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Secretaria Geral de Educação e Cultura

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-t-t

A FRATERNIDADE
A«««ijtviuititru
forauno , 7ÜÜ0 'Mài>&M®&- Aos Sabbados
Por seis mezes.... 4000 $ tiQÍM&iàjL,
•—Pagamentos adiantados— -Folha avulsa 160 reis—
—4—
Anno I Aracaju íí© de Outubro de i81*í. Numero i
fo o\

que as cidades de Judá foram tomadas de seu deposito, que foi uo extremo o1
e saqueadas, e seus habitantes devasta- cideiita! da rua de Larangeiras.
_— «a-ocà^-goo-c-.
dos e presos !! ! Depositado o Carro, sahiram os bata- \r', á'e
Festa popular A liberdade, pois, é uma pailicula di lhóes percorrendo as ruas da Capital, le-
viua que se desprendeo da essência de vaudo a alegria a todos os -seus habitau-
Quando falia a liberdade, a própria Deus, e veio gravar-se no homem para tes.
•natureza emudece para lhe prestai- ho-
enobreoèl-o. Raiou a aurora do grande dia, e uma
meuapem, e os tyraunos cobrem o rosto
envergonhados.
Bem andam aquelles que amam a li prestectiva encantadora nos facinou. A
beldade, e aborrecem a tyraiinia. cidade estava linda como os amores, su-
Com razão oa Romanos lhe rendiam
Os que bafejam os governos, e for as ruas largas .; bem alinhadas se acha-
uib culto, e Tiberio Graccbo lhe edif|cou
mam a cauda do executivo naõ gostam vau, guaruecidas de arcos, as bandeiras
um templo no monte Aventino.
da liberdade, ou fingindo abraçai-a a so tluetuavam como se houvessem sabido
A liberdade è a isenção de tudo que
phisraam; mas o pevo a ama extremosa triuuiphantes de um combate em prol
prende e sujeita o homem, e lhe tira a da liberdade, as janellas das casas real»
mente
faculdade de obrar conforme os dieta-
Cada povo, portanto, tem seus dias de cavam pelos raios de belleza quedellas
mes de sua vontade.
liberdade, que lhe dispertam do leito, e vinham, porque o bello sexo as guarne-
E' pela liberdade que o homem se a-
aclivam o seu patriotismo ciam, c os navios surtos neste porto, to-
poderá'da verdade, e torna-se fraudo : »'¦ mando parte activa nos regosijos do dia,
Os Sergipanos, além de outros dias,
por elia que os estados florescem, que os
adoram o '24 de Outubro, e o exaltam estavam galhardamente enfeitados, e tu-
homens se illustram, que as scieacias do isto reunido indicava que a pora-
com frenesi, saudando a aurora brilhan-
se completam, que as artes se aperfeiço-
te que o illuuima, e o distino liliz que posa festa da Liberdade ia começar.
am, e que vem o mérito ou demento Eram dez horas do dia quando os ba-
dura ao povo.
para o homem. O homem que presa a liberdade, e taihões patrióticos poseram-eo em mar-
A liberdade é tão agradável á Deus, cha e foram reunir-se ua praça 24 de
applaude os seus élleitos , estreme-
que só elia tem a força precisa pura. fa- ce de gozo quando o povoa leva en, tri- Outubro, en, frente do quartel de liuha,
ser suspender os decretos da vingança formando duas brigadas, que se compu-
urapho. Üs fogos de alegria que tendem
divina, só elia abranda a cólera de Deus, nham dos batalhões dos estudados, ar-
os ares, os vivas estrepitosos quo ferem
e o. reconcilia com os homens. listas, caboueuios , cavallaria, ede pra-
nossosouvidos e a*alegria que brilha nas
Reinava Sedekias na Judia quando o
•poderoso rei de Babilônia faces do povo, tudo concorre para ele- ças de primeira linha, todos decente-
poz .Terusa- var o homem ao ideial de sua felecida- mente vestidos.
