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D A
(PKOV 11\1C 1 A) PRES !DENTE

(REGO BARROS )

EXPOS I çA0 . . . 29 MAIO '1856

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APRESENTADA
PELO

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PRESIDENTE DA PROVINCIA DO GRAM-PARA',
AO

ylr3~ QPIJA+Vák

NO DIA 29 DE MAIO DE 1856,

Por occasiaõ de passar-lhe a Adminis-


tração da mesma Provinda.

1856. Typ. de Santos Filhos.


PALACIO DA PRESIDENCIA DA PROVINCIA DO PARÃ-
NA CIDADE DE BELEM EM 29 DE MAIO DE 1856.
Illm.° e Exm.° Senr.
Havendo S. M. O Imperador por Carta Imperial de 4 de
Abril ultimo, concedido a Graça de exonerarme da Presidencia
desta Provincia com que me havia honrado, é do meu rigoroso
dever passando a V. Ex.a a sua administraçaõ apresentar uma
Exposiçaõ fiel do seu estado, e das providencias e medidas que
tenho tomado a fim de dar execuçaõ a algumas disposições le-
gislativas Provinciaes, e Ordens do Governo Imperial.

A tranquillidade publica continúa felizmente inalteravel, gra-


ças a boa indole da populaçaõ e do conhecimento intimo de que
sem ordem naõ ha liberdade e prosperidade: as divergencias de
opiniões politicas não são motivos que façaõ receiar que assim não
continúe; o que espero ainda mesmo para essas epochas em que
no regimen representativo os espiritos mais se exaltaõ e a popu-
lação sabe, por bem dizer, do seu estado pacifico e ordinano pa-
ra tomar urna parte mais activa em seus destinos futuros; é o que
tem de acontecer com esta Provincia no corrente anno, em que
tem de proceder a escolha de seus Representantes á Assembléa
Geral Legislativa e para as Gamaras 1VIunicipaes, e como prova
tenho as eleições que acabaõ de ser feitas a 6 do mez de Abril
para os membros da Assembléa Provincial, onde reinou a maior
ordem e liberdade por toda a Provincia.
A segurança individual e de propriedade não está ainda co-
mo é de desejar, mas não dá motivos de desanimo, pois que fac-
tos mais notaveis só tem existido nessas aglomerações de gente
que existem nos siringáes, nos muitos quilombos, e tambem, com
pesar o digo, na fertil e rica ilha de Marajó, mas a causa prin-
cipal é o estado de abandono em que saõ deixados esses logares.
Poucas é mui poucas saõ as autoridades que nelles cumprem seus
deveres, e apezar dos exforços da primeira autoridade da Proviu-
cia difficil é fazeias responsabilisar; a falta de Juizes probos, in-
telligentes e imparciaes, em alguns lugares, que recêem cortar-
selhes uma carreira que abraçaraõ com tantas fadigas e sacrifi-
cios, é uma das principaes rasões. Com a estada dos dous Juizes
de Direito de Macapá e Marajó essas Comarcas começaraõ a
sentir seus melhoramentos depois de algumas providencias por enes
(4)
tornadas; mas infelizmente o de Marajó tendose retirado para ir to-
mar assento na Camara dos Senhores Deputados tem ella por isso de
retrogradar. Para assegurar estas garantias apreciaveis, sinto di-
zer a V. Ex.", que esta Provincia ainda se naõ acha habilitada
com ,todos os meios necessarias os quaes por veses tenho solicita-.
do do Governo Imperial.
A destruição de quilombos, para cuja existencia muito se
presta a topographia ,da Provincia, foi mais ou menos providen-
ciada por alguns de meus Antecessores, e eu, seguindo esse ex-
emplo, tive como um de meus primeiros cuidados, logo que to-
mei posse da Administração em Novembro de 1853 acabar com
esses fõcos do crime, e ordenei immediatamente
a destruição do
de Mucajuba, um dos mais notaveis e proximos da Capital: des-
graçadamente a empreza foi mal executada. Pedi a todos os De-
legados que me informassem ácerca dos que existissem em seus
Districtos, e que indicassem os meios que julgassem melhores pa-
ra os anniquilar; obtidas as informações, que V. Ex.a encontrará
na Secretaría, escolhi o de Trombetas, outro tambem notavel, e
em Desembro de 1854 dirigime ao Delegado de Policia de Obi.
dos remettendolhe armas, cartuxame e dinheiro; ao. Comman-
dante Superior da Guarda Nacional de, Santarern para fornecer
a força precisa, pondose de intelligencia com o mesmo Delegado,
e lambem ao Missionario do Rio Tapajoz para mandar alguns
Indios Munduructis que servissem de gu:as. Prompta a expedição,
DO dia da partida, 28 de Fevereiro de 1855, desappareceraõ os
Mundurucús pelos motivos que V. Ex.a verá da participaçaõ do
Delegado com data de 12 de Março, expedindo eu. a 20 do mes-
mo mez as ordens necessarias para se descobrir os criminosos;
em consequencia pois da fuga dos Indios ficou frustrada taõ util
deligencia e então foi necessario esperarse para a estação propria,
o que teve lugar depois de minha chegada em Novembro da an-
no passado, mas ainda desta vez naõ teve o resultado esperado;
ficando todavia conhecido e devastado o logar. Outras providencias
estaõ dada,s para que na estaçaõ conveniente- se continúe em sua
destruiça.õ. V. Ex.a reconhecendo o grande bem que d'alii vem
á Provincia não os deixará sem duvida tranquillos, e desejarei
que seja mais feliz do que eu, tendo já mais recursos e encon-
trando menos apoio e protecção. de alguns .visinhos que com el-
les se communicaõ, ou com receio, ou levados talvez pelo sol-da-
do interesse.
(5)
As Forças de mar e terra nen'hum augmento tem tido, pe-
lo contrario diminue, e no porto da Capital só existe, e em con-
o Brigue Calliope.
certo'Os officiaes pertencentes á outras Provincias já marcharaõ
para seus destinos corno por veses foi determinado pelo Governo
Imperial, mas aquelles que pertencem á Guarniçaõ desta Provin-
eia ainda naõ se recolheraõ todos, causando essa demora grave
atropello e transtorno ao serviço publico.
A Guarda Nacional, á excepçaõ de urna ou outra vaga oc-
casionada pela morte, tem a sua officialidade completa, a naõ ser
a falta total de Majores para os Corpos, porquanto só existem dous
nos Batalhões desta Caiptal, tendo sido exonerado o do de Porto
de Moz; em -quanto porem aos Guardas Nacionaes estou habilita-
do para asseverar a V. Ex.' que uma terça parte pelo menos naõ
tem as qualidades exigidas pela lei para poderem ser qualificados.
Nenhum remedio encontro para esse geral abuso sem uma refórma
efficaz na maneira de qualificaios.
Devo tambem dizer a V. Ex.' que a experiencia me tem feito
ver que naõ é possivel cont:nuar como se acha a organisaçaõ e
distribuiçaõ desses Corpos na Provincia, como estaõ, é quasi im-
possivel o cumprimento da lei sem incomodos e insuperaveis ve-
xames dos Cidadaõs. Eu cuidava em preparar esse arduo traba-
lho para apresentaio ao Governo Imperial, colhendo os dados
precisos que páraõ na Secretaria: V. Ex.." vai já encontrar um
trabalho adiantado, é' conhecendo pela experiencia a sua urgente
necessidade pro3eguirá sem duvida a fim de dotar a F'rovincia com
esse bem.

O Corpo Provincial de Policia naõ está ainda completo; a


crise perque passou a Provincia no seu estado sanitario foi uma
das causas que para isso concorre°. O Artigo 4.° da Lei N.° 274
do armo proxiino passado autorisou a Presidencia a fazer as ne-.
cessarias modificações em seu Regulamento do 1.0 de Janeiro de
1849, e no da Enfermaria de 28 de Março de 1854: para poder
darlhe o devido cumprimento pedi ao seu Commandante as pre-
cisas informações, que inc naõ foraõ ainda fornecidas, para que a
vista delias possa- reconhecer suas necessidades, e fazer entaõ as
modificações autorisadas.

A Instrucçaõ Publica tem merecido sempre da Assembléa.


(6)

