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Forças de Operações Especiais do Peru

COMANDOS PERUANOS
Poucos fora do Peru sabem, mas o Cuerpo Aeronáutico Peruano (CAP), antiga arma aérea local,
foi o pioneiro do paraquedismo militar na América do Sul, iniciando as primeiras experiências com
tropas aerotransportadas já no final dos anos 30. Como efeito, em 31 de julho de 1941, durante o
primeiro dos três conflitos contra o Equador, um pequeno grupo de suboficiais armados apenas
com pistolas semiautomáticas saltou de um bombardeiro Caproni Ca.111 sobre posições
equatorianos na localidade de Puerto Bolivar, rapidamente sobrepujando seus atônitos defensores.
Dias após, se usou a mesma manobra para tomar a localidade de Machala.
Apesar de tais sucessos, o Exército do Peru somente começou a pensar num corpo próprio de
paraquedistas em 1956, quando cinco oficiais e suboficiais de infantaria se qualificaram como
paraquedistas na Divisão Aerotransportada do Exército Brasileiro. No ano seguinte, enquanto
outros dois oficiais peruanos se graduavam na Escuela de Tropas Aero Transportadas argentina, o
Batallón de Infanteria Nº 19 “Comandante Espinar”, iniciou os preparativos para converter-se em
unidade aerotransportada, com a nova denominação de Batallón de Infanteria Paracaidista Nº 19
(BIP-19). Tais esforços culminaram na fundação, em 1959, da Escuela de Paracaidistas Del
Ejército (EPE), sediada do distrito de Chorrillos, em Lima, que formou sua primeira classe de trinta
paraquedistas ainda naquele ano.
Nos primeiros anos da década seguinte, militares peruanos se qualificaram na Ranger School do
US Army, em Fort Benning, e, com ajuda de assessores norte-americanos, o BIP-19 foi
transformado em uma tropa de comandos, ao mesmo tempo em que uma segunda unidade
paraquedista era formada, o Batallón de Infanteria Paracaidista Nº 39 (BIP-39), Tais unidades
passaram a fazer parte, junto a EPE, do Destacamento de Fuerzas Especiales e, a partir de 1965,
foram mobilizadas para enfrentar guerrilheiros comunistas apoiados por Cuba na zona de Púcuta-
Satipo, os dizimando em poucos meses.
Em 1970, como parte de um grande programa de reestruturação e modernização do exército, as
forças aerotransportadas peruanas foram ampliadas, nascendo a 1.ra División Aerotransportada
(DAT), sediada no aquartelamento “Alfonso Ugarte”, em Las Paumas (Lima), e constituída pelos já
existentes BIP-19 e BIP-39, alem do novo BIP-61 e unidades de serviços, transmissões, engenharia,
uma bateria de morteiros, uma companhia contracarro e um esquadrão de reconhecimento, embora
seja improvável que todos seus membros tivessem treinamento paraquedista.
Entre dezembro de 1973 e fins de 1974, um destacamento da DAT serviu no Battallón Especial
Perú da Força da Paz da ONU estacionada na área do Canal de Suez, atuando tanto na Península do
Sinai como nas Colinas de Golan. Em janeiro de 1981, entreveros na Cordillera Del Condor, uma
região não demarcada da fronteira com o Equador, provocaram novo conflito entre os dois países,
no qual o BIP-19 participou reforçando os postos de vigilância ao longo da fronteira e como tropa
de assalto helitransportada. Alem disso, muitos oficiais qualificados como comandos ou
paraquedistas servissem nas unidades de infantaria de selva também enviados para a região.
A partir de 1982, o grupo terrorista Sendero Luminoso, de inspiração maoista, iniciou uma
sangrenta campanha de atentados, ataques e assassinatos por todo o Peru, forçando o governo a
mobilizar as unidades de elite da DAT para enfrenta-lo, principalmente nas remotas paragens
andinas de Ayacucho, Huancavelica, Huanuco, Andahuaylas e Junin. Resultado direto dessa
campanha foi a criação dentro da DAT de companhias especializadas em ações antiguerrilha,
denominadas Compañias Especiales de Comandos.
No dia 1º de janeiro de 1988, a DAT passa a denominar-se 1.ra División de Fuerzas Especiales
(1.ra Div. FFEE.), tendo como suas unidades de manobra o agora renomeado Batallón de
Comandos Nº 19, os BIP-39 e 61 e as Compañias Especiales de Comandos Nº 111, 113 e 501.
