da despesa, que
é susceptivel de variaçaõ, nada havendo a réflec-
xionar sobre a que é permanente e invariavel.
Quato.á. receita cumpre-me recomendar aos vos-
sos cuidados naõ só naõ dirninuil-a pela suppres-
saõ de algum artigo de renda, mas a necessidade
de augmental-a. O § 3.° do art.° 15 da lei n.° 154
.cle 30 de Novembro do anno passado isentou a
farinha do imposto do meio dizimo, a que era
sujeita; e esta suppressaõ, que começou a vigo-
rar desde o 1.0 de Julho do. corrente anno, tra-
rá uma diminuiçaõ na renda de quatro contos
e seiscentos mil réis. Era este imposto antigo, e
os lavradores estavaõ a muito e sem repugnancia
habituados a paga-lo; nem' era vexatorio, nem de
difflcil arrecadaçaõ; e a excepçaõ de assentar el-
le sobre um genero de primeixa necessidade, tinha
todos os quesitos, que .podem faser um imposto
tolera-vel. A vossa isençaõ do meio dizimo sobre
a farinha, nem ha feito abundar o mercado deste ge-
nero, de que aliás naõ se sentia falta, nem fez
baixar o preço, e o unico effeito sensivel, que pro-
dusio foi enfraquecer a receita. Entendo por tati-.
to, que procederieis acertadamente se revogasseis
desde -já a parte final do citado § e Art.°, que tra-
ta desta isençaõ.
C(132)",
Tambem julgo, que sem grande gravame pode,
fieis) modificar a isençaõ, que pelo art.° 52 da lei
n.° 137 de 27 de Abril de 1847, concedestes aos
fazendeiros e marchantes, que vendéssem carnes
verdes nos talhos desta Capital até 100 réis a li-
bra. Esta vossa isençaõ diminui() seguramente
vinte contos de réis na receita; e sua disposiçaõ
faz, que o povo naõ tenha carne a menos de 100 réis
a libra, ao mesmo tempo que os ditos marchantes
gozaõ do beneficio pleno. A. módificaçaõ, que me
lembra, é de somente conceder inteira isençaõ aos
que venderem as carnes verdes a menos de cem
reis a libra; meia isençaõ sendo ó preço .de cem
reis, acima deste preço como dispõe o supracita-
do artigo. Esta medida trará necessariamente um
dos dois effeitos, ou dar um augmento de renda
de alguns contos de réis, ou fazer que o povo tenha
carne a menos de cem réis. Meditareis nesta pro-
posiçaõ, que vos faço, e resolvereis como TOS pa-
recer melhor.
'lambem é de suinma urgencia, como medida
da maior importancia para a fiscalisaçaõ, e augmen-
to de renda, providenciar sobre o estado infiscali-
savel, em que se acha 'o porto e'cleseinbarque des-
ta Capital, pela tolerancia que tem havido em con-
sentir-se essas cazas do litoral com fundos para
o mar, communicando-se por cercas, portas, esti-
vas, varandas, e pontilhões, onde nas horas da
maré encosta() canôas e fazem descargas, que qua-
si nunca se podem evitar, por mais activa que se
supponha a -vigilancia das rondas do mar. Os mei-
os de remover este grande elemento dos desvios
da renda provincial consistem, ou na absoluta pro-
hibiçaõ de taes communicações francas pai% o
lado do porto, a que nem hum tem direito, nem
Z(1.33)2k
mesmo a titulo de marinhas, porque estas somen,te.
saõ contadas nas quinze braças alét;i do ponto, a
que chega a preamar, ou entaõ a criaçaõ de Um
imposto de cem a duzentos mil réis annualmente
por cada casa com findos commutlicaveis para o
mar, e mais uma fiança ou multa até um conto
de réis, quando se der o caso 'de contrabando,
além do perdimento dos artigos subtrabidos aos
direitos. Sem medidas eficazes, ou estas, 'out. quaes-
quer outras, que melhores vôs pareçaõ, uni ter-
ço ou quasi metade das rendas arrecadaveiss nes-
ta Capital continuará corno até agora. a -escoar-.se
por esSes multiplicados sumidouros, que .bordaõ e
invadem o litoral. lhana autorisziçaõ vossa, sob
as bases, que julgardes mais proprias, me habili-
tará a fazer um regulamento, que tire aos' contra-
bandistas as facilidades e .'vantagens, que -actual-
mente desfructaõ a salvo.

Submetto á vossa consideraçaõ a idea de se mu-


darem as épochas cio anno financeiro, que actual-
mente se contaõ do 1.° de Julho de um afino a
30 de Junho do seguinte, de Modo que os -anuas
financeiros venhaõ a concordar com Os annos ci-
VíS. Sendo a vossa reuniaõ, pela lei, fix.;ida para
o dia 15 de Agosto, até esse tempo. estariaõ pre-
parados todos Os Balanços IN.lunicipaes, ê Provin-
ciaes da receita e despe» do armo anterior, e com
rasoavel antecipaçaõ os orçamentos para o anuo
seguinte. Mas pelas épocas actualmente fiadas.
os balanços naõ chegaõ a tempo, e quanto aos.
orçamentos é preciso fizelos com antecipaçaõ de
um anno, de modo que quando vem a vigorar' ja
o tenapo decorrido tem t'rasido notaveis alterações
nas necessidades do serviço. No caso que adopteis
(134),
esta medida o orçamento, que fizèrdes, poderá ser-
vir por mais' 6 mezes .até fins de 1850, conside-
rando-se os fundos decretados corno se tivessem
um augunentc; correspondente a um semestre. Se
naõ adoptardes. esta medida, entaõ devereis repro-
duzir a do ,ann.o anterior, mandando que o orça-
mento continue,' como o' actual; a vigorar até no-
vo orçamento.
A pesar de 'que a Receita e Despesa geral naõ
seja objecto da vossa conwetencia,. julgo com
tudo; què melhor podereis ajuizar da actnalidade
da ProvinciaN se fordes inteirados ao par das finan-
ças provinciaes do estado das geraes. Quanto
maior fôr o coniecimento que tiverdes da Provin-
eia a todos os respeitos, mais facilmente podereis
ré arLvos na adopçaõ de 'vossas leis.
Vou pois concluir gte artigo, dando--vos a
mas informações 'mais sobre finanças, principiando
pelo reodimento dos impostos geraes no armo fin-
. do, .que 'foi o seguinte.

Receita geral de 1848 a 1849.

Direito 's de importações, reexportações,'


baldeações, armazenagem, expediente& 30i:292019
Direitos de expôrtaçaõ e capatasias &. . 92:739017
Direitos de ancoragem, compra e ven-
.da de embarcações 9:792$795
Rendas do interior, sizas, fóros, selos,
cazas de loja, taxa de escravos &. &. . 58:250505
Dendas extraordinarias, Alcances de,
Thesolireiros, Indemnizações, Iteposi-
ções, Depositos. & 5:42S$555

Renda effectivamente_ arrecadada dit-


tante o armo. . . . .. . .. . .
. 473:503$791
IC(1.3)2E
Transporte 473.503$791

Movimentos de fundos.
Cobrança de letras, empresti
mo do cofre dos Orfaõs, e pas-
sagem de uns para outros cofres 3:636$2S6
Diferentes saldos 35:945924 .

Supprimento do Thesouro Pu-


blico Nacional 1:554$231
S upprimento da Thesoararí a do
Ylaranhaõ 116:269$704
Sapprimento do exercicio de
1847 a 1848 68:0114771 .225Á17$916

Receita Total 698:921$707

Por tanto a totalidade das imposições geraes,.


provinciaes e municipaes na Provincia 4o Pará -
no armo de 1848 a 1849 vem a ser:

Impostos geraes como acima 473:503$ 79'1


Impostos provinciaes das 3 cai-
xas Effectiva, Auxiliar e de
Amoytisaçaõ 192:574590
Impostos nmnicipaes (termo
medio) . 55:004000
Renda total da Provincia 721:076$3á1

Havendo 151:810 habitantes livres, cabe 4:750


réis de imposto por. cada um.
A Despeza que se fz pelos cofres gerae,s no
a"c' findo por coata dos diferentes ministerios,
foi a 'seguinte:
3c(136z,
D se peza.
Ministerios. Total.
Paga.. "

lPor pagar.
Imperio . 18:809$155 S64$471 19:673$626
' 57:427$644
.
J ustiç a . 48:358$:249 9:069$395
Marinha........... . ,168:757$6.10 518$578 169:276$218
.Guerra............. 224:146$752 1:732$602 225:879$354
Fazenda 107:809$160 2:422$747 110:231$907

Soinina. . 567:880$956 14:607$7.93 5824.88$749

Fro.ducto du renda.. ..... I 473:503$791

1.)tficit.. 109:984$958

Junto em n.° 25 um. quadro mais desenvolvido


das 4speas -geraes. -

A totalidade das despezas geráes, proVinciaes, e


municipges da Provincia no armo financeiro findo
de 1843 a 1849 veia a ser:
Despezas pelo-; cofres geraes como .cima 582:4SS$'749
Dita pelos. cofre § .proviticiaes 167:757$5S2
Dita- pelos cofres -municipaes (termo mecho) 60:000$000
. 810:246$331
Despen total da P.rovincia
Receita tõtal 721:076$381
.
Deficit 89:169$950

As despezas d Adrninistraçaõ vem a correspon-


der a 5:337 réis por cada habitante livre.
Tenho-vos posto extensamente ao facto de tu-
do o que é. relativo á finanças da Provincia, e
remettendo-vos, quanto aos detalhes, para os ba-
lanços e orçamento, .que ora vos appresento, pre-
pwradds. pelo Thesouro Publico Provincial, ciou por
.concluído o presente artigo.
:C(I 37)*
Diversos Objectos.

