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Ttio bllio oi nine ri.
REVISTA ILLUSTRADA

°s patriotas, fazendo manifestações hostis cruéis remorsos e que temem a luz, pois
á Princeza. a voz publica não cessa de accuzal-os.
Plano covarde e miserável, que só o es- A republica negra não pôde viver no
clavagismo podia inspirar, e que é a única Brazil. Vão fundal-a na costa da África.
nodoaque mancha o advento da liberdade E' o que teem a fazer I
/fio, !> de Junho de {888. em nossa
pátria I
Todos esses -ivadidos das senzalas, todos
esses surradores de escravos, todos esses
parasitas do suor alheio, acharam que a
s yt£^, S&t*

oceasião era boa para se declararem repu-


blicanos.
Sim, leitor ; não ha engano : com o
presente numero da Revista, completamos Esse movimento, porém, está isolado
entre grupos negreiros e só é explorado
Seis de Juiilio
o algarismo de 500, facto não visto ainda,
nos animes da imprensa illustrada. por imbecis, que julgam que a republica,
I K' objecto. no Brazil, pôde assentar sobre troncos, so-
Quinhentos números Esta data, em si, nada mais significa do
bre feitores de eito e até sobre assassinos.
N'este momento solemne, em que qúa- que a organisnçáo de uni ministério, enfi-
A tactica é miserável e covarde. Antes leirada entre vinte ou trinta datas seme-
troceutos e noventa e nove números nos
- , d'essa effervescencia uegreira attingir a lhante-, quasi todas esquecidas,coin exce-
contemplam em que mais um, fecha esse
Princeza, tem de encontrar-se,face a face, peão do 7 de Março e mais uma ou duas,
algarismo glorioso ; seriamos uns ingra- que ficaram memoráveis.
com a Gamara, unanime,que votou a O seis de Junho, porém, gravou-se no
tos, se não nos lembrássemos de quem, sem quasi
lei em dons dias e por cima do Se- coração do povo.
alarde, mas com sublime pontualidade, passar
Porque"?
também, contra cinco votos,
nos tem sustentado, sempre, em nosso nado, que Porque um estadista, tendo ;i visão do
apenas, tornou lei do paiz, a mais vehe- futuro, desprezando conselhos prudentes e
posto de combate. avisos assustadiços, veio ao meio do povo,
mente aspiração nacional.
Gloria a esses devotados apóstolos do auscultou-llie o coração e vendo que este
progresso, das causas nobres e do riso I Os despeitados, porém, não se queixam palpitava pela libertação dos esc avós, co-
O povo está cansado de festas, é ver- nem d'essa Câmara nem d'esse Senado,que llieu a idéia nas ruas, entre o movimento
tumultuoso das praças e fez d'ella o seu
dade. Mas nós não podemos deixar pas- elles elegeram e que votou a lei por accla-
inação ! Só vêem a Princeza, certos de que programma de. governo.
sar desapercebido o dia de hoje. Em 1884, a idéia da abolição causava
Reunido todo o pessoal, passeamos em com isso, ferem o sentimento de gratidão horror, a quasi todos os nossos políticos.
triumpho pelas salas do nosso escriptorio, que palpita tia alma dos patriotas. Alguns levavam a cegueira até ao ponto
de a perseguirem, e outros, proclamando-
conduzindo, á frente, entre manifestações O que fez a Princeza ? Sanccionou u...a se liberaes, renegavam os seus program-
de regosijo e de estima, esse livro sagrado, lei votada por acclamação no parlamento. mas, repellindode si toda a comparticipa-
aonde se inscrevem os nomes dos nossos Nunca, em nenhuma republica,houve um cão com esse artigo primeiro de qualquer
assignautes. acto mais constitucional e mais digno da programma liberal.
O que é certo,é que a abolição foragida,
Um viva a esses beneméritos ! admiração e da gratidão de um povo. com as bayonetas sobre os rins, só tinha
um asylo no coração do povo.
Nós, não damos a menor importância a
A sua força, porém, já era tão conside-
esse movimento nuarchista, promovido por ravel, que começava a libertar províncias,
antigos proprietários de escravos. E' um municípios —e ruas inteiras, na capital do
fogo de palha, cuja fumarada negra faz império.
