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Secretaria Geral de Educação e Cultura

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A FRATERNIDADE
Asisigriiatur i I*iibli«r. çno
..--,—-.££t=2~~

Por anno 10000


Per seis mezes 6000 JOSjJÍAXi MAflOTICí). Aos sulibados

Mu 0*1
Anão I Aracaju !» de Outubro de 187K. Numera t íj ;t..«. o
X JJ
íl FEA^EBHISABEi traçaram como ideal supremo para o tra seria admittir o bem e o mal, cair
a '^>
homem n'esta vida o estado de cadáver, n'uma espécie do manicheismo,
perindt ac si cadáver. Eis-ahi a posição om que estão col-
O que queremos locados os catholicos, eis-ahi a razão do
Para isso dispõe elle de uma organi-
antagonismo, ,em cada paiz, entre as
Estranho espectaculo apresentam, ha zação admirável e única , por meio da
catholicas o o sentimento
alguns annos, os paizes com populações qual centralizou, por assim dizer, to- populações
nacional. E fácil 6 demonstral-o.
catholicas. d s as ideas e todos os se-itimentos dos
De onde provem uma das maiorss
Vencido cm seu poder temporal que, que se habituaram ou se rezignaram a
aliás, na Europa e no XIX século, pôde ver no Vaticano a única porta que dá
difficuldades que se oppoem a reorgani-
"í d'osse
conservar até o anno de 1870, dir-se-hia entrada para o ceo. Foi a essa grande saçâo da Franca partido ultra-
monlano, ainda infelizmente muito for
ainda é grande obra
que, para mostrar que quo pòz remate Pio IX, uo dia em te. c>
sua acção no mundo, o papado ateia por que foi definida sua infallibilidade que. antes que a nobre vencida
toda parte o incêndio. catrizass-j as feridas de que em grande
em matérias tomporaes como om quês" causa miu
Estamos em tempos de lutas reügio- toes de dogma. parte fòra elle mesmo
de uma
sas, sinão tão perigosas em suas couse- querido lançal-a aos asaros
Cumpre bem precisar este ponto: o contra a sua única aluada pos-
quencias immediatas quanto na epoeba catholicismo de hoje não é simplesmen- guerra esses legitimistas in-
silvei—a Itália. A.
em que o padre e o carrasco, assim co.
te uma forma para esere sentimento do transigentes, que são sempre os mesmos
mo o dogma e a fogueira, vinham um
infinito, dignidade e grandeza do ho- que nada aprendem e que nada esquecem,
depois do outro , não menos graves para
mem esoriptas pòr Deus no seu cora- inem o sábio e patriótico governo do
aquelles que acima de todas as liber-
ção; é elle, antes! do que isso, uma Sr. Thiers, nem a politica moderada do
dades coliocam sempre a liberdade de
doutrina social, uma doutrina politi- marechal Mac-Mahon, noin mesmo o
consciência.
ca, uma douotrina scientifica e ate mes- governo de combale do duque de Bro
A. lgieja Catholica. depois que setor-
mo uma doutrina industrial. Basta glie pode ram convir, desde que não fi-
nou victoriosa no mundo romano como
ler o código do* anathemas sobre a civi- seram correrem os exércitos a racou-
imperador Constautitio, seguiu a teuden-
lisação—o Sj/ÍZaòws, para verificar-se que quistar o poder temporal- Os ardentes
cia í.ivariavel de todas as religiões tri-
sobre todas as espheras por onde se ex- defensores do altar è do throno esqueci-
umphantes, fez-se, por sua vez, persigui-
a iutolligencia humana Roma in- am-se simplesmente de que um novo
dora. Se quisermos considerar a reli- pande
desta pa-
tervem para condemnalr. desmembramento seria para a França a
gião na excellente expressão conseqüência de tão in
lavra, poderíamos dizer que a Igreja Ca- N'esse trabalho de absorpção, u'essa mais provável
sensato commettimento.
