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de crer mesmo, aventurando illegalmeute conjec- faltando ao Sagrado decoro, e Religioza obe-
t u r a s , que taes escriptos forão enderessados »o diencia , <pje com juramento se obrigarão de lhe
P u b l i c o , como meio de huma couspiração séerc-' f prestar,' <
t a , que se facilitava o passo na publicação dei- Concluo , pois , que não ha no processo cul-
les , para ter lugar o seu conhecimento neste p a , á que especialmente seja o Reo obrigado
J u i i o , be indispensável todavia nessa mfesma byv como tál de dar neste J u i a o defesa, por quau-
pothese, que conste pozitivamente do facto dessa to nem consta de corpo dc Delicio, nem ao me-
eonspiração, e da relação, que com ella guar- nos lie frizante a hypothcse da snpposta argui-
davão os mesmos Escriptos, para delles se poder ção dedusida da Portaria da Secretaria de E s -
conhecer então neste J u i z o , como meros instru- tado, do» Negoeios da J u s t i ç a ; explicando se es-
mentos do c r i m e ; senão h e q u e , pela L ó g i c a ta J c o i n o se explica, por termos v a g o s , e ge-
dos absurdos , se quiser tomar os meyos pela" j w e s , que não concluem sobre especie deíermi-
cansa, au argumentar do a b u s o , talvez, da Li- nada de crime, em que o Reo se tenha feito
herdade da Imprensa para a existencia de huma suspeito, para a ella se referirem as p r o v a s ,
conspiração oeculta, como fízerão. as testemunhas tanto da a r g u i ç ã o , como da defeza.
alfirmativas da Devassa em questão ; as quaes Agora passarei a tratar da segunda parte da
•ubstituiado os raciocínios de suas debeis eon- . divizão acima estabellecida; isto h e , se ua hy-
j e c t u r a s , , e mà vontade, à seieneia de factos pothese de hutn crime commettido pelo R e o he
averiguados, assim concluem:- Escreveu «outra trazida ao Conheeimcnte dos J u i z e s a sua im-
os abnzos do G o v e r n o , ergo he conspirador: em putação por lium proessso legitimo; que he o
«uja cazo não haveria Escritor em I nglaterra , , 2.° ponto da mesma Divizão.
ou outro Paiz livre , que senão possa accuzar Nada' menos legitimo, que a Devassa em
de. conspirador. i que9tão!
Se da existencia , porém , de tal conspira- Começarei a arguição das suas salientes nul-
ção não consta, nem legal , nem rasoadamente lidades lego desde o seu começo, derivado da
neste processo; porque segundo s e t e m mesmo Portaria do Ministro Secretario de Estado dos
reconhecido no Âccordão, que fez estes Auctos Negoeios da J u s t i ç a de 6 de Dezembro de 1823 ,
•ummarios ao R e o , não apparece o corpo de que a ordenara.
Delicto delia, cuja nollidade abi se dá por s«- H e m a vez estabellecida, segundo se acha
p ã d a ; segue se por huma infalível cencluzão, entre nós a divizão dos Poderes P o l í t i c o s , co. •
.que fallece toda a imputação j u d i c i a l , que se mo baze do Sistema do Governo Reprezentoti-
1 lie faz de conspirador contra a segurança e tran- vo adoptado pela Nação Brazileira, e reduzida
quilidade publica, e que tudo quanto talvez ha- como está á artigo de Constituição do I m p é r i o ,
via a conhecer dc sua conducta Política, sé ei- que todos os Empregados Públicos, com a
í r a , e limita na especie á Publicação dos seus Maça da Nação tem j u r a d o ; eu não reconheço
Escriptos, que lhe era permitiida por Direito, as- nenhuma Autboridade em Ministros de Estado
•im como a qualquer outro Cidadão, salva só- para mandarem tirar Devassas em fórina Or-
mente a sua responsabelidade de abnzo desse diuaria.
D i r e i t o , que he o que cumpre então a *eri- As únicas D e v a s s a s , que lhe pódem s e r *
g u a r ; mas não neste J u i z o , pois delle, por permitidas de mandar tirar são aquellas que (em
incompetente , jà declinou o mesmo Reo por a natureza de summarios de Policia Adnnnis-
ineio de hum Protesto formal: que CH ora rati- trativa, e J u d i c i a r i a ; os quaes se inderessão
fieo; em virtude do qual lhe deve ser recebida somente ou a evitar os crimes na Sociedade pe-
a sua Declinatoria, que ao dito respeito for- Io desvio iudustriezo das suas eauzas iiifiuenlii
malmente interponho, como substanciada que he na mesma Sociedade, ou a i n d a g a r , e fazer
em matéria de Direito escrito; á que nenhuma apparecer perante os Juizes os Corqos dos D e -
Jurisdição pôde cpntravir, nem ainda mesmo que lietos cometidos. Mas não são nunca esses sm -
os tres poderes Políticos se achassem eminente- marios, nem pódem ser eiles objecto de C o n l n -
mente acumulados, e unidos em huma só Au- eimento dos J u i z e s ordinários, para per e l l c s s i -
tboridade, pelo principio geral de que não ha rem julgados uenhuns Reos como 110 caso l e
Ley para o post factum. Le.v non respicit re- peiteude; pois que 0 8 m e s m o J u i r . e s tendo, ce-
ifo. Donde qualquer outra Lei mesmo que ora mo t e m , autboridade própria marcada na L e y ,
derogatoria fosse d'aquella primeira, que asse- e que delia deriva o seu exercício, assim eon o
gurava ao Cidadão hum J u i z o privativo para o as regras , e formulas certas , e impreteriveis de
Conhecimento dos seus Escriptos publieados pela conhecer, e julgar dos C r i m e s , e àpplicat-lhcs
I m p r e n s a ; não podia hoje arrancar o Reo do as penas na administração da J u s t i ç a , indepen-
J u i z o que lhe era proprio quando cscreveo; sal- dem da A c ç ã o , e mando do Ministério, cujas
vo per meio da mais desorganizado™ arbitrarie- funções se limitão todas a practica do mero ex--
dade, eadministração anarchica da Justiça. Sim ercicio do Pader Executivo em todos os aetos
administração anarchica da J u s t i ç a , digo e u ; de sua Política Adminivtração.
porque anarchia se ehama na froze dos bon3 A Portaria , poie, de hum Ministro de Es-
PuhlicistaB, não só os desva-rios dos subditos, t a d o , que manda tirar hnma Devassa, e a re-
qne se rebelião contra as Anthoridades Consti- mette aog J u i z e s ordinários, para que conheçâo,
t.urdas, mas tãobem os desvarios das mesmas e julguem por ella, h« hum ataque feito a In-
Authoridade», quando sc rebelião contra a L e y , dependencia Política do poder J u d i c i a r i a , he ha-

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n a offensa feita ao Direito Constituído d» Ci- víncia," os J u i z e s territoriacs, que tão inertes ,
d a d ã o , imcouipativel com esse poder discricio- e froxos andarão em couhecer de lium D e l i c t o ,
nário , que influindo sobre a independehcia do! J u- alias tão g r a v e , de que a Ley lhes incumbia
e i c i a n o , com a qual sé a t h a identificada a Li- devassar; e em que demais se empenhava o M i -
berdade pratica' do mesmo C i d a d ã o , acaba por nistério pnrqne fosse castigado?