O Sr. Dantas pezott bem os acouteci-
lembrar a instituição homicida, que esses mentos, e, sem vacillar, hasteou, um dia,
«democratas» queriam perpetuar. nas ameias do poder, a bandeira abolicio-
A escravidão está abolida de direito, é nista.
Elle se dissipará, como em 1871, por Soffreu, por isso, como ninguém ; mas
uma instituição morta; d'aqui, porém, a despeito á lei Rio Branco, o movimento os factos ahi estão, para dizerem se teve
muito
que seja abolida de facto, ainda ha republicano negreiro. razão!
que fazer. Antes de decorrerem quatro annos, so-
O despeito, ainda não teve força de bre o seu programma político, tão guer-
Representante de interesses ineonfessa-
construir nada, ern parte alguma. reado, é elle uma realidade, é um facto, é
veis, todavia ella seqüestrava ao progresso uma lei.
A palavra liberdade e a palavra repu-
e à liberdade uma massa de entes li uma- No 4" anniversario de seu ministério,
blica, na bocea de escravocratas, não pas- não podiam os seus amigos deixar de sau-
nos, em numero, talvez, de 600 a 700 mil
sam de simples blasphemias. dar o chefe, que,confereuciandocom elles,
indivíduos. na rua, levava a palavra do povo para a
Com a sede do ganho.açulada pela infa- E' mais uma infâmia, que a escravidão representação nacional e para os conselhos
mante tabeliã da lei Saraiva-Cotegipe, gera, e com tão falsos apóstolos, tão fe- da coroa.
mentidos propagandistas da democracia, A Confederação Abolicionista organi-
muitos dos proprietários de escravos se as- sou, pois, uma festa commemorativa, que
sanharam com a promulgação do acto de nenhum democrata sincero" quererá ai- se effectuou quarta-feira ultima, em meio
13 de Maio. liar-se. de grande e imponente solemnidade.
Não podiam resistir, não podiam quei- Os que combateram pela abolição e que A sessão civica, em honra ao seis de Ju-
nho, esteve imponente, sendo honrada
xar-se, não podjam oppòr se ao acto legis- a impuzeram teem bastante força para re- com a presença do digno ministro argen-
lativo ; mas, na immensidade de seu des- duzir ao silencio esses energúmenos da tino, de S.' Ex."" consorte e pessoal da
escravidão, em cujas consciências pezam legação.
peito, imaginaram ferir o coração de todos
REVISTA 1LLUJT1UÜA

Muitos senadorel, deputados, publicis- IV certa hora em diante impossível era xando-uos a posse, autônoma e livre, da
tas e homens de letras honraram a notável atravessai- a rua do Ouvidor, subindo va- nossa pátria !
reunião, eom u sua presença. rias classes encorporadas etn marche au Dias imiuorrtidouros, esses, que se per-
Pronunciaram notabilissimos discursos flambeaux, afim de cumprimentarem ns
os Srs., conselheiro Uuy Harhoza, José do redacçOos e os principaes abolicionistas. petuarão nu lembrança dos que assistiram
a essas effusões e a esse contentamento
Patrocínio e Joaquim Nabuco.
sem igual, de uma nação que anciava por
Cimimissões de libertos e de operários
ofltorèceram coroas ao grande chefe aboli- Demonstração na fumara vera escravidão extineta e que delirava
com a morte da nefauda instituição.
cionista, orando pelos primeiros, o Dr.
Dias de gloria, que se acham,para sem-
Campos da Paz, e pelos segundos, o Dr. Por proposta do Sr. Zama, a Câmara
Ennes tlc Souza. concordou que níío houvesse sessOes ua pre, gravados uos annaes brazileiros e nos
coriie.Oes dos patriotas.