Por Aviso Imperial de 29 de Janeiro do cor-


rente anno me foi ordenado o estabelecimento de
um Presidio militar no Rio Tocantins, como meio
auxiliatorio a bem da navegaçaõ do dito Rio, e
de nossas communicações cornrnerciaes com a Pro-
vincia limitrophe de Goyaz, e ao mesmo tempo
me foraõ ordenadas as explorações e exames ne-
cessarios á fim de se removerem os principaes
embaraços naturaes, que offerece a mesma nave-
gaçaõ por suas numerosas cachoeiras, e violentas
correntezas, e rebôjos. Resolvi desde logo ane-
xar ao Presidio, que se houvesse de fundar, uma
colonia militar e uma missaõ, como meio de fazer
povoar aquelles ermos lugares, de modo que os
viajantes, no arduo e perigoso trajecto de taõ ex-
tensa navegaçaõ possaõ ter um ponto, onde repou-
zarem ou refazeremse para continuaçaõ da via-
gem. A mesma povoaçaõ, uma vêz fundada, ser-
virá. tambem como de estaçaõ e ponto de partida
para se emprehender com menos trabalho as con-
venientes explorações, e obras de melhoramentos
precisos na destruiçaõ dos obstaculos naturaes.
Propuz ao Governo, e por elle foi approvada, a
fundaçaõ da colonia militar, e desde logo cuidei
em todos os preparativos, até que no dia 26 de
Junho seguio do porto desta Capital para o seu
destino a Expediçaõ exploradôra, e colonisadôra
do Tocantins Superior, n'uma Frotillra de 11 pe-
quenas embarcações, com 92 pessôas pertencen-
tes ao Presidio Militar, e familias dos soldados
colonos, aléia dos individuos, que foraõ como sim-
ples remadores. Nomeei chefe desta expediçaõ o
Tenente Coronel Joaõ Roberto Ayres Carneiro,
C,(I38)},
militar brioso, e intelligente, em quem reconheci
a precisa idoneidade; e Commandante do Presidio,
e Director da Colonia ao Tenente do 4.° Batalhão
de Caçadores Constancio Dias Martins. Seguio
como Missionario, e Capellaõ do Presidio o Re-
ligioso Carmelita Fr. Manoel Procopio do Coraçaõ
de Maria, Conventual da Provincia da Bahia.
Faz tambem parte da expediçaõ o Mineralogista
Manoel .Lourenço de Souza, que além de servir de
Secretario della, recebe() instrucções especiaes para
investigar scientificamente o territorio do Tocantins
debaixo do ponto de vista mineralogico. Foi mais
aggregado á expediçaõ o Mineralogista estrangei-
ro Marius Porti. Empreguei toda a deligencia para
que a expedigaõ, tanto no que toca ao Presidio
como á. colonia e Missaõ, fosse completa e abun-
dantemente provida de munições, ferramentas, ob-
jectos de serviço agricola, armamentos, e para po-
der subsistir nos primeiros tempos, até consolidar-se.
Formulei todos os Planos, Regulamentos, e Ins-
trucções neces,s.arias sobre o regimen colonial, e
militar,, e sobre os detalhes dos serviços de ex-
ploraçaõ, e trabalhos das cachoeiras. A despeza
com os preparatorios feitas até o dia da partida
da expedigaõ foi:

Na compra de diversos generos e preparativos 2:661$560


Ordenados adiantados ao Director, Almoxarife,
e mais empregados da coloaia 561$800
Em dinheiro disponivel para despezas durante
a viagem 1.500$000

4:726$46
Pelos 2 Arsenaes de Guerra, e Marinha,
foraõ suppridos vazios objectos, cujos valores
importaõ:
C(139 )3E
Trans-porte 4:726$ 460
Pelo Arsenal de Marinha, artigos de suppri-
mento naval, como cabos, talhas, aparelhos &. 271$180
Pelo Arsenal de Guerra, artigos de muni-
çaõ, armamentos; e petrechos. . . ...... 1:217$994
6:2,15634
Objectos suppridos para o serviço da Missaõ. . . 818$300

Despeza total com o Presidio, Colonia, e Missaõ. 7:063$934

Pelas communicações até agora recebidas do


chefe da expediçaõ, aportou ella em Cametá no
dia 4 de Julho, onde se demorou até 29 do dito
mez para completar o n.° de trabalhadores e re-
meiros precisos para continuar a navegaçaõ, e para
reparar avarias, que occorreraõ em algumas das
embarcações da Frotilha. A 31 do mesmo mez
chq,raraõ a Villa de Baiaõ; continfiaraõ a viagem
no dia Seguinte, até que a 10 de Agosto chegaraõ
a salvamento ao ponto de Assacutêua, depois de
vencida a 1.a cachoeira de Tapaiunacuára, e 1
quarto de lecrôa. abaixo do lugar do antigo des-
tacamento dos Arroios. Ah i ficaraõ, e aehaõse es-
tacionadas provisoriamente as familias dos colonos,
e já acharaõ promptos os alo.Nmentos, que com
antecipagaõ eu mandara preparar, e somente pro-
seguiráõ na viagem depois que pelas explorações
na parte superbr, se tenha feito escolha de local
conveniente nas proximidades da cachoeira Itaboca,
com tanto que reuna os quesitos de segurança, sa-
lubridade e fertilidade. A nova colonia será de-
nominada Santa Thereza do Tocantins. Depois
de sua partida tenho sido sollieito em fazer re-
messas de mantimentos, e mesmo de mais algum.
tlinheiro. Até agora felizmente nenhum desastre
Z(140)2g,
ha a lamentar, posto que é bem presumftel, que
em taõ trabalhosa, e perigosa viagem, em um com-
boy de familias, e crianças, algum venha a sue-
ceder. Espero porem que com perseverança se
chegue a levar ao cabo esta empreza, que se vi n-
o- corno ardentemente desejo, trará considéraveis
vantagens á nossa navegaçaõ interior, facilitando e
bar7

estreitando as nossas relações cornmerciaes com


a Provincia de Goyaz. Para esta ultima Provin-
cia tem igualmente o Governo Imperial expedido
ordens identicas, e para o mesmo fim mandou
fundar diferentes presidios, no Rio Araguaya, como
meio de facilitar a navegaçaõ fluvial entre o dito
Rio, e o Tocantins; e acha-se nomeado para as
explorações e reconhecimentos precisos o Capitaõ
de Engenheiros Joaõ Baptista de Castro Moraes
Antas.
Informado de que alguns fazendeiros da Pro-
yincia de Goyaz, do Districto da Bôa-vista,
extrema com o territorio do Pará, procurando es-
tabelecer-se nos campos centra es correspondentes
á margem direita do Alto Tocantins, e já em
terras do Pará, acabaõ de descobrir um rio nave-
g-avel denominado Santa Anna, que pela abundan-
eia de suas agôas e direcçaõ de sua corrente, faz
presumir que seja algum dos tributarios do Rio
Capim, ou as cabeceiras deste, pois nesse caso, e
s fôr desempedido em todo o seu curso, se pres-
tará elle a uma facil e prompta navezaçaõ inte-
rior até sahir na foz do Guamá, ti-ato de le-
var a effeitó uma exploragaõ, descendo-se pelo rio
descoberto até se verificar ao certo a direcçaõ do
seu curso, e para esse fim, por intermedio do Ci-
dadaõ Antonio Gonçalves Neves, residente na Bôa-
Vista, e que a pouco esteve nesta Capital, fiz re-
: 0(141)';g.

mossa de varios artigos de munições e ferramen


tas, a fim de que, de intelligencia com os ditos fit-
zendeiros, se proceda as precisas averigi k;:ões, au-
torisando mais qualquer despeza. que Se ia4,:a com
esta deligencia, e gratificando os ex1 )1q.:,./10i. s, po-
rem somente no caso de que cites venhaõ a sur-
no Guamã, ou Capim. Neste seni ido officiei
iwi

ao Commandante do Presidio de S. Jw,?-) de Ara-


guaya para prestar urna escolta aos exploralores,
e toda a coadjuvaçaõ possivel; e cumpre, agt,n,r-
dar o resultado.
A Colonia de Pedro 2.° no Rio Araguarv,
mandada fundar em 1840 por um de meu-s
tios antecessores, o Desembargador Joaõ Antonio
de Miranda, tendo a principio florescido em quan-
to a persistencia do seu fundador na administra-
çaõ lhe proporcionou meios, e lhe prestou pro-
tecçaõ, veio posteriormente a cahir em completo
abandono, sendo as principaes causas a falta de
cumprimento de promessas aos primeiros colonos
sobre a doaçaõ de terrenos, e o severo tratamento,
que em lugar taõ remoto soffriaõ os mesmos co-
lonos da parte do ultimo Director, que ali existi°.
Em Junho deste anno tendo feito expedir em
Commissaõ o Brigue Escuna Nictheroy a explorar
a costa até o Cabo do Norte, incumbi ao Com-
mandante do dito Brigue Escuna o Snr. Capitaõ
de Fragata Martinus Anibal Boldt de visitar e
inspecionar a Colonia, e appresentarme um cir-
cunstanciado relatorio sobre o seu estado actual.
Foi cabalmente cumprida esta Commissaõ, e a
vista do relatorio appresentado, estou resolvido
quanto antes a reanimar a decahida Colonia, dan-
do:-lhe regulamento especial, mandando construir
Igreja, nomeando um Capellaõ; distribuindo terras
C(142)3
pelos soldados do destacamento, que saõ actual-
mente da Guarda - Policial de Macapá; determi-
nando que este destacamento em vez de ser ren-
dido mensalmente o seja annualmente; prestando
transporte gratuito ás familias:das ditas praças, e
supprindoas de ferramentas; e para tudo isto passo
a sollicitar os necessarios meios ao Governo Im-
perial, e espero que a Colonia. de Araguary tor-
nará a florescer como no tempo do seu primeiro
fundador.
O Thesoureiro da Cathedral havia recebido
do Thesouro Publico Provincial a quantia de
2:000S000 de réis, destinada a compra de um or-
gaõ para o serviço da Igreja da Sé. Esta quan-
tia fôra parar a caza commercial de Henrique An-
tonio Straus, hoje fallida, afim de que se effectu-
asse a encommenda, e compra do dito orgaõ. Com
o fallimento da caza foise o dinheiro, e preten-
diase haver o embolso apenas da parte daquella
quantia no rateio, que se viesse a fazer dos. bens
da massa fallida, o que dependia de futuras e
morosas liquidações. logo que tive conhecimento
deste negocio, expedi as precisas ordens, conside-
rando a quantia sahida do Thesouro como. dinheiro
fiscal, e fiz recolher executiva e integralmente ao
Thesouro, onde se acha, e já está. feita para Lis-
boa a encommenda de um novo orgaõ.
A Igreja Matriz da Villa de Obidos possue
uni patrimonio proveniente, de antigos legados,
constante de um cacôal de 10 mil pés de caco-
eiros, que rende 2:30%000, arrendado por trien-
Mo, e 17, escravos. Constandome, que o estado
da Igreja naõ correspondia ao que devera ser á
vista de um rendimento continuado por tantos an-
nos, que a administraçaõ deste patrimonio, e (1
Z(143)3!,
emprego das rendas naõ eraõ convenientemente
ftscalisados, e que haviaõ omissões de tornadas de
contas, resolvi depois de exigir informações das
autoridades locaes, adoptar medidas proprias para
pôr em ordem a administraçaõ e fiscalisaçaõ deste
patrimonio o que fiz por um Regulamento datado
de 7 de Maio do corrente armo.
Pelas vossas ultimas leis de orçamento, ficou
prohibida a venda da polvora dentro dos povoa-
dos, sob pena de multa de 1:50%000 réis, e in-
cumbio-se ás Camaras designarem os lugares para
venda da polvora. Em consequencia destas dis-
posições tantas duvidas appareceraõ na pratica;
e me foraõ apresentadas pelas Camaras, dando cada
urna delias intelligencias diversas sobre aquellas
disposições, e até considerando-se obrigadas á da-
rem a sua custa cazas para a referida venda de
polvora, que julguei necessario expedir no 1.0 de
Janeiro do corrente anno um Regulamento espe-
cial sobre o objecto, firmando regra de modo que
em todos os lugares se procedesse uniformemente,
e difluindo o que se deveria entender pela deno-
minaçaõ dePovoadoque era o que mais duvi-
das suscitava.
Por uma Portaria de 16 de Agosto do cor-
rente anno e Regulamento e instrucções de 8 do
mesmo mez estabeleci na .Fortaleza da Barra um
deposito provisorio de polvora, onde se possaõ ac-
commodar até 400 barris, tendo esta medida por
fim facilitar as transações de compra e venda
deste geriero, s evitando as difficuldades que tinhaõ
os negociantes de ir repetidas vezes leva-lo e ti-
ra-lo do Deposito do Aurá, a 4 legôas distante
desta Cidade.
Em consequeucia das disposições do Capitulo
Z(l44)70,
15 do novo Codigo de Posturas, e na parte rela-
tiva a policia rural das Fazendas de gado, ex-
pedi a Portaria e Regulamento provisorio de 1
.de Junho do corrente anno, marcando diferentes
prazos, confõrme as localidades, para que os fa-
zendeiros, e criadores de gado sollicitem os com-
petentes titulos sobre os ferros e marcas, que de-
vaõ uzar nas suas fazendas, procedendo as for-
malidades prescriptas no referido Codigo de Pos-
turas; e mandando proceder a um registo, e as-
sentamento geral dos titulos anteriormente conce-
didos; e trato de dar quanto antes um Regula-
mento definitivo, para evitar a confusaõ que tem
existido neste ramo do serviço rural, e que tantos
queixumes excita pelas continuas falsificações de
marcas, principalmente na Ilha de Marajó, onde o
extravio, e escandaloso roubo de gados está elevado
á cathegoría de industria.
Ao concluir este relatorio occorreu o seguinte:
Chegou um Religioso Franciscano, conventual de
Pernambuco, Fr. Jozé da Rainha das Virgens, que
tenciono empregar como Missionario do districto
de Araguary, e Terras do Cabo do Norte, servindo
ao mesmo tempo de Capellaõ da Colonia de Pe-
dro 2.°
O Ex.mo Metropolitano, Arcebispo da Bahia,
escreveme em data de 28 do passado, prometten-
do fazer brevemente seguir para aqui mais um
Religioso Benedectino para o serviço das Missões.
O Vapor Thetis, que se esperava, já é che-
gado ao porto do Maranhaõ, onde se demorara
apenas alguns dias para fazer pequenos reparos.
a 71 Cill.Z a0.
Tenho vos dado conta dos assumptos, que
Z(145):K
mais importantes me parecera.õ, e que julguei no
caso de serem trasidos ao vosso conhecimento; as
vossas luzes supriráõ as omissões, que houverem,
e se no decurso de vossos trabalhos alguns ou-
tros esclarecimentos forem precisos, os satisfarei
promptamente; na certeza de que durante elles
podeis contar da minha parte com a mais franca
e leal cooperaçaõ.
Tenho concluído.
Está aberta a Sessaõ.
Palacio do Governo da Provincia do Pará.
1.0 de Outubro de 1849.

