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PEDAGÓGICA, SCIENTIFICA. LITT NOTICIOSA
Fledactores:—Frontino Guimarães, ArtliuP/^Òtí^ít, José . Franeo e
Fpaneiseo Alai*
.< mor ao trabalho A vida pela instrucção
eas de conhecimentos, principiaram sua ducador, mesmo de acanhada» hsbilitsções; ção comprehendendo que para desempe-
aprendizagem pela escola, que é a base de porque, do contrario, verão seus filhos cres- nhar-se desta incumbência, era necessário,
todo o saber do geaero humano. cer, tem haver quem lhe ministre o te- era preciso instruir o povo, tractou logo
E' por isso que a concepção moderna, sejauo pão do espirito. de crear escolas, institutos, onde a todos
que todos os homens de espirito alevantado Em logares onde a população é igno- fosse dado freqüentar.
se esforçam pela diffusão das escolas em rante, é como em terra de cgos, quem tem Na republica Norte Americana, essa
larga escala, desde os centros mais popu- um olho é rei. republica modelo muito se tem feito em
losos até aos bairros, mais afastados; por- Br»gança. prol da instrucção publica, desde o tempo
que sSo ellas outeos tantos factores de luz do aeu immortai fundador Washington,
outros tantos luzeiros a espancar as trevas M. CARNEIRO.
que ae assumir as rédeas do governo,
da igaorancia. E tanto mais loavavf 1 è esr e exclamava: «a virtude e a intelligencia
empenho, quando é certo, e esU na cons- dos cidadãos, ^ão duas garantias indis-
cie-eia de todos, que é pela inatrucção que pensáveis das instituições republicanas».
se pode elevnr o nivel moral do povo, fa- I i
Ali o professor publico occupa uma
zendo-o o.omprehender seus devores, seus
direitos e regalias.
Os poderes do Estsdo váo felizmente
ncmsçao n lisa posição elevada! nobre, que teera os fun-
cionários públicos, os magistrados e as
escolas primários são plantados em tados
prestando a este ramo de serviço publico a os recantos das cidades e aldéas.
nms seria atlençSo, já augumentado o nu'
Quando em 1866, o parlamento fran-
mero de escolas, jâ melhorando as condi- O indifTerentisrao,o menospreso, com cez íratava de reformar a instrucção pri-
ções de intellectualidndedo professorado e que tem sido tratada a classe do profes- maria, Jules Simoü em um eloquentissi-
já proporcionando-lhe sufâcientes garan- sorado publico, no nosso paiz por parte mo discurso disse, que a primeira riqueza
tias de poder viver com indipendenci». dos poderes, competentes^tem levado qua- de um paiz, é a riqueza intellectual e co-
O numero, porém, de cadeiras criadas si o desanimo, a descrença de se vel-a mo todas as riquezas, tem ella necessi-
é muito superior ao de professores habili- elevar-se á altura a que merece, si é prin- dade de ser cultivada para ser fecunda,
tados; e cs que se vão habilitando mal dão cipio incontroverso que o engrandecimen- disse mais, que a intelligencia é a primei-
para as vagas em cidades, villas e fregue- to de um povo está na rasão directa da ra força do mundo.
zias. As de bairros, onde n5o ha recursos, sua instrucção, esta classe, cuja missão
nem distracções, nem sociabilrdsde, nem Entretanto si existe o desanimo, a
nobre é preparar cidadãos úteis e presta- descrença que já nos referimos, todavia,
muitas vezes casa com acommodações para veis á pátria, quando não gozasse de cer-
eschola, ^flcam sem provimento, por não pelos legisladores do congresso esladuali
tas imraunidades, de certos privilégios, foi elaborado um projecto de reforma di-
hsver quem as pretenda, salvas excepçõ-:s devia ao menos merecer a attenrão do
raras, e isso mesmo com caracter proviso gno de uma corporação tão illustre, o qual
governo, dando-lhe meios, recursos para apenas depende da sancção governamen-
rio. A.' primeira vaga em villa ou cidede, a sua manutenção, para a sua elevação,
os professores de bairros pedem sua remo- tal, para ser posto era execução e que
na posição que occupa na sociedade. veio plantar um novo marco a esta clas-
ção, porque, acostumado? á convivência de
Os governos não podem descurar da se do professorado publico, dando incen-
pessoas educadas, em centros de mais vi-
instrucção popular, base e alicerce de to- tivo para uma nova vida, para o ongran-
da, mal se coadunam a servir, como que
do o governo e principalmente da demo- decimento intellectual e moral deste Es-
isolados ou exilados, em bairros povoados cracia que é o governo do pove pelo povo. tado.