Provincial toda a protecçaõ e cuidado; nesta ultima sessaõ foi ella


ainda melhorada com algumas leis, e entre ellas a de 3 de De-
zernbro do anno findo, pela qual foi a Presidencia autorisada a
converter o Lycêo Paraense em Collègio com internato; mas infelis-
tnente naô poude ter effeito a execuçaõ dessa lei em consequen-
eia de naõ haver um edificio apropriado pertencente a Provincia
que preenchesse o fim para que se fazia necessario, e nem mesmo
particular que se podesse alugar ou comprar. Reccorri nesse intui-
to ao Governo Imperial pedindo-lhe um que me parece ter as
condições necessarias, como V. Ex.a verá do Relatorio remettido
ao Exm.° Senr. Ministro do Imperio a 11 de Fevereiro do corrente
anno; espero que este conhecendo a grande utilidade de taes es-
tabele;imentos entre nós dará as mais promptas providencias.
A vista desta difficuldade, presentemente insuperavel, cuidei
em continuar na reforma do pessoal, para o que tendo pedido e
obtido já algumas informações, do Director da Instrucçaõ Publica,
foraõ em consequencia delias providos alguns logares de Delega-
do de Instrucção Publica, e creadas algumas cadeiras nesta Ca-
pital e em outros pontos da Provincia, para as quaes foraõ nomeados
os respectivos Proffessores; essas cadeiras saõ: uma de instruçaõ pri-
maria do 1.0 grão para o sexo masculino no 1.0 District° da Ca-
pital; duas no 3.° Districto, sendo uma delias do 2.° gráo para o
sexo masculino, e outra para o sexo feminino; e assim mais as
seguintes do 1.0 gráo para o sexo masculino em cada uina das Fre-
guesiasde Almeirim, Souzel, Villarinho do Monte, Monforte, N.
S. do Carmo de Mocajúba, Arraiolos e uma para o sexo femi-
111110 em Vizeo; tive de abolir a de Salvaterra, e a de Latim
de Santarem por naõ conter o numero de alumnos que determi-
na a lei, vindo o seu Proffessor reger a do Lycêo que estava sen-
do preenchida pelo -Proffessor jubilado Francisco Candido de Car-
valho, que prestou bom serviço á mocidade e á Provincia; e
como a sua aposentadoria lhe fosse dada anda com o antigo or-
denado ficou elle mal recompensado para poder passar o resto de
seus dias sem necessidades; peço pois a V. Ex.a que o recorn-
mende á protecçaõ e benevolencia, quando naõ seja á justiça da
Assembléa Provincial.
Tendo sido despachado Juiz de Direito da Comarca de Ma-
rajó o Dr. Ambrozio Leitaõ da Cunha, veio assim a vagar o lo-
gar de Director da Instruçaõ Publica, que elle dignamente exer-
ia, e o preenchi nomeando o Padre Felix Barreto de Vascon-
(7)
cetim, antigo Reitor do Seminario Episcopal desta Provincia, de
quem tive as melhores informações, e até o presente na* tenho
tido motivos de arrependerme, antes pelo contrario, sua intelli-
gencia, dedicação, exforços e imparcialidade me daõ garantias de
que bem acertei na substituiçaõ.
As cadeiras vagas do Lycêo foraõ ultimamente preenchidas,
sendo a de Francez pelo Dr. Joaquim Pedro Correia de Freitas,
e a de Inglez pelo Cidadaõ José Luiz da Gama e Silva, que já
a regia interinamente a quasi dous annos; a de Geometria naõ foi
ainda provida porque pende a decisaõ do requerimento que o seu
proprietario Joaõ Baptista de Figueiredo Tenreiro Aranha levou á
presença da Assembléa Provincial, e por isso está ella sendo re-
gida interinamente pelo Proffessor de Francez e Geometria da
Cidade de Cametá, que uru de meus antecessores mandou vir
para este fim por naõ conterem as cadeiras de que é proprietario
o numero de alumnos marcado pela lei: a extinçaõ destas ca-
deiras deixei de ordenar em consequencia de querer examinar se
essa falta tem por causa o estado lastimoso porque passou aquella
Cidade.
O Collegio de Nossa Senhora do Amparo das Educandas já
se acha em sua propria caza desde o dia 25 de Março deste an-
no, tendose finalisado os concertos e accommodações precisas; as
Educandas estaõ hoje muito melhor do que estavaõ, porem é ain-
da necessario que o edificio seja augmentado, para o que foi con-
veniente comprar ao Cidadaõ Joaõ Augusto Correia pelo preço
de 500$000 um pequeno terreno que está encravado no estabe-
lecimento: esta acquisiçaõ era de absoluta necessidade para a con-
tinuaçaõ e regularidade do edificio, para o que tambern cedeo o
Cidadaõ Manoel Roque Jorge Ribeiro uma pequena parte de seus
terrenos gratuitamente. Para melhoramento dos estudos do Col-
legio confeccionou a Assembléa Provincial a Lei N.° 277 de 3
de Dezembro proximo passado que ainda naõ poude ter execu-
çaõ em todas as suas partes; no entanto folgo de dizer a V. Ex.a
que marcha regularmente este Estabelecimento, devido ás pessoas
que taõ dignamente o dirigem.
O Seminario Episcopal tem suas cadeiras preenchidas, e sob
as vistas do digno Prelado Diocesano segue bem em seus estudos.
A respeito decazamal se achaõ os Seminaristas por estarem,
accommodados na que deixaraõ as Educandas em consequencia de
estar .elle era concerto, para o qual foi concedido pelo Governo-
( 8)
Imperial um credito da quantia de 18:000$000, sendo ultimamen-
te sollicitado augmento do dito credito por officio desta Presiden_
cia de 28 de Fevereiro do presente anno.
-0 de Obidos acanhado como é pretendia o Exm.° Bispo
Diocesano darlhe maior desenvolvimento; porem achandose per-
to da nova fortifieaçaõ, que se está levantando, naõ consenti; no
entanto esta pretençaõ foi remettida ao Governo Imperial para de-
cidir COMO julgasse mais conveniente, porque para elle reccorreo o
mesmo Prelado.

Culto Publico. Desejaria informar a V. Ex.a que era pros-


pero o seu estado, como deve seio em toda a sociedade; porém
assim naõ acontece: a falta de Sacerdotes para o preenchimento
das Parochias é muito sensivel, e a isto accresce ainda mais, o
despreso de alguns no cumprimento de seus deveres apezar do
exemplo e exforços do digno Prelado em acudir sempre com promp-
tas providencias. Muitas Matrizes necessitaõ de concertos e pa-
ramentos; a Presidencia tem fornecido meios para os mais urgen-
tes, e até mesmo para a reedificaçaõ de algumas, porem força é
dizer: poucas Commissões que para este fim saõ incumbidas por
lei Provincial tem sabido utilisar as quantias que recebem com
economia, quando utilmente as empregaõ; V. Ex.a examinando o
Mappa N.° 1 conhecerá o que acabo de expôr. Para aquellas
Matrizes que necessitaõ de paramentos ordenei que a consigna-
çaõ mareada no Orçamento vigente no § 30 do Artigo 5.° fosse
.

empregada, distribuindose entre ellas os objectos que fossem mais


precisos.
No mappa junto (N.° 2) encontrará V. Ex.a alguns esclareci-
mentos a respeito da divisaõ Ecclesiastica da Provincia.

O estado da saúde publica já ha muito na.õ nos causa te-


mor: a epidemia que tantas vidas arrebatou a esta florescente Pro-
vincia, e que continúa a fazer victimas em outros pontos do lin-
perio já nos deixou desde fins do mez de Janeiro ultimo, e a naõ
ser um ou outro caso fatal de febre arnarella poderiamos dizer
que nenhuma molestia contagiosa ou epidemica nos-persegue ac-
tualmente. A mortalidade causada em toda a Província pela
molestia que aqui começou a reinar no anno findo foi de 4768
como V. Ex.a verá do mappa N. 3 conliccionado em vis-
ta das ultimas informações- obtidas, pertencendo á Capital o .nu-
mero de 1051 obitos. Continuaõ presentemente alguns incorrimodds
proprios . da estaçaõ, e as intermittentes nos legares em que cos-
tumaõ a aparecer em razaõ dos pantanos, o que podia estar hoje
muito melhorado, a naõ ser o reprehensivel abandono e deleixo
dos habitantes e das respectivas Camaras Municipaes: a prova te-
mos em Macapá onde as intermittentes vaõ desaparecendo em con-
sequencia das ordens que foraõ dadas para a abertura desses ter-
renos alagadiços, e para os córtes dos açacuzeiros, arvores vene-
nosas que muito abundaõ nesses logares.
Para chegarmos a este estado. lisongeiro a respeito da epide-
mia, além do melhor alimenta e outras causas que nos saõ des-
conhecidas, devo notar a V. Ex.s algumas que influirão, como a
sciencia e a experiencia nos tem demonstrado, e foraõo aceio,
as visitas para o exame dos generos alimenticios, a caiaçaõ e des-
infecçaõ das casas que eraõ invadidas pela epidemia, provi-
dencias estas que foraõ ordenadas depois de minha chegada, e
que naõ forad até entaõ tomadas, por que, sem duvida, os mui-
tos affazeres no cumprimento de outros deveres havia& feito es-
quecer. Neste intuito expedi de accordo com o Provedor da
Santa Caza da Mizericordia o Doutor Joaquim Fructuaso Pereira
Guimarães, e Commissão de Hygiene Publica, as convenientes
ordens para que tudo se fizesse, e os cadaveres, passadas qua-
tro horas, fossem levados para o deposito do Cemiterio, e isto
para que naõ se demorassem 24 e 48 horas como ás vezes
acontecia por naõ haver um carro que os conduzisse; ordenei
tambem ao Dr. Chefe de Policia que tratasse logo da limpeza,
que examinasse todas as casas, e fizesse retirar do centro da
Capital os animaes que para isso se prestavaõ, e a fim de que
houvesse maior presteza na desinfecçaõ de que estava encarrega-
do o Doutor Provedor da Santa Caza ordenei que de todas as
obras publicas assim ,geraes como provinciaes se lhe fornecesse to-
da a gente que fosse precisa; incumbi ao mesmo Provedor de or-
ganisar as bazes de um Regulamento que servisse para .melhorai
o estado sanitario da Capital e do seu porto, que foi-me logo apre-
sentado e remettido á Commissão de Hygiene Publica para dar
o seu parecer. Desse Regulamento formulou a Commissão dous:
um, que dizia respeito ao porto, mandei ouvir sobre elle o Ins-
pector do Arsenal de Marinha, o outro foi remettido á Camara
Municipal para redusir á Posturas "as medidas que ainda naõ es-
tivessem tomadas e que fossem de suas attribuições: de posse des-:
se trabalho, foi elle redusido em poucos artigos, e logo tprovado. o
Inspector do Arsenal de Marinha concordando com algumas me.
.didas do Regulamento proposto pela Commissaõ de H Yb-ene
fri Pu-
blica, encontrou todavia em outras dificuldades na execução, e
vio nellas pouca utilidade; avista por tanto desta opiniaõ, e me-
lhorando felizmente o estado sanitario da Capital deixei de man-
dar executar, e de tomar outras providencias contidas nos mesmos
Regulamentos por me parecer que a seu respeito rnilitavaõ as mes-
mas rasões. Outras causas infiuira,õ ainda para esse melhoram:Ti-
lo: infelizmente nessa epocha de dor pouca ou nenhuma carne
verde havia no mercado, e os generos naõ eraõ dos mais esco-
lhidos; porém as providencias tomadas foraõ de prompto executa-
das, os alimentos deteriorados foraõ inutilisados, e chegando os
soccorros pedidos do Ceará e Maranhaõ e algum de Marajó mui-
to cooperaraõ para aquelle fim.
As despesas feitas com esta verba pelos Cofres gemes e pro-
vinciaes foraõ; pelo 1.0 de 71:023$547 rs. até o fim de Fevereiro, e
pelo 2.° de 17:074636 como V. Ex.a verá na Secretaria.
Quando a Capital já se achava á 15 dias desassombrada da
epidemia, recebi um 'officio da Commissaõ de Hygiene Publica,
em data de 15 de Fevereiro, pedindo que esta Presidencia man-
dasse pôr em quarentena :de observaçaõ os navios chegados de
log,ares que estavaõ infectados.
Tendo eu observado a pouca efficacia de taes quarentenas,
principalmente entre nós, e sem querer entrar na questaõ de suas
vantagens em geral, julguei que os dignos membros da Commis-
saõ haviaõ feito este pedido taõ somente para afastar qualquer
responsabilidade que dahi lhes podesse provir; avista do que, naõ
recuei ante ella e nada providenciei a tal respeito, e sobre tudo
pelos vexames que traria ao commercio, que taõ poucas transa-
ções tem com as outras Provincias do Imperio; pela dificuldade
na sua execuçaõ em rasaõ da grande distancia em que deviaõ
ficar os navios quarentenarios; pela impossibilidade de serem ali visi-
tados em uma estaçaõ tempestuosa por naõ haver para esse fim
embarcações apropriadas, o que só em data de 9 ,de Janeiro deste
anno foi que o Governo Imperial ordenou que se fizesse em con-
sequencia .de o ter a Presidencia requisitado a 15 de Dezembro
findo, e finalmente porque a expenencia me fez ver que tendo
eu chegado a 15 de Outubro do anno passado e sem haver qua-
rentenas, foi a epidemia depois de algum tempo diminuindo, até
( 11 ) --
que, graças á Providencia Divina de todo se extingui°, donde
concluo que a continuação das providencias tomadas é preferivel
á quarentenas; no eritmto V. Ex.a fará o que julgar mais acer-
tado.
Um pequeno Lazareto está prompto na Ilha da Tatuoca: não
é elle como os poucos que existem na Europa, e nem como de-
seja a Commissaõ d Hygiene Publica; é porém como os que
existem entre nós, que só devem servir para recolher-se os ac-
commettidos de qualquer epidemia, que aportarem á Provincia;
está tambem fornecido do quanto pedio a Commissão de Hygie-
ne Publica por uma relaçaõ exigida pela Presidencia, e para este
fornecimento incumbi ao activo e prestimoso Inspector da The-
souraria de Fasenda desta Provincia Manoel Rodrigues de Almeida
Pinto, sendo tudo entregue ao Cidadão Victorio de Figueiredo
Vasconcellos, que de bom grado prestou-se a guardaios.
Em consequencia dos receios que appareceraõ na populaçaõ
desta Cidade de que a posiçaõ do Cemiterio da Soledade muito
influia para a pertinacia da epidemia mandei á Commissaõ de Hy-
giene Publica que désse sua opiniaõ a tal respeito, o que ella o
fez; porem entre seus membros houve discordancia: trez, que fo-
raõ os Doutores Augusto Thiago Pinto e Joaõ Manoel de Olivei:
ra, e o Dr. Joaquim Barata Góes que entaõ servia interinamen-
te, declararaõ que nenhuma rasaõ havia para taes receios, porem
o Provedor da Saúde Dr. Camilo José do Valle Guimarães di-
vergio da maioria da Commissaõ propondo por algum tempo a
cessação dos enterramentos e a factura de outro Cemiterio no lo-
gar de S. Jozé, ondem existem os alicerces de um já principia-
do, por julgar este local mais apropriado. Remetti um e outro
parecer á Assembléa Provincial que entaõ trabalhava, e como
nenhuma providencia podesse ser tomada, nada emprehendi se
naõ faser limpar e preparar o terreno; e como me houvessem os
mesmos cidadãos do culto protestante, de que fiz menção na Ex-
posiçaõ que apresentei a 14 de Maio do anno passado, pedido
novamente um terreno para edificarem o seu cemiterio, propuz-
lhes. uma parte desse já prálcipiado com a condiçaõ de sepulta-
rem os cadaveres dos colonos que tivessem estado ao serviço da
Província, pagando elles a porção dos alicerces de que se apro-
veitassem e um =clic° firo, para o que disselhes que offidaria
á Camara Municipal nesse sentido. Até o presente naõ tive res-
posta, mas espero que aceitem avistar dos grandes desejos que um-:
(12)
traraõ para naõ estarem dependendo do unico Cemiterió Protes,
tante que existe e que tem dado logar a desintelligencias .com a
Administraçaõ.
O Cemiterio de Cametá acha-se concluido pelo seu arrema-
tante, tendo sido preenchidas as condições do respectivo Contrac-
to segundo informa o Engenheiro que para esse fim foi á aguei-
le logar.
. A Santa Caza da Mizericordia vai continuando a fazer ex-,
forços para melhorar seus Hospitaes e rendimentos.
Mandei continuar com a prestaçaõ de 3:000$, mareada na Lei
do Orçamento em vigor para o concerto do Hospital do Senhor Bom
Jezus, por se fazer ainda necessario proteger a este estabelecimen-
to até que melhorem suas rendas; e com estas vistas assignei itm
contracto com o Provedor da Santa Casa, em virtude da lei Pro-
vincial de 15 de Dezembro de 1853, para mandar vir 50 co-
lemos para a Fazenda Pinheiro; este Contracto foi effectuado
em data de 28 de .Dezembro do anno findo como consta das
ordens que a este respeito foraõ expedidas ao Thesouro Provincial
existentes na Secretaria.
A illuminaçaõ publica da Capital é feita actualmente em
virtude dos Contractos de 19 de Janeiro do armo ultimo á gaz
liquido e de 10 de Agosto do mesmo anno á azeite; uma e ou-
tra continuaõ .soffrivelnaente segundo informa o respectivo Inspec-
tor, accendendo,-se presentemente 182 lampeões á gaz, e 120
á azeite.