wet,e-au. 7,(1,nedliá.w (LefL.

>a,~»40~=7:14
.Pará. Typographia ele Santos 4, Filhos, Rija de
S. ',Toa° canto da Estrada de S. José, 1849.
N.° I.
SECRETARIA DA PRESIDENCIA.
Tempo de servi-
ço até 31 de Ju-
lho de 1849.
GD

o NOMES. ORDENADOS POR OSERVAÇOËS.


ANNO.
o
C
G.Z.

I Secretario. Miguel Antonio Nobre. 40 3 1:400$000 Empregado Gerai.


2 Official maior. Manoel Roque Jorge Ribeiro. 13 9 13 1:004000 Dito Provincial.

3 1.° Official. Francisco Carlos Marianno. 11 2 14 60C.$000 )


4 1.° dito. Bernardino Antonio da Silva Nobre, 11 9 19 604000
5 2.° ()tildai. Joad. Jozé Pereira. 10 3 3 504800 ff

6 2.° dito. Manoel Agostinho dos Santos Lopes. 8 15 504000 Sendo Amanuense foi promovido a este Emprego por nomeação da Presidencia de 5 de Setembro de 1849.

.Amanuense. Antonio Rodrigues das Neves. 3 404000 5)

8 dito. Raimundo Alves da Cunha. 404000 Sendo engajado foi provido neste Emprego por -nomeação da Presidencia de 5 de Setembro de 1849.

9 Porteiro. Manoel Antonio de Araujo Nobre. 404900


I17 51

10 ngajado. Jozé Joaquim de Araujo Nobre. vence 1$ rs. por dia


nos dias uteis.
11 dito. Joaquim Antonio da Silva Barata. Dito. 1
Acha-se interinamente encarregado do archivo.

O 2.0 Oficial da Secretaria, que gervia de archivista Manoel da Trindade e Souza, requere° a sua apposentação e lhe foi concedida pela Presidencia com o ordenado por inteiro de 50011000 réis, por ter servido
mais de 25 amos, na fórma da Lei.
THESOURO PUBLICP

1: ;- ..t*
o
NOMES, 1:: 411110104ra sERviço ATE
084 DtsuLuo 'DE 1849
40 044"' :',', .:4 .:" '
Inspector. Antonio Agostinho de Andrade Fig.uoira. 4 mezes, 11 dias. 200$000 1:00%000
2 Contador, José Coelho da Motta c115
2 800$000
3 Procurador Fiscal Dr. Antonio Gonçalves !Nunes '7 14 60(4000
4 Thesoureiro. Rodrigo da Veiga Cabral. 1 ,, 800$000
1. ° Escripturario Joaõ Marcellino Perdiõ . 60%000
6 Luiz José da Silva 600$000
7 2.0 Joaõ Gonçalves Ledo. 504000
8 O 0
11
ranciscc, de Paula Barreto. 40%00::
9 Amanuense. Alexandre Antonio da Cunha Camp,Ilo 11 400$000
10 Porteiro. Leopoldino Francisco da Costa. 51 4.00$000

200$000 6:100$000

OSERVX.ÇOÉ.
Joaõ Marcellino Rodrigues Martins, servi° de Inspector d'esde 714e Sun. ho de 1838 até fim de Feve-
reiro d'este anno, em que foi aposentado no dia 1.0 de Marçer,seguinte. Marcos Antonio Rodrigues Mar-
tins, servindo de Inspector de 1 a 6 de Março, por lhe haver %ido concedida n'esse dia 6 a demissaõ que
pedio. O Dr. Ambrosio Leitaõ da Cunha servio de Inspector. d'esde -Nle Março até 5 de Julho d'este an-
no em que deixou este exercicio de que, por o haver requerido, foi4spensado pela Presidencia no dia 4
do mesmo mez. Antonio Agostinho de Andrade Figueira, servindo di?-. Contador d'esde 20 de Março d'este
anuo até 5 de Julho, passou a servir de Inspector de 6 em dtantN .: a que foi nomeado no dia 4.
Joaõ Baptista Ledo, servindo de Contador d'esde 7 de Junho tle 1:,5*: até 16 de Março d'este anno, foi
aposentado n'este lugar no dia 17 do mesmo mêz. José Coelho d ''1V1otta, -ébníeçando a servir no The-
souro do 1.. de Junho de 1839 nos empregos de Amanuense', e. 1;. Escripturario passou a exercer o lu-
gar de Contador no dia 6 de Julho d'este anno, tendo sido nomeadon.o dia 4. Miguel da Costa Rocha

foi nomeado no 1.0 do referido mêz, contandose, além d'este teu . ÁLem de
i
servio de Thesoureiro d'esde 25 de Fevereiro de 1847 até 11 de FpWikiio d'este anno, por ter falecido no
dia 12. Rodrigo da Veiga Cabral exerce o lugar de Thesoureiro dec.de, 3 de Março d'este anno para que
que servio na Recebedoria.
1847 até 2 de. Março d'este:
Joaõ Pereira da Silva, exerce° o lugal de Fiel d'esde 25 de Fe rem,
anno, por ter passado no dia 3 a exercer o lugar de Fiel e Recebedor da Recebedoria Provincial, para
que foi nomeado no 1.0 do mesmo mez. Luiz José da Silva, exerce ,» lugar de 1.0 Escripturario d'esde
9 de Julho d'este anno, data de sua nomeaçaõ. Joaõ Gonçalves tedó', exerce o lugar de 2.. Escriptura-
rio d'esde o referido dia 9 de Julho, data de sua nomeaçaõ. o ao Escripturario Francisco de Paula Bar-
reto que foi nomeado na mesma data, começou a servir no Tília 24 em que tomou posse. Antonio Joa-
quim da Cunha Acapú que foi nomeado em 18 de Janeiro'çie 1847 officiar da Secretaria do Thesouro,
de que tomou posse no 'dia 21 do mesmo mez, exerce° este emprego até 29 de Dezemhro de 1848, por
ter falecido ,no dia 30,

.~-11.-.....-
ff
N.° 3.

1:ELAÇÃO DOS EMPREGADOS DA RECEBEDORIA DE RENDAS PROVINCIAIS.

Tempo de serviio :LU'. 31


Jullio de 18.19.
o
EMPREGADOS. NOMES, o
ZI?
ORDENADOS.
Cli

Eseriv -
Manoel A ntonio Rodrigues 11 1 1.1 700$000
Eseripi urario . José da Silva Castro. 4 11 1 53 500$000
ra)
I
Dito. Adaõ José da Foneees Torres.. 9 9 '28 500$000
4 Dito Luiz Mareellino Baptista deMello.. 10 3 ., 50%000
Dito Lourenço Alves de. V'kdlasco.. S 6 26 5008000
6 Recebedor ... Joaõ Pereira da Silvit: 2 .
,,
4 4008000
Guarda A ntonio Joaquim de Almeida 9 6 5 4008000
Dito. Cazemiro Antonio Ales Branco 9 5 24 40W000
9 Dito. Anastacio Dic;genes- 4Irigues Neves A 11 8 4008000
10 Dito. Raimundo José de Alreeida. ;.. 8 S 5 4008000
11 Dito. Gaspar de Macedo e itt morim. A 9 4008000
12 Dito. ntonio Carlos de Souza. 8 6 22 4008000
Dito. Domeciano Deoeleciani, Dias Cordozo 2 6 7 4008000
1'1 Dito. Antonio José da Silvá Neves li 16 4008000
15 A rqueador.. oaõ Ferreira Ribeiro Aranha..... 2008000

