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-w s ./ /' tiqa ultrajada


Líl.i em tvdoi os curaçoens.
Mr. Thomas.

N. 2 ] PERNAMBUCO. AGOSTO 12, 1822. [Preço 80 rs.

selho he hum providente recurso, que habilita os Procti-


geral acolhimento, que obteve o 1.° N.° do nosso radores à inquirir dos Ministros, lace à face, as rasoensj
magro Periódico, nos fas crer, que nam devemos deses- ele qual quer medida, t o m a d a , ou proposta; à rebater dil
perar da salvassem da Pátria, e que appl&udindo nossas rectamente seus argumentos, e à convence-los elaTSrruia-
rasoens em abono da Liberdade Brasiliana, proclamada de dos seus princípios, ou da sua má fò — E , tendo elles
no Sul, os Pernambucanos continuara a ser dignos deste lmii s:'ivoto, ficaram vencidos pela pluralidade dos nossos
nome. Tivemos comtudo nossa meia dusia de caretas, Procuradores, os quaes vigiaram seus passos, e ate os de
algumas u n h a d a s , e a t é , <jue h o n r a ! taõbem nos deraõ as- S. A. l i .
sessores, fasendo.-nos entender, que o parto era de algum O u t r a das considerassoens, que observamos, do Sr.
p r e ç o ; faltou somente diser-se; epie estamos assalariados. Presidente he aquella, em que parece confiar no Parecer
1'uelo quanto» esplanou o Maribondo a prol elo Rio de ela Commissam, q u a n d o diz, que si anuíram a todas as
Janeiro foi par i teria gente huma enxorrada de sandices, reclamassoensdos Brasileiros, salvoo principio de uniam.
" j ^ l a o f j r i g a s s a m de hum perio.lista mostrar aos seus Nòs suppomós, que o Sr. Presidente nam ignora q u a n t o ,
biTciüadaons o bom partido, que devem seguir nas os- e ha quanto tempo se peleja nas Cortes de Portugal para
is políticas; nòs o fasemos sem temer as bravatas ser descutido aquelle Parecer, ou melhor, aquelle engorlo;
de ninguém. —«*— e que pelo contrario em vez de se descutir, manda-se
ite a Sèssam da Ex"" J u n t a do Governo ele condidas prohibir aos Estrangeiros a importassam de mu-
5 ele J u l h o , cm que o Senhor Presidente ainda se nam da nissoens de guerra no Brasil: manda-se, ( si he verdadei-
por convencido com as rasoens ela Portaria ele S. A. l i . ra a fama) pedir socorros militares a F r a n s a com p e
i ia a creassam de hum Conselho ele Estado, por ser esta terreno Brasileiro: e ultimamente se enviam Tropas
h u m a creassam, que so compete ao Poder Legislativo; e o Madeira acabar de esnobar nossos irmaons ela Bah
müis, que se nam podem reunir em huma mesma pessoa Avista destes procedimentos, quem nam vera, q u e o '
as attribuissoens ele hum Ministro de Estado com as de rano Congresso ele Poi o que qir r, he subjugar o
Conselheiro. Como porem jà nam he crime (grassas ao im- Brasil, e depois registar aquelle Parecei - supponha-
pério da rasam > dissentir do modo ele pensar atè elo Rey, mos. epie annu sse a todas as nossas reclamassoens presen-
fparece-nos, conforme o nosso fraco entender, que a creas- tes: Ia para as Cortes futuras surgiam novas determinasse-
sam d'aquelle Conselho i ra ele huma necessidade indispen- • ris; por que ninguém duvida, que o espirito, que anima
;-, \ íl para tratar dos negócios elo Brasil com os pareteres as Cortes prese it< -. anim; ia as futuras, existindo em to-
d o ; Procuradores das Províncias; alias gritariam logo elo o tempo os mesmos motivo-», e por conseqüência and -
= djspotismo =*e A l e m d i s t o o p o d e r Legslativo restricta- ra o Brasil toda a vida a tocar arreb
mente se entende por a faculdade de crear Leis. com que Finalmente a E x m a J u n t a tem decidido n'aquelle
os Povoa de hum Estado. N a m pode por i ultimado, que a sorte da Capital fique pendente d a dici-
b Sr. Presidente estranhar aquella creassam. quando ve- sam do resto da Província, afim de que nam hajam discor-
mos, que o nosso Governo creou novos empregos, e abolio • is, e que toda a Província despense o Sr. Presidente