Pouco tempo depois, aparece no Peru um segundo movimento armado, o “Movimiento
Revolucionário Túpac Amaru” (MRTA), descendente direto do M-19 colombiano, fixando suas
ações nas selvas do norte e na região central do país. Logo em um dos primeiros enfrentamentos,
ocorrido em julho de 1989, em Los Molinos (Junín), o BC-19 logra frustrar uma manobra do Túpac
Amaru para cortar uma das principais rotas de abastecimento da capital, realizando uma emboscada
em plena estrada, quando nada menos que 75 guerrilheiros foram eliminados.
Entre 1994 e 1995, ocorrem as grandes operações “Aries” e “Tumbamonte”, contra os
acampamentos do Sendero Luminoso na inóspita zona de selva do rio Huallaga, onde esse
movimento mantinha uma prospera aliança com os “barões da coca” peruanos, que em troca de
proteção lhes fornecia armas e principalmente os financiava.
Em 28 de janeiro de 1995, encontros armados entre patrulhas peruanas e equatorianas nas selvas
da região do rio Cenepa, rapidamente geraram novo conflito, desta vez com uma maior
mobilização de tropas e equipamentos de ambos os lados. Entre as primeiras tropas mobilizadas
estava uma das companhias do BC-19, que, já no dia 30, encabeçou um ataque contra as posições
inimigas em Base Sur. Rapidamente, outras unidades das forças especiais foram mobilizadas desde
Lima ou realocadas de suas bases de combate a guerrilha no interior, permitindo que atuassem
também nas ofensivas contra Cueva de los Tayos, Montañita, Tiwinza, Quebrada Zafra e Coangos.
Após o conflito com o vizinho, os comandos peruanos novamente voltaram suas atenções para o
front interno, logrando grandes êxitos, que virtualmente puseram fim as atividades dos grupos
armados locais. No entanto, em 17 de dezembro de 1996, quatorze membros de uma unidade
especial do MRTA ocuparam a residência do embaixador japonês no Peru, tomando como refém
cerca de 500 convidados que lá estavam pra comemorar o aniversario do imperador nipônico.
Imediatamente o local foi cercado pela policia de Lima e pelas forças armadas e as negociações
começaram, permitindo a libertação da maioria dos reféns – incluindo todas as mulheres, crianças e
idosos, alem dos políticos de oposição ao regime do então presidente peruano Alberto Fujimori –
restando no interior da luxuosa mansão apenas 72 pessoas, dentre elas o embaixador Morihosa
Aoki, altos funcionários governamentais e militares.
Ainda no mesmo dia, o comando do BC-19 foi encarregado de planejar e reunir os meios
necessários para uma possível operação de resgate. Como o sequestro se estendeu por alguns
meses, houve tempo para um esmerado planejamento e preparo, incluindo a construção de uma
réplica da residência invadida, onde 140 operadores especiais (todos voluntários) treinaram
exaustivamente, enquanto vários tuneis eram cavados a partir de edifícios adjacentes, levando a
pontos-chaves sob a casa verdadeira.
No dia 22 de abril de 1997, finalmente o governo deu sinal verde para o desencadeamento da
chamada Operação Chavín de Huántar, assim batizado em referencia a um importante sítio
arqueológico local, famoso por suas passagens subterrâneas. Exatamente as 15:23, enquanto a
maior parte dos reféns era mantida no piso superior, cargas de explosivos colocadas nos túneis
foram detonadas sob três salas distintas, imediatamente matando alguns terroristas que jogavam
futebol em uma delas. Através das aberturas, 30 comandos irromperam para dentro da residência,
ao mesmo tempo em que outros 20 invadiram pela entrada principal e outros saiam de buracos
escavados no quintal, subindo pelas escadas externas e detonando uma porta do segundo piso, por
onde seriam evacuados os reféns. A operação durou cerca de 30 minutos e acabou com a morte de
todos os terroristas do Túpac Amaru e de apenas um dos reféns, que teve um ataque cardíaco
durante a invasão. Dois oficiais dos comandos – o teniente Raúl Jiménez Chávez e o comandante
Juan Valer Sandoval - perderam a vida no tiroteio, o último enquanto protegia com seu próprio
corpo um dos reféns. Apesar das denuncias posteriores de que alguns terroristas teriam sido
executados sumariamente, a Operação Chavín de Huántar foi um retumbante sucesso,
demonstrando toda a preparação e o profissionalismo dos comandos peruanos.
A partir de 2003, como resultado da crise que se instituiu nas forças armadas após a destituição
do regime Fugimori, a 1.ra Div. FFEE. Teve seu efetivo reduzido, transformando-se na 1.ra
Brigada de Fuerzas Especiales e todos seus batalhões ganharam a especialização de comandos.