thofica deixa de sel-o, sempre que , es- faina por tornar-se a única cabeça que
uma Na Allemanha o conflictojem aprt»-
«^uecenda^stta-mi-wãwtespirittiaJUjjaíiSli-r- pease-a o unka«soj-ação q*e-sintaT
sentado um caracter ainda mais agudo-
tue-se simples poder temporal , domina- idea parecia ter escapado ào senhor ab-
longe de nós fazer a apologia do
do por impossíveis ambições-. soluto das almas—a idea da pátria. En- Muito
mesmo celebreministrocuja politica é a realisa-
E' uma lei fatal que todo poder em tretanto, amar e obedecer ao
civis, a ção do principio por elle mesmo formu-
mãos de homens procura sahir fora do tempo a Roma e aos poderes ap-
ministros que fise- lado—a força vem antes do direito, ou
sua orbita natural, e a historia do ca- esses reis ea esses todas as medidas violentas com
a auotonda- plaudir
tnolioísmo melhíBf que asnhuma outra rai» oudeiieM^n.sosobrar
tem elle procurado resolver a-qncs""
o prova. Estudado sob a feição ultramon- de temporal do papado, que coisa mais que
tão entre o Estado e o clero, mas nin-
tana, da qual cada dia todo elle mais impossível t Si o dogma daiufallibilida"
estender guem que aprecie os acontecimento*-
se aproxima, não é temeridade aür- de faz a auetoridade pontifícia
des- sob o pouto de vista do patriotismo at-
mar que nenhuma religião mais do se sobre tudo, si é direito do papa
lemão, hoje que a unificação é uma as-
oscatholicos do juramento de fi-
que elle procura em si absorver os cren- ligar
nacional, deixará de julgar mui-
tes. O brahmanismo fazia o homem delidade aos governos, si esses gover piração
de uma na- nos são quasi todos actualmente ini- to equivoco o patriotismo dos que a
quasi que suecumbir diante Mas, pense-se oomo
de Roma, esi, outro lado, contrariar.
turesa grandiosa que o esmagava,porque migos por querem
é a ser apa" si o conde de Bismarck 6 um
elle não podia comprehendel-a; certos Roma primeira pátria por quizer,
tria espiritual, hesitar entre- ama e ou- grande homem, elle havia de deScohrir
eathoücos , porem, foram mais adiante,
A FRATERNIDADE

a meio pelo qual o clero ultramontano guem que devemos amar antes de tudo acção moral das próprias doutrinas, e
esobre tudo -e a pátria; queremol-a pelo exemplo de seus apóstolos.
se sujeitaria a prestar obedieucia as t^hai para o mundo profano. Essas
leis oivis. grande prospera e livre. legiões de soldados que se batem entre
Em suas mãos estava o argumento Repeti mol o : o partido ultramontano as nações; que derramam o sangue da
ou a escola ueo-catholica á hoje o adver- humanidade ; que saqueiam as fortunas
inveuoivel, o calcanhar d'esse Achilles alheias e mancham a virgindade das
i a bolsa, bem elle o sabia. Effeitos sario intransigente de todo progresso, donzellas, são guerras monstruosas mo-
milagrosos vai produsindo a suspensão d'esse espirito de liberdade que desde o vidas por usurpações, ou por mero ca-
das congruas; Pio IX já aconselha um fim do século passado 6 a base mesma pricho ; uns e outros não disputam pelo
das sociedades civilizadas; maior ini- justo, é pela vaidade e pelo orgulho.
pouco mais de moderação. Olhai ainda para esse poder espiritual
Até a grande ilha, que goza tão paci. migo não toem áquelles a quem o patri- que lança interdictos e eA.comtnunhòes
otismo fizer o coração pulsar no peito. contra homens pacíficos que cumprem
fiua de suas instituições liberaes, estre- um dever do ceo; são fructos de um so-
tnece com os perigos da invazão ultra- E' entre estes, entre os que no paiz nho de conquistas desarrazoadas, são os
montana. Um homem notabilissimo, ha tentam levantar uma barreira aos com- usurpadores do poder temporal, que
metlimentos ouzados da seita obscuran- cheios de raiva insultam a religião do
pouco primeiro ministro, ao deixar a Cruxificado.
direeção do governo e a do seu grande tista, que a Fraternidade vem pedir um
lugar modesto. Mais do que Christo ninguém soflreu,
partido, tem consagrado seus esforços a porem nem Christo, e nem os Apóstolos
denunciar o mal com qne o Valieanismo Um pensador distineto, o Sr. Alber- lançaram iuterdictos e excomnianhões.
ameaça a Inglaterra. A grande repercus- to Réville, terminou com estas palavras A religião do Cruxificado nâo precisa
um escripto, recente: da mão de Cezar para protegel-a,,nâo
tão que tem tido o grito de alarma le. necessita das maldições que partem do
vantado pelo Sr. Gladstone prova quan- « Haveria para as igrejas da Europa Vaticano e espalham o terror pelos fie-
to são legítimos seus temores; todas as um perigo maior do que o que is, não precisa desse código de mios
snbtilesàs da casuística não consegui- correm persistindo em ser intolerantes, preceitos chamado syllabus, que su-
seria o de se tornarem intoleráveis. » pita a consciência do homem, e o reduz
rão demonstrar que o reconhecimento a raachitta, necessita unicamente que
da nova organisação que os ultramon- A religião que pregam no Brazil os seus ministros, revestidos de saber, pru-
bispos aranistiados e os que os acompa- dencia e virtudes, ensinem com verdade
tanos pretendem dar a Igreja romana e pureza tudo quanto Chrtsto deixou
não se tenha tornado incompatível com nham não 6 por certo o christianismo ; dito.