Somma Total. R.s G:5008000

OBSERVAÇOËS.
Marcos Antonio RodriguesiVIartiA exerceo as funções de Administrador d'esde o 1.0 de Março de 1S38,
até 28 de Fevereiro deste a.nno, pas4indo no 1.. de Março seguinte a exercer o lugar de Inspector do
Thesouro Publico Provincial para cp.i0 foi nomeado, por Portaria d'essa data, que extinguio o logar de
Administrador.
Escrivaõ Manoel Antonio Rodrigues em observancia da Portaria e Instrucções do 1.0 de Março d'es-
te anno, passou a servir conjuntamente .o lugar de Vice-Inspector.
Rodrigo da Veiga Cabral, .que erceo. as funcções de Guarda, Escripturario e ultimamente de The-
zoureiro da Recebedoria d'esde 30 dê Julho de 1838 até 2 de Março de 1849, foi nomeado por Portaria
do 1.0 de Março d'este anno, Thesouxeiro do Thesouro Publico Provincial para onde passou no dia 3 d'a
quelle mez de Março.
O Escripturario J.osé -da- Silva -eltstro', além- dos dez annos, dois mezes-,---e sete dias, que serve na Re-
cebedoria, se lhe addiciona mais onze Mezes, `e dez dias. que servio no lugar de Amanuense da Thesou-
raria Provincial d'esde 7 de Junho de 183E3, ate 23 de Maio de 1839.
Escripturario Joaõ Antonio de Mattos, e o Guarda Joaõ José dos Passos, foraõ apozentados em 20
de Dezembro de 1848, cohtando-se o tempo de serviço, ao primeiro, de 16 de Fevereiro de 1838, que
prefaz, dez annos, dez mezes,. e cinco dias; e ao segundo do 1.. de Maio do mesmo anuo, que prefaz dez
annos, e quatro mezes, e vinte oito dias.
Recebedor Joaõ Pereira da Silva_,- Começou a servir n'esta Repartiçaõ em 3 de Março d'este an-
no, contando-se-lhe, porém o tempo- de serviço do Emprego de Fiel do Thesoureiro do Thezouro Publi-
co Provincial.
Antonio Paulo Bitancourt, que foi nomeado Guarda em 10 de Junho de 1842, e tomou posse no dia
16 d'esse mez e anno, exerce() este emprego até 9 de Agosto de 1S4S, por ter falescido no mesmo dia.
tempo de serviço mencionado he. somente o prestado n'esta Repa.rtiçaõ e no Thesouro, tendo o ex
Administrador e mais alguns Empregados; servido em outras e na primeira linha.
Além dos ordenados mencionados, tem os Empregados Riais a porcentagem de dois por cento das Ren-
das Provinciaes que se arreeadaõreguladoa
qual tem regulado aguaria parte do ordenado; tendo recebido o The-
zoureiro mais tres por cento da Renda do vêr-o-pezo até o fim de Févereiro, cuja porcentagem foi re-
duzida a dois por cento pelas Instrucções do 1.0 de Março, e ficou pertencendo ao Recebedor d'esde que
começou a servir.
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Dita de lIendica. Virissinio IZodrigues Barata.
Villa de Mucarrli Juliaõ da Fonseca Leitaõ
Dita Villa. :1275 9711
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Villa de Chave Nlanoel Joz,l Itainos
Dita de Mazagao intorno da C'tinha Abieu ...... .5
de Guruui Matheti, Joztl lloberto
Dita de Porto do 11(;,:. 1)a niel Leitaõ da l'onceca

Cidade de Cantei'
Villa d' ()eiras.
Dita de Porte!, e :\
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Pranciseo Fav1.1
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Villa de Dayac., .... I.e, nardo Jozé dos. Deis
Jozé Antonio Corrèa Scixis
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Villa. do Bragan,:a. Francisco Antonio da Silvcira


Dita do Turiassii............... Antonio Elias Alindes
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2:257$3.12
Fre,uezia de Viseu, Pina, e Gurupi..... Francisco Antonio Pinheiro.
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Manoel Vicente Ferreira Perdigaõ....
Cidade do t..:..lantarein. Miguel Antonio Pinto O unnaraes..... is IS 1519 is
Villa de .Monte Alegre Joze A ntonio Nunes Borralho.,
Villa. Franca... ,1 -1 ti r1i II
Mareianno Antonio Neves IS-17 URIS ti.,55113t)
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Villa de O J17:1Õ da Gaina Lobo Dentes 15-17 ,, IS IS
Villa. do Faro . . 77
7,1 Vaga.
Villa de A letnquer 'II Sai) Penes Duarte 1545 ,7 1519 / 57.5$-105
Preo.uezia de Doirn Jeroniino Jozt: Guine, ly
Cidade da Barra. Joaõ do nego Dantas IS lit 1517
Freguezia de Silves. Joaõ Antonio Lobato
Vila de MatifiS
Freguezia de -cri,'
Viba Nova da Ilainha
Freguezia do Cantioní
Antonio Mouraõ Cabral
Frabeis,o Manoel Gonsalves da Costa..
ISIS1 1517 O 0.5.::,22(lt

Dita de . Nicolao Francisco Guedes 1515 517


71
173Sli:l25
Dita tle Moura Joall Lucas Nogueira
7/

Dita de Ilareellos. 'Manoel da Assumpçaõ.


Dita de Thomar Joztl: Ferreira dc Melo
Dita de Marabitanas
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Dita de Moreira...
Dita d'
Vila de Doa
........ . vaga.
Francisco Antonio d' Oliveira 15.17
Freguizia lo Nonicira
Dita.cte Fonte Dtf, niceto Joze da tania.
Dita dl Alvarae
Dita flr S. Paulo... vaga.
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OBSERVAÇOËS.
Por naõ estarem ainda recolhidos ao Thesouro os livros de receita do ultimo armo financeiro de ISIS a 1.549 (te
todas as Collectorino da Provinda, apenas se menciona o arrecadado pelas que iã apresentaraõ seus livros desse ati-
no, e nas outras Collectori;, a se mencimm a receita havida em differente..
annos financeiros.
As Colleetorias arrematadas vaõ emnprehendidas no numero das arrematadas, e das adninistradas, por que pela
naõ sendo todas as rendas sugeitas a arremataçaõ, ficaõ as que O naõ saõ, a cargo da Co! h' especial, on
do arrematante se este asstillw no ntribuições deCollertor.
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Ca1. hocir, . NI' mui Ferreira 11,,rrot,, . ,
Ponta do 1 , , ..... 5,,,,,,,, S,nhora da Cone, . .. . NIono,1 110, Naso,,n1,4 nurr, .....
NIon.tu,i,. S. õ r.e.i1.0
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II . ... , I a'al,art,t,l J /1111'.
j1'1,11
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1,1(infiate .... NO....1 S. tdlora do Rox- r .


Soare .. : ......
1\ Ienino 110.......... .111.1C trVall d.tC:unlia e uln,ir., ittlaiJ
Salvaterra ... ..... N.,,,,, Senhora da Cone, ,. .... \,,tta ....... . .
Praneit.co Jia 'Teixeira 1,1SI,e0
1 Chave,
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......, rillip.. de tiontl,,, de Villoo .10ti;SI,11.1
im.i.,.., .
.. ...... .II
1 tt,a,-.)

' Nloka:,,' Z.-, . ....... .....1 No,,, Senhora d' A,..tio ' J., Alartin,, da Penha.. .. 1011:111111

Porto de Moz ..., ....i S.1 Draz ..... ...... ..... Frei Afano,' .:"
Veiros .. St,
, , ...111,1 P,,i11.,l,
. 1 .. ..... 1aga .1111t6uni)

................
. .

Pombal Baptii,ta .... ..... Idem .


. Saõ .10 Le".,
Idem .........
Sonzel
Cutrupá ......... ...... ...... ...
Santo Antonio Nlarcello e . ama , ........ ......
Villarin In) do Monte
Alineriin .
...... '""ta C r"'
No...1, Senhora
-
a d Coetç
n
'
,fi ... *
:11z.nuel l'ereira da. Silva
Eaponende ....... .... Noo.a Senhora da CORCCiç:l0 .... Vaga .
.1. t ;,i4)(,)
Arraiolloo. , NOliNa Senhora do Rozario
Joa.', IIptiuta .... .. Jout, Antonio Ventura .1.d.8,511
c,,,,,rti !ilai.,
p,aiat'i .. Santo Antonio . Johé G onçalve, Alyrdo 1111,:fOO,

11clgaço ......
Sal Miguel .................. SernIlm do,. Anima Sater I., '1'0 4111 :.»,(1i)

Oeinr Noasa Senhora d' Axeurnpçal .... l'olicarpo Jme Rodrigo,.


Portei Net,. Senhora da Luz Juro!, Pastana ibm V,,,coio.elto.
Bragança Noua Senhora do Rozario da Moita
Vixto . Noa. Senhora do Rooario Peei Liou d.. Alad.re bros
Gurupy. Sal José . ..... . ..... 1/et:p05o0d0 .....
Piriá . San José ....... .... Idem
Joal do 11;1tirito Sento e A
.

Tury'a.vnir Sal Francisco Xavier ........ 'ou


Santarém. ....... .
.
Noaga Senhora da Cone .... - Raimundo Antonio F,ri, n,l,
Alter do chat-.) Nogna Senhora da Saúde Vaga .

Alemquer Santo Antonio .... ....... .... A ...ostinlio Pedro


8,100
Vitla Franca Noasa Senhora d .A,,,,umpçal.... Vaga..
Boba Santo Ignacio.......... ...... Idem .......
........ .
.101 St Mu

Pinhel ...... Sa", J'.».'&


.....
A xeiroa...... , Noasa Senhora da Cone . .... ''5,11)
Monte Al , Sal Francisco de Arara .......
Nmsa Senhora da Gra.. ...
Jozé 13ento l'into
Va,,a III
Prainha ut)
Obidos Soai' Anna ..... ... ... ... IZavu,undo Sanrhes :rata.

Foro .... Sal Joaü Bapti.t..,..... . ..... JO:;-1 .loriteiro da, C unha .1:

Juruty.... .. Noa.
- Senhora da SaUd . '(loa O .1)
Barra do , .. Noa,. Senhora da Cone, - .1ntonio da Sina
&ma Notas Senhora do Rozario ...... 1,.a.par Porfirio
Silves Noa. Senhora da Concriçat ..... Saro, AI vir, lo C'rtat,t
,to 1) .1,
Nowsa Senhora da CUnel'ir:.1.õ . .. Pra' i oal tia do E,./Ori
Mando .11,0tr.;,,(11)
Santo A ntonio . 1,1t.go.
Borba
.

Canurn:I. .. ..
Villa Nova da. Nossa Senhora do Curtia
.. Noxna Senhora do Carmo l)orning,,,
Tl/r1/klatO
Cardozo .
lir' Souza
abrit11,1',1.,
.11,08,,fin)
.101i5100
1110
Ega. . Santa Thereza Luiz Gor.,-,akes (Ie. Souza
Alicias... Nossa Senhora d.. Corice.e,fi .
11,0501)11
Olivença Sal Paulo.. ..... ... . ...
Amatura ........ Sal Chri,tovaõ .......
No.,,, Senhora ,lar Rez,
.
.
De,po, .1(1118'.1111,
Nogueira.......
Alvarfira .. S.l Joaquim ... .. .... ti .
............
"' 11111 501)1)
Fonte- 13,5a
Tabatingon
.
..
.
.
Noasa Senhora de Gu.olelope.
SI3Z, Vrancico Xavier..... ....
.

Idem . . ...,. .... ..... .11.108:1)(0


.
.1.10alia Senhora da Conceiça .. Frei J Sai'' :rue, 4111,3nla
Eaecettcm
Moreira N ..................... Idem
.1(1030(i0

Thomar ..... .......... NOnga Senhora do tino


Carmo ...... .... ...... Nossa Senhora do Cor eapov
iDdcm

Santa I zabel Santa trairei.. .. 00,',1(100


santa Rita... Vaga .
Moura Despovoada
Santo Alberto. . ..
Carvoeiro ...............Santo
Sai; Gabriel Idem .
S. Gabriel .. .1nOStlna
saõ Joexé .... ...... Vaga
Marabitanan
ar,1,S.Inn)
Coadjutores.

No a Senhora da Graça Verisdrno Alves


Antonio do 1101,irito :-)into do 1 -,00.oca .

Sant' Armas Antonio Filippe da Cunha e


CampinN
Sxraigsitna Trindade Franciaco da Silva Delgado ..... ......
Trindade Franciaco Antonio (I' Oliveira P.,ntoja . .

Jon.) Enplifila Nlanoel Lourenço de Figueiredo.


Cametá Luiz Gonçalven d' Azevedo
Chaven ..... :-.1anto Antonio ..... ... Joaquim Joat, do Sa Morar'.
Bragança ........ S1,,
Sialhora da Conconça)
1Miguel Joaquim Fernandes.
Pauline, do, Santoa Ferreira Nlar ........
Santortun
Vencimen o doo Co.liutur,

Vencimento doa P.,roctx,

Somma total
N.,. s.