Sua orgânica atual é constituída pela Compañia de Comando Nº 61, pelos Batallón de Comandos
Nº 19 “Comandante Espinar”, altamente especializada em combate em ambiente desértico e
técnicas contraterroristas, pelo Batallón de Comandos Nº 39 “Coronel Juan Valer”, que tem a seu
cargo o Centro de Entrenamiento de Fuerzas Especiais, pelo Batallón de Comandos Nº 40
“Guardia Chalaca”, especializado em combate na selva, e pelo Batallón de Comandos Nº 61
“Coronel Narciso de la Colina”, que tem como especialização as operações de montanha, alem de
um grupo de artilharia equipada com morteiros, uma companhia de policia militar e do
especializado Batallón de Servícios Aerotransportados Nº 10, que reúne unidades de apoio as
atividades aerotransportadas. Em 2008, foi formada uma segunda brigada de comandos, a 3.ra
Brigada de Fuerzas Especiales, inicialmente com sede em Chorrillos e depois mudada para San
Martín, região nordeste do Peru, e especializada em operações de combate nas selvas altas
peruanas. No entanto, enquanto a brigada de Lima é considerada como “pesada”, a de San Mertín é
uma brigada leve, com um efetivo reduzido e flexivel. Mais recentemente, em março de 2012, uma
terceira brigada leve foi integrada a esta já poderosa força, a 6.ta Brigada de Fuerzas Especiales
“Pachacutec”, sediada em Arequipa, região sul do Peru, sendo sua especialidade a guerra em
regiões desérticas e o combate ao narcotráfico.
Na metade da primeira década deste século, o quase extinto Sendero Luminoso resurgiu em seus
tradicionais redutos na inóspita e remota zona de selvas altas do Vale dos rios Apurimac e Ene
(VRAE), agora em quase total simbiose com os poderosos narcotraficantes da região, que fazem
hoje do Peru o maior produtor mundial de folhas de coca. Com o dinheiro vindo do trafico de
drogas, o movimento cresceu rapidamente, até contar com cerca de 500 combatentes na região.
Para deter esta nova ameaça, as forças armadas estabeleceram em 2008 o Comando Especial del
VRAE, reunindo efetivos de todos os ramos militares e da Policia Nacional (PNP), embora o
principal componente de combate seja fornecido pelos comandos, principalmente pelos batalhões
da 3.ra Brigada de Fuerzas Especiales, que com isso vem ganhando uma inestimável experiência
em guerra na selva e operações antinarcóticos.
A formação do combatente especial peruano é basicamente a mesma, quer seja para oficiais,
suboficiais, graduados ou conscritos vindos do serviço militar voluntário de 18 meses, começando
com o Curso Básico de Comandos, realizado no Centro de Entrenamiento de Fuerzas Especiais,
com duração de oito semanas e taxa de desligamento acima dos 50%. Seguem depois para a
Escuela de Paracaidistas Del Ejército, onde realizam um curso básico de paraquedismo, com
duração de quatro semanas e que incluí cinco saltos diurnos e um noturno. A mesma instituição
docente ainda oferece outras formações mais avançadas, como a de Mestre de Salto (30 dias),
Queda Livre (30 dias), Operações Especiais a Grande Altitude (45 dias), Precursor (90 dias),
Dobragem e Reparação de Paraquedas (30 dias) e Monitor de Tropa (30 dias). Depois desses dois
curso básicos, o novo comando segue para uma das unidades operacionais e para cursos mais
especializados em diferentes pontos do território peruano. Na base de La Tiza, 70 Km ao sul da
capital, é realizado o Curso Especial de Combate em Terreno Desértico “Escorpión” (9 semanas),
que incluí sobrevivência no deserto, tiro instintivo, infiltração/extração e emboscadas e o Curso
Especial de Nadadores Guia de Combate (4 semanas), onde são instruídos em técnicas anfíbias,
sobrevivência no mar e mergulho básico. Já no quartel de Villa Azul, em Huancavalica, a uma
altitude de 3600 metros, se realiza o Curso Especial de Combate em Montanha “Puma” (8
semanas), que prepara para combate em elevações, sobrevivência nos Andes e o manejo de
explosivos. Por fim, na base de Yurinaqui, em Junin, tem lugar o Curso Especial de Combate em
Selva (8 semanas), onde são instruídos nas técnicas de guerra e sobrevivência na floresta tropical.