destruir a Constituição L i v r e aos Estados , tra- N ã o : N ã o ; o respeite à opinião Publica ,
zendo a eonfuzão, o h o r r o r , e anarchia à Ad- o grito da sua concieneia,,o conhecimento dos
ministração publica do Governo da N a ç ã o ; fa- seus deveres em contradição com as ordena do
zendo o retrogradar às formas do D e s p o t i c o , e Ministro fazião o entrecho dessa funesta repre-
absoluto de que felismeate temos sabido por meio sentação ', em que, pugnando o respeitosa Autho-
d e huma Constituição escripta. S e o Cidadão ridade. com os devej-es fio Officio, vacillava entro
comete hum c r i m e , là tem os Ministros do Po- elles o Direito ma.is sagrado da segurança i n ,
d e r Judicial na Ley marcada a o b r i g a ç ã o , e as dividual do Cidadao, o corria o rifco .de ser
f o r m u l a s , por que devem delie conhecer; não sàcrificádo a influencia do" Poder Ministerial, que
tem o Ministério que se ibtrometter nessa tare- ontrora o mesmo R". arguira de seus excessos
fa ; ordenando ijue se tirem Devassas'ém fôrma pela publicação de seus .Escriptos.
ordinária , e remcttendo lhas para cpie'conheção , E u não declamo avançando asserções gra-
e julguem por ellás; e se as mandao tirar b e d a tuitas por fazer triumfar a minha allegaçãe em
obrigação doa J u i z e s não c o n h e c e r d o s s e u s pro- favor de hum R e o .que não conheço,, E u fallo
cessos , porque são nnllàs em c a u z a ; porque pelo processo, e documento* que me são pre-
u z u r p ã o parte do poder independente, que èlles sentes. Abra-se, e l ê s se a parte liada ao G o -
cxercitão nos termos da L e y ; porque cònspirão verno da Previucia de Pernambuco pelos ouza-
contra a Liberdade prática do C i d a d ã o ; final- dos eommandantes da F o r ç a A r m a d a , que ali
mente porque atacão a Constituição do Esta- prenderão ao mesmo R . de seu proprio arbítrio;
d o , que não be de Governo Absoluto, onde os e qne sendo, como e r a , huma pessa indispensá-
Ministros são Agentes dá C o r t e , e n ã o funcio- vel no concerto, e organização deste processo ,
nários da N a ç ã o ; como aliás se reputão ser nos como aquelle que continha implicitamente a D e -
Governos Representativos, segundo he o nosso. nuncia do Crime porque se processava hum C i -
Depois disso , para kum Cidadão qualquer dadão ; e porque fora privado da sua Liberdade
ser legalmente pronunciado em huma Devessa, antes de culpa formada, nelie senão ajuntou to-
e consequentemente havido por suspeito do Rea- davia , quando alias ahi sobeja a acumulação de
to de hum crime P u b l i c o , são indispensáveis outros papeis inateis a averiguação do C r i m e
reqtiizitos , que o J u i z do territorio sobre hum da suposta Conspiração , e que tirados do in-
corpo dê D e l i d o c e r t o , abra a Inquirição De- violável recato doméstico, em que seu dono o s
vassa que lbe respeita dentro dos primeiros oito guardava, por officios do mesmo Ministério, s ó
diaí consecutivos , e a termine até trinta dias. servam de exaltar as paixões contra a sorte do
l i e preceito da Ord. do L . 1." tit. 65 § 31 in- mizeravel, e fazer substituir os aífectos das per-
fme. Não .se p r e z u u e existencia do D e l i c t o , s e sonalidades, ao inalteravel remanso da Delibera-
o J u i z a não tirou no termo legal; e o lapso ção de hum J u i z o imparcial, tornando o tumul-
de tempo iàzendo caducar a Inquirição, torna tuado , e v a g o , com o fumo das mesmas pai-
íespoasavel o J u i z pela falta do cumprimento xões.
do seu Dever. Abra-se, e lêa s e , outra vez r e p i t o , essa
O r a , se o R . foi prezo em Pernambuco por parte dada ao Governo de Pernambuco pelos A u -
conspirador contra a segurança publiea, porque tores da prizão do 11., que ajuntamos no D o c u -
rpzf.p não conhecerão logo as Justiças territo- mento N. L* , a qual cautelozamente se removera
r f t e s , como lhes pela Ordenação incumbia, desse deste processo, onde devia ter o primeiro lugar
sen iuealcado Delicio, porque fòra elle prezo, na arguição do Delicto em Devassa, e que o
segundo aceuza o Ministro de Esiado na sua C o Reo em defeza J o ã o Mendes Vianna se pre-
dita Portaria de 6 de Dezembro de 1823 ? P o r - venio de extraiiir por certidão logo no dia im-
que he que nem ainda depois de passado quasi medi&to que foi prezo em P e r n a m b u c o ; c - m o
liam anno se tractava de inquirir sobre o mes- se presago o Coração lhe dictara, que ora lhes
mo supposto Delicto, apezar das iastancias , seria necessário para defeza de ambos; e ver se-
que o dito Ministro por seus Agentes do Go- h à , segundo abi dizem em suma os dois Aucto-
verno da Província ali fizera, segundo as P o r - res da mesma prizão arbitraria ^ d a n !o as suas
tarias de 26 de M a i o , 28 de J u l h o , 30 de J u - conjecturas por factos averiguados: Q u e o m o -
l h o , 17 de Setembro, e 5 de Outubro de 1824, tivo da prizão consistia em remover de P e r n a m -
que coutem as mesmas instâncias, c se lêm por buco o R . , que còm seus Escriptos tinha a u g -
copia no rosto deste processo; conseguindo se mentado os inales da Província a hum ponto
a penas que se principiasse essa deligencia a 3 irreparável; sendo o fim do manejo d' aquelles
de Novembro do mesmo anuo de 1824, e se que approvavão a sua estada era Pernambuco
concluísse cm fins de Dezembro desse niesujo an- contra o partido dos qne requerião a sua partida
u o , quando o Reo fora aliás prezo a 18 de No- para a Assetublea Constituinte Legislativa do
vembro do anno antecedente r Império à que pertencia corno Deputados, o in-
dispor, e devidjr es honrados Pernambucanos á
E r ã o por ventura tãobesn conspiradores, e se bandsareu: com elle R e o paru mMvarem
sócios cio R. os Membros do Governo da Pro- I ii
(.*-)
vos males oom a depozição do Governo da Pro. E isto presuposte, passarei a tratar já da
i iucia\ e outras Avthvridades. outra saliente nullidade da falta de Corpo de De>
O s Escriptos do 11. são pois por esta De- licto, que nomeadamente se suprio no Accordão,
nnncia a base ua imputação dos dous entusiastas que fez estes Autos summarios ao R . , e mos-
da Força Armada, qne assumindo a si a acção trarei., implorada venia de tão coiupicuos Ma-
do Governo, parecem quererjiistificar.se para cora gistrados, que nem essa nullidade se pôde su,-
este dos seus excessos Ua prisão do R . , atn- prir em Rellação, nem quando se poderá suprir,
baindo lhe aos niesmos Escriptos o sinistro fim tinha lugar todavia o fazello nos termos dos Autos,
de querer depor ós Membros do diio Governo, Que a nullidade do corpo de Delicto seja
o outras A u t h° r 'da<ies, que senão declarão. insuprivel ee mostra pelo mesmo texto ds Or-
Onde apparece porem a prova frizante desta denação de que se authoriza a revalidação dos
«xotictt ecculta Denuncia de conspirar o U. para erros dos Processos,crimes. Diz a Letra: „ E
«lepôr os membros do Governo então existente „ quando por appellação, ou a g g r a v o , ou por
Cm Pernambuco, è de outras Authoridades que „ qualquer outro modo forem alguns feitos à Rel-
Sciião explicão, e que he aliás o que se mandou „ lação em que faltar alguma solemnidade, ou
devassar, segundo diz t muitas vezes citada P o r ; „ se proceder nelles por via de devassa , não
taria do Ministro da Justiça de 6 de Dezembro „ sendo os cazos, de que por bem de nossas orr
de 1823, nas palavras — „Convindo indagar de „ d é n a ç õ e s , e Direito se possa devassar, e qno
„ todos os factos practicsdos Uà Província de Per- „ por qualquer outra coiza se posaão anntillar
„nambuco por Ciprianno José Barata de Almeida „ conforme as ordenações, e Direito; sendo os
„ contra a segurança, e tranqüilidade publica, e „ cazos taes , e tão provados, que pareça , que
„ que ultimamente derão causa à sua prizão , e rc- „ convém à bem da .Justiça castigarem se o s , )
„messa para esta Corte ?.....„ Em nenhuma parte. „ culpados , senão annullem os ditos feitos ^ e i /
Deixou se esta hypothese da supposta De- „ antos, c o Desembargador que delles for J n i z
liuncia; não appareceu mesmo a parte dada ao „ (tara conta ao Regeder; o qual porá o cazo
Governo de Pernambuco, que devia substituir „ em Meza com os Dezembargadores que lhe
a mesma Denuncia; formou se huma imputação „ parecer, p a r a , com informação do Dezentbar-
vaga , e indeterminada para a Devassa; o De- „ gador Juiz da Causa, se suprirem os defeitos,
nuiiciante occnlto Aleixo José de Oliveira, he „ como assentado for pela mayor parte, dos De-
a primeira testemunha que se inquire, e a final „ zembargadores. „ Ord. do Liv. 1." tit. 5 § R2.