O Club Seis de Junho, entregou, en, quinta-feira e sexta, seguintes, para que J. V.
scena aberta, o seu estandarte ao Sr. cou- os deputados pudessem associar-se ao mo-
selhoiro Dantas, fallando de um modo viniento de regosijo da população.
arrcbatndor, o Dr. Barata Ribeiro. A Câmara, .suspendendo as suas sessOes
Depois de tantas e tão grandes mani- por tres dias, prestou um preto muito hou-
festações, tomou a palavra o Sr. conse- roso, :'i nobre cauza que o povo festejava CONTOS 771,1 NSPARESTES
lheiro Dantas e fez um discurso, cru um enthusiasmo cada vez mais ar-
que se
pôde classificar, comn o único programma rebatador.
político, actunlmeute existente.
S. Ex. frisou muito n necessidade de •frs testas da imprensa
BABYLOHÍA
alargar o suffragio eleitoral. (Continuação)
Depois, agradecendo a presença do Sr.
Henrique Moreno, digno ministro argeu- Por iniciativa de alguns collegas,houve
tino, naquella reunião, pediu licença ás uma reunião dos representantes dos diver- Alguns boatos terroristas, já, em tempo,
commissões que o rodeavam e ao sos jornaes, resolvendo-se festejar os dias tinham corrido, sobre a destruição de
p"ovo, 17, 18, 19 e 20 com varias diversões. outras Babylonias subterrâneas, habitadas
para dividir com o ministro argentino as No dia 17 houve a missa campal, na
flores que lhe haviam sido offerecidas. por esse povo inquieto e sombrio das for-
S. Ex. mesmo as levaria, disse. grande planície de S. Christováo, concor- mi gas.
rendo a esse acto uma multidão,calculada Em tempo, um dos habitantes da Ba-
E, dirigindo-se no camarote do repre- bylonia encontrara um seu irmão des-
sentante da Republica Argentina, em era mais de vinte mil pessoas.
O campo de S. Christováo apresentava garrado e semi-louco, que lhe referira mil
meio de applausos prolongados e deliran- horrores, acontecidos em um formigueiro.
tes, entregou-lhe uma coroa de camelias um bello aspecto ás 9 horas da manha.
Infelizmente, começou a chover, antes da Ella revelara que esses eternos inimigos
e à esposa de S. Ex. um lindo bouquet. da raça das formigas tinham descoberto
celebraçãod o acto,o que o prejudicou bas- uma substancia terrível, uma espécie de
O seis de Junho de 1888 foi bem feste-
taute. dynamite.que derramavam nos formiguei-
jado. Ao auetor d'essa gloriosa data o O altar e as tribunas lateraes, careciam ros, que fazia explosões lá dentro, pro-
povo fez uma verdadeira apotheose ! de gosto. Ainda assim, a missa foi de um duzindo uma fumnça espessa e asphyxian-
bello effeito. te, de grande força expansiva, e que, em
•0rrtx- /. :a breves momentos ôecupava todos os inter-
sticios, avenidas, largos ou panellas dos
Os dias seguintes formigueiros, matando tudo quanto tinha
de Deus — o eondão dn vida.
A cidade, repentinamente ornou-se, to- Era justamente esta catastrophe, que
da apresentando um bonito aspecto. Qua- agora ameaçava a nossa Babj-Ionia, in-
si todos os quarteirões appareciam enfeita- consciente e despreoecupada da terrível
A VIDA POLÍTICA dos e as illuminações começaram a ser sorte que ia ter.
esplendidas. Os preparativos para a nova expedição
estavam em andamento e cada qual se pre-
O programma da imprensa constou da
parava para essa nova earriscada empreza,
Foram tão extraordinários os festejos e missa campal, recita gratuita em vários quando começou a haver algum alarme na
theatros,corridas gratuitas no Derby Club, cidade,em virtude de rumores,que vinham
o regosijo popular, motivados pela data baile popular no largo do Paço, procissão de fora e qne indicavam a presença do
áurea de 13 de Maio, que, por maior que das escolas e, finalmente, a grande mar- homem nas visinhauçns do formigueiro.
cha civica de domingo, 20. Effectivãmente, a essa hora, o dono do
seja o nosso desejo, de fazer d'estas pa-
O povo, com o seu enthusiasmo.dei, um laranjal, acompanhado por tres ou quatro
ginas um archivo, d'esses acontecimentos, indivíduos, depositara,próximo a uma das
grande esplendor a todas essas festivida.-
verificamos ser isso, impossível. des. principaes sabidas, uma lata com água e
outra de forma exquisita com uns rotulo.'