CADuizAs DF: INSTRUCÇÃO PRINIAUR, NON1ES DOS PII(II:ESSORES,


rNIA1.1)..1. DAS
(11:DENADOS QUE VENCENI, E NUMERO DE ALUMNOS QUE .S FIZEQUEN'IÃO.
- -- - ----- - -- - -
----:811118.10 du
Ail.....

1.1A1.4,-, 11,.-, I.SCOLAS. NOMES I.)LK l'ill /FESS0111.S. ..,

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. 40081000
10 /1...8.l .1 Jo, Mareelliito Maciel l'ureate. . 300$01ki
l'udre Seluudlaõ Ilurgeo de Ca.tilliu lid. mui IS
da Molu '-

V italie a 1003000
Milan, ; Na Villa ti J 0, LoUrt.11çU Ferreira Cantai,
17 . 40090041
r hir, In . No Vill.1 .
7 Felipis, Eustiehio Xavier
Interino . . 31 11110$11tal
Na Villa S Padre Vietorio Procopio Seu:iodo Espirito Siso 400801 /O
garal.e-iniinii 211 .
Jakio J(11.0 Cone, de Miranda VII.0d1,10 .
Na li...,,,0001, I.. ..51,8, 11
'

Nlareiano Pedro Ferro da Concei.a.1 itradl . , 31 .. 41109000


Na Villa . 10
Interino , .. 2 1 .. 111108000
Vigia Na Freguezia de ihhiellos li Padre José Joaquim da Silva ' .
.
1

Jui.i Ferreira de Lacerda VIL,d1Lid . .. 47 . 4008000


., Novn d'111-Itei ..1 12

cintra Na Villa I 13 Luir. Ribeiro Milagr i Interino . . ...... . 3003000

Jos6 Manoel da Cunha e NIello Vitalicio .... IS ... 1009000


Cachoe] . Na Vila i 14

Padre Manuel José Teixeira Chaves Interino .... 16 .....I.. 3009000


Nloi.sras . Na Vi lla 15

Antonio Getniniano Baptista ila Silva Vitalicio .. .. 20 .... ..I.. 4009000


1
I

Soure Na Villa I 16
GOGO4003i10,1
Caineta
Na eida,le 17
IS
Cabaia 'Trunques Virgolino
D. Catliarma de Souza Franco . . . 16. I3000
100

NaVi(la 19 Padre José Gonçalves d' Azevedo Interino . .. 21 .. . .. 300$000


itaiaõ
. 18 . 2008000
20 Padre Serafint do. Anjo. gaeralnanto
Melgaçe N. Vila
30 . . 3009000
Na Vila 21 Padre incei, Pestana do,. Vaaconcellos
l'ertel
,, 36 3009000
li,srai i'Zii Volta '''' Padre Policarpo JOtié Itodrig,ues

23 Padre Felippe Santiago de Vilhena ........ ... ... .. 12 . .. .. 3003000


Nliicapa Na Villa
17 . 3009000
Na Villa 24 Padre Francisco José Teixeira '
Chaves
,, 17 3009000
. ..... ..... Na Villa 25 Padre José Martina da Penha
Mangai)
26 José Caetano da Moita Vitalicio .... 36 ........ 4009000
Bragança Na Villa
27 Francisco da Costa Freire 'merino ..... ......... 3009000
Na Villa IS . 4009000
Tury-assii 28 D. Libz.nia Maria da Silva

Porto de Mol Na Villa 29 Manoel Nogueira Borges da Fonceca . ...... . ...... 40 ........ 3009000
Vitalicio . .. 47 . . .. .. 4009000
Na Volta 30 Francisco de Paula Leit.:,
Gurupá
Domingos José Rubel!, Interino . .. ........ 3009000
Na Cidade 31
Santarern .
.. 4009000
........ .......... 32 Padre SM:, Vicente de Carvalho Prova .... Vitalicio .... 21
Monte Alegre ....... Na Villa
33 José Caetano Pereira Interino .... 29 .. .. .. 3009000
Aleniquer Na Villa

Villa Frani, ...... .. Na Villa '11 Custodio Pires Garcia "

Ohidos

Faro
Na Villa
Na Villa
35

36
---
Nlarianno Sahino da Silva

Padre Josó Monteiro da Cunha


24

12
.. .. 3009000
,.. 3009000
:

Vadiei° .... 64 ...l00$000


Barra do Pio Negro .. Na Cidade 37 Agostinho Hermes Pereira

Na Villa 38 . Vaga
Vitalicio
Vaga..
.... 25
4003000
Joaquim Joo.:: do S.ouza Meirelloa
Mana Na Fres.. &Vida Nova da aninha 39
40 Antonio 'Manoel de 02 Interino .... 20 ....400$000
3009000
de Borba
.. 12 ...... 1.. 4009000
----
Egn

Barcellon
.
Na Vila
Na Vila
Na Frecurtia dr Moura ......
-- 41

42
43
Francisco Joaquim Batalha

Vaga
ItIanciel Martins Corri, de Miranda
.
Viuilicio

Vaga ... ....... ....1.. 4008000


Interino .... 14 .. .... 3009000
110 1153009000.
977 1
Somma

OBSERVAÇO£S.
27 de Abril
300$000 réis, e os vitalicios 400000 réis na fónna. da Lei n.. 137 de
1.. Os Professores interinos vencem
de 18.17. da Freguesia da Sé, as da Villas de Nuaná, Cintra,
2.. Vagáraõ no anno lectivo as Cadeiras de ambos os sexos
já se acha() providas.
Turv-assú e Cidade de Santarem e ainda naõ participaraõ ter tomado posse e entrado
3.. Os Professores de Santarém, 'I' ury-ssú, 1\luaná e Cintra
de alimmos existentes.
no exercicio de suas funcções; por isso ignora-se o numero Camela, creada pela Lei
4.. Foi removida da Cadeira de 1.- Letras da Freguesia da Sé para a da Cidade de
de Novembro de 1848, a Professora D. Catharina de Souza Franco.
n.. 154 de 30 Professora de Tury-assCi D. Libania Maria da Silva,
5.. Foi concedida a demis.saõ no dia 11 do corrente lues a
depois de estar organisado este mappa.
continuai) vagas as Cadeiras das Villas de :\laués e Barcellos.
0.. A' -muito tempo se aclmú e
N.° 9.
LATINA, NOMES DOS PROFESSORES, ORDENADOS
1VIAPPA DAS CADEIRAS DE GRAMMATICA
QUE 'VENCEM, E NUMERO DOS ALUMNOS QUE AS FREQUENTÀO.

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.E
4
.....
LUGARES DAS AULAS. NOMES DOS PROFESSORES.

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Joa'ú José Valente Doce Vitalicio.. . 1:6 ....600$000


Camiita Na Cidade 1

Sanarem . Na Cidade `') Bento Manoel de Carvalho Pinheiro ........ ,, ....... 5 ... .604000

Bragança Na Villa .. . ...... ... 3


Padre Miguel Joaquim Fernandes . ....... ........ ,, ...... 13 ....600$000
Jos6 Alves Constantino de Moraes . .....interino .... 13 ....600$000
Macapá. .
i

,
Na Villa . .. ...... . . 4

- . 47 1 2.400$000

OBSERVAÇÃO.
do presente mulo.
Ex:istia vaga no anno lectivo a Cadeira da Villa de Macapá, e foi provida no dia 2 de Janeiro
N» 10,
MAPPA NOM IN A I, DOS LENTES E EINI PREGADOS
CONTE N DO OS 1:ESPFXTIVOS DO LYCEO PA 1ZA ENSE
suAz VIÇO; VENCIMENTOS, TEMPO DE
VAGAS ExisTENTEsl AumizAçoP4s OccOffizinAs NO PEssoA 1,
Dl: !ZANTE O ANNO FINDO.

11N1l1111.t. .11 ilt--1. :\( ) 11:S 1 ) o .-', 1 It01101:ES. 'l% m/), ,h, ;,.., ;.; ,,, o l,' ::1. ,!.
. -..:

,--r--- --:----.- ----


1 Direitor .1:. lostroecaõ Publica.. 1)r. Manoel (....11,,, Correa de '.\ branda S al11111,4 2--I d1;1; . ... 1:(1.111 ...tt.Oil
2 Lente do Latim Francisco Cainlido .1,, ifarvallio '21. 4 niez.s 2S .',60$000
$ Lente de 1'rancez Dr. JoaO Lourenço Pzus de '-'10l17' O 11 7 ;11 600,5000
.1 Lente de Inolez . 1.,ai') Wilkens de Matto 7 , , 11; , . GDO$000
5 Lente de P hiloi;oph ia . .. .. . José de IN:apoies Telt es de Mene e
- S 15 ''' /1 1 11 (300000
. .

G Lente. de 1111eturiett ..... ..... Joaõ DiogO Clemente :\ lalcher '4 11 5 ,, 7 ,, 1100,:.000
7 Lente de Geographia ..... .. ... Dr. Joail> Baptista Passos 2 ,, 1 26 ..,01)1100
S Lente de Geometria ..... ..... Joaõ Baptista ile Figueiredo Tenreiro Ar..nlia.
,, S,, oa
...- . .... 6110$000
O Lente .1 Escripturayiii .Nlercantil 1)r. Antbrozio Leitaõ -da Cunha 2 9 1 601100()
10 Substituto de Latim, Philusop1M.
e Illietorica - ' \ ago desde 25 de Julho de 1S-1S

11 Dito de Francez, Inglez e Geo-


graphia . Vago desde a criara) de Lye,...0

12 Ditode Geometria e Escriptura- ,.


çan- mercantil litigo desde a crea;aõ do Lyd1s. ,
. -

13 Secretario
. Joaquim 3.1ar,a4lino 1.07'
,.
5 .. 2 ,, 21. , " 3011000
14 Continuo ... Sel.:e:ti:15. Antonio da nené,' i-,aõ idachado .. 0 .. 6 ., 4008000
Dcspeza com o pessoal
' . lit590.Stlutt
'Aluguel da. Caza. -
.. 300$000
.
esprza ota
6:9008000

OBSERVAÇOLS.
No ordenado .do Continuo se inclue a gratificaçaõ de cem mil reis que elle percebe como Porteiro da
Biblioteca Publica que se acha annexa. ao Lveêo: - . -

Foi suspenço no dia 7 de Març'o do presente armo do exercicio cla Cadeira que .lecciona o Professor
Ambrosio Leitaõ da Cunha, por ter sido nomeado para s'ervir interinamente o lugar -de inspeetor do Thesdu-
ro Provincial .e reassumio no dia..1 de Julho do mesmo anno por ter desistido desta Commissaõ.
Foi nomeado no dia 23 de Janeiro do presente anuo nareello Lobato de Castro para reger interinamen-
te a Cadeira de Grammatica Latina com a parte do. ordenado do. Professor respectivo para servir duran-
te o impediu-lento deste, e retirou-se para o Rio de Janeiro no dia '2 tio presentP" .

lIEWC-DAC Biblioteca Nacional lhe de ilINiTO Brasil


SEI VIÇO DE NEPROGRAFIA
MAPPA DOS ALUMNOS MATRICULADOS, ADMITTIDOS COMO VOLUNTÁRIOS, E EXAMINADOS
. NO: LycEo PARAENSE NOS QUATRO ULTIMOS ANNOS LECTIVOS. .

.
.