alieis do Estado. como quer que seja, porem, á força de Felismente a Maçonaria se acha ga-
Mais atrazado que esses paizes e quasi intolerante, tornou-se ella intolerável. rantida, e fora de qualquer questão.
Ja era tempo que u'esta provincia a Os Padres Jesuítas querem governar
todo catholico, o Brazil parecia offere- as coisas do ceo e as da terra, querem o
reacção leberak tivesse um órgão !
cer terreno prospero para germinarem espiritual e o temporal; mas como este
as. novas doctrinas. Também a arrogan- está entregue ás potestades deste mun-
eia dos prelados brazileiros nâo acha do, e estas não se deixam esbulhar de
Por uma lei da Providencia o ho- seus direitos, com ellas, e não com uos-
precedentes. Animados pelas constantes mem necessita de luota para desan- co será a fuuta.
hesitações de um governo, que n'esta volver-se. Quasi todos os homens que habitam
questão só se tem sabido mostrar fraco Assim como é o hemem, também são este globo são Maçons, e todos estão su-
e contradictorio, e cuja política se aca- as nações. geitos ás leis civis e criminaes.
ba de coroar com esse acto de incrível Para que os Jesuítas ponham estes
A Grécia exaltou-se pela guerra de homens fora das leis que os regem, i
humilhação—a amnistia, não vemos es- Tróia, Roma por suas conquistas, a Eu- preciso que os governantes consintam
tes pseudo-martires, em cada palavra que ropa antiga pelas cruzadas, e a Europa ua usurpação de sua antoridade; e como
moderna pelas batalhas napoleonicas. nenhum governo, por mais inepto que
proferem, contrariarem as mais ardentes seja, se esbulha de seu poder, a Maço-
aspirações nacionaes? Porque,—não A Maçonaria, porem, nem éoomo o naria tem um defensor nato que a pro-
aos illudaroos,—nâo foi aMaçonariaa homem, e nem como as nações que ne- tegerà.
causa da luta, sinão o pretexto buscado cessite de lucta para desenvolver-se : Pelo que levamos dicto se vê, que es-
'de ella nâo representa a matéria inerte, tamos assas garantidos para não temer-
para a declaração guerra ao espiríl mas sim a parte activa que a dirige. mos as qm xotadas dos Jesuitas, pelo que,
to moderno n'esta parte do novo mundo. a nossa missão será de paz e concórdia.
Os Brazileiros oecupamos uma zona Desde o século 8° os tyrannos lhe mo-
vem guerra brutal, mas a -Maçonaria, Não se assustem, pois, os Jesuítas
do planeta como nenhuma cutrahaao com a apparição deste jornal; nós mar-
longe de empregar a força material para charemos pela linha recta que nos foi
mesmo tempo tão vasta e tão fértil, • rejjelbr seus adversários, fugia de seus traçada, sem nos importar com os seus
para que não nos mostremos indignos I erseguidores, recoucentrava-se nas gru- desvios, que só contra elles e suas pre-
d'csse thesouro, preciso é fazer brilha- tas,'__—e vivia eutre as feras,até que • a ac- tenções ttará tejjm-ei^onsequen^js..
¦¦¦'iiitrfltlrf../' .,,,. ¦— i ¦ tmii V„ i«,»m« Sr. i IM»i»»p~*WB
rem as riquezas que elle encerra. Uma çao dos tempos viesse em seu tavor. Mas como algunsvTgarítfir' do interior
coisa só, porem, engrandece as nações Este exemplo de braudura e modnra- estão esquecidos de si, e de seus deveres,
e lançam a perturbação no seio dos po-
como eleva os homens—é a liberdade. ção vimos eib Christo, que podendo pôr vos de sua jurisdicção , não podemos
Sem duvida a religião é o nosso mais em acção legiões de anjos em sua dele- prescindir de um ajuste de contas, pa-
nobre sentimento e a primeira necessi- ra, fugia da presença de seus persegui- tenteando os seus erros, e chamando-os
dores, e reprehendia a Pedro por haver ao cumprimento dc seus deveres.
dade para o ser moral; sem ella, como Oxalá que a lucta Jesuitica cesse de
cortado a orelha de Malco.
disse RoyerCollaid, a vida seria sem ora em diante, e que os Bispos agracia-
dignidade e a morte sem consolação. A Maçonaria não necessita de lutas dos pela generosidade do Ira perante,
Mas a religião tem seu objectivo no ciso', para desenvolver-se, porque ella desem- deixem por uma vez de agitar o pacifico
a neste mundo em que vivemos ha al- penha os preceitos de Christo, e os pre- povo brazileiro, e que a paz religiosa
ceitos de Christo só so propagam pela produsa o socego das famílias.