.As Municipalidades geralmente ainda se naõ compenetraraõ


do quanto dellas depende o melhoramento de seus Municipios e
a felicidade de seus habitantes quando cumprem seus deveres, e
da responsabilidade que recahe sobre ellas quando os deixaõ em
abandono, e isto. muitas vezes depois de haverem envidado todos
os e3cforços para se honrarem com esses logares, para depois os
despresarem. Mui poucas saõ as que se dedicaõ ás cousas pu-
blicas, algumas só o fazem quando negocios particulares occupaõ
a attençaõ de seus membros: só a instrucçaõ e o tempo darão
algum remedio, .se a isto .se ajuntar alguma reforma na lei de
sua creaçai5.
As Camaras de Santarem, Obidos e Vigia pedem novos Ce-
A3iterios, e para esse fim algumas quantias tem já mandado .a
( 13 )--
presidencia, porém seus orçamentos saõ /a& elevados que naõ é
possivel por agora levai-os a effeito. Ordenei-lhes que no ca-
zo de. serem ainda de urgente necessidade que cercassem os terre,..
nos para que os cadaveres naõ sejaõ profanados e que os man-
dem benzer.
. A -da Vigia apresentou-me um plano para o abastecimento
de carne verde nessa Cidade, dando os Cofres Provinciaes a mo-
dica quantia de 300000; naõ julguei que fossem preenchidos os
fins que ella desejava, e por isso naõ lhe dei decisaõ alguma;
V. Ex.a porem procedendo aos necessarios exames fará o que en-
tender conveniente. Pedi a essa Camara que me apresentasse
outro plano que pode,sse tambem servir para abastecer o mercado
desta Capital de pescado, visto ser aquelle logar taõ abundante
desse genero; fiou de assim o fazer, e a V. Ex.& o. recommendo
pela grande utilidade que trará a esta populaçaõ.
Mandei continuar á da-Capital a presta,çaõ marcada na lei de
'Orçamento em vigor para o fim especial do calçamento das ruas;
trabalho este que tem merecido do seu Presidente todo o cuidado.
O concerto da casa de suas sessões, que foi orçado em 13:379$73C
ainda naõ teve começo; essa obra considero-a de necessidade a
fim de se economisar a 'quantia de um conto de réis que é o
aluguel pago pela casa que agora está servindo para aquelle fim.
O muro do terreno desapropriado ao Convento de Santo An-
tonio já está demolido, sendo esse trabalho effectuado com au-
xilio da Repartição de Obras Publicas Provinciaes por que assim
o julguei conveniente.
As cazas que em 1854 fora õ desapropriadas, e -que por mio
terem seus proprietarios concordado com a avaliaçaõ feita ainda
se achaõ em poder dos mesmos, e estaõ dependentes da decisaõ da
Relaçaõ .do Districto, mas .creio que a teremos brevemente.
O curro ou matadouro publico, uma das obras mais necessa-
rias, marcha vagarosamente, já em consequencia da epidemia, e já
emrazaõ das muitas chuvas; .porem estou persuadido que he ,uma
das que a Camara Municipal tem em mais consideraçaõ.
Neniinma alteraçaõ tem haviclo concernente á divizaõ civil;
a judiciaria porem acaba de ter a que lhe dá o Decreto n.°1747
de 16 de Abril ultimo, pelo qual folaõ creados dous logaras
de Juizes Municipaes letrados nos Termos de Chaves e Bra.
4,rança, e acerca de seu pessoal deraõ-se nelle alguns proviu:len.
( 14)
tos, sendo o de Juiz dr Direito de Marajó com a nonleaçao
do Dr. Ambrozio Leitaõ da Cunha, e de Macapá com a do
Dr. Francisco Rodrigttes Sette, que já entraraõ :amibas em exer,
cicio de seus Empregos; assim tambem recolheo-se para a sua
Comarca depois de finda a licença que havia obtido o Juiz
de Direito. de Cametá. Foraõ nomeados Promotores. Publicas
para as Comarcas de Santarem e Capital os 13achareis Francis.
co Mendes Pereira Junior «e Domingos Antonio Raiai, e demit-
tido, por assim haver pedido, o de Camutá Bacharel Raimun-
do José Rabello, para a qual removi o de Bragança Bacharel
Manoel Pereira da Silva Brambilla. O Juiz de Direito de Bra.
gança Dr. Tristão 'de Alencar Araripe foi ultimamente subs-
tituido pelo Dr. Filippa Raulino de Souza Uchôa que já par-
tia para o seu destino. O Juiz Municipal de Macapá Bacha-
rel Antonio Maria Machado tem desamparado a seu lagar, por
que de outro modo não se pede explicar o procedimento que
tem tido, retirando-se do seu Termo e conservando-se em Cha-
ves a advogar desde Maio do anno findo; o de Breves, Bacha-
:el Joaquim de Paula Pessoa de Lacerda, tenda obtido licença
em Maio do anno proximo passado por trez mezes, á poucos
dias recolheo-se para de novo entrar no exercício de 2eu Em-
prego; a vista por tanto do que deixo dito V. Ex.. fará uma
perfeita ideia do estado do fôro nesta Provincia, que geralmen-
te sente a falta de Juizes Mnnicipaes e Promotores formados.
Para remediar este mal tenho por diversas vezes representado
ao Governo Imperial neste sentido e sou levado a crer que bre-
vemente dará completo remedio continuando nas medidas co-
meçadas.
Do rnappa annexo (n.° 4 ) verá V. Ex.& se he berrk fundada min-
ha opiniaõ de que para melhor distribuiçaõ da justiçae commodo
dos povos devem ser ainda creadas duas Comarcas mais, uma que já
foi por mim lembrada a Assembléa. Provincial em meu Relatorio
do armo de 1854; e outra que deve sahir da de Cametá, e que
ficará sendo formada de todo o Termo de Breves; assim tambein
a creaçaõ de dous lugares mais para Juizes Municipaes lettradas sen-
do um delles na Comarca de Marajó no Municipio de Muaná.
o segundo na Capital. Se esta minha opiniaõ tiver tambein
o apóio de V. Ex.a estou persuadido que o Governo Imperial e a
Assembléa Provincial naõ deixaráõ de annuir a uma taõ vital
necessidade da Provincia.
--- (15),

