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A REDEMPÇÃO
Continuar, portanto, a appellar para Uns trabalham sen) nada adquirir, de Sua Magestade, não perdera agora filho ou o nobre e poderoso homem que
o principio da disciplina partidaria, é re- outros tudo adquirem :,em trabalhar. occasião de dar uma prova irrecusável sem trabalho adquiriu uma f,ruína im-
correr a um sophisma grosseiro que não Quem contestará, rfis, ser a escra- do quanto sabe acatar e respeitar as mensa e q.ic náo sabe fazer bem aos
S. PAULO, 20 DE JANEIRO DF. 1887. póde impressionar intelligericias lúci- vidão a negação e de.scrganiSaçfio do opiniões do sabio rhonarcha. infelizes ?
das e habilitadas pelo estudo historico trabalho econornicar' entendido, e O orador foi constíni&nwite inter- Si Sebastião Leve fosse escrüvo de
de instituição, a comparar os resulta- da co-e.xístencia socui, pela manifesta rompido por apartes de escrqvocratas um coronel D-mingns Seitorio, não
A situação e os abolicionistas precisava a sua mãe Lzer tantos sacri-
i dos de sua infernal pertinácia em ou- desegualdadc, creàdaHão pela diversi liberaes.
tros paizes, com os miserandos esforços dade de aptidões dos homens, mas p> la Sectários da ab lição immediata, fícios para 1 bertal-o.
I i Amanha o coro >el Domingos Serto-
que entre nós envida para prolongar a existência de uma instituição contraria comprimentamos cordial e respeitosa-
sua existência. á natureza humana ? mente os tres ihustres debutados da rio, esse benemérito cidadão, pãssará
A união de todos os abolicionistas no pela rua da Imperatriz a pé, vestido
Os escravocratas, para dividirem as Portanto, se ha escravocratas e abo- resistência liberal que hontem assigna
parlamento e nos comioios eleitoraes
classes opprimidas pela escravidão, fan licionistas. em todos, os partidos, ea laram e definiram a sua posição po iti- modestamente, e será preciso t rar o
para organisar a liga nacional liberta-
tasiam a existência de partidos regula- luta é entre o interesse e a justiça, o ca acompanhando a grande maioria chapéu para que os transeuntes o cum-
dora, é tarefa imprescindível ao resta-
belecimento da fraternisaçã i e coucui'-
res e repartem-se nelles unicamente, paganismo e o christianismo, o pro- real do partido liberal,y\ue não enten- primentem ; o o conde de Tres Rios
para impedirem a união nacional em gramma do dr. Joaquim Nabuco, de de, como os chef s do liberalismo de passará em um carro, puxado por im-
dia entre todos os brazileiros
nome do direito, contra a colligaçao fendido por Josè BoniVacio em seu no- contrabando, que se deva trans gir com mensos cavallos, reptmpado dentro
O aspecto da nossa patria não é o de
paga em nome do interesse tável discurso de 10 cie Abril de 1885, a questão do elemento servil adiando-a delle carro, será cumprimentado por
uma nacionalidade regida ha mais de
A escravidão está por todos nós con- pedindo a uni io de todas as classes até á solução pela morte, sobre pretex- todos que passarem sem dignar-se a
meio século pelo systema constitucio-
demnada, dizem os es.ravocratas ; so- soífre loras, é a unica solução.que con- to de congraçamento de forças dispersas tocar no chapéu.
nal representativo. sulta os interesses nacionaes e encara Este mundo é assim mesmo
mos, porém, emancipadores,o que nos por hetorogeneas
O paiz está dividido em conquistado- distingue dos abulicionistas que são re- patrioticamente o aspecto actual da na- Fazemos ardentes votos para que,
res e conquistados.