ordinariamente de gente analphabeta e es-
túpida, que, passsndo o dia no trabí.iíio. á Ja nos antigos tempos em Roma e S. Paulo. 30 de Agosto de 1892.
noite procura, no repouso e no descanço, a Athenas, berço de tantos jurisconsultos e
reparação das forças para as luctas do dia philosophos, era cdjas doutrinas os mo- FRONTINO GUIMARãES
seguinte. dernos pensadores, vão encontrar um ma-
nancial de sciencia e de luz, os governos
Eis a rasão por que as cadeiras de bair-
procuravam diffundir a instrucção por to-
rios se acham quasi todas vazias. das as camadas sociaes.
Para estas a lei deveria abrir uma ex-
Na França, o paiz livre por excellen-
cepção.
Não havendo normalistas ou preten-
cia cuja liberdade fora conquistada com o
sacrifício de milhares devidas.mas dando
A INSTRUCÇÃO
dentes habilitados que se apresentem aos ao homem direitos que até então estava
concursos,conviria permittir-se a qualquer privado de gozar, apezar de lhe serem na-
pessoa, depois de ter provado, perante os tuos, deflnindo-lhe a posição nobre e alti-
Conselhos Manicipaes, de ter boa conducta De todos os problemas sociaes. a ins-
va para que veio ao mundo, na França di- trucção é sem duvida alguma o mais im-
moral e civil e saber bem ler, escrever e go eu. já no tempo dos imperadores en-
contar, a ficuldade de ser nomeada para portante.
contramos muitos delles preoccupando-se Sem ella, o horaem vive nas trevas
rege-las mediantes vencimentos, razoáveis grandemente com a instrucção primaria
até apparecer concurrente convenientemen- profundas da ignorância, e isto é impró-
como Luiz XIV, que deu o seu nome ao prio para uma sociedade adiantada e ci-
te preparado que as pretenda.
século em que viveu, como Francisco I, vilisada.
Cadeiras sem provimento são lampeões no século XVI, que antevendo a ruina do
Um escriptor disse muito ácertada-
apagados» seu paiz, pela ignorância do seu povo, mente : «A felicidade dos povos depende.
A luz mesmo, fraca, sempre alumia; e mandando chamar Erasmo, esse espirito da instrucção da humanidade. O homern
é melhor viver na claridade, embora tênue, reformador e franqueando-lhe os cofres não instra/do é como uma moeda despre-
do que ás escuras. públicos diz-lhe que trabalhasse e conse- zível que os estrangeiros não recebem :
Para centros raraes afastados, onde não guisse o renascimento das lettras e das o homem instruído é como o ouro fino
ha mestres nem recursos, os pais conside- artes, tão decadentes. que tem curso em lodo o paiz.»
ram como um bea^flcio possuíram um e- Erasmo, amante como era da instru- Em todas as partes do mundo a ins-
I^E^TIST-A. DVCOIDER^T-A.
fo •■vV MO m inou sempre como uma As luzes em profusão; Mas afastai-os dos trilhos
ip/erosas alavancas do pro- ífa alegria o povo immerso Das caducas gerações !
