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TEATRO OFICINA
UZYNA UZONA
DEDICATÓRIA
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O RA Ç A O P R O
T RA N S - H O M E M
R E - V O LTA R Ó
“O anel que tu me destes era vidro e se quebrou,
o amor que tu me tinhas era pouco e se acabou.”
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da vida do meu pai, Pra mim este senhor deus dos deuses é
e na minha casa Senhor e nos nossos Dionísios. A encarnação de todas as
corações, porque por mais que se possa Máscaras, de todos os deuses,
ter senhor dinheiro, fama, elogios, demônios, e principalmente de todos os
riqueza Senhor Bodes que nos dão no Teat(r)o essa
nada Senhor capacidade de também ver o invisível,
pode substituir o vaziozinho que só o crer no impossível como Silvio Santos e
Senhor, Patrícia crêem e por isso vão continuar
deus dos deuses, Senhor dos Senhores avançando em nome de Jesus. Jesus
pôde nos proporcionar como Família. sinto, como a Dra. Nise da Silveira,
E hoje quando a gente está aqui como a sublimação de Dionísios.
reunido Senhor Nos subterrâneos de Jesus está
como família SBT eu quero aqui senhor Dionísios, no da Eucaristia a
clamar tua benção e liberar a tua Antropofagia, o vinho sangue e o corpo
benção do deus para ser comungado, comido.
sobre cada funcionário aqui. Essa crença no impossível e ver o
Obrigada Senhor por tudo o que o invisível é o que, como trans-homem, me
senhor fez através e tem feito através move também todas as noites que entro
da vida do meu pai Senhor, em cena, vindo da Rua Jaceguai, em “A
eu quero abençoá-lo Terra”, contemplando todos os prédios do
eu quero clamar Grupo SS e sonho com um encontro de
para que ele possa mais e mais Sílvio Santos e suas 5 filhas conosco,
nos ensinar a sermos perseverantes para transformarmos com os Homens
a ver o invisível trans-humanizados dos sertões de São
a crer no impossível Pã aquele Quarteirão do Bixiga em
porque essa é a história dele Senhor alguma coisa tão grandiosa como o
Ele foi Aterro do Rio de Burler Marx, vindo da fé
e nós também vamos e do amor do impossível, da Paixão de Homem ao TransHomem até a ReVolta. José Celso Martinez Corrêa
Ele vai continuar avançando em nome dois seres humanos trans-humanizados: Senti em cena com o público aplaudindo 24 de agosto de 2006
de Jesus Elisabeth Bishop e Lotta Macedo Soares. emocionado o Retorno do fôlego do rumo
Ámem.“ Domingo entrei em cena depois de da Paixão. Agora entramos em cena, de O diabo está solto, ou você muda,
Me identifiquei muito com a beleza de contemplar toda a imensidão das novo, para a viagem do reencontro do ou vira encosto.
sua oração. É uma questão de darmos possibilidades daquele Quarteirão e re- roteiro que o fôlego da Paixão Viva vai
nomes diferentes às mesmas coisas. comecei com fé cênica esta viagem do revelar. MERDA
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ROTEIRO
1 ATO
0
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1 ATO
0
Prólogo 00
1º MOVIMENTO: Complexidade do
problema etnológico no Brazyl
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Cafuza fundem,
Curiboca entrelaçam,
Mulata EUCLIDES
Branquelos três raças
Pretos no capricho
Amarelos do momento.
Polipéros CORO MULHERES
Polipéros Metaquímica
Polipéros CORO HOMENS
TODOS precipitados fictícios.
Pardo! ANTROPÓLOGO DITYRAMBO BRANCO
O pardo é o tipo brasileiro? Função do meio físico?
O tipo brasileiro é o pardo? Secundária.
Pardo… tipo pardo… O Índio?
Assim, tipo… será extinto.
EUCLIDES O africano?
Tipo brasileiro? Sua influência diminui a cada ano.
TODOS Há gráficos
Assim, depois da abolição do tráfico, CORO ÍNDIO Sou o brasileiro de fato.
tipo tipo… tendem pro mulato, do índio vencerá láicá EUCLIDES
EUCLIDES diluição do negro nato, Emerso dos versos Tipo étnico único?
O Brasileiro, O caboclo? reversos. O Homem Brasileiro típico.
tipo abstrato que se procura, Se apagam os traços dos silvícolas, MC RACIONAL Não tem tipo.
e não se acha, pouco a pouco. Só os quatro pês, CORO
loucura. Mais numeroso, poder político ao povo preto Não temos unidade de raça.
Aqui mais poderoso, mano, Não teremos
Aí a vitória final, africano, talvez
Aqui tem o homem brasileiro típico? BRANCOS reage superior nunca.
Tipo brasileiro tem tipo? sou franco, absorve no horror EUCLIDES
O tipo brasileiro não tem tipo. ANTROPÓLOGO DITYRAMBO BRANCO a raça superior inferior. Não temos identidade,
Tipo brasileiro é um tipico sem tipo. é do Branco! MULATO nem personalidade.
E a Imigra-ação? ANTROPÓLOGO DITYRAMBO I-JUCA PIRAMA Sou mulato nato Pra quê?
Judeus, Arquiteto devaneios No sentido lato Não precisa!
Árabes, metrificados Mulato do litoral Predestinamo-nos à formação de uma
Antropólogos invadindo a ciência Da América do Sul raça histórica em futuro próximo, se
CORO na cadência Brasileiro o permitir dilatado tempo de vida
jogam, da vibração democrático nacional autônoma. >>
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A nossa evolução biológica reclama E ais SCARLET
a nossa da evolução social. Temperamerentais Oxente,
Estamos condenados a inventar uma LINHA DE TORDESILHAS sou pernambucana.
civilização, Tordesilhas CLARK
com o plasma sanguíneo Linhas invisíveis Da Bahia pra cima tudo baiano.
desse nosso grande organismo da imaginação… E no sul…
coletivo. SCARLET A RARA DE PERNAMBUCO BANDEIRANTES
Ou inventamos, PARDA NOBRE NORDESTINA …paulista.
ou desaparecemos. Aqui, no Norte, Bandeirantes,
CORO a história é mais teatral atuantes!
Quando iremos porém menos eloqüente. PADRE MANOEL DA NOBREGA
Quando iremos Presos entre o sertão inabordável Piores qua na terra que peste…
Além das praias e os mares, CLARK
E dos montes tendemos a atravessar séculos O homem aqui é
Saudar o nascimento do trabalho imutáveis, BANDEIRANTES
novo emperrados por uma centralização “o homem”.
a sabedoria nova estúpida, CLARK
A fuga dos tiranos realizando a anómalia Rompemos o mar imoto,
Fuga dos demônios de deslocar para uma terra nova diretos pro sertão,
O fim o ambiente moral de uma sociedade escravos capturamos
Da superstição Ventos velha. nos périplos africanos.
