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1337-3
encruzilhada:
Vivemos cr u ci al
aticamente
com o Estado sistem
li d er an ç as
v il ip en d ia d o , se m
tes so b o
aceitas; com nossas men
iciona
domínio perverso do cond
stema
mento da mídia; com um si
do;
po lít ic o- pa rti dá rio apodreci
un1judiciário omisso e corrompi
do; a econoI1Ua sob a ditadura do
dólar e com risco de perder o rico
patrimônio natural mineral, gené
tico e hidrelétrico, e ainda os ins
trumentos essenciais ao processo
de industrialização; con1 parcela
de nosso povo submetida ao ge
nocídio da fome e à ameaça de
morte ainda no útero das mães
O AUTOR:
RESTA-NOS congregar todos os é engenhei
José Walter Bautista Vida!
em física. Pro
br�sileiros que tenhan1 compro ro com pós-graduação
es Federais da
misso sagrado com a Pátria civis fessor das Universidad
ia e de B ra sí lia e Es tadual de Cam
e militares, de todos os re antos� B ah
s, oc up ou vá ri as funções de co
pina
deste solo continental que é nos
do em go ve rn o es tadual e federal.
man
so, e dar um de Estado de Ciên
Foi o 1° Secretário
T ec n o lo gi a do B rasil, na Bahia,
cia e
B ASTA aos omissos, aos pusilâ 29 anos. Chefio u a Secretaria de
aos
. a In du st ri al co m o saudoso
nimes, aos c�rruptos e con11pfo Tecno lo gi
, ro Sever o Gome s e participou de
res, aos apatndas e aos traidores minist
das áreas indus
conselhos nacionais
aos oportu�istas e aos vigarisaas : trial ciênci a tecnolo gia e educaçã
.
.
o,
.
de tnnta inst1tu1-
' .
1
J. W. Bautista Vidal
Apresentação de:
Barbosa Lima Sobrinho
e Antonio Carlos de Andrada Serpa
2! Edição
\OZES
Petrópolis
1995
© 1994·, Editora Vozes Llda.
Rua Frei Luís, 100
25689-900 - Petrópolis, RJ
Brasil
SUMÁRIO
FICI IA TJ::CNICA
CO(JRDE/'lAÇAO f:DrrrJRJAI
A\•chno Gr.iss1
EDITO!?:
Antonio íh: Paulo
COORDEt\l�Ç.AO JNDl1.q'R/A/
Jose Luiz C�slTo
Um Depoirnenlo. .. . . . .. .. . .. . . . . . . . . . . .. . . . . .. . . . . . . . . . . . . . 19
1. l nlroducão. . . . . . . . . . . . . .. . . .. .. . . . . . . . . . . . . . . . . .. .. .. .. . 21
.
ISBN 85.326.1337..J
· · · · · · 57
Protecionisn10 Inglês e Norte-Americano.
Si111ilar Nacional . .. . . . . . . .. . . . .... . . . . . . . . .. . .... 159
Capítulo II
4. Privilégio do Monopólio das Patentes. Ameaças de Retaliação.
EIRO . . .. .. . .. . . . 59
DEMOLIÇÃO DO ESTADO BRASIL
. . . .
l. lnb·odução.... .. .
· ·
3."Estado Míni1no".Estado Legíti1no e Estado Deli11qüe11te. A Nacional. A Aparente Fraqueza Brasileira. Ação dos
Nação e o Estado Brasileiros. Estados Regionais . .. . . .. . 67 Tecnocratas e Diplomatas: Capitulação "A Coerção
Liberalizante e a Voragem Protecio11ista".Era Reagan/
4. Programa Nacional de Desestatização - PND . ... . . . . . . . 7 4
Tl1atcher. O Relatório Brandt e a ReL1nião de Vail. As
5. Banco do Brasil, ltamarati e as Forças Arma das. .. . . . ... 87
Declarações de Nova Delhi, Punta dei Este e San Carlos de
6. Modelo de Crescimento Econômico Per\1erso: Bariloche .. . .. . . . ....... . . .. . . . ... .. . .. .. .. . .. . 168
6. Adesão do Brasil à Convenção de Paris.Código da
Antidesenvolvimento. O Papel dos Tecnocratas e dos Cenb·os
Acadêmicos na Cooptação das Idéias Neoliberais. Os
Propriedade Industrial.Indústrias e Patentes Farmacêuticas.
Empresários Nacionais. ... . . .. . . .. . .. .. .. .. . .. ... .. 89
O "Trator" Neoliberal. Patentes Metalúrgicas. Patentes de
7. A Equação Tecnológica, uma Questão Crucial. incompetência Seres Vivos: Microorganismos e Genes 1; umanos. Deificação
dos Tecnocratas para Desenhar o Projeto Nacional. Livre do Mercado. .. .. ... . . .. . . . . . ... . . . . . .. . . .. . . . . . . 184
Mercado, Produtividade, Com1)etitividade, 7. Transferência do Patrimônio Genético Brasileiro para o
Fim da História e outros Conceitos. O Estado Privatizado Con\.Jole Externo. Os Contratos de Transferência de
Confronta a Nação . ... . . . . . . . . . . . . . ... . . .. . . . . . . . . 96 Tecnologia e os Atos Norn1ativos do INPI.Política de
8. Consenso de Washi11gton . . .. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110 Produção Tecnológica Nacional. Averbação dos Contratos de
Tecnologia Externa. Severo Gomes e Thomas Jefferson. O
9. Breve 1-Iistória do Processo Inflacionário. O Sinistro Palácio E1nergente "Mercado" da Manipulação Genética e dos Ge11es
da Inflação.O Plano l�eal. . . .. . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . 119
Hu111anos . . . . . . .. .. . . . ... . . . . ... . .. . . . . . . . . . . . . 193
10. A Grave Doença da Corrupção, seusNíveis . . . . . . . . . . 126 8.Energia, Principal Fonte de Poder Camuílada pela Ditadura
.
O s Apo ios . . . . . . . .. .. .
• • • • • • • • • • • • •
•
• • • • • • • • • • • •
151
•
-
APRESENTAÇÃO
9
•
1
�urioso e contrO\'erso: o da co1 lrad1ç ao c11Lrc
�
11acio1 1alisrno
CJcupa da 1.,ei das Palenles, esmiuçando, peça por peça, o que
dos inilitares, que neles é co1110 que i11l ri11sc co. e as <ll'cisões
<.>
ela representará se concretizada. Porque, na verdade. Ludo
econômicas que, reaJmente, presidiram as suas ações e deci ocorra. Livros como o de Bautista Vida! representam um
sões. Bautista VidaJ, conseqüentemente, alinha a anáJise de serviço patriótico, em defesa do que existe de nacio n al em nós.
decisões dos governos militares que foram calcadas na preser Setembro de 1994
vação dos interesses do Brasil. Barbosa Lima Sobrinho
Lido como capaz por si só de solu cion ar os problemas, o poder ria ou Suárez. Agora, o que me faz admirar neste descendente
antes detido pelo Estado ou em que o Eslado Linl1a participação. de galegos de Puenlea reas é o patriot i smo inflamad o. esclare
cido e sábio de brasileiro de primeira geração. magnífico
a] exami11a a fundo os
O minucioso estudo de Bautista Vid
principais aspectos de que se revest exemplo para todos nós.
iu ess a des tru içã o do Estado
er1tre nós e de que as privatiza Aquele grito de protesto que parte da consciência dos ue �
ções em cur so f ora111 instrume11to
essencial, alienando o patrimô amam o Brasil - e veem o povo brasileiro, sofredor e aflito.
nio público de 1n or ad a e progres
\1Ílima da classe dirige11Le. egoísta e traidora. desc on1promissa
da do inleresse nacio11al. está 111agistral111ente expresso 11os tr ê s
sivu111l.,11Le co11slrufdo co
m o sacrifício do po vo brasileiro. O
uut«JJ de11t111c1a con1
particular veemência a c:1111eaça que tal
11
)IJ
-
à nossa vista, estão as grandes corporações, senl1oras do Mostra a in1ensa burla que é a chan1ada Lei das Palentes.
quando os america11os, falsos propugnadores da liberdade do
Mundo. Uns e outros sufocam as suas contra dições , geradas
comércio, organizam poderosa reserva de n1ercado para suas
pelos interesses nacionais em conflito e pela busca do lucro a
corporações nas áreas de medica1nentos, alimentos e insL1mos
qualquer preço, para criar Nova Orden1 Internac ional e Nova
agrícolas, que ll1es lransf erirá recursos anuais adicionais de
Divisão Internacional do Trabalho.
cerca de 61 bill1ões de dólares. . É o que informa Nol1am
Com o domínio do fluxo de capitais financeiros, simples
.
13
12
verdade e a me11tíra, entre a virtude e o vício, leva o Preside nte das Forças Armadas que entregaram o real Poder a tecnocratas
da maior nação católica a aJinhar-se com os países ricos, como Roberlo Campos, Delfim Netto e Mário Henrique Simon
genocidas, aceitai1do novos significados semânticos para defi sen, representantes do poder econômico dos banqueiros, gran
nir a família e a independência da mulher em relação ao próprio des empresários e corporações transnacionais. Esses ministros
corpo. Incentiva, assim, a divulgação do uso de todos os meios acentuaram a dependência externa do modelo econômico de
de controle da natalidade, sobretudo o aborto. Isso faz o Brasi l Juscelino ao darem predominância aos aspectos financeiros de
confrontar geopolitica1nente suas posições anteriores em BL1- conlrole exlerno e à conce11Lração da renda a favor dos patrões
careste, em 1974, e no México, em 1984, permili11do que as inlernos e exlernos. Assi1n, despojaram o povo brasileiro dos
nações 11egemônicas promovan1 o envell1ecime11lo das l)Opula benefícios do crescimento econômico, o que levou o presidente
ções do Terceiro Mundo, o que, perdida a di11ân1ica social Médici a afirmar: "O País vai bem, mas o }Jovo vai n1al".
natural, traI1sformará seus po\1os em escravos co11formados. Se
os bra11cos da África do Sul ti\1esse111 esterilizado as 11egras,
Com a chave do cofre, os tecnocratas julgaram-se onipoten l
tes. Acabaram con1 a autonomia dos Ministérios-fi111 e reduzi
Mandela até l1oje estaria na prisão...
ram o Pod er à Faze nda e ao Plan ejam ento , ou seja ,
Nova ameaça ao Brasil está em curso se o Co11gresso exclusivame11te ao financeiro. Ignoraram o problema tecnoló
Nacional aprovar o estabelecido na oitava Rodada Uruguai do gico, não compreenderam, ontem e hoje, que os pacotes tecno
\
GATI. concluída em Ma1·rakesl1, em fevereiro de 1994, onde lógicos exógenos só serviam para aumentar a dependência do
teve a aprovação do governo brasileiro. Mais u m desserviço do País e, como conseqüência, acentuaram o fluxo de recursos
,,
. . .
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14
o modismo do Estado mínimo virou 1nela JJara empresários te nd o cl1egado a 67% em 1993, destina-se ao pagamento dos
e banqueiros impatriotas e ignorantes de seus próprios i11teres serviços das duas dívidas, especialmente a da interna
ses. A etapa final, na mell1or das hipóteses, será a transformação , . . .
E, no m 1n 1m o, curioso que não ocorra ao governo da
,
r
do Brasil em colônia, sem necessidade de ocLtJJação milit;:ir. Pior
orde1 1s a essa fortaleza da corru1Jção que é o Banco Central
ainda será o total esfa celam ento da Naçã o. do mi n ado pelos bancos tJrivados e patrões estrangeiros, para'
Após desmistificar o problema tec11ológico, Bautista Vidal qu e pr om ov a u1n novo perfil da dívida interna. Pelo contrário
estende sua mordaz crítica ao que chan1am "procura da produ co m a criação do real promove-se sua conversão a dólares . .. '
ti\1idade11 e mostra como dessa busca já resultou, somente 11os
países ricos, 34 milhões de desempregados. Problema insolúvel
A ex1Jlicação da espoliação de países periféricos pelas
naç ões 11egemônica s é, Lalvez, o ensinan1e11to mais esclarecedor
1
para eles, o que os leva a agravar a espoliação dos países e fecundo deste novo livro de Baulista Vidal. Vendo esgotarem
periféricos, criando gigantesca n1assa de desempregado s e se seus recursos naturais e diante de uma crise energética
apocalíptico ge11ocídio. Ao mes1110 tempo, fecl1a1n suas fro11tei i11so lúve l, as IJOtências econôn1icas precisam das terras tropi
ras e ressuscitam o racismo e o nazismo. cais do Terceiro Mun do. daí a "lei das patenles", a ameaça sobre
Quanto ao Brasil, de capital escasso e mão-de-obra abun a Ama zôni a brasileira, sobre as nossas empresas de economia
dante, fica evidente a irracionalidade desse índice qL1e visa o 1nista estratégicas e as intervenções militares que vêm ocorre11-
desemprego, a título de aumento de con1petitividade, esquecido do em oulras partes.
que o objetivo do Estado é assegurar o Bem Comum . A conclu são do livro é u m 11ino de fé e de confiança nos
Bautista Vidal explica a origem das duas dívidas, a externa destinos do Brasil. Se esses maus brasileiros que conduzem
e a interna. A primeira, coroa de louros do senl1or Si1nonse11, nosso destino 11á tanto tempo não conseguiram ainda destruí-lo,
e a segunda, do senhor Delfim. Após 11avermos pago, entre 82 é a mell1or prova de que a existência de um Projeto fundame11-
e 92, cerca de 130 bill1ões de dólares pelo serviço da dívida tado na poderosa Vontade Nacional poderá fazer do Brasil a
externa, pelos danosos acordos assinados por Fernando Henri grande n ação do sécL1lo XXI.
que Cardoso e em m á hora apro\1ados pelo Senado, pagaremos Se a Cl1i11a e a India, co1n tantos fatores adversos, conse-
,
ainda mais 1 8 milhões de dólares anuais, durante trinta anos... guem levar avante um Projeto de Nação, é evidente que, mercê
Quanto à segunda, impatrioticamente dolarizada pelo governo de Deus, quando o povo brasileiro, em todas suas camadas,
Itamar para criar o real, os juros a sere1n pagos, em "rolamen empresários co1npro1netidos co111 os destinos nacionais, a classe
tos de curto prazo, inviabilizarão o Plano Real ou qualquer
" média e, muito especialmente, a juventude lerem e compreen
outro que venha a sucedê-lo. derem o livro do professor Bautista Vidal, certamente defende
Bautista Vídal deixa evidente e claro que o Brasil transfor rão a qualqu er preço a marcl1a que leva o imbatível PROJETO
mou-se em refém do sistema financeiro internacional e, inter NACIONAL, em prol do Brasil.
namente, dos bancos privados, cuja participação já é de 17% do Setembro de 1994
PIB, ultrapassando de 1nuito os usuais 5% nos países ricos. General de Exército Antonio
Explica ainda por que não há recursos para pro111over o Carlos de Andrada Serpa
17
16
1
Capítulo 1
40 ANOS DE P DOXOS E
CONTRADIÇOES
-
UM DEPOIMENTO
•
1. INTRODUÇÃO
21
Não é fácil, no enta11to, ide11tificar o elo comu1n ao lo11go desse ponto de ter sido 0 q �e . mais ava11ç�u no período e 0 primeiro
periodo, se não for escoll1ido como base de análise um seLor seto r do Estado bras1le1ro a ser obJeto de desmonte, iniciado
sensível e estratégico do mundo contemporâneo em que as no último governo militar.
características de dependência e, co�o co.nseqt.iê11cia, de subjuga.
_ _
ev1denc1adas . A guisa de depoimenlo, esco
ção fiquem facilmente
lhemos o setor tecnológico, por ser o que melhor conhecemos e 2. A GERAÇÃO UNIVERSl'l'ÁRIA DOS ANOS 50. OS
o que reúne, a nosso entender, essas caracteríslicas. CIENTISTAS, O CENTRO BRASILEffiO DE
É 11ecessário ainda aproft1ndar essa análise na fase do PESQUIS AS FISICAS E A UNIVERSIDADE DE
•
regime militar, tendo em vista os paradoxos e as co11tradições STANF ORD. O MODELO DA UNIVERSIDADE DE
enb·e a tradição nacionalista dos militares e a natureza entre B RASÍLIA
guista do regime. A complexidade dos acontecimentos dessa
fase de envolvimento dos nacionais em questões ideológicas da Em março/abril de 1964, co111 29 anos de idade, dirigíamos
"guerra fria", que no fundo refletia1n os interesses das duas o Departamenlo de Física do lnslituto de Maten1ática e Física
superpotências, perturba sobremaneira a identificação do que e ensinávamos Física na Escola de Engenharia da Universidade
interessa para o Brasil. Por isso, foi e\1itado neste livro 0 Federal da Bahia - UFBA. Havíamos regressaclo, no segundo
envolvimento com essas questões ideológicas que dividiram a se1nestre de 1963, de L11n longo J)eríodo 11os EUA, em programa
sociedade brasileira e dificultaram, se não impediram, o pros de pós-graduação (doutorado), na Universidade de Stanford."
seguimento do Projeto que vinl1a sendo construído desde os Para nossa desvantagem, en1 todo o período de graduação
anos 20. e pós-graduação 11ão tivemos participação efetiva em política
Acreditamos não haver decorrido tempo suficiente para estudantil, embora vísse111os com simpatia quem dela participa
realizar-se análise isenta e co1npleta sobre o período militar, va. A i11fluência de meus pais, imigranles que Liveram de
embora já se tenl1a1n passado clez anos de seu tér1nino. Feridas enfrentar duras condições iniciais, aspirando dar edL1cação
ainda estão abertas e muitos de seus atores estão vi\1os, sujeitos su1Jerior aos fill1os, talvez explique parcialmente esse caminl10.
às emoções de suas vivências, aos preconceitos ideológicos da Quando ocorreu 64, não fomos diretamente atingidos. O
época e a uma visão dos aconteci1nentos ainda não depurada mesmo i1ão ocorreu co1n alguns auxiliares na Escola de Enge-
pelo tempo. 11l1aria, aos quais procuramos proteger. Jovens como eu luta
E, entretanto, muito oportuno e necessário que os depoi- vam para construir um Brasil mell1or, não colonizado. Isso era
,
mentos desses atores sejam recoll1idos porque serão sobre eles suficiente para que fossem colocados na categoria de suspeitos
que se recomporão os fatos e escrever-se-á a história. Os IJOr aque les que, oportu11istas1 se aproveitavam da situação. Na
depoimentos são sempre de natureza pessoal, nas circu11stân escuridão, todos os gatos são pardos ...
cias vividas, mesmo porque, como afirma José Ortega y Gasset: Pert ence mos a uma geração de jovens estudantes univer
"O homem é visto de modo amplo e profundo quando conside sitários que, muito antes de obter o diploma, já vislumbrávamos
rado no contexto de suas circunstâncias. É do conju11t o das as alternativas de traball10. Cerca de 70% de meus colegas na
ações dos homen s e suas circu11stâncias que se faz a l1istória . Esc ola Politécnica da Universidade Federal da Bahia já estavam
Este depoimento restringe-se ao ca1np o da tecno logia que, com promi ssa do s em trabalhar na PETROBRÁS, em plena
embora amplo , estratégico e decis ivo no jogo do poder 111undial, ex pa ns ão e con1 grandes desafios pela frente. Pessoalmente,
não se localizava no centro dos conf litos de 64. Dep ois, com a op ta mo s po r realizar a pós-graduação em física, não por falta
de tra ba lho , ma s po r aspiração profissional, estando, então, a
evolução do regime, foi-se torn and o mai s e mai s imp orta nte, a
•
23
energia nuclear em destaque mund ial. Relem bramos esses
N a rnesm a época, pairticipamos intensamentte da Reforma
aspectos com b·isteza ao constatar � que, sen1 qualqu er justi fi
Univ ersitária e do planejamento dos novos institutos de ciên-
cativa válida, fizeram com o Brasil, lamentan do a falla de . matemática por ela criados e construídos no
c as básic as e
perspectivas de traball10 que 11oje existe para os jo\1e11s, frLito
de um modelo econôn1ico ant ina cio nal .
� in p us ui1iversitário. Con10 se pode verificar, foi um per íodo
Fracas Radioatividades e o Centro de Ensino de Ciênci as da O fato de a UnB estar sofrendo processo de desmantela
Bahia - CECIB A -; este último para treinar professores secun mento, por complicações com o regime militar, não impediu
dários em ciência s natura is e matem áticas, com os novos que outras universidades a tomassem como modelo, revivendo
métodos de ensino que resultaram da reação do Ocide nte ao 0 que estava sendo destruído. Esse exemplo mostra que o
vitorioso lançan1ento do "sputn ik" pela União Soviéti ca. Mais regime não se constituía em sistema monolítico e que sua ação
de 200 professores foram treina dos, o q u e ocasi onou uma dependia muito da visão dos atores envolvidos.
revolução no ensino das ciênci as, acoll1 ida com grand e entu
Ainda que alguns setores estivessem envolvidos no jogo
siasmo pela mocid ade, sobre tudo naqu ilo q u e se referisse ao
ideológico da "guerra fria" e, portanto, não necessariamente
conhe cimen to da natur eza. Como decor rênci a, as Feira s de
vinculados aos i n teresses brasileiros, muitos militares com
participação direta en1 64 eram nacionalistas. Não importa,
Ciênc ias proliferaram . Como semp re tem ocorr ido nos casos de
sucesso, o CECI BA foi posteriorm ente desm ontad o .
neste momento, saber das i nte11ções - são coisas do passado -,
Com o objet ivo de darm os voca ção local a o ensin o e à mas considerar os fatos; ou seja, os resultados.
pesq uisa em física, mon tamos, em conv ênio com a PETRO-
O prim eiro governo milita r, no entanto, entregou parcela
BRAS, o Curso de Espe cializ ação e111 Geof ísica , por meio do
,
24 25
inte resses de seu povo, não aceitando ideologias de qualquer
pela ditadura financeira, que destrói o econômico e o social os
nação, nã o era cogitada .
sem qualquer vinculação com a realidade do País e se � dos lad os da do mi
compromisso com a Nação, nem com nossa cultura. Qua11do ocorreu 64, alguns desses cientistas foram presos
Livera n1 de responder a inquéritos policial-militares, outr os
Diplom ado em engenl1 aria e antes de seguir para Stanford e
realizamos, nos anos 1959/61, trabalhos de pesquisas e1n físic � fora m para o exlerior. para algt111s dos principais países capita
no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas - CBPF, sob a listas . onde foram muito bem recebidos . Sucedia, entretanto,
orientação do cientista austríaco Cuido Becl<. Esse Centro que algu11 s inqLtiridores, entre aqueles de maior visão, termina
reunia um grupo extraor dinário d e físicos brasilei ros de n ível vam se identificand o com o idealismo patriótico dos acusados '
internacional, como Cézar Lattes, Jayme Tio1nno, José Leite admirando sua coragem e sua dignid ade; terminavam os inqué-
Lopes, entre vários outros, todos i1nbuído s do ideal patrióti co ritos co11gra tuland o-se com os supostos "comu11istas". Não
de dar ao Brasil um n ível científico compará\1el aos melhores esque ça111os. no entan to, que o ambie nte estava envenenado e
do mundo. que, co1110 a história ensi11a, o lado sórdido das sociedades em
Esses cientistas, concei tuados interna cionalm ente, sofriam tais circun stânci a s procL1ra tirar vanlage11s pela \1ia da subser
restrições por pa1te de dirigent es ditos conservadores que nada vi ên ci a e d a de la çã o.
conservaram salvo o q u e era contra nosso futuro, nossa gente, Foi a convivê11cia com esse grupo excepcional de cientistas
nossa cultura . Fascina dos por tudo o q u e \1en1 d o 111undo qt1e come çou a despe rtar nossa atenção para o jogo em que
hegemô nico, ignoram e desprezam o que é nosso . Mais do que certos países se atribu e1n o papel de do1ni11ar outros, contando
conservadores, são principal mente desltrmbr ados e servis . Não para isso com a coni vênc ia de nativos servis. sem amor à sua
admitem entre os brasileiros os que igualam e até superam seus terra. Esse ente ndim ento foi apro fund ado em Stanford, cujo
equivale ntes nos países ricos. Assim, consider am nossos melho Depa rtam ento d e Física estava diretame11te envolvido nos
res cientistas, por serem homens indepen dentes, admirad os e fund amen tos científicos de algum as das princ ipais armas da
respeita dos em toda parte, como homens d e "esquer da", haven "gue rra fria" . Wolfgang Panovsl<y, uma espécie de ministro de
do nisso uma conotação pejorativa que nas circunst âncias da assu ntos n u clear es do pres ident e l\enn edy, era nosso }Jrofes
época era mais perigosa: a de serem comunistas. sor, assi1 n com o três prêm ios Nobe l .