Só existe nesta Provincia a Colonia de Nossa Senhora do O'


que agora principia, e as Militares de Obidos, Araguaya e Pedro
2.4); ha porem colonos ou trabalhadores contractados pela Presideit4
para as obras publicas, pela Companhia de Navegaçaõ e Commercio do
Amazonas, e tambem por alguns cidadãos para seus trabalhos, e/Tis.:
Lindo porem contractos assignados com particulares que se tem obriL,
gado a formar nucleos que possaõ vir a ter o nome de colonias,
A Assembléa Provincial sobre este importante objecto tem toma,
do algumas providencias: nos annos de 1853 e 1854 confeccionou
as leis n..08 226 e 263; a primeira he relativa a colonos, e a se,
gunda tem por fim favorecer a emigraçaõ. Para execuçaõ de
uma e outra expedi as Instrucções de 12 de Fevereiro e 4 de
Outubro de 1854, em virtude das quaes tem-se até esta data con-
tratado com os Cidadaõs Silva & Picanço, Joaõ Augusto Corrêa,
e Joaõ Pinto de o primeiro destes já deo cumprimento
segundo alcançou prorogaçaõ de prazo que de-
a seu contracto, oAraujo-'
ve terminar a 30 de Novembro deste anuo, e o terceiro que obri-
gou-se a importar 800 emigrados naõ tem trazido até o presen-
te senão 190, contando-se neste numero 85 que chegáraõ ultima-
mente e que escolhi d'entre 105 que apresentou porque os que
excediaõ a aquelle numero naõ podiaõ ser incluidos na letra dó
contracto. A vista do pouco tempo que falta duvido que elk pos-
sa preencher o numero de 800 á que está obrigado; e como essa
lei n.° 263 pela qual elle contra.ctou eu a julgue onerosa aos co-
fres Provinciaes, bom será que V. Ex.a lhe naõ prorogue o tem-
po, e pensando da mesma sorte creio que foi por isso apresentadó
na ultima sessaõ da Assembléa Provincial um Projecto refundin,
do as duas leis acima citadas, que continha disposições dignas de
serem adoptadas, e que naõ tendo entaõ tido andamento he de.
esperar que a nova legislai ura Provincial delle se occupe, para
que possaõ alguns emprehendedores que pedem protecçaõ para se-
us estabelecimentos, obter ewaõ a preciza coadjuvaçaõ. Um des-
tes, o Cidadaõ José do 0' de Almeida deu já principio á creaçaõ
de um estabelecimento -desta natureza, sito 21a. Ilha <Ias Onças,
por meio de uma associaçaõ que foi installada. no dia30 de Mar-
ço ultimo: a escolha do local, pela posiçaõ e proximidade da Ca-
pital muito deve influir para a sua prosperidade; e se ..a reco--
nhecida actividade e dedicaçaõ deste Cidadaõ for protegida o .seu
estabelecimento deve em pouco tempo prestar grande utilidade e
savix de recreio para os habitantes desta Cidade, Esta-nascente
(16)
'Colonia acaba de receber uru excellente recurso de braços com a
chegada de algu.ts indiv;duos de um e outro sexo, lavradores, e
alguns artistas, v ndos da Provincia do Ceará.
Sob outras bases dadas por ineos dignos antecessores em 1855
foraõ assignados Ires contractos com os Cidadaõs Joaõ Baptista
de Figueiredo Tenreiro Aranha, José de O' de Almeida e Antonio
Fernandes Sodré e Silva destinados a favorecer seus estabelecimen-
tos agricolas, e ultimamente tambem o fiz com o Provedor da
Santa Caza da Mizericordia como já em outro legar informei
a V. Ex.3
A Colonia de Obidos progride naõ obstante os tropeços que
tem encontrado pela falta de algumas machinas já ha muito en-
commendadas pelo Governo Imperial, e pela má - escolha dos Co-
lonos contractados. As de Pedro 2.0 e Araguaya promettem pela
sua posiçaõ, se forem bem dirigidas e protegidas, prosperar e ser
de grande vantagem para a Provincia, a primeira depois dos tris-
tes acontecimentos de que foi theatro o anno passado começa a
reoganisarse apezar da difficuldade das communicações e dos pou-
cos meios de que dispõe a Presidencia: se o Governo. Imperial
lhes naõ der algum auxilio, mui remotas seraõ as vantagens que
dellas se deve esperar.
A falta de Colonias nesta rica e fertil Provincia naõ nos
deve desanimar, e nem mesmo a pouca emigraçaõ espontanea;
é minha opiniaõ que se o estado sanitario continuar a ser favoravel;
e á vista das noticias que nos chegaõ do andamento dos nego-
cios publicos da Europa e do Norte da America, breve a teremos;
assim estejamos nós preparados para recebeia, pois que já é co-
nhecido o quanto foi prodiga a natureza para comnosco; para os
que cultivaõ a terra nunca lhes faltaõ meios de subsistencia, sendo
este trabalho abundanemente retribuido; é verdade que para os
aventureiros que procuraõ a riquesa sem o emprego dos meios con-
venientes, isso naõ convem; mas tambem naõ é essa a populaçaõ
de que necessita a Província.
Para favorecer a emigraçaõ a que me refiro seria convenente
que o Governo Imperial permittisse que a Presidencia concedesse
terrenos devolutos sob certas e determinadas condições como ac-
tualmente se pratica a respeito dos de marinha, devendo seme-
lhante permissaõ ir além daquellas concessões de terrenos dos que
determina o Decreto N.° 514 de 28 de Outubro de 1848 em seu
Artigo 16 com as explicações dadas pelo Aviso do Ministerio do
( 17 )--
Imperio de 27 de Dezembro de 1854; porque com os trabalhos
demorados das medições de terras nesta Provincia, para muito lon-
ge nos afasta a esperança de termos a einigTaçaõ e os terrenos
occupados; quando, de outra sorte, seria muito mais prompta, co-
rno podem attestar alguns pedidos feitos por nacionaes e estran-
geiros a esta Presidencia, que os tem dirigido ao Governo Im-
perial.
Aos Colonos contractados para o serviço das obras da Provin-
cia tenho mandado rescindir os contractos daquelles que m'o tem
requerido, e de 11111 ou outro naõ tenho tambem exigido o paga-
mento das passagens em razaõ do seu máo estado de saúde por
que a experiencia tem demonstrado que quando se lhes naõ per-
nritte fazer esta rescisaõ o seu trabalho perde entaõ todo o valor,
fingindo-se continuamente doentes e empregando-se a trabalhar.
para os particulares, ou quando assim o naõ fasem, desertaõ en-
taõ, e saõ acoutados por muitos que os alliciaõ, apezar das pro-
videncias que saõ tomadas. A este respeito devo observar a V.
Ex.a que faz-se necessario recommendaçaõ muito explicita aos
contractadores e muita vigilancia para que naõ seja importada
gente immorigera, réos de policia, e pretenciosos que tragaõ em-.
baraços a V. Ex.a com requisições exageradas, e a desmoralisaçaõ
para qualquer nascente Colonia.
A Catachese e civilisaçaõ dos indigenas naõ tem tido o pro-
gresso que deveria ter; poucas saõ as pessoas habilitadas que queiraõ
encarregar-se das Directorias, e as que existem pouco ou nada fazem
por cumprir os seus deveres, como por muitas vezes tem informa-
do o Director Geral; a vista pois de taõ improficuos resultados só en-
xergo remedio quando, pelo augmento da populaçaõ, forem invadi- .

das essas malocas habitadas pelas tribus selvagens, e tambem pe-


las aldeias dos já domesticados, indo na sua frente Missionarios
virtuosos para fazer-lhes conhecer os preceitos da nossa Religiaõ,.
pois que de outra maneira, e com o que existe, é dar-lhes perse-
guidores ou senhores, e afugental-os como por mais de uma vez
tem acontecido.

O Commercio e Navegaçaõ seguem sua marcha ascendente,


e ainda que entorpecido actualmente pela crise sanitaria por que
passou a Provincia naõ devemos por isso desanimar. Espero ain-
da que o rendimento do corrente anno financeiro naõ seja infe-
,( 18)
rior ao do passado se outros males, naõ nos vierem acommetter
e *se houver a precisa fiscalisagaõ, cuidado e severa economia na,;
despesas, naõ receio que hajadeficit--algum na Administraçaõ
Provincial, como V. Ex.a verá da receita e despeza dos mezes de
Janeiro, Fevereiro, Março e Abril, existindo um saldo de mais de 146
contos de réis, naõ incluindo nesta quantia a -de '72:937$643 em
que ficou alcançado o exThesoureiro Antonio Dias Guerreiro para
com o Cofre Provincial. Mandei continuar a execuçaõ contra
esse devedor em data de 7 de Março deste anno por na õ ter cum-
prido a moratoria concedida por esta Presidencia.
Tendo eu pedido ao Governo Imperial um Official de Mari-
nha que fosse conhecedor da navegaçaõ dos rios da Provincia
fim de marcar os logares mais convenientes para a collocagaõ de
boias e faroletes foi nomeado para esta commissaõ o Capitaõ Te-
nente Francisco Parahibuna dos Reis, que já apresentou este tra-
balho, e com officio desta Presidencia de 25 de Fevereiro deste
anuo foi elle remettido ao Exm.° Senr Ministro da Marinha. Naõ
podendo ser desconhecida a sua grande ui ilidade espero que em
breve a navegagaõ fluvial receberá do Governo Imperial mais
este melhoramento, que tanto deve influir na prosperidade do
comrnercio.
Espero tambein que a Provincia seja dotada com um outro
melhoramento se por ventura for estabelecida por meio de urna
linha de Vapores a navegagaõ entre esta Capital e a Cidade
de NewYork, tentada pelo Cidadaõ Norte Americano Tho-
maz Reiney-, que nutre esperanças de o conseguir segundo par-
ticipoume do Rio de Janeiro, animado pelo bom acolhimento
que teve do Governo Imperial e da Imprensa. Esta grande van-
tagem naõ será. .taõ somente para esta Provincia, mas sim para
o conunercio em geral pela prompta cornmunicaçaõ entre as duas
primeiras grandes Nações da America que tanto devem influir
para a. sua civilisaçaõ e engrandecimento.