•lem em cerco. O terror e o espauto se a-
de. Seguiram as brigadas até o ponto on-
poderam de todos, e o facho consumidor Rendido este preito de homenagem ao de se achava o carro em deposito, per-
estava preparado para destruir Jerusa- correram algumas ruas no meio de vi-
24 de Outubro, passaremos a descrever
lem, quando o mesmo Sedekias, de ac- vas a^clamações, sendo o transito iuter-
os festejos que tiveram lugar.
cordo com os príncipes e o povo offere- rompido a cada passo pelos que pronuu-
A noite de 23 presagiou a iufleiieia do
ceo a Deus, em conta dos peccados dos ciaram discursos e poesias análogos ao
dia seguinte. Os edifícios públicos e par-
Hebreos, a hbordadede seus servos, pa- dia; em seguida assistiram ao Te-Deum
ticulares estiveram illumiaados, os ba-
ra que o mesmo Deus abrandasse sua ua Matriz de S. Salvador , a finali-
taihões dos estudautes e dos artistas se
colora, e os salvasse da espada do exer- sado o acto religioso, continuou o
reunirão nos lugarus de suas paradas, e
oito de yabuchodogflsor. Deus, agrada "" tiansito patiiuticopelas-wwwd»-program-
BWá"S/fl"Ü31ie5 com suacoaTpSítWartiiu
do da rica offerta do poro Hebreo, que- ma, que aiuda faltavam percorrer, ter-
zica, e possuído degraude eatliusiasmo
brantou a força do exercitojsitiador,- e li- minando o passeio popular as seis horas
se dirigio ao extremo da rua da aurora
vrou a Judéa de seus inimigos. da tarde
para receber sua bandeira, que estava
Mas, o povo Hebreo era um mto re. A' noite houve illuminação; e trez
em deposito em caza do Sr. Dr. Manoel
belde por natureza; apenas se via livre Pereira Guimarães. sumptuoso» bailes, bastante concorridos,
de seus inimigos, viola a promesssneita, Feitas as ceremonius da recepção das fecharam os divertimentos do grande dia
e torna a captivar os libertos; mas Deus 24 de Outubro.
bandeiras, seguiram os dous batalhões
irado por tal procedimento, envestio os Esta resumida descnpçâo dos festejo*}
I ara a rua de Santo Amaro, afim de con-
exércitos Babilonicos de tal força7 dusirem o carro triumnhaute ao lugar de 24 de Outubro ficariam incompleto^
*'•¦ A FttATEItMDADe

se deixássemos de notar uma singulari" mnlgada pelos homens, mas que éa No exercicio de suas funeções elles ob-
dade que muito nos agradou. expressão do direito dictado pela sa razão, servavam rigorosamente a loi que lhes
Dous distinctos patriotas caracterisa- d'ahi vem a lei civil, a criminal, o di- veda a conspiração contra o estado, qual
ram-so tão a propósito, que seria para reito cannonico etc., que regem as ac- quer que seja a sua forma de governo,,
dezejar que todos assim o. fizessem. . ções dos homens nas dififerentes phases respeitando as crenças políticas o roligi-
Estavam elles ornados dé distinctivos de sua vida. osas- de cada um de seus membros, e
maoufacturados de pre duetos naciona- O direito cannonico, como qualquer não admittindo discussão alguma a
es, que representavam ao vivo os orna- outro, estabelece regras dè protecção pa- tal respeito; e por tanto já se vê, que a
mestos feitos de ma ttufactura estrangeira. ra os que bem se conduzem, e as de Maçonaria não deo causa alguma para
Estes dous patriotas foram os Srs. Capi- repressão para os que se es.|ueeem de si, ser atacada táo cruel e deshumaiumente
tão do Porto Antônio Ximenes de Arau- e se desvião do justo. como foi.
jo Pitada, e Tenente Manoel Pedro de Ponhamos de parte a má fé dos jezui- O Jezuitismo, porém, que só vive do
Mello. tas quando transformam em crime o mal, ataca o cordeiro innoce ítc, e doo"
Felicitamos aos Sergipanos pelos fes- que só ó virtude, e portanto, queremos lhe a ultima punhalada no coração, di-
tejos qüe fizeram ao seu grande dia, e conceder, que os Maçons são uns excom- zendo ás massas iguorautes, eis alli uta
por mais esta vez terem dado provas de mungados, porque foram rebeldes para Maçou, fugi delle porque ó inimigo de
seus sentimentos liberaes; e oxalá que com Deus. Deus e de sua igreja, & perverso e amai-
aunca esqueçam de tributar sua grati- Lá de Roma veio uma bulla que con- diçoado, nâo o admittaes em vossas ca-
dão ao dia de suas tão gra tas recorda- 'siderou a Maçonaria como associação
zas, em vossas reuniões e em vossa arai-
ções. maldita, e seus sectários como indignos zade, porque também ficarcis excom-
•de freqüentarem a caza de Deos, a
qual mungadosü!