Esses cientist as eram cidadão s brasilei ros q u e tinham Vivi a-se n o Dep arta n1en to q uestões centrais do poder mun
trabalJ1 ado em organizações de elevado ]Jrestígio interna cional dial . Nas prox i1nid ade s de Stan ford, estavam localizados impor
tipo Institu to d e Estudo s Avança dos d e Prince ton, e na � tantes centros industrial-tecnológicos com implicações mili tares
dire tas . E m torn o à Univ ersi dad e, estava-se mon tand o o que
melhor es t1niver sidade s do mt111do . Algun s co1n seus nomes
i nscritos na 11istór ia da Ciênc ia. N a verdad e, são indiví duos dep ois veio cha mar-se o "va le do silíc io", que liderou a revolu
altam ente capac itados , profun damen te compr orneti dos com o ção mundial e m i n formática.
futuro d o Brasil , q u e não se subor dinam à menta lidade colon ial Era 1n no sso s col ega s da Un iversidade os que , com o
da classe dirige nte brasile ira Por tudo isso, eram consid erado s sup ort e ess enc ial d e gra nde s programas do governo americano
e
inimig os do poder q u e 11os strbjuga e, como conse qüênc ia, (nu cle ar, esp ac ial , d e mí sse is etc . ), co me çava1n a montar ess
do
comu nistas, na termi nolog ia típica da ''guer ra fria": ou se sof ist ica do pa rqu e i n dustrial e de serviços. Hoje. o Vale
hões
subor dinav am a trm dos lados da bipol arida de, ou eram classi Sil íci o representa u m faturarnento anual de cerca de cem bil
ficados como perte ncent es ao lado opos to. Não havia meio d e dól are s .
termo. A hipót ese de estar em comp rome tidos com a cultu ra e ca de St an fo rd ci rc ul av am . no
P el o D ep ar ta m en to de Físi .al .
m un di
in íc io da dé ca da do s 60 , fig ur as ce nt ra is do poder
27
'
Respirava-se a 1nesma atmosfera de se11timento nacional que aq ue le qu e participou ativamentte dessa campanl1a patriótica
tínhamos vivido no CBPF, no Rio, embora, como era nalural ve io a sofrer posteriormente perseguições da "direita", identi
nas circunstâncias, com forte polaridade ideológica. No entan ficada com o regime militar.
to, lá, nenhum cientista foi jamais co11siderado inimigo por ter O ma is, paradoxal é que foi no período mi litar que a
o senti1nento nacional aguçado; ao contrário. eles era111 reve PETRO BRAS teve a sua estrutura integrada e consolidada,
renciados como heróis da luta contra o comunismo que, na cria ndo os parques pelroquímicos e de fertilizantes, descobrin
visão deles, era o inimigo. do imp ortantes reservas e principalmente adquirindo a compe
Essa constatação põe em e\1idência que as coisas ocorrem tência nec essá ria para enfrentar as descobertas da plataforma
de modo difere11te nas colônias e nas metrópoles. E, todos os con tine ntal e do mar profundo, neste caso transformando-se
que vivemos essas circunstâncias e que por molivos culturais em detentora da melhor tecnologia mundial.
e espirituais não estávamos "deslumbrados" com os EUA, Ade tnais , a política de substituição de impo rtações, que
revigoramos nosso patriotismo, a que éramos i11duzidos até tomo u corpo no período, permitiu amplo desenvolvimento da
pelo próprio exemplo. Somos antes de tudo brasileiros e temos indúst ria nacion al, especialmente nos setores de bens de capi
de honrar essa condição, não somente como uma questão de tal, insumo s básicos e energia. Igualmente, foi no período
dignidade pessoal e de compro1nisso com nossos fill1os, mas militar que as empresas de economia mista básicas e estratégi
acjma de tudo por i mperativo existencial. cas ocuparam espaços econômicos importantes. De outra ma
neira teriam caído em mãos de corporações transnacionais ou
não teriam desempenl1ado o papel que delas se esperava dentro
MILITARES BRAS II.EIROS E O ENTREGUISMO DO Foi nesse período, graças ao presidente Geisel, que o Brasil
REGIME. IMPLANTAÇÃO E DERROCADA DOS rompeu os acordos militar e nuclear com os EUA, o que
REGIMES MILITARES NA AMÉRICA IBÉRICA permitiu amplo desenvolvimento industrial, especialmente em
áreas sensíveis, algumas delas posteriormente desmanteladas
com o avanço do neoliberalismo. O acordo militar de 1952
Portudo isso, é necessário que entendamos, d e uma vez �
29
2H
•
31
30
I
(
metrópole hegemônica. As classes di rigentes desses países, no caso ele um subsetor da informática - o de minico mputado
formadas nessa ideologia/ excluem todos aqueles que não res -, e todos conhecemos a reação contrá ria a que deu origem ,
seguem a mesma cartilha. promovida por tartufos nativos. Onde, porém, o modelo esta
beleceu processo perverso e suicida para nossa autonom ia foi
•
33
0
pelos estudantes, enb·e os quai s o diretor. Depo is clisso veio
trágico Ato I11stitL1cional n2 5. sua reunião anu�I. Tivemos a respomsabilidade local de coorde-
pr imeira Secretaria de Es tad o dessa na tur ez a n transfor1nou-se rapidai11 ente na mais i1nporta11te i11sbtuiçao
o País. No ssa
reação ini cia l foi de cli na r do co nv ite , po rq ue co nacional com coinpetência internacional nesse setor. N o campo
ns ide rá va mo s
im possí ve l lev ar av an te tal 1ni ssã o n o contexto petroquímica, a grande vocação do Estado, o objetivo do CEPED,
po lít ico . Ma 11i Camaça . era
r1,
com a i111plant ação do Pólo Petroqu ímica de
festa mo s Iea lrn en te es sa po siç ão ao governador. .
Su a re aç ão foi
im ed iat a: ''Você está se referindo à po lil ica ll1a capacitar-se para enfrentar com os pró1)rios mei?s a pre�1 �ta
e não à po lít ica .
S e nã o tiv es se co nd içõ es de criar essa Se expansão do Pólo e, então, libertar-se da dependência teci1ologica
cr et ar ia ise nt a de
externa. Não se esperava, poréin. a forte rejeição dos sócios
po lit ica lha , eu nã o a criaria. Foi pr ec isa me nt
e por iss o qL 1e o estrangeiros - sen1pre 111inoritários i10 caso petroqu1m1co - ao
' .
'j 35
1
ram-se 23 anos desde a criação do CEPED e seL1 principal
objetivo, que seria sua natural vocação petroquímica, não pôde corporações. TamlDém essas corporações não teriam qualquer
ser levado avante. motivação para associar-se com o capital privado nacional, se
esse não eslivesse já ocupando uma parte do mercado nacional
A expansão do Pólo, quando sucedeu, se deu com cuslos
do selar. Nesle último caso. em se dando a associação, a
tecnológicos relativos muito superiores aos clispendidos em sua
experiência Lem den1onstrado que a motivação maior é procu
fase de instalação. E a dependência tecnológica decorrente da
rar, posleriormente, expelir o capital nacio11al do mercado. Daí
imprudência de como se negociaram - ou não se negociaram
a presença da PETROBRÁS, via PETROQUISA. O modelo,
- os pacotes tecnológicos externos somente fez crescer, arn
entretanto, se mostrou mais frágil do que se esperava, por causa
plian do-se consideravelmente com a expansão . Com esse exem
da componente tecnológica, sempre dominada pelo lado exter-
plo fica evidente qL1e de pouco vale o controle acionário se 11ão
no.
se tem o controle do processo tec110Jógico. "'
abrir ama perigosa brecha n o monopólio co11stitL1cional. sem essa con1petência, é não saber de que se eslá falando. E
Com o. esvaziamento da PETROQ UISA , em vias de cons u coisa de "contador" ignorante ou e1npresário lipo PC Farias,
mar-se, pela transferên cia de sua part icipa ção acio 11ária para nunca de industrial ou produtor sério. O senhor Roberto
grup os priv ados , desm onta-se u m dos seto res mais fortes d e Campos, e seguidores, sempre propugnaram a inata incompe
cap ital nac iona l, pre cisa men te pela pre sen ça da PET ROB RÁS tência dos brasileiros, por definição, especialmente no campo
com o sóc ia de emp res as priv ada s nac ion ais, em ass ocia ção com tecnológico, sobre o qual aquele senhor desfruta de absoluta
ignorância, se considerarmos o que escreve e o que diz. Essa
pod ero sas corporações estrangeiras. O cur ios o é q u e o Mo del o
monstruosidade, que nos classifica como raça inferior, não é,
Tri par tite tin l1a por objetivo gar ant ir, sem gra nde s risc os, a
evidentemente, somente fruto de seu calamitoso despreparo
pa rtic ipa çã o do cap ita l pri va do bra sile iro na pe tro qu ím ica po is
, nessas questões.
ess e ca pit al nã o tin ha co nd içõ es d e en fre nta r soz
i n h o es sa s
37
36
O Programa Na cio nal de Desestatizaçào (PN D), do mo do
com o está sen do exe cut ado , represe11ta um crim e co11lra o País
no BNDE, que conb·1buiu com grande aporte de recursos para
e a dilapidaçào de i1nenso pab iJn ôni o acu 1nu lad o en1 ineio
essa área, 1nuito SlJperior aos da CAPES e do CNPq. A visão de
séc ulo de sacrifícios do povo bra sile iro. A privalização de
Brasil de seu criador, Pelúcio Ferreira. era nacionalista. na
emp resa s de eco nom ia misla, básicas e estratégicas, não pode-
1ia pre scin dir de um a profunda dis cus são sob re o pap el do linha de Celso Furtado. De\1ido ao volume de recursos novos
Estado na eco nom ia. Afi nal , trata-se de um pat rim ôni o púb lico que trouxe para o campo científico. tJ�aJ1sformou-se � m uma
qu e jam ais poderia ser sub 1ne tid o a fJrocesso dessa nal ure za. es )écie
1 de mece11as da ciê11cia brasileira . Elaborar:i os JUnl�s o
Esses em pre end ime nto s sur gir am co1no peças cru cia is de L11n pri111eiro e o segL1ndo Plano Básico de Descnvolv1n1e11to c1e �
.
Projeto Nac ion al de des env olv ime nto que nos levou à pos ição tífico e Tecnológico, ainda antes das divergências conce1tua1s
de oitava eco nom ia mu nd ial. Com as privatizações rea liza das que passamos a ter sobre o desenvol,1imento tecnol? gico. Nessa
e a.s qu e ain da se pre ten de rea liza r, o qu e sub sis te de sse época foi ativada a FINEP e criado o Fundo Nacional par� o
Projet o? Foi o Est ado qu e, à falta ela inic iat iva pri\1ada, co1 Desenvol\1in1ento Cien tífico e Tecnológico (FNDCT). Anter1or
1s n1ente restrita ao financia1nento de estuclos de projetos. A
tru iu os alic erc es des se Projeto. Af ina l, o qu e o sub sti tui rá? As
"privatizações" res ultarão evi den tem ent e na dila pid açã o imp FINEP foi b·ansforn1ada, com o Ministro 11élio Belt.rão, ein
gestora de projetos e, posteriormente. do �-;-N�� . Portanto,
u
ne de pat rim ôn ios pú blic os ess enc iais e na formação de ina cei
táveis mo nop ólio s e olig opó lios pri vad os. na principal institu ição de financiamento c1entil1co.
Os propt1g11adores, pro1notores e ben efic iár ios dessa política, Simulta11eamente, represen távamos o M inistério do Plane
jamento 110 Fundo de A1nparo à Tecnologia (FUNAT) e 11 �
Fundo Nacional ele Metrologia (FUMET), vinculados respec�
além de corruptos, colocam todos os brasileiros responsáveis na
condiçao de idiotas. A esperança é que . sendo essas ''p1ivaâzações '1
um crim e de lesa-Pátria, qua ndo a direção do Pais for exercida vamente ao Institt1to Nacional de Tecnologia (INT) e ao I nsti
por estadista qu e n1ereça a confiança da Nação, elas seja1n tuto Nacional de Pesos e Medidas (INPM). Ambos do Ministério
da Indústria e do Comércio (MIC). Passamos lambém a formar
revertidas e seu s at1tores, objeto de exe111p lar punição ...
IJarte, con10 titular, do Consell10 Nacional � e Pes quisas (CNPq)
.
Co mo Sec ret ári o de Est ado , não tiven1os inleração com a e fomos eleito presidente do Conselho Del1berat1vo da CA � E�.
áre a mi lita r, sal vo qu an do , apó s a po sse , ''is ita mo s as aut ori da Nesta úlli1na fL1nção tivemos o primeiro relacionamento 1nst1-
des con stit uíd as, ent re as qua is o Co 1na nda nte da Re giã o tucional com o regime militar, por meio de um dos seus
M i litar. Re ceb eu- nos gen tilm e11le, de111o nst ra1 1do ser ard oro so representantes, o Ministro da EdL1cação.
11a cio nal ista . E1n i11 0111 ent o 11e n h u m tiv em os de st1 b1n ete r no
E1nbora a CAPES garantisse sua at1to11omia l)Or meio de
me s de au xili are s ao ent ão co mu m jul ga me nto ide oló gic o.
um Conselho Deliberativo independente, com mandato i11divi
dual de dois anos, dependia do Minislério da Educação e
Cultura para as questões orçamentárias. Quan? o presi dente do
5. OS PLANOS E O FUND O NACIONAIS DE
. .
Consell10, em duas ocasiões, o colegiae\o f01 discutir com o
DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TE CN OL ÓG IC O. Ministro da área as c1ueslões da preparação do corpo docente
O CNPq e O CONSELHO DA CAPES e das pesqu isas científicas nas universidades brasileiras. Não
encontramos nele muila motivação. Sabíamo s da sua respons�
E1n ma rç o de 19 71 , ao tér 1ni no d a ad mi nistração Lu ís Vi an a bilidade pela implantação do projeto M ��/U �A � D . que Pr.ati
_ .
Fi lho , fomos para a Se cr et ar ia Ge ra l Adju nt camen te desestr utl1rou o ensino secund ar10 publico bras1le 1ro,
0 qual, havia mais de um século, era de b o � � ualidad e e 1nuito
a do M i 11i st ér io do
Pl an ej am en to e da Co or de na çã o Ge ra l tr ab .
alh ar n a ár ea d e
pJ an ej am en to te cn ol óg ico An te s, tin l1a si superio r ao privado. O interesse maior do M1n1stro era discurs ar
. do cr ia do o FUNTEC
,
38 39
•
41
40
•
-13
1973. Como engenheiro e físico, professor de termodinâmica
nos dedicamos inteiramente a procurar compreender as razõe� intensa propaganda dirigida, que não mais existe uma crise de
daquele monumental conflito mundiaJ. qt1e até hoje perdti ra petróleo em processo de agravamento. Basta considerar que as
1
embora c.amuflado, aflorando de vez em quando, como da reservas estão decrescendo e as demandas previstas tendem a
última vez no massacre do Iraque. Desde o embargo, a regiã o au111entar substancialmente.
que concentra mais de 65% do que resta das reservas mundiai s
de petróleo já sofreu mais de dez guerras. Na ocasião da
pretendida captura dos reféns norte-americanos mantidos pelo 7. A SECRETARIA DE TECNOLOGIA INDUSTRIAL,
Irã, este\1e prestes a iniciar-se o terceiro conflito mundiaJ, com ÓRGÃO ESSENCIAL DE COORDENAÇÃO
mobilização de tropas da OTAN e do Pacto d e Varsóvia. TECNOLÓGICA NACIONAL. O INPI E O
Felizmente, os ameri canos recuaran1 da operação de resgate, INMETRO/CO NMETRO. O MINISTÉRIO DO
DESENVOLVINIENTO INDUSTRIAL E
. .
aJegando suspeito acidente entre seus helicópteros.
TECNOLÓGICO. PRESENÇA DO BRASIL NO JOGO
INTERNACIONAL DO PODER TECNOLÓGICO
A partir de Austi11, visitamos alguns dos JJrincipais centros
tecnológicos norte-an1ericanos d a área energética para sentir a
opini �o dos grandes e � pecialistas m u 11diais sobre a crise que
. Foi nessas condições que regressamos ao Brasil, em feve
se agigantava. As op1n1ões foram unânimes: ela era irremediá
reiro de 1974, quando Severo Gomes, a quem não conhecíamos
vel, as reservas de petróleo não resistiriam por longo tempo
pessoalme11te, por 111eio de PaL1lo Belolli, convidou-nos para
exercer as funções de Secretário de Tecnologia I nd L1s lr ia l, no
aos aumentos de demanda e o mundo l1egemônico encontrava
s � se1n opção para suas graves carências d e energia. O então
_ Ministério da Indústria e do Con1ércio. In iciou-se assim, em
v1ce-pres1dente do Institute of Gas Tech nology d e Cl1icago nos
afirmava, em dezembro d e 1973: " H á 20 anos vimos advertindo
pleno regime militar, coi11cidindo com o início do Go,1erno
Geisel, o período mais criativo e desafiador de nossa vida. que
�o Go�erno. .dos EUA que a economia da maior potência se estendeu até meados de 1987. Caracterizou-se também pelas
1ndu str1aJ-m1l1tar depende d e um combuslivel fóssil q u e se está maiores adversidades, especialmente no período 1 979/86. Nos
exau rindo" A �rise, �os EUA, decorrente d o embargo do anos 1982/83 fomos demitido, sem jusla causa, três vezes: do
, : ,
petroleo foi muito seria. Os veículos de elevado consumo de IPEA, de "A Folha de São Paulo" e da Universidade Estadl1al
gasolina, que eram a 1naioria, tiveram um colapso e m setis ele Ca1npinas. Todas, por i11junção do tec11ocrata�mor de plan
preços. As filas para abastecê-los eram quilométricas. Os confli tão. Passainos, então, sete anos setn emprego fixo, vivendo de
tos agravaram-se em todos os setores da economia. A sociedade pequenas consultorias, pois, praticamente, todas as portas
a z:iericana vivera uma orgia d e uso de derivados d e petróleo e estavam fechadas e, quando co11seguia um emprego, vinha
nao estava preparada para enfrentar a escassez. Ainda q u e os pouco depois a demissão. Parecia que não havia condições de
. .
m ?tivos para a crise fossem evidentes, é surpreendente como continuar vivendo no Bras i l. Perdemos até o direito à aposen
foi necessário o embargo, promovido aparentemente pela tadoria, que somente vimos a recuperar com a Constituição de
OPEP, para que a so �iedade a1nericana despertasse e começas 1988. Tinha cl1egado a nossa vez de pagar o preço por ter
. _
se a tornar pr ?v1denc1as para e11frentar a escassez de p etróleo. JJrocurado, embora modestamente, os ca1ninhos que levam à
Essa referencia_ tem uma i m po1iância essencial pois, n a atuali autonomia nacional.
dade, embora o pr� blema d e raiz, que é a redução dos volumes Quando pela terceira vez, já na "Nova" República, em fins
.
das r :servas mund1a1s d e petróleo, tenl1a-se agravado, repete-se de 1986, assumin1os a STI, a encontramos praticamente des
�
0 fenorneno. Basta um º.º�? ato eventualmente fortuito para mantelada. Resistimos em vão por 1 6 meses num gigantesco
alterar profundamente a ideia inoculada na opinião pública por
45
esforço para re\1erter a siluaçã o. Essa experiê ncia deu -n os a
clara percepção do e11orme dano QLie \1inha sendo J)erpelrad o (CONMETRO), junto co111 0 relacionado com o Código de
conb·a o País. Propriedade l nduslrial. deram à STl um quadro legal poderoso
e adequado para enfrentar o desafio político de um desenvol
Assumimos peJa prim eira vez a STJ e1n plen o clin1a de vimento tec1101ógico autônon10 .
embargo do petróleo. O equi líbrio de nossa balança de paga
Inúmeros centros de pesquisa e de desenvolvimento foram
mentos tinha entrado em colapso dev ido às elevações de seL1s
fundados co111 o apoio e a orientação da Secretaria. sempre com
preços inte rna cion ais e ao aum ent o inacreditável e gen era liza
direta vinculação com a estrutura produli\1a. Alguns, sob a
do do vol un1 e das i m po 1tações. Depois, co11statamos que esse
forma jurídica de e111presa privada, co1110 a Comp�nhia de
insó lito aum ent o se dev ia à açõ es programadas de sub sidi ária s
Desen\1olvimento Tecnológico (CODETEC), em C�� 1nas, �... P,
de corporações norte-americanas, visa ndo red uzi r o d éfici t
ou sob a for111a de fu11dação, cooperativa ou assoc1açao. Assim,
comercial dos EU A, provocado pela sub ida do preço do petró
leo. Já, então, imp ortavam cerca de 50% do seu con sL11110 l-Io uve
surgiran1 o Cenb·o Tecnológico de Couros, Calça�os e Afi � s,
. em Novo l-Iamburgo, RS; a Fundação de Tecnologia l nduslr1al
sub sid iári as de corporações norte-ame rica nas no Bra sil que , (FTI), em Lorena, SP; e outros nas áre�s de máqu� nas ag�·ícolas.
nes se jogo, i111portaram na qu ele an o de crise valores sup eri ore s .
aliinentos industrializados, l)edras preciosas, agro1 n? ustr1 � etc .
a seu fat ura me nto brL1to. de eco11om ia 111ista estratég icas e _
ba�1cas cnaram
As empresas
Qu an do a ass um im os, em 1narço de 1 97.ti, a STI L i 11 J1a po uc o ce11tros tec11ológicos próprios como a PETROBRAS, E LETRO·
ma is de um an o de ex ist ên cia e estava em fase de im BRÁS, TELEBRÁS, USIMINAS, Companhia Vale do Rio _ ? oce.
pla nta çã o,
oc up an do qu atr o OLI cinco sal as no pré dio do M IC, na Es p la
na entre oub·as. O Ce11lro Téc11ico Aeroespacial (CTA) P_laneJara o
,
da do s Mi nis térios. Contava ap en as co1n um a dú zia
de as se sso surgi n1enl o da EMB RAER . E, como parte de ltma pol1L � ca da STI,
res e tinha por objeti\10 traçar a política de tec no log ia i11d us
tri al indú strias privadas de capital 11acional começaram a criar ce��os
do País e su pe rv isi on ar e co or de na r os ór gã os de pr od
uc ão e tec11ológicos pró1)rios, de que são exe111plos o Centro Tec11ologico
re gu lam en taç ão tecnológica e11tão ex ist en tes no
Mi nis tério: o da Copersucar e outros centros cooperativos.
Ins tit ut o Na cio 11a l de Te cn olo gia , qu e foi fun d ado Tive1nos inici al111ente de enfrentar dois problemas m aio:es.
1 92 2; o In sti tu to Na cio na l de Pe so s e lvl ed ida
no s ido s de , aos,
s (IN PM ), qu e já Em prim eiro lugar, o mod o isola do de at 1
:� ?çã de seu � �or
tin ha l i gad os a si ma is de vin te IN P/vls es ta du ais todos de funbito nac iona l, se1n a necessar1a � nterve11 ienc � ia na
, e o In sti tL1to
Na cio na l de Pr op rie da de In du strial ( IN PI ), CLr com o ó rgão s técn 1cos em q esto_ es
política indu strial. Agiam
essencialn1ente políticas (no sentido de polccy), e111bo1 a �u �s
jo im J)O rta nt e e . �
ino va do r Có dig o da Pr op rie da de In du st ria _
l, re gu lad or do s
setores de patentes, ma rc as e de b·a ns fe rê nc
ia i n te rn ac io na l de funções fossem cru ciai s para fortalecer o poder d� competiç�o
te cn olo gia , esse11cial a u1 na po lít ica in du
st ria l au tô no n1 a, aca das empresas 11acio11ais. Atuando \Jara dentro de s1 me smo , 11ao
bava de se r aprovado pelo Congresso, em de ze
m br o de 1 9 7 1 . exerciam 0 papel de estimulador do uso d?s fa_tores de prod u
ion ais , ale , m d nao _
ção loc ais e da defesa dos inte res ses nac �
En co n trava-se no Co ng re ss o, em proces
so de le nt o an da
m en to , projeto de le i qu e pern1it iri a pro mo ver a necessária ação integradora para tornar pos�iv�l a
a cr ia çã o de u m sis te m a
na ci on al de m et ro lo gi a, no rm as té cn agregação dos pacotes tecnológicos . O seg un do e g�av1 ss1 m�
ic as e qu al id ad e i11 dL 1sl ria I.
T om am os a in ic ia tiv a de confrontar as co proble1na - qu e im pe de o desenvolvimento tecnológ1c� brasi-
rporações es tr an ge ira s . , 0 - , e' a natureza dependente do modelo de crescimento
qu e procLtravam im pe di r a aprova l e11 .
ção de ss a i m po rt an te le gi sl a · tet.izado n a frase
- ·co . Por esse mo de lo, como vim os s1n
t do
çã o. O proJeto foi transformado econom1
em le i em de ze m br o de 1 974 . . .. · �c o" 0 eq ua c1o na me n ·o
·
ti nh a se u co m an do n o C on se lh o
.
pla nt aç ao no
-
47
País de pacotes tecnológicos exógenos, agregados conforme
interesses e políticas de corporações e países l1egen1ô11icos que Aeroespacial (CTA), do Ministério da Aeronáutica e, mais
lhes deram origem. Esse modelo suicida, que vem sendo recentemente, o Centro de Pesquisas da Marinha. Eis a razão
f�r�
•
mantido até hoje - defendido por tecnocratas de todas as por que tais instituições das Forças Armadas sempre
correntes ideológicas -, foi responsável pela implantação de um aliadas incondicionais na lula pela autonomia Lecnolog1ca
nacional. Os militares, sem dúvida, tiveram sempre papel im·
parque industrial anacrônico e ineficiente como um todo,
portante na industrialização brasileira, no que ela lem de
apesar das enormes vantagens comparativas brasileiras .
estratégico, centrada na questão tecnológica e direlamenle
vinculada à sobera11ia nacional.
Devido à dependência criada pelos pacotes tecnológicos
externos, esse modelo promove o uso de matérias-pri mas,
Foi decisiva a participação de militares na criação da
componentes, fontes energéticas, modos de prodLtção etc.,
PETROBRÁS, CSN, Fábrica Nacional de Motores, EMBRAER,
definidos pelas corporações de origem dos pacotes, e1n geral,
TELEBRÁS, Política de Informática) Projeto Trópico das ce11-
em confronto com os nacionais. Esse exemplo da ação dos
trais telefô11icas, programas nucleares a�tô1101nos da Marinl1a
tecnocratas mostra como eles não se orienta111 pelo conteúdo
e da Aeronáutica, Programa Nacional do Alcool e tantos oulros,
técnico das questões, na maior parte das vezes por absoluto
além daqueles específicos da área propriamente militar, quase
despreparo. Usamos a designação de "tecno-cratas" pela facili
sempre envolvendo de maneira enfática o campo tec11ológico .
dade em identificá-los, embora nada tenha de técnica st1a Por exemplo: o principal responsável pela criação do Consell10
atuação na maioria das questões em que indevidamente se N acional de Pesquisas (CNPq) e pela Co1nissão Naciof!al de
envolvem. Ao atribuir-se genericamente fundamentos de natu Energia Nuclear (CNEN) foi o insig11e patriota Almirante Alvaro
reza técnica estão mistificando o u encobrindo outro tipo de .
Alberto; o promotor do Código de Propriedade Indus.tr1al e da
enfoque nem sempre ético. Procuram apresentar-se sob o ��
criação do Instituto Nacional da Propriedade Industria lNPI)
manto de seriedade ao tratar de temas q u e desco11hecem. foi o Con1andante Thedim Lobo, da Marinha; a pol1t1ca de
Pretendem conquistar a credibilidade que a análise técnica informática, que tão excepcionais resultados deu ao País,
justifica, sem estar nela fundamentada. Ademais, 11essas ques deveu-se inicialmente à liderança do Comandante Cuaranysl
tões de poder tecnológico-industrial, o conheci1nento lécnico é baseando-se 11a necessidade da i11formática no progra1na de
essencial para o traçado d e políticas, que estão i n ti1nan1ente corvetas da Mari11l1a; os debates no Clube �ilitar tiveram pap� l
relacionadas a nossas potencialidades, como uma das futuras fundamental na criação da PETROBRAS e do 111ono1:�, l10
grandes economias mundiais. estatal do l)etróleo, estratégia que alé l1oje te1n p� r1111t1do
.
enfrentar a crise do petróleo sem perigosas vulnerab1l1dades.
Nessas e em ot1tras questões vi11culadas ao campo da
N a campanha que então alcançou as ruas s? b ? lema " O
produção e da riqueza nacional, os órgãos q u e realmente ,
Petróleo é nosso" destacou-se a figura extraord1nar1a do Gene
exercem o poder no Brasil concentram-se na área financeira.
ral Horta Barbosa e de seus companheiros Leitão de C� alho,
Simultaneame11te demonstram sobre elas total ignorância e
Felicíssimo Cardoso, Valério Braga, Raimundo Sampaio e do
conseqüente desinteresse e promove1n-lhes intencional d e sva
Coronel Carnaúba; na criação da C�N destacar3:111-se os gene
lorização.
rais Raulino e Macedo Soares. Na Alcalis, o MaJor Brun o; na
.
Em contrapartida, os militares, devido ao i n d i s pensável 'tv!