volucionários ! ção. caminhando de desülusão em desillu-
A autoridade publica não é um ele-
Não queremos a abolição immedia- Franki.im são, convençam-se todos os abolicionis-
mento de organisação social e política K escravidão
ta, porque é preciso attender aos in- tas, de que a nossa união sem côr par-
servindo de garantia geral, como repre-
teresses economicos. tidaria em opposiçio á collignçã0 de to-
sentação da justiça pela rigorosa exe- IV
Toda a difficuldade está no modo de Restauração das competências dos os escravocratas, é a unica organi-
cução da lei.
realisar-se a substituição do braço es- sação inspirada pelo amor da patria e
Ò arbitrio invadiu todas as espheras Os deputados provinmaes Oliveira pelos sentimentos de justiça. Desappareceu a escravidão 11a Euro-
cravo pelo braço livre.
da vida social, alargando os domínios Braga Filho, Silveira da Motta e Cân- pa, mas veio ella reapparecer, precedi-
O que nos assusta é a desorganisa-
da oppressão, tanto quanto o exijam dido Rodrigues apresentaram hontem da de todas as suas misérias e ínfa-
ção do trabalho. \
as conveniências do sordido interesse um projecto á Assembléa Provincial, 11,ias, na America, on ie a falta de tra-
E’ exactamente estudando a escra-
ameaçado. propondo a revogação da inconslitucio Sete liberdades balhadores livres, a dilliculdade de ub-
vidão pelo lado da economia social e
A questão do elemento servil offerece nal lei n.° 36 de 7 de Julho de 1869, tel-os na Europa e a abundância das
política, que os abolicionistas concluem
quatro aspectos depois das tentativas sendo fu ‘damentada pelo primeiro. Affirmam jornaes que 0 honrado co- riquezas naturaes, incitaram os portu-
p-la sua necessária e immediata ex-
ae extincç.io do trafico, pelas burladas O illustre representante do pat iotico ronel Domingos ^ertorio no dia i5 reu auezes a estabelece, o trafico ue es-
ti ncção.
medidas repressivas de i85o^ eleitorado de Santos e de todo o 6.° nira seus escravos e os de su 1 exma. ir- cravos atricanos.
O que é o trabalho economicamente
O primeiro é o da limitação da in- districto demonstrou i&ue, estabelecen- mã. e dera liberdade a todos sem con- Alguns auioies, porém, attribuem
fallando?
stituição aos elementos existentes, sem do o § i.° do Art. 6." da referida lei a dição alguma. ao bispo de Uluapa, o virtuoso Ló Ca-
A' escravidão cumpre definil-o, de
possibilidade de reproducção pela liber- gratificação de icjooo >.para cada um O coronel Domingos Sertorio é sol xas.- a primeira idéi da escravá.çã)
fendendo a ociosidade do proprietário,
tação do ventre.
para que possamos estudar a sua dou- dos indivíduos que effctuarem prisões teiro e adquiriu á força de trabalho a dc africanos, poique is ■1.
O seg,undo é o da mystificação dos trina. de escravos, e de ’ se si reali- pxcelleute f< -na oue ten • m*" Dl
principidc do d reito positivo que regem or*-% p*n ~ -*'*
ammçao, recorre .a descnpção tun- »ncj jjj. <íum ê rico. íacilitaria a conversão ao Còr.suanis-
. ^ ..a lei—Saraiva pohciaes quando a cap escravo
damental elaborada' por um distincto A infeliz Delfina, preta velha, com ino de povos ido:atras.
O terceirc - i ^ reacção contra as se effectuar por patruih s, legislou so- o frueto de seu trabalho, libertou-se M is 0 que é verdade é que esse bis-
liberdades adquiridas, dando-se á es- escriptor.