Adorar os primeiros Ventos SULISTA PAULISTA BANDEIRANTE MAMELUCO Da travessia do mar
Os primeiros Nordeste CRUZADO CLARK no continente penetramos
O natal na Terra Sudoeste Bateu-te, Saltamos do Mar à Serra
O canto dos céus Noroeste felizmente, Protegidos da Coroa
A marcha dos povos Leste a onda impetuosa do Sul. E dos estrangeiros que nos invadem
Escravos, não amaldiçoemos Norte largo movimento a terra.
A vida! Sul CORO Mapa da Mina, Coro
Escravos, não amaldiçoemos haustos possantes progressista Roteiros, roteiros, roteiros
A vida! incessantes. SULISTA PAULISTA BANDEIRANTE MAMELUCO Rios de Ouro
EUCLIDES CRUZADO CLARK Minas de Prata
VARIABILIDADE NO MEIO FÍSICO E Um clima é como que… mamalucos audazes, À Cata
SUA REFLEXÃO NA HISTÓRIA a tradução fisiológica de uma CORO Serras de Esmeraldas
CORO condição geográfica. paulistas. Bandeiras,
Somos a mesma gente, CORO SULISTA PAULISTA BANDEIRANTE MAMELUCO desfraldas.
Em muitas gentes Tocam pelo ar nas gentes. CRUZADO CLARK CORO DOS BANDEIRANTES
Rolam climas diferentes Íntimos ares E aí Baiana? Preciosas pedras escondidas >>
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em remotos recantos perdidas, O sertão
terras douradas, transponho Desvendemos desmedidas paragens,
em busca da fortuna, não povoemos,
dos sonhos nem deixemos abertas
Mas acordado sonho, que fiquem ainda mais desertas,
tudo desencontrado. malocas e catas.
BANDEIRANTES PAULISTAS História, obscura sem ata
O Tietê me leva, Nos roteiros sem datas…
sem uma remada, Únicos conchavos:
barca mameluqueira ouro e escravos!
escravidão ao ar livre
semanas a fio INVASÃO DE PERNAMBUCO
desço o gentio PELOS HOLANDESES
Está bom não tem choro COROA ESPANHOLA
mas “quiero oro”. Los holandeses
CORO DE BANDEIRANTES Invaden el norte de Brasil
Erigimo-nos De tierra ahora nuestra
autônomos, Hipocritas Calvinistas
aventurosos, Traficantes
rebeldes, De Azucar
libérrimos, De esclavos
na atração das entradas. Bandidos piratas farsistas.
Penetrar em disparada NASSAU
pro desconhecido De Binnen-Landen?
desconhecido GENERAL VAN SCKOPPE
descobrir, De Binnen-Landen.
Terra virgem, AZUCAR
inexplorada, do sertão Amsterdam
descobrindo depois do Dam, Dam, Dam, Dam, Dam
descobrimento Amsterdam
pra dentro, Dam, Dam
delineando inédita epopéia CORO
das bandeiras centopéías Damned
atravessando linhas invisíveis AZUCAR
na Imaginação, Amsterdam
Tordesilhas Dam, Dam, Dam, Dam, Dam
Pacífico, Amsterdam >>
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Dam, Dam CORO Paulistas, empreiteiros,
CORO Marijuana Capatazes
Damned Tequilla O Progresso vai chegar.
AZUCAR Azucar Catecismo de Guaíra
Recife Holandesa Café… Não pode continuar!
CORO A História do mundo A chacina mais ensina.
Tiene su Grandeza joga joga joga Escravizar dos Andes à China.
AZUCAR com a droga.
Recife Holandesa A História do mundo Massacrar
CORO roda roda roda Massacrar
Tiene su Grandeza com a droga. Massacrar
AZUCAR (As três raças saem do Cavalo de
Bueno és comer y dar el cú Tróia disfarçadas de coro de rum- QUILOMBO DE PALMARES
CORO beiros, juntam-se apontando armas O POVO DE HERNRIQUE DIAS
Todo es libre para combater os Holandeses.) Adeus mundo colonial
AZUCAR HENRIQUE DIAS, CAMARÃO E VIEIRA Zumbi em Palmares estréia
Bueno és comer y dar el cú Pode tratar de dar no pé, Grosseira Odisséia
CORO Calvino aqui ninguem quer. Estrondos nos Quilombos
Todo es libre (A luta com os holandeses congela, 30 mil mocambeiros,
AZUCAR o foco da ação muda para o Sul.) Escravos Livres, os primeiros!
Pesos Escudos Lybras O POVO DE CAMARÃO, O POVO DE HENRIQUE
Sexo, drogas y maracatú PRIMEIRO CORO DE DIAS E POVO DE ZUMBI
Pesos Escudos Lybras CORPOS ÍNDIOS QUEIMADOS, (Formam o Quilombo de Palmares.
Sexo, drogas y maracatú ASSASSINADOS. Tambores pra Trazer Zumbi, Orixá da
La historia de la humanidad BANDEIRANTES Revolução)
Historia de necessidad Jesuítas ZUMBI!
Feticios Inimigos ZUMBI!
Vicios Catequisam O SOL DA LIBERDADE
Derrotas Nossos índios NO SOLO TUPY!
Vitórias Que queremos MENSAGEIRO DO NORTE
Biblias. Pra brigar Correrias de Palmares ameaçam a
Azucar Azucar Azucar Pra lutar Bahia,
Tabaco Tabacobaco escravizar Paraíba, Pernambuco,
CORO E pra cruzar o bárbaro contagia
Marijuana pra Cruzar Quilombos explodem a colônia na
AZUCAR E produzir anarquia
Tabaco tabacobaco Novos Mamalucos Audazes Paulista receba esta missão, >>
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A Coroa paga em ouro Calor, dores no peito…
sua contratação. Luz, MADRE DEUS
DOMINGOS JORGE VELHO Climas, O Brasil é Terra do exílio;
É meu teu ouro Oh, Coroa essa força catalítica misteriosa que a vasto presídio,
Portuguesa! natureza difunde, para nós,
Roubastes de meus negros tua funde relapsos heréticos,
riqueza desfunde morféticos
Mas escravo fujão ofende meu confunde ameaçados nos relhos
Evangelho nossas camadas étnicas. do morra per ello…
Aceito, eu Domingos QUADRILHA DE POVOADORES
Jorge Velho. PRIMEIROS POVOADORES Número reduzido de povoadores
DOMINGOS JORGE VELHO E CORO DE QUADRILHA DE PRIMEIROS POVOADORES vastidão da terra
EMPREITEIROS PREDILETOS DAS GRANDES DEGREDADOS enormidade da população indígena.
HECATOMBES. É tudo muito, E ainda trouxemos trágica infor-
Somos paulistas. Atacadistas. muito vagaroso. mação.