sc pronuncião os R R., sem haver hum corpo D W d e claro se VÊ bem, que a revalidação
de Dclictn designado, em (pie assente a impu- dos processos não se extende nunca, nem se po-
tação ; e , o que he mais, sem a pronuncia lhe de extender ao defeito das provas, e somente àst
declarar a espécie à qne são obrigados de dar faltas de solemnidades, e erro dos mesmos pro-
defeza . nem o grão de criminalidade, de que são eessos. Ora o corpo de Delicto nunca se repu-
suspeitos, se como Authore», se como cúmplices! tou , nem se pode reputar por mera soleinmda-
Ainquirisão de tres testemunhas, eom (|ue d e , on erro de processo; pois na censura de
se procurou de formar hum quimerico corpo de Direito pertence à classe das provas, e be prova
Delicto, para encher o vácuo da realidade, e substancial, e impreterivel, sem a qual caducão
sopprir a inexisteneia do verdadeiro , he reco- por sua natureza , e são inefficazes todas as mais
mendavel entre as outras nnllidades deste proces- provas (Alv, de 4 de Dezembro de 1765) com»
so que vou apontar. Ahi se amalgamão como eu- por exemplo nos processos eiveis, que respeita»
tidades unisonas, e da mesma idêntica imputa- aos contractos de Bens de raiz, são inefficazes,
ção todos os crimes que cometer se possão con- e inúteis todas, e quaesquer provas, que não
tra o Estado. Alta traição, Inconfidência, Se- constem de Escriptura publica, por mais veyid.jp ,
dição, são theorias , cujas distinções senão res- « a s , e convincentes que sejáo ; por ser aqueli^»
peitão na dita quimera do chamado Corpo de a substancial.
Delicto! Horrores que balbucea a lingoa ao pro- Não pode pois supprir-se o corpo de De-
nnneialos; e estremece a penna ao escrevelos! licto em nenhum processo crime ; porque be pro-
H e por tanto obuio, que esta Devassa pelo va substancial à accuzação, de maneira (pie a
simples facto de não ser tirada ex qfficio pelo simples falta defie faz caducar a legitimidade de
Jniz do território sobre Dennticia qualificada, qualquer outra prova , como fallivei, que lie, sem
e Oorpo de Delicto manifesto ; mas sim orde- a prezença do dito corpo de Delicto. E na ver-
nada por huma Portaria do Ministério , não dade como pode indagar se a causa de hum ef-
constitue processo legal , de que se haja de co- feito que não existe! Os R e o s , ou Deliuquen-
ubecer neste Juízo em forma ordinaria : por- tes convencem se em Juizo por argumentos a
que os Ministros do poder judiciário, posto (pie posteriori; e não apriari. Não se pode argu-
subordinados na ordem de Gerarcbia Politica mentar (pie alguém comcteo hum Delicto, por-
aos Ministros de Estado, exercitão todavia liu- que tinha tenção de o cometer: do Delicto co-
ma Jurisdição independente em híu Oíficio, c metido, sim, lie qne se pode provar a intenção,
só conhecem, e j u l g á o d'aquillo que a Lei lhe3 e facto de o cometer. l i e o corpo de Delicto
incumbe conhecer, e julgar, mediante a ordem p o i s a pedra angular da analize judicial, que nos
legitima do processo, cujas formalidades contem traz a certeza moral do crime: e be falsa toda
a salva guarda da lnnoceucia do Cidadão. a analise , que prescinde deste meio capital da
averiguação.
P o r é m snppmido mesmo em hypothese da- ahi com Vehemencia, e coragem não v u l g a r ,
da , que (ora supprivel o Corpo dc Dilicto, não contra a facção domiuadora do mesmo Congres-
he esse acto puramente arbitrario dos J u i z e s do so , que mui acinte , e industriozamente ende-
processo eiu Rellação. A Lei regala, e restrin- ressava suas Deliberações influentes à restabel-
g e o arbítrio á tai respeito à certas , e qualifi- ecer debaixo de novas f ô r m a s , hum pouco mais
cadas hypotheses, onde a axistencia do Delicto, liberaes, o antigo sistema Colonial, que por sé-
e a culpa do Reo consta aliás por huma ma- culos nos tornara no proprio paiz como huma
neira superior à toda à duvida „ sendo os casos povoação de Servos ádscripticios daqoelle R e i -
„ ta.es, e tão provados, que pareça á bem da jus- n o ; de cuja sorte hum pouco alias nos tinhão
,, tira castigarem se os culpados. „ E está nessa libertado os successos Políticos d » E u r o p a , o
hypothese a imputação do U. nesta D e v a s s a , que invasão ultima do mesmo Portugal pelos F r a n -
ainda não sei e u , nem he possível saber-se qual ella cezcs desde o anno de 1808.
h e : pois a Denuncia que ajunto por Certidão
S ã o igualmente mui sabidos os trabalhos-,
d i z , que elle queria depôr o Governo da P r o -
que pela cauza Publica soffrera o mesmo Reo
víncia de P e r n a m b u c o , e outras Authoridades;
conh outros benemeritos Dejmtados Brasileiros,
quando a Inquirição do sopposto C o r p o de D e -
negando-se à subscreverem a nova Constituição
licto vagamente o ha como Conspirador contra
do Estado alli feita, em que mui mal partilha-
a s e g u r a n ç a , tranqüilidade, e Sistema Geral do
dos furamos ; evadindo se occultámente para I n -
Império do B r a s i l , que he cousa mui differen-
glaterra, donde se passarão, á sua vez cada hum,
te , e alias g e n e r o , que contem diversas espe-
p i f a os seus respectivos L a r e s ; pois q u e , alem
cies de iuoputaçôes; e quando a Inquirição da
de outras razões de notoriedade, forão taes ser-
Devassa não appresenta outros factos mais de
viços contemplados pelo Governo com publicas
que ser o R . Escriptor de doutrinas subversi-
destiações de Mereea honoríficas, conferidas ao
vas , com que arguisentão as testemunhas que o
heroico valor , e nobre constancia da sua con-
chamão Conspirador ? P o i s tentar de pôr os
dueta política á tal respeito.