Fábrica Nacional de Motores, o Brigadeiro Guedes un1z; na
envolvimento profissional com atividades tecnológicas - e d e Embraer, os brigadeiros Montenegro e Paulo Victor. E longa a
seus institutos e centros de pesquisa e desenvolvimento - têm lista de mililares patriotas.
sobre elas conl1ecimento ?e causa, mantendo forte interação
com o setor produtivo. E exemplo disso o Centro Técnico
•
49
48 •
r
Novamente somos surpr eenilid os pelo paradoxo entre es
ses fatos e a Ji11ha entreguista do regi1 ne milit ar de 6Li. E mais :
co m o se m pr e sa b o t am a in ici al i\1a , ap es � r do com·
Pl an al to , �
su m i<l o pe lo Pr es id en te . � le s fo ra n1 ap oi ad � s sem
entre a ação dos militares ligado s a centro s tecno lógico s ou Proniisso as es no Pa lac
:
io do
s mi lit ar es , tam bé m infl ue nt
com visão polític a mais ampla e indepe ndent e e a cúpul a du\11· d ...u, . por certo .
"
qu e
fria
·
d -- erce ir o M u n cl o , en fren an
d l ga çõ s
mundial, de cujas reservas o Brasil detém pratica1nente a
�� t do as po
1te secun?
tê nc ia s em de fe sa � e
adas P:1 as
se u s
F?t ª;·
exclusividade -, ou na impla11tação, e1n mãos nacionais, do re ss es . E ra 111 f re qü en te m ei
Iegíti1nos i11 te
pa1ses . ,
,
rt an te s, co m o o C od 1g o e
ros Paulo Victor e Sérgio Xavier Ferolla, este último então tos im p o
a ss im n eg o ci ad o s documen . .
tenente-coronel, e, muito especialmente, o General d e Exército � ra n sfer ên ci a Jn te r1 1a ci o 11 al Tec no ��lo g 1a
Co11cl ta para a T _ d er a1 1ç a
li
Antônio Carlos de A11drada Serpa. Essa ação positiva, no A D ex er cendo o B ra si l n itid a
n o a- 1n b '
i t o d a U N C T · -
sob re o e 1,u p o d o s 7 7 ' ao lo
s d e i1 eg o ci· açao.
entanto, era freqüenten1ente contrariada pela forte i11íluência n g o ele ci n co a1 1o
0-
.
in te ·n a c1
.
�� � �� ��
. tos d1relainen-
financeira que, de modo implacável, inviabiliza o País, impedin finan ce1r a
�
c n ic a e
l
(P N U D ) a p o ia v a té . -
do o aproveitamento de nossas i1nensas riquezas e a libertação st ri \, Lais co o a a . a ç
p ro
à d u çã o in d L1
te v in c u lac\os �
do sistema colo11ial qL1e 11os subjuga. Essa "ditadL1r<:1" tem g ic o s d e q u e sa o e x e m p os o
d e c e n tr o s te c n o ló _ , .
is , o Li \)l"O Je to s e st ra le �
. in a s G e ra
B ah 1a . e o CETEC ' e. m M e p e rm
.it iu o
brasileiro s, algumas delas i1nplanta das ou fortalecid as, como e c u ta d o n o CTA q -u
e x
1
u b c o
.
Programa a e ro n a
'
a ç a o n o P a i's d e
t
vimos, no período militar. O desenvo lvi1nento tecnológ ico na da h o m o l o g
re in am en to de es pe c1a-
re co nh e ci1 ne n �o i_�ter�:�� o��
·
.
·
cional alcanço u seu mais alto graL1 d e di11ami s1110 e realizaç ões ' BR AE R
�
a e ro n a v e s p ro u z 1 � s
a le n te s e a im p \a 11 ta ção
co1n a presenç a de SEVER O COMES no Mi11isté rio da 1 11dúsb·i a 1 p a te n te s ; c ri a ç a o d0 ba n co d e
li s ta e n -
. - a ç o s c o m n o rm a
e do Comé rcio. Nesse períod o foi propo sto à Presid ência da d e p a d ron1z a ç a o d e
de am p lo p r o g r a m a
Repú blica b·ansformá-lo em Minis tério do Desen vol\1im ento té c n ic a b ra s il e ir a . no-
m
a ti
.
c ia L
�
.
n fe re n
_
o
Tecn ológ ico e Indu stria l. Tod a sua base esta va cons b·uí da, era
São e x e p l � s � e s s c 1
\' m a a fam o s a C
A L ), e m B r a s íl ia , n o
apen as uma q uestão de form aliza ção inst ituc iona l e d e con so f e c n lo g·i a (C A C T
º.
à 1n e r ic a 11 a d e C 1e n c 1a e
-
. d a s N acões U n id a s para
lida ção polí tica . Os tecn ocra tas dos Min isté rios da Faz end a e .
o u a C o n fe i e n c ia . .
n o1o gia
- b 1t o d a O E
am A
. · d a A m é r ic a L a t in a , r e a li z ad a
do Pla nej ame nto e Coo rde naç ão Ger al, esp ecia lme nte des te t r o s d e C 1e n
.
c
_
ia e T e c
f\1inis
últ imo , cujo min istr o tin ha pre sen ça per 111a nen te no Pa lác io do
51
50
em 1 9 7 1, em Caracas. E q u ip e s espe
cializadas d e fen d ia m
manentemente os padrões e no Per
rmas in d u s tr ia is d o s
brasileiros, n o â mb ito d a Inter11a produ tos nossas riquezas nem nossa realid
(ISO). Para regular a transferê
tiona/ Standard
O rganizatio ade. Desconhecem como
ncia in te r n a c io n a l d e n b·ansforrna r nosso imenso patrim
o �I baixou o Ato Normati tecnologia ônio natural em riqueza e
vo n• 1 5, que duran bem-esta r para o homem e poder pa
per1odo foi o documento d e p _ te lon g� ra a Nação. Não são capazes
ol1tica d e im p o r tação de plantar uma couve.. . mas in
te rferem diretamente e
mais importante e m todo o m tecnológica plantio, em geral dificultando-o. m seu
u n d o , te n d o inSJ)irado
tações semel11antes em outros r e g u /a in en Bastou u m a mudança de coman
países, Lradu zido para do no regime m il itar, e m
idiomas . Ou seja, o Brasil vári os março d e 1 9 7 9 , para que começass
marcava presença junto aos e a ser desmantelado o
!11 ºs internacionais e se fazia organis resultado d e u m b·abaJho que tivera
1mp � nemente desmant respeit ar. Tudo, e nlreta nt o, início em 19 2 2 , com a
elado em bre\1e período foi im p la n tação d a Estação Experimenta
partir de 1979 . Sucumb de tempo, a l de Combustíveis e Miné
iu, certam ente, de\1ido rios, origem d o In sl il u to Nacional de
extern as que não desejam a pressões Tecnologia, primeira
"um outro Japão ao sul e n ti d a d e d o gênero na América Ibéric
e que encontraram do Equa dor", a. Essa demolição teve
apoio no próprio Poder in íc io com o esvaziamento d a institu
Executi\10, este ição q u e comandava o
crescenteme nte subjug sistema, a Secretaria d e Tecnologia In
ado pelo setor financeiro, dustrial. Foram-lhe reti
de tecnocratas a serviço sob o domínio rados os recursos próprios e desmont
daqueles mesmos interes ados seus principais
ses exte rnos projelos, em n ú m er o superior a uma cen
. tena, especialmente os
m ai s estratégicos, entre os quais os relaci
onados com a biomas
8. 9 COMEÇO DO DESM sa, o ni ó bi o e o qt1artzo. Foram igualmen
te desesb·uturadas
ONTE. O MINISTÉRI suas eq u ip es técnicas e afastados seus
ClENCIA E ''TEC
NOLO GIA " . A ABER O DA principais líderes. O
TURA m el ho r ce nt ro mttnd iaJ de tecnologia de
"DEMOç:RÃTICA"
. PODER SuPRE motores e turbi11as
MO AO para uso de co m bu stível renovável nacional,
MlNisTERI� DA FAZEN instalado pela STJ
no CTA, foi im ed ia ta m en te desativado. As pr
ÇÃO DE 88
DA. A CONSTITUI
E SUA ESPtJRIA incipais eq ui pes de
REVISÃO especialistas foram dispensadas ou substit
uídas por ou tras
in experientes; o CONMETRO também foi
Níveis excepcionais de desativado. O des
desen volvim ento tecno m on te de tu do o qu e havia de sólido proc
nomo �oram alca lógico autô essou-se de modo
_nçado s na década dos anos 70 acelerado, 110 mais puro espírito do que, pouc
mdus�iais estrategica em áreas o tempo depois,
s de vocação o governo Collor designaria como modernida
Questão de tempo Para brasile ira. Seria apena de.
Que seus resultados s Deu-se, en tão, a abertura "democrática" e o proc
signific_ava dar ao aparecesse m, 0 que esso de
_ Brasil poder de nego desb·uição teve prosseguimento. Quer pela extin
hegem o:i icas. Em
geral, tal negociação ciação com nações
sim pl es de al gu ns de seus órgãos essenciais, com
ção pura e
1mposiçoes e, do resu me-se a, de um o a própria
outro respostas servis lado, STI e o Fu nd o de Amparo à Tecnologia (F UNAT), ún
nicas, naturalmen te, � - e as nações hegem
ô· ica fo nt e
nao respeitam atitude de fin an cia me nt o para o setor no bojo de um a polít
capazes de trata r s servis . Não sendo ica ind us
_ da questã o tecno tri al, qu er pelo deslocamento de seus quadros especia
força s Q�e viam na lógica e induzidos liz ad os
crescente competên pelas para ou tros órgãos, em outras funções. Assim, Ja . . . .
cilho ao livre avanç cia nacio nal um no pr1 r:1 e1ro
,
am-se
�
f sos, manip ulado núme ros que
s p� los centros
nada significam,
símbolos
ess ncial de um a Política de Desenvolvimento Econômico.
Órgãos cru cia is do mesmo sistema, c � º º. INP I e � IN ME
se1a, falta-lh es comp de pode r hege ?
eten c1a para nego mónico. Ou TR O/C ON ME TR O foram jogados no Mtn 1sleno da Jus tiç a, para
,
r.2
J
.
53
engordarem i11saciáveis ag
entes d a propriedade
serviço da in fe lic id a d e naci in d u s lr ia l, a
onal.
reiro etc. Tudo s o b a égide do
Criou-se, e m contraparti in terminável "ajuste e
da, o M in is té r io d a co ma nd ad o pelo FM 1/B IR D. struturaf1',
nologia" q u e , embora a C ie n c ia e ··re
presentado c o m o u c
s e n ti d o d a a u to n o m ia n m i1 1s lr u m e n lo A riqueza r e a l, \1erdadeira,
a c io n a l, a té hoje n ã no a produção industria
o d is s e a q u e 0 s u b s o lo , a energia, a capacida l e agrícola,
Ou disse, ao desviar as ''eio. de de competir, q u e
atenções do d e s m o d ir e la m ente da a u to n o m ia te dependem
n te q u e s e e cnológica; o trabalho
realiza11do no setor estratégi stava e a in teligên
co de uma polític cia d o s brasileiros, tudo isso
vinculada a in teresse a i11du stria l ficou a cargo de m in is
s n a c io n a is . Afasta segu11da classe, sem capacida térios de
do d o c o m a n d o de de decisão nem po
política industrial e sem da der. O ponto
meios efetivos de ação, a lt o , se1n d ú v id a , da "Nova Re
transfo r m o u -s e e m esse f\1inis téri pública'' ocorreu a in d a
c o 1n p r o m e te d o r "fa o no primei
z-de-co n ta '' . S u a ro governo civil com o amplo deb
1ia, embora curta, l1istó- ate sobre as questões n
está vincula da por A A s s e m b lé ia N a c io n a l Constitu acionais.
tentativa de en trega ação ou 01n1s sào, inte elaborou a Constitu
de patrin1 ônios nacion à 19 8 8 , aspiração de longa data ição de
genético, pela Lei ais essen ciais : do povo brasileiro De
das Patentes; o o irresponsável, o Congresso q . modo
salvaguarda quadri nuclear, pelo acord u e veio depois não regu
partite e pela alteraç o da lamentou
ão do tratad o de mais de urna centena de tema
lolco; o mineral, pelas s centrais da Nova Carta
privatizações de empres Tlate do-a i1 1c o m p le ta . v u lnerável, o , d e i.xan
mista, pela ruptura as de econ omia q u e d ificulta sua aplicação
dos monopólios isso já n ã o fasse m u it o , enver . E. se
tucion al, e assim por estatais via re,1isào edo Li-se pela aventt1ra de
diante. Uma plêiade consti revisão descabida, ao interpre uma
ramo", carreiristas d e ministros "fora tar o Art. 3 de suas Dispo
políticos ou agentes do Transitórias co rn o motivo par sicões
nais ocuparam essa de interesses a n tin a uma revisão ampla, q u an d
acio m es 1n o se refere, in eq uivoca o o
pasta. Maneira sutil mente, ao eventual ajuste
d e vilipen diar o da
Estad o! C o n st it u iç ão a u m a possível m
udança de regime ou de gov
erno.
Tudo se dá de modo co m o re su lta d o do plebiscito pre
gradat ivo. prepa rando visto no art 2 d aq u el as Dispo
que no,1os passos o terre no para sicões. A aventura revisionista,
sejam dados. Assim fe lizn1ente i11terrompida, reflete
nos civis, em seqüen tem sido nos b'es
gover P
o od er io e a m al ig ni da de das fo
n o últi m o govern
cia invariável à
de111oliçã o q u e teve Q ua nd o o governo It am ar Franco
rças neocoloniais no rasi .� !
resulto u de eleiçõe
o milita r. No
segund o deles, o
início
primeiro que ri os- fim o fez parcialmente, man
procurou recria s
� � � � n1 st e
s diretas. foram te11do-os como m 1n 1ster1os de
Ministérios-fi m da
área econõm ica:
desma ntelados
todos os �
se gu nd classe. so b a égide do M
in istério da Fazenda, a si nisb·a '
54
55
rejeição à existência da STI, por parte d e parla
nem conseguiam explicitá-las? Deve-se à in tervenmçen tares q u e
gresso, de in teresses vinculados a o poder neoc ão, n o Con. e dispunha de gigantesca máquina de controle. Quando
outras razões poderiam existir? Como explicaolonial. O u q u e M in istério d a Economia e o Ministério do Planeja veio o
meses de existência legal, essa esb atégica Se r que, após 1 8 ele absorvido, visando a centralizacão do poder nmaeánrto foi por
tenha sido implantada? O que estã·o esperandcretaria ainda não ceira, d e seguro controle externo, o serviço já estav ea finan
viva nenhuma empresa produtiva nacional, o, q u e não sobre. tudo isso, evidencia-se que a J1erança mais malignaadfeo ito. Por
privada ou p ública,
como seria previsível se a Revisão constituciona militar foi a casta dos tecnocratas que estão levando n regime
do a extirpar o conceito de Empresa l tivesse cl1ega à miséria, o Estado à demolição o s s o p ovo
Nacional? Apenas por três votos, esse crimeNacional de Capi tal e desagregando a Nacão
Como o M in istério da Fazenda cuida das polític
na malfadada Revisão! não foi consu mado
Em nosso livro Soberania e Dignidade, ra, fiscal. tarifária etc., e da moeda que. a cada passoa,sefistánancei
vivência, mostramos que Raízes da Sobre- afastada d o mundo real, substituída por falsos símbo mais
a
instrumento estrutu ral e estratétecnologia externa é o grande meio d a inflação, das dívidas externa e in ter11a, de taloxs, por
poder neocolonial em países depende gico para a manutenção do câmbio manipuladas, de emissões arbib·árias e, por as de
nesse controle pode transformar uma ntes. Qualquer descu ido o u tras artimanhas. a "d itadura das fina11ças" se consolidatantas
o Brasil, com imensas riquezas naturainação conLinental com o 0 País ao desastre. e leva
Daí o posicionamento desses parlam s, em potên cia mundial.
sores, conscientes ou não, de interessesentares, contumazes defen
apesar da inusitada recriação, a STI aindaantinacionais. Por isso, 10 . O QUE FAZER
Há os que explicam esse descu mprime não foi reimplantada.
um Ministério da Ciência e "Tecno nto legal por já existi r Vivemos, assim, crucial encruzilhada: com o Estado siste
sejam profundamen te distintas. Basta logia", embora suas funções maticamente vilipendiado, sem lideranças aceitas; com nossas
países em que a tecnologia é levada levantar o que ocorre em men tes sob o domínio do condicionamenlo da Mídia; com um
Alemanha e a Inglaterra, por exemp a sério, corno o Japão, a sistema político-partidário apodrecido; um j diciário o isso
instituições de natureza profundamelo, para verificar-se que são e
corrompido; a economia sob a ditadura do do�lar e co nn:isco de
em certos casos, até conflitantes. nte diversa e de funções, perder o rico patrimônio natural mineral, genético e h1�drel , n_co,
e ainda os insb-umentos essenciais ao processo de .mdustri�altz: a
cão; com parcela de nosso povo submetida ao genocídio da fome
9. O PODER DOS � à ameaça de morte ainda no útero das mães.
TECNOCRATAS
RESTA-NOS congregar todos os brasileiros que tenham
O poder dos tecnocratas começ compromisso sagrado com a Pátria, civis e militares, de todos
Presidentes militares quando o ou a ganhar força ante os os recantos deste solo continental que é nosso, e dar um
passou ª. controlar todos os fundoMinistério do Planejamento BASTA aos omissos, aos pusilânimes, aos corru�tos e
passou simultaneam ente a exec s nacionais. De planejador corruptores, aos apálridas e aos traidores, aos op�rlun1slas e
rios-fim e, obviamente, enfraqueceutor, substituindo os Ministé· aos vigaristas, sugadores im placáveis da renda nacional, e
República, que foi perdendo ndo o próprio Presid ente da RE DI MI R nosso sofrido povo, pelos meios que � His. tor, ia.
são. Os minis tros titula res grada tivam ente o poder de deci ensina com decisão e au to-estima, e implantaçao de u
de:pachar com o Ministro do dos Ministérios-fim passavam a ª
a ultima palavra porque elaboPlanejamento, que era quem dava Estadd justo, poderoso e legítimo, essencial à constru�_mo
rava o Orçamento da República solidária daquela qu e poderá vir a ser a ma�s bel� c�v1l1zaçao
que o Homem já viu neste nosso planeta de 1nfortu1110.
56
57
Capítulo l i
DEMOLIÇAO DO ESTADO
-
BRASILEIRO
1 . INTRODUÇÃ O
A p ri m e ir a a ti v id a d e atingida
foi a tecnologia industrial
n o período 1 9 74/78 conseguira que
im portantes realizações. Gra
des in v e st im e n to s ti n h a m si d o re n
alizados na indústria d e ben
d e c a p it a l, in su m o s básicos e s
n o setor energético de fon
renováveis, q u a n d o a crise en tes
ergética do petróleo era explíc
e o B ra si l estava a b ri n d o ca m ita
in h o de modo autônomo nes
estratégico setor. F o i o ú n ic o P se
ais QLte implantou programa d
al te rn at iv a a de ri va do d o petróleo e
Lim it ad o à su bs ti tu iç ão d a gasol
de âmbito n ac io na l. Embora
ina pelo álcool, a sua co ncepção
in ic ia l co m pr ee nd ia a su bs ti tu iç
ão por fontes renováveis d e •
to do s os de ri va do s d o petróleo,
mesmo porque o Brasil não
im po rt a gaso lin a, mas petróleo. A
prioridade na substituição da
ga so lin a deveu-se a qu e esse de
rivado era o de mais difícil
su bs tit ui çã o, al ém de representa
r, então, a m ai or proporção
en tr e os de ri va do s, 30 % contra 22
% do óleo diesel e 18 % do
ól eo co m bu st ív el . Ve nc id a a etapa
da mistura do ál co ol eb1íco
an id ro com a ga so lin a (2 296), e do
uso exclusivo do ál co ol
hi drat ad o, ca be ria im ed iatamente su bs
tit ui r o ól eo di es el ob tid o
d o petróleo po r óleos vegetais "in na
tura" ou transesterificados
ou ain da po r et an ol ad iti va do . Isso,
Esse e ou tro s programas foram to ll1
a
porém, não veio ocorrer.
ido s adrede por políticas
de de pe nd ên cia externa no campo en
ergético. Me sm o as sim , a
pa rti r d o iní cio do s an os 80 , o Programa Na ,
cio na l do Alcool foi
tru nc ad o na su a am pliação e na sua au ton om
ia tecnológica.
61
•
persistindo apenas o que tinh a sido feito até entã o. Mai s
tard e,
no entanto, mes1no as metas já alca nça das foram gra ve
me nte zelad o r e transforma a economia do
reduzidas, pond o em risco a cont inuid ade do program País em d itadur
a. fi n a nc e ir o . m a n ip u la n d o impiedosa e a do
A crise do petróleo tin ha posto em xe qL1 e o vu fraudulentamente
lne rável s u p os ta r iq u e z a . sem q u e esta tenha uma
sis tem a fmanceiro int ern aci on al, cuja fragil ida de for correspondência c
a evi de n re a li d a d e d o m u n d o físico . Nessas cond om a
ciada, na década dos anos 60 , pe la ten tat iva do ições, foi possível
pr es ide nte da telar o d e s m o n te d o Estado brasileiro, arqui
França, Charles de Ga ull e, de resgatar em ou ro q u e vem sendo le
su as re se rvas a cabo n o s ú lt im o s q u at ro governos da vado
em dó lares . As grandes corporações do se to r se República.
re cu sa ra m a Essa d i1 1â m ic a d e s tr u ti v a te\'e início
continuar fornecendo pe tr ól eo a troco d e m oe da , como vimos, em
i n te rn ac io na l e a lc a n ç o u se u ápice 110 governo C o llo
19 7 9 ,
de referência qu e nã o m ais representava riq ue za r, contando com
re al. En qu a 11. m á q u in a d o P o d e r Executivo e avassa a
to cediam energia qu e m ov im en ta a ec on om ladora doutrinação
ia m un di al , rece lógica n e o li b e ra l. Essa doulrinação te ideo
biam em troca m oe da de du vi do sa ga ra nt ia ve como instrumento
de va lo r. e ss e n ci a l os m e io s de c o m u n icação
de massa, com a partici
Essas di fi cu ld ad es foram ca m ufl ad as pa
pe lo pa ct o en tre co ção a ti v a o u a o m is sã o conivente da
porações tr an sn ac io na is de pe tr ól eo e r intelectualidade e d o
ba nq ue ir os qu e cr ia ra m empresariado , sem Q L1 e houvesse
q u a lq u e r possibilidade
os petrodólares, em pr es ta nd o- os , em debate qu an to ao se u co nt eú do e pr de
se g ui da , a ju ro s 11e ga tiv os opósitos.
e a taxas fl ut ua nt es a na çõ es po te nc
ia lm en te ri ca s do T er ce ir A ss im , nesse q u a d ro d e referência,
M un do , q u e de ra m co m o av al o fo ram esvaziadas, el im i-
se u s pab·irn õ n io s n at u ra is 11adas o u desn1oralizadas atividades
in du striais. A m oe da d e referênc e cruciais d o Estado Nacio
ia en tã o, ne st e ca so . pa ss n al em órgãos co m o : C o n se ll1 0 N ac io
ou a n al do PeLTóleo (C N P ),
te r o la sb·o de ss es p at ri m ô ni os .
O B ra si l foi u m a da s p ri n Departamento N ac io na l de Produ
ci p ai s ção M in eral (D N P M }, Secre
vítimas de ss e processo.
taria de T ec n o lo g ia In d us tr ia l (S T
J) , Comissão Nacional de
A elevação d o s p re ço s d o p et Energia N uc le ar (C N E N ), Central
ró le o im p o rt ad o n a d éc ad de Medicamentos (C E !\-1 E ),
d o s an o s 70, só m ai s ta rd e re a
d u zi d o s, foi se g u id a d e e1 n IN T E R B RÁS . P O R T O B R Á S, In st it
p ré st i ut o Nacional de Propriedade
m o s ex te rn o s p ar a co b ri r es In du st ri al ( I N P I ) , C O N M E T R O , en
sas i1n p o rt aç õ es . P o st er io r111 tre 1nuitos ou tros. A ação foi
en te , a
el ev aç ão a b su rd a d o s ju ro s, m ai s profL1nda co m a el im in aç ão
se m p re ce d en te s r1 a h is tó ri do s M in istérios-fim: da In dú s
n ô m ic a d o m u n d o , q u a n d o se a eco
ti n h a d e fazer n o v o s e m p ré tr ia e do C om ér ci o, elas M in as
st im o s e Energia, dos Transportes,
pa1·a sa ld a r a p e n a s o serviç b·ansfor m ad os em órgãos-meio;
o d o s a n te ri o re s, foi c ri a 11 e ai nd a, como parte do mesmo
do, como
b o la d e n ev e. u m a in c ríve processo, foram en fr aq ue ci da s
l e im p a gá\'eJ d ív id a e x te rn as Forças Armadas, cujo desa
c o n d u z iu à a tu a l si tu a ç ã o
a . E la n o s
pa re lh am en to se ac en tu a ac el er
, e m q u e m a is d e 6 5 % d o ad am en te . E le teve seqüência
O rç a m e n to com a pr iv at iz aç ão de empr
d a R e p ú b li c a sã o c o n su esas de ec on om ia mista básicas e
m id o s c o m o s se rv iç o s
externa e i n te rn a , s e n d o d a s d ív id a s es tr at ég ic as e, fin al m en te , em
e st a d e c o rr ê n c ia d a q u e um a revisão constitucio11al ilegí
la . O u seja, a tim a, fe liz m en te fracassada, qu
m a io r p a rt e d e n o ss o o rç e objetivava a perda do conlrole
a m e n to é c o n s u m id o p e rd
a troco d e n a d a , e m g ig u la ri a m e n te pe lo Es ta do de m on op ól io s
a n te s c a s b ·a n sfe rê n c ia s es se nc ia is e de cruciais patrimônios
d e ri q u e z a p a ra na tu ra is - m in er al e hi dr elé tr ic
u m pequeno grupo q o -, alé m da descaracterização
u e nada produz e q
u e v iv e o p u le n ta e d a em p re sa d e ca p il al n ac io
p a r a s it a r ia m e n te à c u n al .
s ta d o t ra b a lh o d e Lo d
o u111 p o v o , c r ia n d o
m is é r ia e d e s e s p e r o Tu do iss o co mp lem en tad o com o pr
. ojeto de Lei das Paten
C a ím o s e m a r m a d il l1 tes , qu e tra ns fer e para pe qu
a e11 0 gr up o de corporações transna
d e n tr o d a q L 1a l, m a n ti
d o s is ten1a fi n a n c e d a s a s regras cio na is o riq uís sim o pa tri mô nio
ir o , n ã o ge né tic o do co nti ne nte tropical
e x is te s a íd a . A c L 1a d o
m o s a j o g o d e g a to s , n o s s u b m e te br as ile iro , av ali ad o pe lo FAST, ór
e r a to , gão especializado do Conse
e m q u e e s s e s is te m lho d e Mi n istr os da Un ião
a faz o p a p e l d e Eu rop éia , em cerca de 90% do
62
63
•
eta . Essa lei con duz ao con t
pab·imônio exis tent e no plan role Sã o exemp los: a i � sidiosa "le i" de Gerson, que nada tem a ver
s
externo por essas corporações de setore es sen cia is à ,,ida com nos � o esp�rt � sra. em campanha patrocinada por empresa
como ali me ntos e medicamentos, alé m de da r-l he s, po r me i � ?