Debeladores clássicos de terroristas. Viva Palmares! CONCEIÇÃO Perdemos o senhor doutor santíssimo
Empreiteiros prediletos de EUCLIDES Nós rei D. Sebastião!
Hecatombes, Se os Filhos do Norte Malditas gentes portuguesas JOAQUIM
até nas tocas onde o fugido se como os sulistas não estamos a abordar o portugal Ai Ai Jesus!
esconde. atravessasssem o sertão meridional Nestas terras de além mar
CORO todos os indígenas seriam robustecidas pela porra da força viva Não há portugueses
Grandes caravanas guerreiras, exterminados. das migrações compactas, Para chorar
vagas humanas desencadeadas em grandes massas invasoras CAPITÃO FRAGOSO ALBUQUERQUE
todos os quadrantes erra, AÇÃO DO MEIO NA FORMAÇÃO ainda que destacadas do torrão nati- Mais de 3 mil portugueses.
invadindo a própria terra, INICIAL DAS RAÇAS vo, Daqui poc’horas estarão a chorare,
batendo-a em todos os pontos, CORO MISCIGENADO capazes de conservar, salgando
desvendando-lhe o seio (jongo morna cabo-verdeana) c’ralho, estas terras e mares.
rutilante das minas Transfusão íntima de tendências, ao menos pelo número, DEGREDADO HERMAFRODITA
vão agora sangrar o longa fase de transformação, nossas qualidades adquiridas em Chore quem quiser, eu não.
escravo rebelde às disciplinas, raças que se cruzam. longo tirocínio histórico Me perdoa querido reizinho
assassina Período de fraquezas. falho! Sebastião,
assassina. E incertezas. MANOEL acabo de chegar nesta terra
O meio estampa, Viemos gentes com muitos Homens de guerra,
SEGUNDO CORO DE CORPOS, então, pequininas, sem lares, aos ares
AGORA AFRICANOS ENFILEIRADOS no nosso corpo em fusão, esparsas, bruxas, detentos
MASSACRE DE PALMARES os seus traços, em pequenas levas atentos à vida solta dos
ZUMBI sua impressão. colonos contrafeitos, acampamentos, >>
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degredados, aventureiros Nem o clero escapa da santa jusante de Juazeiro,
corrompidos, degradação pendores torcem para o mar,
só tenho ouvido, só rezo esta avi PADRE NÓBREGA escapando a caatingueira,
PADRE MANOEL DA NOBREGA O interior do país cheio de filhos de dentro das secas regiões,
Ultra equinotialem non peccavi! cristãos sacrílegos Teatro das Missões
DEGREDADO HERMAFRODITA multiplicam-se, Padre e Pajé,
De bajo del ecuardor nos hábitos gentílicos. modelamos a terra
No hay pecado mi amor. São muitos brancos naturais que pras grandes batalhas
OS NATIVOS E DEGREDADO HERMAFRODITA sina, silenciosas da fé.
De bajo del ecuardor com casta, imagina… DESENHISTA FRANCISCANA
No hay pecado mi amor. CORO DE NATIVOS E HERMAFRODITA Duas entradas únicas,
DEGREDADO HERMAFRODITA …tupiniquina!!! à nascente
O que é que a Bahia tem? De bajo del ecuardor e à foz,
OS NATIVOS No hay pecado mi amor. levam à nova sorte
Tem Mancebia tem! PADRE MANOEL DA NÓBREGA Homens do Sul
DEGREDADO HERMAFRODITA Envie órfãs, encalhadas, encontrando os homens do Norte
O que é que a Bahia tem? ou mesmo mulheres erradas, traço de união,
OS NATIVOS todas acharão maridos, CORO DE ESCRAVOS E CAPATAZES + GENTE no espaço e nas idades,
Tem Sodomia tem! por que a terra é larga e grossa DA COROA entre duas sociedades,
BRANCOS e os crucifixos compridos. Agitação mineira, de todo desconhecidas.
2.OOO brancos CORO DE NATIVOS E HERMAFRODITA amplas cabeceiras, Gado,
NEGROS De bajo del ecuardor dilatada bacia, alumia! dos dois lados,
4.000 negros No hay pecado mi amor. Rede de afluentes, empapuçados na saleira,
ÍNDIOS colhendo montanhas de Minas promovem grande encontro,
6.000 índios 2º MOVIMENTO - Gênese do reluzentes. caminho da civilização brasileira.
(O VIRA vira toque OLODUM Jagunço CORO DE ÍNDIOS E VAQUEIROS
de tambores.) Paragem formosíssima dos gerais O CENTRO DO BRASIL ENCONTRA-
BRANCOS NEGROS E ÍNDIOS FUNÇÃO HISTÓRICA E POÉTICA De Minas Gerais DO ABENÇOADO PELO RIO DA
Descambamos todos pra franca DO RIO SÃO FRANCISCO Médio Rio, UNIDADE NACIONAL
devassidão (O Rio São Francisco vai sendo traça- regímen pastoril… CORO PAULISTA
Nem o clero escapa da santa do na pista por desenhista francis- CRIANÇAS Baianos.
degradação can(o)a – Música de Água Doce). ovo, do povo novo. CORO BAIANO
MANOEL E CORO SEBASTIANISTA DESENHISTA FRANCISCANA CORO DE ÍNDIOS E VAQUEIROS Paulistas.
Perdeu-se Dom Sebastião! Bordo ondas, história em diagrama Ovo, do povo novo. BAIANOS E PAULISTAS
BRANCOS NEGROS E ÍNDIOS São Francisco balanceia o Drama, PADRE E PAJÉ Gado no Sal Abençoado,
Descambamos todos pra franca Do Tietê poluindo rio (ao norte na jusante, science) nos ligam no espaço e no tempo,
devassidão por descimento do gentio. Curso inferior, passatempo! >>
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DISCURSO OFICIAL DO MOMENTO Mas levo vantagem, onde passam todos os atores, tornan-
HISTÓRICO não vivo a tiracolo do-se vaqueiros.)
DOMINGOS SERTÃO sou fixo ao meu solo, DOMINGOS SERTÃO
Vastos latifúndios, AS MULHERES (Pegando sua velha arma de ban-
terras do sem fim, O “Mimoso” das planuras desafo- deirante e a sua bandeira)
DOMINGOS SERTÃO E CORO gadas, Dentro do teu arcabouço titânico
Encerro a vida aventureira, OS HOMENS vaqueiro,
esse negócio está bom pra mim. o “agreste” das chapadas, chama o guerreiro!
Lucros estão TODO O CORO Vem, nesse instante
nas fazendas de criação, rios, vibratilidade incomparável ban-
DOMINGOS SERTÃO afluentes deirante.
Tiro Jorge Velho do meu Domingos pro ocidente Bagunço!
me rebatizo… e pro oriente, (Entrega a arma ao vaqueiro.)
DOMINGOS SERTÃO E CORO simétricos a dentro Nasce Jagunço.