Já oecupamos dois números com a de- A marcha civica, aonde figuravam
qua- vermelhos, que devia ser a tal dynamite.
si todas as associações e classes flumiuen- ü'nhi a momentos despejaram a água,
scripção ligeira do que suecedeu de 3 a 13
ses, levava duas horas a passar e cajeula- que começou a correr e a infiltrar-se
de Maio, e náo sabemos quando acabaria- se que tivesse a extensão de uma légua. pelas
alamedas, levando o susto a todo o formi-
mos, se tentássemos recapitular tudo quan- Ha muitos anuos que se uão viu festa gueiro.
igual uo Rio de Janeiro. Os dias suece- A noticia do estranho acontecimento,
to se deu até hoje.
diam-se, e o enthusiasmo, cada vez, era percorreu, n'um momento, toda a cidade.
Vamos, pois,resumir, o mais possivel, a maior. As formigas, desorientndas.corriam de um
narração. Hoje, quasi um mez depois da gloriosa lado para outro, denotaudo umaterror pa
nico. Ninguém sabia o que fizes. Afinal,
data de 13 de Maio, ainda ha o quer que
O dia 14 de .liaio para desencargo de consciencise algumas
seja de festivo e de arrebatador em todo decidiram
o Brazil. que o melhor era fazerem preces.
Estava tudo, n'um estado de alvoroço
Vinte e quatro horas depois da sancção A gloriosa data foi festejada em todas indescriptivel, quando se ouviram algú-
da lei áurea,o enthusiasmo do publico ain- as províncias com incrível enthusiasmo. mas detonações longínquas, seguidas de
da se manifestava, intensamente. Era uma festa nacional, á qual toda outras, que' vinham successivaineute ap-
Diversos quarteirões da cidade ama- a população, sem distineção de classes e proximando-se-
uheceram enfeitados e era rara a casa, de nacionalidades, se associava. Todo o povo se precipitou, em tropel,
onde não fluctuassem algumas bandeiras.' Como disse Joaquim Nabuco, a impres- para os pontos oppostos aquelles d'onde
Durante todo o dia a coucurreucia nas são que se sentia, podia resumir-se no se- Tinham os sons aterradores.
ruas era extraordinária e á noite as illu- De fora tinham deitado o íbrmicida, no
iniuaçOes promettiam ser muito brilhantes. guiute : era como se um inimigo, de posse lugar já humedecido pela água, e «ste cor-
do nosso território, o tivesse evacuado, dei- rera, chegando a diversas panellas.
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— JYáo v-OS ot-joroximeís -cie. mim ! l/ossas inâos ainda tintas do Seincjut dos escravos
Si nnncknxLonn pts minhas vistes! JithrM- ros, eu nao vos quero..
REVISTA ILLUSTRADA

Em seguida atearam o fogo. A querida e sympathiea minoria libe- dando-lhe alguma pallidez, favorece-o bas-
A chamam era muito fraca, emquanto ral começou, logo, por prender-me a atten- tante, ficando S. Ex. muito mais claro do
estava nas avenidas, por falta de ar. Mas,
logo que chegava a esses largos, verda- ção. que é.
deirns obras de arte, encontrando o ar em Eu imaginr.va,qne ella, tendo encontra- A sua eloqüência, porém, é quo é iui-
quantidade, accendia-se com estrondo,pro- do iim ponto de coincidência com o go- mitavel !
duzindo massas de um gaz expansivo,
verno, e tendo fraternisado com elle, na
que instantaneamente conquistava todas S. Ex. atacou muito o actual governo,
as ruas e caminhos, conduzindo o fogo, votação da grande lei de 13 de Maio, es- e fez calorosa defeza da lavoura .