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0
^ssor.'dpXeRectual dos povos; como um Fitando o sol do progresso
^/ - C) íact^-híaMpensavel a todas as classes Saúda nella a instrucção.» No florir da juventude
LJ£L- ^;- '.J^-ínstrucção é o sol da humanidade, Crença, nobreza e virtude
X Não ha duvida, a escola é utilissima
'L /^JJ^Jfo raios illuminam a intelligencia, es- O livro fazdiflundir!
clarecem as idéias e formam o talento. á instrucção, é um dos seus principaes Oh ! no riso da criança
Com ella o homem tudo dislingue; elementos. Sem ella a instrucção jamais Ha muita luz de esperança.
sem ella, elle parece envolvido em pro- progredirá. A escola é o verdadeiro em- Ha muita fé no porvir.»
fundas trevas, encherga tudo ás escuras ! blema da instrucção. Portanto, o Con-
Com ella, elle pôde vir a ser um cidadão gresso Paulista, criando mais escolas pu- Pátria ! oh minha pátria amada ! só
prcstante, um henemerito pevante a socie- blicas, coopera asrim para o progresso
intellectual da pátria, merecendo franca desejo que haja a instrucção no teu seio,
dade; sem ella, elle jamais passará de um para serdes verdadeiramente feliz!
ignorante, incapaz de prestar qualquer estima do professorado publico e de todos
que amam a instrucção e a felicidade da S Paulo, 25 dt Agosto de 1892
serviço intellectual apropria terra que lhe
deu o ser ! pátria.
Sim, triste, bem triste ê o homam que Terminando este artigo, desejo fe- AKTHüR GOULAKT.
cobre-se com o negro e horrível manto chal-o com chave de ouro, publicando
da ignorância ! uma excellente poesia do distineto poeta,
Não sabe reconhecer as eousas gran-
diosas, ignora completamente os progres-
nosso compatriota Ernesto Machado.
Eil-a: DL L S, ds Csmp
sos da sciencia, das artes e das industrias. Faz hoje um anno que a inexorável
Emflm, o homem sem instrucção é um Instrucção
Atropos cortou o fio" da existência neces-
corpo sem alma, é um edifício bello por
fora, tendo por dentro os vermes da po- sária e preciosa d'aquelle distineto cida-
Instrucção, ó sã cadeia,
dridão ! dão—a quem a Escola Normal de ^ão
Que nos prende a cada idéa
No momento actual, é que nós, bra- Paulo, a instrucção publica do Estado,
N'um élo feito de luz,
zileiros, elevemos tratar minuciosamente digamol-o, muito e muito devem. Espi-
da instrucção e com aturado estudo, pois E's a sol, sublime estrella,
rito finamente educado, costumes puros,
no solo da pátria resplande brilhantemen- Que do céo, tão pura e bella.
tempera catoniana, justamente venera-
te o bello sol da liberdade: e para ella Os nossos passos conduz!
va-o, merecidamente distmguia-o o povo
ser completa e feliz, é preciso que haja paulista.
instrucção, um dos factores mais impor- Sem ti, que seria o mundo,
tantes da mesma. Esse pelago profundo A Revistei Moderna, órgão popugna-
Encapellado e fatal? dor dos interesses da Instrucção Publica,
Infelizmente, no Brazil, a instrucção não poderia deixar passar em olvido, sem
popular não é adiantada, por isso, de- E nôs, tristes marinheiros.
vemos trabalhar com affinco, até que ella Navegando forasteiros, rompimento manifesto de um dever sa-
se rivalise com a dos Estados Unidos, a Sem termos ura sô phanal? grado, semelhante data, curvando-se re-
mais adiantada de todo mundo. E' justa- verente e grata ante a memória saudosa
mente da instrucção publica, que a pá- E's a fagulha brilhante, daquelle cuja vida foi um exemplo fri-
tria depende, ella é que fôrma os futu- Que sempre, linda e constante, sante de amor á instrucção e á humani-
ros cidadãos.No emtanto os poderes com- Nos chama á voz da razão; dade.
petentes nada teem feito em relação á es- E's a senda da verdade
sa magna questão, á essa alavanca social
que fôrma o homem e, portanto, a socie- Espargindo a liberdade
dade.
Em S. Paulo até ha pouco tempo, a
Nü mais remoto sertão!
LIXTERATUJFt^V
%%%
Âiuiz Velftmo.