…Sertão. ligados à costa, Tua veste de couro incorruptível,
A Terra exuberante eleita, e ao centro, é agora
compensa a miragem desfeita povos esparsos em fusão, tua armadura flexível.
das minas cobiçadas. no caroço da Terra Grande, Faz tua rude escola de força imperar
DOMINGOS SERTÃO no coração. CORO
Neste solo alumiado, meus descendentes, de 452 anos EUCLIDES onde ruge impune o jaguar…
fundo meu principado: declaro aqui na pista No próprio território de São Paulo, JAGUNÇOS
Feudalismo achamboado. colônia exclusiva nossa, paulista! donde seu nome é advindo, História de má sina,
Foreiros humildes vos declaro: Vem índia, estou comovido Paulistas em degeneração vem Heróis da indisciplina,
meus vassalos. prá este amplexo feroz, decaindo viveiro
Mansos tapuios, observo: de Vencedor e Vencido. aqui mamalucos idênticos, dos mais sombrios
sejam meus honoráveis servos. MÃE ÍNDIA renascem paulistas autênticos. e iluminados atores brasileiros.
E eu Vosso Senhor Feudal Nasce Filho de vencido CORO Congregados
achamboado com vencedor! Essa rude sociedade, pelas leis do banditismo disciplinado,
colonial. É Amor? guardada no meio do Rio, para lutar por essa terra,
CORO Seja o que for! da nossa unidade, ignota,
Nosso príncipe Domingos Sertão! VAQUEIRO E CORO incompreendida que me adota.
Nasço deste amplexo vigoroso olvidada,
AMPLEXO FEROZ bravo e destemeroso, é o cerne vigoroso da nossa nascente FUNDAÇÕES JESUÍTICAS
DOMINGOS SERTÃO como meu pai, nacionalidade! NA BAHIA
Vale do S. Francisco, Bandeirante Paulista, CORO EM LATIM
já muito povoado por mamelucos feroz e vencido como minha mãe, MOLDE ÚNICO Magnificat
progressistas índia nortista. (Tira-se o molde do vaqueiro, por Anima mea >>
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Magnificat solidões 3º MOVIMENTO: O sertanejo desengonçado,
Anima mea abrigo dos que não torto.
Et exultavi entram nos moldes TAÍ TÁ Hércules-Quasímodo,
Spiritus meo das colonizações. CORO reflete no aspecto a fealdade típica
In Deo salutaris meo CORO CARIRI Taí Tá! dos fracos.
CORO MARACATU RURAL TAPUIO Missionarios malucos aqui falam com O sertanejo é, O andar sem firmeza,
Pambu, Patamuté, Uauá, Tupã antes de tudo, sem aprumo,
Bendegó, Cumbe, Maçacará, Carairis com IôCanaã um forte. quase gingante e sinuoso,
Cocorobó, Jeremoabo, Tragagó, CORO DOS COLIGADOS Não tem o raquitismo exaustivo dos aparenta a translação de membros
Canché, Quincuncá, Chorrochó, Atacados por nós coligados mestiços neurastênicos desarticulados.
Centocé, Açuruá, Xique-Xique, Portugueses-negros-tupis, do litoral. Agrava-o a postura normalmente
Jequié, contra vós em guerra. Taí Tá! abatida,
Sincorá, Caculé, Orobó, Catolé. CORO CARIRI A sua aparência, num manifestar de displicência
ÍNDIOS REBELDES Encontramos proteção aqui entretanto, que lhe dá um caráter de humildade
Tapuios, pagãos nesse colo duro da terra. ao primeiro lance de vista, deprimente.
mesclamos CORO CARIRI E COLIGADO revela o contrário. E se na marcha estaca
aos nossos irmãos, A Terra Falta-lhe a plástica impecável, pelo motivo mais vulgar,
mocambeiros foragidos da prisão, se modela o desempeno, para enrolar um cigarro,
canhembora para as grandes batalhas a estrutura corretíssima das organiza- bater o isqueiro,
e quilombola silenciosas ções atléticas. ou travar ligeira conversa com um
Brancos escapos à justiça, da fé… É desgracioso, amigo,
Hoje não atacamos, cai logo
mas não batizamos. — cai é o termo —
MANTRA CARIRI de cócaras,
Cariri atravessando largo tempo
Jurema Preta numa posição de equilíbrio instável,
Tupi pora-pora-ema em que todo o seu corpo fica sus-
Tapui-retama penso pelos dedos grandes dos pés,
Tróia de Taipa sentado sobre os calcanhares,
FRANCISCANO com uma simplicidade a um tempo
No Baixo São Francisco ridícula e adorável.
paragens pouco apetecidas, É o homem permanentemente fatigado.
só as secas são bem recebidas, Reflete a preguiça invencível,
eleitas aos roteiros poeirentos, lentos a atonia muscular perene,
das missões… em tudo:
Serranias na palavra remorada,
nos fecham… no gesto contrafeito, >>
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no andar desaprumado, Não é mole não! Encavala em mim,
na cadência langorosa das modinhas, Gaúcho pica dura, te quero só pra mim.
na tendência constante à imobilidade é campeão! Doença minha paixão!
e à quietude. TORCIDA DO NORTE Devora o meu coração…
Entretanto, Mato o fracote, Sai Saúde,
toda esta aparência de cansaço o sertanejo antes de tudo num quero num quero
ilude. é um fórrti! que ninguém me ajude!
Nada é mais surpreendedor do que TORCIDA DO SUL num quero num quero
vê-la desaparecer de improviso. Puta que pariu! que ninguém me acude!
Naquela organização combalida É o melhor goleiro do Brasil!
operam-se, TORCIDA DO NORTE A ARRIBADA – DELÍRIO DA LUTA
em segundos, Mato o fracote, CORO BOVINO
transmutações completas. o sertanejo antes de tudo é… Solavanco único,
Basta o aparecimento de qualquer assombroso,
incidente OMULU atirando,
exigindo-lhe o desencadear das ener- VAQUEIRO FEITICEIRO OMULÚ de pancada,
gias adormidas. Sei de específico, eu curo adiante,
O homem transfigura-se. mais eficaz que o mercúro: revoltos,
Empertiga-se, de força e agilidade reza d’entrá no esprito do boi. misturados, embolados,
estadeando novos relevos, extraordinárias. CORO vertiginosos disparos,
novas linhas na estatura e no gesto; Taí Tá! reza d’entrá no esprito do boi. nossos corpos maciços,
e a cabeça firma-se-lhe, VAQUEIRO FEITICEIRO OMULÚ normalmente tardos e roliços.
alta, sobre os ombros possantes, DUELO - DESAFIO Não precisa nem ver o animal E vamos lá,
aclarada pelo olhar desassombrado e O MIDIADOR doente. E vamos lá,
forte; Vamos pra esportiva. Mira na direção que ele está, sente, não há mais conter
e corrigem-se-lhe, Na melhor maneira brasileira, mais pega o que pesa, reza… ou alcançar.