o u t r o s n sta Província, por que achou, que a necessidade elo juramento nciadad > • ( i rtes d e Portugal,
•ria, nam obstante estar o Soberi cuja dispen i precisado eis Governos, que, pro-
BO de Portugal ate opresente n a posse desta regalia. Q clamada nas ( \ Constituissam d e Port. ra-
linistros de E s t a d o naquelle Conselho, nòs nam iam logo ob Cortes, sem que tod i a Pi
i9, que i lies v.tm alli complicar attribuissoens; r< os te iramento dienem
penas o o Cont lli i s. Elles nam tem mais, que haviam dado ao Governo absoluto.
do qu • lui ii » itt di to como diz S. A. 1>. na provamos este apesar i - |
j Vlinisirps no I erra d a Cap , . . . interio
• Lcutir o terre . i
Tcs, entre os quaes segncontr.rm. poucos h o n v r Hulogo c;<<rc hum go, c hum amigo
Ias suas luses saibam, lqua.es sani os direitos du do Brazil.
que elevem derra^R^j^üf^tiíiia gota ele sangue p
Tmin. Finalmente tenho o praser de tornar a Por
'-íiiam decorosa erj^ir^irTrtTi.il.
H e tem a n d a d o , meu caro. ha tanto tempo, semi
Povos elo interior! H e chegado o momewt».
H e possível descubri-lo nesta Pra;;sa? Mas q n e
ventura. I í a cinco annos, que retumbou entre os
[.triste, pallido, e m e d i t a b u n d o ? Parece-me
bosqueá o grito d a Liberdade : mas em que tempo ?
t c n p o , em que abatido o império da rasam, todo o Brasil, ad-finhamio o motivo d a sua melancolia:
e Portugal mesmo folgava nos ferros! N o tempo, em que andava t a l v e z alliando a g e n t e do mato para
s \ pronunciar on ome de L i b e r d a d e era hum crime! Eis a elo Brasil; vai si nam q u a n d o a Prociamassam M
causa da t o m b u s t a m , que sofreo nossa Provincia. E n t a m lho o assusta, e paralisa a missam.
a L i b e r d a d e nam t m h a altares em nenhum dos emisferios Am. Os chistes", e sarcasmos feiram sempre q3
Portugueses, hoje ser escravo he hum crime para os Lusi- sem rasaõ. Por mais probo, que tenha sido o l i é |
tanos. E n t a m p e r t e n d e m o s huma separassain absoluta, ho- de queelle se propõem a defender h u m a causa ti
j e queremos h u m a uniam detorosa. E n t a m todo o Brasil
nam se lembra d a c a n d u r a , e docilidade do s
praguejou P e r n a m b u c o , e as duas pobres Províncias do
-ra lhepersuaelir as suas opinioens sem oífende-
N o r t e , hoje se reúnem as Províncias do Rio de J a n e i r o ,
p o r t a v . m. comigo. Queelaelos tem para me snpflp
de Minas, de S. P a u l o , do Rio G r a n d e do Sul, de Mon-
peitubador do socego publico? N a m seriai,
tividio, do Rio G r a n d e do N o r t e d a P a r a h i b a das Alago-
julgasse, que o meu acolhimento, etiistesa T I m dos
as, e d a Bahia, era cahindo o seu T i r a n o . Ao lado ela nos-
males, que ameassam a P á t r i a ?
sa regenerassara velam tlous homens de época: h u m , que
pelo seu saber he respeitado elas Nassoens Estrangeiras, Inim. Pois si he assim, desterre essa appreh por
o a quem n u n c a dislumbraram as honras, e as riquesas, que os inimigos nam h a m de ca p ô r o pe. N o s
que à protia o tem procurado; e o outro, he aquelle, cujas parar-nos contra aquclíes, que ousados perteneh
virtudes brilhantes, nès soubemos respeitar mesmo no meio nos a nossa liberdade, qual quer que seja a sua •
,..ielle nosso frenesi político, e q u e j a mais nos teria de, isto he, Europeos, ou Brasileiros.
krino algum, si hum dia nam se tivesse esquecielo
b a r tain somente o seu cerassam. Am. E quem sara esses Brasileiros nossos inimige
. íefe do Poder Executivo no Brasil he o mais ama-
Inim. O r a quem s a m ! Sam esses Fluminei;
* rinci pes. o Senhor Dom Pedro de Alcântara, o p ir tiram contra Matleira, a fim de plantarem us-
Descendente do Monarcha Invicto. e|ue esmigalhou
ino na Bahia.
^ B h e s p a n h o e s , que prendiam Sua Pátria; o D.gno
ürtio Lusita.no Luiz W. O liberalismo, e todas asvir- Am. Pois v. m. ainda está persuadido, q u e o Rio d e
desses dous Grandes Reis acham-se reunidas em o Janeiro quer dispotismo ?