O Banco Commercial da Provincia, essa instituiçaõ protecto-


ra do commercio, dobrou os seus fundos, sendo hoje de 400 con-
tos de réis: por decisaõ da maioria dos Accionistas filiouse ao
Banco do Brazil, porém ainda naõ funcciona como tal; elle goza
de bem merecido credito, e a Provincia vai colhendo as vantagens
de sua prudente Administragaõ.
( 19)
M Obras Publicas quer geraes quer provinciaes caMinhaõ
lentamente pelas razões conhecidasepidemia e inverno rigoro-
so: naõ tratarei de todas por que V. Ex.a a vista do ReNtorio
ultimo do deligente e probo Director dessa Repartiçaõ o Doutor
José Coelho da Gama e Abreu terá delias conhecimento, mas
unicamente de algumas pela sua importancia.
A primeira destaso encanamento das agoas potaveistendo
a sua planta e orçamento feito ha muito, e achando-se appro-
vado em sessaõ da Directoria, naõ quiz no entanto dar-lhe prin-
cipio sem ouvir a opiniaõ do Engenheiro Ode, contractado pela
Provincia, e tendo-lhe sido enviada uma e outra cousa em data
de 22 de Outubro passado até o presente nada apresentou a este
respeito, a pezar de o ter sido repetidas vezes pedido por esta Pre-
sidencia, dando como motivos desta falta molestias de familia e'
indagações a fazer; quero accreditar que estes saõ os verdadeiros
motivos e esperemos pelo seu trabalho.
A obra das comportas taõ necessaria para impedir a entrada
das agoas a fim de que assim sejaõ esgotados com mais facilidade os
pantanos que circulaõ a Cidade e que tanto deve influir na salubrida-
de publica vai em andamento.
Mandei novamente ao cr Doutor Marcos Pereira
de Sales o plano e orçamento do Cães' de Camutá para o recon-
siderar, visto naõ havei-o feito o anno passado por ter seguido
para a Côrte a tomar assento na Camara temporada; foi depois
ouvida a Directoria das Obras Publicas e acha-se presentemente
em arremataçaõ: espero que os proprietarios de cada uma das-
partes que lhes ficarem fronteiras arrematem, por que assim rn'o
pediraõ, e este ser o meio unico de levar-se a effeito com brevi-
dade essa importante obra para aquella Cidade.
Ainda naõ tiveraõ principio os melhoramentos dos rios e iga-
rapés por naõ ter chegado a Barca d'Excavaçaõ que foi encom-
mendada para os Estados-Unidos desde 4 de Novembro de 1854,
sendo causada esta demora por serem precisas alguncias informa-
ções mais, que foraõ dadas, em data de 7 de Novembro do anno
findo depois de minha chegada, ao nosso Vice-Consul em New-
York, que ficou incumbido pelo Exm.° Senr. Carvalho Morei-
ra em consequencia de se ter de retirar para a Legaçaõ de.
Londres.
A Presidencia tendo-lhe dado todo o arbitrio a fim de que
podesse obter com toda a brevidade aquella encommenda naõ teve
( 20)
por algum tempo communicaçaõ alguma, de modo que foi
necessario de novo officiar a este respeito em data de 15 de
Abril deste anno; e quando era de suppor que tudo estivesse de-
cidido, acabo de receber um officio do mesmo Vice Consul data-
do de 7 de Março, accompanhado de uma planta e mais escla-
recimentos, e pedindo a decisaõ da Presidencia, por naõ querer uzar
do arbitrio que lhe foi concedido.
-
A vista pois do que acabo de expôr a V. Ex.a, naõ a tere-
rnos em quanto naõ for recebida a minha resposta que foi dada
a 26 do mesmo rnez de Abril. O dinheiro que se suppunha
necessario para esta encommenda já foi recebido e está deposita-
do no Banco da America em NewYork.
A abertura da estrada de Bragança encarregada ao Enge-
nheiro Capitaõ Antonio Theodoro da Roza Gama foi ultimamen-
te suspensa por causa da má estaçaõ. Outras obras além des-
tas achaõse em andamento como V. Ex.* verá do Relatorio ci-
tado e do que acaba de dar o Engenheiro ( )de das obras do the-
atro e caes da marinha, de que está incumbido.
Os Corpos de Trabalhadores .vaõse reorganisando, creando-
se novas Companhias á medida que a experiencia vai mostrando
a sua necessidade; porem o maior tropeço para a sua completa
organizaçaõ saõ as qualificações indevidas feitas pelos Conselhos
de Quahficaçaõ, resultando disso pouca folga aos trabalhadores e
atropelo no serviço. Para cortar este abuso tenho determinado
por vezes aos Commandantes das Companhias que se apresentem
nas occasiões d'essas Qualificações e executem as ordens que a es-
te respeito tem dado a Presidencia. Na Secretaria V. Ex.a en-
contrará a força de que se compõe esses Corpos que tantos bens
estaõ prestando a Provincia.

O Serviço do Correio para o interior da Provincia vai melho-


rando, novas Agencias tem sido creadas em Caxoeira e Vigia, mas
ainda naõ, saõ sufficientes; naõ sendo porem as novas creações de-
pendentes taõ somente da Presidencia, já fiz chegar ao conheci-
mento do Governo Imperial a sua necessidade, e sem duvida ele
naõ deixará de a satisfaser como tem acontecido de outras veses;
porque sem cornmunicações frequentes e seguras, que abranjaõ to-
dos os pontos mais notaveis da Provincia, naõ é possivel que uma
Administraçaõ por mais activa e zeloza que seja no cumprimen-
(21 )
10 de seus deveres possa bem preenchei-os com proveito publico.
A caza onde se acha essa Repartiçaõ é acanhada, porem fa-
zendo-se alguns concertos em uma das salas que estaõ sobre a
Alfandega, ficará ella muito mais bem acommodada; mas essa mu-
dança naõ póde ser feita sem ordem do Governo Imperial, sobre
o que já tenho informado.

Passo a referir a V. Ex.a outros objectos que disem respeito


á leis Provinciaes do anno findo, umas que foraõ promulga-
das, e outras que deixaraõ de ser decretadas pelos motivos adiante
apontados.
Naõ podendo ser prorogada a Assembléa Provincial, e nem to-
rnadas outras providencias por meio das quaes, restabelecendo-se a cal-
ma nos espiritos, podessem ser apresentadas as leis dos Orçamentos
Provincial e Municipal, em razaõ de ser encerrada a segunda ses-
saõ da legislatura a 26 de Dezembro e corresponder o anno fi-
nanceiro ao civil, teve esta Pres:dencia por um semelhante moti-
vo de mandar vigorar as do anno anterior; e como nellasnaõ es-
tivessem incluidas as quantias necessarias para faser face ás despe-
zas creadas pelas novas leis naõ as executei, por este motivo, nes-
ta parte. Talvez pareça que o Artigo 43 do Orçamento . em vi-
gor dê para ellas autorisagaõ, porem a mais simples refiexaõ faz
conhecer que elle só deve referir-se ás leis promulgadas nesse an-
uo de 1854. Alem deste motivo ha .outros de naõ menor va-
lor, o de economia, e o de haver despesas muito mais urgentes, co-
mo sejaõ a do abastecimento da Capital de generos de primeira
necessidade, para o que se acha autorisada a Presidencia pelo Ar-
tigo 30 da lei n.° 251 de 27 de Setembro de 1854, explicado pe-
lo Artigo 41 do Orçamento vigente, e pela lei n.^ 276 de 3 de
Dezembro findo.
As providencias que dei ácerca deste ultimo objecto foraõ, pri-
meiramente, dirigir-me aos Exm.°8 Presidentes das Provincias de
Pernambuco, Ceará e Maranhaõ pedindo-lhes que me mandassem
algum gado: os dous ultimos remetteraó-me, porem .0 de Pernam-
buco, tendo dado as ordens para esse fim segundo m'o participou,
começou infelizmente nessa occasiaõ a desenvolver-se ali a epi-
demia, e desta sorte nada vim a receber. Receiosas as outras
Provincias do mesmo mal cessaraõ de faser-me taes fornecimentos,
mas entaõ já havia eu providenciado mandando comprar algum
gado em Marajó, sendo incumbido desta commissaõ o Cidadaõ Vic-
( 22)
brio de Figueiredo Vasconcellos, a quem dei ordem pata Th.,
fosse mandando em quanto houvesse falta na Capital, e para esse
fim lhe foraõ dados todos os meios necessarios. Esta commissac,
foi desempenhada com toda a dedicaçaõ á merecer os agradeci-
mentos desta Presidencia.
Autofisei ao Exm.° Presidente do Ceará a contractar, segun-
do as informações que se dignou prestar-me, sob as bases que lhe
remetti e que junto encontrará V. Ex."; o fornecimento de algum
gado para esta Provincia, e tendo sido effectuado esse contrac-
to começou elle a ter execuçaõ; tambem outros foraõ concluidos
com os Cidadaõs Domingos José Pinto Braga e Antonio Tho-
mé Rõiz. Estas medidas naõ saõ sufficientes para que haja.
abastança no mercado, outras saõ necessárias para remediar
esse estado de escacez periodica; uma delias, a meu ver é es-
tar habilitada a Presidencia com mais alguns meios que já. tem
sido por mim requisitados ao Governo Imperial para impedir o
roubo e exportaçaõ do gado de Marajó; outra é a necessidade de
serem mais bem conhecidas pelos fazendeiros de gado as vanta-
gens de unia -criaçaõ cuidadosa, do transporte de. uma maneira
mais digna dacivilisaçaõ, da Provincia, e finalmente que o ca-
pricho e o mal entendido interesse particular naõ continuem a in-
trometter-se em uma questaõ de tanta monta para o bem estar da
populagaõ.