prestes, afirmativa CORO E vamos lá,
numa descarga nervosa instantânea, guerra por… pega o que pesa, reza… E vamos lá,
todos os efeitos do relaxamento futebol! Cabala riscada co’mastro não há mais conter
habitual dos órgãos; TORCIDA DO SUL cura cura pelo rastro, ou alcançar.
e da figura vulgar do tabaréu canhe- Não é mole não! cada pata do bicho no chão, Acamando as caatingas,
stro Gaúcho pica dura, dois gravetos descruzados pra cada árvores dobradas,
reponta, é campeão! pisão. partidas,
inesperadamente, TORCIDA DO NORTE AS SERTANEJAS estalando em lascas e gravetos;
o aspecto dominador de um Titã Mato o fracote, Estrela da doença, E vamos lá,
acobreado e potente, o sertanejo antes de tudo é um fórrti! Brilha Brilha E vamos lá,
num desdobramento surpreendente TORCIDA DO SUL Me queima, não há mais conter >>
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não há mais conter E vamos lá,
ou alcançar. E vamos lá,
Abatendo, apisoados, não há mais conter
os pousos ou alcançar.
que vão esvaziando dos habitantes VAQUEIROS NORBERTO,
espavoridos. BOCA TORTA e MANOEL
E vamos lá, Renovamos a lida:
E vamos lá, novos esforços,
não há mais conter novos arremessos,
ou alcançar. novas façanhas,
E vamos lá, novos riscos
E vamos lá, e novos perigos a despender,
não há mais conter a atravessar
ou alcançar. a vencer.
VAQUEIRO JOÃO ABADE OS BOIS
Vôo sobre este tumulto, E vamos lá,
arremessado E vamos lá,
impetuoso não há mais conter
na esteira de destroços dessa avalan- ou alcançar.
cha viva, E vamos lá,
ou alcançar. E vamos lá, numa disparada estupenda sobre E vamos lá,
E vamos lá, E vamos lá, barrancos, não há mais conter
E vamos lá, não há mais conter e valos, ou alcançar.
não há mais conter ou alcançar. e cerros, Milhares de corpos
ou alcançar. Destruindo em minutos e galhadas, que são um corpo único,
De repente feito montes de leivas, ferrão enristado, monstruoso,
desbordando as baixadas antigas roças penosamente culti- rédeas soltas, informe,
marulho de chifres; vadas. soltos os estribos, animal fantástico,
estrepitando Extinguindo, estirado sobre o lombilho, precipitado na carreira doida,
britando em lameiros revolvidos, preso às crinas do cavalo. rolando surdamente pelos tabuleiros
pedras esfarelando, ipueiras rasas. Já tenho companheiros em associada ruído soturno longo de trovão longín-
torrentes de cascos E vamos lá, escutaram o estouro da boiada. quo…
roçando rochedos altos. E vamos lá, CORO BOVINO E vamos lá,
E vamos lá, não há mais conter E vamos lá, E vamos lá,
E vamos lá, ou alcançar. E vamos lá, não há mais conter
não há mais conter E vamos lá, não há mais conter ou alcançar.
ou alcançar. E vamos lá, ou alcançar. E vamos lá, >>
38 39
2 ATO
0
40 41
samba turbulento, tudo vira cor de rosa
samba juntinho qu’eu t’esquento.
Ai méte méte méte mão, XAXADO
no pandeiro e no machete, SAPATEADORES
passa a mão na internet (ressucitando a festa)
e manda um e-mail Sapateadores Coletivos
prá Elisete Sapateatos muito Vivos
vâmo sambá, Sapeia Sapateador
samba turbulento, No Xaxado até a Dor
samba juntinho qu’eu t’esquento. Salta o Salto sem Sapato
Bata a Pata nesse Mato
BAIÃO Sapateato pá Pagode
OS CASADOS E OS SOLTEIROS Sapateia o nosso Bode.
Num carece nem casá,
pra ter tudo o que é de bão CORDAS HENDRIXAXADAS
vai machete, vai zabumba, DANÇANDO CÔCO MERGULHÃO
chora choro choradinho OS CABRA ARGOLINHA CANTADOR 2
chora chora o meu baião. Cabra berro Destalado ARGOLINHA Pra cantar nesta função,
OS CASADOS Deixo o Povo Perturbado Eu sou uma argolinha, Amiga, minha camarada,
Compromisso é compromisso, Ralho Malho a Viola. faço bem um Bem Casado, A “fama” deste sertão,
trago toda “obrigação”, Sola Esfola Cambriola. quem acerta minha rosquinha, Aceita a desafiada!
prá dançar a noite inteira, leva um beijo apaixonado CANTADOR 2
se perder pelo salão, SERENADA e me assume Até que um bardo se engasgueia
a Lua e as estrelas AS CABOCLAS BONITAS e me assume numa rima torta tosca feia titubeia
são a minha proteção, Pros caboclos as morenas, meu noivado. repinico o machete
se cair nessa fogueira, serenam serenas, agasalho o croquéte
acabô-se a salvação. em meneios vagarosos, DESAFIOS Valancha de riso me adota,
c’os cabelos phoderosos. CANTADORES saúda a vitoria da minha derrota.
TERREIRO Sertanejo desentope
CORO REVOLUTEIO Rap hip hip hop A SECA
O terreiro bem varrido, O SERTANEJO MOÇO Rima rima obra prima CORO
é lugar do alarido, Sertanejo muito moço, Cinco séculos de mote Teu ritmo acentua-se num
revestido de ramagens, cheiro um cheiro teu pescoço, CANTADOR 1 crescendo…
tamboretes e imagens, revoluteio, Nas horas de Deus, amém, e esperamos,
largos tragos da teimosa, agarrado Não é zombaria, não! resignados,
na noite transbordosa. corado envergonhado Desafio o mundo inteiro o dia 13 de dezembro.
vai despontar o dia mas c’o bicho alevantado. Pra cantar nesta função! (a SECA vem caminhando seu passo >>
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tardo.Os sertanejos esperam. De Penitentes Renasce energia!
repente a SECA pára, os sertanejos Impacientes SECA
abrem um corredor e se abaixam, mudamos nossos santos Tudo se esgota,
por trás deles vem Santa Luzia.) duns a situação não muda,
CORO proutros cantos. é a mesma de antes…
Rainha da eterna glória CORIFÉIA DA HEMERALOPIA Assoberbado de reveses, dobra-te
Mãe de Deus, doce clemente Nasce o dia claro, afinal.
Dai-nos água que nos molha Luz crua Vejo passar a tua porta a primeira
Dai-nos pão que nos sustente… fogo ondulando sobre a terra nua. leva de retirantes.
