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A RENDIÇÃO ALEMÃ EM

FORNOVO DI TARO
28 DE ABRIL DE 1945

A Força Expedicionária Brasileira suportou bravamente todas as tentativas nazistas de


retomada de Montese. Como não obtiveram sucesso e estavam desorganizados, os
alemães iniciaram sua retirada para o norte, lançando campos minados e destruindo
estradas e pontes para retardar a perseguição da qual a FEB tomava parte.

No dia 23 de abril de 1945, as viaturas tratoras de obuses, da artilharia comandada pelo


General Cordeiro de Farias, foram designadas para o transporte das tropas a pé, dando,
assim,
maior velocidade à Infantaria para obrigar o inimigo a cessar a retirada e se organizar para
lutar.

Em 27 de abril de 1945, os nazistas contorceram-se em suas posições de defesa. Haviam


sido cercados em Collecchio e buscavam, por meio de encarniçada luta, a abertura de
uma
brecha que os levasse para Bolonha, porém foram aprisionados.

A FEB ainda tinha muito trabalho pela frente. Na tarde de 27 de abril de 1945, tendo por
base o 6º Regimento de Infantaria, adotou um dispositivo em Fornovo di Taro para impedir
o
retraimento do grosso da divisão nazista que vinha se deslocando rapidamente em direção
ao
Rio Pó, a fim de transpô-lo.

Os alemães empenharam-se no levantamento do cerco dos pracinhas, lançando furiosos


contra-ataques ao longo da jornada de 28 de abril de 1945; mas, como já tinham tido
sucessivas
perdas e estavam bastante combalidos, iam contraindo o dispositivo, ao passo que a FEB
aumentava ainda mais a pressão.

Horas depois, a FEB protagonizou um inigualável feito de armas, encerrando a


sua última fase de operações militares com o cerco e o aprisionamento da 148ª Divisão
de Infantaria Alemã, de elementos da Divisão Bersaglieri Itália e de remanescentes da
90ª Divisão Panzer Grenadier.

No dia 29 de abril de 1945, os trabalhos da rendição total foram encerrados e o


aprisionamento da 148ª Divisão de Infantaria Alemã resultou na captura de
aproximadamente
14.779 prisioneiros de guerra, 1.500 viaturas motorizadas, 1.500 veículos de tração
animal,
80 carroças, armas, obuses, canhões, munições e mais de 4.000 cavalos. O aspecto geral
da
tropa capitulante era bom. Quase todos os chefes e os inúmeros oficiais da reserva, jovens
e
bem-postos, traziam no punho o emblema do Afrika Korps, distintivo dos combatentes
daquela
tropa de elite.

A vitória da FEB em Fornovo di Taro é um marco indelével na história militar brasileira. A


manobra estratégica que provocou a rendição incondicional dos nazifascistas foi o
coroamento
das ações brasileiras nos campos de batalha da Itália, que sempre será lembrada com
justo
orgulho pela Força Terrestre brasileira.

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