SOU ¦ - ¦ A FRATEBNm.VDE

NOTICIÁRIO Em quanto alguns Vigários impru-


dentes aterrara o facho da discórdia, o TRANSCRIPÇÃO-
~
» Kvin. Vigário da Capital soube manter-
ISTERPEIXAÇÃO SOBHE A AMNISTIA—TtiVI' lll «-> dtgmraeute, sustentando as O perdão dos bispo*
preroga-
gama câmara*dosdeputados, no dtit'21 d;i pai- tivasda Ig.eja, e respeitando o espirito
sado, a interpellaçãj «anunciada poln Sr. t,'I- religioso .io seus Trazem-nos as ultimas folhas do Brazil,
•feira Martins sobre a amnistia concedida aos parocliianos recebidas, a noticia qüe corria na capital o aqui
bispos dr- Olinda e do Paru bem como aos sa- lião _0 que é certo é que,em quanto muitos bo-
cerdotes rondemnados oa envolvi dos em pro- soiTrido vexames, perseguições, e até ato que o Imperador pretendia perdoar o resto
do tempo da prisão a que foram condemnadoi
cesso por motivo doconflicto religioso. privação desoecorros espirituaes, nós te- os dous bispos de Pernambuco
Os dois eloqüentes discursos que proíiriu o mos viv.do tiaiiquiiljs a sombra de uma pordío devendo ser cor.cndido no o dia do Pará o
illustre deputado ainda"nào os trazem as íotnas, pa/ benéfica. nus da Prmceza ImperiM, emfim de Julho* dosan-
mas sabcü-os por cartas e por uma bgueira E, com eileilo, como é que se expelle acçresceutava-se que era a «
noticia do Gluho que havião produz d.i yran- da casa do àeuho»" aquelles, Princeza pedido da mesma
a
que piocu- que ia ser concedido o mesmo
de effeito sendo o orador interrompido por ram "? Se comelfeito verificou-se essa noticia,perdào
- constantes , salvas de applausos das galerias que o fa-
A missão do Padreó outra mais nobre cto 6 altamente humilhante para os braziieiroi
o victoriaram sobre tudo quando referiu-se e S° glüfià0 dahberdade
aos perigos com que emeaç.iva o paiz ofu- glorio-a, ó a missão civilisadora que l\c d iue já hio'
turo reinado de uma piinceza fanat>sada, qun tende a unir a espécie humana, e ele- Eis" aqui utn paiz catholico e apostólico
parecia querer prejudiai-o pelo modello de val-aá altura para que Deus a destina- mano quo, de muito séria apitado, ro-
Maria-a doida, d'5 Portugal, a qual com um raf é a missão quo leva a escoiijuraras atravessar uma crise muito melindrosadepois da
traço de ponní destruiu a grande obra do lempesiades e as perturbações sociUes, estava compromettida a fé religiosa de em <roe
roarquez de Pombal. seus íía-
porquanto o Padre, quaudo revestido de oitantes, chega á conclusão que as mais graves
todos razoes de. Estado pediam o julgamento dSs bis-
Gaxcanelli—O illustre grão-mestrc da Ma- biime os predicados itiherentesá seu su-
cargo, é o mais apto de todos os T,Lí°r lnfra-Çâ0 do suasleis- Poucos mezes
çoPar.a, o Sr. Saldanha, continiía os artigos homens depois annuiioia-se que todas essas graves ra-
com que tom na imprensa celobHsado esso para realisaros destinos da huma- zoes nao existem mais, e dn facto nuuca existi-
nome j í tão notável na historia do passado. nidade; assim como levará os povos á to- rao, pois o
O ultimo desses artigos è a expressão da dos os vícios, erros e crimes, se desço- perdoar os condemnados poder moderador, intervindo, vai