membros do Governo de liuina P r o v í n c i a , em
tempos de oscillações Políticas, em que Gover- Nesta dispersão geral coube em sorte ad R .
nos , e subditos são , cada hum à sua vez , ora de aportar fugitivo a Pernambuco , e como a
accuzadores , ora accuzados, he o mesmo que occupação da Bahia por então pelas Tropas L u -
conspirar contra o Estado em g e r a l , e he a sitanas, ccmroandadas por M a d e i r a , lhe não
mesmo que ser Escriptor exagerado , que ul- permittisse a continuação de viagem para alli ,
trapassa os limites do Direito que a Ley lhe se conservou em posto de observação na Cidade
faculta de escrever os seus pensamentos?.. Nin- do R e c i f e , esperando ahi, q u e , evacuadas aa
guém o d i r á ; mas tãobem ninguém me negará, mesmas tropas inimigas, se lhe facilitasse o re-
que essa he a monstruosa farça j u d i c i a r i a , que gresso á Patria. Faliescião lhe porém os meios
se coutem nas desordenadas Linhas deste pro- 'ic subsistir em Pai» estranho, e lançou pois
cesso. Donde ainda mesmo que suprivei fóra o mão do mais o b v i o , honesto, e congeuial, que
C o r p o de Delicto, e que para isso se podêra o tempo lhe proporcionava, qual era o de es-
qualificar de mera solcmnidade contra a intenção crever Gazetas para o P u b l i c o ; e assim princi-
da L e y , nem assim mesmo tinha lugar o sup- piou a redigir a sua bem conhecida F o l h a da
priincuto delle, porque fallescia aliás a prova Seutinella da L i b e r d a d e , onde de envolta com
l e g a l , e convincente de hum Delicto, sobre que as theorias da P o l í t i c a , derramou, sem duvida,
cumpria assentar o mesmo supprimento na ex- todo o fel do seu reseutimento contra o partido
pressão da Ley. intrigante dos Pseudo- Brazilciros, devotos da an-
tiga dominação da Metropole, que , «om olhos
Tenho resolvido, segundo entendo, os dois fitos n a occupação da mal fadada Bahia pelas
problemas da nuliidade da imputação feita ao T r o p a s Luzitanas, trabalhavão em segredo por
R . , e da nuliidade do P r o c e s s o ; negando-me sustentar a nossa dependencia sob o-jugo de P o r -
mui de propozito à tarefa de accarretar textos, tugal ; e á sua vez forão ahi tãobem censurados
e citar authoridades, por poupar o enfado da os actos do Ministério Brazileiro, e dos mais
Leitura em matéria alias por ei mesma eviden- Empregados Públicos.
te , e demonstrada. H um Gazeteiro imparcial, que entre nós es-
Agora passarei á analizar o Processo pelo crevera mesmo com menos acriuronia do que o
sen merecimeHto intriseco independentemente das fizera o R . nos seus J o r n a e s , teria, sem duvida,
nultidades de Direito acima indicadas ; e á ponto muita gente contra si; e quanto mais o R . , cujo
destorcerei o fio da calumuioza intriga que lhe sarcastico estillo, accrescentando o desprezo do
dera c o r p o , e ai ma , para arruinar, e perder ridículo à Censura dos factos, não respeitava
hum Brazileiro illustre amante da' sua P a t r i a , foros a o E r r o , nem às opiniões contrarias da L i -
e á cuja cooperação muito dere ella do estado bordade c i v i l , e independencia da Nação B r a -
de independencia Política, de que hoje goza. zileira !
Bem sabido, e notorio he como o mesmo D'aqui nascerão pois os odios, com que o
R . , levado de hum zelo exaltado pelos interes- Ministério de então procurara de desfazer-se da
ses do Brazil, sua P a t r i a , energicamente fizera pessoa do Reo por vias obscuras de facto ; as
as suas partes no Congresso das Cortes de Por- quaes, sendo aventadas pelas deligencias da Po-
' t u g a l , onde tivera assento na qualidade de De- licia da C o r t e , lhe forão avizadas pelo respee-
putado pela Província da B a h i a ; declamando tiv» Intendente , para sé aquelle pôr em cobro
( e )

contra ellas, segando o testemunho que disso nos lunmia, e falsidade das testemunhas da Devassa,
dá a Carta do dito Intendente escripta ao mes- em cujo entrecho apparecerà como principal agen-
mo R. na datta de 24 de Julho de 1823 , que te , que obra eolapadainentc, e se exforça por
se 16 no Appenso Letra D : d'aqui as vingan- occnltar se sempre, o detestável odio do partido
ças , as grosseiras personalidades , e embustes con- Portugnez inimigo dos Fautores da Independencia
traditorios de testemunhas, com que huma facção do Brazil, auxiliado do interesse, e vingança
de Luzos Brasileiros, unida à outros interessados que no caso levavão alguns outros particulares
na ruina do R . , ou escandalizados pela censura antagonistas do R.; pois na verdade quando pri-
das suas Folhas, confundindo épocas, e desfigu- meiramente o prenderão em Novembro de 1823 ,
rando factos» lheimputão huma conspiração, sem n i n g u é m , nem esses mesmos seus inimigos, e
saberem o que dizem, nem o que fazem, salvo antagonistas se lembrarão de lhe imputar cons-
occultarem muito de propoíito em seus juramen- pirações , segundo já acima, se disse , e agora
tos as suas naturalidades, porque senão conheça mostrarei; quanto mais descubrir-lhas, sendo es-
nlfiin , que são Portugueses muitos delles que no sa traça invento posterior, á que elles julgarão
rebuço do nome de Cidadãos Brazileiros atrai- poder dar vulto, e apparencias de verdade no
çoão o Campião, que tanto os aggravàra com tempo, em que jurarão , pelos factos que já tinbão
«uas invcetivas, e sarcasmos, e talvez com a ma- então acontecido, e que tiverão a sua origem em
. infestação de seus crimes, por meio das suas causas inexistentes , e imprevistas n'aquella dita
Folhas. Graças à cooperação do Juiz , e Es- época da prizão do R.
crivão da Devassa, a quem mui boa parte cabe
da colluzão, que nisso vai: o que ora tudo se Vamos á demonstração.
conhecerá; e para m -yor clareza preiiotaremos:
1." Que o R. chegou a Pernambuco, vindo Verificado está pelo documento que ajuntamos
fugitivo das Cortes de Portugal por Inglaterra em N-* 1.°, e de que já acima fizemos menção,
a 21 de Dezembro de 1322, como o R. fora prezo por dois Orticiaes dc Tropa
2.° Que abi principiou a escrever, e deo á de linha , que em sua parte dada ao Governo
luz o 1.* N. da sua Folha intitulada Sentinel- de Pernambuco conteuda no dito documento
la da Liberdade em 9 de Abril de i 823. pretextão por justificados motivas deste seu pro-
3.° Que o Oíficio do Intendente Geral da cedimento o fazer vir o R. tomar Assento m
Policia da Corte, appensa letra D , no qual he A ssemblea , segundo o exigião muitos Cidadãos
o mesmo R . elogiado pelos seus Escriptos, como d'aquella Província, era hum Nós abaixo assig-
enleressados à salvação, e prosperidade commnm nados, dirigido ao Governo ; e desviulo ao mesmo
tempo da dita Província, onde os do seu par-
- do I mperio, e particular da PesStta de S. M.
tido querido com elle depor os Membros do
I . , recomendando lhe que vigie, e acautelle sobre
mesmo Governo então existente. ( V e j ã o se o
a sua existencia, contra a qual se trama, heda-
Documento aqui junto N.° 7."; e o que njuutamos
tado de 24 dc J u l h o de 1823.
a defesa do Co Reo Mendes em N A . . .