FOES
Alem das unidades de comandos, existe ainda varias outras forças de elite nas forças armadas
peruanas e na Policia Nacional (PNP). A Fuerza Aérea Del Perú (FAP) mantêm os chamados
GRUFES (Grupos de Fuerzas Especiales), que, tal como seus similares estrangeiros, são
especializados em missões de busca e salvamento e combate (C-SAR) e infiltrações em território
inimigo para identificar e sinalizar alvos para os aviões de ataque. A Infanteria de Marina possui
em sua orgânica um batalhão de comandos. E na PNP existem duas forças do tipo, as SUAT ( Sub
Unidad de Acciones Tácticas) que são unidades de intervenção tática urbana semelhante as equipes
SWAT norte-americanas, presentes em Lima e região, e os tradicionais Shinchis, criados em 1965
como tropa aerotransportada antiguerrilha, mas agora parte da DIRANDRO (Dirección
Antidrogas), como seu principal elemento de interdição antinarcóticos. No entanto, segundo
analistas, nenhuma dessas forças é mais bem preparada e equipada que as chamadas FOES
(Fuerzas de Operaciones Especiales) da Marina de Guerra del Perú (MGP), uma força bastante
similar aos U.S. Navy SEALs (Sea, Air and Land) norte-americanos e especializada nas varias
facetas do que hoje se conhece como Guerra Especial Naval, ou seja, infiltração de longo alcance,
ataque ou sabotagem de navios e instalações portuárias inimigas, limpeza e reconhecimento de
praias, desminagem, recuperação de objetos no fundo do mar, antiterrorismo e operações contra a
pirataria.
Os primórdios dessa força remontam a 1968, quando foi criado o Grupo de Demolición
Submarina (GRUDES) no então Servício de Buceo y Salvatage (SERSAL). No ano seguinte, se
criou Escuela de Demoliciones Submarinas e meses depois, um pequeno grupo de oficiais peruanos
seguiu para a Argentina, onde se graduaram no exigente curso de Buzos Tácticos, enquanto outro
completou um treinamento com os SEALs. No retorno ao Peru, esses oficiais ministraram os
primeiros treinamentos aos integrantes das equipes de demolição subaquática, que também
receberam formação em paraquedismo na EPE.
Em 1972, o GRUDES adotou a denominação de Equipo de Demolición Submarina (EDS), depois
mudada para Grupo de Demolición Submarina (GDS). Em 1978, a unidade ganha maiores
atribuições de combate em terra e passa a ser conhecida como Grupo de Operaciones Especiales.
Por fim, em dezembro de 1980, é redesignada como Fuerzas de Operaciones Especiales,
designação pela qual é chamada até hoje.
Atualmente a FOES é uma das cinco Forças Operacionais da MGP, encontrando-se subordinada a
Comandancia General de Operaciones del Pacífico e tem seu comando sediado na Estación de
Operaciones Especiales, localizada na Base Naval de El Callao, possuindo Grupos de Operaciones
Especiales (GOEs) em Lima (GOE-Centro), Caleta La Cruz-Tumbes (GOE-Norte), Iquitos (GOE-
Nororiente) e Arequipa (GOE-Sur), alem de destacamentos nos Andes (lago Titicaca) e na zona do
VRAE. Completam sua estrutura a Escuela de Operaciones Especiales, o Grupo de Salvatage y
Buceo (GRUSAL) e a muito especializada Unidad de Desativación de Explosivos (UDE).
A formação de um novo operador das FOES é particularmente longa e intensa. Uma vez por ano,
os novos postulantes são enviados a ilha de San Lorenzo, sede da Escuela de Operaciones
Especiales, onde passam primeiramente por uma fase de aclimatação de três meses, na qual são
exigidos ao Maximo, tanto no aspecto físico quanto psicológico. Os “sobreviventes” passam para a
etapa de atualização, com as mais variadas provas de natação operacional, de dia ou à noite,
incluindo algumas com olhos vendados ou mãos e pés amarrados. A próxima fase a ser vencida é a
de mergulho, com instruções de mergulho nas mais variadas condições e com equipamentos
variados. Na fase de patrulhas aprendem técnicas de infiltração e combate no deserto, selva e
montanha, com níveis de exigência cada vez maiores.
Os remanescentes seguem para o curso básico de paraquedismo, realizado nas instalações das
FOES em El Callao, tendo que realizar três saltos diurnos e um noturno, sempre sobre o mar.