indignação que produziu na maior parte do nheoeiido os dictames de Christo, seguir desapparecido as difficuldades nào porque tenhâo
. paiz o decreto do amnistia. ou por alguma
acstiada traçada por Beizebut. outra razão de Estado, de alta ordem, mas sim-
D. antonio—Os catholicos da Bahia recebe- Agora que lelismenteos poderes espi- plesmente porque o Imperador deseja agradar
• ram com mitnifeslações esses a inartyres da ritual e temporal estão conciliados; ago- a uma senhora de sua familia ! Os iefuitas
fé, o Atlianasio brasileiro, Refere-nos pessoa ra que vamos sahir do pelago de tan- que escravisarào a seus fins a ex-imperatriz
bUGENiA o a ex rainha Isabel, devem realmen-
que presenciou que parte das senhoras balii- tas desordens, e entrar no estado tior- te orgulhar-se o boato era verdadeiro 1 de
anas ajoelhara-se ao avistar D. Anlonio. O mal, quem melhor
procedeo? Aquelles que as cousas (se lhes correndo
qae não farão essas piedosa» senhoras quan- que negaram os sacramentos da Igreja pessoa da fuiura imperatriz bem quanto i
do
do « D. lzabel for rainl.a? » aos que pediam, e expelliram da caza perdão foi comeffeito concedido Brazil.' Se o
D. Vital—Disse o » Diário do Rio » que o de Deos os qne a procuravam, ou aquel- vo, os liberaes do mundo civilisado, por este moti-
Sr. bispo de Olinda tcnctona retirar-se do im- les teressao pelo nosso piiz , devem estarquecuriosos se in-
que, como o Revm. Vigário José de
perio por algun tempo, aecressentandoa « Na- Luiz d'Azevedo, saber como í os brazileiras recebem es-
ção » que antes de seguir viagem amnistia- dencia e disceruiineuto"? procederam com pru- te que
rá as irmandades e confrarias sobre que lan- jugo do governo « pessoal», esta influen-
O Padre de bôa fá sabe, que a Maçouo- verno, cia indébita de motivos de familia no seu go-
çou « intcrdicçào. » ria não é uma associação cie atlieos , pe- esta nominalmente constitucional e livre
Troca de dioceses—Refere o « Globo » que lo contrario, politica de senhoras da corte uuma « mo-
cOTia noscirtulos mais olevados que o bispo nella nao se admitte no- narchia de casaca » que, diz o Sr. Alencar
se
do Ceará permuta com o de S. Paulo: ;o bispo inem algum que não seja religioso. deve seguir « du cabeça e coração » e não « de
Lacerda vai A Maçouana tem por basesfuiidamen- joelhos. >a
para Minas; D. Vital vai para Não fallarotnos mais sobre este ponto, que a-
Mar; nlião; D. Saraiva vai para o Rio ileJa- taes o amor de Deos, da humanidade,
neir.: o bispo do Pará vai para o arcebispado da pátria e da familia. final é apenas um boato get altnetite crido A
da Bahia. Dezia-se mais que Frei Saturnino Seus fins são: a propagação dos co- imprensa deve ser cavalleirosa em nào fazer
ia 'para Pernambuco e o conego Fonseca uhecimeiitos tendentes a desenvolver a grande cabedal de erros que os fuaccionanos
lima para o Pará. moral universal, a pratrica de todas, as zemos públicos vão commnttor ; no que dissemos qui-
formular desde já um forte con-
Mez de Maria.— Terminaram os virtudes, o melhoramento da condiçãy tra o pretendido motivo porprotesto que por ventura
importantes lestejos dedicados ú Sautis- social do homem pela instrucção, pelo os bispos iáo ser perdoados.