mvestio os Bispos do poder de lançar in- Os Mações, conaeiosde si, despresam es-
Ponto de vista moral terd:ctos e exeotnmunhões, aquelles des- sa grande injuria que lhes irrogou o je-
de que os Maçons mio cumprissem ode- zuitismo, e confiados em Deus prose-
Ainda uma vez vamos analysar a sus- 'terminado
nas pastoraes dos Bispos, e guem na sua romaria, nãosedesviand»
pensão dos interdictos, e fazer utn para- e-'?.s qu.tudo ps mesmos Maçons não ab- nunca* do fim único que letam cm vis-
leilo entre a Maçonaria e o Jezuitismo. '.iraío-em no praso do anuo que lhes fi-j ta, quo é o do bam da humanidade.
Nós , que somos Maçons , e sabu con marcado. Conhecendo elles que a condicção de
mos que nossa instituição nâo tem se- () supremo governo do paiz, que tem abjurar era uma infâmia que se lhes
gredo mysterioso contrario à Deus e à obrigação de deflender os direitos de se- impunha, por isso que não erão inimi-
religião, zombamos dos jezuitas e de us governados, entra em negociações
suas medidas aterradoras *, porem como gos de Deus e da Igreja, deixaram, de o
pacificas com a S. Sé; e para resumir- fazer, e firmes no seu posto do honra-,
além de nós existe o últramontanismo, mos esta-historia, veio o resultado de ficar tiveram a gloria de ouvir sua sentença
quê adora os jezuitas mais que a Deus, de uenhum effeito, tanto os interdictos, de despronuticia, que os innocentou dfe
que acredita piamente em tudo quanto como as excom.munhões!!!' todas as iruputaçoes.
elles dizem, na opinião de seus sectários De duas uma* ou os Maçons não sào O Jezuitismo que injuriou a Maçoua-
os Maçons são uns exeommungados, esses reprobos como dizem os jezuitas, ria, levado não por virtude, é o próprio
com quem nem ao menos se pode mas estes, por espirito de malvadeza, que so incumbe de dizer ao mundo.- o»
entreter qualquer relação de ami- quizeram perturbar a sociedade civil, e Jl/açons nâo são maldiutos, sâo pelo con-
zade, e nem tracto de qualidade algum. fazer recahir o odioso nos sectários da trario, bons cidadãos, e homens religio-
Alguns desses homens do jezuitismo Maçonaria, ou realmente são raaldictos, sos; o por tanto, ficam limpos de toda*
pensão assim por calculo, mas outros e estão incursos nas penas do direito can- as imputações e podem freqüentar o*
ha que do muito bôa fé entregaram-se no ni co. Templos sagrados!
de corpo e alma ás doutrinas dosjezui- Logo os Jezuitas se acham dismorali-
No primeiro caso temos a perversida- sados mais do que já estão.
tas, e portanto, para estes vamos faser dade dos Padres Jezuitas, e no segundo
algumas considerações que julgamos de a venalidade ou fraqueza de Juizes que
muito pezo. absolvem das penas eternas os impeni- NOTICIÁRIO
Tudo quanto existe no mundo 6 regi- tentes que persistem no crime ou no
do por bem combinadas leis: a natiire- peccado. fites--.
za, encarada üo quê tem de material, se" Nãonameio termo' entre um e outro que S. Al,
ue :-S. M, oolmperador
Impen siga OI parcos
— o... Es"
para*
rege pelas leis phisicas, em virtude das juiso, tados Unidos, visitará, pnraeiroas pro
vincias dò Rio Grande do Norte, Ceará,
qüaeíi os astros se sustentam em perfeito Resulta de tudo isto-uma cousequen- Maranhão'6 Pará.