Terminada esta fase, começa a etapa pratica de aperfeiçoamento, onde os alunos participam de
tarefas mais realistas, como operações desde submarinos, infiltrações aquáticas, salto livres
operacionais e manejo de uma grande variedade de armas. Depois dessa última etapa, o novo FOES
ainda passara por um período de um ano ganhando experiência, antes de ser considerado como
membro efetivo da força, sendo comum durante esse período que seja enviado ao exterior para
aperfeiçoamentos, principalmente nos EUA e no Brasil.
ARMAS E EQUIPAMENTOS
A arma padrão das tropas de elite peruanas é o fuzil de assalto israelense IMI Galil SAR no calibre
5,56mm OTAN, bem como sua versão super compacta, o Galil Mikro, embora exista em dotação uma
grande variedade de outros modelos: As forças policiais usam os russos AK-47/AKM de 7,62x39mm e as
distintas versões do alemão Heckler und Koch HK-33 de 5,56mm OTAN e as FOES tem a disposição dois
modelos “bullpups” de 5,56mm OTAN, o israelense IWI Tavor TAR-21 e o F-2000 da belga FN Herstal,
incluindo alguns com lançadores de granadas FN GL-1 de 40mm acoplados. Já os comandos do exército têm
em dotação os AKM, os pouco conhecidos Vektor CR-21 de 5,56mm OTAN, os M-16A1 equipados com
lançadores de granadas M203 de 40mm e os recentemente adquiridos FN SCAR (Special Forces Combat
Assault Rifles-Light) nos dois calibres padrão OTAN. Outras armas longas a disposição são as escopetas
calibre 12 Winchester 1300 Marine Defender, USAS-12.A e as MGP, fabricada no Peru pela SIMA
(Servício Industrial de la Marina).
Todas as forças tem em dotação as onipresentes submetralhadoras H&K MP-5 em calibre 9mm
Parabellum, incluindo as versões SD com supressor de som e as pequenas MP-5K. Também se usa as
israelenses Uzi e MiniUzi e as peruanas MGP-87 e MGP-15, todas no mesmo calibre, alem da FN P90 no
calibre 5,7x28mm. Entre as pistolas 9mm Parabellum, podemos encontrar modelos como a Browning BDA,
IMI Jherico, Sig-Sauer P226 e as brasileiras TAURUS PT-92. As armas de apoio incluem metralhadoras FN
MAG e HK-21E de calibre 7,62mm OTAN; PKM russas de calibre 7,62x54R; FN Minimi M-249, Ultimax
100 e Vektor Mini SS de 5,56mm OTAN; metralhadoras pesadas Browning M2HB no calibre .50;
lançadores de granadas de 40mm Milkor MGL-6 Striker e XGLR-40; lança-rojão RPG-7 e RPG-22, e
morteiros leves Denel Commando de 60mm. Ademais, para quando se necessita de armas não
convencionais, existem pistolas silenciadas FN Five-Seven “Tactical Tritium” de 5,7x28mm, arcos de caça
PSC e potentes bestas Barnett Velocispeed Class.
Os atiradores seletos e snipers utilizam os IMI Galil Galatz e Accuracy Internacional AW calibre .308,
PWG Timberwolf C14 MRSWS no calibre .408 Cheytac e os poderosos fuzis antimaterial MacMillan
Bross, Barret M-82A1 e PGM Hecate II, todos dimensionados para projeteis 12,7x99mm.
Entre os equipamentos de alta tecnologia figuram rádios digitais PRC-104 (HF), AN/PRC-126 (VHF),
VRC-6200F (UHF/VHF), PRC-710MB (UHF/VHF) E SSR-400 (UHF), visores térmicos Nivisys TAM-14,
apontadores laser AN/PEQ-2A Itpial e AN/PEQ-5 e uma ampla gama de NVGs binoculares e monoculares.
Quanto aos meios de transporte, as unidades de comandos se deslocam em caminhões leves de origem
chinesa Faw e Dong Feng, pick-ups israelenses M462 Abir, ambulâncias Agrale Marruá brasileiras e
veículos com proteção blindada HUMVEE, alem de pequenos veículos tubulares VATT “Lobo”, fornecido
pela empresa peruana Diseños Casanave, quadriciclos Yamaha e motocicletas RTM . Já as FOES possuem
sua própria frota de embarcações especiais, que incluem um velho navio de apoio ao mergulho (“BAP
Unanue”), quatro lanchas rígidas de assalto da classe peruana “Punto Capones”, lanchas fluviais Guardian
22 e Pirana, caiaques Keppler Commando e botes de assalto Zodiac Hurricane RIB.

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