sima Virgem. traba lio, pela proteegão e pela benefi- Mas, á parte esso motivo , cremos
De anno par annoaugmenta a solem- ciência. mesmo perdão concedido agora e sem que oo
que
nidade destes festejos, pelo esmero dos Ura, desde que a Ma.ouana procura governo tome outras medidas para prevenir ul-
teriores conüictos episcopaes com o Estado é
ofEcic* divinos, pela conourrencia popu- realisar tão uobres fins, queos uieios a um crime de lesa
lar e pela sincera venerarão dos fieis. empregar são: a liberdade de conscieti- doa a politica. Por mais que nos
prisão de quem quer que seja, sobretudo
Todo aqueiieque, meditando bem, e- cia, e a expressa probibição de contro- a de dous homons illustrados e virtuosos como
Jevar a sua contemplação ao Caivario, versias em rnaieria religiosa e política, os dous bispos alludidos, a liberdade de consci-
<aí.de o Filho de Deus consuuiinou o por quanto a historia antiga e moderna encia e a soberania do Estado sofireráõ um gol-
maior da todos o» sacrifícios pelo resgate provam exuberantemente, que dessa dis- pe muito violento se nas actuaes circumstancias
dos homeus, sem duvida, se alegrará oussão nasce a 6soandecencia da razão, forem soltos aquelles prelados. Não se trata de
uma questão poesoal, mas dos princípios funda-
muito vendo o merecido tributo que na desia resoluta a paixão, quo cega o in- mentaes em
terra se prodigalisa á Mulher Bendicta, turece, e por ultimo vem a guerra, o independência.queEsse assentão a nossa liberdade a
servio de sacrario do derramamento de sangue e a desunião perdão serã a completa
que Deus eucar- desfeita do Brazil no contlicto que o vaticanis-
nado. do homem. mo levantou,—é a rendição irreservada de nos-
Be a ilaçonaria ê. reputada anti-chris- ?a dj^nidade ao gBB»U» Roma, em ueme-fegv
tâ "pSfiJue admitiu em *p-i seio homens" Tgnobe«»4a*9çonceitos que os jesuítas qí/srem
do todas as crenças religiosas, então a elevar á cathegoriade «Religião » ; é, emsum-
Te-Deuni Bíblia mente, quando nos a prezenta a "ia, um iusullo immerecido á civilisaçãó do
No dia 26 rio mez passado, depois da mulher t-aaauea, a Saiuaritana, e o Cen- Brazil.
missa conventual, houve um Te-Ueum turião romauo obtendo do Divino Ales- Em nossa opinião os bispos forão condemna-
•olemiie, em acção de Graças ao Todo tre as mesmas Graças dosjustam»nte. O Supremo Tribunal de Jus--
concedia aos
Poderoso, pela liberdade couc..dida ao» bous filhos de Israel. que tiça cumprto o seu dever, applicando
penas a
Exm. Bispos de Pernambuco e do Pará. casos claríssimos de infracçào de leis escripta»
Muitos virão do Oriente e do Occiden- do Estado. Mas, uma vez os bispos
Antes de principiar o acto solerune su- te, disse Jezus Chri.sto, e asseutac-se-hão vião ser «immediatamente presos, de-
» perdoados pelo
bio á Tribuna sagrada o Revm. Yigano á meza com Abrahão, Isaac e Jacob no poder moderador. O
José Luisde Azevedo, quo muito se des- remo dos Ceos, e os filhos do Reino se- mais de uma vez, devia governo, como dissemos
ter logo comparecido
tmguio, nâo s6 peío luminoso discurso rão lauçados nas trevas exteriores. a asssmbléa geral com um projecto de
que p«-oferio, mas ainda pelo e*piriio tíe quizerdes condemnar a M&çouaria, Íierante
ei que removesse no futuro as complicações
conciliatório com que se houve em mo- estudai-a derão lugar á condemnação dos bispos,
primeiro, eücaieis confundi- Suepoder executivo,
iinento tão melindroso. dos. que tem a obrigação cons-
titticional de propor a legislação que se faz
A rnATERHfIDA»E

necessária para a manutenção da honra e di- Aglutinado sos pés do Caucaso nevoso, vós, que resuscitacs, herdes do Carthagena,
gnidade nacionaes, devera ter dito ao poder Co'a a águia vingadora etn torno a voltear, a Hespanha fraca e vil dos tempos de Godoy ;
legislativo:—« Dous príncipes » da nossa lgre- minoi-avâo-lhe a dôr, no transe angustioso, e fazeis sueceder, da historia na ampla scena,
ja olfiral, no comprimento de seu dever es- uma só luz a esperança, uma só lyra—o mar t á fogue*a o petróleo, o ao Santo-OlHcio Alcoy;
piritual transpassarào a sua província e toca-
rão no que e excluzivaroente temporal, e isto Gemia o mundo escravo! O servo,o ilota,o pária mentis,, quando invocaes a auréota divina,
o íizerào sobre ludo por mantemos a religião sentião sobre o collo ignota maldição ; que d« sacro esplendor cingir-tne a fronte vem..
delles como a nossa, official. Esses « princi- e entanto longe, ao longe em rocha solitária, Sou a fraternidade, e vós a guilhotina...
pe> » forão prezos o parte da população os de um suplício cruel brotava a redempçào ! Vós sois o crime e a tréva... Eu soua a luz eo
voncidera martyres da fé , abalando'assim beta
o respeito devido «o governo do Estado, cuja Toldava um céo brumoso a lugubre montanha IV
missão fi, não perseguir, mas asspguraro ex- , Pendia moribundo o Justo de uma Cruz!