estrange ira, bJet1va11do a perda d� auto-estima: propaganda
das patentes de microorganismos, o mo nop ólio d e uso sobre deformante ra\1orece do o separatismo regional; a tentati''ª
�
seres vivos. perm anen te de descred1to de nossas instiluições; 0 confroi1t0
•
65
64
do, a palavra ad qu i re urn
com avanço e progresso. Deste mo . a
� . . ,
.
r e
conotação alramenLe positiva, �assando a se ac � po r mu i tos cultu ra. interesses e pnnc1p1os eticos e o que pode Je\'ar à nossa
.
o
como defirudora do mell1or cam1nJ10, an Lda nd leg itim as e impor destruição. Implícito nessa missão está o objeti\10 de \'erificar se
tantes realizações do passado. Entretanto, nem tud o o q u e é novo a grand e míctia, escrit.a e falada, com o imenso poder de que hoje
é bom - ou não é necessa1�iamente bom . E mai s, nas circ uns tâncias dispõe, esta sendo usada para impedir que os cidadãos e as
atuais, a maior parte do que se apresenta com o novo ou é institu ições conl1eçan1 a realidade e possam refletir sobre ela.
enganoso ou perverso, além de ser consagrador do status quo. De
Esse cerceamento e deformação das mentes assumem
fato, ao qualificar-se indisc1iminadamente o novo, o mode rno,
maior gravid a<le por estar no bojo de um projelo geopolítico.
como bom, está-se consagrando sua permanência.
condu zid o de fora <lo Pais e objetivando a demolição do Estado
Vejamos um exemplo que oferece aspectos salu tares, mas e a desagregação da Nação. A omissão sistemática nessas
pode promover efeitos perversos: A automação é um avanço questõ es, por parle dos que controlam o Estado, passa a
tecnológico que pode contribuir para a melhoria das socieda compro metê-los irremediavelmente por deixarem a Nação sen1
des, mas quando adotada de modo generalizado promove mecanisrnos de defesa. dando a impressão de conivência dolosa
amplo desemprego. Ou seja, quando L1sada sobre uma socieda com o processo. Faz-se assim do Estado \'eículo de deslruição
de onde o desemprego já é intenso, pode tomar proporções de coletiva.
tragédia. A modernidade assim aceita, sem o devido d iscerni 1
mento, promove o desastre. A automação, em geral. aumenta 1
o que é chamado de competitividade e produtividade das 3 . ESTADO MÍNIMO ". ESTADO LEGÍTIMO E ESTADO
empresas, a o mesmo tempo em que cria, no nosso caso, miséria
1
DELINQÜENTE. A NAÇÃO E O ESTADO
e desespero. E l a é um meio - e como tal tem q u e ser conside BRASILEffiOS. ESTADOS REGIONAIS
rada - enquan to o bem-estar da popula ção é u m fim. Na melhor
das h i póteses, o modern o pode ampliar os meios para alcança r O Brasil chegou a ser a oitava economia do mundo - os
determ inado fim, mas não deve, só por ser moder no, prejud icar primeiros sete formam o Grupo dos Sete (G-7) -. o qt1e não
o bem maio r de dar emprego aos desem prega dos ou bem-estar deixa de ser uma demonstração de competência e decisão. Tem,
e segur ança à popu lação . Toda socie dade respo nsáve l neces sita enb·etanto, um dos mais elevados níveis de miséria, ocupando •
ser capaz de disce rnir essas questões e não agir cega ment e. do ponto de vista social e human o a sexagésima terceira
Dize r q u e "som ente por ser mod erno é bom ", não faz sent ido. coloca ção. Como explica r isso? Porque a ação dos meios,
E m muit os casos, uma solu ção ante rior, mais anti ga, pode ser pro\1a\1eln1e nte mode rnos, não foi compatibilizada com os obje
a mai s ade qua da. Não se deve perd er de vista q u e n o pass ado tivos nacio nais e porqu e os dirigentes, na Sociedade e no
alg um as soc ieda des vi\1eram pon tos alto s da hist ória d a hum a Est.a do, não cum prira m o seu papel. Essas evidências somente
nid ade e que , com par ada s com as atu ais, mo stra m, par a diz er pod em ser reor ient adas por um Est.ado responsável, compro
o mín imo , a peq uen ez do mo me nto e1n q u e est am os viv end o. met ido tota l e exclusivamente com a sociedade a que deve
São exe mp los a Gré cia de Pé ricl es, a Ida de d e Ou ro n a Esp anh a ser vir. O Est ado deve reportar-se à coletividade em função da
e a Itália d o Renascimento. qua l existe. e res pon der a seus problemas necessid d�s e
•. �
asp ira çõe s. Te1n qu e eslar capacitado a cumprir seus ob1etivos,
,
co m a respon sa bil id ad e e os me io s d e
ciê nc ia na cio na l,
to, ileg ítim o. Po r isso, o chavão " Estado � í� im o" lom a a
po de r di sc er ni r - e, se _o
. cr1 m 1no so . Ele na
.
ne ce ss ar 10 , in tervir -, enb·e o q u e é
, .
co no taç ão d e gr an de idi oti ce ou de plano , .
co mp atível co m no ss a do
de ve se r mí nim o ne m má,x im o, mas o necessar10, o ad eq ua
GG 67
•
cir cu ns tân cia s, as ca racte1-ís tic as , os fin s e as piraçõ
para as _ es
al Ou ele exi ste para exe cut ar um Pr oJe lo Na ci or1 al naci onal estão na Yealid ade camu flalildo o eventual Ji)redomffll io
do nac ion .
neste caso po de tra11sfo r111ar-se em sobre o Estado Nacion al de um outro Estado hegemônico.
ou 11ão será legítimo. E
ta do Op re ss or , a se rv iço de ou tr o Es ta do ; de pa rt e apen Som e11te com o respeito aos Estados Nacionais pode-se
Es as
da respectiva sociedade ou ai11 da de ide
olo gia s no civ a s ao se
Li cl1ega r à formação de blocos com interesses comuns, como bem
star e seg L1r a nç a cole ilustra o excelen le livro T/1e European Experience: A Historial
papel agregador e co nd uc en te ao ben1-e
tivos. Pode também transformar-se e1n EslacJo 011 1iss o ou alé Critique o( Deuelop ment Theory, de Dieter Senghaas. O autor
analisa cenlo e cinqüenla anos de evolução de países da
em Estado De Jin qü e11te.
Para que um Estado sirva e repr esen te a Soc ieda de Lem de
Europ a , em que cada um soube defender sua respectiva sobe 1
estar preparado para cond L1zir os dest inos 11ac iona i s; caso
rania, enfrenla11do com sucesso as tentativas de predomínio, 1
inicialme11le da l 11glalerra e depois da Alema11l1a. U111a experiên 1
contrário, vira 11au à deriva, joguete fácil das deler mina ções de
cia oposta foi a da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
outros Estados que, para La11to, usa111 instru n1ent os os mais (URSS), em que um supra-Estado, tendo como base detern1ina
,,ariados. Ou seja, é co11dição essencia l a o Estado aL1lonom ia e da ideologia, qL1is i1npor sua predominância a inú meras Repú
competência. É o único autorizado ao uso da força em defesa
blicas da região. O modo como esse sistema desn1oronou
da Nação ameaçada, fazendo valer suas necessidades, in teres
demonstra bem sua inconsistência e ilegitimidade. Os métodos,
ses e aspirações. Para isso, as Forças Armadas são o seu braço; muilas vezes brutais, utilizados 110 processo de subjugação
o braço armado do povo. Tudo fica, portanto, na dependência tiveram êxjto apenas temporário. Analogamente, no campo
de sua legitimidade; do processo por meio do q u a l é co11stituído ideológico co11trário, estão as grandes corporações b·ansnacio-
e da disponibilidade de meios para garantir desempenho pleno 11ais, senhoras do mundo, qL1e assumem, cada vez mais, um
das funções delegadas pela Nação. Necessita estar capacitado ativo papel supra11acional, utilizem ou não como suporte Esta
a executar o Projeto Nacional. Disso decorre q u e Estado dos constituídos. Na atualidade, ideologias já carco1nidas, como
nenhum pode ser dirigido por indivídu os subalter nos, incom a liberal e outras, e1n fase de montagem, evidenciam processos
petentes, amorai s ou desJeai s, qualqu er que seja o proces so de que pretendem fazer o mesmo, neste caso por meio de orga11is-
sua escolh a. A lealda de para com a Nação é condiç ão essenc ial 111os inter11acionais e outros esquemas de coordenação, que •
do Estad o. O processo polític o que leva à escoll 1a dos dirige ntes con1eçam a atuar de modo supranacional: o GAIT, o Ba11co
do Estad o some nte será legíti mo se respe itar esses princípios. M11ndial, o FMI, o Conselho de Segurança das Nações Unidas
Não basta a esco lha ocorrer pelo proc esso eleit oral, se esses e o GrL1po dos 7 (G-7), fundamentados no poder re1nanescente
prin cípio s não forem rigo rosa men te resp eitad os. D o cont rário , da bipolaridade.
cria-se u m sim ulacro de dem ocra cia e com o con seq üê11 cia um Com a extre ma vulne rabil idade de países do Terceiro
Esta do ileg ítim o. Mun do, depe nde1 1tes da dívida externa, ilegít ima e imor al, e
A Nação é ma is que um a pop ula ção , é ma is q u e u m pov o, mes mo e111 algu 11s do Prim eiro pela depe ndên cia energética,
pod e11d o agr ega r vár ios pov os. Co mp ree nde u m ter ritó rio , um a com forte imp licação de 11atureza militar, e aind a mais , pelo
his tór ia e um a ou vár ias cu ltu ras ou lín gu as. Ao Es tad o cab e des n1or ona men to d a bipo ralid ade , esses organismos são usados
su a rep res en taç ão e defesa. E l e ex ist e em fu nç pela sup erp otê ncia rem ane sce nte como instrumentos de hege-
ão ex clu siv a do
na cio na l. O qu e é ? i n ter na cio na l se nã 111o nia , ape sar d a res istê nci a nos dem ais países e até, in.terna
o a rel aç ão en tre os
Es tados na cio na is? E ap en as um a re m e n te , n o s E UA . Na m e s m a l i n h a des ses org an1 sm � s
.
ex ist e em fu nç ão d e na çõ es e d e Es
laç ão , u1n a i n ter aç ão qu e
mu ltil ate rai s sur gir a1n as Or gan izações Não-Governamen 1s t_a
ta do s q u e a s re pr es en te m .
Aq ue les qu e pr om ov em a su pr em (O NG s), fin an cia da s e co nd uz ida s por interesses de naçoes
ac ia d o in te rn ac io na l so br e o
69
. , . banc os e corporaç ões, inte rvin do con1 a ma·IO
I1ege1nõn. icas
" . r ricanos . No presente século, no período entre as décadas dos
"sem-cer1mon 1a em assun tos in lernos de pa1ses mais frac os anos 20 e 70, tínhamos conseguido avançar com certa autono
,
Um de seus principais campos de atL1ação é o ambiental , base. mia, especialmente enlre as duas grandes guerras. Havia, de
.
para t1ma suposta nova 'd 1 eo1 og1a enganosa, n1as apare11tein en te rato, um Projeto Nacional em formação, que começou a ser
de natureza altruísta . minado a partir do término da Segunda Grande Guerra. Desde
Novas idéias e ações surgem en1 áreas de interess es esp . então, foram colocadas sobre o Estado Nacional as cunl1as
cíficos visando fortalecer a 11aturcza SL1pra11acion al dessae institucionais externas do Tratado de Bretto11 Woods, em 1944
organizações, tanto das internacionais qL1a11Lo das O N C s d s (FMf e Banco Mundial), e do Modelo de Crescimento Econômi
que são exemplos os de11ominados "djreitos hu111anos" . co�tr � co Depe11den te, esle na segunda metade dos a11os 50.
le demográfico e, mais rece11temenle, direitos trabaIJ1istas 0e Com a ca1n1sa de força desses dois instrumentos de subju
questões sociais como um todo. gação, a sociedade brasileira foi perdendo graus de Liberdade,
E difíci! �nco � trar em .todo o mt1nd o u1n conjL1 nto Que feJizme11te sempre com focos e períodos de resistência. A
,
�ações hegemônicas e cuja t?11ic ;:i saída são os tróp icos , com � ram a ter mais e n1ais poder na vida nacional e a ocupar de
e o caso da crise energética -. recursos natL 1rais exlr aord iilá 1nodo crescente o poder do Estado. Essa sistemática foi inten
ri?s, cult ura sed ime nt�da. u111n só líng ua. hab itad o por raça sificada desde Juscelino e no período militar pelo poder dos
.
cos m1c a resultante de sing ula r m1s . c1g
_ enacão. com um a tecnocratas e continuada após a chamada abertura democráti
. religião
predominante, em clim a de incomparável tole rân cia religiosa ca, chega11do à fase demolidora no governo Collor de Mello.
sem pro ble ma s graves de fro nteira com seu s viz inl1 os. En fim 1' Com o processo de globalização da economia propugnado
essa é a Naç ão Brasileira . pela doutrina neoliberal e com o objetivo de demolir os Estados
Um � �aç ão ou u1n t:onjun to de 11ações po de 1n reu nir Nacionais, novos conceitos são forjados nos sinistros laborató
rios liberais. Entre eles, vem ga11l1ando espaço o de Estados
•
71
7<1
•
Ao exemplificar com a It ál ia , enfatiza
m q u e, a o co n si d e
como um en te econômico, ignora-se as rá-!
dade de um norte in d u st ri al iz ad o e u
discrepâJ1cias dti
m st1l ru ra l . O u seja,
real 1 � ço- es . No en ta nt o , afi rm a, os Estados Regionais conside
. ram
� d iz e bem-vind os investim � nto s e pro pr1e dad e estrangeira, sempre
°;;
ao °!1 r a Itália como u1n u n id a d e
0 filZ
� e c o n ô 1n ic a - c o m o _ de
ad m 1n 1s trador do se to r pr1,1ado e and o per mit a m cri ar em pregos e me lho rar a qua lida de
o fu nc io n ár io pú b lic q�
VI da. Nã o ven1os
está operando sobre bases falsas, o se nis so no vid ad e, todos os Estados Nacionais
im p la t1síveis e o p er an .
.
_
�
cl o o não JJerle nce11Les a es f era comun1s t a o pern11tem . . .
,
s , o q u e j u s ti fi c a n o
e� tados r g io n a is " p s e u e n te n d e r v á r io s Pelo visto, esses propósitos neoliberais estão mexen�o com
: . a r a m e lh o r a r e n ã o e
� �
1a o c 1a
�
_
1s 1n t e � n a s ".. ., o s e n
x a c e r b a r a s d is c r e p â n
h o r O h m a e c o n c lu i q
1nuita gente no Estado de São Paulo . . . Será que 1932 está sendo
e v a li d o para a I1 1d u e o mesmo revivido? I-Iouve até que1n falasse em u1na política de comércio
ia e , p a s m e m , p a r a o
B r a s il .. . exterior própria para o Estado ... (Regional?). Vê-se que os
Os Estados N a c io
n a is r e q u e r e m u m a "laboratórios" neoliberais mundiais estão ativos em promover
e n q u a n to os E s ta p o lí ti c a d o n 1é s ti c a ,
d o s R e g io n a is e s tã
�
g obaJ, ou seja,
atuam como empres
o c o n ti d o s n a e c o n o m
as o u corporações O q u e
ia
divisionismos internos 11os Estados Nacionais, podendo ser
causa de graves conflitos em países do chamado Terceiro
nao fica claro é quando .
o senl1or Ohmae afirma M un do .. .
. .
�
Reg1ona1s o a lizam-
. � . se dentro das
q u e os Estados
fron te i ras d e u m Estado
Naciona l, d1v1din do
com este seus objetivo
s políticos e aspira-
7'1.
•
73
•
4. PROGRAMA NACIONAL DE DESESTATIZAÇÃQ
Por ação dos tecnocratas, a estratégia econômica passou a
. es .
transnacionais aqui
_
PND
ser a das corporaçõ . instaladas e a do
1 . A pesar d isso, as empresas de
.
ce1ro 1nternac1ona
1. tema fii1an
Co1no parte essencjaJ do Projeto Nacio11al, na área ec011 � . 5 50nornia misla básicas e estratégicas permitiram ao Pais
ec
mica surgiram as empresas de economia mista básicas e esLraL� frenla r, c1nbora parcialmente, essa situação dentro dos inte
gicas: siderúrgicas e de energia e, poste1io1mente, telecomu11icaçõee
��sses 11ac1ondess a1s, o que per1niliu reduzir o� danos e a alienação
petroquímica, fertilizantes, aeronáuticaJ entre outras. Tod as, e 1nodc:lo dependen�e. Foi graças a ess� em.
consb·uídas a parür de i11veslime11tos púb lico s e1n rcs JJOs la s, resul tantes
resas. espccialm e11le a PETROBRAS, que se conseguiu dar
necessidades essenciais do processo de ind ust rialização e com a Pma compo11e11te nacio11al ao nosso parque industrial, além de
supo�t: para o seto1� priva?o; o � e origen1 na cio na l 11ão reuni�
cond1çoes de g�ranar a e�1sten � c1a dessas e_m presas
e
�aranli r oporle surg1m en :o de alguma: e_mpresas privadas nacionais
eco11om 1co-Lecnolog1co. O Banco do Brasil teve
_ _ . as
raçoes estrangeiras nao tin ha m interesse. E mu ito sin to má lic co rp o. de cerlo
qu e o processo. de desestaUzação de CL 1nh o ne oli beral esle·º esse papel no campo da agric ull ura.
ocorren do precisamente com essas empresas, se1n, en tretan Ja Os defensores da doulri na 11eoliberal pretendern agora
ressarcir os investimentos pú bl ico s realizados du ra11te ce rca to, retirar o Eslado dessas empresas, ou seja, destrL1ir o único
m e�o secu1 o e sem resL1 1tar de um 11ovo Projeto. Destrói- e
· d instrumento efetivo e compelente de ação do Estado na área
se econômico-lecnológica, em 1nome11to de extrema adversidade
•
su rg ira m
co mo paiie essencial do s me ca nismo s de execução
de um namento da capacidade industrial. como resposta �s ne.ces�1da
Projeto Naciona l qu e estava em n1archa de sd e as de e priorida de s do s pa íse s. So be ra nia ec on ôm ica s1g n1f ica .
an os 20/30. dé ca da s do s bá sic as qu e
po rta nt o ' o co nt ro le na cio na l s de cis õe s
·1nsti·tuc1o
af et am
· nal Poderoso
da
º. �rasi�, . desde a Guerra do Paragu ai, se mp re teve um a a econo111ia. Na ausência de um quadro
estrateg1a m1 l1tar. No en ta nto, viu su a estratégia para, ex1Jlicitan1e11le co11t . ro la r o po de r da s Co 1: po ra çõ es �r an �
ec on
�es mo n tada desde a segund a me tad e do s an os 5 0 com a õ1 ni c a se r nacionai , o en fraque
s ci 111 en to da s em pr es as pr iv ad as na ci on ai s
in de- pe nd ent es . .de vi do ao au1n en to da pr es en ça de ss as co ; po -
im pla ntação do mo de lo de crescim en to ec on ôm i · ic a do s pa 1s es .
co de pe nd en te. raçoes estrangeiras, a111eaça a so b era n1a eco no- m
75
7.f
c1nde essas tra11snacionais têm pe n e
trado e e s le 11 d id o
cu11trole sobre a maior p a rt e da pro 0 seu . a prerro�aliva, im po nd o-lhes tarifas aqué
dccis5 ü
dução, o JJo<.ler Ul' ,ultim m dos custos
q u e afeta a co11 d L1 la das firmas. fi
ca lr a 11 sfcridu para le 11tar cobrir m on um en ta is
J t, l' J P ll éJÍ fl
· buracos finance1r · os resultan-
nacional para o capital estrangeiro. . 1 .
t cs u c
A lidera11ça d o s 11 •
pé ss im é
t �c sl.ã o d o pr oc es so .
.
.
1n ac1onar10, frutos d a
.
a prtl\1ir d e lc 1r �1 . . .
·g <J C i< >s l' .
a -
.
,
CCJJTICl �l
a c1 l � l i L' lt lc >
pr iv .
'
d e s s a s corporacõcs. A s s u b s
1, ,
<J
.
id ia r ia s são a ll ,11n,·11 k
d l' Jl <' tt d ,. 11 , , e m p rcs u fa zc n<l <J J<J �O da s de se sla .
t1z açoes, continuem em
� ,,n
SCll!i Ccl r�,, .., .., , ,; c.1 pr iva tização, qu an do passam a ter
em pesquisa e dese11,•0J\•i1nl?1
.
, . .., ._
_
.
_
•
a longo prazo. Assim. em iJl111 1t'Ill <>
muitos SL'lore, mJusl1 1,11>. l"..1 fll liora < J nd I ' pe l dessas em presas esteja longe de ter sid o
J d es u-..
cu m pi, 1<l c ' 11acJ existe qu alq ue r garantia nem poss1· b·11 1·dad e d e
cionalização cria um grau
substan cial Je Úl'PcnJ
mica extern a . ... Ao nil'el ênc1 J <'con o. ·
macroeconômi co. a csti qu e, apO's privatizadas continuem a desempen ha- ' 1 o. No B ras·11
propriedade estrange ira pode utura úc ·
ate contrib u1r para um e em Outros países que sofreram o mesmo processo, o que se
nho advers o â economia dese mpe
desses países . e uma tem vist o é, pelo contrário, o con fro � to com o pape 1 � oc1 , ·eco-
resulta em uma queda da recessão local �
·
demanda agregad a. essas nom1co que u· nha m anteriormente. Cnam-se por essa via od1osos
têm a capacid ade de
-
: �
sas de economia mista. Anula-se, assim, longo e gigantesco esforço anterior que o Je
:nuito perspicaz para saber o que Não é precis o ser
tivara a subs titui ção de importações.
�
mdus al brasile iro
quando conclu ído esse
irá acontecer com o
parque
Felizmen le, o fracasso d � �ventur � irresp onsá\iel da Rev1- · .
Latizaçao, na form a programa d e deses
são Cons � tucional não p� rrn 1ti u a . i g1 -
As empresas de econ
como está sendo levado
omia mista brasilei ras
avante.
T R O B RAS
tn 1 a.[ Z
.... , T E L E B R A S e E �1 B R A E · A d i n â m i c a
E ROBRÁS. ELE-
iudu st�ializacão, base da nossa
foram sempre lucrati eslabelecida porem, nao - ofe . rece,, perspecti\ias seguras quanto
gar�nl idos retornos
dos investimentos
�
vas para a ociedade . com '
{I
f
--
Por essas razões, o Programa Nacional de DeseslaUzação
(PND) põe em risco um dos principais pilares do q� e sobro · v d e u s a r Os resp ecti vos supply credits para fechar o
do Projelo Nacional. Essa tresloucada e imoral pr1vaL1_zaçã u obJe a· o
pode, portanto. resultar no desmoroname11l� ��ótico da nos o bala nço de P a g amento externo. Na verdade, a partir
· d e d eter-
º·
estrutura produtiva, construída com o sacr1f1c10 de lodo sa min . _ d' arn
· a d o m o m e n t
1
- que coinc ide com o final da déca da. dos anos
povo. Até o início dos anos 80, � P�ís mante\1e ele\1adas tax um 70, ª v1sao m ·ca e aluante da gestão pu'bl 1ca dessas -
foram de crucial importância na absorção. difusão e capac stado, tendo como m 1 a grande M1d1a. Essas. empresas
d e técnicas importadas, inclusive canalizando suas deman ita cão de econo� 1 I� i�til assaram a ser combatidas, desvtrtuadas e
desmoraJ 1za�as an l: a ·opinião pública. Desse processo partic1-
•
nário. Age com igual irresponsabistr ão do processo inflacio com a atividade empre�ar1�l . .ou seJ� � saram-nas para demitmiu-
ilid
com ra de equipamentos desn ecess ad e qu an do as obriga à
p penhar papel que a propr1a incomp t ncia não lhes per
ários no exterior com o levar avante.
78
79
Essas em presas foram também ut ilizadas
. pai a prom _ o er
_ de su as funções para as qu ais tin ha m
istas
. L• 1.aram
fi sb cad os cu rso s d e tre1 na me nto n o p ,
.
es pe cia l
1 e ..;
es tat 1z? çao da d1 v1 da externa po r a lJsorção . � a . .
- •
do s em est1
. n1os p1 eli do s a so ais
conb·aidos por empresas privadas, na c·1ona1s 1.d su bm
. .
pr1nc1palmente devido à Re so luç ão n2 63
e esb·a ngeir
d o anco Ce n t·
.
as
;
: � t
n ex erior,
em ár ea s de re sp on sa bi lid ad e do EstaJo, cr uc iai s
1a J E
ainpl o o espectro de políticas nocivas im
B · da do ci da da o. Tu do
_ so ocorreu e m no 1n e do do gm a do
is
�
po st as pe 1 os lec · , �
Es ta do e da al eg ad a in efic iê nc ia in tr ín se ca ao
tas à gestão das empresas de econo111ia .
1s
noc ra- ?. g an lis m o"
do
sa 1 u ta r tra d1çao
m ta, romp endo do s "s log� ns " d o fun da n1 en la lisn,:o sectá�io
.
.
_ qu e lh es pe rm iti u
dese mpen h ar cruc·
Lim a
ia 1 papel
:
se -viço pú bli co
ne
,
ol
um
ib er al qu e na o re _
sis te a Lim a su pe rf 1c . l
1a ve rifi
no desenvolv1mento na cio na l. da do ut rin a
as si1 n p 1 ov a� o 1)e los re su ll� do s alc an ça d ?s no
F ug in do às nor111as cação. Fica �
_ sl ru 1n en la l1z ad a pe lo s
da
concorrência, en1 1 98 6 f
o1. I��
. Brasil qu e un1 a do ul r11 1a ça o 1n meios de
reto-lei 2 30 0 , uma
a essa empresas, po r m ei o d o Dec osto bando
,
� 11�
d e b n s e con tratação d e serv para comp ra
� iços. Foran1 tra ns for ma r em Pr es ide 11t e da Re pú bli ca u m de lin -
as as regras provado, -
seguir, prazos ar
ções prévias obter, tudo su
i r
espe ta , form u lá ri os �
pree n c he�
, a u to riza-
a
qüe11te p o r vocaçao.
a jeito a b \1ejamos o que diz o Sen ado r
ª fl exib l a d e �� � c1 ta autor1Lários, Apr ofu nda ndo essas qL1estões,
i id de
decisão e ss e n c ia l .� � que
destruída. Contratações p
�1 ª
e empresarial
foi A.mir Lan do, Rel alo r da CP MI - Co mis são Par lam
entar Mis ta
a ra a execuçao d e
essenciais
. .
.
n ovos servi ços . de I11 qu ér ito (C PM I) do PN D:
passaram ·
a e x ig 1 1· exa u s t1v a s e e d r u n dan
ti·vas, le v a n d o os q u a d ro t·es Justifi ca- "Neste am bien te cria do de deg ene raç ão, de ver dad eira
·
s m ais · c o n 1p e te n tes e
l
·
�xpe1-iente esta tais que ten tam sobreviver e
as
procurar outro n1eio d e v id a 0 a a s gL1erra de gue rrill 1a e11l re
u t. e a a p � s e n t a d o r 1a p r e
matura. o Governo que ten ta sub metê-las co111 as polí tica s con tenç ão de
A cligniiicante carreira
públ1'ca, com iro · n1ais.
se nt id o de m ·
que d esesti.mulada; foi desconsi.dera a e ate, d issao. 1 -
de preços, de dire cion ame nto das com pra s, ven das e co11 trata
. 1
\11ru entas cainpatlhas, abr1n o espaço p .
d es mora 1 .