O contracto feito com o actor Francisco de Sales Guimarães


e Cunha tendo terminado o seu tempo de duraçaõ, eu naõ teria
duvida em continual-o, se por ventura estivesse elle habilitado pa-
ra isso; porem naõ o estando como declarou-m'o, apresentou-se-
me o Dr. Joaquim Fructuoso Pereira Guimarães para fazer esse
co.ltracto segundo a autorisaçaõ concedida pelo § 6." do Artigo 40
do Orçamento em vig; Mas como essa lei tenha deternina a-
mente indtvidualisado einem seja o contractador, naõ me julguei pa-
ra tanto a.utotisado, por isso que naõ está ella concebida em ter-,
mos generieos.
Depois de encerrada a Assembléa Provincial em 26 de De-
zembro ultimo remetteraõme os Membros da Meza, em data de
2 de Janeiro, dous officios, acompanhando a mn delles diversos pa-
receres approvados que devião ser incluidos nos projectos das leis
dos Orçameatos Provincial e Municipal, e a outro um projecto
regeitado na redaçaõ; guardeios para em tempo competente de-
(23 )---
volvel-4s, declarando que a Presidencia nenhuma providencia ti-
nha a tomar, por isso que pelo facto de ser regeitado um Pro-
jecto ainda que na redação, naõ podia a Presidencia toma-
em consideraçaõ. pela rasão de que qualquer proposiçaõ
emanada da Assembléa Provincial, para poder subir á sane-.
ção, é necessario para seu complemento que tenha sido approvada a
'sua redação; e que o mesmo acontecia a respeito dos pareceres
approvados, naõ só por naõ terem sido votadas essas leis do or-
çamento, como tambem por que havia a notar, que as materias
contidas em alguns deveriaõ ser apresentadas a discussão e sane-
ção em Resoluções separadas e não incluidas em leis de Orça-
mentos, como assim já tem praticado a Assembléa Provincial em
outras occasiões.
V. Ex.a encontrará na Secretaría esses Pareceres e decidirá
como convier.

Em consequencia do § 30 do Artigo 2.° da Lei do Orça-


mento em vigor mandei contractar para os trabalhos da Assem-
bléa Provincial em sua proxima reuniaõ o Tachigrapho Carlos
Ernesto Mesquita Falcão debaixo das mesmas condições por que,
o foi em 1854.

Mandei ultimamente passar dos Cofres Provinciaes para o da


Thesouraria de Fazenda a quantia de 20:000$000, que assim se
fez necessario para que o serviço publico naõ viesse a soffrer.

O Chefe de Policia participou á Presidencia em data de 13


de Novembro ultimo existir no Cofre de sua Secretaria a quan-
tia de 2:100$000 proveniente dos escravos aprehendidos no qui-
lombo de Mucajuba, e que foi entregue pelos Senhores dos mes-
mos em virtude das leis n.°8 99 e 222 de 3 de Julho de 1841 e
8 de Novembro de 1852. Respondi-lhe que entrasse com ella
para o Cofre Provincial, porque tendo' sido feita a captura desses
escravos. pelo Corpo Provincial de Policia nenhuma applicação
tinhaõ os Artigos 3.° da lei de 1841, e 2.° da de 1852 ás pra-
ças do mesmo Corpo; mas sim aos Capitães do Matto nomeados
pelas Camaras Municipaes, que nenhuma outra vantagem tem
se não a que resulta das apprehensões que fasem em suas dili-
gencias.
( 24 )

Antes de findar esta, parte da Exposiçaõ devo informar tam-


bém a V. Ex." que a et inundaçaõ que houve na de
Marajó destrui° quasi toda a Villa da Cachoeira, que se acha á
margem do rio Arary, de maneira que mandei vir os prezas pa_
ra a Cadeia desta Capital, e o Destacamento foi estacionar--se na
Villa de Muaná; e segundo a opinião dos habitantes e do Juiz
de Direito tendo aquella Villa de 'ser novamente reedificada jul-
gão muito mais vantajosa a sua mudança para o chamado
Caracará; V. Ex." examinando melhor este objecto locrbar
fará conhecer
á Assembléa Provincial o seu parecer para que seja decretada a
mudança.
Se todas essas intelligencias que tenho dado, e em conse-
quencia das quaes me tenho dirigido em minhas -decisões naõ es-
tiverem de accordo com a maneira de pensar de V. Ex.", e jul-
gar que ellas são erroneas e em damno publico, confio na be-
nignidade de V. Ex." que desculparmeha, e remediará esses
males, como m'o garante sua illustraçaõ e conhecimentos prati-
cos dos negocios publicos.
Vou finalmente informar a V. Ex.° ácerca de algumas or-
dens do Governo Imperial que julgo deverem chamar mais a at-
tenção de V. Ex."
A execução da lei regulamentar das Terras marcha com moro-
sidade, apezar dos bons desejos desta Presidencia e das terminantes
ordens que tem dado para que nada falte ao Inspector Geral das me-
dições que se acha em Bragança no cumprimento de sua commis-
saõ.
Até o ultimo relatorio por elle apresentado em data de 8
de Fevereiro deste anno só estava medido um territorio contendo
quatro polygonos, e um delles, tão somente, com as linhas in-
termedias.
Naõ nomeiei ainda os Juizes Commissarios que devem me-
dir as sesmarias sugeitas á revalidação ou posses á legitimação,
pelos motivos do atrazo da medi çaõ, e de não haverem Agrimen-
sores sufficientes nem mesmo para os trabalhos da Inspectoria e
muito menos por conseguinte para os dos Commissanos, provindo
essa falta da demissão que foi dada a um, e da retirada de ou-
tro por doente; e por estarem tambem parados os trabalhos em
consequencia do rigoroso inverno. Não fiz tambem as nomeações
dos Empregados pertencentes á Reparçaõ das Terras por naõ
serem por ora necessarios, como nfo declarou o respectivo Dele-
( 25 )

gado, Chefe dessa Repartição, e aguardava que in'os requisitasse


para entaõ nomeiar, porque prefiro naõ sobrecarregar os cofres pu-
blicos com despesas superfivas a crealas para satisfazer aos dese-
jos dos pretendentes; logo porem que melhorar a estação e que
cheguem alguns Agrimensores mais que pedi ao Governo Impe-
rial será conveniente fazer algumas das nomeações principalmen-
te a de um Commissario para Bragança, o que V. Ex.a sem du-
vida melhor poderá avaliar consultando as necessidades do serviço.
A Companhia de Aprendizes marinheiros está bem organi-
.

sada e já conta 41 menores, entre os quaes existem pequenos


vagabundos que, por bem dizer, naõ tinhaõ quem por elles se res-
ponsabilisasse. A este respeito tenho dado ordens para que sejaõ
remettidos á Presidencia, para serem educados nesse util estabele-
cimento, bem como os que se acharem sem arrimo em. con-
sequencia dos. estragos causados pela epidemia, cumprindo desta
sorte as ordens do Governo Imperial constantes da Circular de 7
de Fevereiro do corrente anno.
Os Aprendizes. do Arsenal de Guerra naõ vaõ bem em quan-
to a sua educação moral, é necessario ver d'onde vem o mal
para o afastar. O seu numero está redusido a 15, por que al-
guns teem desertado, e a outros temselhes dado baixa; porém
em consequencia do Aviso do Governo Imperial de 17 de Julho
do anno passado, que desaprovava a baixa concedida a um d'el-
les por naõ haver preenchido as condições da lei, ordenei que
fossem recolhidos ao Estabelecimento naõ só esse, como tambem
os que tendo sido despedidos por doentes, estavaõ com o maior
escandalo, uns trabalhando em officinas particulares e outros no
mesmo Arsenal de Guerra ! Alguns desses já foraõ recolhidos,
porém outros seus protectores os occultaraõ logo que souberaõ que
eraõ procurados, aguardando do tempo o lograrem dos sacrificios
feitos pela nação, sem fazerlhe a restituição legal pela qual se
havia.õ compromettido. porém o Director tem as ordens precisas
para os fazer aprehender, e essas ordens serão executadas se V.
Ex.a naõ revogalas julgando serem justas e convenientes a esses
menores illudidos.
Ainda naõ foraõ cumpridos alguns Avisos do Governo pe-
dindo diversas informações, por que para o serem é necessario
obter das autoridades locaes resposta dos quesitos que para este
fim lhes foraõ dirigidos pela Presidencia. Esta relação V. Ex.a
a eneontrará na Secretaria. Finalizarei este topico offerecendo
)

a V. Ex.' o dou s Mappas juntos que poderáõ servir de alguma


utilidade para melhor conhecer a Provincia.
Naõ me occorre nada mais a apresentar ao conhecimento de
V. Ex.a nesta breve e incompleta Exposição, senaõ pedir que se
digne desculparme de a naõ haver feito com aquelle desenvol-
vimento e lucidez que desejava, podendo no entanto asseverar
que a fiz com toda a fidelidade e franqueza.
Esta bella e interessante Provincia encerra em si tantos ele-
mentos de prosperidade, que V. Ex.a muito mais habilitado que
eu os fará melhor desenvolver sem n os exforços que empreguei
para poder colher alguns felizes resultados; era esse o meu dever,
sem duvida, mas asseguro a V. Ex.a que o cumpria com todo o
prazer e interesse pois que ambicionava tambem cooperar para a sua
felicidade e grandezatanto era o meu desejo que esse futuro naõ
estivesse muito distante.
Convencido porém que esses mesmos sentimentos abundaõ
no reconhecido patriotismo de V. Ex.a, permittirmeha que fe-
liciteme desde já por velos satisfeitos e a Provincia por ter de
gozar de taõ sabia. e imparcial Administração.
Deos Guarde a V. Ex...

Illm.. e Exm.° Senr. Tenente Coronel Henrique de Beaurepaire


Rohan Presidente desta Provincia.
,

geg-aáLtIo aeg,o fflatt,o5,.