«O trabalho é a le< fatal da humani- bre matéria mais amftla do que a das dando a quantia de 400^000 aos her po apenas recommeudou o trafico, na
cravidão, de simples facto existente, a attribuições das Assepnbléas Provin- ‘eiros do fallecido barão do Rio-Claro. esperança d’aquelles benelieios, mas
cathegoria de direito, pela manifesta dade.
ciaes, excitando na policia a gananca Desde esta epocha até hoje D.-lfina, não foi de modo algum o miciador d’el-
violação da reforma judiciaria e o con- A providencia collocando o homem pelas gratificações, distrahindo-a do sempre trabalhando, conseguiu formar le, pois que tia muito tempo que os
flicto geral do governo com todas as no seio de todas as riquezas, em pre- serviço da prevenção de crimes e vigi- um pecúlio para libertar seu filho Se- portuguezes já o faziam.
instituições do paiz—senado, magistra- sencia de uma natureza fecunda, que lância social, transformando a em mer- bastião Lemes, escravo do herdeiro e Foi no século passado que começou a
tura, exercito e armada, no intuito de se presta a fornecer-lhe a alimentação,, cenários das fazendas. Invocando a successor do barão do Rio Caro, 0 sr. desenvolver-se a idéar abolicionista,
manter a ordem a bem da instituição a habitação e o vestuário subordinou o opinião manifestada pelo imperador em conde de Tres Rios. taes eram os horrores e as iufumias do
maldita. goso destas antecipações gratuitas ao sua recente excursão por esta provín- Este concedeu a carta, fazendo ques- hedionuo trafico.
O quarto é o da transição, em que o EXERCÍCIO DE SUA ACTIVIDADE. )> cia de ser a lei insconstitucional, pelo tão da infeliz preta dar a quantia de
No regimen da escravidão os homens 1-oram os philosophos e os econo-
partido conservador parece querer dis- que não devia ser observada, levando 8oo$ooo, mistas dosecuio 18', Turgot, Montes
putar os seus foros de reformador, mudam do destino para que Deus os sua franqueza até censurar positiva- Perguntamos nós : q ieu, Raynal, Condorcet e outros que
dando aos liberaes a missão de agitado- creou, e perdem os direitos de sua per- mente as autoridades policiaes que con- Quem tem mais merecimento ? tiveram a gloria de sublevar a opiuuio
res imprudentes, condemnados á eterna sonalidade. servavam escravos fugidos nas cadeias, Delfina, essa pobre preta velha e publica contra a escravidão dos negros.
tutella dos homens da ordem e da ex- A lei fatal do genero humano é com- declarou contar desde já com o apoio rançada que trabalhou tantos annos,
pletamente alterada !. . Pela mesma epocha, 11a 1-ngl uc-rra,
periencia. da bancada conservadora que, amiga ajuntando migalhas para libertar 0 seu nasceu também a mesma idea, prmci-
(°> os joelhos, contemplou lougamente seus conheço melhor os negocios do que elle;
FOLHETIM mpacieutar 0 cavallo. fazundo-lhe esta- gar como um juuco ao sôpro d'esta vio-
grandes olhos pretos, passando os dedos sou melhor administrador do que elle; lar aos ouvidos um chicote que trazia na lenta tempestade.
por entre seus lustrosos cabellos. leio, escrevo inelbur do que elle, e tudo 0 mão. Pedi-lhe polidamente que cessasse
—É 0 teu retrato, minha Eliza ! e tu és —Não te lembras do cãosinho que me
que sei não 0 devo a elie; appren li-o eu 0 seu brinquêdo; mas não fez caso do dést-s, de Cario? Era a minha unica
a melhore a mais bella creatura que te so, e até contra sua voattde ! De que di- meu pedido. Renovei as minhas instânci- consolação depois que ha ia deixudo a
nho conhecido ! Mas para que perinittio reito pretende elle ag ;ra empregar-me as, e a sua resposta foi :av-rar-ine á cara fabrica; dormia a > pé ae mun durante a
A CABANA DO PAE TIIOMAZ Deos que nós nos encontrássemos ? como uma besta de carga, arrancando- de chicotalas / Procurei então Mrar-lheó noite, segui i-ine Ue d a, sem nu 1C1 me
—Oh ! Jorge ! é possível que falles as- uie a oceupações que elle não sabería chicote das mãos, e elle foi dizer ao pai perder de v.sw, como compreheaJeudo o
sim ! desempenhar tão bem cóinoeu, querendo que eu lhe tinha batido. Esie, furioso, que e-u soff ia !