1zada por ções, de limi tação dos créd itos e da polí tica ele recursos
d ara .
cursões d e rapina. Recu .
av e n tu re1ros em in
- l1u111anos, transforn1ada 111er a estatística de gastos, .
e111 proli
..
pessoal passaram a
rsos
ser sin ôn im o de
de :
pai·a b·e1n men e esp�cialização de
��
percüc10 e ob1eto d e cort
fera1n as idéia s de q ue as estatais (leia-se: Emp resas de Eco no
orçamentários; salários compatíveis co . es mia Mista ) deve1n ser, e m princ ípio, elimi nada s".
funções como males a serem extirpad
'
m a s responsabilidades das Inde pen den te do mod o com o send o levado a\1ante esse
está 1
. 1
·
de economia mista sujeitas , :�da � . o s T u d o is so em empresas Programa, com esca nda losa s doações a grup os nac iona is e
tu do suas ações tê
e ações em _bolsa Apesar de
,_
m sido: _
me�ia� � m a is procurad
estrangeiros priv ileg iado s, as priv atiza ções desm onta m estru a 1
valonzadas, fruto nattiralmente da c1 as e tura prod utiv a i 11du stria l bras ileir a por mex erem profund ame n
e d
longo do tempo e que se vem 1nan te 1b1l1dade ,conq·uistada ao te em peças bás icas e estratégicas de todo o sist em a pro dut ivo .
, nd 0 gi aças a 1�es1stêncía de
-
a ocasionar
o cola pso do
seus quadros profissionais fr en . _ Se isso fosse con ceb ido d e mod o não
tecnocratas da área finance1r. a do te a in te rv e n ç a o indevida dos sist ema , natu raln 1ent e exig iria u m con junt o de n1ed idas com
governo. ple me ntares e d e pol ític as i n d ust rial e tec nol ógi ca, qtte não
No caso dos órgãos da adminis - .
as situação
de natureza mais estrat:,g1c. a traçao direta, e n b-e a q u e le s foram seq uer pen sad as. Co mo ajustar à nova
[oi devastador Verdade1ros , o p rocesso d e d e s m a n te la m e n to que stõ es de tarifas, taxas e preços, outrora def inid os pel o
d elinq ·· e n te s d e in · .
u Estado e q u e ga ran tia m custos com pat íve is com a eco no mia da
ram em disponibilidade m1"lh 1tiran1 o u puse-
·
ares e m il h a res de funcionários e po pu laç ã o e do se tor pr iva do na cio na l? Como ga ran tir qu e os
B<J
81
•
monopólios e oligopólios criado
s con1 as pri\1atizaçõe . · ruciativas de médio ou longo prazo de malu
tem as condições mínimas d e c s respe i quai squer ra-
em
1
o11corrência ao - pertencentes ao setor de .insumos como aço.
parque produtivo atingido, devid re st a n te d - E mp1 .e!>as
.
o à n a tureza básic o cao. .
a o u e st r c básicos e fertil izantes, estavam em c11.se no
tégica das empresas pri\1atizad
as? O q u e irá oc a pe troquím J us
i � mente foram e-Ss s os setores escolhidos
economia d e setores produti\1os orrer com
a inund o. e pelo
estratégicos e d e
sões d e nosso território cujo \1aslas exte PND .
m e rc a d o a in d a n ã n
escala parajustificar in v e s ti m o d is p õ e
de Apesa1. Qtt e as co ildicõe s mell1oraran1 u1n pouco em 199 3,
e n to s lu c r a ti v o s ? E o . . .
q u e ocorre
a1n da assim fo·i am reafirmados e n1anUdos os mesmos p i.oced I-
-
o n d e os investimentos já fo ra rá .
m realizados mas n ã
o há deman
men Los de ava 1 ·l ...,u ca- 0 e \'eiidas adotados 110 ano anterior. com
.
lucrati\1a? da
dados d e 1 9 9 1 seni as inui spe 11sá\
.
1eis aluahzaçoes e correçoes
Com a fúria privatizante e .,
_
-
a "fa lê 11 c ia " fi n a 11 c e ir
a d o Estado · ·
à defesa do pab i1n o11 10
_ . pu' bl.ico .
decretadas d e m o d o m o no
lítico p e lo s d o g m a s
ocorrerá com a maior n e o li b e ra is , o A sus e1"Líssi 1na necessidade de acelerar, a .eco.
ia dos aeroportos, d que qualquer p1
telefones fora do triâJ1 a s e s tr a d a s a desesta : ão das e1np resas que forn1am a espinha dorsal Ja
gulo R io-São Paulo-B . dos zaç
Enfim, são tantas as perg elo H o r iz o n t nOssa eslrt1lu1 a o governo a oferecer todo tipo
e? .
_ p 1·odutiva levou
untas para as q u a is o s
·
o s o
d o1. es" · dI\'ers1' fi1ca ca
. b j etivos v e r d a d e ir o s - 0 das formas de - bas1camen te
.
desestatização? dessa .
pagamento
. - ·
moeda� po dres · lr�Lamenlo tribulário de
privilegiado: ausenc1�
Vejam o s o Relatório d
o S e n a d o r A m ir L a n
do: meca rus mo s . '.b.dores à for1nação de
1111 1 . - .
oligopólios const1tu1dos
.
OLI forta 1 ec1 d os ela transferência desses patr1mon1os empresa-
"No in tu it o d e aceler �
ar o PND, in ú m eras
concessões fo ram fe it s im p l ificacõ es
e
.
ativos públicos.
as n o p r o c e s s o d e a
li e n a ç ã o d o s b e n
•
s e
r� ais; d�� osos pp
sislemal1co 110 N D , q
1 o ced1
:� �
nt s avaliação, adotados de modo
de
g ranlem a dimi11t1i ção significati\1a
Em 1991, prjmeiro
ano de execuçã o d o dos valores de oferta para venda. ,
cinco empresas foram PND, somente
privatizadas (em moedas Cor:io d.iz o Senador Lando: . e
"As jusLificabvas tecn1cas .
83
•
crime contr a a Nossa
e um .
...
do
p
um a b sur
10 , com o servi u o ND
si n1e sn en1 para isso
para o seleto grupo de participantes do processo aquisiti vo.
flfoedas de Privatização em ,,ez de moeda corrente e finan cia
e
�
e on om
ia. Oc o rre ue
� �
stifi caL1 vas
. ,
do PND est á o pro p
capita
ósi t ?
is,
de con
com a
·
as "'J
· u mercado de .
mentos governamenlais, vedados a empresas ligadas ao Estado E nLre orta lec1 men to do
cratizaçao -
o s e a de111o
para
ti. :ib
mas ofe1tados aos grupos in teressados em co111prá-las, sã � u ir
f
res mobi liário
ofer la d � valo integ ram esse Pr�
ã o da . resas qt1e
exemplos dessas be11esses. ai1 1pl1 ·a
ila1s das e � P or Amir
de ca1) , do Senad
m �
e1 ca do diz o R e l ato1,·1 o
A fixação de u1na única modalidade de \1enda - o leilão do essa queslão
. Sob re
_
. razo a pll se
públicas é o déficit das contas federais de curto prazo, seria . . priva . d º N o entanto, o q u e
tização dos cap1ta1s �· modo
i.
então essencial que a venda das empresas fosse em moeda democra ·bu·
i 1 nd o d e
. , ,e q u e 0 PND está con u
verificou ate a g o r a
..
e de
P
corrente e não em títulos, de modo a gerar disponibilidades de ólios de fabric ação
d a ç -
a o d o s oligo
decisivo p a r a a c o n s o li. ação do
. i·
caixa e, portanto, diminuir a necessidade de financiar o Tesouro planos , para a form
, \ i· 0 dos fertilizantes e
não
pela emissão de títulos d e dívida OLI emissão d e moeda. Títulos comercia izaça
oligopóli o d o s
-o
a ç
d
o
o
s
s
p
aços
la n o s ,
_
d o �� ft�
m º
ante
P
ainda não devidos, com prazos d e vencimento a11teriormente \ privad o particip
n tr a ç a o d 0
repactuados, fora1n utilizados co1110 se vencidos fosse111. Ou u m a a c e n tu a d a conce de empre s a por
vada
���f�:
ím ic a . I-l á c o m p r o
do setor p e t r o q u , de
•
seja, não eram dívidas vencidas e sim repactuadas. .in te, p r a em seguida
g r u p o s e to r ia lm e n te d o m �
, g 1a r e g io n a1 d e P
� roduç ão e comer
O fato d e alienar-se patrimônios básicos e estratégicos da t r a t e
m o d o a o t im iz a r s u a e s r e m atada pelo Grupo
eslrutura industrial brasileira para fazer caixa já se caracteriza, a C O S IN OR, a r
o c a s o d
cialização, c o m o é
85
&1
. e prod utos
s
res em matérias-prima
_ de dóla
h o
GerdaL1 para ser fecl1ada. Nem mesmo o aparente privi légio mil ��
da em pre sa ...
de P º
2 00
concedido aos empregados pa1-a comprarem dete rmin ado per no
3c a
bado s
centual de ações, a preços inferiores aos estabelecidos para
\'enda, pode caracterizar-se como unia de1nocratrização do
ÇAS
IT .
AfJIARATI E AS FOR
IL ,
capital. ... A compra de ações pelos empregados serviu basica B R AS
s. B A
N CO DO
n1ente con10 massa de manobra de grupos domina11tes interes AS
m1s· ta de vital
sados em apossar-se das empresas, sem os gaslos adicionais que KlVJ.r»'
econ omia . '
.
emp resa de a forte s
teriam sem essa compos1çao .
11
O B e
�a
•
corr
t que lhe
•
ara M
Finalmente, o Senador Amir Lando conclui o Capítulo V
do seu Relatório que trata da Montagem do Cenário e dos Vícios
i rnpo r_Lã
s?�
nc1
s ex
a
:i t 11 as perd eu a cha
nte
mada
s
��
� u icio na l pape l de a poio
qu�
pres ade quad an1e . rna, a ter
de Origem do PND : exe rcer imp osiç ão exte
1t1a ão, por
"Neste quadro nada ale11tador, seria desnecessáiio qLtal
perrn
à a gr i c ::
L1lt
asso
; ada ve� mais
u ei1L
com o ban co
·. v ado . Esses , de ha
justif ica suas
quer detalhamento sobre os segmentos já privatizados. Especi se � orn �
1t ,
1 0 1·
e1 xara 111 de des e111 penl1
produ
ar �
a
ça
_
fui1
.
��
l oje
q
ue
s ó prod utor que
ficar este ou aquele caso pode significar uma redução 11os 111� � . inan ciar a � ncia ment o em
s . a de f · a fina
descalabros que ocorreram em todos os casos já obser\1ados . É e){J� �
peide
te c
� ; ão ou em de s
az .
esp
de
e
emp
���� �
ro
i
� os de cu rto praz,o . ªº
por isso que os novos atores que farão proximamente parte da · ·1vado s que vive m a tenebr osa d1v1da
história política brasileira deverão, para gáudio dos princípios bancos p� · ' astro nô micos f : , o m a1
� 1
d
6 % c amenl o da
J u ros do Or
Estado. . s d e
1
éticos, rever todo o processo e exigir responsabilidades daque con some maJ n tern o
iço
·
u jo serv Produ to
les a quem a população, direta ou indireta1nente, confiou a
�
. tern a c
epública. Já cont rola� c
:�aí
de
ses
20%
ricos
do
é algo da ordem â e
responsabilidade de seus recursos. Por isso, as a11álises seto ndo o nor11 1a e com � Ban � o o
Bruto, qua es -tá acon tecend o
riais que se seguem neste Relatório servem ape11as co1no ntem ente, o e
seJ a , doa-lo a
5%. Evide q
. çoes pri,1ati zá-lo , ou
quadro de referência ou como exemplo da prática delituosa que con�1 � pa ra
Brasi\ visa criar
se tomou comum e se reforçou nos últimos anos: a de dilapidar grupo s privad os.
insaci áveis Estad o brasile iro,
os v1ncu
. l a d o s ao
os recursos públicos conseguidos por meio do traball10, da os grande s banc a finan ceiro
Entre tença - o do sistem
inteligência, do suor, da lágrima, do sangue e da própria vida r� g u \ação e manu b � ra
com papel na com o i1a � iona l ' e n:
de milhões de brasileiros". comp roroeti do
resta, omica
· 1 A
i· ntern o , some nte Caixa Econ
Banc o d o Bras1 .
o
Os valores globais de algumas dessas ve11das dão un1a idéia de modo decrescente, . aparen temen te insu1) era-
� s
,
\d d
Federal encontra-se e m a.i & ��
c e 11 t�
do nível de descalabro que foram essas "privatizações". Confor de Dese1 1volvim
Cent1 a A N) e
me nota divulgada pela Procuradoria Geral da República, as veis e os Bancos . m e11to s de cani
instru
quatro primeiras empresas "vendidas" no governo Itamar Fran Econ ômico e Social (
BND � )
veicula
S �te
s
-
a
s1 do
alienaç ão de patrimô nios
co, a Fábrica Nacional de Álcalis, a COSINOR, a CELMA e a balização do Estado e
USIMINAS, esta a segunda mais eficiente usina siderúrgica em públicos. de circulaç ão
.
1m o :t anle jornal
. r .
1a l d e
todo o mundo, com patrimônio avaliado em quinze bilhões de N e s s e contexto, e d 1t o �
para a moder nidade do
d a b as1ca
dólares, fora1n vendidas "por um valor que não dá para adq u i ri r f
medi
nac1onal a p re se n ta c orno
.
suas estrut uras un d a-
um veículo Gol, usado". A Companl1ia Siderúrgica Nacional, e sr_ n o n t e t � -
e s d
Estado b ra s il e ir o o . d o
d
: Brasil,
,,� . 0 Banco do
.
87
RG
Com a exceção prová,,el das Forças Ar ma da s,
qu e trabalham nessas instituições com esse precípu
há mu i tos asp ecto s , �
·inJ· stificável. A desc ulpa de que não existem recursos
,
salar1os . d os fu ncionários civis e militares a ven d a d e a '
O poder crescente d a s oligarquias n a c io
n a is e in ter11a cio Estado em empresas de economia mista evidencia o cinismo dos
tecnocr.ala s. Uma redução de apenas 190 de tal d"I1 ap1·d a�ao
najs sobre o Estado brasileiro, o d o m ín io - orça-
p re d o m in a n te sobre
os partidos políticos e sobre o process men tán a d ev1. d a a o pagamento desses plena-
considerar o a lt o n ível d e privatização e
o e le it o ra l. le v a m . . serviços resoJ,1e11a .
d e in te rn a c io n a li za a mente ess a i nóbil situação, pois mais do que d up 1 ·
ica n . , po1
� ;
�
exem p1
a q u e estão su b m e tidos, deixando, p o r is ção çamento do Ministério do Exército. A penuna que ,
so, d e c u m p1·ir a lg u m a
de su as principais funções. s �� ,i ta não pode ser só resultante da cob iça desmedida de
O que a ideologia neoli beral vem
impo nd o, acen tu a aind �� � � q eir s e especuladores. mas de plano arqmletado.
.
..
mais o caráter in tern a c io n a li st a d e a infor111a Adriano Be11a)1on do Amaral
Confo m : os
a presença d o Estado e m á re a s in d u
n o s s a e c o n o m ia a o s u p
s t1·iais básicas e e s tr a tégic
ri m ir ,
nume1 i � :�?s o r enlo de responsabilidade da Secretaria _ do
visando d e s re g u la r a p r o d u ção, as Tesout o mostram ue a rubrica Pessoal e Encargos Soc1? 1s
tarefa im p o s s ível d e s e r a
b sor _ . �
vida pelo capital privado nacio n al.
A rigor, o que os neoli be teve sua partic1paçao no total das despesas correntes redu zida
pretendem clarame nte é ter esses rais em 1 9 93 pai. a 1 8 9o/ qL1an do era 27 , 4º 0' em 199 2 Na real idad e,
1
instru ment os sob controle
•
extern o para posterior esvazia os val ore s sa_ mu o, men ore s que essas porcentagens, Ja que
, .ito
• ,
89
88
mente beneficjando-se da situação em relação -
. ,,
tuais entre desenvo/vimen to e as bolos e parad1g1nas equivocad os. Como conseqüência, cons1de- .
cirnen to econômico. cres . d 1v1
. 'd uos. con10 consumi.do1·es e as nações como
quem serve e para que Ignor am a qualidade do crescimento , ram os 1n
serve. Naquele, descon h ecem q ue a mercados. Até aí nada de �norm al . 5 ' para eles, é isso o que
apre11deram e sabem fazei e, poi·ta��� estariam em set1 papel.
conceito de desenv0Jvim o
nhos que levam aos objetiv e11to implic a em identificar os cami
os maiores da Nacão, de A questão lor11a-se gt.av e quan d o exe1 :cem 0 poder 111 aior das
sociedades, como te111 oco1 r1d� de modo freqüente i1a cl1ama d a
.
e definido. Pressupõe modo e/aro . . ·
,,
91
financeiro que traz intrínseco o me can ism o que
... 1 e da economia nac1onal pelos cen tro s
pei.m1te
0
conu·o
P�
· .
de d e r do tivesse um .
profi ssion �lmente pre ?estinado à Presidência. Ou seja. surgiu,
sistema financeiro in te rnacion al. Na realidade,
. el es 1 o rm
arn
por essa �1�, uma . perigosa nova casta neste nosso cont inen te
uma seita qu e dei.fica o mercado - do mi na do pe lo
fim a n c e1ro
.
e sataniza o res to
de infortúnios ... Ainda no atual governo e na gestão de Fernan
-
.
John Poster Dulles, ex-S ecretário de Estado do Henri que Cardoso, em analogia com o Chile, temos aqui os
"LI , ,.,
. . · no 1�te-amer .
no, diz1a: 17a uuas maneiras de conqiiistar 1ca- /i!IT boys. Não é por acaso que o professor Dombush do MIT
·
. - u m pais estr .
estão
preferi n d o a
melos rando Y el ts in na R ús si a .
da opçao e os tecnocratas nativos
sã o 0 se u exei ,. � egu n-
Evide ntement e. já te111os aqui sucursajs à altw·a desses
ocupação. c1 lo de
centros do "saber hegemônico" . E11tre os mais efetivos e
º d espreparo dos tecnocratas pa eficientes, pela ordem de in1portância, são: a Escola de Econo
ra os problemas d e
voJ�un · :nto dos povos iber d ese n mia e Administração da USP, o lnstiluto de Economia da
pel�
o-a m er ic a n o s é co n tr a
os
apl1caçao e competência n o cu
d e n s �u e recebem d o s centr
mprimento su b a lt e o :n d UNICAMP e o setor economia da Pontifícia Universidade
. . d ia
· ta ração de econom istas promotores da miséria dos po\ios perifé
a p ro p o st a d o u b ·inar1a
· ,
Isso, graças à atuação q . neolibe ral.
�
u e tive ricos, sem qualquer escopo ético. Os Chicago Boys de Pinocl1et
o _ mu nd o ac ad êi:i
fazendo a cabeça de toda u 1n a ge r an_}º �
� �
ico vinham todos da universidade católica de Santiago . . .
e administradores. É b ª 1ove�s econo mistas
em c o n h ec i a a orte Quando ainda lecionávainos Administração Prospectiva na
.
in f lu ê n c ia q u e
·
tiveram o s C'h rc
ías.e d� ?1tadura
. ago boys n a pri me1ra ·
Y2 93
•
.
sociologia em todo o con tine nte ibe ro-am eri cano
tão na Consti tuição de 88 a designação de
l , para
en
d e Capi tal N ac1onal . u seja, o nac1ona
A cabar . · Oe u-s e-ll 1 es . .
arn aoo11a, r1a.
·.
a propagaçao ra
·
é nacional
. de g ravi, . por de fin içã o. arec e b t11 .
dificuldade fin an ce ira e falta de alt er iia ti''ª ss1 ma .
do m u n d o co nst itu int es de 87/88 co nse gu ira m lill po rta nte
co certame11te abr1u o seu precioso espa aca d e11- 1i- o11 de os
a
·
aqu e1 as
ço para Q u e 1 9, ;:io de lin ir qu e o me rca do int ern o. i ntegra
VI't01 1
· · açoe - s d 1' fu n d 1s
' sem ' foi no arl . 2
01 gan1z .
·
st1a m al si na da id eo lo gi a, , i11c
O PªLri111õi
. a do de m o do a viab '1 } '1za r
en tiv
·
fora m dois princ ípios : o d a en1presa 11acio 11al de capit al nacio nal e o
subsídios. Ademais o m . cado, incent ivos
e art. 2 1 9 da Cons tituiç ão. O assus tador é que a FIES P, a
,
o d e lo d e c1 esc1men to .
ec n o- m 1· co i m põe
•
as e m p resas naciona ?
. is a d e p e n d ê n c ia te
�
•
se1a, os e m p resários
brasileiros, n e s s e m �C: na, ou similares organ izara1n ''lobb iesu m i l ionári os para garan tir a
o e I o, Ja nasce
a corda n o pescoço
... m com derrubada desses dois prir1cí pios co11st itucio 11ais, o qL1e, e\1iden
. . temeote, den1on sb·a objetiv os antina cionais . Mais: ao não admi
Setor industrial em
esse períod o, dom in
mãos de n c1 ona is,
and o mais de � º q u e preex i stia111 a
.
tiren1 a participação efetiva do industr ial brasilei ro n o comand o,
está-se criando estrutur a produliv a 11acional dirigida do exte
� � % do m e 1_ cado intern o e
c�m capacidade de
com p etir n o xte1 - rior que, evidente me11te, \1isará objetivos dos outros e não os
fo1 desman telado ioi , c0111 o farmac
, tendo q ue v n er . � êutico,
� suas in dust rias, 11a nossos, da sociedad e brasileir a. Qual, então, os fi11s perman en
das almas" a grupos "bacia
'
estrange1ros . Com tes do parque prodLttivo nacio11al? Resolver os problemas de
corpo raçoes transn 0 a 1 d a r d o tempo,
.
acion ais do n na1.a1n . : as
_
�:
associações, sindica r! p i a �1can1e11 te todas
tos e federaç s p as to, o que poderian1, n a realidade, fazer as empresas verdadei
e poder, reduzin a tr o n 1s q u e t in l1 a
,
� m peso
a papel comp
do assi1n as e1n
.
, � s a s ge n u i n a m e n te
n a c io 11 a is
ran1ente nacionais ante a avalanche de pro111oção da doutrina
lemen tai· e pe r1 1er . neoliberal que envolveu o povo brasileiro e1n gigantesca marola
. 1 co aJJesa
• 1 d o s e u n u, n 1e r o s e r
m u i· to maior. de mentiras? Acuadas, sem condições de resistir, esperara1n
P?r _esses inotiv passivamente o momento de ir para o matadouro, na expecta
os foi realizad o ,.
Constitu i n te de n a A s s e m b le ia N a c io n a tiva de tirarem proveito pessoal e enriquecer quando da ve11da
87/88 grand e esfor . l
para P ro tege-l as
�
Severo Gomes, ço, li d e r a d o p e lo S e ou da perda do controle de suas empresas para grLtpos exter
11 a d o r
dessa s condiç ões nos. Muitos deles, que sobreviveram e cresceran1 protegidos
máxim o que se .
cons eg u1u, no . adversas.
.
O
t
m en e sua
existê nc1·a, quan
entanto, io
.
'
· a ç a- o
i
. e v 1 d e n c 1a r ju ri d ic a - pelas empresas d e economia mista que os privilegiavaml estão
�
d om1na nle. Isso
·
d o com p a �t1c 1p hoje enfrentando 1nonopólios privados qL1e resultaram d o pro
não sig ''fica a c io n á ri a p re -
p e troq L1ímico ? r a n d e c o is a , c o m
o v im o s n o c a s o grama de de ses tat iza ção .
descrito n �ª
da empresa é ? i.tu lo I d e� t� li v r o . O
c o n tr o le r e a l
dado pelo do
m in io te c n o lo g 1c
o e n ã o p e la m a io ria
95
7 A EQUAÇÃO TECNOLÓGICA, UMA OUESTÃ O
CRUCIAL. INCOMPETÊNCIA DOS TECNOCRATAS A Lecn o logia sintetiza o processo de escolha e de agregação
PARA DESENHAR O PROJETO NACIONAL. LIVRE l pe las
na equa çã o pro d utiva
. . El a ,
e resp onsa ,\1e
d'
_
log1 a se dª
·
º
Com o
.., 5 políticas de uso dos fatores. Nos pa1ses de 1no de l o
.
·
1
·
e or1e1 1 ta n
que
· de dec1-·
significa tecnologia, ora ve11do-a co1n o u m insL 1mo , ora
com o de cresc11neiito eco11õn1ico de1)endente, este conjunto
- �adas eslá co11lido 11os pacotes vindos do exterior,
·
du tivo , . -
Porém sem explicar sua na tureza e. o q u e é ma is gra\'e . do a diretrizes e polit1cas de corporaçoes e d e ,
pa1ses
, sem o be d ece11
. - ·cos que lhes derélln origem. Isso, naturalmente, favo-
identificar clélal· mente co1no dev e inte rvi r nas teo rias li ege m on1
que , . , . . -
ma nip ula m. Apesél·l dos estragos qu e o mo de lo de pe 11d en rece seu s Pro prios fatores e 111duz a ehm1naçao de co11corren-
eles d eta111am e
te ve111 ,
causando ao País nos últ im os qu ar en ta an os , os tes, esp ecia1111ente os locais. Em s1ntese,
tec 11o cra las
insistem nos eq uívocos de or ige m, q u e a ide olo gi a promovem a valorização comparativa . d os fa tores, dos 1n . t eres-
ne ol iberal -
���
leva às últ im as co ns eq üê nc ias . Fica, as sim , m u ito das políticas de seus agregadores externos: Corporaçoes
dif íci l tir ar a
lim po qu al o verdadeiro pa pe l da te cn ol og ia snacionais, com forte ascendên cia so bre os Estados heg�-
na es tr ut ur a
1
s de origem. Esses pacotes sao _ os .instrumentos estrate-
produtiva, en qu an to tais q t1e st õe s co nt in ua re m mon1co
A •
id eo ló gi co qu e
lonialism o mercant il do século XIX. Nesse contexto, a classe
� �f
fere fundamentais in teresses na cio na is. Deve-se
ao s po lít ico s e
a certos m ili tares do re gi m e de ex ce çã o, in i ge11te brasile ira 11ada dirige, mas subalterna a forças exter
gê nu os e de sp re pa
rados na s qu es tõ es do po de r re al , a e11 ti·eg
a ao s te c11 oc ra ta s do s
nas, tendo a respon sabilid ade do Estado, sub n:i ete-se tu.do qt1e �
destinos da vida na ci on al . Is so , ev id en vem dos ce11tros hege1 nônic os. São essas as c1rcunstanCias que
te m en te , faz pa rt e da
estratégia ne oc ol on ia l de da r ao fin an ce a organização políti ca partid ária serve e favorece por todos os
iro , so b co nt ro le exter •
retirar do Estado se u pa pe l ce nt sua estrt1tura pro dt1t iva ao def inir as Corporaçoes Transnac10-
· s, t nd o como base
ra l d e ga ra nt ir a So be ra ni a
Nacional. Isso reflete-se ta m bé m nais corno a orige m dos pacotes tecno I og1co �
critérios equiv ocad os e 1ncon s1s
n o It am ar at i ao cu id ar , pr io ri .