que ao chegar, de novo, aos espaços maio- tivesse contente, trauquilla e sobretudo O governo foi um bárbaro, um deshtl-
res, se ateava bruscamente, com estrondo,
levando a morte a tudo quanto ali existia. pacifica. mano, não dando a. essa lavoura tres
Era um quadro horroroso! A cada de- Mas, qual I A opposiçãô estava damna- annos, nem sequer tres mezes, para tratar
touação as míseras que estavam pelas pro- da, e tudo ali cheirava a chamusco.
limiilades, eram atiradas a distancia, com ao menos, da colheita. O que, impressio-
grande violência,flcando esmagadase gru- Fiquei sorprehendido. nava seriamente o deputado da j imta do
dadas contra as paredes, t., n'um mo- Como é isto,dizia commigo "f Pois esta couce era a sorte misera a que estavam con-
mento as chair.mas rodeaudo-as,faziam-n'as minoria liberal, que ainda o anuo passado
crepitar, torcer as pernas com desespero, demuados — os fructos pendentes dos la-
dando ás cabeças posições trágicas,com as eu tive o g-osto de vêr tão dócil e tão vradores. Épico !
mandibulas enterradas, umas nas outras, accommodaticia, sob o regimen do Sr. Co- S. Ex. dissertou extensamente sobre
e carbonisando-lhes os corpos, cfuasi ins- tegipe, está agora, sem razão, a querer
tantaneamente. este thema dos fructos pendentes, decla-
Ao alarme descommuual que havia no dar-se ares de Ferrabraz 1 Havia um anuo, rando, n'isso, tomar a defeza dos seus elei-
formigueiro, como que tudo ficava louco justamente,que esta pleiade liberal, dissi-
de terror. As que conservavam alguma tores. Como, porem, na corte e no 3" dis-
orientação, para fugirem, encontravam to- mulada e contente,se dava um trabalho im- tricto uão lia lavouras, ninguém sabe a
das as avenidas occupadas, trepavam por menso para fingir que fazia opposiçãô.Com
cima dos corpos,embaraçavam-se, cahiain, que fructos pendentes se referia o prote-
um ministério, como o de 20 de Agosto,
levantavam-se, mordiam e afinal tomba- gido do Sr. Paulino.
vam extenuadas. a opposiçãô d'esses cavalheiros era tão pia- Emfim, este discurso do Sr. Bulhões
[Continua] J. V. tônica, tão tênue, tão contra vontade, que reconciliou-me com a Câmara. Ao menos,
o governo parecia ter n'elles os seus me- ainda ali se passam lioras de agradável
lho res amigos. liutnorismo ! A dificuldade está em apa-
Agora, com um governo, quasi liberal, nhar-se algum discurso de um dos nove
progressista e patriótico, toda essa opposi- que votaram contra a abolição.
ção estava damuada. Decididamente a poli- Tão eutretido fiquei com o discurso do
tica é uma baixa comedia.
Sr. Bulhões, que perdi a barca da Praia
Emquanto me demorei no recinto, qua- Grande e uão pude ir ao outro lado da
Quinta-feira ultima, tendo de através- si todos os liberaes, á excepção de uns
Bar a bahia, e ir tratar de alguns as- bahia tratar os importantes negócios, que
tres ou quatro, que teem do liberalismo lá me chamavam. Mas dou por bem em-
sumptos importantes ua Praia Grande, uma noção elevada, atacaram o governo,
aconteceu que, ao passar pelo largo do ..por aqui ou por -acolá, mostrando-se mui- pregados todos os prejuízos, pois, esse dis-
Paço, dei com os olhos na Câmara. curso do Sr. Bulhões, sobre os fructos peu-
to zangados.
Cá fora, tudo deserto e silencioso. A dentes dos lavradores da corte, é um mo-
Querem vêr, disse eu,
rua com os seus raros transeuntes, abstra- que estes libe- aumento de graça, .uma verdadeira fabri-
raes estão fulos por ter-se votado a aboli- ca de gargalhadas.
hidos na meditação dos seus negócios.
Nenhum grupo pelas cercanias da repre. ção e não querem perdoar ao governo Leiam-n'o, que não perderão o tempo I
tel-os feito passar por abolicionistas ?
sentação popular. Tudo mudado. Das me-
moraveis sessões do principio do mez, Era isso,effectivamente. Lia-se em cada ^-{rilvtzsrc.
uma d'essas physionomias de auctores de O . .çJ
nenhuma recordação I E assim devia ser.