equilíbrio e gyram em tempos determi- cia'natural, ó o juiso moral Questão religiosa.—Um teie-
que se ti-
nados, as estações se suecedem em epo- ra do facto consumado, e este ou é con- gramma recebido annuncia que q Surn-
chás certas, o fluxo e refluxo das'águas tra os Maçons, ou contra os Jezuitas. mo pontíficeos levantara, em bulla que
pubkcára, interdictos lançados em
aão uniformes, as plantas se renovam de Vejamos sobre quem recahe o máo certas confrarias o irmandade» das dio-
juizy ceses
folhas, e dão fructos sem alteração dos do facto realisado- do Pará e Olinda, que uão quizt-
ram excluir os maçons de seu grêmio, o
prazos estabelecidos, e assim o mais qué Os Maçons estavam pacificamente ex- declarara aosmaçons do Império d»
existe e está ao alcance de todos. que
ercendo funoçòes licita» pérmittidas Brazil uão dtzem respeito as ueúsuras o
pe-
Na parte moral existe a lei natural Ias leis do paiz, epelo uso consuétudí-1 com que o Syllabus fere a in.
«tto* 4 invariável, e a lei escripta pro \ nario de todas as uaçòes do mundo. stituição. Peor è a euienda do que o se-
Iauathemas
ueto.
A FRATERNIDADE

O Sr. Dr. Barros Pimentel.—Es'


te nosso dislincio Ir,-, que estava na POESIA Seu commercio bem prova estareria-i-,
Corte do Império já á três mezes, re- Seos nihos tem valor e tem nobre? a
gressou á esta província, o se acha entre Poesia
nós. ao dia 8 í de Outubro de
Felicitamos ao nosso prestimoso Ir.-. 1895. em Sergipe, Aracaju. E agora que saudando a liberdade,
e sua Exm." Familia. ' Entoamos mil hymnos sd de alegrir,
• Plialanges alto parai; Possamos caminhar par' o
Os Lazarlstas.—0 Cardeal Patriarcha Meu liymmo agora escutai progresso—
Deixando um exemplar nome nahist :*•;»•
de Lisboa oflicioii ao Ministro do Reino Em favor da liberdade,
para que proliibisseas representações do De um polo á outro hemi«phertn De João Baptista Rodrigues Viilas-bc ¦
drama,, OsLuzaristas,, actual mente em Chegue altivo o seo critério, ¦^^•OGGÇ
«cena sempre applaudido no theatro do Vá tocar á immensidadc.
Principe Real. Breve allocuç&o á Legião «ns
0 Senhor Ministro do Reino, Antônio Ro- Letras, aos 84 de Outubro «2e
Nãose confunda a nobreza,. f8"íT».
drigues de ampaio, respondeu a sua Nem sua real grandeza
eminência o seguinte: Com nenhum outro valor, -COLLEGAS—
„ O drama aponta a odiosidade pu- Da liberdade a valia— O astro
blica homens que sob o nome de Deus que radiante surgira no Armam.-' .
Não quer outra primazia, «nnunciára que no alvorecer e no orcaso do *
pregam doutrinas em proveito próprio : A' não ser o seo primor. de hoje houvera uma singularidade bella e :-
em nada se olfende alli a religião do
Cruxiíieado. Não ha, portanto, razão cantadòra- queo fizera trazer em si
gr.v
para o proliibir. ,, Vale tudo a liberdade om letras de ouro o santo verbo:- LiheivX-»
Antes de responder, o Sr. Ministro Por ser a divina herdade Verbo sublime, enserra elle a doce expre ¦. >
mandou ouvir a peça por pessoas com- Desta torra de Cabral, das ditas percnnes do gênero humano, ditas .: -
petentes para o poder julgar. Por ser a Deosa adorada, neflaveis que, segundo o poder de seu ins' ¦:
15' assim que procede o reino Catholico Das Nações a-féstejada— dor, por si soem elevar o Universo inteiro a •::-
de S. M. Fidelissima. naculo da gloria. Quereis uma
Neste nosso Brazil, entretanto, não so Sem ter nj Mundo rival. prova d'* a
verdade inconcussa ? Compulsae as douraíaa
manda ouvir a ninguém , e basta uma paginas da França civilisada, e veris que pr.-
reclamação do Sr. Vigário Capitular ao Compulsai do livro a-historia,
Nas folhas da sua amor a liberdade, conformada com a lei, *•
Presidente da Provineia para destruir as gloria, maiores benefícios a humanidade tem sob:
decisões do conservatório e licença da Eil-a alli, eil-a acolá,
vindo; ao passo quo essa liberdade, naotv*.:-
policia. Na guerra c na paz vencendo,
formada com alei, dá em resultado frei;: -
Tumultos na Corte.—Nos dias 13 De homens heroes fazendo
temente a anarcliia, o despotismo, e, em st; -
e 14 deste mez o sangtie brazileiro tin- Como faz heroes por cá
ma, a decadência da própria humanidade. -.,
gio algumas das ruas da corte por causa mo suecedera á mesma França. Quere.