(27 )
Copia. Termo do Contracto que assigna Henrique Ellery
para fornecimento de gado á Provincia do Pará.
Aos vinte e cito dias do mez de Março de mil oitocentos e
cincoenta e seis, no Palacio do Governo da Provincia do Ceará
perante o Exm.° 'Senr Presidente da mesma, o Doutor Francis-
co Xavier Paes Barreto, eompaleceo Henrique Ellery para effei-
to de contractar o fornecimento de .gado. á Provincia do Pará,
de conformidade com a autorisação dada em officio de vinte e
oito de Dezembro do anuo passado pelo Excellentissimo Senr.
Presidente da mesma Provincia, o Censellteiro Sebastiaõ do Re-
go Barros, e tendo-se estipulado entre aquelle Presidente e o
Contratante as condições a que ficaraõ sujeitas as partes con-
tratantes, foi firmado o contracto sobre as mencionadas condiço-
es, que saõ as seguintes:-0 contractante Henrique Ellery Fe obri-
ga, 1.0 a empregar exclusivamente no transporte de gado desta
Provincia para a do Pará .as duas embarcações de sua consigna-
çaõ, Escuna Emilia, e patacho Anua, fazendo embarcar na pri-
meira nunca menos de oitenta rezes, e na segunda cento e dez.
2.° a fazer sabir todos os mezes de uru dos portos desta para a
mencionada Provincia do Pará urna. das mencionadas embarca-
ções com o numero de rezes marcado para cada uma delias;
obrigandose igualmente, no cazo de naõ cumprimento desta em-
dicçaõ a pagar uma multa de um conto de réis, salvo se se de-
rem razões attendiveis para a demora, á vista das quaes o Pre-
sidente do Pará o poderá relevar da multa. Esta condiçaõ po-
rém só começará a ter vigor do mez de :Víaio futuro em dian.-
a pagar uma multa de vinte e cinco mil réis por cada
cabeça de gado que .deixar de embarcar, e que faltar para o
numero indicado na condiçaõ :primeira. 4.° a apresentm urna
guia da Alfandega desta Capital, quando nella tiver lugar o em-
barque ou de qualquer autoridade policial dos outros portos, em
que se eifectuar o mesmo, n qual declare o numero das re-
zes que conduz a embareaçaó, a fim de verificar se foi execu-
tada a primeira condiçaõ. Peia sua parte o Governo da Pro-
vincia do Pará se obriga a comprar todo o gado que o contrac-
tante fizer conduzir nas duas referidas embarcações pelo modo
estabelecido nas condições primeira e segunda, á razaõ de cM-
co mil réis por arroba. Para se verificar o arrobarnento, o Pre-
sidente do Pará nomeará um arbitro, e o contractante outro, sen-
do que havendo divergencia, decidirá um terceiro escolhido a
(28)
aprasimento das partes. Na avaliaçaõ naõ se atenderá a libras
Feito o arbitramento e communicado ao Governo pelo seu pro-
posto, receberá o contractante do Thesouro Provincial o preço
estipulado.,---Este contracto durará pelo espaço de um anno, po-
dendo no fim desse tempo as partes contractantes da-lo por fin-
do, ou renoval-o com as mesmas condições, ou com outras cru
que de novo accordarem.Do que para constar se lavrou este
termo em que assignou o Excellentissimo Senr. Presidente com
o contractatite.E eu Francisco de Araujo Barros, Secretario
da Provincia o subscrevy.Francisco Xavier Paes Barreto.
Henrique Ellery.Confórme,Francisco de Araujo Barros.
Copia.Aos vinte e seis dias do mez de Abril de mil oito
centos e cincoenta e seis annos, no Palacio do Governo da
Provincia do Pará, perante o Presidente da mesma o Excel.
lentissimo Senr. Conselheiro Sebastiaõ do Rego Barros, com.
pareceo o Cidadão Domingos Jose Pinto Braga para effeito
de Contractar o fornecimento de gado para abastecimento desta
Capital, e tendo-se estipulado entre Sua Excellencia e o con-
tractante as condições, a que ficaõ sujeitos, foi firmado o pre.
sente contracto sobre as mencionadas condições que saõ as
seguintes O contractante Domingos José Pinto Braga obri-
ga-se: PrimeiraA empregar exclusivamente no transporte de
gado de qualquer dos portos das Províncias do Ceará ou Pi-
auhy para esta Capital a Embarcação de sua propriedade de-
fazendo embarcar em cada viagem nunca
nominadaSobral'
menos do numero de cem rezes. &gundaA fazer sahir o
referido Navio de qualquer dos portos das mencionadas Pro-
vincias do primeiro de Junho a trinta e um de Dezembro do
corrente anno, naõ devendo nunca exceder-se entre unia e
outra viagem o praso de sessenta dias contados do em que o
mesmo entrar no porto desta Capital. TerceiroA pagar urna
multa de um conto de réis no caso do naõ cumprimento da
condiçaõ segunda, salvo se se derem razões attendiveis á vista
das quaes poderá o governo da Provincia aliviai-o da multa,
e mais a de vinte e cinco mil réis por cada rez que deixar de
embarcar e que faltar para o numero indica d,) na condiçaõ
primeira. QuartaA apresentar uma guia d'Alfandega quando
a houver no porto do embarque do gado e quando naõ, de qual-
quer autoridade policial dos outros portos em que o mesmo tiver
)

lugar, na qual se declare o numero das rezes que conduz a Em-


barcaçaõ, a fim de verificar se foi executada a primeira condiçaõ.
QuintaE' permittido ao contractante o embarque na primeira
ou segunda viagem de vinte bois de carro que tem de mandar
vir para seu serviço particular, podendo para isso diminuir em
qualquer das duas primeiras viagens o numero das rezes que ti-
ver de transportar- por conta do Governo. Pela sua parte obriga-
se o Governo da Provincia a comprar todo o gado que o contra-
tante fizer conduzir em virtude da condiçaõ primeira deste con-
tracto, a razaõ de cinco mil réis por arroba. Para verificar-se o
arrobamento o Governo da Provincia nomeará um arbitro e o con-
tractante outro, e quando entre elles haja di-vergencia será per-
mittido ao contratante a escolha de decidir-se pela opiniaõ do ar-
bitro nomeado por parte do Governo, sujeitando-se no caso con-
trario a receber o pagamento do gado, calculado segundo o arro-
bamento que tiver lugar depois de esquartejadas as rezes e
no acto da conducçaõ da carne para os açougues, naõ se levan-
do em conta os coiros e tudo o mais que deverá pertencer ao
Governo da Provincia. Feito o arbitramento e communicado ao
Governo da Piovincia receberá o centractante do Thesouro Pu-
bli,co Provincial o preço estipulado. E por que pagou o respec-
tivo sello proporcional cuja verba é do teor seguinte.Numero
quatorzeseis milPagou seis mil réis. Pará vinte e seis de
Abril de mil oito centos e cincoenta e seisSouzaMenezes,--
se lavrou para constar este Term,) que vai assiguado por Sua
Excellencia e pelo contractatile E eu Joaquim José de Assis,
Secretario do Governo, o fiz escrever e sunscrevi.Sebastião do.
Rego BarrosDomingos José Pinto Braga.
Copia.Palacio da Presidencia da Província do Pará na
Cidade de Belem em 5 de Maio de 1856.Acabo de receber
o seu officio datato de hoje no qual me declara V. Mce. que
se propoem a fornecer gado para abastecimento digo para abas-
tecer de carne verde o mercado desta Capital, mandando-o
vir das Provincias do Ceará, e Piauhy, e em resposta lenho
a dizer-lhe que aceito a sua proposta, devendo o fornecimen-
to do dito gado ter lugar sob as seguintes condições-1..
Pelo gado que fica V. 11,1ce. obrigado a fornecer ao Governo
desta Provincia na forma de sua proposta a contar do 1.0 de
Julho ao ultimo de Dezembro do corrente anuo, garante-lhe o
(30)
mesmo Governo o preço de trez mil e oitocentos e quaren-
ta réis por cada ar oba de carne, pertencendo a V Mce. os
couros, chifres e miudos 2.&Logo que chegar algum car-
regamento deste gado o Governo da Provincia dará as neees-
sarias providencias para que seja o mesmo talhado no perio-
do de oito dias, e quando a matança de todo elle naõ este-
ja concluida dentro desse praso será arbitrado o arrobamento
do que existir, e V. Mce. pago da itnportancia de carne as_
sim arrobada, sendo-lhe depois entregues os couros, chifres e
miudos na forma da condiçaõ 3.,No caso de naõ dispor o
Governo da Provincia, dentro de quinze dias, do carregamen-
to do gado que chegar será o mesmo obrigado a pagar-lhe a
importancia dos couros, chifres e miudos, arbitrando-se o pezo
dos couros.-4..Fica V. Mce. isento de qualquer direito ou
imposto, quer Municipal, Geral ou Provincía1.--Saõ estas as
condições debaixo das quaes acceita o Governo da Provincia
a proposta de V. Mce.Deos Guarde a V. IVIce.Senr. An-
tonio Thomé Rodrigues. Sebastiaõ do Rego Barros.
N.° 1.
ilitippa demonstrativo da Despeza com edificagaõ e concerto de Igrejas Matrizes do interior da Provincia desde o anno de 1838 á 1854.
AI-
.
ArliV(0,0%
FREGUEZIAS. TOTAL.
Julho a De- 1856.
1838-1839 18394840. 1840-1841 1841-1842 1842-1843. 1844-1845. 1846-1847. 1848-1849. zembro de 1850. 1851. 1852. 1853. 1854. 1855.
1849.

3115800 3508000 . . . . 6618800


Abaité . e
4008000 8:4008000
Acará . 6008000 4008000 . . . 6008000 6008000 2:0008000 2:0008000 4008000 1:4008000 . . .
e

500:000 5505000 . . . 1:0508000


A lemquer . . . . .
1:000$000
.
Baiaõ 1:0005000
. . . . , . . 5005000 2005000 . . . 7008000
Barcarena ----- ---------- . ,
,

900$000 1:3005000 3008000 2:5008000


Béla

....
.

1:0005000 1:0005000
Bragança . -
5008000
. 500$000 . . .
Breves . .

........ . 1:7468000
Bujarú . 3508000 3008000 9008000 1.968000 . . . . . .

Cachoeira em Marajó_
Cairary 2398500 298800 . . ... ......
4008000 . . . . . 2008000 . .
.
. .
.
6008000 4008000 . . . 1:6008000
2698300
33:779098
......
. 00 000 1:6808000 . . . 4.608000 11:7698998 :060800() 1:0(108.000

. ........ .
Cametá . , 8008000 6608000. 8608 ..... . . . . . . 1:00.08000 . . . : . . .

5008(100 . 5008000
Cintra ,
4778200 8778200
. . . . . 4008000 . . .
Collares 1128980 . . . . . . 1128980 -
Faro 1:2008000
Irituia
Mazagaõ
1:0008000 2008,000
...... . 4008000 4008000

......
6008000 . . . . . . . . . 8795400
Mojri . 2798100 . . . . . .
. . 5008000 1:0008000
5008000
Monte Alegre
NIonsaras
2:2048760 1:49 15800
' 3:6965500
6698'600 6698600 . 1:2195200
. . . . .
Nítianá
2.0008000 . . . . 1:10' 3:5608000
08000 . 7:2008000 6008000
O bidos
.. ,
Oeirds 1578230 . 8008000 . . .