ercicio da (é de cada uni. Ora, como o castigo Masque vejo...Quando eu sinta
E entre as nevoas- do horror, não sei que aura- u'alma o golpe da anarchia,
dos bispos nâo os amedronto a elles mesmos ra estranha
nem aot outros, a questão só pode ser solvida solta a velha tyrania
enchia vagamente a fronte de Jezus '. novo canto triumphal...
com a remoção da alliança que existe entre a
Egreja e o Es! ado, com legislação- nova acerca Eu librando-me então nas azas refulgentes, Chamou-te o cheiro de sangue.. -
da garantia que este deve dar aos credos e o- Sentiste ns carnificinas... >
pairando cm torno á cruz.ao Martyr pude ouvir: Ave ignóbil das ruínas.., , .
retpeito que, a seu turno, estes devem terpa- .—Vae, pomba do Calvário, apóstolo das gentes,
ru os direitos do Estado soberano: eis, solta o verbo do amor aos echos do porvir! Lodo-que ergue o vendaval... ,-
um projecto de lei. alterando essas re- Lugar ao rei...Deos protege-o...
ações. No entretanto, como os bispos de Per-
Íiois, —K's homem—diz ao escravo; e aos reis,—Sou ]
nambuco e Pará forão condemnados nodomi- Vem pela igreja—úDemdito...*"
a justiça Como ouve a. missa contricto
nio de regimen que, o que estamos vendo com ao pobre: Sou a esperança!—e ao rico:—a ca- do incêndio á rubida luz...
os nossos próprios olhos não só aqui como na ridade: Põe as mãos, e queima aldeias...
Allenianha, na Suissa e outros pa;zes, demons- aos tristes :—Sou a fé I e «o povo que na liça Rezs, ajoelha e assassina...
tra ser uma alliança absurda, adultera e liy- aos déspotas se curvai—Eu sou a liberdade í Tem por missal—a clavina,
brida, havemos proposto a Sua Magestade II por pregador Santa Cruz.
que perdoe as pencas a quo forão -justamente
condemnados segundo as leis actuaes. E fui tEra só tréva, e lama,e sangue, o império! Travou-se a luta suprema...
Essa era a única politica rasoavel que so- O povo tinha o circo, e o throno araturnalt E' noite... a peleja ardente
gliiria em qualquer paiz uno- ministru menos Entre a flauta de Nero, e os sonhos de Tiberio, inflama o rio, a torrente,
tímido que o Sr. Visconde do Rio Branco. Mas hesitava convulso o rir de Juvenal! fragas, serro, brejo e váo...
nós no Brazil nunca fizemos cousa alguma Luz do dia, luz da idéa,
completa. Nosso espirito é versátil e indeciso. Chamei, para insuflar a vida ao mundo velho,
do Norte o vendaval, da catacumba a luz ; brilhas emfim, vencedora^ ij
Venulão-se profundamente as questões pubh- aqui—nos raios da autora,
cas, umas quando cliHga aoceaziào dc «obrar» as canduras sem nodao—o bárbaro, o Evan-
lá—nos canhões de Bilbao...
esqu centos os seus rudimentos. Na questão gelho I
eccleziastica, o governo contentou-se com ame- Trazia ogodo a espada e o christianismo a cruz! Nào vences náo despotismo....
aças em publico e com presentes ao Papa e aos No pó do capitólio ergueu-se o santuário 1 Una-se a coroa ás ropetas,
bispos em particular. Apezar de todo amor Mas ai t mudou-se em throno, o que nascera chovào nas Ímpias bayonetas
dos Yankees pelo chamado idolo Dollar, os altar; as benção dos cardeaes...
brazileiros se avantajào sobre elles na fé que a nutra em diadema, em gladio o breviario, Vós tendes o Vaticano,
tem nas inscripções de algumas-de suas moe- e o límpido Jordão emsanguinoso mar! nós a luz da consciência,
das: «In hoc signo vinces, »—ao menos a jul- que emana da Providencia,
garmolo pelos seus presentes aos frades de Sumio-sc no oceidente a estrella dos reis magos sem bullas pontíficaes...
Roma e pela sua politica do Rio da Prata. Nâo Brotou sinistra e rubra a luz da inquisição t V
te fez o que a simples prudência recommen- E o apóstolo a pregar—morte, ruina, estragos, Mas, se as vis reações, puderem, de sorpreza,
dava fazer, o que os próprios chefes ullranion- transformava em blaspiiemia-a eandida oração! na arca santa ensangüentadas mãos,
tanos da Europa já estão reconhecendo será ampejo o gladioá luz,.. Troveje aMarseleza...'
Íioisar
solução possível ao problema da Egreja e do Ao rei...ungioo Deos! Respeite-se o tyranno!