A Câmara, do dia 1 ao dia 10, dera tudo requerimentos e de phrases, um despeito,
quanto tinha de melhor. nma má vontade, uma zanga, que n'esse
O publico concordava em que ella devia momento fazia explosão. Convenci-me, eu-
ter suéto, pelo menos, durante um anuo, tã,o, de que,apezar da abolição estar feita,
e, como o seu procedimento fora, muito ainda havia muito uegreiro na Câmara,
notável e patriótico, não fazia questío de
que o subsidio continuasse a correr.
Todavia, ao passar ali, eu tive saúda-
des, de outros tempos e de outras sessões.
assim como que o grupo Zé não era uma
simples recordação.
Felizmente, para me distrahir das de-
cepções por que estava passando, eis que
?o$M|
Que diabo ! Ha quasi um mez que nin- o presidente dá a palavra a um dos nove Tem tido uma recepção festiva, digna
guem se importa com o que ali se passa... deputados, que votaram contra a lei e dos dos seus grandes méritos e da reputação
Disse commigo : quaes o povo dissera : noves fora, nada ! universal, de que já goza, o insigue actor
— Vou vêr como está a Câmara. Que bom ! Eis aqui : vou ouvir um
francez Coquelin Ainé.
E entrei. discurso original.
Desde a sua chegada que, no Pedro II,
Ora, devo dizer que a minha surpreza Effectivameute, assim foi.
não foi pequena I O Sr. Bulhões Carvalho, ua tribuna, se tem reunido a elite da sociedade flu-
Eu coutava com a Câmara, trauquilla, tem todos os ademanes e todo o pittoresco minense, para testemunhar ao grande
saciada, quasi dormindo o somno dos jus- de um somnambulo. Põe os olhos em brau- actor fraucez,que,n'esta França Anlarclica
tos e vergaudo ao peso das glorias. Qual co, faz caretas, quebra o corpo, emitte a muitos o conhecem e todos o apreciam.
foi a minha surpreza ao vel-a animada, voz como um puxa-puxa, emfim, é inte- Coquelin, com effeito, é um nome uni-
rrequieta e até impaciente. ressantissimo. A coinmocão da tribuna, versai e um actor, cujos processos podem
REVISTA ILLUSTRADA

ser considerados clássicos. Ao seu grande pro o milagre da multiplicação—das en- Pereira Cardoso, João Pereira Dornas, ü.
clientes. Maria Leopoldina da Gama, João Beruar-
talento elle reúne dotes uaturites raros.Sua des Pereira Sobrinho, D. Presciliana de
physionoinia, accentuada,presta-se a todos Jesus Ciiuexo, Augusto Gavião, Francisco
os jogos das paixões e dos sentimentos, de Soucasaux, Ignacio Ferreira de Carvalho,
No Polytheama Fluminense tem cotiti- Eurico César de Medeiros, Manoel Joa-
modo n dar extraordinário colorido á me- utiado o artista Pontes a deliciar os ama- quim Monteiro da Silva, João Avelino
noi' phrase. dores de touradas, com os mais divertidos Soares de Medeiros, Álvaro Mucio Tei-
As MiterptBtaçOes que elle dá ao.s papeis xeira, D. Adda Mucio Teixeira, Alfredo
espectaculos. Silva, D. Catharina Harling, Joseph
de que se encarrega, são sempre mnguiti- N'essas animadas diversões é escusado Ziegler, Oscar, Dr. Salvador Moniz Bar-
ciis. No cômico, por vezes, attiuge os ul- dizer que sobresabein o Pontes, os espadas reto de Aragão, João M. Santos Andrade,
timos limites, a que as forças humanas D. Guilhermiua de Andrade, Orozimbo de
Panadero e Torerim e. os banditrillieiros Andrade, D. Virgínia de Andrade, Cesa-
podem aspirar. João Vieira, Delgado e José Fernandes. rio Harling, Frederico de Almeida e Silva,
Sua companheira de trabalhos, Jane Hoje, realisa-se, o beneficio do Pontes, Albauo Andrade, D. Elisa Andrade, D.