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1515.-181.G,- 1846.-1817. 1547.-1845. 1548.-1849.
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1.... Iirammatiea Latina 5 13 -4 ..5, 28 10' 10 ..1 25 ..6 H1 ..2 18 14
47

2.... Grainmatica Francezl. - ..9 12" -5. ..-4 ..5 10 ..4 11. 10 -8 ..1 10 20 ..9 ..9 ..7
3 ... ". Arithmetica, Álgebra e Geometria ' 13 10 . :S ..8 ..8- 17 14. ..2
.
13 ..6 ..5 ..1 17 ..4 12 ..4 .

.
4 . ... Philosophia Racional...c Moral
.
1 ..2 ...3 ..3 .1 ,, 10 ..5 10 ..1 ..2 ..5 ..,
. . . ... .

5 .... Geonraphia.
,, e Historia *" ..
.
..
..2 ,, . ,,..2 ...1 ..1 ,, ..2 ..1 -2 ..1 . .4 ,, -2 . .1
6' .... Rhetorica. Critica e Poetiça. 2 ,, - ..2 . .,.3 -1 ..3 : .2 ,, ..4 ..5 ,, ..1 ..2
7 .... Escripturaçaõ Mercantil c Contabilidade '

8 .... Grammatica. Inglez " ..1 " ....4. ' ..1 " ...1 ..1 ..2 , ..4 " ..2 ..2
Somma ., . _ ... . 32 72 1 2S. 21 33 65. 34 25 -10 41 17 25 63 32 , 43 21 i
N.° 12.

4yjADRO DA RECEITA E DESPEZA DO ESTABELECIMENTO DOS EDUCANDOS ANTES DA REFORMA E DEPOIS DÁ REFORMA .
DO MESMO ESTABELECIMENTO

ANTES DA REFORMA: DEPOIS DA


.
. REFORMA.:

1838-1839. 1839-1840; 1840:-.-1841. 1841-1842. 1842-1841 1843-1844. 1844-1845. .1815-1846. 1S46-1847:1 184'7-1848. Te40.-. 1848,184a .;
de Março a
. Julho.

.1
Despendido pelo Thezouro. 2:6478520 9:3128260 13:7138240 .15:0388940.. 14:2808600. 1 6:0168800 9:716'8220 7:9468720 12:0018490 I 6:68.08470 97:348260
Rendimento das officinas, e jornaes dos Educandos 2:2378420 25948070 2:7368270 1:4498.610 . 1:9598410 1:2848520 8188266 7558230 J:432 16Õ '..:557$940 .15:8748890 1:-85.5!.«)80,':,i'

Despeza effectiva . 4108100 6:7188190 10:9768970 13:5'898330 12;3218190 4:7328280. 8:8978960 7:191$490' 10:51983-30: b 122$1 8.1,:479$370 . 2:966251

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N.') 13.
QUADRO 'DEMONSTRA'r1V0 DA REC.'ElTA E I) 11) El, A 1)A SANTA c A ZA DA 1\117,11Z WORD! A DO l'A 1
1\ OS tIN('o ULTIM0S ANNUS ABAIXO DECLARADOS. 11.:STABEI,1-:(1:11ENTOS A SEU CARGO

i)v.srEzA. . Excr.:)ENci.

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Timplo da Irmandade . 1.7718500 . . 1.1l9$(20 . 6018080
Hospital da Chiridade ' 7.5038150 662:;. 515 .. ..... .
Dito d'os Lazaros t,5:13,;',120 . 501.8115
Gracioza .7338210 ft8 J1-1 8
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10.3098819 1S.5278335 1.7-198550 .. 3.9678095 . 2.2178530


Templo da Irmandade . I S1S8620 18118511
Hospital da Charid:ide
Dito dos Lazaros.
Graeioza
11511,87-15

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3.1001;
11.7808616
8.06,8.8S95
1.230808",
2.752$129
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Operarios 130 8180
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21 7318613 27.12:3915 3. 100$616 . 60091$91s 2.691$302
Templo da 'Irmandade . 3.1938272 . 1.7098091 1 1S11"$;57-;
Hospital da Charidade 11.6 38687 10.0928580 1.51181i .8
Dito dos Lazaro,.. . 1.196806S . 7.0018 629
Gracioza
ci 2.9928901
7218380 02-18975 200855
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Bom Jezus . ti 2861:1'
{ Pinheiro
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28040
. 2338100 1158520 117 $350 8
Operarios. 1.96081_2o . .1.0608318 5918072.
21.8218827 21.0118:380' .. 4.0038037 3.1008196 5078.111
Templo da Irmandade 1.S358325 .2 3128016
Hospital da Charidade 500.801
7 91182S-1 I 1.555$639 3.61.18355.
Dite> dos Lazaros. .
. .4.99.68833 5.60'1899S
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13058165 . . . ..
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1.1678107 890$103
$125
' Operarios , 2 44980.0 . 6,Jj:$616 .
. 1 84.58121
20.5028496 21 85881-S3 "

3 1398950 4.726833(1 . 1.5568377


Sonuna total. OS 2$S$321 155 .238831-1 20.9498-109 7 7578464
13'99983S6 . .: . 5078441 1 6950022
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N.° 11.

QL"..11)/Z0 110XSTIZ.VI'IVO W) movimEyro DO. ; BOSPITAES A CARGO DA S.kNrrA CAZA D. MIZERICORDIA NOS CINCO
ANNOS ABAIXO DECLARADOS.

_ 1511-..-1S45. 1515-1516. 15.16-1517. 1517-1515. 1545-1549.

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Marinheiros d Alfandega.. " " ' "' " ****** '


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Pensionistas d Armila 15 56 ........ 8 91 2 2 SS .... .... 1 69 20 20 IOS ... . 4 7 104 13 13 157 ....: 5 5 116 1.1 14 2 6 86

Pewsioni,tas Prticuiarc 1 ........ 1 2 2 2 9 .... .... 4 6 1 13 ........ 2 7 5 55 .... .... ....I 9 1 115 .... .... 1 13

Prezos de Justi2 57 ........ 3 .49 10 10 33 .... .... 1 34 S S 40 ........ 3 44 1 1 .. ...... .. ....I 1 .... .... ....I.... .... ....1 ... , ...
120 ....i.... 1 115 70 ........ .... 75 5 5 93 ......... SS 9 9 1114 .... .... 2 115 6 r-,), .... 58 G
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Enfermos no Hospital dos Lazaros ..... ,. .. . 5.9 5 . .. 1 4 ....


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OBSERVAÇOËS.
IO Enfermo, que no armo de 1S-15-1S16 salne do Hospital do Tucunduba, foi para em caza particular applicar-se-lhe o guano, de que naõ teve proveito algum, e por isso no anno
seguinte tornou-se a recolher ao mesmo Hospital.
Os trez sallidos no atino de 1S47-1S4S, passaraõ para o Hospital da Charidade para ali serem tratados, por que uma commissaõ de Medicos, assentou que elles naõ padeciaõ morphea.
O Enfermo, que no armo de 1548-1S49 sahio, foi entregue a sua familia, que o exigia para lhe fazer applicax o assacú.
,

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.....
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. N.° 15.
Rdlaçaõ nominal dos Directores parciaes; e Encarregados das Missões Indigcnas da
Provincia do Para.

NOMES. EMPREGOS. NOMES dos Lagos e rios onde existem


as Missões ou Aldeamentos.

José Mareellino Maciel Pareiite Din,etor Rio Acari.

Domingos Antonio do .h.:aral. Director Rio Capim

Eugenio Caetano Rio iro . Encarregado Rio Mojú.

Pedro Miguel de Moraes Bitancourt. Director. ... Rio Tocantins.

José do.iquito Alves Pie, nço Director Rio Pacajás-

Manoel da Foneeca Zuzarte de Macedo Director . Rios Jary, Maracá, e Araguary.

Cordulo Candido de Cumiaõ Borralho Director . Rio Xingú.

Francisco Estacio de ilueinis Director. Rio Gurupy.

Antonio José Ribeiro Lucena Cascai Encarregado . . Rio Uatuniú.

Antonio dos Santos.. . Encarregado Rio Jary.

Florencio da Silva Cravo Encarregado . Rio Parii.

Francisco Antonio Monteiro Tapai, s Director, Rio Trombetas.

Luiz Pereira Brazil.. Director Rio Canumá.

Jozé Maria da Conceiçaõ Encarregado Rio Madeira.

Joaõ Antonio de Versosa Encarregado Rio Mataurá.

Antonio de Barros Card,so Encarregado . Thorás.

Manoel de Souza Marques Encarregado.. Lago Manacapurá.

Antonio José Brandaõ .. Encarregado , Lago Manaquiry.

Director Lagos Abofaris e Parauá.


Joaõ Rodrirrues Camet.O..
Director Lagos tianacú c Paratary.
Antonio Lobo de Macedo
I
Director Rio Purés.
Manotl Vicente Barbosa de Oliveira.

Thomaz José. Pereira Guimaraes Encarregado.... Lagos Cudajás e Paratary.

José Ferreira Guimarães Director ...... Lagos Mania e Juçara.

Encarregado.... . . Rio Jupurá.


José Monteiro Chrisostimo .

Felippe Joaquim Bat.dlia . Encarregado ' Rio Tonantins.

Caetano Luiz Simpson .. Encarregado...... ..... .... Rio Juruã.

Estevaõ dos Reis da Penha de França Encarregado ..... .......... Rio Jutally.

Encarregado.... . Rio Iça.


Francisco de Paula
Encarregado... Rio Uripés.
Francisco Gonçalves Pinheiro.

Padre Joaõ Martins de Nina.. ...... .. . .. .. .. .. .. .. Missionario Director Rio Içá.

Fr. Manoel Procopio do Curaçaõ de Jesus.. ...... .... ... Missionarió Director. Tocantins superor.

.. ... . Missionaria Director Rio Andirá.


Fr. Pedro de Ciriana . .

Padre Antonio Felippe Pereira ....... Missionario Director Rio Branco.

Fr. Egidio de Gavesio . .. . ..... Missionnrio Director Ria Tapajós.

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N.o 16.
MAPPA DAS MISSORS DA PROV1NCIA DO PARÁ.

Rios. Denominações e Lu- .31isssionarios. Vencimentos. Observações.


rares de Missões.

Alto Rio Branco ..... Porto Alegre Padre Antonio Felippo Pereira 500$00C Nas abas da serra do Banco.

Santa Cruz, Cory, e Ixituba. Capuchinho Frei Egidio de Garezio. 500$.000


Tapajós

O rio Andirá entra no furo de Tupinamba.


Andirá Dito Frei Pedro de Cirianna 500$000 rana.s, que communica com o rio Madeira.
Madeira. 1

Saõ trez rios confluentes pelo lado do Norte


Iça, Japurá e Tonantins. Padre Joaõ Martins de Nine 500$000 no Solimões.
Solimões 1

Religioso Carmelita Fr, Manoel Procopio do Cara9a7..) de Depende o lugar da exploraçaõ que fizer a
Maria 500$000 Commissaõ que seguio para o Tocantins a
Alto Tocantins Ainda naõ designado. fundar a Cobaia militar,

SOMMA 2:500$000

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N.o Is. .

RELACAO NOMINAL DOS,3ITIZES DE DIREITO, CHEiS DE POLICIA, JUIZE S IIINICIPAP.S


E DE (MEÃOS DA PROVINCIA DO PARÁ.