incipe Adorado. Pernambucanos do interior! u-
'•m os vossos irmaons da Capital; lembrai-vos, que Inim. A d a r - l h e ! E i s a q u i por que a P n f ^ a m a s s
i desuniam passada vos custou bem caro: sem ella m a n d a por alerta sobre os pertuo adores do soce igo p u b l i -
ge nam tivéssemos visto aterra ensoparia c o m o co, que procuram elividir-nos.
3s nossos Sacerdotes; e os Bachasinhos de Rego,
Am. H e mais verosimil, que aquella Proclaruassa n se
as pelas vossas Povoassoens, nam vos teriam es-
deva enteneler com v. m., e seus apaniguados: c\< o pi
e roubado ate o barro do p o b r e ! E o capataz
Logo que chegaram aqui as primeiras noticias»,
A abes passéa impune as ruas de Lisboa, rindo-se
elo o povo e x u l t o u ; e v. m. mesmo apertaneleí-me-^íWbiin
:-i sos, q u e tem feito nossos Deputados para se de-
disse: Meu amigo, havemos de ter nosso Congresso 110*
• seu reinado ?
Brasil; os negócios s e v a m encaminhando p a r a este elitoso
u t a n o s ! N a m vos dexeis illudir pelos visionários
fim. Chegou o fira, e v. m. j a nam he o m e s m o ; an^es pele
atria. O Governo Constitucional he o apuro mais
contrario tem de tal modo sedusido com os seus apanigua-
e das luses humanas, e o que mais convém ao-es-
dos os habitantes desta Prassa, que h u m a g r a n d e p a r t e
de Iraquesa, cm que nos eleixaram as sanguessugas
delles se tem deixado illuelir. ,
as. Sò a uniam poderá expedir para longe aquelle,
itar contra a nossa regenerassara. Desunidos nos Inim. Illudir? Q u e r , que lhe mostre por factos, c r i e ^
i victima de qual quer forsa. Q u e a discordan- v. m. he o illudido ? O r a d i g a - m e : q u e quer diser o Prirl-
inioens nam produza hum só desastre entre Per- cipe fasendo Leis ?
nambucanos : a cândida verelade pode curar nossas opini-
Oens, mas nam pode desfaser nossos desastres: e a perda Am. S. A. R . nam legislou cousa alguma. H u m De-
de h u m Brasileiro deve custar a perda de des inimigos d a creto p a r a se formar h u m Conselho de E s t a d o , em»que 03
sua emancipassam. De acordo com nosco devem estar nos- Procuradores das Províncias promovessem, o q u e fosse a
fos irmaons Europeos, habitantes desta Provincia; nem bem, não he lei para reger os Povos. Aejuelle Conselho era
devemos pensar, que elles hesitem tlefender hum Pais, ao necessário p a r a os negócios do Brasil; c entam quem o de-
qual só lhes cumpre reconhecer por sua P á t r i a : entretan- via decretar? V . m . , ou o Recente elo Brasil; por q u e em
to tjue aquella os obrigaria a mendigar pela nullidade de fim ainda nam temos Cortes? T o d o s os de mais Decretos
Seus recursos, esta os afaga no seio da a b u n d â n c i a ; e só de S. A. ja sam provisórios: instalaelas q u e sejam nossa».
a mais b a r b a r a ingratidam poderia faser, com que falha- Cortes, ellas approvaràm, ou n a m aquelle Conselho, sua*
Sem nossos raciocínios a favor dos E u r o p e o s ; mas como a attribuissoens &c.
ingratidam nam he hum monstro novo, convém lembrar-
lhes, que nam confundam a q u a d r a presente com a preteri- Inim. Mas q u e quer diser o prohibir-nos a l i l e r l a d e d s r
la : que gravem n a memória a Sentensa do nosso Augusto imprensa ?
Deíerrsor = O Brasil nam tornará a ser nem Colônia; nem
«íscravo = , que de duas h u m a , ou s e h a m de unir com os Am. H e isto h u m a calumnia, q u e v. m.» c a súcia tetíi
defensores da terra, que lhes tem servido de M ã e , 'ou desa- mantlado espalhar pelo mato. S. A. R r iibe, oue se
p recer do seio de h u m a Mãe j u ^ a m e n t e irritada; na cer- fassam impressos contra a regenerassam do tírasil. A o m e t t
t t s i de q u e ja méis tornaram a, en^rcer o ofício d<t carias- vèr, nem era necessária esta advertência, p o r ser h u m a o -
s e '.«lUt^t «eus lilbo*. brigassam do Governo. E m qur» typographia de Portugal
se imprimem escriptos contra o sistema, que a d o p t o u a-
S
V