do drama „Os Lazaristas... Esses heroes Sergipanos,
da uma prova irrefragavel d'esta verda:
A policia prohibiii a representação do Sois vós, que nâo sois tyranos,
Não ide muito longe. Estudao-a em vós ;;.¦•¦*¦¦
drama no Theatro S. Luiz, em conse- Festejando a liberdade,
mos. V<Me quanto se tem animado a loco -,,¦¦
quencia disto algumas pessoas forma- Soltando as vozes dos peitos
tiva do progresso, desde
ram associação particular dramática, A' ser livres sois aüVitos, que nas mar*--¦¦-¦
com o fim de representar, para seu re* dolpyranga soara o grito da liberdade. S-T1
Tende grande herocidade. duvida, grando foi a metamorphose -¦-¦-..
creio e satisfação, os Lazaristas, visto porqui!
ter sido prohibida a lepresenta. iio saráo aquelles que forão os primeiros ,7í
pu- Eia pois, marchai garbosos,
blica. criticar a ultima gotta de seu sangue •-
Ensaiado o drama, ia ser E louvai bem venturosos— amor á mesma liberdade, para disse.-- 7
posto em De Outubro o dia gentil,
scena á portas fechadas, quando a a paz, a tranqüilidade, e o bem estar -i3y.
cia, cav&llaria e urbanos cereram o poli-
edi- E nesse louvor solemne— zico e moral por sobre todas as suas foi 7
ficio, dispersaram o | ovo. espancando a Exulte a Nação perenne, Por som duvida, grande deve ser o -
uns, e ferindo a muitos /! J Oh ! islo t'j Exulte todo o Brazil. enthusiasmo, n'oste momento, em - . ••
horrível de referir-se, e se continuarmos de avivarmos essas glorias immortaes qu. de i -::
assim vamos aos séculos da barbari- Peio Dr. Lemos. antepassados, festejamos também a n -*"
brilhante de 24 de Outubro que comsipo ¦-'-'¦'-
dude. . p ¦«?«o*.—» xera a emancipação do terreno natal:
vo Sergipano.
Justiça popular.—O bispo de Ur- Ao 84 de Outubro de 1895 em Assim, pois, á vús mocidade. Servir.
gel, que faz parte do bando carlista na Sergipe vós filhos de Minerva .1 vrts verda-Vir '-¦>.l
Hespanha, foi preso por haver assassi- do
nado a um padre. presentantes porvir, eu vos saüdo, , ,'=
No hot isonte a aurora que disponta instante, dizendo-vos ainda quecontti: --'7
Ao chegar a Alicante o povo o apu- Encerra o Santo verbo, liberdade trabalhar pela intelligeneia, afim de (7 7
pou, o mais alguma cousa lhe faria se as decerdes cada vez mais a vossa terr X -
autoridades o não tomassom sob sua Hoje em hymnos divinaes proclama— quanto maior for a sua prosperidade 7X
A dieta do valor d'esta Cidade. maior será a do Brazil inteiro. Não -7"
guarda. mos um só momento I Cada homem 7 o
Será um outro martyr esse assassino? seja um luzeiro! cada villa, cada alil ¦ s s°
na gvrji*. a^stolioa decerto o .'¦. Festejemos de Outubro o vinte quatro,
*»¦ -Grato dia
gentil de tanta gloi.JBf'**-*
• ^inverta cm cjíêfles, cada cidade 5 »»•-••¦ *
Contradança de bispos.—Corre grêmio de cultura, sejamos verdadei-*'¦¦ -i-
Que de Sergipe libertara o solo. meiros do progresso: Derrame-se a - .