4.b Que o R. foi prezo em Pernambuco a
16 dc Novembro de 1823, quando ainda se acha- B e m : logo todo o erro, c falta do R . , que
va em pleno, e pacihco exercício o Governo lhe assacão estes dous principaes Autliorcs dez
ti aqselia Província. sua prizão, se reduzem á parte do zello que
5.' Que a dissolução da Asserablea Consti- elles totnão porque se inteire a reprezentação
tuinte, e Legislativa do Brazil foi a 12 de No- Nacional, com a vinda do R. para a Asseniblea,
vembro de 1823. e prevenção para que senão deponbão os Membro*
6.° Que os successos, ou dezordens políticas, do Governo da Província.
que ultimamente se pacificarão n'aquella Provín- Não ha ahi nem leve imputação do R . cons-
c i a , forão originados posteriormente, e pela mera pirar em segredo contra a segurança do Estado.
divergencia de dois partidos populares; hum que Ora o Ministro dos Negocios da Justiça na Por-
pertendia a conservação de Manoel de Carvalho taria que ordenou a Inquirição da prezente De-
Paes d' Andrade na Prezidencia do Governo, ou vassa, e que muitas vezes ternos citado, diz em
tro que preferia o de Francisco Paes Barreto termos expressos „ que vonvindo iudagar dos
nomeado pela C o r t e ; a qnal divergencia procurou „ factos, que o R.practicara cm Pernambuco,
aGalmar o Decreto de 24 de Abril de 1824 ex- „ e que derão cauza à sua prizão, se proceda
cluindo a ambos, e provendo no mesmo lugar „ a Devassa sobre elles. „
de Prczidente a J o z e Carlos Marink da Silva E r a portanto obvio ao Ministro Executor
Ferrão. (Veja se o Diário do Governo N. 93, da deligjência, pedir ao Governo dc Pernambuco
que ajnntamos era N . 6 ' ) as culpas, que se imputarão ao R. , e porque
. 7 . ° E finalmente , que a Devassa que temos elle fora prezo, antes que abrisse a mesma De-
prezente, e a que se procedeo sobre a couducta vassa, para ao menos lnr cohereute com a Letra
política do R. teve principio em Novembro desse da mesma Portaria, quando não quizesse hir em .
mesmo anno de 1824 , depois dos desasirozos suc- tudo coberente com a Letra da Ley.
cessos a que derão cuuza na Província de Per- Nada menos porem fez do que isso : teve
nambuco a obstinação do partido de Manoel de em pouca conta os factos, e as realidades; por-
Carvalho contra o dito Decreto, pois estas que o negocio era todo pertencente ao Reino
pozições, .marcando differentes épocas, deverão ideal, e das conjecturas, em que a calumnia se
trazer á final hum grande esclarecimento á ta- devia favorecer; e em lugar disso, alie mesm»
(?)

redigio os Interrogatórios vagos, de que consta r i o r , que mal combinou no dito seu Juramett-
a Inquirição das testemunhas; e com o seu Es- t o ; pois se elle com o seu camarada Martins,
cri vão tiverão ambos a cautella de occultarem na parte que derão ao Governo de Pernambuco,
na qualificação destas, as suas naturalidades: ma- dos motivos da prisão que tinhão feito ao mes-
ravilhoza descoberta; mas que ora lhes induz mo R , não lhe assacão outra culpa maior do
contra os ditos Ministro, e Escrivão a mais ye- que a oppozição que os parti distas deste faziào
heineute prezumpção de suspeição, e de térem ao Requerimento dos bons Concidadãos P e r -
parte nesta cabala das Pseudo-Brasileiros, ini- nambucanos, ( Documento N.° 7°.) que perten-
migos da sua lndependeucia, e dos bons filhos dião fossa elle obrigado á vir tomar Assento na
da Patria, que a promoverão. Assemblea; sendo as vistas dos mesmos partidis»
E porque causa se tornariáo logo «ste Mi- tas augmentarem os males da Provincií, depon-
nistro, e o seu Eserivão t i o verdugos contra o do os Membros do dito Governo , segundo se
R . , para o fazerem crimiuozo ? Não iremos muito explica na dita parte Documento N." 1.° , se elle,
loRge buscar causas conhecidas, quando a ponto digo, então não assacou ao R. outra culpa se
as temos nos papeis, que- se acumullarão neste não essa; que não tem titulo no nosso Código
processo aprehcndides ao mesmo R . Lêa-se pri- Criminal, como he que agora o dá por conspi-
meiramente 11a Gazeta Pernambucana N.° 22 rador contra o Eatado em geral no seu juramcn-
Appenso 1 9 , o que do Ministro nella se publi- tó? Esta contradição he inconciliável: ou o R .
cou; e no manuscripto de hum Correspondente era conspirador contra o Estado, ou não; se o
que vem debaixo do Appenso 4.* ; o que abi era encubrio-o elle testemunha então, e a sua
vai dissertado respeito a conducta do mesmo, e parte he falça, e elle mesmo Co Reo no Delicto
do seu Escrivão, que o he tãobem da Devas- encoberto, e se o não e r a , e a parte he verda-
s a , J o z e Mauricio d'Oliveira Maciel; e não deira; então não he verdadeiro o juramento: e
falhará a concluzão dos bons dezejos , que lhe pelo que respeita aos cúmplices, ainda que nãp
elles terião de o verem arruinado. fazem elles objecto desta Defeza; fali arei a seu
Nem d' outra maneira se pode explicar o respeito somente por augmentar a contradição da
como , ou o porque, aberrandoo Ministro da ver- testemunha, que dá por socios de R . pessoas
dadeira Denuncia , pela qual fòra prezo o R . , que lhe erão alias desafeetas , e que mesmo
evitou de afazer apparecer no Rosto do Proces- tinhãe entrado com a dita estemunba no N ó s
so; occultando-se alias mui de propozito a natu- abaixo da Reprezentação (Documento N.") pa-
ralidade de cada huma das testemunhas , sendo ra elle ser obrigado a vir tomar Assento na
coiza alias tão vulgar em todas as Inquirições, Assemblea, como he por exemplo o Tenente
que por vulgar não podia ser omitida senão de Coronel Monoel de Azevedo do Nasci manto (Ve-
propozito. ja-se o Documento N." . . . na Defezà do-Co»
E isto presuposto, pelo que respeita as pes- Reo Mendes ) mas era natural esquecer em
goas do Ministro, e Escrivão, passaremos ja as Novembro de 1824, quando j u r o u , o que s e t i -
n ia
tcstemniihàs- ' passado em 1823 , quando maquinou a pri-
A primeira que se appresenta a jurar hc zão do mesmo R. Concluo pois, que nenhuma
APixo J o s é de Oliveira. H e esta testemunha prova fornece á aecuzação o seu juramento pelas
o mesmo idêntico Official, que com o outro vehementcs contraditas acima apontadas, que o
Francisco J o s é Martins, como Commandantes incapacitão de credito; e segundo o que se nos
de Corpos da Guarniçãó de Pernambuco, to informa da parte do R . , e a seu pedido, acres-
inarão de seu livre arbítrio, e motu proprio , a centaroos, que he a mesma testemunha Por-
Urefa de prenderem ao R . , denuneiando-o ao Go- tuguez de Nascimento , que debaixo das melho-
verno da Província como co aspirador no intento res appyencias a' amizade freqüentava com in-
que tinhão alguns outros faeiozos com elle de timidade ao mesmo R . , affectando grande adlie-
deporem os membros do dito Governo, Begun- são á cauza da ludeoendeucia , até que o tra-
do o tbeor d o , por nós muitas vezes citado, hio por huma maneira aleivoza; dondo o em
Documento N.° 1.° , que contem a sua parle ludibrio , e triste espetáculo ao Publico, quando
ao dito respeito, e que melhor se lhe pôde cha- para se elle sahir de Pernambuco, segundo era
mar Corpo de Delicto de tumulto, e assuada, o intento que se pretexta, bastava huma inti-
que nisso fizerão. Como Denunciante não po- mação do Governo, pois a Província não esta-
dia ser eüe admittido a jurar, e não só pores- va accpbala : e boas obras de arbitrariedade, e
sa qualidade , como pelo interesse pessoal que anarchia são entidades desconhecidas na ordem
tinha no cazo ein fazer apparecer o R. como Política dos Governos, tem sempre Contra si a
hum granie crimiuozo conspirador, para salvar presuinpção do crime, cdependem paraevitar-lhe
com isso o seu Attentado que comettera em o a pena de huma Justificação encabeçada na Su-
prender, sem ordem do Governo, e sem culpa prema Ley do Salus populi: e nessa Justifica-
formada, era testemunha incapaz de credito, c ção não pôde ser testemunha o mesmo delin-
inadmissivel. Todavia foi admittido, e he cou- quente; como por meio indirecto vem a ser aqui.