I
rW sj^e Povo, e contra a sua rtgenerassam? Permitte-se
irar as más determinassoens do Governo, e ate mesmo
là se tem censurado as do Soberano Congresso;, porem
fi^và para sempre no R i o , c si ficak v
o
ue nam !.&3«>
Congresso determinar algtj.i |remedio p a i a os ca-

nunca fallar-se contra a Causa.


zo rgentes das Províncias do I yist%mc
Imin. Era h u m a palavTi a 1 rovinc.^, que qui-er sc-
Inim. Será liberal hura Príncipe, que premeia inimigo", \ R i eie J a n e i r o , que s i g a : nòs temos cá melhor cou-
a L i b e r d a d e , tomo acabamos de ver a respeito do Lopo ? za, equem for homem, que se topete com os Ângloameri-
canos, nossos protetores. Queremos cousa mais liberal:
Am. P e r g u n t o : O nosso Governo, depois dos aconte- as Constituissoens nam o tem sido como julgávamos. Q u e
lentos com Luiz do Rego, deitou a Lopo para fora do qui r diser em h u m a Constituissam, que se diz l i b r a i , es-
erMugar? N a m íbi elle para o Rio com seu Passaporte e tabelecer-se por base h u m a religiam u m e a , e dominante?
icensa ? Fez o Governo sabedor á S. A. dos crimes de P o r q u e rasam me ham de prohibir ele ser Mouro, ou J u -
o p o ? N a m . E entam como estranha v. m. o novo en pre- deo, Protestante, ou Idolatra? Rcsponder-me-ha v. m . ,
~uelle militar? que a Constituissam nam m e p r o h i b e c r e r e m Mafoma, ou
na vinda do Missias, em L u t h e r o , e Calvino, e finalmen-
Inim. Está bem : mas si o Rio nam quer dispotisrr.o, co-
te em Venus, ou J ú p i t e r ; mas por que me nam consen-
*~o entam as cartas d'aquella Provincia o a n n u n c i a m ?
tem andar de barbas, e turbante, e levantar hum templo
>ra diga-me : pode alguém ele boa fè decidir con- ao Profeta de Medina ? E si v. m Entam aue
Fa oss#Tt»gocios do Rio, sò por que hum paiaiá, engolin- h e i s s o ? Vai-se embora? Pois adeos, boavÍ3gem.
d o p e t a s , nos escreve huma carta.- Em que parte nam h a
"cWfcontentes ? N a õ sabe viu., que em Portugal cs hà, e que
o Governo com perntissam das Cdrtes está despejando ele
Lisboa dusias, e dusias de Cidadaons de todas as classes,
sem culpa formada, e sò por suspeitos? E u tam bem li Voto remetiido a Câmara desta Villa do Recife pelo
essa carta do Rio, e bem se vê, eme o autor tem mais de Doutor Thomas Xavier Garcia de Almeida sobre o
errôneo, do eme de bicudo. objeeto, de que nille se trata.