emS. Paiíloqiié os bisfios D. Liuo e D. Gravando o seu nome assim na historia. cção por toda parte; e repetiremos -¦ ¦ ¦ a
Antomo do Pará permutam os bispados. uma voz: somos verdadeiramente livres, soreis
verdadeiramente venturosos,
Christo preto.—Na Bélgica existe Vá aqui tudo agora progredindo, podemos i-ntc-
uma ousana á creação.
uma imagem de Christo, que, cum ode- As scieucias e artes rão também,
correr dos tempos perdeo a cór e tor- , A lavoura, o commercio o agricultura Por João A. Lemos,
nou-se preta. Alguns garotos lenibia- tudo quanto as Cidades millior tem.
ram-se de espalhar que esta transforma-
ção de côr era devida a um milagre,—ò Attentai, Sergipanos
p'r-as Cidades
Vfi-de o vosso Aracaju, a Capital,
^TRANSCRIPÇÃO.
os Padres Jesuítas achando oplima dp- '¦. Imprensa
Qual virgem se mirando a tona d'agoa, e a amnistia.
portunidade para espalharem, encarre- Vaidosa de si sem ter rival.
garam-se de incutir no povo o facto mi- A attidude dá impransa ante o «cto cíw
Jagroso : não perdem vasa os taes Jesu- Attentai pr'a formoza Laranjeiras, governo imperial ou do chefe ãa. aaçL-
itasí amnistiaudo os bispos do Olinda e c
Q' importante contém sua riqueza. Pará í de uma logiça irrefutável.
A FRATERNIDADE

E essas ordens emanadas do sempre presiim- qúlnho que em toda esla comedia repr«scn.-*^iíf*,
A opinião publica pendena esse acto pçoso , imbecil ejá caduco Pio IX, que tal tou o governo imperial, esse governo que em
:-:e de forma ostensiva e sem rebuço of- ainda ignoro, as proezas dos bispos chamados o anno passado disse ao illustre Dr. Silveira •
,., ,ie. os brios nacionaes e vae de eacoa- « heróicos,» e que o são A custa da maneira Martins que—tinha nas leis meios para coíi*-
-j a todas as praxes o costumes. na- ter os bispos rebeldes às leis do estado, os-
porqne nós sabemos sustentar a dignidade fácil se governo que em Maio deste anno
•:11a argue-se çrai.da dessa altivez que cional, essas ordens serão de caracter pedia
r-araoter;«a a independa, e solta o verbj dc suppor. providencias ao parlamento—para trazer'
Mas o Sr. bispo de Olinda vae-nos ensinar aquelia parte do clero brazileiro á obedien-
ã&-verdade como interprete de mn povo a termos dignidade, e so nào adquirimos, vis- cia devida a constituição e ás leis, esse
que quer caminhar e estaca ante obs- to que ainda a não temos, não será por falta no omfim que, como dissemos, tombando gover-
do
tsculos ppr lhe faltar o elemento necessa- de esforços de S. Rvm. erro em erro sahio-se afinal eom o pastel n
rio—a liberdade em sua alta significa- Bem conhecemos o « illustre barbadinho » 5943, do 17 de Setembro; Fr. Vital, compe-
e temos como certo que logo depois do acto netrando-se da vergonha a que são submet-
Élta so"a a palavra de ordem c pede em virtude do qual elle nào foi pura a prisão tidos os brazileiros, exclama :
« E como poderá não ser assim* se
ítispeito á dignidade, reverencia ao di- civil que lhe competia por lei, mas sim para para
reidí rectidno najustiça. uma casa especial, desde que sentenciado pe- qualquer lado que volvamos os olhos quasi
Não <'- a raaçonaria que reage, não; ti a lo primeiro tribunal do paiz ello provocou o que encontramos escândalos deploráveis, qua-
ministro do império pela imprensa e vio esse si que só deparamos com scenas constrista-
humauidado que quer reivindicar di- ftinccionnrio ler escrupulo de. descer a discu- doras, quasi que só descortinamos assumptos
reitos: á maçonaria não afiecta o pro- tir eom um sentenciado, desde logo o Sr. D. para derramar sentidas lagrimas?»