vencido de menos verdadeiro o seu juramento , a sobredita testemunha; pois ainda quando o R .
não só pelo que depoz contra o mesmo R . , fora hum grande criminozo de E s t a d o , la es-
«omo contra os cúmplices que lhe dá. tavão em Pernambuco as Aüthoridades Csnsti-
Quanto ao que diz do R . , se convence de tuidas„para o prender, e processar ; não era nns-
merios verdadeiro pela seu proprio facto ante- ter erigirem-se novas Aüthoridades governativas ,
e de motu próprio adhoc , eom o funesto exem- cm Ns. 2.", e 3.' lias Noticias das Sabidas , e
pio de converter-se a Força em Direito. Entradas das Embarcações, e seus passageiros;
Deste Portug.nez Brasileiro, que como De e que o Padre Rezende, tendo vindo para esta
nwiçiauta comproinetlido no cazo, e interessado Corte anífcs da chegada do R. á Pernambuco,
tia Pronuncia do R . , e testemunha contraditória e tomado Assento na Asseinhlta, como Deputado;
em seu juramento , não pôde m u l t a r prova cqu- só. depois da sua dissolução, e em 23 de De-
tra o tnesnio R . , passaremos de salto aos dois zernbro de 1823, he que sahio para aqnella P r o -
Vigarios das Freguezias do Tracuuheu, e Bom viueia, quaudo o R. ja lá não existia; de surte
J a r d i m , Manoel Lorenço de Almeida, e Ma- que nunca com elle se avistou: donde iica sendo
noel Tavares da Silva Coutinho; os quats , hum falsa a arguição de suposta sociedade do mesmo
a poz outro, jurão, hum em 9 . , outro em 10. com o H. em Pernambuco, qne inculcão estas
Iturar na ordem numérica das testemunhas da duas testemunhas , assim como o faz tãobeni a
Devassa. sexta testemunha, confundindo todas ellas as epo-
Estes dois Clérigos, Portuguezes de origem, cas, que as contradizem. Veja-se o Diário do
mostrarão sempre * mais despejada opposiçáo Governo N. 121, tãobem por nós junto em N.*
à e m z a da Independência do Brasil , e nas res- 4.' no artigo das sabidas tje Embarcações , e
pectivas Freguezias, com a palavra, e com o ex- passageiros, onde vem a do dito Padre Rezende,
emplo , trabalharão eflicazmente por obstar ao Nem são menos salientes as suas contradições
seu progresso : donde bem he de crer que não pelo que dizem de J o z e Àntonio F e r r e i r a , e
escapiriüo aos sarcasmos, * censnra de Intua Joaquim Joze Alves, aos qoaes igualmente lerem
Gazeteiro accrnmo Campeão dos Direitos Po com o ansthema de socios do R . , quando erão
liticos do mesmo Brazil , como era o R . T i ambos elles do partido contrario ao mesmo R . ,
verão lugar pois os seus desvarios, por não dizer e que subscreverão à Reprezentação , que em
outra conza , nos J o m a e s do meswio R . , e o 10 de Novembro lhe foi intimada para elle vir to- *
Governo de Pernambuco , sobre avizo , e por mar Assento na Assetnblea, e que fôra a Égide
huma medida de Policia , os mandou retirar para debaixo da qual justificarão os dons Aulhores
o Recife: onde, abrindo se em Novembro de de prizão o seu procedimento a tal respeito. (Ve-
1821 huma Devassa inquisitorial, qual he a pre- ja se o Documento N.*... junto a Defeta do C o -
ceute , a proveitarío a occazião dahi vomitarem Reo Mendes. •
<> fei do seu reseiitimento contra tudo o que era E deixadas ja estas duas testemunhas assim
Brazileiro fautor da Independencia, que elles convencidas de mà f é , e incapazes conseqocn-
odiavãn: O s seus juramentos são como a peste temente de credito em seus juramentos, c que
que deixão tudo razo ; Palacios, e Cabcnas so- são conhecidameute Portuguezes por o r i g e m ,
frem tolos a mesma sorte da devastação. O pri- rancorosos inimigos do Brazil, e da Cauza d.»
meiro destes Ministros de J c z n s Christo , in- sua Independencia, e dos seus fautores, segundo
diciou , como cúmplices da sonhada conspiração nos informa o R . : os qnaes juntos com a pri-
do R. huns 65 Cidadãos; o 2.* contentou se nieira , de que temos tractado, constituem a parte
somente com 5 7 ; mas como se influídos foráo mais saliente do Partido Portugiicz influente nes-
pelo S pi rito Santo, ferem ambos quasi as mes- ta Devassa , deixaremos tãobem os outros seus
mas pessoas, e até com a notável singularidade Patrícios combinados, e passaremos a tratar das
de seguirem em sens juramentos as mesmas vo- mais testemunhas em geral , que nos reslão , e
zes na ordem, com que as indicão; como por daquellas somente, de cujo juramento pôde re-
exemplo acontece nas que apontão de N.° 19 znltar alguma prova contra o mesmo R . , seguin-
até 25 e de N. 27 a 30 : o que basta para do nós i.isso restrictamente as noticias, e aponta-
prova de combinação anterior, e premeditada nientos, que o mesmo R. nos tem subministra-
intenção de arruinarem ao R. de concerto, e d o ; e que religiozamente sumariamos; porquê
a todos os mais, a quem dezejavão igual sorte o não prejudiquemos por deminutos ein nossa
nesta Devassa. Allegação.