Inim. Porem ao menos nam elevemos abrassar acausa Illustrissimos Senhores—Tendo-me sido presente p ^ r
as cegas: T o d o o homem pode enganar, atqui José Boni- ministério ele V- S.M a Acta da Sessam da Ex""* J u n t k P r o -
fácio he homem, ergo devemos desconfiâr.delle. visória ele 5 ele J u l h o corrente, á fim de que eu sobre tal
assumpto lhes-envie diser por escrito, o que me occórrè
Am. Por esta sua lógica, meu amigo, acabar-se-hiam a positado; e nam podendo eu escusar-me rio dever, a que
todas asligassoens sotiacs. Q u e duvidas temos nòs mais sou adstricto, como Cieladam, de contribuir tora o
_, sobre o Rio de Janeiro ? Hiram os nossos Deputados coo- gente de minhas fracas luses, sendo-me pedido para escla-
perar na Capital d® Brasil para huma Assemblea absoluta? recimento ele negocio, que importa a Causa Publica : fa-
N a m será esta supposissain Iram insulto ao caracter liber- rei algumas obsenrassoens a proposta, e motivos delia,
Timo dos Brasde.ros? nam perdendo de vista o preceito clássico da brevidade,
e claresa.
k Inim. Fallemos claro: N a m devemos abrassar a causa;
Como quer que o Sr. Presidente da J u n t a involven-
por que nam vemos h u m a Nassam, que proteja a nossa in-
do nos termos d a proposta o enunciado da sua opiniam,
dependência de P o r t u g a l ; e nòs nam temos dinheiro.
atrahis=c a cTla os votos de todos os mais Se»nhores. em or-
Am. Senhor meu. si nam temos elinheiro, tam bem Por- dem a se nam faser obra por os Decretos de S. A. R. de
m tem. Muito mais nos ham de fiar as Nasso- 16 de Fevereiro, do 1 o , e de 3 de J u n h o eleste anno, vejo,

í ons; p o r q u e temos mais, tom epie pagar: alem disto di- que a penas se vencêo o desnecessário arbítrio de se offici-
2em por ahi, que a Alemanha vai proteger a nossa causa. a r a s Câmaras para porem os Povos de intelligencia, de
que, logo que chegarem as Instrucsoens para as Eleieòens
Inim. Misericorelia! Deos nos livre de tal. Quem nos dos Deputados da Assemblea Geral, seratn convocaeloã
diz, que a Alemanha nara venha plantar no Brasil h u m a para deliberarem, o que lhes-convier.
Monarchia absoluta ? H e , em virtude elesta desamparada eleliberassa 4
se nam pode deixar de presentir na E x m a J u n t a o « t ú t l a -
Am. E u aam o e n t e n d o : v. m. nam segue acausa, por do desígnio de procrastinar a executara destas ordens d,"
que*ham h a huma Nassam, que a proteja. Si lhe digo, S. A. R . , j a pela sua estranha ingnwncia em um negocio
que h a ; responde v. m . , que esta Nassam vem plantar da privativa competência elas Câmaras, j a em mantlar pre-
huma Monarchia absoluta. Ora venha cá , si S. A. qui- venir os Cieladaons com as duvidas ponderadas nas pre-
zesse reinar dispoticamente no Brasil, quemistet havia de missas d a proposta, como j a o fisera a respeito do Decre-
proclamar Cortes ? Elle nara carecia mais, que faser-se a- to de 16 de Fevereiro, o que foi motivo de se elle nam
claniar pelos seus denominados Áulicos, e depois bloque- cumprir. E se nam hé isto assim, digam-me VV. S S . ,
ar-nos ce>m a esquadra d e O t a h i t i , povoando nossas Cam- o que significa t s t a convocassam de Povos reservada pa-
pinas de aguerrielos Alemaens. ra quando vierem as Instrucsoens? Se estas sam pai
Eleissoens dos Deputados da Assemblea, e elevem ser for-
Inim. Isso nam he como se pensa. Vamos a tliante: ele
malisadas pelos Procuradores Geraes, como hé que se es-
í u e serve ligar-se Pernambui o com as Províncias cio Sul,
pera porelías, para entam se proced r à eleissam dos mes-
fi nifalivelmente aquellas do N o r t e , cuja viagem para Lis-
mos, por quem de vem ser feitas ? Se h«f para consultar a
boa lhes he mais fácil, que p a r a o Rio, j a m a i s ham de
vontade dos Povos, isso se de 1 tes, a f i m
querer unir-se? c porconseqnencia eis dividido o Brasil?
de se mandarem ja os Procuradores, cuja eleissam
Am. Hajam Loas Leis, e executem-se a risca, que nin- tem com a outra dos Deputados; o que era tanto ele mai
guém caiei e m de recorrer ao Rio, excepto para deman- or urgência, quanto se observa cada ves mais pronuncia-
dar grassas e quem as quer, entaõ que sofra encommodoá da a tendência dos animi vôr da Causa do Sul, na
^ o r e m SUppondo ainda esses recursos necessários, quanto rasam dos rápidos progr* -
nam Valera maw hum;-! demora para o Rio, onde achamos mos, que nem ain ;• se m m o Projecto do
num "Congresso Brasileiro, do que hir depressa a Lisboa Commissam dos Negócios Políticos do Bi
p a r a ser escusado p r l a pluralidade d e v o t o s E u r o p e o s ? nam tem dado algu
A I P T Í d i ü o Suem sabe si a reuniaih das Cortes Brasileiras Governo sobl .essidadej d a Pi