CORO Vejo, RETIRANTES
Meu São José aventurado vejo demais! Somos muitos,
Hei de te amar É uma pletora do olhar! uns após outros,
Ó corno O Sol se esconde na chapada, desaparecemos nas clareiras
abençoado… não vejo mais nada? numa nuvem de poeira,
CORO Noite me afoga inteira, na curva do caminho…
(Ajoelhando-se diante da SECA.) Cega Cegueira, SECA
No começo rezo, revezo moléstia da agonia, É o sertão que se esvazia.
olhos postos na altura, Hemeralopia. Não resista mais.
ou na baixura. Primeiro lampejo do levante, Vá via!
Penitentes dia da minha noite, Amatula-te num daqueles bandos,
Impacientes Cante que lá se vão formando
CORO Estou vendo veredas de ossadas debruando,
Santos milagreiros, minha vista está revendo, siga no êxodo sem guarida
cruzes medalheiros, Nasce o dia claro, onde não te mate meu sol
andores erguidos, Luz crua fonte primordial da vida. secar
hino fogo ondulando sobre a terra nua. CORO DE RETIRANTES Até qualquer dia
bandeiras do Divino Vejo, Você acredita te encontro lá
Lá vamos nós agora, vejo demais! que aí vai ficar É o sertão
descampados em fora, É uma pletora do olhar! todo dia que se esvazia
famílias em desvairio, O Sol se esconde na chapada, aguentando esperar aqui não dá
não já os fortes e sadios, não vejo mais nada? por um milagre santo Até qualquer dia
velhos Noite me afoga inteira, não fico te encontro lá
combalidos, Cega Cegueira, me vou É o sertão
enfermos, moléstia da agonia, pra qualquer canto que se esvazia
claudicantes, fodidos Hemeralopia. onde possa aqui não dá
carregando à cabeça Mas vem o dia cantar CORIFEU E A PROLE QUE FICA
as pedras dos caminhos, Vai Hemeralopia! sem a garganta Novos males vos aguardam, >>
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DITIRAMBO DA GIRA da evolução humana universal
CORO DE ENTIDADES E FAMILIA giramos
Cabeça gira n’outra estratosfera
cria iluminados doidos
procria viramos
recria no apelo constante
colonía pro maravilhoso
Baixou o Santo! do instante
negro amarelo branco coisas de inferioridades
cabeça decepada de pupilos estúpidos de divindades
por c’roa contaminada. morte e vida
Brancas pestes mesma irrealidade
Prestes incarnadas que vira
bruxarias que gira
heresias que pira
vindas maresias ziquizira!
emanando os corpos PROCISSÃO
cadáveres a beira dos caminhos, Ziquizira dondas d’spanto, A terra é o exílio insuportável,
vossas Hordas invadindo cidades, Ziquizira fados da c’roa o morto um bem-aventurado.
estradas bloqueadas, Cultiva nosso último pasto, fadando, MÃE
evitados como leprosos, apélo, sangrando, Hoje é um dia de festa
represas Humanas sem água fertiliza nosso próprio flagelo coloniando, entre minhas lágrimas
Prontas a irromper, imaginação brotas estranhos produtos todo canto. ressoem jubilosos machetes,
e morrer… estranhos frutos… samba referve turbulento ricochete;
DIABO GIRA DO PLANETA Anjinho você é o espelho,
RELIGIÃO MESTIÇA Diabo, CORO DE PUPILOS ESTÚPIDOS DA DIVIN- do último sorriso paralisado do fedel-
CORO FAMÍLIA trágico emissário do rancor celestial DADE ho,
Ilhados dominando a revivescência geral Cabeça gira felicidade suprema d’entrar no véu,
por todos os sertões Em comissão na terra gira pra felicidade eterna do céu!
que carregamos conosco CORO gira o globo séculos, ALMA DA CRIANÇA
onde quer que se vá Ferra! Ferra! gira o globo São pedro, São Pedro,
onde quer que se fique… CORO FAMÍLIA gira três séculos eu hei de gritar,
nossa cabeça cria São Campeiro! gira o globo abre a porta que eu vim
a cada instante Padroeiro! gira cinco séculos, com o meu tamborim.
miragens sombrias atenda nosso pedido, gira o globo, ALMA DA CRIANÇA e MULHER DE BRANCO
aterrorizantes descubra onde está Socorro! São pedro, São Pedro,
Cabeça gira nossa cabeça perdida. despeamos da gira geral eu hei de gritar, >>
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abre a porta que eu vim Quem é
com o meu tamborim. Meu deus?
CORO Será
São pedro, São Pedro, Será
eu hei de gritar, Será
abre a porta que eu vim Será que é você?
com o meu tamborim. Será
MÃE Será
Abre a porta São Pedro! Será
CORO Será que sou eu?
E quando eu lá chegar Será
Vai haver carnaval sensacional Será
Porque no fundo o samba Será
É doutro mundo Será que é você?
No céu há de haver um lugar CORO
Para a gente sambar Dom Sebastião?!?!
Quando a vida chegar ao fim São Sebastião!
São pedro, São Pedro, O Gay dos gays!
eu hei de gritar, Libertado!
abre a porta que eu vim Era este o esperado?
com o meu tamborim. Ressurreição imediatamente
Até pro mais descrente!
A PEDRA BONITA Aqui está
CORO Aqui está
Onde está Aqui está
Onde está O meu rei!
Onde está Ele é moço
O meu rei? Bonito
Era moço Criança
Bonito Reapareceu
Criança De nome São Sebastião
Desapareceu Aqui está
De nome Dom Sebastião Aqui está
Onde está Aqui está
Onde está Quem é
Onde está Quem é
Quem é Meu deus? >>
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Será Canta o canto,
Será Canta isso não.
Será CORO
Será que é você… Te amo Jesus
Nasce dia Canta o canto,
20 de Janeiro Canta isso não.
Em São Sebastião do Rio de Janeiro Te amo Jesus
um menino de alcunha Canta o canto,
Euclides da Cunha Não canta essa triste oração.
PicoAraçá, luz primeira do Sertão!
MONTE SANTO Jesus por nosso amor,
DIADORIM CORIFÉIA berra,
No Calvário da via sacra do Sertão canta,
CORO DOS IDIOTAS DE DEUS RESSUCITADOS bale:
COM SEBASTIÃO Não!
Muita queda, muita levantação. DITIRAMBO SERTANEJO POLIFONICO
JESUS SERÊNICO
Jesus na fixação Somos os Serenos
de chegar Deste mundo nós queremos
de chegar Nada de mais
a crucifixação Nada de menos
Caminho tão belo para chegar a céu Somos Serenos
tão machucado Somos os Serenos
CORIFÉIA Deste mundo nós queremos
Não aceita, Nada de mais
canta o bode Nada de menos
pra não ser sacrificado! Somos Serenos
CORO Uma esmola pelo amor de deus
Não aceita, Me desculpa
canta o bode Minha culpa
pra não ser sacrificado! Minha máxima culpa
JESUS Maldição!