CAPITULO TERCEIRO —Sim, Eliza; tudo é miséria, miséria, qu** trabalhe tnais do que uin cavallo, veio contra mim, dizendo-me: eu te farei Pois ultimainente, estando eu a dar-
Esposo o pa© miséria n’este inundo para com alguns !.. dizendo que é para me ^íumilhar? vêr quem é teu s.-nhor ! E atando-me á lhe alguns miseráveis restos que tinha'
A minha vida é amarga como 0 fel! sou —Jorge, fazes-me estremecer! Nunca uina arvore, foi buscar umas poucas de apanhado á porta da coz nha, passa 0
um malhadiço da negra sorte, a quem te ouvi fallar assim ! Jtece.o que te te- varas delgadas, que inetteo 11a mão do fi- meu verdugo, que cooiéçi logo a voeifj-
—Oh ! qua satisfação tenho de te ver! toda a esperança é vedada !.., Arrastar-te nhas deixado arrastar a, alguma terrível lho, dizendo-he que me açoitasse em rar, que eu su-teuto 0 m m cão á sua cus-
Mas porque estás tu tão sério1? Não olhas na minha ruína, é 0 que de imm tens a cousa/... Compiehendq o que sentes; quanto elle tivesrn forças para isso, 0 ta, euue. se ca la um dos seus escravos
se quer para nosso filhinho ! Vê como el- esperar ! De que serve trabalhar, apren- mas sê prudente, eu t/ç-peçi, por-amòr
l-e-te- contempla ! (A criança, com effeito. queeiie com eíFeíto ex-eutou. Mas espero se lhe inette>e 11a c beça fazer outro tan-
der, procurar ser alguma couza ? De que de m m, por atnòr do ncisso Henrique ! tazer-lh’ 0 ainda lembrar um dia !...
olhava timidamente para o pai, agar- serve viver ? Oh ! que bem vinda seria a to, a sua for.uua uã 1 seria suffle.eute pa-
—Tenho sido prudente, teuho >ido pa E as sobrancelhas do inancebo se uni- ra isso. Onl mou-m ■, por eou->egninte, de
rando-se ao vestido da mãi.) È cada vez morte !... ciente, quanto tem sul > possível sêl-o;
mais gentil! diz Eliza, separando da ram uma á outra, e seus olhos lançaram atar uini pedra ao pe.scôço do meu cã >,
—Oh ! meu caro Jorge! como é mal 0 mas a situação peóra de dia p ora dia. O cha nmas, que fizeram estremecera po- e de o lanç 1 r ao r.o.
fronte os annellados cabellos do filho, pa- que dizes/... Bem sei que tens soffruio tyFiiino espreita todas as occasiões de
ra melhor o beijar. bre mulher. —OU ! Jo -ge ! espero que tu uâo fostes
com a perda do teu lugar 11a fabrica, e me insultar, e de me humilhar! Pensa- — De que direito é elle meu senhor, é 0 capaz de fazer tal ?