L
Sías nam : 1 íü mias, q u e todas sam relativas, e fundadas , ; ,
... : , q u a n d o nelia <uve quem votasse, q\- vari veis; pois nem de outra sorte feriamos por
deliberassem •o-,devia ser tomada D! , ectuaes Cortes de Lisboa, c só pela rasa,a
tôres ele Fregu"| S f ^ ^ R o s d e compromissa meias pela Regência, que se instalou com
do só por u m Decreto se podia autorisar a i í * dimissam á Ei Hoy o Snr. D. J o a m VI contra >< c
novas J u n t a s Eleitoraes : e atè se disse, cm ' d o Governo Monárquico absoluto, q u e en
mesmo acto se faria ele*i:n:i ves a eleissam tlr^PflBHilrOS E a necessário u m a eau-a, que imprimisse o pi
P r o c u r a d o r e s ! q u a n d o uns sam os q u e tem de redigir" as vimento à maquina e esta tom melhores titula
íiisenicsoens para as Eleissoens dos outros, e ainda se \. os Povos, que fosse S. A. R . que à dar est
sabe, ele que lórma seram ellas determinada?.. querêram : nam havendo algum inconvenien n si
1
D a d o , e nam concedido, que os de mais Povos ela os Ministros d E s t a d o Conselheiro;, pois epj
Província nam estam bem instruídos a respeito ele tudo o foram natos por Ley, que hà entre nos.
que se tem passado, e lhes-convem segiur na presente cri- Igualmente nam envolve si paras-a.n d i
se, outro tanto se nam pode diser relativamente ao elesta tituintes ela Nassam Portugui .- i
Prassa. que em o dia 1." ele J u n h ) passado manifestou a ] legislativo no Brasil, ainda que a Historia
sua vontade, intimando-a de um modo tam positivo pelo necesse exemplos ele Nassoens compostas elí
brgam d e VV. S S . , que a reproducsam de semelhantes! - Reino, tendo estes diferentes Constituissam,
hè ele temer, que seja fitai- portanto nam estam V V. gislativo; o mesmo Direito Publico Universa
SS. n a rasara das outras Câmaras ; os Povos elo seu Ter- risava à instituir, por q u a n t o u m a ves q u e sje
mo declararam querer laser causa comum com as Provín- Brasil um Estado livre, e q-ie tem em si me
cias do Sul, adh.esam consistente em palavras, nam se elementos para o ser mui o p u l e n t o ; nam se
e n t e n d e , reconhecimento tio Poder Executivo em S. A. gar o tlireito de se fazer'representar, como ta
R . com desobidiencia as suas Ordens nam se i : e ameaçada a sua prosperidade, e pcados todos
como quem qui r os fins presume-se querer os m ios, e po- de sua natural riquesa, e ixdustria, por um,
? as Províncias colligadas elo Sul já tem mand ido os cujos defeitos, tendo-lhes o Governo d .d > -.•flflflflj
? eo curadores, como meio ele consolidarem a sua ur.i- i í o meio mais fácil ele reescravisar-nos. fl^^^H
v emos conformai- c6m ellas, uma ves que sem a co- xemplo o Decreto ultimo, que taxou a
ara ele todos se nam pude conseguir o rim propos- tas elas Causas da Relaçaiti ele Peruam
0 o '• V V. SS. hè á quem veio imediatamente cli- se aprovou para c o m e ç a r e m IS-2Ó o ant
o Decreto ele 16 de Fevereiro, compete-lhes dar-lhe mercial prohibitivo no Brasil : como pois .-, \ • f l f l f l f l
-, ido cumprimento pela parte que lhes toca, pois que semblea Legislativa Brasileira, em que
bre VV. SS. que liada recahir toda a responsabili- tidas dos seus Representantes com ampla hbflfl^pflfl
z a omissani: que o Governo da Provincia bem se senvolvam, se pode pôr barreiras á tantos •:%
a com diser, nam lhe fora directamente remettida vem a necessidade d.i sua existência, e da do Bi»