Eu não. Quem pode fazer por nós,
Eu não. nesse certão?
Será que sou pagão? Público,
CORIFÉIA só vós!
Te amo Jesus Somos os Serenos >>
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Deste mundo nós queremos Piratas do mar extinto,
Nada de mais Disciplinando banditismo
Nada de menos distinto.
Somos Serenos… JAGUNÇOS
UM SERENO Mafiosos Banqueiros
A caridade pública BANQUEIROS
não vai Jagunços Mataderos
satisfazer a todos nós, JAGUNÇOS
Eu mereço mais que a bilheteria. Não roubamos qualquer coisa
CORO qualquer um
Passa tudo. nos governa um código
de guerra
GRANDE CANÇÃO DO CRIME disciplina incomum.
ORGANIZADO DELEGADINHO
CORO DO CRIME ORGANIZADO Positivo,
Chegamos co’as nossas bandeiras operante.
ganância garimpeira pacificantes
em busca do ouro da prata potentes
ruínando a terra co’as catas com intervenções neutras
Riqueza do solo roubando ante facções combatentes.
pobre ficou a terra Fazemos mais que os chefes das
ajagunçando guerras,
defrontamos então esta guerra Da América do norte, da Europa ou
Saqueadores da terra do Oriente.
Esgotada (olhando os chefes dos grupos com
de nossa ferocidade prepotência)
transmudamos Ação diplomática entre potências,
saqueadores de cidades justiça armadasem resistências
A terra empobrecida (grita indignado furioso)
desnudada não parlamentamos com criminosos
dá de graça bandidos terroristas, malfeitosos
salitre, mostramos como se faz
pólvora, nao ratificamos tratados de paz
chumbo e prata Mudamaram-se nossos atos
pro luxo da bala que mata. damos agora ultimatos.
Estamos em toda parte TODOS
alugamos nossa arte. Lutadores de diferentes facções
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comandos:
JAGUNÇOS
do capital
BANQUEIROS
vermelho
JAGUNÇOS E BANQUEIROS
TODOS
terceirizados
nossos bandos
rezam ações organizados
fundam
divorciados
uma só nação
alvorotados,
individados,
destroçados,
solitarios,
Sertões.
E éramos o povo mais honesto
do mundo.
EUCLIDES
Quando se tornou urgente
pacificar o sertão de Canudos,
o governo da Bahia estava a braços
com todas essas insurreições.
A campanha de Canudos desponta
da convergência espontânea
de todas estas forças desvairadas,
perdidas nos sertões.
TODOS
Um vulcão
reacendido da profundidade
dos mares extintos dos despesperos
inconformados das
camadas profundas,
presas, dos instintos.
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O H O M E M - PA RT E I
D O P R E - H O M E M A R E V O LTA
de Euclides da Cunha
TEATRO OFICINA UZYNA UZONA
FICHA TÉCNICA
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Danilo Tomic celta/português; colonizador; riobaldo; coro nô; iluminado s. joão ferreira;
sr. de engenho; bandeirante paulista; bispo sereno
sardinha; goleiro tafarel oliver kahn; cruzado Frederick Steffen celta/português; coroinha
cristão; george gardner; s. jorge; blindado do colonizador; bandeirante paulista; coroinha
banco central macro economy da catequese; coroinha de itapicuru; cruzado
Elenildo de Moura Uga mulato; gado no sal cristão; suçuarana; egun; s. sebastião; sereno
abençoado e sacrificado; garrote bravo; boi Freddy Allan asiático mongol tupy; índio
da seca; sereno; polícia; antoninho maciel brasileiro tupy tapuio; povo de azúcar/lusitano
Félix Oliveira celta/português; colonizador; de vieira; manoelzinho degredado português;
feitor/traficante de escravos; bandeirante sertanejo; vaqueiro; boi; cruzado cristão;
paulista fernão dias paes leme; noivo; mis- sertaneja caboclinha da festa; primeira leva
sionário do baixo s. francisco; coligado de retirantes; s. antônio
português; sertanejo; vaqueiro; cruzado Guilherme Calzavara celta/português;
cristão; coro nô; retirante; s. campeiro; sir colonizador; bandeirante paulista; marinheiro
lobby loteador ss da nau do bispo sardinha; noivo; missionário
Fernando Coimbra celta/português; maluco do baixo s. francisco; vaqueiro;
colonizador; rei de portugal; povo de cruzado cristão; ogã de gira
azúcar/vieira lusitano; joaquim degredado Haroldo Costa Ferrari celta/português;
português; noivo; foreiro do baixo s. francisco; pedro álvares cabral; colonizador; sulista
coro de catecumênos batizados; dilermando paulista bandeirante mameluco cruzado
de assis; cruzado cristão clark; maurício de nassau; capitão fragoso
Fioravante Almeida homo americanus tapuio albuquerque; coro de escravos e capatazes + de retirantes; mãe da pedra do reino; coro reino; coro renascido para ditirambo de
jaceguay; índio brasileiro tupy tapuio; índio gente da coroa do alto s. francisco; bárbara renascido para ditirambo de dionísio dionísio sebastião
pernambucano; índio caetê; povo de azúcar/ heliodora; sertanejo atacante camisa 10; sebastião; filha de ss Marcelo Drummond euclides da cunha
índio do exército de felipe camarão; povo de boi; cruzado cristão; coro nô; missionário Letícia Coura luzia homo americanus tapuio Mariana de Moraes asiática mongol tupy;
zumbi; tapuio pagão do baixo s. francisco; moderno; sereno; sto. expedito jaceguay; índia brasileira tupy tapuia; azúcar; índia brasileira tupy tapuia; índia escrava
canhembora; cariri; sertanejo; anjo corneteiro Ito Alves homo afer coro miscigenado; índia caetê; coro de índios concubina bandeirante; povo de azúcar/índia
anunciador/árbitro; vaqueiro desconhecido; Juliane Elting celta/português; colonizador; e vaqueiros do médio s. francisco; tapuio do exército de felipe camarão; povo de
mouro; morcego; primeira leva de retirantes; bandeirante paulista; órfã portuguesa; pagão; sertanejo; vaca; torcida sertaneja; zumbi; índia caetê; coro de índios do médio
homem bomba; corpo policial de delegadinho franciscana; coro de catecumênos batizados; deusa preguiça; moura; coro da família são francisco; tapuio pagão; vaca; mouro;
Francisco Rodrigues Rato cafuz; gado no vaca; cruzado cristão; coro nô; boi da seca; sertaneja; coriféia da hemeralopia; mãe da coro nô; mulher de branco; coro renascido
sal abençoado e sacrificado; tapuio pagão coro renascido para ditirambo de dionísio pedra do reino; coro renascido para ditirambo para ditirambo de dionísio sebastião;
do baixo s. francisco; quilombola; touro sebastião; filha de ss de dionísio sebastião; serena; jagunço banqueira filha de ss