—Praza aos céos que elle nunca tives- que teu seuhor é bem duro para cointi- va que, executando imeiramente as enor-
se vindo ao inundo! respondeo Jorge que eu quero saber? exclama Jorge. — Não mas fêl-o elle, acompanhado de
go; mas tein paciência, eu t’ 0 peço! mes e degradantes tarefas de1,que me —Mas, diz tristemente Eliza, sempre seu íillio; apedrejando o pobre animal
com amargura; oxalá que eu também Quem sabe ? talvez... encarrega, poderia adiar depois um mo-
não tivesse nascido! pensei que era necessário obedecer a seu até 0 verem afoga lo ! Cario dirigia para
—Paciência! diz elle, interrompendo-a mento de descanço, que podesse consa-
Surpresa anciosa, Eliza assenta-se; en- senhor, e á sua senhora, e que sem isso mim sen olhar afflicto, pareceu lo per-
Não a tenho eu tido ? Disse por ventu- grar à leitura e ao estudo; poretn, mas não se podia ser cliristão,
costa a cabeça sobre o hornbro de seu ra alguma cousa, quando elle veio, sem guntar-me porque era que eu o não soc-
elle vê que eu faço, mais me carrega so- Quanto a ti, isso comprehende-se; teus corna/... Fui ainda muhadode panca-
marido, e os olhos se lhe arrasam de la- razão, arrancar-me do logar aonde tudos bre as costas ! Posto que não exhalc uina
grimas. me estimavam? Dei-lhe fielinemte coma smliores criarão-te co.no sua prop ia fi- das por não ter obe lecid » à barbara ur-
só queixa, preteyde qua suu poss *sso, e lha; por isso seus direit >s sobre ti são sa- de n de matar o meu pobre cáoziuhu !
—Minha Eliza, sou bem cruel de te fal- dos mens ganhos até ao uhimo real, e que me quer fazer salur 0 diaba da cor-
lar assitn! dizelie com ternura. Oh / por- grados. M s eu. que só t.mho siil» inju- —Não impo -ta! Elmja deve saber que
aão havia ninguém que não elogiasse o po; mas que time couta com dgo ! Um riado, batido, abmlonado. quedevoéu não s >u (Paquedes a que u o chicote do-
que me conheceste tu ? Sein mim, podi meu trabalho. Testes d as o diabo me soh.rá do corpo
as ser feliz! a tneu senhor ? Não me teuh 1 e 1 resgata- mestica, e submítte! O mau dia virá...
—É horrível, sem duvida, diz Eliza. sim,porem d’um modo que lhe uã > h» de do c un v.-zes pelo m m trab t lio ? É te n- e...
—Jorge ! Jorge! não digas isso ! Que é mas que remédio, seelieé teu senhor / ser muito agradavel, segumlo me pare
que acomeceu ile tão terrível ? que é 4ue po que isto acabe; quéro salur deste es- —Q mes sto os teus pr jactos. J >rge?
—Meu senhor I... E de que di reito é el- ce / tado, sej 1 por que tno 11 f >r! ex lam 1 el- Ah ! ná i te d (ix is a rast ir a algu 11 ac to
nos ameaça? Meu Deos/ Ternos sido tão le meu seuhor? Eis o que eu quena —Oh / meu Deos / que será de nós ? ex-
felizes aié*agora!... le com ar ameaça lòr e eué gico. cnmuiisü! Contia em Dios, quo te uao
que me dissessem. Quaes são os seus di- clama dolorosa,noute Eliza. Eliza ficou sileuciosa, e tre neudo. abandonará.
—Sun, temos sido bem felizes, minha reitos sobre mim ? Não sou eu um ho- —Ainda hontem, estava eu a carregar
guarida!... E prendendo o filluuho entre Nuuca tinha visto seu marido em tal es-
mem como elle ? Valho mais do que elle; um carro de pedra, quaudo o filho veio tado, e a sua doce natureza parecia ver- (Continuaj
m
palmente entre a seita dos quakers. Em Orientação abolicionista o seu contra-to; esses, po ém, ao! e, o que maisé. a dignidade e honra do voragein que tudo sbsorve em nome, u
alguns Estados da America do Norte apresentara g-iia, devem justificar oj nossa querida patria, que, a final, se sal- homenagem do senhorio!
observou-se egualmente a mesma ten- seu meio de viia. vará illesa pe’a Mão Soberana de Vossa A lei, que creou 0 ventre livre, cavou,
lll ao mesmo tempo, 0 lago fétido e nesti-
dência Pelas idéas i ue
ennunciam s, reco- Mage^tade Imperial.