'
si on ai s qu e usam parâ
meb·os e pa ra di gm as falsos, · es ti pu la dos
, . ,.
pelos grupos de poder qu equacionado por Ricardo.
E curi oso q u e a 1de1 a cent ra1 d ª d
1
e se m pr e têm tid o su as raízes n o ex te rio r. . . e ral se · a
Ja
C<Jnsolida-se, deste m od o, eo lo g ia n e o l1b
a di ta du ra do "p ap el pi 11 La do ", em . cializa-
co11fr<J11Lo com nossas do livr e me rca do , fun dam ent ada precisamer1 te 11a espe
e>.ira o rd in á ri a s p o te n c ia li d a d es.
(1 '
97
s na çõ es , le va nd o- se em co nt a su as va ntag e ns co
ção da , a segu1n . t "Pai,se s co m d·1 1rere n1para. ex po rta d ra s tra ns 11a cio na is de alu mí nio po r
e: n te s c 1 . er gia pa ra ?
tiv as . A tes e e . . . te no og1as, essa ei1 de 0 do lar es ... Esse absurdo é ocasionado
costume s e re cu rso s na tt1 ra 1s 1n co rr er 1a1 n e 1n cu st os d . . valores em Lor 110 1
istrn tos de uni a n eg oci açã o ad equ ad a de\'ido à
os mes mos prod utos . Se eles se espe ci aliz asse m nã o e>ci slé nc �a
para - n os pela
de cr iad a pe la dt , .
v1d a ex le r11 a. Es ta , po r su a ve z,
produtos para os qu a1s
·
n1un dial, em b01·a em1a · ·d o de modo arb1b·ario ' e un i·1at eral p or 11e ce ssi da de de ex po rta r "a qu alq ue r pr eç o" para ter
, , quê? A
um so pais e controlado por centros hegem ônico s d e pode r. sa lda r os se rv iço s da dív ida ex ter na re tir a as con dic õe s
1neios de •
. co1nércio?
� eab 1I1d ad e das fro nte ira s eco 11ô mi ca s na cio na is QL1a�� - cia s 1n os lra m QL te o liv re co mé rc io
pe ct ro de ev id ên
"
. Largo es
�1�� precis� �nte suportar políticas qu e tor na 1n e� sas fron� traz de sv an ta ge ns ab ru m ad or as pa ra os m ais fra co s ou pa ra os
ei1��dermeaveis � capitais e be ns ex ter no s. So me nt e es se fato lan 1 as fin a11 ça s in te rn ac io na is OL I nã o dis põ e1n
. qu e nã o co11tro
inva 1 � � assun �ao da lógica de Ri ca rd o de qu e "o li\1re ism os ap ro pr ia do s de de fe sa . Ou se ja , o liv re co m ér cio
de m ec an
come,rcio internacional favorece a to do s os pa rt ici pa nt es ". si gu ai s, ne st e ca so , de vi do vi a fin an ce ira ,
é im po ss ív el en tre de à
,
st re pa ra L1n s e he ge m on ia pa ra ou tr os
�xemplos brasileiros en riq ue ce rn co m ev idê nc ias es sa aná- lransforma-se e1 n de sa
lise ul aç ão , ao ar bí tr io de un s po L1c os .
d al � m í i
'. io . O B ra si l �i s põ e de ex ce pc io · em pu ro jo go de 1n an ip
nai� re�������n:���s %e a min 10 na Am azo n1a _ . A ext raç ão do Realmente, as desvanta ge 11s qu e an ul am ve rd ad ei ra s va nt ag en s
ta l . , . � · da s já re fe rid as , vã o de sd e os cu st os do
me a parti·.1 do m tn er io exige e l eva d a quantidade d e energia con1parali\1as, al ém ·
te ns iv os em e1 1e rg ia , al ta
elétrica tambem , d'1sp on1,vel em
abu 11d ânc ia na Am azô nia . Para transporte in te rn ac io na l - sempre in ou tr os ;
e au se nt e de pr ot eç ão em
explora� esse meta J o governo br as ile iro to 1n ou ele va do em prés- mente sL1bsidiada em u n s d as ao s
l p o r vi n cu la
tim o externo para constru ·rr h i·d l ' · d e Tucuruí.
re etrica Os juros co n tr o le d o 111ercado internaciona tr ad er s
- q u e ra ra
cu st o s am b ie n ta is
· e 1e\1aram 0 s cus t os d o tnegawatt-hora desse centros de p o d er 1n u n d ia l1 até
ª
interna c1·0 0a1s io , em
s C o rp o ra çõ es . A o co n tr ár
empreendim en t ·f qu�se 0 dob ro da n1é dia m e n te sã o in te rn a liz a d o s p e la s cu st o s
dos cus tos das s su b si d iá ri a s. es se
.
hidrel étricas br�s' e1 �as, me smo ass .im, a lg u n s países 0 11 d e se lo c a liz a m su a tr a n sf o rn 1a r
ele é inf erio r ao preço a liz a d o s, p o d e m
Intern acion al d ambientais , q u a n d o 11ão são in te rn .
d o n o s cu s la ce�c�� �� : � a t:h o ra , e n1 _to rn o d e 5 2 d ó la re s, q u a n -
olares. Po1s bem . Estamos vendendo
s e e m a lt ís si m o s c u st o s s o c ia is e a té e m tr a g é d ia s 11 a c io n a is
99
CJ8
Em nosso passad.o l1istórico já sofremos c011 5e ü ., .
negati,1as de uma especialização p ei1 c1as · imõnio genético dos trópicos úmid?s. que podem
profunda1nente i� osta im enso pab
Po1tugal pela Inglaterra no Tratado de Mel hue m d º1� a usur padas com tanta desfaçatez )D Or meio da Rodada
,
partir de 1 703, Portugal e o Brasil foram afastado s ª . ele'. a .
revolução industrial. Aquele país se esp ecia lizo u na ex 1m e1ra . P J Congr ess? Nacio nal? O ex-f\1inislro da Fazenda,
p orLa r :i and ame nto no
de v1n 110 e azeit· e de o1·1va, enquanto co mp ro me tia -se a Fernando l-Ie11r1que Cardoso, em nome do Estado
co 'r"O enlio r
ma� ufatu rados da Ingla ter�.ª · Po r esse "li vr e co m ér ';1 Prar �rasile iro, na sua (1llin1a eslada em Wasl1ington , comprometeu
·
Nos países de modelo econômico dependente messa s de represálias, que essa lei fosse aprovada pelo Senado
- - · · ' a l0 das essas até 0 dia J S de junho de 1994. Felizmente 11ouve se11adores,
razoes sao ad1c1onadas as desvantagens iiitrínse
cas a, nat. u1·ez
desse modelo. Neles, são privilegiados os fa
tores d e prod uçã
a especial mente o sério, corajoso e patriota Senador Antonio
ext�mo�, de inesn1a origem q u e os pac
. Mariz, da Paraíba. digr10 Relator da Comissão de Co11stituição
otes tecnológicos' e nao - oso
nac1?na.i: que, certamente, em ou tras circ . e Justiça, que 11ão permilirarn essa ignomínia. Até qt.tando
unstâncias, ser1am resistirão? A serviço de qt.1en1 está o Estado que o senl1or
cepc1ona1s vantagens comparativas Esses , ex-
. · pa1ses, portan to Fernando He11rique representa? As evidências compro\1 am cla
as regras do Jogo do livre co1nércio, difi
dos, sendo, em contrapartida' profu n d a
cilme11te serão bene
.
m e n te pre1u d 1cad os.. '��ineia- ramente que 11ão está a serviço da Nação e do povo brasileiro.
,
·
! surp�eenden �e q � e a classe d ir ig e n
te e o s in d u s triais d e
Vejamos ainda as conseqüências do livre 1nercado sobre a
liberdade profissional. As razões que o justificam i1npõen1 a
cap1 1 ��c1onal n a o tivesse1n e v id
e n c ia d o e r eJ·e it a d� esse
.
engodo 1a nas primeiras tenta especialização dos países, de acordo com suas vantagens com
tiva, s d e s u a im p la n taçao no parativas, o que leva natL1ralmente a urna redução drástica 11as
Brasil. Vem ocorrendo a s .
s r os b r a s il e ir,o s e m relaçã escoll1as profissionais. O Uruguai, por exemplo, tem t.1ma clara
à id e o lo g ia neoliberal u � e����� ; ; � . E como o
estivesse acima d o bem e d0 - e n o m e n o s e e la \1antagem con1parativa na criação de gado e ovell1as, sem
m a l ' n a o s e n d o n e c e s s á r io lev muitas outras opções para uma economia global. Se isso for
em conta 0 q u e d e v eriam ser s ar
· e u s J e gt'ti m o s II· 1t e r e s s e s . Tra ta estritame11te levado a sério, como querem os mandões do
p e lo visto d e u m a id e 1o 1a . In. -se
; terpretada �elos a tu a is d irig e n GATI, aos uruguaios não restarão muitas escoll1as se11ão sere1n
brasileiro� como sen;o e 11atu te�
. reza fa ta J1 s ta . O u seja' é aceita cowboys ou pastores. Na Cuba de Fulgêncio Batista, com os
sem a n a l·Isa,-lª n e m In terp
retá.l a ª I u z d e n o s s o s in te milionários cassinos e boates e co1n quase Lodas as lerras
porque "o mundo é assim" e , resses,
n a da 11a a faz e r
'
1 (J(J
101
Se as C orporações Transnaci
onais têm po der para real iza r
agrícolas brasileiros ficarão em posição muito difícil se a Lei das
seu S cap ita is financeiros int .
ernacio11almente, e po de m op tar
_
com pessoa 1 sao ma is red uz i Patentes for aprovada pelo Congresso. Ficarão nas mãos de inono
ela s loc alid ad es on de os cu sto s
pólios de conb·o.l.c:_s e�lemos de �emen tes, agrotóxicos e fertilizantes
� o� l d ext er� aliz ar o ut ros cus
-
seja beneficiada . Ao contrário, tem-se a certeza de que a pen as q ue se pre te n de , na verdade , é au men tar o fluxo de capitais e
riquezas dos países pobres para os hege1nônicos, ao tempo em
uma p eq uen a 1ninoria será be11eficiada. São essas as co11diçõe s
que os capitais fi11anceiros internacionais oct1pa1n e devastam
em que as idiotizadas classes dirigentes das nações periféric as
correm atrás de investimentos externos. as nações periféricas. Essa situação já é verdadeira devido à
crescente deterioração das relações de troca dos países depen
Mesmo nos cen tros de poder econômico, os danos do
dentes com o s l1egemônicos e toma dimensões gigantescas com
neoliberalismo são crescentes . N a OECD, que agrega o chama o serviço da dívida externa do Terceiro Mundo, avaliado em
do Primeiro Mundo, o desemprego deverá alcançar, neste ano
de l 994, a assustadora cifra de trinta e quatro milhões, atingin
seis Plai1os Marshall, nos últimos dez anos. A esses montantes
deve ser adicionado o que resultará da aplicação das regras da
do poderosas econom ias como a da antiga Repúbl ica Federa l
Rodada Uruguai do GATT, não somente pela abertura dos
da Aleman ha, ademais do total de quinze milhõe s d e s ubem
mercado s desses países, mas pri11cipal1nente devido às novas
pregados. Nos EUA, os empregos reais caíram em 17% entre
regras indiscrin1inadas sobre propriedade industrial. Avaliações
1973 e 1 990, em parte devido à libera lizaçã o do comé rcio com norte-america11as credenciadas prevê1n, neste caso, um au1nen
to anual de 6 1 bill1ões de dólares nessas transferências. E1n tais
o exterior, mas seus capit ais fi11an ceiro s ocup a1n cada vez mais
as economias das nações periféricas.
condições não será clifícil co11jetura.r para onde nos querem
O progra1na do NAFTA, por exe mpl o, arrLtina rá o cam po- levar ...
11ês mexicano qua ndo o mil ho a1n eric ano ( fort e1n ent e subsid ia
Não obsta11te os enor mes e insuperáveis prob lemas criad os
do) for importado livre1nente . Como o cam po1 1ês per der á sua
pelo livre merc ado para quas e todas as nações do mund o, com
fon te de renda e de con1ida, restar-Ih e-á a ina 11iç ão e a 1no rte ,
exceção de seto res privi legia dos das h e gemô n ica s, o apel o para
corno vem aco nte cen do de mo do int en so em pa íse s af rica no
s. maio res bloc os de comércio pela s Corporações Tran snac iona is
A rebelião de Ch iap as é, em parte, co ns eq üê nc é obse ssiv o. QL1a nto mai or a área de livre com érci o, men or a
ia de sse s efeitos.
Os trágicos efe itos ca us ad os no Terceiro M u
n do , inc lus ive n o resposta das corporações para co1n as sua s com unid ade s de
Brasil, pe lo ch am ad o "li vr e co mé rc io" , sã ori gem . "M edi das par a integrar econo1nias nac ion ais dev eria m
o de sc rit os e m de ta lh e
no do cu m en tado liv ro A /11áquina
da Fon1e do s a utores agora ser tra tad as co1110 má idé ia, ao 1nenos que haja prova em
norte-a�ericanos Jon Bennett e Su
por Pohty Press e Basil Blackwiil,
d
sa n George, e ita do e m 1987 con trá rio " , diz He rm an Da yle , do Ba nco Mu ndi al, em artigo de
Oxford. Ad em ai s, os pr od ut ores no vem bro de 199 3, n o Scientific Am erican. E acrescenta: "E m
J li;.! 103
um mundo con1 capital internacional móvel, nossa adesão a o ecológi ca conotação geopolítica, é um consistente
qu estã
medidas jntegracjonistas por direção política é a melhor 111e 11 vimos demonstrando neste ensaio . As ações já
exe 1 plo do que
·i·ta �' nossas i·"fonteiras
df
da para promover a desag1·egação das naçoes. A separação ndetn ao ca1npo mi r r , com 0 cerco \:le .
se este
espacial dos locais que sofrem os custos e os que usufru em
benefícios torna-se cada vez n1ais profunda. A Corp o raçã
os � or
. bases mililares e instalação de radares, além de treinamento
tropas estrangeiras em suas proximidades. Nossas Forças
o
Transnacional estará cada vez mais apta a comp rar a mão-
o bra nos locais de baixos salários e a vend er os bens nos
de A � mada s, no entanto, têm demonstrado ex�rema preocupação
-se para enfrenta-la.
coni a situação e pre param
mercados de altos salários." Evidente1nente, o sen hor
poderia, em vez de utilizar a n1ão-de-obra com o exe mp l
Dayle À medida Qlte va1nos aprofui1dando as graves questões
o volvida s no livre mercad o de u1na econo1nia global, 11a íorma
qua11to à
porque esta pode ser substituída em qua se sua tota lida de
_
en
por co mo está se11do implanlado, mais nos assustamos
·11 responsabilida de dos seus promotores loca1s. A c 1asse d1r1gen
máquinas automatizadas e por robôs -, usar recursos nat .
ura is . . -
escassos e estratégicos e não renováveis com o ene rgi a, .
.
terra dos países perifé ricos está promoven do impu · � � men te a
água, � inérios �fie., entregues pelos países periféricos a te .
. _ preço � erda por parle do Esta do de inslr umentos es�rategicos e do
si.mbol1cos, abaixo dos custos de extração e transporte, P
co mo ntro le sob re fa11t ásti cos patr i1nô nios natu rais, que nos da-
já vem acontecendo am pla me nt e. Ou seja, o acesso co . . tema de
· 01 excepcionais vantag
ind isc rim i- ens com par ativ as em um s1s
nado e praticamente gratuito das Corporações Tr an ria . .
sn ac ion ais comércio internacional compatível com nossos interesses .
p-oe-
aos patrimônios insubstituíveis dos povos periférico
s. o.
se em co nfronto o Estado com a Naçã
Essa análise nos pe rm ite id en tificar talvez a pr in cip lé
al causa Outro con cei to de uso fTeqi.iente na ideologia neolib era
qu : leva os Estados hegemônicos e suas ·corporaç mi sta s como o qu �
ões, ca da vez pro du tiv ida de , de fin ida pe los eco no
mars carentes de fo ntes energéticas e de recursos 0 de
na tu ra is nã o tre a pr od uç ão e o nú me ro de tra ba lha do re s en volvi-
renováveis, a promoverem o de sm on te do s ciente en
pr in ci pa is Estados em ve z do s fat or es de pr od uç ão co mo um todo. Pela
d os,
nacionais pe ri féric s e, con o conseqüênc
? : ia, a de te rio ra çã o deformação qu e es te co nc eit o pr on : ov e qu an d o ap ic
l" � d �· s� ª
acelerada das cond1çoe _ s de i ª ta. o
vi da da s respectivas po pu la çõ es . Ev 1d en te m � nt e, de fin � ?
análise inerece especial atenção.
Chegam os, as si m , ao pr in ci pa l objetivo qu es tõ es tã o co m pl ex as . ex 1g : u1 na se ri: de
d e pa ís es hegeinô sim pl ór ia para
.
n1cos em relação a nações po te nc ia lm
en te ricas, m as su bo rd i precondições pa ra qu e te nh a � lg um se nt id o eo � .
ric o ou pratico
.
�
nadas à co nd iç ão hu m ilh an te de pe ri ec id a re vi st a se m an al , pi oc ur ,an do de sq ua
féricas. C om o a di sp uta Re ce nt em en te , co11h
P?r esses patrimôrílios estratégicos te
nde a cr es ce r en tr e os lificá-la, co m pa ro u es se "í nd ic e" na PE T � O B R A S com o d �
da . no c�nt1-
diversos blocos de po de r, passa a
ser i m po rt an te m in ar as en te M éd io , on de a ex pl or aç ão de petroleo se
O ri .
econ om ia s periféricas, po te nc ia lm pr of un di da de s e ou tr a� ca ra ct er ticas
is
en te ricas em re cu rs os na tu nente e a m ui to baixas
.
rais, para facilitar su a do m in aç
ão ec on ôm ic a e ' se ne ce ss ár ia vantajosas co m as ex pl or aç õe s da P E T R O � R A S em � ar pro
territorial. _ iotas seus le1to1_es e
id
ra
fu n d o P el o vi st o essa revista conside
'
o g _
en �a
e h et er
o p o v� b ra si le ir� , ao fazer
_ Estados de m � lid os , ec o1 1o m ía tã o d es q u al if ic ad a
,
co m pa ra çã o. Feitos esses co1nentár
s de se st ru tu ra da s, po pu la . re a \çat a
io s ' n o se n ti d o d e
P
çoes sem auto-esbma, rare · .
feitas e fa m intas, Forças A rm ad as . as im li-
it o s, ve am o
desmoti_vadas e se m condiç in d is p en sá v el ca u te la. so b re esses
co n ce � �
P
ões d e l u ta , m e io s d e c o m u n ic a ç ã
?� �assa d o m in ados, classes o
cações do us o exaustivo dess. e in , d '
ic e e lo s n e o li b e ra is , q u
.
e por
1
� � conjunto d e c ir c u n st â n c ia s id e a p . m o a p rod u
is a ra d a m a is . C o
.
ª ai n
.
·
du tiv a br as 1 le 1r a pa ra enfra� u �ce .
_
·
ocupaçao te r1tor1al, talv
-
ez s e m a n e c e s s id a d e d e u m só ti ro
_
� en o m i11 a d o r , 0 q u o c ie n te
. u 1r o d
O q u e s e está m o n ta n
d o e m relação à A m a z ô n tividade é u m quociente, a o d11n1n
ia , a o d a r à
105
JU4
atJmenta . Nu111a sociedade onde falte � ã �-de-o ra ou
. � on de n ,,o lv i m e nto pa ra tentar mascarar seus
.
es e
a Jo ão Pa ul o 1 1 . po r m eio de sua Secrelaria de
exista pleno einprego, ou seja, onde o ObJetivo Seja red a1av1 a d reais obje-
uzir 0s .
empregos em benefício do capital, até qu e esse índ ice � d 0 Pa p
pod e te ovos
do , on d r
um significado positivo. O mesmo nã o ocorrerá, co ntu o. form ali zo u a todos os Chefes de Estado documento,
no qua l ad\•erte que fo rcas poderosas
sta
há desemprego. A diminuição dos empregados para
E
data.
de ina rc 1 994 ,
o de
um a rnes � i
d 0
deslruir a fam ília por me io de métodos imorais. corno
:I"1z
ma produção, em geral, é decorre te d e inv es tim qu �e
? en tos ern
automação e não resulta necessariam en te em ção e aborto. "cr im e abomi ná, el que não pode jamais
�
au mento este a ·
eficiência para a empresa e mu ito m en os para a de " q ue ··as cria11ças não podem ser consideradas como
so cie d ad e. ser ª e ito e
verificação fu ndamental deve onsiderar se us A e u m obs tácu lo: mer ece m ser amadas corno portadoras
� efeitos gl ob a um peso
qu e isso repres enta para a Sociedade e para os is, 0 ·an ça e sinai s d e prom essas para o futuro''. Segundo o
de se mp regad de espe l . .
e suas famílias e não o qu e significa para os 0 , 0 docu1nenlo prel1m1nar d essa e on feren� . prol1oe
c1a -
.
va1:1can .
· os e a l ega i·1 za ça
a em pr esa
corporação, qua.isquer qu e sejam suas or ou vado de valores etíc
um model o edu cat ivo pri
·
ig en s ... S e o cap -o
ital é ·
·
majs abundante do qu e a mão-de-obra, do ab 01·to, "o assa ss1 n 10 ele u m ser l1uma110, 1n d efeso e 111ocen-
· ·
co m o vi1nos, o
. ,, P ara1 elin1inar a resi) ons abi.l d ade da soc1e
� · d.ª.d e 0111 a v· d a � �
pode ser deseja do, o mes1no nã o ocorre efeito
e a mã0-de-obra ab u n d an te
escasso
, como é o caso d o B ra
' a brutais aberrações. Desaparecido o res1)e1lo
si l. Deste .
1nodo, para nós, esse índice é de abertas as P ortas
·
efeitos perversos;
em vez de ser cl1amado de p ro po rt an to
Jela sacra l·dade da v i d a 1nL11tos outros c1 11nes \ )assa n1 a se1
. .
1 ·
enc1a, a m o rt e d o 11 o m
e m e 11ão 0 , .
seu bem-estar Um dos ob - 0 de natu reza econôn1ica ou de mo grafi ca , inas, en1 ull1� a
. jetivos-fim m a is n o b re Pª�ª.
sociedade justa é o p le n o s d e uma
emprego, tema c ru c ia l analise ca da u m dele s tem um aspecto de profundo senlido �
d e q u a lq u e r ' .
Projeto Nacional. Adem que
mo1.al com vas tas imp lica çõe s." Assim , a su bslí.t� 1çao
-
ais, conforme R ic a r d o ,
u 1n a e c o n o m ia ' ade por
eficiente é a q u e la q u e
valoriza o fa tor a b u n
brasileiro a mão-de-obra d a n te , n o caso
genocídio, pa re ce se r ad eq ua da , moderna .
� �
;��
açao
u e , mesmo q u a n d o e m Me lan có lic a foi a res po sta do Presidente da maior
está sujeito a juros ex m o e d a n a c io n a l ,
11t ida de , a pe lo lta m ara ti q u ª n o ?�
1
torsi\1os, juros d e s u p
e r a g io ta s . católica a . S Sa sL1 ge rid , �
- c
M ex1c ( l 4
'
A medida q u e a tecn .
a pos1ç ao br as ·
1 e
.
i r em B u a r es te ( 1 97 4 ) e no
ologia vai s u b s ti tu in �
-
. d o o l1 0 1n e m p e la
ma, quina, m e n o s nec na çoe s ric as e ge no cidas qu e vi sa m ,
e
essidade têm os grup lJara ali 11l1 ar o Br asi l co m as
5
d o h o m e m na prod os o li g o p ó li c o s d o u s no T e rc 1 r 0 M un do •
�
o ge op oli tic am en te, en ve ll1ec er 0 po vo s
·
: l da i m ortã .
te
A id eo lo gi n a eo l1 be r
� que, dentro d e seL1s �
,
es uartos da h urna11
�
�
e r c1onal �ue
idade são dispen sáveis;
esses seres huma
in teresses,
o u seja, para eles
compe ti ti v id a d e d a s n a ç� es
se ela s dev ess em com pe ti r
n
ent
o
r e
c
'
c
a
i
n
n
e
���� :�
i
r na ci o n
ra como , apare n
,
logica neohbe ra . � E sas são as
nos sejam extermi
nados. É a
temente, as corporaçoes - o fa ze n 1 N a r e a l '
·d a d e es ta s p ro cu ra m '
4, as vesperas do
·
� razões por q u e Paulo
·
106
107
de Pa ís, cr iam re st ri çõ es ta rifárias ou nã o à im� 0 .1 taç lnstitute of Tech nology, em l ongo e explicat:.ivo
se ão !
, ui
indiscriminada de produtos e serviços co ns tit ildo a ��ª1?ada
1 use fs
mll.rço de 1994 na conceituada re\•ista
artigo, publ1�ad o e�
no fl1assac/
políti ca de su bs tit uiç ão de im po rta çã o, qu e vê o sim ila r �i on 1n1 te esle contundente comenlário·. "(> e omet
al . 1
e
n
como mm bem a ser preservado. Nenhu1 process o d e_ in dus.
fa1rs,
nao e um 1ogo de soma zero. Eslrate' 6·
rz Af
na
eig
nac1o
· ._
For .
cio inter
. . .
b1as
_ .
trialização pôde ocorrer inicialmente, em qu al qu er pa s , se coin erc� a 1s equ 1vo� a d as estabe1 ecen1 que as nações necessilam
� m
essa po líti ca . No cas o br as ile iro , ad em ais , ela pr in ci pa etir ent re s1 con10 as corporações o fazem. E assim
favoreceu subsidiátias de corporações esb·angeiras q ue ocupa. obs ess ões na direção de ga11har a batall1a das
men te
sua s
comp
sinal iza m
raro parcelas pon der áve is de nos so me rca do, esp eci a l men te na 5 rta çõe s. Iss o _11ã � q u a l qu er sentido eco11ômico. nem
, . . expo
!ªz
areas mais d1nam1cas, em nome de fazer 0 Pa i·s crescer
� . " con lr1b u1ç ao par a a ele vaç ão do nív el de vid a das
a
o
u1n
cinqüenta anos em cinco".
alg
So1 n�n �e
traz o de duç ão i11te rr1a pod e
aum ent pro
s .
es.
o E
açõ
e s o b Je t iv
popul
Esse processo, entretanto, jamais foi cogi tado �o rma 1 m ente e s s ,
" "Di zer a um gru po de
alcança , . acre scen ta:
un 1 pa is e con 10 um a corporação é dar-lhes 0
r
para � se tor m�1s estrateg1co · da produção que é 0 tecno J ogic , . o. e1n1Jre sar 1os qu e
,
ns ar em qu o
·
e en te nd er am fu nd am en ta l. Te 11L ar
.
de
que tiveram sucesso, não tinha ainda cumpri· do essa fas explicar -l es co nc eit os ec on ôm ico s co ns ist en le s co n1 0 va 11La
qu e
l1
e:se?c1a · 1 para que se possa falar em possibilidade de co mpe t�1-· gens co1npa ra liv as é co mo pe dir -ll1 es ap re nd am um a co isa
_ QL te 1
1 1L1 ito s r fe ri ssen1 uma doulrina
çao in�erna e externa, especialmente com as cor ora çoes es nova. Nã o se ria sL trp re sa p e
o fi st çã o. o
er ec em ga nh os
trange1ra.s aqui localizadas não sujeitas a model º Pdepen d ente na qual se of de ap ar en te s ica se m
em seus países de origem. Para que isso v1·esse a o c o rr e r seri� · traball10 d e p e n s a r .