IREVIST.A. l^COIDEIllíT^.
tamente a nobre e fértil inspiração de que
OS SIMPLES seu auctor édotado. A MORTE DB D. JOãO
Trago d'amargura o coração desfeito...
Vê que fundas magnas no embacíado olhar!
não é inferior a Os SIMPLES, mas é um poe- Nunca eu sahira do meu ninho estreito I...
ma, tem obrigação ae ser primoroso attra- Minha velha ama. que me deste o peito,
Guerra Junqueiro, o valente cantor hente e rico ce bons pensamentos, como Canta,me cantigas para me embalar !...
d' A Morte de D João, acaba de dar a luz de facto possue todas estas qualidades e
da publicidade mais um primoroso livro portanto, está fora de combate.
Poz-me Deos outr'ora no frouxel do ninho
de versos, cujo titulo encima estas linhas. Não se pode f zer ura juizo critico Pedrarias destros, gemas de luar...
O nome do glorioso vnte portuguez já comparando as duas obras— A MOKTE DE
Tudo me roubaram, vê pelo caminho 1...
é bsm conhecido na mundo das lettras, D. JOãO E Os SIMPLES.
Minha velha ama, sou um pobresinho...
como um dos mais inspirados bardo-1 da Aquella éum poema e eslaé um sim- Canta-me contigas de fazer chorar !...
heróica terra do immortal poeta à.'Os Lu- ples livro de versos.
síadas - Camões.
A MORTE DE D, JOãO é uma obra ceie
Na poesia tem sido e'.le um verdadei- bre como poema. Os SIMPLES são uma obra Como antigamente, no regaço amado,
ro horoe, cada um livro seu é um foco de (Venho morto, morto I ..) deixa-me deitar 1
celebre como versos que não visam theses.
luz vivissima, cujos raios illuminam ruti- Ai, o teu menino como está mudado !
Os SIMPLES são uma perfeita obra
lantetnente todo o mundo litterario. Assim, Minha velha ama, como está mudado I
d'arteque merecem sinceros elogios do to-
a sua Morte de D. João é uma obra que dos os admiradores d» poesia contemporâ- Canta-lhe cantigas de dormir, sonhar 1..
hade ficar para sempre como um monu-
nea, de todos os admiradores do que é bom
mento glorioso na historia da poesia portu-
e de todos aquelles que exigem no verso Canta-me cantigis, manso, muito manso..
gueza, resplandecendo como um meteoro
uma forma correcta, um estjlo saave ebello Triste?, muito tristes, como á noite o mar
brilhantíssimo, como uma pedra preciosa, e uma linguagem amena, encantadora, at-
de primeira água. Canta-me cantigas para ver se alcanço
trahente e fidalga. Que a minValmadurm», tenha paz des-
D'nquelle elegante e riquíssimo BOU- eanço,
Os SIMPLES são uma collecção de tu-
QUET de raras flores, destaca-se uma rosa Quando a Morte, em breve, m'a vier bus-
do o que poda haver de f no em poesia.
belÜEsima, pura, louçi e purpurina, que car I...
è a seguinte : O auctor mesmo diz «Tentei uma
obra d'arte, que fossa ao mesmo tempo ab- Por esta excellente poesia os leitores
O' mães que tendes filhos, mães piedosas, solutamente individual, ingenitamente poderão avaliar a sublimídade in totum
Quando ellas morrerem criancinhas, portugueza e vasta e fundamentalmente d' Os SIMPLES. Não ha em, Portugal, nem
Enfeitai-lhes os caixões de brancas rosas: humana. Alcanceio ? O tempo o dirá.» mesmo nos paizes mais litterarios da Eu-
Deixae, deixae voar as andorinhas Alcançou, sim. Não será o tempo fu- ropa inteira, quem cultive com tanto es-
Em busca das paragens luminosas. turo que o dirá, porque o presente já o está mero e amor os versos alexandrinos como
dizendo. São de uma naturalidade extraor- o soberbo auctor d' A. MORTE DE D. JOãO.