Sobe porém muito mais de ponto a caíumnia J á acima fica d i t o , e demonstrado como
dos mesmos Clérigos , quando , entre os socios do onze destas testemunhas, e são as que mais se
R . , a p o n t ã o a Emelianno Filippe B e n i c i o , e o P. destinguem ein seus temerários juramentos, ha-
Henrique de Rezende; pois que nenhum destes vião claudicado em darem por socio d o R . , na
estavão em Pernambuco pelo teinpo da sua pri sonhada conspiração, a Etnilianno Filippe Beni-
zão . e sonhada conspiração em Novembro de cio , quando desde fins de Maio de 1823 estava
1823 , sendo certo que Benicio sahira de Per- pois este anzente de Pernambuco, e nesta C i -
nambaco em fins de Maio, ou principio de J u n h o dade; donde voltou para alli em Dezembro de
de 1823 , e chegara á esta Cidade em meado 1823 , à tempo que já o R. se achava aqui pre-
do mesmo J u n h o , e não voltara ali senão cm z o ; é são as ditas testemunhas affii mativas a
Dezembro de 1823 , quando ja o nosso R. de este respeito a 6 , 11 , 15, 16, 17 , 2 2 , 2 3 , 2 4 ,
là linha sabido , donde ficão convencidas de fal- 2 7 , 2 8 , e 29 na ordem numérica daB inquiridas
«as neste ponto , não só estas duas testemunhas, na Devassa: e boa contradita lhe pomos nós a
como tãobem a 6 , 11, 1 5 , 16, 17, 2 2 , 2 3 , respeito do mais que j u r ã o , quando tão conbe-
2 4 , 2 7 , 2 8 , e 2 9 , que igualmente o dão por cidamente faltão neste artigo á verdade : pois qu»
cúmplices. Vejão se os Diários do Govezno do à pcllo vem no cazo o aforismo dos Consultos
Rio de Janeiro Ns. 133, « 146, que ajuntamos — Malus scmel, semper proesumitur malus in
„ e edem vel simili generejmali „ ; porém não ge de fazer estremecer ai baias de hum Governo
para nisso somente o seu defeito, .'«* muito mais que se rege pelos princípios da Justiça. Bem
se aggrava a mesma contradita, se acazo se re- calados, e submissos tinha Filippe 4.* de I l e s -
f k t i r , como cumpre fazer, que forão aljiciadas panha os Povos de Portugal, sem nenhuma L i -
humas pelas o u t r a s , e combinadas de antémão berdade de escrevar, e todavia vio rebentar abi
no Contexto dos seus juramentos; pois ve-se que a revolução que repoz a caza de Bragança nó
a testemunha 22. coincide exactamente com a tes- Throno, que por 60 annos lhe tinhão seue maio-
temnnha 12., quando depõe ambos respeito aos res usurpado: talvez asaim não auccederu se ai-
aocios; que a 16., tãobem se ajusta ex&ctamen- gum Jornalista intiepido lhe fizera* ver a feal-
te com a 17., com a differença somente de no- dade das injustiças , oppressões, e ludibrio dos
mear aquella mais hiím socio, que esta ommit- seus Direitos, com que, por longo tempo, quebra-
te : a testemunha 6. que dà 42 socios ao R . , ra os brios da Nação Portugueza, o sempre de-
combina exactamente na descripção que delles testavel Conde Duque d' Olivares.
faz a testemunha 10., desde o N.* 9. até N.* Nenhum dos Tronos da Europa he capai
2 3 ; apontando ambes os mesmos sugeitos, hum de rivalizar em estabelidade com o da soberba,
depois do outro, na'mesmissima ordem numeri- e populoza Alhion, e todavia em nenhum Paiz
ca, com a differença .somente de principiar a tes- tem o Ministério, nem os outros funcionários
temunha 6. o seu Catbalogo logo ao N.* 9 dos da Nação, tantos Censores públicos de suas ac-
indicidos; quando a testemunha 10. principia o ções, come era Inglaterra. Hum enxame de E f -
seu em N.° 11., por ter antes acrescentado dois criptcres dia, e noite se exforção abi por lhes
. infelizes da sna peculiar devoção. Esta mesma patentear os seus erros; e he com tudo dessa
I testemunha 10. coincide tãobem com a teitemu- oppozição, he desses ataques domésticos; he
nha 6 . , e 9. no Catalogo que todas tres fazem dessa rixa fraternal, digamo-lo assim, que re-
fos indiciados desde N." 19 té 25. A testemunha zulta a força, e energia da sua Administração
N 7 28 dá o mesmo juramento, e pela mesma Interna, que lhe atrahe os g a b o s , a admiração,
ordem que a de N.° 29, com huma mui peque- e o respeite das outras Nações estranhas,
na differença: a 16. he idêntica em asserção com As invectivas do partido da Oppozição no
a *17.: e assim se combinão outras: o que por Parlamento; as Censnras, e Sarcasmos dos P e -
nenhuma maneira podia acontecer senão de con- riodicos causão abi tanta comoção no T r o n o ,
certo entre as ditas testemunhas. E que diremos como as vagas encapelladas do Occeanno, so-
nós da testemunha 7., que dà por socio do R . bre os nubalaveis roxedos dá sua Ilha. N o meio
ao Capitão do Batalhão de Cassadores João mesmo da combustão geral, de que a voragem
Francisco de Mello , quando foi este hum dos de hum volcão revolucionário ateado em Eran-
Assignados na Reprezentação popular para obri- ç a , ameaçava todos os Thronos da E u r o p a , não
gar o R . a sahir de Pernambuco, e tomou de foi ahi menos livre a penna dos Escriptores ,
mais a si a violenta empreza de prender, como nem menos liberal a linguagem dos Discursivos,
com effeito prendeo, o Co Reo em defeza o Ca- Não houve medo de que a lava abrazadora pe-
piího J o ã o Mendes Vianna, segundo consta do gasse o incêndio. Em balde resoava a voz do
Documento quç produzimos N." 5 , e do que se temor das Almas fracas, e tiranicas, que nnnca
p r o d u z e m N . ' j u n t o a D e f e z a do Co-Reo Mendes? acabão de confiar na Justiça dos Governos bem
E i s anui o funestissimo rezultado das De- constituídos, dando por toda a parte o tatal re-
vassas gemes , das Inquirições tiradas fora de bate do Jam proximus arãét ucalegon, que o
t e m p o , e das arguições sem corpo de Delicto! Astro da Liberdade civil da grande Naçao per-
E i s aqui a razão noraue^mimpre não relaxar as fazia com tudo o giro inalteravel da sua costu-
formulas tutellares* da innocencla do Cidadão , mada orbita no me.o de huma p a z s e r e n a g

quando se tracta de processar os culpados! magestoza. Sabia o ,Iluminado Congresso dos


H e portanto manifesto que a Devassa de Reprezentantes desta Naçao livre; s a b . a o , o .
que se trata, em vez de hum processo judicial, Agentes do seu Poder amestrados peli. aam Pbt-
franco e verdadeiro, nada mais nos aprezeata losofia, que. a c.aura das Revoluções dos Esta-
do quê huma peça de intriga, onde o falso z«- dos he h u m a , e «nica em todos os tempos, e
lo a rivalklade, e os odios pessoas, como que formas de Governo, e nao pode vir nunca de
se atronellSo por levar sobre o Altar da Patria exemplos, ou motivos externos, mas s,m e tao
cruentas victimas sacrificadas ao Idollo terrível somente, do vicio cap.tal d . sua admimstraçao
cruentas vicuma» interna, por mui diversas que sejao as furmas
Gazeteiros Senhores, não possuem a Ma- em que a Historia no-las-aprezente
gica virtude de'fazer revoluções "com suas mer- Sim sabião que nem fô« . E j e t a i
cenarias Folhas secundo tem para si gente nes- liz Lucrecia , a que lansara os larquimos de
cia rpie mal pode alcánsar na'curta "esfera do R o m a , nem menos o sangue da mnocente Vir-
sen' acan Irado discurso, o complicado systema do ginia , o que - ^ v a r a a queda os scns -
nndameuto Político dos Governos Liberaes, que cemviros; que a falta da Admimstraçao da J u s -
t e m T s m princ pai força, e energia nessa mes tiça sómente obrara, «otempo d'aquelles, o mer-
ua Liberdade de escrever, acompanhada mesmo mo effeito que muito depois produz,o a respeito
de todos o« v i d o " quantos possa ella ter. Os destes: „ Chacun se tvxvá libre ; parceque cUa-
debeis eechos de hrnn Jornalista, abundante sem- „ cunfutof/en.e , diz com em phase a respeito
pre de palavras, e falto de poder, estão mui lon- o sábio Mr. de Montesquicm
t Deixai portanto, Senhores, <» Rserlptor li- f i o eni espalhar, que talmedida erir a .ò»sa
«re, q w m vá iera pa® de-ham Juèzo; q a e l h e aristocracia "ípara tirar d^aqui a CipiiíuioVJosé .