vigoroso; boi desencarnado; corpo policial Karina Buhr celta/português; colonizador; Luciana Domschke celta/português; Mariano Mattos Martins celta/português; co-
de delegadinho donatária do norte scarlet a rara de pernambuco colonizador; sra. de engenho princesa isabel; lonizador; coroa espanhola; coro de escravos
Fransérgio Araújo celta/português; colonizador; parda nobre nordestina de casa grande & princesa holandesa de nassau; colono e capatazes + gente da coroa; boi; mouro;
bandeirante paulista domingos jorge velho; senzala; índia escrava concubina português; franciscana; coro de catecumênos coro nô; diabo; coro renascido para ditirambo
colono português; coro de escravos e capatazes bandeirante; povo de azúcar/índia do exército batizados; coligado português; sertaneja; de dionísio sebastião; banqueiro ruralista
+ gente da coroa do alto s. francisco; de felipe camarão; povo de zumbi; órfã torcida gaúcha; catimbozeira; vaca; ana Naomy Schölling celta/português; colo-
domingos jorge velho virado sertão; gaúcho portuguesa; franciscana; sertaneja da cunha; cruzado cristão; mascha; mãe nizador; tordesilhas; povo de azúcar/lusitana
arthur oscar; vaqueiro catimbozeiro; mouro; catimbozeira; vaca; coro nô; primeira leva da criança morta; mãe da pedra do de vieira; colono português; órfã portuguesa; >>
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franciscana; branco escapo à justiça; azúcar/negro do exército de henrique dias; Ariclenes Barroso galinha; d. João III; índio
sertaneja; vaca; cruzado cristão; côro nô; fundador do quilombo de palmares; coligado massacrado da missão de guaíra; coro de
boi da seca; mãe da pedra do reino; coro português; vaqueiro; boi; mouro; mulata escravos e capatazes + gente da coroa do
renascido pra ditirambo de dionísio sapateando no caixão; jesus cristo alto s. francisco; bezerro da vaca buchuda;
sebastião; serena; banqueira filha de ss Sylvia Prado asiática mongol tupy; índia coro nô da família
Otávio Ortega asiático mongol tupy brasileira tupy tapuia; bandeirante paulista; Edílson dos Santos mulato; el niño menino
Patrícia Aguille celta/português; colonizador; conceição degredada portuguesa; índia jesus; índio massacrado da missão de
caravela; bandeirante bartolomeu bueno – caetê; coro de índios e vaqueiros do médio guaíra; tapuio do baixo s. francisco; criança
anhangüera; eckout; degredada hermafrodita; são francisco; desenhista do molde único; morta; egunzinho; corifeu sereno ajagunçado
franciscana; branco escapo à justiça do tapuio pagão; sertaneja; torcida sertaneja; Edísio do Santos pardo; euclidinho; índio
baixo são francisco; sertaneja; secretária vaca; catimbozeira; s. luzia; joana d’arc; massacrado da missão de guaíra; coro de
polilíngue da patroa; mouro; coro nô; mãe da degoladora do sangue puro da pedra do escravos e capatazes + gente da coroa do
pedra do reino; buceta de pandora; serena; reino; coro renascido para ditirambo de alto s. francisco; alma da criança morta
banqueira ruralista dionísio sebastião; serena; jagunço Edna do Santos tupy tapuio; índio massacrado
Pedro Epifânio homo afer; negro escravizado; Vera Barreto Leite coroa portuguesa; seca; da missão de guaíra; povo novo do médio s.
antropólogo mc racional; escravo de casa repórter verônica bernardes francisco; bezerro da vaca buchuda; catim-
grande & senzala pernambucana; povo de Wilson Feitosa Jr. asiático mongol tupy; bozeirinha sertaneja; anjo guia de s. luzia
azúcar/negro do exército de henrique dias; índio brasileiro tupy tapuia; povo de Isabela Santana índio massacrado da missão
fundador do quilombo de palmares; jagunço; azúcar/índio de camarão; povo de zumbi; de guaíra; bezerro da vaca buchuda
quilombola; sertanejo; torcida sertaneja; índio caetê; tapuio do baixo são francisco; Jacqueline Braga curiboca; índio massacrado
touro vigoroso; suçuarana; diabo; coro sertanejo; boi; cruzado cristão; côro nô; da missão de guaíra; povo novo do médio s.
renascido para ditirambo de dionísio banqueiro ruralista francisco; bezerro da vaca buchuda;
sebastião; corifeu sereno ajagunçado Zé Celso antônio conselheiro catimbozeirinha sertaneja; coro da família
Ricardo Bittencourt celta/português; Zé de Paiva touro; homo afer; negro e Jhonatha Ferreira índio massacrado da
colonizador; padre colonizador; padre manoel scravizado; antropólogo mc racional; escravo missão de guaíra; bezerro da vaca buchuda
da nóbrega; funcionário da coroa; jesuíta de casa grande & senzala pernambucana; Laene Santana índio massacrado da missão
da missão de guaíra; jesuíta chamado povo de azúcar/negro do exército de henrique de guaíra; bezerro da vaca buchuda
pelo martírio de sardinha; padre do baixo dias; zumbi dos palmares; coro de escravos
s. francisco; papa de itapicuru; coligado e capatazes + gente da coroa do alto s. ATUADORES DO
português; sertanejo; vaqueiro; cruzado francisco; jagunço; waldisney; coligado MOVIMENTO BIXIGÃO
cristão; coro da família sertaneja; negro; sertanejo; torcida sertaneja; vaqueiro; Beiço - Gilmário Júnior
Sálvio do Prado celta/português; colonizador; mouro; s. josé; saci; coro renascido para Carolina Almeida
bandeirante paulista; mensageiro do norte; ditirambo de dionísio sebastião; sereno Débora Santos
colono português; noivo; coro de escravos e Geni de Lira
capatazes + gente da coroa do alto s. PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS Ivan Cardoso
francisco; sertanejo; torcida gaúcha; boi; Michael Laages bispo sardinha Juliane Lira
cruzado cristão; coro nô; s. pedro; primeira Renée Gumiel patroa do litoral Luna Oliveira
leva de retirantes; banqueiro ruralista Mariana Oliveria
Samuel de Assis homo afer; negro escravizado; ATUADORES MIRINS Talita Martins
antropólogo mulato; escravo de casa grande Aneliê Schinaider evangélica filha Thiago Martinho
& senzala pernambucana; povo de caçula de ss Xandy >>
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APOIO CULTURAL
Água Azul
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JACEGUAI
tel. 11 3159-5106
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PATROCÍNIO
SECRETARIA DE ESTADO DA
CULTURA DE SÃO PAULO
66 67
Rua Jaceguai, 520 - Bixiga
São Paulo - SP - Brasil
cep: 01315-010
tel: 55 11 3106 5300/3106 2818
www.teatroficina.com.br
teatroficina@uol.com.br