Julz1,. DE DDLErro E CIIEFE DE POLICIA. .

'...7,- it CLAssiricsçõss. NOMES. OD8E-.DvAçoi.::4,


2<
I
- - ---- __ .
Vara Cl el. e
1:adiarei Bernardo ele Souza Franco. ' Em exercício.
j 1. ' Viera ejreine. Vaga.
F
Vara Crime. Bacharel Piei 'isco Jose Furtado. Obteve 1 nen de licença pela lteeldçaõ el. Mar.,,a
eeel

---
'--- ,,ew a.
Chefe do Policia.

Juiz ele, Direito.


Bacharel 3 keee,

Bacharel Llen;iquee
Joaquim rilutlita do Magedhaes.

1. elix de Dacia.
Nomeado por Decreto de 19 de Agosto do corrente
a. no. Em exercicio.

Eu, exenMeio.

Nomeado por Decreto do 19 ele Age elo do correi,


, .,,,a,a,l, Juiz de Direito. Bacharel José Chriediano earção Stockler. te anuo, ainda eet) nau eipresentou a tornar con-
ta da Vara.

--
Macem,.

---
Santarein.
Juiz

Juiz
ele

ele
Direito.

Direito.
Bacharel Antonio José Lopes Dama sc. no.

Bacharel Joao Baptie,ta Gonçalves Campos.


EM exereiciu.

Em exercicio.

.. leo A fila7.0 Juiz de Direito. Bacharel Franc.u.co-da Serra Carneiro. Ainda se náo apresentou a tomar conta da
wee, varre.

JUIZES MUNICIPAES E DE ORFAOS.

TERMOS. CLASSIFIC.A.COliS. NOMES. OBSERV.AC012S.


o
r.; 1

Juiz :11unici1:el. Bacharel Ambrosio Leitáo da Cunha. i No exercieio da 1 a e 2.a V.a Crime
Termo da Capital.
Juiz de Orf..tos. Bacharel Manoel GOITIiifi Correu de Miranda. Em exereieio.

Termo ela Cacho- Juiz Municipal e de Or. Bacharel Luiz Pereira da Silva Neves. Em exercicio.
eira. Los.

Termo da Vigia. Juiz Municipal e de Or- Vago.


face,
-
Termo de Bragan- Juiz Municipal e de Or. Servem neste Termo os Juizes eme
9. Ruo-. betitutos do que trata o artigo 19
Bragança. da Lei de 3 de Dezembro de 11,41.
-
Termo de Tury- Juiz Municipal e de Or. Bacharel Fernando Pereira de Castro Junior. Ainda se nao apresentou a tomar
. assé. Ries, conta da vara.

Carneta. --
Termo do CametO. Juiz Municipal

Termo de Melgaço. Juiz Municipal


Rica.

f,ees.
e de

e
Or. Bacharel Joáo Clemente Pessoa de .Mello.

de Or. Vago.
Ainda se nao apresentou a torne-r
conta da vara.

Termo de l\Iaeapa. Juiz Municipal e de Or. Bacharel Antonio José Alves Ferreira. Ainda se náo apresentou a tomar
fill09. conta da vara.
-
Juiz Municipal e de Or. Servem neste Termo os Juizes su-
Macapá. Termo ele Chaves. Rios. bstitutos de que trata o artigo 19 da
Lei de 3 Dezembro de 1811.

Termo de Porto ele Juiz Municipal e de Or. Vago.


múz. faoe.
-
Termo ele Santarem Juiz .Municipai e de Or. Bacharel José Gomes de Paiva. Em exercicio.
faos.

Santarem. Bacharel Antonio Feliz de Alvellos G Oeii de Acba-se em ilurarmao wspenden-


Termo de Obidos. Juiz Municipal e de Or- Boto Inglez. eloperante a relayMo por crime ele res-
fáos. pounabelidade como Juiz ele Direito
interino da Comarca de Santarern.

Termo el , Baru do Juiz Municipal e de (Jr- Vago.


Alto Ama- Rio Negro. fáorr.
zonas.
Termo de Manés. Juiz Municipal e de Or- Vago.
fano.

_
N 11

Mappai rotatidico da populaça() da P1191411(14 da Para to /asno dc 11948.


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2,2 21 12 9 . 312

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75 1/9 .. 21 , 142 4 ...... .

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Resumo do Mappa da Populaçaõ da .Provincia do Pará em 1848.

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Da Capital 56:514 19 225 75.739 I 9.921 3:068 1071 684 1.124


De Macapá. .. .. .... 11.846 2.934 14:780 I 1.537 486 277 68 63
De Cametá, 27.802 4.734 32.536 5.211 1.757 721 820 169
De Bragança 9.072 2.766 11.838 1.892 360 103 46 55
De Santarem 24.594 i 3.883 28.477 3.459 926 242 228 168
Do Alto Amazonas 710 22.692 2,185. 797 575 562 80
21.9821
Somma 151.810 34.252 186.062 -24.20s- 7.394 2.989 2.408 1.6 9
N°20. .,-., .

irfappa dos Navios vitüks de portue,F..dtratigewory


- . "3/~1...4...1
--..=.,..,.. -por.»
i
do:"Irti » anilo jinan-
I
ceiro decorrido do 1,0 de Julho de 1848 ao ijailikl '& ,hoilto de, 1849.
I _..

I
Portos Estrangeiros donde vierata Numero, Qualidide e Naol~. dos Navio.. Tonellagem Equipagem.

i
1 Barca 16 L...
Londres . 1 h. .' ' fflow .. 199 . ,. . 12

-. ,
1 Galera .. .. e , len . 535 .... 26
Liverpool 3 Barcas .. .... 708 .... 40
3 Brigues... 868 .... 47

Hartlepoul 1 Barca . Dinamarqucza . . 111 . .. . 14

Gnernessey .. . .. 1 Barca
-4
197 .... 11

1 Gukra . . . Ftance3a , . 314 .... 16


Havro .. I Barca iii 176 .... 12
3 Brigues . -.- Dito ' .. , 494 ... 33

Nantes ..
1 Barca .. . ... . . Franceia ' . 177 .... 12
,. 2 Briguei ... ...... ........... 'Dito ....... .... 217 , .. 16

Marseilo 2 Brigues... ...... "FrancezeS . , , . ... ... 316 .... 24

1 Brirme .. Francez .. 182 .... 12


Cayenna
2 Goleias Dito . 85 .... 19

Cette 1 Brigue . .. .. ... Francez ..,..,, .. .. 108 .... 8

.
1 Polaca . .. - ... Pornigueze . 168 .... 13
1 Patacho... . . Dito 110 ... , 11
Lisboa
4 Brigues ., .. Dito 711 .... 57
6 Barcas Dito . 1.512 .... 103

Porto ... 7 Brigues .... Portuguezes . , 1.315 .... 136

Ilha do- Mayo .... 1 Brigue Escuna .. -Portuguez. .... 190 ..... 12
1
1 Barca . Americana . . 194 .... 8
1 Dita de Vapor . Dito 745 .... 45
10 Brigues Ditos 1.634 .... 89
New York. 1 Dito Escuna ... Dito .
149 .... 9
i Dito Dito Brasileiro 206 .... 10
1 Patacho -Amerirano 139 .... 8

1 Brigo(' . ... , Americano 161 .... 9


Salem 12 Patachos . ... ' Dito
.. _.
. 1.662 .... 102.

Cadix 2 Patachos . .... Hamburguezes . 265 .... 18

Antuerpia 1 Escuna . .- ... Belga 130 ... 8

Genova ....... ..... . .. . 1 Brigue . Dinamarquez 133 .... 7

Gibraltar 1 Patacho , ,,. tagies

f
1
Somma . ... ... 77 Navios -.. . 14:218 955
J .

. ...., ..........r.....j.................~. 1
..............._......... - ---
i1.fai4)a dos Aratsios saliido* do do Pard para- os portos Estrangeiros '710 Ming financeiro
'

decorrido do t.° Juiltio de 1848 ao ultimo de Junho de, 1849.

Portos estrangeiros para onde aeguirei). Numero, qualidade e Nacionalidade dos Na,. ioa. Tonelagem. Equipagem.

i 1 (lidera .. Inglesa 644 ... 25


Londres . ' 3 Barcas . . . .. Ditas 915 . ... 38
1 .Brigue ....... Dito 260 ... 11

L iverpool 2 Barcas .................... Inglesas 458 ... 28

i.;
. .
4 .Brigues ... Ditos ...

Gibraltar
--__-
1 058 47

1 Patacho . Ingle7 08 . ... 7

Fahnouth . .......... .. .... . 1 Patacho Hamburgues . 144 . ... 9

Marseille . . 4 Brigues ... . .. .. .. . Franceses ..... .. .. . . 864 . . 36

Nantes .. . .. . ' 2 Barcas


2 Brigues
.
. .. .. ..
Francesas . 454 .... 23
Ditos 252 . ... 16
-

....
,

. I 1 Galera ..... .. .... .. .. Francesa 476 . ... 15


Havre ... . . . 1 1 Barca .. Dita . 244 . .. 12
2 Brigues Ditos . 390 . ... 22
I

Cayena ... ' 2 Goletas . . .. ..... Francesas .. 124 . ... . 16


; .1 Brigue . .. ... Dito 204 . ... 12
1

- 1 5 Barcas . .. .. .. , Portuguesas . 1 250 . ... 80


Lisboa ... . . t 3 Bigues . ... .. . .. .. ... Ditos 703 .... 40
1 2 Patachos. ... . . .. .. ... Ditos . 316 . ... 20
; 1 Polaca . ... .. . Dita . 132. . ... 13

. Porto 1 6 Brigues ... .... .. . Portugueses ... . 1 148 .... 83


'

New Vork* . . .
1 Brigue Escuna . .. .. _ .. . Americano ... . 148 .... 7
4 Ditos . .. . . . Brsileiros . . . 773 .... 45

4 Brigues... . Americanos ... . 556 .... 33


Salem ... . . 3 Brigues Escunas ... .. . Ditos . 493 ... 27
7 Patachos . .. . ... Ditos 897 .... 66

Californh 1 Barca do Vapor . .. .. . ..... Americana .. . .... 745 .... 44

Havana ; ... . . 1 Brigue Escuna Brasileiro

Antuerpia .. . 1 Patacho... .. . ..... . ...... Belga .

Flensbourg e. ... .. . 1 Barca Dinamarquesa .... 351 .... 14

Summa . .. . 68 Navios, 14.305 806


I
,
N." '2.2.

(iu'leo da n'er.ita e 1),Te:a dw: Cantara: Maniripars da Peopineiír (1,) Pw.(1.

'rCkiltl, VOtIldt l:eceita orçada 1)...peza lixa-


os dou. nitra o anuo da e prop,..tio, :.-,,1,10. Defult. 1/1vitla activa )i idu p.thhivo ,. litil.:1 V Al:l1ENS.
,111.8de 1;44H financeiro lit, /1:11. C
t 1m10 e IS 19 u 1,50 h 1851 ra..
is50

Cidade de llelein ...... .... 35261 '..5:,72 :28G138000 51:017890o , .... 2240480011 ....I.000$000 .. 1.1:,78:)(10
.. G100 .. .. ..

---- --
Mu.om . 205,,,:,t100 . 1:17$310 . 5155.0:,0 .