ma Ordem ele S. A. R . , como j á desde agora o fas cutivo. sem o qual ella seria inneficaz, sem qfl
co. Chegaram as explicassoens, porque se esperava, midade das atribuiroens assignaladas rft D f l
i mais pretexto plausível para se nam proceder a e- crea; am, se possa ePaqui indusir separaçaBB
dos Procuradores; ofHciando, VV. SS. ao mesmo Moral da N a ç a m cujas Leis fund
a Câmara d a Capitai para esta por de accordo as mas, e que eleve ser ligada mais por vinc
ais da Provincia, de ique deve s<r feita afEleissam pe- interesses, do que p o - f o r ç a de deperiden ou»
líftores de Parochia actuaes, conforme temsielo pra- trás podem ser as vistas de S. A. 1... tend
pelas outras Províncias; que, se aquella Câmara um elia no T h r o n o Portuguez, cujo maior
iv r e n proporsam, disresponsabilisados fi- ser proporcionado á maior grandesa ela
VY. SS. eo n lia verem cumprido por sua parte o De- testa estivei*. Mas hè ele notar, q u e èst i
pcompetindo-Üies o direito de protestar contra quem existência dos dous Poderes no Brasil ao e '
j-et, ender embarassar de assim o faserem. c<êo o Snr. Presidente, ainda que com tal resfc
, sam os meos sentimentos, q u i n t o adecisam ela os torna insufficientes aos seus iins.
mas. para epic nam fassa duvida a. V V . SS. a- Resta .finalmente a causai d o juramento <
Y i u e se adianta nas suas premissas, devo diser-lhes, cia as Cortes, sem fallar em outro igual, ej
nais especiosas, que paressam as rasoens do Sr. mente se há prestado a S. A. R., mostrarei • \\jfi
JiVnte, ellas nam passam ele ser declamatórias, e de- primeTO hé nullo, pois que tendo sido prora iaritPe d
le ura principio, a saber—que o Brasil, nam obs- bôa íè, e faltando a este o Congresso, em conseqüência
tante estar, e levado a Cathegoria de Reino, e considerado de nam cumprir ele sua parte com o contracto, a que ac-
a i -peito da, sua antiga Metrópole, como outra qualquer cedêo o dito j u r a m e n t o , vem por isso a dar nos direitos ele
N a s s a m ela terra nam tem direito á constituir per si um resilir, e c a d u c a n d o logo o mesmo paramento, pela rasam,
lo livre, pois nem de outra sorte se descobriria a sup- de que sempre segue a naturesa tio acto, a cpie hè aeljec-
unplicancia em S. A. R. determinar a firma, e at- to.
tribuissoens do Conselho de Procuradores, no entanto Sam estas as reflexoeus, que me sugerio a leitura da
que a Assemblea Legislativa lhe-elá Regimento sò peia Acta, que me íbi r e m e t t i d a : VV. SS. porem como dota-
'es rasam de ser isso contraditório com o sistema dos d • inilhor critério resolveram co n melhor acerto.
.Constitucional, sem se attender, a que nos achamos em u- D os G u a r d e a VV. SS. J a b o a t a m em 17 de J u l h o
m a posissam nova, que exige medidas extraordinárias, de 1822. —Thomaz Xavier Garcia ele íhneida. J u i z de
sem q u e deVamos sacrificar aqi que melhor covivie- F o r a N o m e a d o do Recife.
rem ao nosso estado Político social a u m a rotina de Si

AVIZO.
I ' • Figuercdo, J. Gi " Rellaçam desta Província, fús certo ao respeitarei publico, que
que. ha com outro s \rio no mesmo Tribu 'era a sua firma d \ diante reco*
idaporMa toei termino de Figuercdo Britto , '..• hà na Rua de Sam Francisco

[ Typcgrafia Nacional

.li






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