.-.edimento do governo. Vital reconheceu com quem tinha que fazer, E eom effeito causa dó, traz lagrimas aos
Ellacaminhasobranceira, porque sabe e por tanto nem para S. Rvdm. nem para nós olhos consitlerarar o abatimento moral n que,
derribar óbices, porque vive de vida pro- foi estranha o celeberriino acto de 17 do Se- o governo nos reduzio!
representa um inle- tembro—baptisado com o nomo de « amnis- Note porém o povo brazileiro que essa
pria , porque não pasto-
ral tem por fim communicar que Fr. Vital vae
resse e sim uma idéa. t;rl. »
E' porventura esse aclo uma amnistia? tramar seja o que fôr de accordo com a cúria
, A humanidade, aquelia por quemi an- Não, certamente que nào; e só chamará tal romana, nossa soberana senhora, e para tor-
tos martyres se hão sacrificado, aquel- acto do d amnistia» ou quem nào conhecer da nar bem patente a importância dá c o ca-
Ia que ha merecido tando sangue de se- jurisprudência ou quem não souber que foi a so que faz do governo imperialqueapressou-se
us filhos, vè-se espesinhada pelo ca- iin-fl.-a.iii que presidio áprisí.o dos bispos e o em fazer publicar, no mesmo u. do « Após-
no auge do
pricho de um ambicioso; e interesse punir....ir e doméstico que presidio tolo ii em que vem a pastoral a notica de
—« não pedio licença ao governo » que
íbu desespero levanta-se contra quem a au acto ilu «-perdão, » impropriamente appel- para sahir
litla.lu d.- o amnistia. » do império.
pretende opprimir. E fatiando no «interefse particular» não Bem mui bem, Fr, Vital 1
A imprensa 6 a humanidade, ( a cons- temos o menor receio de levantar bem alto Balei de rijo nessas faces para ver se corão.
ciência pronunciando o seo voto. nossa voz—porque desde, já os factos come- E quando estiverdes com o « padre santo
O acto impepial á condemnado pela çao a comprovar a no*sa convicção de que dizei-lhe o que isto i, quem ií o povo brazi-
«pinião publica, o chefe da nação foi de íiau foi nenhum interesse tle ordem publica leiro e do que precisa elle.
encontro ao desejo do paiz e pois cumpre que dictou a chamada «amnistia.» Pedi ao «santo padre » uma bulla restau.
á maçonariaoeiitar em seusannaes mais Mas—para vergoulia nossa e também para rando aqui o «santo^ofScio;
uma victoria. castigo nosso bem merecido—esses mesmos Mamlae levantar altas pyras com lenha car-
As lutas da humanidade são as da ma- cidadãos, que em virtude de nossas leis forão regada pelo governo imperial a titulo de—pe-
.çonaria e se uma triumplia, os louros julgados, sentenciados e t-oiuleinuaJo.-, c pe- nitencia;
ran:e us quaes no.-, supersticiosos, estúpidos Queimae nellos os poucos brazileiros que
cabem a ambas. e sen. digiiidàdp, nos ajoelhamos pedindo per- tentão' defender sua autonomia nacional dos
Companheiras nos combates, uma re- dão pelo « pasquim » de \"i de Setembro, já ataques que é dá ambição dos granadeiros ro-
presentando a oulra, as glorias reparti- nos detão com o tal papel de « amnistia « no manos,
dasásduas elevão. rosto, e nós não coramos! c d°rào nos bem de E com os restantes, que não serão poucos,
Na questão episcopo-maçouicaotri- rijo esmagadoras bofetadas coin o titulo de plantão aqui definitivamente o governo dos
umpbo esteve sempre do lado da grande « pastoral, » datada de 24 dc Setembro, sob o frades romanos—a chamada theocracia.