Curve-se a humanidade á lei sacerdotal!. Erguei-vos, liberaes... As armas cidadãos...
Estado. O resultado é o que estamos vendo.
—E' chamado á administração do Turcide o jejuita o pensamento humano !
que concer- b" Fel.ppc o coveiro, e a campa o Escunal!
Más não, não larga o mocho a treva protectora..
ne aos negócios ecclesiasticos um ministro de i- .Não volta a humanidade á sombra sepulcral...
déas reconhecidamente ultramontanas, por. mui-
tos annos professor do tal « Direito ecclesi- Aqui—sombra gigante—o ímpio Torquemado! E o anjo do progesso, a flutuar na aurora,
Alem—dobre íunéro—a Saint-tíartelemy ! desenha dó porvir o sonho triumphal...
astico» no forte massiço do ultramonlanismo
brasileiro. E como conseqüência disto já se falia A radiosa fé, em torvo algoz mudada! Irrompe um mar de luz ¦ nos penetraes doiB«
—Velando a face etherea, ao mundo então fugi! ferno...
de perdão dos dous bispos presos, o que. sem
ullerior legislação, quer dizer que forão baldados Mas um dia voltei, aliciando de sorpreza I jSobre rotos grilhões impera a lei do amor...
todos os esforço.» anteriores para se assegurar A minha voz, emliiu, dois echos encontrou! ,E a humanidade entoa em ágape fraterno:
a soberania tio Estado, o qual deve agora por- —Hosana a liberdade... e gloria ao Creador...
um cântico Ue um lado—a ardente Marseliiezal
ventura curvar-se á Sua Santidade e delle re- e do oulro um rugido—a voz de Mirabcau l
ceber em cihcto e einza aquella magna-car- Pí.NHEluo Chagas.
ti da «liberdade» moderna,—os decretos do O immenso dramma ostenta, a par do horror, a
Vaticano. gloria!
Soltos os bispos e conservado o « statu Do crime ao heroísmo um curto espaço vai!
Revolve a espuma e a per'la o temporal da his-
ÍY3SB
quo, » resta que o governo despache para Ro- toria!
ma algum embaixador especial com bastan- iVug-.- e Sob*.- Loga Cap*.*»
tes esterlinas e que, como Jacob ao ir encon- Surgi a lei nova á luz dos raios do Sinai! CoXlNGCIBA
trar-se com Esau' no campo de Edem, diga:
« Eu applacarei com os presentes que vao O terror era o crime, e eu fui a epopéa l
adiante e depois o verei. » Nas pregas lluctuoi da signa tricolor... _ Pela Secretaria d'esta Aug-.- et
o Do Noto Mundo. » E o inundo percorri,bradando: —Eu sou a idea.. sob.*. Loja, se convida a todos os
Aiiberdadc.A luz..A redempçào...O amor..
il.-. I',' do Q.*. a assistirem a ses- *
llt-r
-
sao ecoU!',""te finanças, uiarcadJT' '
E triumphei...Mii#*i*iiue infame tyranta esPüclíálniente para a noite de 8 do***1
i forja em meu próprio nome asperriruo grilhão...
Eu sou a liberdade, a musa inspiradora Da onda liberal brota a demagogia, mez corrente.
de tudo quanto ha grande, e nobre, e santo aquil como do mar o lodo, e a escoria do vulcão ••!.»-
Rcsplende em meu olhar a igualitária aurora I Secretaria da Aug',' e Süb*
Mos meus lábios em flor fraterno amor sorril Oh.. tyranuos da rua, oh... vis agitadores... ga Cap.-. Cotimguiba ao 1 dia do
Nasci quando de Deos a mão omnipotente Vós que fazeis, brandindo a tocha incendiaria, jnez de Outubro de 1815. (ev
sceptro a imperado-
da vossa espada insana um res,
quiz de mundo de luz o espaço semear 1 vv)
Embalou-me a porcella em seu regaço ardente!
Derão-me espumea berço as solidões do mar I da bandeira vermelha apurpura cczarea : O Secretario—M. Antonino.
Quando calcou a terra a fraca humanidade .ás que ides profanai da pátria o luto austero,
vilipendio,
ensinei-lhe a enrarar sem medo o azul do céo) vós' que da França á dôr juntaes o Typ. ba. Liberdade—büa de Sasta Le»
de Nero—
TransQgurou-se então, e a voz da liberdade, e cuia saturnal—como os festins incêndio;
c a caba pelo ZIA-
prostrou-se barro vil, ergueu-se Prometheu! pela orgia começa,

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