, ei to ne ol ib er al do "f im da hi st ória"?
necessar10 · mudar a natureza dependente do d e 1 d � cresc� E , o qu e di ze r do co nc
su a
mento econômico. O processo de autonomia ��cn.o o' g ica ver1- � Decretar o fim da Históri a
el
é
ho
de
ra
cr
r,
et ar o
et
fi1
er
n
ni
do
za r-
ho
se
m em e da
ficou-se em todas as naçõe s ditas desen v o 1 v 1 d a s c o m necessidade in fi11i t m na su a fi ni lu
. . . co m
d e de
-
a
m os u m
partic1paçao dec1s1va, cada uma a seu modo , d e se us re sp ec tiv . ª
os de . Decididame11te, n ão so
se m al m a ou
õ es ,
po vo
b an al iz aç ão do I·l om em e N aç
Estados. Nos EUA por exemplo, i· sso ocorre d e mo d o inte · ns o. vocação su ic id a ... C o m a
d as
· . ' . . H is tó ri a, e a
pr1nc1palmente por mei o da pro g1a transfor1n a d o s e m objetos d a
. maçao m1 l1tar, co m cente g ra çã o do
na s
co n sa
e e d e g n o cí io 1n ai s
status q u o a tu a l d e barbári
_
, p
_
·Igua 1 modo. _ , q u e n ã o n o s
Sobre essa ques tão c o g it aç õ e s h ip otéticas
t r a z e m
' Pa u J K rugm an, prof esso r do
109
108
fícios. Este é, necessa1·iam
�ensar o conb·ário é s e r
ente, o nosso o b .
�;
ti vo Preli
m in ar reu nido glob alm ente em doc ume nto
irrea lista e irresp ·a as Linl1 a
sim, re�ga tar nossa Sob
conduzir nosso destin
erania para p o d _
e1
onsa vel. P
, �om
recisa 1n .
tra n q üilid
os,
co1�v o c a d
º�
.1n Li. tu 1 ado ' , o i var c ls Economic Growt/1 i11 Latin A 111erica, em
.
,
o e ocupar plena ade part icipa ra1n, com o sem pre, economistas 1 be- .
ló1·1·o,
antes de procurar in me11 e noss o lerr cuJa e 1 �.b raçã o
serir-nos o.n j Má rio He 11r iqu e Sim on se n .
se1a . E ·n..
,, d e quer que ,
i ºn
ca os , en tre os qu ais
cw ioso que os neolibe
·
o -a me 1 .
·
. rais r
.
0
.
est .
e1an1 preo • ,ll 1t 0 nso " .1nsp 1ra-se no co11ce1to da
.
-
p�çao do Pa s no í cupad os pírit o des se "co nse
�
com a P
p1 omovem a destr
contexto internacio · ao a rtic;.
nal te1np o e1n � ânci a da econ o1ni a de 1nercado sobre a Dem ocra cia e
J.da QL1e
uição nacion al à Q ue predomt . . ' .
cada vez mais pa1·a m e d Na cio 11a l, su lJo �·d 1na 11 d o o so �1a l e º po I 1t1c o ao
.
nos arr .
,.,
n ressupo- e o
a perife ria. Es quecem Que o i asta 01 a Sobe rania .
'
i .
nacion al - un1a n te rn aci m co leia -se fina1 1ce1r o. Na aval 1açao reali zada foram
Nação on al econo _
forte e so?
:rana - , cujo
lo Cl 11l e ao go
�
exc
. cog1ta ções só os ind ese�
das, para pensa
prom over coleti
r o melhor
cabem e cabe
Por
;�
d as essas
ça '' zias e d esoc u P
s a ·a
a des para a "liber al1zaç ao das econo n11as da reg1ao , na i11ed1d a
estru turar um
\'amen te a e �
ist� enc1a de u m Proj
razõ es, rest . a-n os que possib ilita a existê ncia de lidera11ças nos respectivos países
� �: � :;
t eto Na não necessariaJnente com1Jr ometid as com o ideário neolib eral .
�:��:�:
Estad o e b eran o, com
resultante da
legitimi a
e 5 o a aut O modelo de modernização por eles definido prioriza,
modo, correspo . seu exec
nde . utor
o cego q t1 e
, a 1ns1s D e portanto, as refor1nas eco11ô1nicas de base neoliberal \1isando a
n os b·a n s fi
em nau a deriv . t1r
. em vô
·
o u tro
_
a Unia nau d . or1n a "cooperação " internacional, deixa11do o aprimorame11to demo
e insensatos
.
crático e a superação dos graves proble1nas da região para
8.
depois . Co1no conseqüência, é claro. É o "livre" jogo das forças
CONSENSO DE
WASHINGTON da oferta e da procura - a incrível "lei" da economia de mercado
que jamais funciona neste mttnclo oligopolizado e de l1egemo ·
Em
�nternat
novembro de
1 98
iona/ Economi �, �on �� a o nias endurecidas - e da procura de um 111ercado inleiramente
ft_
c d s pelo
� lnstitut at1to-regulável - a JJerigosíssima "1não invisível" . Disso resulta,
�� nc1o ar1os
,
r1 �ano e
represen ta
na 1s reu nira
m-se em Wa
ntes o�gan1sm os fin a
do gove rno
nort
n ceiros i n t
e º'
e
� segundo os parlicipantes desse co11senso, que os problemas de
an: disb·ibuição de renda, de eliminação da pobreza, da educação,
:
de medidas s h ington para
. ei.nacio-
america no
�erem tom adas nos pa í
tra ta r on c �
J usiva 1nen te da saúde, da habitação. do sa11eame11to, da tecnologia, da
i n e n te
t n o em ses d o con t
energia, e11tre muitos outros, irão ser auto1naticamente resol
vista iber o
as ex te r11as.
econom ista
i ve rs o s
suas dívid
res ulta do
s desses
e
aíses tam b
ém es tiveram
D vidos. Ou, na mell1or das hipóteses, ficarão para uma segunda
dessa reuni .
hington a o tom o u prese nte s . O fase. Eles serão decorre11cia natural da economia, neste caso,
o nom e d e c
. onsenso de pelo que chamam liberalização. Nisso, pelo menos, o que
Was-
A imp
. ortâ ncia da deveria ser apenas u1n 1neio, e que eles consideram acitna do
.
de sinteti reun1ao de u
·
.
-
zar as difer ve -s e pr1n . . bem e do mal. ig11orando valores funda1nentais das sociedades
e11tes med c1palm e n te a o
necJliberaJ p ida s' an tes fato
F
..1-11 e d
ara a regi· - . . espa rsas, do . como os culturais, religiosos, ecológicos e até de bem-estar
a o, or1g1 idea
cJ B an co nadas do r10
g overn o ame
·
Mundial. rican o, do
,
I
111
n1áx1mo de i11iciali�a". da�uela "livre'', é c�aro, com o eles eu, abrL tJJla e u11ilaleralmente, a paridade entre 0 dólar e
desde
ro rnJJ
chama 11 . Com esse Lipo de liberdade, a �� ressao é de s n ec essá 0 o u o , J
976, desfazendo-se dos compromissos assumi
ria, pois, por esse processo, a go,1er na b1 l 1dade , como tanLo se
r
en1
�oo<ls_ _r a
!
cslab ilidad c e a
la abaixo" a seus go,1ern�s. �inistros da área econõmicu fora
_
.
os colaboradores dos ob1etívos do s1slema financeiro i11tertla : nLão, a cr ed ibi lid ad e qu e sobrava?
cional. em momento de elevada liquidez . e1n que ;is o ferta s de Con1 esse conjL111Lo de arlJilrariedades e "i11competências",
es fora111 jogados no abismo de suas insolvên
empréstimos eran1 feitas a ju ros negali\1 0s. mas .. íl u t u a n tes
.
os país es devedor
Uma palavra mágica, que nossos i ngê n u os minisb·os da 5·
"
cias, e m i n islro s respeclivos e seus principais colaboradores
finanças não souberam entender. . . f\ t u i i ng ê nuos
os
mLii lo
"
, ! ficara m rico s. Mui tos dos que ainda não o eram, viraram
Ignorararn tambén1 esses dilige ntes ª''al ia d o re s qu e 0 bar1q uei ros . Co m a vio len la elevação das taxas de juros - sem
1-az s de amortização dos end ivid ame ntos real izad os e r
? ? � preced ent e s �� llis tór ia - � ��
, os países ib r - merica� os viram-se
a
1nfenores aos de maturação dos projetos de in ,1e s time n l na i rn po s
. 1l1d ade de ho nra r o arb1trar10 serviço de suas
s1b
decorrentes. Quaj sque r q ue fossem as inte11ções dos gover n o0 dívidas ex Ler na s, qu e pa ssa ram a requerer, em média, mais de
receptores, os ban q tr e iros usua lmen te são m u i to rigo roso s n
�os exigindo comprovação cabal de que
� 80% de su as re ce ita s de ex po rta çã o.
um
Po
po
de -se im ag ina
vo? E ain da há nativos
r processo
ssa si tuação! E
concessão de em prés ti cr av idã o m ai s br ut al so br e
, de es
be ne fic iar am fa rta m en te de
os ret orn os desses pro1etos garantam os ressarci men tos de,1i desses pa íse s qu e se
País!
do� . Por que , n � montagem das gig ant esc as d í\1idas des ses nh or es co nt in ua m di ta nd o as re gr as do
alé }1oje es se s se
s EU A o teto
paises, essas �va J 1a ções não foram fe i tas ? Ou , se o for am , re u de la do a la do . Em bo ra no
A or gi a oc or
.
ou tras 1nt nçoes que não as de des env olv ime nto ? E a est
havia
permitido a cada ba nc o pa ra em pr és tim os é de �
at 15 % de seu
de. P os ter1 orme nte - quando os principais das dív ida s já era 111
� ratégia
caJJital a uin pa ís Lo m ad or , in fo r11 1a -n os o em �
b ixador P au lo
.
,
·
11· e m a o
serv . .
-
? 1ç o e s p r o-
_
an co s e d e 1n s t 1t u
õe s Lr an s1 1a c1. 01 1a ·
1s . d os b
11 •
1-lá qu em afirme q u e os in genu "
� os m1n 1stros nat ivo s co rp or aç
1. se
· ·
·
s l ra l 1a r q u e e s s e
1
Não é d e e
t1
erecia segurança e previs ib ili da de . Ig no ra- d o s que
L1
• d e E s t a
b r o s
\ d ln . pur acaso q
·
,
1- os po 1 si mu \a c .
, Eslados N ac io na is e s u s t 11s·
. ,,
.1
uele11turii do poder d
' u e apos o em bargo do petróleo ' a na çã o . comp ron
s
· m
a
u
designa m co1no d n a1 s se111 nenh
Es t
" o R eg 1o .
1 13
•
1'
so com os povos e asnações. embora dele s façam parle e m
. on men te com o inte rm
. trialização. com o se a \1ocação do Bra sil. às \1ésperas do século
es tJ·anha simbiose. Atua ndo reg1 al
· o m d1· 1 , som en te le 1a
edi ário
� · com pro-
X.X I. pL1desse vo lta r a ser a _de exportador de produtos primá
do poder econômi co-fina � ce1r �� � foi alé 1 950 . E
·ios, coi110 o esla uma área em que os preços
missos de quali dade de vidae eficienc1a com os l1ab1 ta11 les qu
e �ão cade11tes - l1oje, en1 lern1os reais, 40% em média inferiores
aos de 197 0
estivessem em seus limites, em confronto ao Esta do-Nação a em vir tud e de 110Lavel vol um e de subsídios
-
da 0 es in
.
du s-
s q e e s tá c la r o en1
n n ã o e x p li cita m a -
s - p l
•
. s conse-
t1' tu 1 a d o T1·ade
documento do Ban . au o 0 u, pa ra se r m ai
co M u n d ia l d e 1 ao
. tri aliz acã o d o Es tad o d e
8razil· Tl7e Case for
.
? ste caso se r ia
' 9 8 9,
p, l.tc ·
y 1� 1n
Reform A i s e r e c o m e n d qüente: d o B ra si l. Pe � po de r de q u e de sf ru ta , ne
a v a que
.
l
c io n a l d e nosso p e .
.
FED ESB RAS .
a 1n s e rçao in te r n a
. a1 s io ss e fe it a p el a re va lo r1 -
. desig nada
ra de exporlaçao. ª o
,
zaçao d a agricultu
B s
ª1tº
.
Conforme nos d e screve N o
_
se n ta r
Va e d iz er o ó rg ão m á x im o ª i
t' ta, ap re
·
. . 1 gu e ira
d · · d ustr1a p a u li
-
vo a ao passado,
s ta e n d o s s a , se1n
�
ressalvas m a s u g e s tã o d e suas IJropostas de "ab ert ur a pe a
1 a b er tu ra " co m o u m fi
q
m em
u
1
e e
� si inesmo, o Consenso de W as li1n t ão
d e inversão d o p m en c io n a o d •
r o c e s s o a c i o n a l d e in d u s - · g on n
1 1i 115
'
" go\1erna bilidade " ... A lista. no entan to. na- o
Pr im ei ro M un do , ap on ta do co m o m ode l
�
no
fato se pratica necessári as à
- 1nc1 u1a e1 ementas novos que se <lesenvolvenarn
a. dos m er ca d o s se fez co m . e
a bertu
.
al i �
compl eta. N ao
qu e,
Não esclarece : �
·
os pu bl ic os ; 3 refo rm a tr ib ut ár ia · 4 - nç ar se u áp ic e no pe rí od o Coll? r de
• o pa ra di gm a qu e vi ri a al ca
liberali·zaça-0 nance1r
1 �
-
?
a'· 5 _ re im e ca mb ial
·
.
; -6 l ibe ra liz aç ã o M el lo . T o d a s as n aç õ es q u e co n se g u ir am su p er ar su as 1ficul
comercial; 7 _ inves
_?l
t·! entos di retos es tr an
ge iro s; 8 - pr iv at i dades e Lraçar se u d es ti n o se m p re re je it ar am co m en ergia e �se
zação; 9
desregul açao e
l O - IJr op r1. ed ad e i n te le ct ua l. C oi nc i id e n ti fi ca c o m u m a d o u tr in a
ti p o d e m o d e lo q u e m a is se
-
dem co m 0 prog . - -
ram a d e mod er ni za ça .
o d o C o l l o r e Jª aplicável aos outros.
,
conformava as m
edid as qu e 0
go ve rn o Sa rn ey co 11s id er a va
1 1 (j 117
A indu strialização dos países sempre se deu com a p arti c i mod o esca n cara do por �ollor cont inua a contar com forte apoio
pação crescente do Estado como regulador. pla nejado r e pro e.xte rno e inler1 10. Persiste o desarmamento comercial unilate
dulor em áreas esb·atégicas. co1110 prevê nossa Con slit ui çào de ral. a cl1a1nad a inserção no Primeiro Mundo. a partir de uma
88. Em países citados como exemplos de libe raliz ação, as ii1tegraçã o aberta 110 MERCO SUL e ledas as de1nais políticas
estatísticas n1ostram claramente uma parlicipação siste rná Lica previsléls 110 Conse 11so. Ou_ �eja, o . �eoliber�lis n10 continua a
do Estado. Nos EUA, por exemplo, era de 3790 em 1 980. Na orleme1 1te 110 cenar10 pol1Lico .
bras1le1ro. l nslalou-se
infl uir f
Europa é superior a 4590, mais do dobro do que registra a forte n1enle no atual go\1erno e promo\1e sua conti11uidade na
América Lati11a. f\lles1no na Era Tatcher/Reagan/Bush cresceLi sLtce ssão presidencial pelo candidato Fernando Henrique Car
na Inglaterra e nos EUA. Enquanto no Brasil a 1Jarticipaçào do doso, que co1na11dou as ações 11eoliberais do governo lta111ar,
capital esb·angeiro é de 8.996 do PIB. na Coréia do Sul é de 5,2 niesm o quando esle te11tou opi11ar sobre o governo de sua
e em Tai\van é de 2,396, países que são louvados pelos liberais respo nsabilidade, ou seja, atuou à revelia do Cl1efe da Nação.
como de grande abertura para o e>.ierior. Os cl1amados tigres Não é por acaso a adesão do PFL, suporte político do governo
asiáticos sotiberam resistir a seus credores externos, seguindo Collor, à canclidatura de FHC . Tudo isso ocorre qL1ando a
um projeto próprio de desenvolvime11to que JJOuco te111 de ortodoxia neoliber al da era Reaga11/BL1sl1 começa a ser contes
neoliberal . Suas exportações não se baseara1n n a abert ura tada e surgem nílidos si11ais de 111uda11 ça. Embor a os EUA 11ão
unilateral de seus respectivos mercados e o seu êxito econ ômi pralique m a doub·ina neolib eral da maneira dogmática como o
co está longe de fundamentar-se na abstenção do Esta do; ao Conse11so impõ e sobre nós, a desvanlélgem co111peliliva com a
contrário, suas políticas de desenvol\1in1ento exig iram u m a Alema11l1a e o Japã o está provocando reações con tra o neolibe
forte JJresença estalai. ralisn10 e111 i1111Jorla11tes setores do JJe11sa111er1to an1ericano.
º Consenso de \Vashinglo11 é con tra ditó rio com o q u e se I-loje, Ale man l1a e Jap ão pra tica n1 uma eco nom ia de n1ercado
.
pratica nos EUA e demais países l1egemô nic os e est ab ele ce
as que 11ão som ent e adm ite substancial participação do Estado na
mesmas prescrições para o co nti ne nte br as ile iro em fase
ad ia1 1 . regulação eco nô mic a, 1nas ta111bém na gestão, ademais de um a
tada de ind us tri ali zação e para o JJequ en o Ur ug ua i ou
a Bo lív ia \1 isã o eco 11ô mic a e soc ial ma is co mu nitária, ao conlrário do
q u e o F�1I � ind ivi du ali s1110 a11ti-l1u111ano a11glo-saxão.
em estágio pré-i nd us tri al. També1n não di fere do
o Ba nc o M un di al estão prescrevendo pa ra
pa ís es d o Le sl e
Europeu ...
Ad em ai s, já começam a aparecer os re
su lta do s e m pa ís es 9. BREVE HISTÓRIA DO PROCESSO ,
.
on de essas m ed i das fora1n ton1adas
anteriorn1er1te. co 1110 no s INFLACIONÁRIO. O SINISTRO PALACIO DA
INFLAÇ ÃO . O PL AN O REAL
caso� da Ai·gentin . a e
do Méxjco qu e se al in ha ra m n a re ce it
ne ol! beral, para não fa la r na Ven a
ezuela qu e es lá o br ig an d o o
presidente CaJdera a tomar .
m e d i das d 1.as A pa la vr a in fla çã o ve m de in fla r, in ch aç ão , in lu m es � ên ci a
, ti' ca s pa ra te1 1la r
· p ed Jr
Jm pr es � nç ao . No
·b ri· o carac ler 1zad o po r
' o desastre. NaqL1eles, a be rb a,
1
va jd ad e, so
·
s te11sões so b re o b a la n ç o d e e te m o se nt id o figL1rado de
pagame11los ameaça colapso qL 11 I
c a m b ia l e a pró pr1. a es ta b·1 1 1·d a d e, ca m po ec o nõ111 ic o ir1 di ca un1 de se
s e n d o q u e � A rgen �.n a . do s m ei o d e pa ga 1n en lo (m oe da e
a dolar1zaçao d a m o e d a já p ro rn u m cr es ci m en to an o rm al
�
30º'o .d e i nflaçao e dolar. O
_
ove a canse-
•
u m o , co m
1
e co ns
cr éd it o ) e m re la çã o às ne ce .
ss id ad es d
c os Ja a cançam 6 ,o do P
fi n a n c ia m e n to d e d é fi c it s g ig a n te
s- o s
qü en te re du çã o do po de r. aq u1 s1· t1v o
.
d a m o e d a e a lt a g er a\ d
IB a r g e n ti n o e 8% d o m e
x ic a n o . ·
.
·
1 n fl a ç -
a 0 b a st a re g u la r o
Apesar desses resultados . preco s . Po rt an to pa ra 1m pe d'ir a
' .
n o u n <J caso b rasi·ie ir.o ·
da11os os e tudo o q u e Ja d oa
si st em a m on et ár io e, co m o co ns eq ··
,
oca s10 -
·
1a , o c ré d1 to 1 d e m o .
·
ue nc
q u e exista se m pr e co m o si, m b o1 o ve
, 0 p e n s a m e n to 11 e o
�
s e rv iç o s
•
li b e r a l L r a z id o d e e1 ro d o s b e n s e
.
rd a d
18 119
circulantes. Nada ma is sim ple s de
se r alc an ça do em u m a
colap so, ab rem mã o del a, temporariamente, com 0 objetivo de
soci edade organizada cujo Est
ado , qu e a representa, dis JJ Õe de cr scentes f� rores da sociedade ou para ganhar
amortecer ? s �
gigantesca máquina institucio11alizada para esse fim prec ípuo . eleiçã o. Ma is ad1a11le, por em , a retomai11, agora mais estrLilura
Em nosso País . essa máqu ina deno mina-se Banc o Ce11 traJ do dos e Lra11q üilo s, com a cont inuid ade inflacionária garantida
Brasil. Se por acaso os resultados não estão sendo salisfatórios ' Isso ocorreu co1n o Plano Cruzado, apesar das boas intenções
nada 111ais indicado do que verificar se esse inslrL1111e nto do do Minis tro Funar o; co1n o "Liro único" de Collor de Mello,
Estado eslá cumprindo de modo adequado sua função. E1n caso apro priand o-se canalha1nenle da }Joupança popular; irá ocorrer
conb·ário, mudam-se os dirigentes da máquina ou promo,,e-se certa n1ente, pela sua origem e natureza, com o Plano Real de
a substituição dela por ou tra que venl1a a cumprir o seu papel. Fern ando l-lenrique Cardoso e com dezenas de pacotes econõ-
Do ponto de vista das ambições 11L11nanas, inflação é uma 111icos 11esses últimos Lrinta anos. Esses pacotes surgiram
�xpressão que reflete o desejo u11iversal de obter algo do nada sempre de autoria daqueles que administram a inflação e visam
e o poder de dirigentes políticos e, principalmente, d e tecnocra objeliv a1nen te enganar a sociedade prometendo extirpá-la.
tas de preencl1er esse desejo por meio da manipulação do Após Ltn1 breve interregno de esperanças, quando as reações
sistema n1onetário de u1na nação. As te11dências i11ílaci o11árias da socieda de são desar1nadas e os perigos de colapso afastados,
estão, portanto, enraizadas na própria natureza huma na como 0 processo inílac ionári o retoma incólu me sua marcha, com seus
a ambição, o medo ou a lfil-úria e foram tornadas oper acio nais adm inistrado res mais poderosos e com instrumentos mais
desde quando o l1omem inventoL1 o di11l1 eiro com o mei o de eficazes para gar anti r sua continuidade. A sistemática foi
trocas e símbolo de 1iqueza. Estamos con den ado s a sof rer ess e sem pre a 1nes1na, sai11do-se sempre vitoriosa. Ou seja, tudo
a
íl�gelo sempre e qua ndo não se tomarem me did as para iinp e ind ica q u e ess es ad111inistradores da inflação ganl1aram
ese
di-l o. Moder� am �nte procura-se apresentar a inf laç ão com
o eficácia nec ess ári a para eng ana r a sociedade e evitar o ind
s sócios
u�a doe1�ça 1ntr1nseca aos povos sub de sen vo lvi do s e 1ni
será jável co lap so, qu e cor res po nd eri a para eles e para seu
v� 1s, prec1sam � nte os qu e me no s co ns om em e ai1 1da trõ es " 1na tar a ga lin ha do s ov os de ou ro ''. Um a evidência
111e no s ou pa
_
�
d1spoem e me ios monetários e de crédito. Ou seja,
pr ec isa me n dessa es tra té gia é qu e as ca us as da in fla çã o fic am int oc áv eis ,
te on de na o poderia xis tir tal flagelo. A rigor, a di sc ut in do -se se us efe ito s. lss o na tu ra lm ente arrasta
� in fla çã o re su lta so me nt e
� e um roubo organizado, ins tit uc io na liz ad o,
qu e tra ns fe re a de 111 od o ce go o ap oi o da po pu la çã o, ví tim a do s efeitos q.u e
riq u �za de um a nação para um pe qu en o gr r te re m su as m en te s bl oq ue ad as po r 1nac�ça
re co nh ec em , po
�
Je g 1zados. Provou se r o mais eficient
up o de de lin qü en tes
e m ec an is m o d e co nc en pr op ag an da m on ol íti ca da m íd ia , es cr ita e fa la da , e pe la ausen-
traçao de re nd a co nh ec id o. cia ab so lu ta do co nt ra di tó rio .
Est.abilidad e m oe da ve rd ad ei ra a pe lo s ba bi lô ru os , pe lo in en os faz 5. 00 0
� po de m se r se m pr e ad ul A M o ed a já foi us ad
teradas po r e1 0 de novos ar di a fo rt e re su lt an te da co nf ia11ça q �e
� s, fruto do de sejo po lí li co de an os . C o m u m a m o ed
en g�na r a sociedade . Uma ve e u m ce nt ro de po de r do en �o
z es ta be le ci da , a in fl aç ão ex p lí ci ta in sp irav a, a B ab ilô n ia tornou-s .
U r er a a ci d ad e d o ouio.