Ouleni . , .. . .1s0800,1 .. 2015200 .. 2178152 . .. lf,$052 .. . 121$1";0

Igara-iiiirial . .. ..1:116113000 .. 1:11..:58000 .. 1:3.,5,',1100 .. . ... ' " .......


Viia ... ,.., , .. 785$001.1 .. 7008773 .. 70.:802.,1 . , i;it; .. 1.6135159 .. 2 ."-(1$01.10 Na i..1t. ,1,, orçamento foi regulada a receita e deope-
na pelo Balanço do P11110 de 1847 18,113.

Cintra
.
. .1:-Ili;000 ...... .... ...... ...... , Naõ exi,te nein o erçaluellt0 de 1818
o balanço de,;.:, atino.
18.10 nem

Cachoeira . , 750 ,.11(111 .. 7010 . 1852511 ... ....... . , .. 1:1675:1.10 .. . 7065 i05 Na despena se inclue a quantia dc 1.000$000 de
reis para u com,trueçaõ da Cabia.

Monsará,: ..... ........ .. 4805:000 ..... ....... Naõ existe nem orçamento de 1818 1819, nem
o Balanço ileHlw anuo.

Catita 12:1605000 13::818710 ... 2:5105000 .. 9.87',I5740 .......


Bai ,õ.. . 7205000 . S85,5000 .. 72051100 .. 1658'000 1155000

Mclgaço .... ......... ... .. 4805000 .. 8105000 .. 53581170 .. 27.IS030 ., 4.3000 Seo,undo o orgincnto da receita e despesa de 1,18 a 18.19

Portei . .. 4805'000 .. 4885-100 ... 4695304 . , 105!;I-I6 65:926


Naõ existem ou Balimço nem orçamento dou dois
°eiras 4805000
ultimo,, anilo, proxinioa passadog.

.. 0S:,5610 . 265'51l0 .. 951;635 Na despena se inclue a quantia de 3008000 réis


Bragança . 13105000 . 4095'060 .. 1:399$600 .
para a obra do CeilliteriO.

Turiassá ..570$000 .. 231$000 .. 2708000 36.5000 .

.. 0638130 .. Na despena se inclue a quantia de 6008000 reis


Macapá . .. 1:150:3000 .. 757$S50 . 1:1:2059S0 12$'534
para a construcçaõ de hum Cemitério.

Chaves .. 1108000 ,. 5388100 . 3608000 .. 1788100 .

.. . L. 9.18000 S, gundo o orçamento da receita e despesa de 1818 a 1849


Masagaõ .. 6508000 .. 438810 .. 3508000 .... 3068160

Porto de .:16z. 3428800 .. 1188000 . . 3928800 .. 25$200


1405:300 . 1415000 Na despena se inclue a quantia de 3008000 réis
Gurupá. .. 1608000 .. 9298760 .. 9298760 .
para a obra do Cemiterio.

Santarem . 35108000 .. 1:3508000 3:0108000 . . 1.6605000 .. 1.7625431 I.. 1.36582S4

A letnquer . 6505000 .. 218.5000 . 085$581 ..... ...... .. 7675551 .... . ...1 Na de,peza ,:e inclue a quantia de 600$000 ri:s para
a cOnstrtieçari de timn cenrterio.
. I

Monte A legre . 1:065.5000 .. 525$000 . 10165'000 1 ... 1905'100 .. 1.1.15000 .. 1115925

.. 9785'000 .. 1.2058117 Na despera SC inclue 900$000 réis, pra começo


Villa Franca .. 1455$000 .. 4505000 .1:1255000
da usa da Cantara e reparo da Cadeia.

Obid. . . 1:1505000 1:010:',5100 . 1:2605000 . 219:8600 .. 520.56000 i

I . . 17553-14

:S,egundo ol:a lanço de ,81..1.819 po, ftita de OTÇdtnento


Faro .... 6505:000 . 338$430 .. 337$500 . 220$620 . .. 315$000 t.. 15$000

' .. 12508000 .
I
.. Na forts5 ainda presentes e balanço e orçamento
Barra do 1:io Ne_;ro do anno proximo findo.

Mando . . 1 7605000 . 5655050 .. 1:1888580 .. 6235330 .. 8505230 .. 180$586 Na despem se inclue a quantia de 600$000 réis, pa-
ri, ronclu,4 da Carrara o edeficapõ do Ccrniterio.

Ega ,.. 21o.,-;;000 .. 1178000 .. 2565000 . 1095000 ... 10$500 13e9.,uri,10 o or.;;,:nento de 1848- 1840, por faltado
orçamento para 1.50 1r,51.
I
i

.. 65:5000 .......... . Na . .'xis:, nem orçamento, neto o Balanço dos


Barcclios dia ultnnos annog.

70:1055-172 54:7805105 75:023$496 10:7635532 31.0065923 O 2248224 I 5.6575065


SOM NI A

N. B. Os 31unieipios de ,S'oure, e Villa ,Narn da Rainha ainda MI() fora() instaurado.


N .)3.

!Maça() nominal dos Empreg,rados da Cantara, Municipal desta Cidade de Belem do


G ant Parã.

EMPREGADOS. . NOMES. Tempo de serviço até 31 de ORDENA-


Julho de 1849. DOS.

Secretario José Joaquim da Gama e Silva 2 mezes. .. 1.200$000

Official maior.... ...... .. Silvestre Tenreiro Aranha . 4 annos 6 mezes '26 (lias .... 800$000
....
l

450$000
Oficial .. ..... ......... José Joaõ da Silva 8 ,, 6 ,, 9 ,,

Amanuense ............ Pedro Gomes do Amaral. 5 ,, 9 ,, 7 ,, .. .. 350$000

Porteiro ................ Francisco Alves Pontes de Abreu. 8 ,, 6 ,, 8 , .. 300$000

Medico ................ Dr. Catnillo José do Valle Guimarães 11 10 ,, .... 600$000

.... ..... ... Joaõ Wilekens de Mattos . 7 ,, 3 ,, 8 .. . 500$000


Agrimensor

Fiscal .......... ...... Manoel Gomes Franco 8 ,, 6 9 .... 400$000

....
!

400$000
Dito .................. José Antonio de Macedo ................ ............ 5 , 9 5 ,

Conego Joaõ Rodrigues de Castro Góes '29 11 1 ,, .. .._ 120$000


Capellaõ. .. .............
Francisco Alves Pontes de Abreu 8 6 8 .. .. 40$000
Sacristaõ
Ignora-se 300$000
Feitor... ... ..... ....... Joaquim Pedro Roquete

Procurador. Matheus Valente do Couto e Pinho


ArznbrInn
' omma.

OBSERVAÇOÉS.
porém, o Secretario, mais 4 annos e
tempo de serviço, é o prestado nesta repartiçaõ somente; tendo Pedro Gomes do Amaral, mais 3 an-
8 mezes de serviço em repartiçaõ de Fazenda Geral; e o Amanuense de Official de Fazenda e
nos, 10 mezes e 8 dias prestado na Armada Nacional e Imperial na qualidade
Nautica. acha no archi-
Feitor Joaquim Pedro Roquete, naõ consta o seu tempo de serviço, por que nada se
vo, a seu respeito; e, naõ ter apresentado provisaõ, que, diz naõ terlhe sido dada.
porcentagem de 4 por or
Procurador NIatheus Valente do Couto e Pinho, vence de gratificaçaõ uma
dedusida do rendimento que arrecadar; naõ podendo porém exceder a 1:200$000.
N.° 24.
Resumo da, divida passiva liquidada, em liquida çaõ e por liquidar até junho de 1848 com
demonstraçaõ do que foi pago por conta no ultimo anno financeiro e o que ficou por pagar.
_

Liquitioçaõ se- Divida liquidada Divida em liqui-


gundo o quadro dos ultimos 2 an- daçaõ e por ligai- TOTAL Paga por conta
ANOS DA DIVIDA. annexo a lei do nos de 1846 a dar dos ultimo' da no exercicio de Divida que ficou
orçamento n. ° 1848 e dos an- 2 annos do 1846 DIVIDA. 1848 a 1849. por pagar.
154. nos anteriores. a 1848 e dos an
nos anteriores.

1833 a 1834 . .. . . 2008000 200000 2008000


1834 a 1835 . 2008000 2008000 2008000
1835 a 1336 . .. .. . 2008000 2008000 2008000
1836 a 1837 2004000 200$000 200$000
1837 a 1S38 2008000 2008000 2008000
1838 a 1839 3008000 304000 300$000 -

1839 a 1840 .1118110 1118110 1118110

1840 a 1841

1841 a 1342 2688333 2688333 1688333 1008000

1842 a 1843 3:6478103 338333 3.6808436 2.O95910 1.584026


1843 a 1844 8:114'; 305. 225$000 . 2008000 8.5398305 17.0928183 2.05S$333

1844 a 1845 15:1018600 498375 15.150$975 12.359$317 3.630$774

1845 a 1846 41.7738185 3838750 668666 42.223$601 4.5038982 37.7198619

1846 a 1847 8008000 5008000 1.3008000 . . 1.3008000

1847 a 1848 5828755 114458820 12.0288575 12.0288575

Somma 68.9048526 2:0408880 13.6568929 84.604335 36.2198725 (30.0328937 I

OBSERVAÇAÕ.

A quantia paga no exercicio de 1848 a 1849 naõ só he por conta do quadro annexo a Lei n.. 154 co-
rno dos anteriores, por que a Lei citada quando em Janeiro foi posta em execuçaõ já se tinhaõ feito mui-
tos pagamentos em virtude d'esses quadros anteriores.

4-
ará pertencente ao anuo financeiro

í-U8-0-00
`Y . . 5508933
. :11538596
-t029$060
. 3675$56t3
. . 2.0008080
'
18.8098155 8648471

.. 18 1908448 .. 2.4588609 ..
.. 28.6788596 .. 3.4468636 L.
.. 1.4898205 .. 3.1648150 .
SOMMA 48.3588249 9.0698395 1 57.4278644 . 57.427$644

Ofliciaes d' Armada, e Reformados .. 4.2398782 90,8370 .. 4.3308152


Repartições de Marinha 8.2288013 8.2288013
Arsenal 90.0598'740 558'851 .. 90.1158591
Força Naval 64.4748553 3728357 .. 64.8468910
Eventuaes e outras Despezas 1.7558552 1.7558552

SOMMA 168.7578640 1 518$57S 1 169.2768218 . 169.2768218

Repartições Militares 5 9228235 . 5.9228235


Arsenal 27.4858528 L. 27.4858528
Força de Linha .. 139 1308310 4348100 - 139.5648410
Obras Militares 8.5938r171 8.593$071
Officiaes de differentes classes .. 27.1018964 .. 1.0908745 .. 28.191$809
r.4 Recrutamento e Engajamento 5.7158640 .. 2018551 .. 5 9178191
CD Eventuaes e outras . . 10.1988904 .. 68206 .. 10.2058110
SOMM.A 224.1468752 1 1.7328602 225.8798354 . _ 225.879$354

Repartições de Fazenda 77.510$25S .. 1.4068081 .. 78.9168339


Pensionistas e Aposentados .. 16.3668462 .. 1.0168666 .. 17.3238128
Obras Publicas 8.2518325 8.2518325
Eventuaes e outras 5.7418115 5.7418115

SOMMA 107.8098160 2.4228747 110.2318907 110.231$907

Despeza paga nos 5 Ministerios 567.8808956


Despeza por pagar idem 14.6078793

TOTAL DA DESPEZA GERAL

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