Hiuliug,é,também, uma actriz fora do vul- Presciliana de Andrade, D. Francisca de
com uma festa tauromachica das melhores.
Andrade, Alfredo Soares de Medeiros, D.
gar. Não tivemos a felicidade de ouvil-a, Ignez da Gloria líamos, D. Maria Soares
no papel que constitui' a sua maior creu- Binóculo.
de Medeiros. Total 32S000
ção e no qual passa por uão ter nenhuma D lista publicada (SSS000
rival : 110 de Clara Beaulieu. Coutamos, Entregue ao Paiz 1008000
porém,puder manifestar-nos a esse respeito.
O conjuiicti da companhia, dirigida por
Coquelin, é uni dos melhores que aqui tu
COLI.ECÇÔES COMPLETA*
mos visto.
PARA OFFERECER UMA 1'IINNA Dl! OUIU) DA
Na c iinedia Surpresas de divorcio,
extasiamo-uos, diante do que podem fazer REVISTA ILLUSTRADA
A PRINCEZA IMPERIAL
dez ou doze actores de mérito, iuterpre-
taudo magistralmente seus papeis. afim ile assignar a lei ila Abolição
Aos nossos assignantes que desejarem possuir a
Por vezes,em scenas alegres,em que to- collecçüo dn «Revista Illustiada,» 12 annos, con-
dos riam e manifestavam grande alegria, tendo a listoria dos principaes acontecimentos do
obter em condi-
pasmamos em ver como se pede levar
tão Concluímos hoje n publicação dos no- Brazil, participamos que a poderão
ções vantajosas, meliante o abatimento (le 10 »/.
longe a ficção. Impossível de verificar se mes das pessoas,que assignarain para esta
sobre o preço das assignaturas.
aquelle núcleo, se áquelles artistas esta- patriótica dádiva. As outras pessoas que tiverem o mesmo desejo-
vam realmente, radiantes, tomados de ale- A primeira lista, conteúdo 136 sub- poderão adquirir essenrchivo illustrado dos fados
o abatimento
scriptores, está no u. *97 d'este jornal. principaes dos últimos 12 annos, com
gria, rindo de todo o coração, ou se fin- A de hoje tem 64 nomes. Au todo 200 de 20 °/o-
gkun. O arteficio e n realidade coiuci- subscriptores,--que eoutribuiram com-a-
Afim.porem, (le facilitar a aquisição das colleceões
diain e a ninguém era dndo saber se aqttil- e attendeudo a que sempre é difficil despendei-, d«
quantia de 100 mil reis. uma só vez uma quantia importante, resolvemoe
Io era real mi não. Entregamos ao Paiz.de uma vez,68í;000 aceitar pedidos para a venda de colleceões, a presta-
A concurrencia aos espectaculos de Pe- e de outra, 328000, cujo recebimento vem coes mensaes, sendo estas del2S0O0 rs., para os nos-
dro II tem sido bastante regular e o publi- accusadò em suas columnas. sos assignantes, e 15S400 para os que o não forem.
co tem-se mostrado á altura dos artistas, Tanto a uns como a outros, rogamos que não se
Também o nosso amigo, Sr. José Igna-
demorem.pois o numero de colleceões completas, que
festejindo-os, calorosamente. cio de Mesquita, nos fez a fineza de a empreza possue, é limitado, e os pedidos não
Coq uelin comprehenderii que a época,em remetter uma lista com 58 subscriptores o cessam.