... 5008000
. ....... . . .
.

5(.108000
.
.
. .
. .
1:1578230
9008000

.....
. . . .
uurein . 4008000 . . .
9708000
. 5008000 . . . . . .
Ponta de Pedras ..... ____ 2408000 2308000 6508000
. . . . 1:3008000
Porte) 1508000 . 5008000 . . .

Porto de Moz
I. 208000
.

-
3(/1'$900
. . . . . 3:0008000 . . .
. . ....
3:0008000
4265200
..
. , .
Salinas 5308000 . 5308000
. . .
Salvaterra . .
1:4008000 3:6008000 . 1:.0008000> 15:5005000
Santarern 1:5008000 .
8.0008000 . . . . .

5005000 6578320 . . . . . . . 1:1578320


Soure
..... . . . . 4008000 .
..
. . . 1:0008000

.....
S. Caetano ___ ____ . . . . . 6005000 6005800 5008.000 . . . 1:9008000
.
S. Domingos da líôa-vista 8005000 . 8505000 i
S. Miguel- do Gua má_ ____ 4008000 . 2005000 2505000
. .
8008000
Vigia ___ . 8605.006 . . . .
5005000 . . 2:1005000
1.6008000 . . . . . . . . . .
Villa Franca .

2008000 7508000 11:1008000 2:9008000 1:3468000 2:8708000 6:6808000 15:0158800 5:6665920 21:642597826:7815960 4:3915800 102:183$188
4795500 1:8085230 6:0005000 4:5508000 I

Secretaria do Governo da Provincia do Pará 30 de Abril de 1856. Joaquim. Jozé d'Assis, Secretario do Governo,
N.' 2.
11a1)1)11 da?"' FiregileZill Pl.°Ville10 (10 P010tom declaraçao da iavacaçai) das niesmaN, datas da ereaçaa, nomes dos
li'airochos, datas da apresentaçao ou da Carta de encommendtamó c da Colha:ao.
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13area rena. S. rrimoisro X,,,,o. Proada em 1759. FrIIICISt, .1, 011 V.1 el,,,, :1() 1II S..ti.nili rir de IS :s. .1 de 1>ezottibro Ao 19.1,.

Il,,,,,o. de N o,: id ,, .1, 1041.

--
(jollate.i. N,,.,, senhor:, ,1,, Uneld., ent 1757. Nlitiniel Antonio Idiiiil. Provv.a.", do .1

Vigia. No., 9--olor: de N.,,,toili. (7,ada etn 1093. lIonit,o10 Amido, da Conceiçaii. Prevp,odo(ioviono do 25 do Forr. do 1037 15 de Julho Ao 1937,
--111.--
13dinfira. No., Sabor:, da Consoço.,. rre,,,la eu, 175S. Je.,", Joaquim de c,i,d,11,0. IS do :laio de 185.1. 30 tle !MAIO tle ISrA,

Purtn;,. No.,,, Sdutor,


i ilo p ,oartoicada
, P em 1757. J..'.
o,. Nlana do Vik1;e, Provisão Ao Govoto, 0 d. 371" rovr. de 1S10 5 de Marçodo 1910. _. __
ihliveldts. S. Caidono. hien!. J.e., Joanino .1,1 5o100 JdaltirP. 10,1v lk,,,o1ito do Isl.', 10 de Abril de 1847,

em 1791. rol Iii,liz 15,e1,,. Pii,,,aó do 1. do .3-d, do ls.16.


Salina. Ne,,,Sruh,ma oo 011,11frO. 1:1,111.1 .Ntiointo 31
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Soe,. - Moinno I).' Pioad, ont 1757. Dionisio Itod igne, Ah.inç ,,1
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' Sal...morta, N.,K, 0 ;111111./ ..1. ( 1, 1 iço, 1-letn. Vage,
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Fiatio,o, da 911va 1/dz.!, 1,..,,,, 9 de S. /ombro .i:. I532. 2i, do Março dd 1s53. provia,, de 9 do S, tdilidro dd 1,52.
M't,1»:, Nossa .111,.,,,t d,, (0,1, ,-,, ,,.. C, ead, r'n1 1:17. I

do li-o. Jii.... de Je..te. M..t., l'into. Piovisao ide 17 do 01:0doi II, 1`-i33.
NlonIbIle. No", S.,h,,,t CrtAda eill 1757.

:11.iii,gr5ii. Wein. Antonio A iitruNto oe Matto,,


Herininin .iii 01111la M11(1.1,_ 10 ,I1, 51 il., .!. 105.1. 3,1 de Junho do 153-1..
9, Frit!, 0 ..0 de Prol:. Idont, ._Antonio
l'ei.t,
Puitra.
do Podras.
- Nossa Sonhorit da (.',iicoiçaii. Idem.
S. :11ignel.
, Ident.
Manoel dos
_

loa(' do S.
NAV1?..1,111[11,1

Thou., il'Agintio.
13aros ilii. Neve+. AS do S..teindio do 1S52.
-
13 do Juilir ,1., 1051.
- 3

9
de Janeiro de 1853.
de Setembro do 1854. '

k 'io.hodlia il, 1;10,1i.,. S. Miguel, Ctoixila dn1 175`,. Vago.

S. Ant,ii... Id.mi. l'rancio, .1,..... T,,:olta. 17 do J.1111, do 1s'd . 19 Ao No...ont1,10 do 1S51.

11.30. 0. :ligu,I, ci,,,, rd. tri Pr....e, do .o.,t,. ii, , ,1,1;.:3 F rn 11, i,C0 Manoel Pkotontel. 211 ,I., Slao de llS5-1. 27 .1, Agorto do. 1854.

Picada 19/1 1639, Belarmino Flanois.,, lartii.... (..,r..1,,,to. 13 de 111111110 111.! 10:/:., 1 11,..7III1110 de I033.
Cu: ni,.',. S..11onnie.

Valann,,,, I., Shu.te. Sdnta Prtil. Cle.ida rio 1759. Bernardino Iluntr, li Vota-C.012. 371» Novoinh,o de Is...5. -

Antonio. NIatioel Kiiheito. 30 do Slnrço do 1855. 11 L1., (Olho de . 1955.


l'el,,, cl' ''.: '.'. S, Ilrar.. Mem. _

Idem. Fr. Jo... da 11:01,11, d 1, Viseu,. Provisaõ do 16 de Agosto de 1855.


Veitoo. S. 3k3-oa liapti0.1.

Prunhul. S. Jo:w Baptii to. Idem. Idem Idem. _ _


Sunsel. S. Franduno Xavier, Idem, Idem

itatintindo
Idem.
i,,,,
,, 1..,,,,,,,,h,
-
Provi,:to do Gov eme de 3.10 Agosto de I.830 I.' do Sdtentbro do l&ii?

-
Nos:, Senhora da Concete,,o. Creadu eu.' 1751. An
Santarent.
17,'. - .

-
Atter do eli:to. No,on Sonliorn da 0.2-. Cread, 1'911 V11111

-/.
....
.eilos. d. (...,0,0;:ii, Creada ou, 17S1. ideio.
1v No,,, Senhora
- Crendo em 1759. NIatiool Antonio 11.ii,oili,. Aproorm ado po r S. .1. O In/porailor.
ileinl. S. Ignacin,

----,---- --
:Z.
.--.
nen, Alltenni do 1.1sFurito Santo da Fonceeit. 27 i10 Navenlluo du (SAI. 2 de I ,.7.i.orthro do 1855, .
-...1 Villa Franea. Nossa Sonlinro trAssunipç:to
....

N,,,,, Senhora da Siohlo. Cir.nda co, 1919. Jnuô Ilrnr. 11.1,,,,to POwultr1. Atitomonado per S. M. O Ituperail,,,,

-
-7- Juruty.
--u Fárn. S. Jo5o 11.1rui.:n. errada era 17:.,. 3.,n; Nlouttirn III ei1111,, :30 de Junho de 1S54.
= Pr1/T530 do(:ovrmo de 14de Morçmlo I1:10 dr I) r.,uuldo do 1832.
..-. 01,1,- S1it't 1 rtn,. Ident. Itaiiiittinlo S:lneln, il, 1100, ll
:
.
Z 1111,Irjg,i, rk. Mona. 2 do Janeiro de 1856. 17 A , Mio oo do IS56.
.A1emquor. S. ,11,oliiii. Ideni. .10:1?, Cl/111:111,

:Monto Alego,. S. Frinictoroir.1.,io, 111,0n.

Idem.
Jror, Valora
Manoel Jonguini l',nriru.
da Punha o ['ilibo. i.i do Setritibro do 1052.

27 de AQooto de 185:,
-. (A.- .111,..00
12 .,, 1
de

evernbro d., lSri3.,


1853.

l'rninhn. Nos, Solhornda Graça.


NevNit Sonhora da c:oneelç:lu. Ident. Amanho Jumh ddllivelra Patitota. 25 do Janeiro do le.,,,,r,, 2l I.. MI ry il.- 1953.

-
Almririm.
Noa, Senhora do linruno. ('(co,. Vaga.
.Nrraiollor.
("¡,,,IN nO1 1771. .11,' 311111. da Ponho. I..., de Fevereiro do 1,12r, IA'!" linho (1,, 1023.
.11nragn0. NO,11,1 0.11111,IR 11'.1,11111119;:§11,

s. Jo.é Premia em 1752. joorptint 31iniool ,I, ,1,..,,,, :1 do N...,ioto Ild 1S55. 10 .1..11dzontbi, 11" 1!".../..,.
MurnpA.
'v.,-,.1.-1.1, Nn..,,/ I, I. 03-r ir 1,1",1 varia.
Bromilin 1.ogol. Sant, \ nu,. 1...

rotrirla do Governo da rtariin in Ti P:rr7 12 do Nlnit, Seeeelnrio do Governe,

MEC-DAC Bibliotooa Naoional Rrn 1...0


ÇÉRvico 111 g
N." 3.
appa estatislieo anp pesRoa affeetmlas c fallecidas da molestia reinante nos lugres abaixo declarados,
pertencentes a Provincia (10 Para, desde O dia em (pie a dita mulestia utiles su desenvolveu.
Affeefibios,

ltranew. 11 Soí ro.v

F5.egueziay.
Eserissom. Llare, Y..ruvué.

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