be sstranh®, .par» corrigir cs excessos da sua* Barata de Almeida, Deputado clleitn pela Pró- ..
peoua. 8« elle abusou desse sagrado Direito da vincia í|a Bahia; o qual, Com seus e&enptpsTaa
Liberdade da .Imprensa , por excitar oé Póvos á e e n d i á m s ; e subversivos , tem augmentado, d
rebellião, là tem marcado o J u í z o , e apeua por- levado «S males desta Frpvincia, e mesmo do
que deve responder no § 6.' da j j t j prwvizotiá huma boa parte d o Brasil, á huna pOnto telvea
de 22 d e Novembro de 1828, que nos dia: j á de bem difieil reparação. O fim .désse manejo
„ TodoitquèUeque abuzar da Liberdade da era iütlespor j ' t d i r i d i f os honrados Pertmmbu-
A Imprensa incitando os PóvvoS directameíite canos asébandetrem a favor desse portanta»
» « rebetíiãoserá condemnado. fyc. „ maneiras, discoberto Deraàgogo, e então perpe*
B e elle abusou, aldeando a forma do G o tratem se novos males, som a deposição deste
serno RepresentativoMouarcbicoConstitucional, Governo, e outras Anthoridadet.
adoptado pela Nação , lá tem iriarcado tâobein Estava o mal eminente, e p explosão podia
p seu J u i z o , et pena no § L* da mesma L e y , kppareeer de hum para outro momento. £ que
que diz : fazer-s« e n t ã o ' A salvação'publica foi, e será
>, Se ó abuzo consistir em atacar a forma sempre a suprema Ley. F o i esta a Ley por aquat
„ de Governo Representativo , Momirekico então nos regulamos , tomando a resolução de
„ Constitucional, adptado pela Nação, será prender-mos ao dito Barata, J o ã o Mendes Via*
i, çVt^emnado. Rc. * iia , è J o s é T*T«res Gomes da Fohcecá| ao a m a -
Se elle abuzon, infamando a Assemblea da nliccer do dia de boutem, fazendo os recolher á .
N a ç ã o , ou o Chefe do Poder Executivo, là tem Portaleta do Brum, onde fossem; conservado» $
marcado tãobem ó seu J u i z o , e pena no § 8.' em homenagem, sem que ntste procedimento en>
da mesma L e y ; que dia: trasse insulto, ou tumulto algum. Os seetarití
„ Sé se dirigir a infamar a Assemblea Na- de huta liberalismo mal entendido taxàtáõ t a l m
„ ciotial, ou o Chefe do Poder Executivo, terá eàte Posto procedimento de arbitrário. Mas outro
„ condemnado. $c. „ éerá o sentimento de VV; E x . i N ó s consultámos
V S e finalmente abuzon; provocando os P ó v o i à Opinião publica, essa grande Rainha do Uni-
a desobedecer ás L e y s , e as Authoridades Cons- verso, e obramos és conformidade eoin cila, Á
Utuidas, lá tem marcado também o seq J u i z o , que èstado se reduziria esta grande P r a ç a , e
• pena no § 9." da dita L e y , que diz: toda á Província, a executar se o plano dós de*
,, Se com o abuzo provocar os Póvoa ú de- sorganisadores? Qual seria eiitáo o remedio r Ta»*
„ sobediencia as Leys,e ás Authoridades Gons- to em Fizica, «orno em Política forão sempre
„ titmdas, será condemnado. „ melhores os de prevenção. Com este nosso pro-
i* E u vos CMyuro pois, Senhores, em Nome da cedimento nãò fizemos a esses indivíduos hum
N a ç ã o , que sustenteis da vossaparte o equilíbrio damno, á que elles, por sua conducta, não ti*
rr T dos Poderesj em que consisto vessem dado motivo ; e quando se tiata <k s»l-
a Liberdade pratica dos Cidadãos, repeli indo do vação publica, nada importa à par disso o «Au-
TOSSO, Juízo huma Jurisdição extranha, que por modo de hum pUnhado de homens. Depois dis-
í V 0 S «n° c o m . P e t e ' lembrando-vos, em rema- to temos a pondètar a V y , E x . , que; por as suh*
te desta Allegação, a Sentença do iminortal Meu- rersivas, é anarchicaé idéias de Barata, talvez
tesquieu. „ Lá verta même a besoin de limites, j á esteja perdida a boa Opihião das Tropas des;
* y u r §» on nepuisse abuser du pouvoir , il ta P r a ç a , no conceito de S. M. I. , « da 8o»
„faut que, par la disposition des choses, le berana Assemblea. Aísaz era o nosso sofrimen-
» pouvoir arrête le pouvoir. „ t o , e o de todos os Cidadãos, verdadeiras arni- " •
. Como Curador nomeado. gos da Patria. Obramos pois o que nos ditava
Miguel Borges de Castro Azevedo eMello. a mais sagrada das Leys. Obrem, agora VV. E x .
nnntTUT, , o que está da sua parte, removendo . quanto au*
D O C U M E N T O N." I . tes, desta Cidade aos referidos Barata, e Mendes,
. . . . . pois que, tirada assim a canza, ccssaràõ os effei-
lllustrissimos e Excellentissimos Senhores, tos. Quanto á José Tavares preciso lie noíar,
siavenuo os melhores Cidadãos desta P r a ç a , e que não o fizemos prender, se não por huma
mesmo tora delia, requisitado a este Governo medida de segurança. Determinem pois VV. Ex.
a sabida dos Deputados, que forão elleitos pa- o que resta para salvar a Patria, e convencer *
ra formarem o Congreeso das f o r t e s Constitui.,- -aos perversos de que não será fácil c o m e g u i r ,
tes deste Impejio do Brasil, «S quaes, menosca- nesta Provineia, o descredito da Briosa Nação
bando a elleiçao, se conservavão ainda nesta Ci- Brasileira. Ocos Guarde a VV. Ex. Qoartel ri»
e VmC,a; á
fim Penas se manifestou tal 1« Batalhão de Cassadores, 17 de Novembro
passo-, filho unicamente do Patriotismo, e das 1823. III. e Ex. Snrs. Presidente, e Membros
S 8
r i n ^ J í °n ' « e r P T l e D ? m e B t e advogada, da Janta do Governo de Pernambuco. Aleixo
« sustentada . Cauza da Naçao no competente J o s é d'01iveira, Coronel Comandante do 1.'
Consistorio, gênios perversos nutridos eom o fel Batalhão - Francisco J o s é Martins, Capitão
da intriga, gemos desorgamsadores se emperra- Comandante dd Esquadrão de Linha!

R I O D E J A N E I R O . NA T Y P O G R A P H I A DO D l A R i a " ^ " "

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