Não accordeis as timidas crianças
dinária os versos d'Os SIMPLES. Por isso è que a eminente litterata por-
No pequenino túmulo risonho:
Tudo nos encanta e delicia. tugueza, D. Guíomar Torresão, justamente
Ditosos os que morrem como esperanças
Como o bardo descreve lão elegante- conaiderada como um dos bellos ornamen-
Felizes os que morrem como um sonho.
mente e com naturalidade. tos das lettras moderaas, disse o seguinte
sobre o illustre cantor d' Os SIMPLES :
Um dos sftus primeiros trabalhos — A .MOLEIRINHA. « Os alexandrinos de^Guerra Junquei-
MUSA EM FERIAS — possue também um fi- ra formariam no omplomado estudo maior
níssimo valor litterario, a par de uma ele Pela ctrada plana, toe, toe, toe, de todos es^ea radioaos poemas gaulezes,
gante e correta forma artística. Guia ojuraentinho uma velhinha errante. em que a idéia vive, esmo uma alma tan-
Os mais exigentes críticos de Portugal Como vão ligeiros, ambos a reboque, gível, dentro do relicario d'ouro da forma,
consideram Guerra Junqueiro como o mes- Antes que anoiteça, to 3, toe, toe,
A velhinha atraz, o jumentito adiante 1... e que symbolisam o predomínio mental da
tre renovador da poesia moderna, e não é Franç*, affirmado muito mais na tradi cão
para menos, pois elle tem feito muito em Esta poesiajjá é bem conhecida dos leito- de passado do que no depoimento do pre-
prol do progresso litterario d'aquella ter- res, pois foi publicada em vários joraaes sente »
ra, por meio do seu fecundo e extraordiná- importantes deste Estado. Por isso não a Como lyrista também é sublime e ini-
rio talento e das suas ardentes e reconhe- publicamos toda. mitável o illustre bardo. Neste gênero tem
cidas aptidões litterarias. A ultima poesia aã.'03 SIMPLES» é sim- sido admirado em todos os paizes mais lit-
plesmente soberba e incomparavel. Leito- terarios da Europa. A poesia nasceu com
E porque não diremos já que Guerra
res, leiam e apreciem: elle, Guerra Junqueiro, é um verdadeiro
Junqueiro é um gênio, quando elle é a pri-
meira cabeça poética da língua portugue- REGRESSO AO LAR poeta.
za^l quando produziu obras notáveis e A poesia ama-o, e elle a tem sempre
mesmo celebres, como a MUSA EM FERIAS, Ai, hi quantos annos que eu parti chorando no coração.
A MORTE DE D. JOãO e ultimamente Os D'e3te meu saudoso, carinhoso lar 1... Terminando estas linhas, dizemos que
SIMPLES 1 Sim, Guerra Junqueiro, poetica- Foi ha vinte !... ha trinta I... Nem eu sei Os SIMPLES faram mais uma victoria, uma
mente fallando, é um gênio e, sendo assim, já quando 1... gloria alcançada pelo grande e incançavel
é uma gloria não só para a terra que lhe Minha velha ama, que me estás fitando, cantor d'A MORTE DE D. JOãO.
deu o ser, mas também para todos os pai* Canta-me cantigas para me eu lembrar I... Isto não é uma critica, é somente uma
zes onde se cultivem com esmero as mu- homenagem do mais humilde dos admi-
sas, onde se admirem os sólidos talentos e Dei a volta ao mundo, dei a volta a vida... radores do grande poeta, justamente con-
oade, emflm, se saiba reconhecer a fidal- So achei enganos decepções, pesar... siderado a maior gloria da poesia contem-
guia de boa litteratura ! Oh I a ingênua alma tão desílludida ?... porânea.
Os SIMPLES são um livro de fôlego ; Minha velha ama, com a voz dorida, 23-8-92.
em cada um de seus versos vemc? perfei- Canta-me cantigas de me adormentar !,„ ARTHUR G- ULART.
IRE-VIST-A. I^OüEXUST-A.
instrucção publica, crendo pela nova refor- sor Romão Pniggari, que não poupou es-
MO-