'29SÜ00,
que u as Visitou,não é das mais favoráveis, junto a importância de que entre- #A ADMINISTRAÇÃO-

Aci bainos de passar, todos, pela maior gamos á redacção do Paiz, e cujo recebi-
coinm oçfio da nossa vida social e estamos mento foi accusadò em suas columnas.
ainda sobre a impressão,longa e duradou- Eis os nomes dos subscriptores, que não Aviso
ra, qu e o dia 13 de Maio nos causa, tínhamos publicado, por falta de espaço :
E uma espécie de estado religioso, de
Aos nossos assignantes que se
contentamento intimo, em que ninguém
José Joaquim Neves, D. Josephina Cou-^ acham em atrazo, rogamos a ti-
stantina Gluck Pereira, João Braz Maia,
quer er distraindo. José Arfouso Pereira Lima, Antônio R. de neza de mandarem regularisar
Ain Ia assim, regularmente, temos ido Freitas Soares, Bento Martins da Rocha,
A. Graça, Antônio Vasconcellos, João
suas contas, podendo fazel-o em
todos i irestar as devidas homenagens, ao Cirio, Joaquim Coelho Magalhães, Gabriel carta registrada, pelo correio ou
orandi i vulto da scena frauceza, e a seus Carregai, Bernardo de Seixas, Boaventura modo, pelo.
distincitissiinos auxiliares, fazendo votos, da Rocha, Luiz de Pinho, D. Julia de por qualquer outro
es- Pinho, D. Margarida de Pinho, Augusto
que, desde já, lhes apresentamos
por quoe, do Rio de Janeiro, essa troupe Mever, Carlos Marquerie, Leopoldino dos
colhida», leve as melhores impressões. S. Pereira, D. Maria J. S. Pereira, Luiz os nossos agradecimentos.
A. Pimentel, Vieira da Fonseca, Ribeiro,
H. Zitnmermanu, Luiz de Oliveira, Vir- A ADMINISTRAÇÃO.

O Ri 'creio Dramático tem levado á scena gilio Brandão, Antônio Boiteux, Labarthe
Fils, D. Maria Michellet de Oliveira, D.
alguinws vezes mais, o Conde de Monte Anua Michellet, Carlos de Oliveira, Octa-
Christo, , o portentoso drama, que faz sem- vio de Oliveira, João de Abreu, Antônio Typ. de J. BARBOSA - C. r. da Ajuda 81
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'L-eyisçet CQiitmua* no
QOZQ da yvioxis ptrfaéte* j atuei t, çcpexPtr ITiTihct-iitos ttncao dt Hs ttj'cnr eite,
dt tí-r sobre çcj costas Sol numtrti, ia. £" Ctritcnixvio de. modo oe eclipsar
publicados, deste imaortantt e rinnc» os festejos du Otboticâo pitas pela.
tssás ditantavlo iori-iai. Desculpem Jmprensa fluminense e mttter Iodos 0J,'nosso
profj r»w)ii« cri
ol ynod.es ti et. Õi et>Ueacis •num chinelo. tupendô !
O receie,porem,d» maaoixl os, pie-nos- Jd o prestíto ercn ia meu. ctú\
desistir dt tal intento Ja ColUsrotl .'

^^'"^'-'^•a^a,: :#*#A'!¦¦<
Urna. -missa Soifrmne c Ccir-ite* de* Jlriot
Ctltbrotdot, nd~o i-i'um ym-aco eonio d. da, u'im. estupendo batinaut odieini e lesopiílefí,
7-mp-ttnsoi fliimintiise., -met-f, sobre, n Tiedo SiAmbolo doe iannldeidi-
dei iaiiuldeide- utmbtLtcldot
tstabtltcidci pele*, {ei da
nela. it
de IDkms, ria Serve*, dos Orados, ficando 'eripi da.nsa.do l OS
oi boiicc- p<lo ministério
estes tncotrYtgiaolOrr da. pptrti -musicai . Vibtrí--
Assim, tUct je-rlox vista t ouvida- -em todo
o Jmptrlo ! *

parti mais i-nijoortunti do nosso pvtarnmrnn erm o ienrl damos ,fiois, os nossos^ asiitAnantes
ÍOpo cFoi&uci ojUt ttnci orravamos ciar cios -nossos ols si an antes a btbtrtm um copo oi'aquit d nossa lande.,
du. Corte, r, províncias . A difliculUadt ;pdrém dt síttr uma. oLjsind C&niO, ritítt -ntomuitto solàntixe., o
mt-t.ee f lAririo. tsedha. ojuc Úieaasstm Uo hmatonas cto fruta. *('" •
j-atemo-: d Jande. dt Iodos
póc-itos em Series emijeTera.cn.

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