instituição; e quando se pensa que uma signal das armas de Fr. Vital! E viva Pio IX, nosso rei absoluto!
derrota lhe veio assignftlar a jornada 6 Ornando os apóstolos liverão armaduras como ( Da Família Maçonica. )
du os fidalgos do antigo mundo com que oChris-
justamente quando o pronunciamento to acabou?
opinião lhe canta uma victoria. 24 de Setembro! Anniversario dainortode Reconhecimento ao homem de
A imprensa, interpreto fiel da vontade Pedro 1! bem.
do paiz, condemna a amnistia dos bis- Que oraíáo fúnebre indirectamente lhe en- O Sem-' Augusto César da Silva,
en-
pos criminosos: e pois a maçonaria direça 1). Vital!...
Teueute de marinha, restituio-me
cara a cituação como a vencedora q' não Mas—de quem com mais razão se quixarião
marca por desastre os seos combates mas os manes de Pedao l: de D Vital ou dc D. Pe- hontem u quantia de 50$000 reia,
sim por benefícios. f dro II? "lhe dei em um troco
Se triumpho quizerem appellidar ps Ah! bem diz D. Vital nessa pastoral: qne de mais
servos de Roma a amnistia dos seus bis-
<t . , . a virtude é ludribiada e opprimida; o
vicio alTagado e galardoado; a justiça amorda-
que fiz auíe-hontem na Thesouraria
de Fazenda.
pos, que o facão. cada...
A mafonaria e o paiz assim a não Inverteu-se a ordem das cousas, trocou-se- Assim obrando, c tmprio o dever
podem considerar lhes os nomes! de homem de bem, e por isso mes-
Significa ella a puzilanimidade, o atra- E D. Vital tem razão!
mo e louvável o seu procedimento
zo, a predileeção pelas trevas. Acautelem-se os brazileiros : nem se admi-
re quando reappareccrem as fogueiros- da in- e digno de meu reconhecimento :
A imprensa brazileira a condemna por
liberdade, quer o quisição. dispense poi, o distineto cavalheiro
que tem a coragem da A nossa independência nacional—ear uma
avantajamento social e açoita a escuri- burla; que"28eu publique a sua acçao.
dão para dar livre passagem á luz. Nosso legislador—é o sacro collegio; de Outubro de 1875.
Nosso rei—é o santo padre:
Nós mudamos de senhorio porque nosso a- Odorico Antônio Pereira Barreto.
A pastoral do Bispo de Olinda. mo nos vendeu.
"em Sim rijas u& tiofeUcla-^çqm que Fr. Vital
De precipício precipício diríamos
antes—de disparate em| disparate, a sabedoria
castiga a nossa falta ue .dignidade nacional;
são rigas mas bem merecidas.
Pergunta-se
imperial foi deixando-se engodar' pelo gênio Mas, como ainda haja alguma cousa de Ao Sr. Vigário d'esta freguesia, a quem
traiçoeiro que o aconselha. braziteiro em Fr. Vital, elle não pôde deixar
E por isso cahio inqualificavclmento no ver- de envergonhar-se á vista do procedimento pertence o archivo muzical que se acha
na sua igreja? se ao Sr. Vigário, ou á
gonhoso decreto que, vendendo a autonomia sempre incoherentc do governo, e por isso
corporação muzical, qne tem dado seu
brasileira ao déspota que substiuc gojo em Ro- diz etle na pastoral :
jna os nefandos imperadores de outr'ura e que se « Mas, ai I não podemos exultar i contingente f
appellida Pio IX impellio os brasileiros, que so f Longe, bem ionge está o nosso prazer de Aguardamos a reposta.
em ser aompleto: negão- se os nossos lábios a en-
julgavão cidadãos pela constituição juradaa cu-
1884, a esperar resignada as ordens que toar cant;cos de júbilo, recusa-se nossa lin-
ria romana lhes qneira dar por intermédio de goa a modular hymnos de exaltação.» Typ. ra Liberdade—bua di Santa Lo*
«eus legitmos representantes nesta terra, os bis- E depois daste pequeno preâmbulo, Fr. Vi-
pos de Olinda e do Pará. tal, eompenetrando-sy mais do papel mes- zia.

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