Os abolicionistas de então invocaram, SENHOR ! lento onde foi sepultar-se 0 berço do iu-
Queremos abolição immcdiata sem nhecerão os abolicionistas que consi- genuo.
uns, o direito natural e a economia po- indemnisação; ou antes, queremos com deramos uma jidemnisação ensinar os
A lei de responsabilidade que é de todo A mãe, que matava 0 filho em odio e
lítica, e outros, a justiça a re'igião. indemnisação, sim, que 0 espoliador ex-escravisados a amar o trabalho. hurror ao captiveiro, transformou-se em
Duas foram as medidas principaes, nulla. parft aquelles que, em nosso paiz,
indemnise o ex-escravisado. O trabalho -lobilita o homem, en se revestem de uma parcellade aiuhori- testemunha muda e indefesa, da extinc-
tomadas para encaminhar a abolição A victima - o escravisado—deve ser grandece-o, enfiquece-o e santifica-o. datle social, não a é para Vossa Mag^s- ção de sua pr<de, pelo algoz que aprovei
da escravidão : indemnisado pelo ex-senhor, que lhe Não quereir°s eme o escravisado te- tade Imperial que, em seus actos sobera- ta das suas ultimas fi>rças, e do derradei-
Ia, prohibição de transporte e com- extorquiu tudo . até os bons senti- nha a liberdade completa, absoluta, no nos, tema mais vasta responsabilidade ro alento de seus braços !
dia da abolic A iniquidade da escravidão tentou-se
mercio exter or de escravos ; 2a. cer- mentos, que usurpou até a conscien moral, perante o mundo illustrado queo corrigir com a in quidade da extor-ão pe-
cia de homem o seu amor proprio, e Desde hoj estariam li res ; porém, '•ontempla, e perame a Hlsioria em seus
tas nações, especialmente a Inglaterra e lo imposto,—pago pelos que não o de-
a França, aboliram a escravidão em o transformou em objecto aviltante só tomarian osse completa da litier juisos inflexiveis, no futuro. vem,—para se aplacar a in->aciavel sede
abaixo do valor de um bom cavallo. dade, de hoj- 1 a tres annos. Neste es Medi, pois. Senhor ! e exercitae 0 vos-
suas posse sões. da mais atroz uegrojihobia.
Taes foram os esforços e influencia Os escravisados devem ser indemni- paço de tem 1 de transição, deveríam so poder, pela ext-n-ão desmarcada de Po quinze longos annos, larga estra-
zados; por isso venha já a abolição. Se- pre-o r servi s aos contractantes ex- vos-a re-potisab.lidade
deGranville Sharp, Clarkson, Wilher Accritur esta. Imperial Senti >r ! sam da de assalto abnu-se em direcção
force e Charles Fox, em favor da abo- jam já declarados livres todos os es- senhores. exercitar aquelle é um contrasetiso, ou os cofres públicos,para 0 saque ao fuudo
lição dos escravos, que os soberanos da cravisados existentes no Império do Antes de t s annos, suavemente, a um martyrio a que se sub uette Vossa de emancipação; e a riquesa fementida,
Europa em 1814 e mais tarde outros Brasil maioria dos ntractados teria se isem- Magesi 'de Imperial:—martyrio. a que se que fuiida-.^e no capti veiro.desappareceu,
povos crvilisados assignaram tratados Todos os que dessa data em dean- prado legalrr te da prestação de ser- não podesug-itar, seip 0 completo sacri- como por sor.ilegio demon aco, sepultan-
do tudo e todos 11a miséria material e
para de cornmum accordo promoverem te, apontarem para um homem e dis- viço a certo , íeterminado contractan- ficio de todos os imetvs-es nacionae-,
- moral, em quejasemos !
a extincção do commercio de negros, serem—aquel^e foi meu escravisado — te, e estar '3 rabalhando livremente, que jurou defender e guardar. Mais tarde,—aos gi itos da indignação
seja punid» por crime dc injuria. por sua ..iwt-qjíijquer parte Hi muito^ annos, Senhor! a civili-
e para esse rim estabeleceram crusado- nacional—veio outra , Lei, pretendendo
Nos documentos officiaes seja expres- A transição,entre o es ado de escra- sação universal carecia de sua fuça, j corrigir os vicio* do passado, me.bo: a.:,
res na costa da África.
samente prohibidd adoptar-se o titulo vo ao estado de homem completamente de culpa, a Vo-sa Magestade Imperial, oi parar 0 captivo,—com efücacia,acautelar
Apezar, porém, de tantos esforços crime di escrav.dão neste Império. E’
de ex-escravisado. livre, parece nos que seria realisaJo ce to. porém. Senhor ! qne reinar sobre as arcas da riquesa nacional.
empregados durante meio -eculo, o ne-
Essa indemnisação moral éa primei- suavement pelo estado de homem li- e-crav >s quando, nas mãos, tem-se 0 po- Pehalde !
fando trafico n to se acabou. 0< ne De que valem leis sem costumes?
ra que deve ser dada ás infelizes victi vre—contractado der supremo, conferido pela Divina Pro-
greiros arrostavam as prohibições, illu- Onde esies—quaodo a escravidão ?
mas do escravag smo. Proseguiremos. videncia, para f.zd-os livres, equivale a
diam 0 cruzadores, e o commercio de U Eitado, consumidor unico no merca-
À lei abençoada e santa, que decla- Galnri. abd car, aos p meos a realeza que vem
negros, sem embargo de ser cons dera- de Deus, para eo ifundil-a com a tyi au- do de escravos,—em nome da viitude da
rasse não existir mais escravos no Bra-
do contrabando, t rnou-se muito flo-
sil, deveria reconhecer o direito ao ti- tua terr na que obriga os povos a invo- redempção dos capiivos,—taxou o preço
rescente !
tulo de cidadão brasileiro a todos os carem sempre a democracia,com a repu- da mercadoria a comprar: á edade veio
As seguintes cifras bem demonstram ai.» <>iovine Italia» bl ca, como a derradeira salvação de sua entào regularo valor do animal subtrahi-
ex escravisados. dignidade. (lo ao mau trato. C uno fiscal, ainda sol-
o desenvolvimento de tal commercio Declarar que o ex-senhor passará a licito pela salub"idade publica, o Estado
ein 4o annos, e são calculados desde lesempenljar 0 papel de contractante e Recebemos, por intermédio da illus- IMPERIAL SENHOR! reservou, p ira >i, o direito de regeitar 0
I807 até 1847: > ex-escravo, 0 papel de contractado; trada redacç 0 do Gli Italiani al Bra- genero im restavel ou avariado ;— e,
|ue é um crime de injuria, verbalmen sile, 0 periodico da Associação Demo- Desculpae a rudeza da linguagem, e como de nenhum valor, e antes nocivo e
Escravos importados 110 Brazil 1.801.800 te ou por escripto, em juizo ou fóra crática Bresciana—La Giovine Italia, a franqueza de pensamento, a quem ha perigoso, mandou lançar aos logares de
« « nas colonias es- que se publica em Brescia. muitos annos, comprou 0 direito, de despejo publico,—para serem inciuera-
lelle, substituir a palavra contractado
panholas 1.446 021 por ex-escravo. O numero de 20 de Dezembro ulti- pensar e se exprimir livremente, nada dos. os velhos captivos sem mercê, se-
« « a outros pai/.es... 552 000 Estabelecer ao contractante o direito mo é commemorativo á morte do gran- querendo do povo,—nada soiicitando do quer, para morrerem na terra que ha-
viam fecundado com seu suor e sangue !
« mortos pelos martvrios da e o dever de dar trabalho e salario ao de cidadão italiano Guglielmo Óber- rei, mas devendo a ambos a verdade, Que E-itadò /
dan, e vem acompanhado do retrato, mesmo á custa do soffrimento.
viagem 1121.299 contract.ido, por espaço de tres annos Symbolo da ju.-tiça, mas, entre nós,
.« capturados 117.880 e o tratamento de ente humano, a que lythographado do mesmo martyr, que Cumo em farça romana, não quiz repre-
subiu ao patíbulo pelos desejos que nu- SENHOR !
tem direito. sentar sem ma.-cara. Afivelou ada Cari-
Somma 3.048.506 Conceder-lhe de communicar á au tria de ver Trieste unida á sua mãi No dia onze de Dezembro do anno pas- dade Chrisiâ, e deu ao preto, ao martyr
toridade designada pelo governo, quin- Ita'ia. sado, em menoscabo de todas as leis di- invalido do trabalho, o raro direito de
Cinco milhões, quarenta e oito mil ze dias antes, pelo menos, que em tal O seu heroico sacrifício agitou as fi- vinas e humanas, uin homem de t ome mendigar pelas estradas, ou de morrer
quinhentos e seis è o numero de negros Jia irá apresentar os contraotados taes bras do povo italiano e fez tremer de Samu d. escravisado do capitão João Fer- de fome I
roubados à Afnca e escravisados des- remorso ao go - :rno austríaco. raz de Campos Souza, foi, por este, açoi- SENHOR !
e taes que estáo ao serviço, e com os
de 1807 até 1847, e desses um milhão quaes quer dissolver o contracto, de- Por intermédio da redacção do (lli tado nas nadegas a bacalhau,—após quei-
cento e vinte um mil duzentos e no- sistindo do tempo de trabalho que lhe Italiani al Brjsile. agradecemos á As- mado nas mesmas partes, e suas feridas A todos os seus martyresa humanida-
venta e nove foram assassinados du- falta. soei VZIONE Gtõ> liNTU’ Dem ICRVI ICA BrES- lavadas com agua salgada. O f.tcto deu- de levanta templos, e invoca seus nomes
se neste tnunicipio, e etn fazenda, nas protectores: —A todos os seus grandes
rante a viagem 1 Bem entendido, entendemos que deve ciana a offerNi do seu jornal. cercanias desta cidade. homens, as nações agradecidas erguem
Taes eram os horrores, taes as cruel- ser estabelecido ao contractante o di- O mis ro paciente deste atroz delicio, estatuas e monupoentos. como syinbolos
!es que soffriam os pobres negr*'^ du- reito e 0 dever de trabalho e salario, até boje jaz 110 leito, em tratamento, de sua gratidão, e exemplo ás gerações
,*•1" e 1 Io. neno» • embora ao '-nntractado. oc.r «< r 1» ld-v a Si na Santa Casa d ia de Cam- futuras;—exemplos de; 'rratiiíSo, exé o-
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GRANDE UMILAR1Â
^EHVC COMPETIDOR
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--RUÂ DO PRÍNCIPE-
S. í'AULO
Encanamentos de íerro, chumbo, cobre etc. Banheiras de chuva, chuveiros simples, banheiras inteiras e meias. Colloca-se bombas
de todos os systemas. Trabalhos em zinco, cobre etc. Torneiras de todos os systemas. Saidas para caixa d agua. Grande quantidade de
obras de folha e tudo mais que pertence a este ramo de negocio. Encarregam-se de qualquer trabalho pertencente a esta arte tanto
aqui como para fóra
S. LXJIZ
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Guardas-cliuvas de seda. automatons a 88000
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TYPOGRAPHIA
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Nesta bem montada ofíicina faz-se todo e qualquer THE0D0R0 CORDES & COMP.
trabalho concernente á arte- 4=1—IR,TTA DIREITA-4=1
Doces de todas as qualidades, chocolate fino, amêndoas, pastilhas e cai-
xinhas para as mesmas, pastelaria, dcces seccos e crystalisados.
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ANTIGA FABRICA DE BILHARES íjj
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