? u in cu bada, au m en ta se m pr e até u m cl ím ax m u n d o ci v ili za d o . A ci d a d e d e
. ' q u e re su lta ez a vi a m o ed a forte,
Irremed 1avelm e n le e m co . . . a g
à ra n d
l apso. E la 10, 1 1n st 1t uc io na liz ad a pe lo s E n q L1 a n to a B a b il ô n ia chegav
tu ra çã o d es sa m e sm a
'
se 11 hor�s Roberto Cam re es tr u
� :�;���� pos e B u lh õ e s d e C a rv a lh o a lc a n ço u a in d a m a io r p o d e r p el a
uando
e m e n le M in islros d o P la n ej
_ _ u
o in s l it
�d
a m en to e d a Faz n a , c o m m oe da . Is so , po ré m , a le vo u ao fim .
e in a d e "r i u
� � z a " m
.
u it o
to d a correção m o n e tá r ia O r e i d e U r im a g in o u un1 e s q u
<J5 q u e a d m in is tram �-
. d o . Con1
. . e u o u r o \1 m 1t a
- ,
· fIaçao m ai or d o qu e a ri qu ez a pr om ov ·d i a P0 r s
'
.
deléJ se bc11efic1am ' a J
in se m pr e a se rv iç o d o s q u e , . fo r ma de
a ·u r o s s o b a
0 se n ir em q u e o p ro ce ss o a ga ra nlia ele su a cL 1s lo d1 a, em pr es tou
r
se a p ro x im a d o
12 1
moeda que emitia, o grande tesouro de Ur. O estín1u lo de dobr
e triplicar sua iiq ueza deu-lhe uma falsa e eufórica sensação de
com eço u, sempre na mesn1a ambição
ar decl ínio da 1noeda de ctiar
za do na da . A de m ol içã o da moeda romana le\'OU su
.
poder. Con tudo, tal jogo st1 sci tou dema11das em ouro que
·qu
r1 e as
1 giões
rec usa re m-s e a co1 . uar
1t1n
em a desempenhando a função
:e soldado, o que le\•ou o império à débãcle .
muito excediam o estoque existente, send o todos en \'O l\1 i
dos
pelo entusiasmo de um processo apa re11 tem enle sem l i m
i les. Assiin . sem excecão e alravés da l1istória da 11umanidade.
Demandas externas e domésticas exauriram o ouro de
Ur, 0
que n.ão foi suficiente para deter o processo. Ass i1n, a infl aç subs liluiç 5o da n1oecla verdadeira por n1oeda "aguada" e sua
Linha-se estabelecido.
ão
� ontí i1 u a dilL1ição marca o fim da afluênci a e, depois, da
ii1íl uên cia .
o Grand e l\l1ai1, l \u blai l\han, mandava com poderes
Estimulados, os bab ilôn ios tomaram ma is d inl1 eir o
e111pres
tado para a compra dos mesmos bens, pro mo ve nd o um
a irr ea l
expansão da riq ueza. O rei, porém, dis pu nh a de mu bsolulos em i m pé1io que ia da Hungria até o mar da China.
ita pra ta.
Sagaz mente, imaginou um novo me can ism o: est ab ele ce u �uiidan1e11Lado nisso criou n1oeda a seu desejo. Sobre e le
a prata tinha o mesmo valor qu e o ouro. Por alg um ten1p qu e es creveu l\1arco Polo: ''Co1n maiores tesouros que lodos os rei , � .
o, a "
Ba bi lô nia avançou co111 n1oeda corrente de pr sua s pe ças d e papel" (111oeda) ti11l1am a solenidade e a at1tor1- ·
at a, eq t1i va le nte
à de ouro. Mas um certo sentimento de i11 tra n q ü i l d de ele verdadeiro 0L1ro e \)rata. En1 cada \)eça l1av1a a
i d ade coine ª i nalLtra de L1111a variedade de aL1toridades, aden1ais do selo
çou a fo rmar-se, no entendin1ento de qt 1e ass
m ui to sólida. Isso fez o povo exigir pr
a sit ua çã o nã o er a
imperi al. Todos os anos, o I<l1an man da\1a 1mpr1m
· �
· u a grande
· 1r
ata real de m od o m ai s que nada cusla va e que deve 1 1a
.
1gual � t_
rápido do qu e no começo tin han1 quan tidad e de d i n heiro
depois, não havia mais prata ...
de m an da do o ou ro . P ou
co
t das as riqu ezas do mun do. Com esses pedaços de pap l fazia �
º d os o s pagan1entos do impé rio e fazia-os circular t1111versal-
A próxima etapa foi declarar qu e o
inente sobre todas sua s possessões e terr1lor1os, a le' on de se
to . ,
à pra ta . Essa proposição, contudo,
co br e ti 11 l1 a v al o r i a u a l u
·
n ão prosperoL1; se rv iu � p
er e sobera11ia se estenc\essem. E qua lqu er m que se �
� e \
)Od
atrevesse a r e cusar seu s papéis como valor de r1qt1eza
n as para onfirmar o declí
nio do v al o r d a nioeda. O era
c o la p so j á
cond e n a do à inorle.
estava à vista ... E n tão, vei
o o go lpe 1n a io r A B a b il ô n
para seu ú lt im o recuo. Declarou q u e . ia m o v ia-se
o chun1bo ti n h a ig u a l v a
q u e o cobre.. . Foi a s u a fa lência,
_ lo r Po de se r qu e ve nh a a preocupar certos ad
mi nistradores
ti n h a p e rd id o a c r e d ib il id a d e .. . �
A natureza d homem financeiros de W a s l1 i n g t on , de \� all St re et e � a Ci ty (L on dr s_).
� n ã o é m u ito diferente
d o q lt e era la m co m ab so lu to ar bít rio "o sis te ma !
fi 1a n e11 o
qu e co nt ro
2 .0 0 0 antes d e Cristo. A
naçã o a tu a lm e n te m a is J)Odero �� po de � zer
m u n d o d e l ara q u e papel te1n Kh so me nt e
� sa d o in te rn ac io na l", sa be r qu e o Gr an de
\1alor igual ao o u r o e c o 11v e11 ce ,
isso pel o per 1od o de 27 an os ... Se us pape 1s-1noe
d a d o a1 1 º 1ª2 6O
· to em 12 87 M an do u reco 11
outras naçoes. asse
ssoradas sempre por . 1er
tecnocratas, a co11cor qu in
d�r com 0 p p l-our �� estavam de pr ec iad os a u m .
da P é r s ia e a G r é �i a
r
s u s J u 1u a l)e rs1a. O
. d'1av a as c1
_
O 1n esm o ouro e
u seja, o q u e não é ve
' da am . r c an , e x a lta n d o a s altas
espada e
r d a d e ir o d u r a p o co e i a
savam sua moe d a1. A propa gan
a mesm ª pra t 1 a
u
ª da B a b il ô
· . . e fic a
· c ·ia qu e
(J
· 1
poderoso 1 mpér .
0
cor1s tru ir n ia a ju d a r a m a vir tud es de seu s pap eis , tem tid o ma1
·
io R o m a n o , m
a s l a n 1 b é m Já o as locl1as de l{ ub la i K l1
.
an po is co nse
,
g u iu
· 8 an o s de \1antagem ...
122
123
Na verdade, a moeda internacional de referê11cia d ól r Ade inai s da Lrag édia forj ada JDela inflação em países clo
norte-an1e ricano -, pelo menos, desde J 969/70, quan d o
o
m ai dramático f i
-
a
Mu11do , o exemplo contemporâneo s
20.
o o
pre n dê la é imp
0 ceir
ante
Ter c
Presidente da França, Cl1arles de Gaulle, o compr ovoL1. zião é da Al nl1
ema a dos anos Para om e ort
0o
-
diferença fundamental entre a sitL1ação dos EUA e a d e Kub inl 85 vez es. N e st a altu ra nao havia
lai infl açã o t 1a cl1e gad o a 2.7
f{han. Este era o sen hor abs olu to d e tod as as terr as
ond e 111a is esp era nça s. A mo ed a, mes1no co111
um estoque de v.al or,
circulava o seu din heiro, com pod er d e vid a o u mo rte . r um co11ce ito . No s seis meses segu1 �1les
não era ma is ne m seq ue
A moeda norte-americana circula em todo o inu nd o e é chegou a 19 4.0 00 vezes. E, e111 n ove1nbro de 1 9�3, tinl1a
Pelo tratado de Bretton Woods, a mo ed a de referê 11c ia int
er na � alc an ça do 72 6 bil hõ es de ve ze s. Un 1 � a �c o da epoca do
.
arm is Uc i o co mp
c1o�al; os EUA, entretanto, não detêm forma lm en te o po de r d e ra va o 1n es mo qu e 72 6 b1l l1o es de inarcos ... A
!egrslar fora de suas fronteiras. O se u po de r é exercido po r experiência al em ã 1no st ra co n1 0 a ps icolog ia
.
popu lar pode
.
r ntensa propaganda, pe lo do m en te en ga na da , pe rd en do a refer ên ci a da realidade.
ínio de grande pa rt e d a m íd i a ser faci lm
co L1 � u?esse
al JJ recisan1 e 11 te pe la vi�
gi·a�s ao controle �a econ om ia 1n un di Se 0 di nh ei ro tiv es se ,
e1 1t ão , al gu m va lo r in tr ín se
0 .
.
do s1s t �rna fin an ce iro in te rn ac io na a al gu m va lo r (o ur o, po r ex en 1p lo . N1 ob 10 , no
l; pe la s arn1as, co m o n o ser reconvertid o
Panarna, Granada, Ir aq ue , talvez H nosso caso), essa loucura jan1ais teria ocorrido.
aiti; pe lo co nt ro le do s tec110-
cir� las qu e co�andam os sistem pr op ag am e re pe te m qu e o
as fi na nc e i ros na ci o1 1a js e, no s As autoridades amer ic an as
paises su b�eti�os a uma periferização po r d en tro, p dólar se ap ó ia n a prod u ti vi d ad e da na çã o m ai s do qu e no s� u
. ,
le das asso�1açoes e federações patronais dos p ro el o co n tr o
e dos o e xe m pl o al em ão ne ga es se pr in ci pi o ,
bancos nativos. Quanto à força m il jt a r n a-o h d u to re s valor intrínseco. M as a , ap r ?o s
e b a p o d u t i v i d de es �
OTAN. exerce p a p�l importante na E u ro p a , a' d uv
, . d as qu e a
r posto q u e a A le m an h a gozava d � � te ve se m d u v 1d a ,
e a s tr o efeitos da guerra. A falta d e va lo r in tr 1n se co , .
am er1 c�n a n o Oriente
p a s n o rte-
1
t , as c o ·
i sa s le v a ra m H it le r
1
� Médio sobre o resto d o m u n d o via um pa pe l nesse desastre . Ess a e ou
dependenc1a de petr
óleo sem o bed 1e. - n c1 a a m oe da am er ic an a , '
ao p o d er e o m u 11 d o à S eg u n d a G u er ra M u n d .
ia
0 Japa_o ou a Alemanha p od em ter d ·
·
. .
ao p etro, 1eo do Oriente M e'dro
. if ic u ldades para ter ac es so
. , p o r exemplo. N ão HoJe vi ve m os , . ·
m u i1 d i a l e s ta v a n a o r d e 1n
q ue a Al eman h a
e a França estão p ro cu ra nd o ter urn exér c to
é p o r ac as o àq ue la si tu aç ão . E m 19 89 , o comei cio d o, la re s, m o vi m en
i d e 3 tr il h õ e s d e dólares. S o m e n te e m e u ro -
-
124 125
repetidas... Em 1 993. o comércio aproxin1ou-se dos 3,8 trilll ões Emb o ra tole rada s nessas circunstâncias. ações dessa natu
e 0 movimento financeiro mundial , em dólares, ascende L1 a 36S ·eza são reje ita das ener gica men te em coletividades organiza
tiilhões... E tudo isso sem valor inb·ínseco, pelo 1nenos des de � as do mL1ndo
ci\1iliza do e seus agentes são objeto de se\ieras
JI UJlições . Sal\10 · .1s d e ó -
1971 quando Nixon declarou que o dólar nada tem a ver co m em \Jeríodos de absoluta desorden1 ou circuns-
o ouro, rasgando o acordado em Bretto11 Wo ods . tâncias espec1a
ºuerra e ocupaçao estrangeira. vêm a
É esta moeda khaniana que está servindo de âncora para ocor rer ações de vandalismo e de irracionalidade que fogem
o real de Fernando Henrique Cardoso. Simultaneamente dola pletam ente às pratic as de milêni os de civilização.
com
riza a dívida interna, da or? em de 250 bill1ões de dólares, que os princípi os universais de respeito pela vida, pelo próxi-
já abocanha co1n o seu serviço 65% do Orçame nto da RepCibl i ca 1110, pela família, e11lre OLttros, estão há inuilos séculos co11sa·
e compromete-se na '· renegociação" da dívida externa a envia r civilizados e fazem parte da estrutura das
6 rad os pelos po\1os
18 bilhões de dólares por ano durant e 30 anos. a troco de g ran d e s relig iões, sal\10 focos isolad os, retardados no tempo. O
nada... . Resta saber como os fu turos Presid entes da Repúb li ca que unifo rmi za o comp ortamento dos l1omens e pern1ite a
poderão governar o País, se não conb·ola a moe da naci onal conviv ênc ia, tend end o J)ara unia possível l1armonia de lodos
porque el� já não existe ... E como o povo bras ileiro irá JJaga ; nesle pla1 1eta de info rtún ios, é o qL1adro 1noral míni1no
desta
esses ser\11ços - ambos em moe da forte - das dívi das exte rna des de os filó sof os gre gos e, mai s ant igo s ain da, 110
cado
Tam
e, principalmente, a interna. lon gín quo Ori e11t e, nos criadores das grandes religiões.
Para a adm inis b·ação de tod o ess e pro ces so est á o Ba nco a Po líti ca tem des de Ari sló lele s a Mo ral com o um de seL1s
bém
Central, o sin istro Palácio da Inflação, ond e o Pre sid ent e
da p ri n ci p ai s al ic er ce s.
�epública não co11segue no1near Llm só diretor, o qu e é [eito Qu an do so cie da de s fu nd am e11tadas, cultL1raln1 � nt: _ �
ne ses
sistematicamente pel os credores externos e int ern os . . 1 pa ss a1n a ad n1 itir ele va do n1v el de de l1n � ue 1� 1a e
. E a i nd a pr inc íp ios _i 1o s e
qu er:m da r au ton om ia ao Ba nc o Cenb·al! Au ton letiva a esse s pr 1n c1p
on 1ia e m débâcle m or al , co m ne gl ig ên ci a co _
rela �ao � qu em , se já nã o presta co nta s a nin gu ém , sa ns en tid a, é sin to m a ev id en te de qu e es sa socie
lvo a se us im pu ni da de co _ dos. Corno ' entretan Lo,
ida , va i ac on
patroes 111ternos e externos? Pela ex pe riê 11c ia viv re ci
da de es tá te nd o se us al ic er ce s apod
t _
. _
tecer co1n o Ba nc o �e11 tra 1 o qu e aconteceu
à sa úv a e m re l a çã o um es nã o co m po rt a11 1 es � e i po de açoes
_ l suas tr ad iç õe s e co st
Ce nt ra l ou 0 B a n co
ao B1_as 1l: ou o Brasil acaba co m o Ba nc o os se us pr op ug na do re s, de 1n te r ço : s nu � c�
sem forte re aç ão , � c1as m 1st1-
Cenb·al acaba co m o Br as il. .. ar di lo so s es tr at ag :1 na s de ap ar en
ex pl íc ita s. m on ta m
o, de ve rs oe s e � ve z de fa t o s ,. de
fic ad or as , d e su ti l ci ni sm _ o os ve rd ad e1 :os
co m pe rf e1 ça
"faz-de- co nt as " qu e c,11nuílam
�:;RA VE D OENÇA D A CORRUPÇÃO, SEUS objetivos. V iv e:se , en tã o , em es t a
ên
d ?
ci a
d e
de
d el
qu
in
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qü
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co
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ra
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iz
d
a
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d a e d e im o ra lid ad e, com apar � _
re �p o�sa
n atu r al m e n te , ga ran lid a a im p u n id ad e d o s p r 1n c1 p ai s
_ _ e n -
p u 11 1ç a o d e d e l1 n q u
sê n ci a c u lt u ra l e d e p ri n cí p io s
a
O ho m em p ri rn i t1vo, p o r au ve i s . D e te m p o s e m te m p o s promove-se
· · ·
. , . a fa rs a e a
o u d e u m a re· l 1· g1a
· o su p e ri or QL1e o or ie nt as se careci
lo e n g o d o
. os
tes pe r1f er 1c os , o qu e ga1.an te pe
a
po l,l
1 1c .
d e re1re r e n c1as q u e 0 f
- a m p e-
e L
·
le it o r, d
.
. ' e, sa g az
u n dam en ta ss e para a vida cole c o n ti n u id a d e d o processo. Le1nbre-s ,
1
. mente ti va
_
o m o esta.
��
c
dusa: " É preciso m u d a r para
u e
no cam po m or a 1 O ass a .
• e tu d o fi q
ss i n a to' o roubo , o
espec1a q u .l .
ªd u Ite· r10.
· a antro pofiag ia . , en tr e tantas oub·as s estão pres e n te s n a r e a l � d a d e b ra s i
·
127
pelo menos essa é a impressão que fica para o incauto cidadão. ou enca ramos
��
a ques o da co :ru pção de modo global,
_
como ve m se11d o feito na ltal1a com a Operação Mãos Limpas"
Até figuras que carregam décadas de lisura e dignidade podem . 1
ser envolvidos sem q ua lq uer possibilidade d e d e fesa , pela falta le caso sob o comand o d e 1mpor � tes setores do Judiciário,
co rr u pt o m a is
m assa. E a vas ta corru .
, . pção d esses m ei os , co nt um az es de sc um - fronta a le i ' m as o qu e a m an ip ul a
pri'd ores de pr1nc1p1 a maça
_
·
os constitu cionais .
.
do modo como
a ç ã o p o r c o rr u p ç -
a o , se
d a-
A c o n ta m in cons1 ' d era- , la
. E' adequad o
ai s n o ce st o.
po dr e co n ta m in a as d em
128 129
con1o uma 111 elá s la s e que se e x pa n d e n ad .i c i o
se rv iç d a d ív id a externa,
��: É
. ii a d o ao o abocanhou 25% do
ções e pa ra o próprio Esta do em 1 993 .
co� o uma do o ei it o Fe de ra l em 1 99 1, 45 % em 19 92 e 67%
. as i n s ti t u i o rça m ,
ª
tecid o soei� !.
posto que 0 Orça-
' é
nã o sa b e m o s q u anto se ra em 19 94 ,
ado pelo vírus d a ATOS, fazend o .
A1 n d
.- ? .ti
· �d a n ª
se e s Li v e s s e containin - os
ações de corpos esl1an. 1 1os; o u se
com o . e m a go s t o, a 11 ' h
· n a s1·d o aprovado pelo
ante . nl o , Congres-
'd
1 a de ja, me
r sa anle ações n1align as 1nler11as e, p r1 11c 1 p a lm e ii t
Perder a im u n . .
Em b o ra seja m ui to .d1f1c1l es�ec1. ficar quanto foi realm e
e 1e 50 · · · ent
perde a d e •
po r falta d e 1n fo rm açoes claras dos órgã
do
ex tern as. execu ta ' . - . , . os respon-
savei 5' a
. av al 1 aç oe s 1n a1s se ria s qu e co nh .
c1do embora nao gen s ec em os estimam que
Foi 0 clima de corrupção estabcl�
.
-
· tern a devera ehegar
_
e ra .
. a do, es t:ava em toda parte - que criou o caldo d e c u ltu ra � ue
,
���
.
Lo do se rv iço da d'1v1'da ln rapidamente
l
0
· bera 1 n o
Pai,s ª
,
. fl .
nlraç a
- o de ren d a, e, uma das causas pr1nc1pa1s, senao a
. .
co n c e , .
.
p ri nc i p al, do pr oc es
so l n ac1onar10.
avaJja-se que tenl1a chega d o globalmente a algo em to rn o de
cem milhões de dólares. Podemos, então, considerar que foram Embora se tenha eliminado �om o Plano Real, �elo me�os
.
1
manipu lados indevid ame11te algo da orde111 de dezenas de temporariam ente, as transferências para os banqueiros devido
a co 1 r monetária, im1nou a d escomunai sangr1a
·
eção não se e ·
, . f01. d ol ariza
milhões de dólares. Esse pala mar form a o primeiro nível .
·
- de
corrupçao. devi· d o à dívida interna. Pel0 contrario, . d a... Q uanto
"
à dívida externa, na "renegoc1açao que antecedeu o Plano
·
-
p rodução e do s trabalhadore
.
s para u111 p eq u en o n ú m er o de ações ilegítimas, contrárias a qualquer pr1nc1p10 , moral, ei:n?? ª
be11 ficiados, entre duzento
� s o u trezentos e sp e c u la d seja1n apre senta das como legai s. Ou, pelo me?os,
�o
o Jud1c 1an .
ores, ban .
queiros e grandes grupos econômico
s n a c io n a is
e estrangeir©s. nada diz ' como é o caso do preceito constitucional que estabe-
A prá ti ca da correção m lece en1 12% o n1áximo de juro ad m1ss1ve · , l... E o Supremo
onetária era aplicada d ia r ia m e n te
aos ati �os dos bancos e,
na n1elhor das hipóteses, mensa lm Tribu nal Fede ral tamb ém nada diz quando o Banco Cen�al
.
ente .
.
aos salar1os e al1vos �as e�presas produtoras. Só essa estabelece valores d e Juros que sob repassam 50% ... Esse e o
diferença -
a favor dos bancos foi terceiro nível de corrupçao compreen dendo recursos da or·
Yargas :m 1 75 bilhõe
avaliad a por técnico da
s (com b) de dólares , em
Funda ção Getúli o de1n de centenas de bilhões de dólares.
.
Fin almen te. o últ im o nível refere-se à tlransferência grat� ita
anos, ate 1 993. período de olez
O serviço da dívida · a· N aça- 0 como os mine·
ral hidrelétrico de petróleo e geneti co Para o contro1e d e
inlerna resultante de empré sti mos de de patrimônios naturais fundamentais '
'
13(1
13 1
4 96 U
fen dia m a rev isã o co ns tit uci?na l e pe la Lei da n o s E A ? E o m a io r potencial hidrelétrico, ainda não
dos pelos que.de te a resistên cia da sociedade con seg s Lodo o n1und o,
em quanto
Patent es . � e �izroe n ' uiu u tili zado
.
vale?
I'
-
ass . . is-
Sobera nia . N.ac1·011al tudo e
·
Os rev1s1o estata is do s eu ca p í t u l o
. .
�e corruP_ça�, cu; . é
.
'
esa nac1o na · rrlhoes �rovav lmente quatrilhõ
es ou
de empr
·
merc ado
·
e
·
n aJ e o d , s1m
.
0 qu e tra ria co nse qü ên .
cia s gra v1s as pa r-a o � oss � fut uro. ª
preço d a . sob rev iv ênc ia nacional, pois não existe Pátria sem
Como a c011stituição prevê que a ex1Jloraçao mine ral tem patri 1nôn10 .
de ser feita coni 0 conb·ole acionário de en1pre .
sas 11acionais de Derro tad a a Revisão Constitucional, o governo Itamar,
capital nacional, ao extirpar esse co � ce1to d. a constit u ição,
.
atravé s da área financ eira, envia ao Congresso Nacional Medida
como querem os revisionistas, o capital nacion al perderá 0 Provisória do Real que, no Capítulo V, autoriza a venda de
conrrole sobre os recursos minerais. Ou seja, o extraordinário ações das e mpres as de e c on om i a m i sta e.straté g�cas, por simples
parrimônio mineral brasileiro passaJ·á ao conb·ol� de corpora po rta ria do Ministro da F�en�a. .. Assim, ar �1lo �amente, pro
ções tra11snacionais . O Brasil detém cerca de 4 7 mil ocorrências curam desfazer desses pat _
r1mon1os, o que nao tinham conse
e jazidas minerais registradas. U1na só delas, a mina de nióbio gu ido pe la Re vis ão ...
de Araxá, conté1n oito mil11ões de toneladas de meta l contido
que, a u1n preço de mercado de 60 mil dóla res, representa um Com a e xceç ão apenas do primeiro nível de corrupção,
pab·imônio de 480 bilhões de dólares; cerca de qua tro vezes a levantada n a CPI do Orçamento, e que envolve comparativa
dívida externa brasileira, em um a só min a! Novas res ervas mente "ladrões de galinha", todas as demais estão contidas no
gigantescas de nióbio foram descobertas recentemente na Conse11so de Washington e objeto dos planos de Collor de
região an1azônica ... Excluindo estas, só a mi na de Ara.xá repre Mello. Tiveram continuidade com seu sucessor, sob a batuta da
senla mais de 95% das reservas inundiais de ni ób io . Quan área econômica do governo, e formam parte do programa do
to ca11didato Fernando Henrique Cardoso, eom a designação de
vale o patrimônio mineral do cristal de quartzo
de pr imeira
QL1alid�de, base de toda a i11dústria eletrônica co "quarta etapa d o Plano Real", no que di z respeito à re tomada
nt em porânea,
o Brasil detendo praticamente 10 0 % de ss es da fracassada Revisão Constitucional de 93. E sse processo qu�
recursos es tratégi
co� ? E o patrimônio genético, que co englob a també m o Progra ma Nacional de Dese�tiz�ção, a Lei
acima de 80% da biodiversidade d
rresponde a u m valor
das Pate ntes e os dema is itens da ex-revisão constituc1onal, teve
o planeta? A Terceira Revo
lu ção r ndusb·ial terá por base sem pre o sup orte inco ndic iona l da grande mídia, escrita e
. essa biodiversidade. S o m e n te o .
pote� c1a1 em florestas de 3 0 % falada q u e o apre sent ava à pop ulação como o cam.inho para
'
d e n o s s o território, n ã o a p to para .
ª agricultura, representa d
o ponto de vista e11ergético, p o r ano, resolver os graves problemas do País, sem � �o�sib1lidªd e do
�1n ter�o das cont rad i tório . Tud o den tro do quadro doutr1n�10 do sectaris-
_ reservas d e petróleo q u e
. 10 restam a o s E U A e m s e u
111·d re Ie' tr1c
terr1tor E o patr·1mon10 · . o, r m o ne ol ib er al is m o . ..
. · �
esponsável p o r quase
a totalidade de eletr·
ici dªde prod u z1. da n o
·
País, c o n tr a a p e n a s
132
133
se ap 1i. cam ao
o M U N I C A Ç Ã O D E M A S SA . A
D E c
l l.
E IOS desse comportamenlo nefasto e que
povo . .Tt aLa-se d o P�ofessor Herbert Sc
os M , o rig .e11s
COM O MERCADORIA._O
ORMA ÇÃO RMAÇ A O Pl1_!3LICA.
e a se u
. .
sil
ª
g:s O Br a _ hiller d
,
D A INF .
TO
APARECIIVIEN livros '
da Cal1forn1a, San Diego autor de
d
ers i d a de '
e
B R E A C O N S CIENCIA E Un iv vanos
RCA N T IL S O e Massa e 0 Império A .
-
ME
,
TROLE s , on1un1caçao
·
C O N el e
e e rzse
-
. A �ídi a brasileira, já forteme nte com pro met ida por infl uên-
SCHIL LER - Está ocorrendo uma enorme transformação só
cJas de inter�sses geopolíticos de nações heg em ôni cas , am1plia cio-té cnica que afeta, e cada vez mais afetará nos próximos
�ada vez mais esses compromissos. No caso da m íd ia falada anos, grand e parte da população. É da maior importância
ignora nessas qu estões o fato de ser um a concessão pú bl ica e avaliar como as pessoas reagiião a essas mudanças . O que
n �ste e e1n n1u1_t�s o � Lros pontos, desobedecem ostensiv essas reaç ões pod eria m engendrar depernderá dos esforços
ament�
_ _ .
�1 1nc1p10� �onstitL1c1onais. Un1 exe1nplo dessa tendênc 1a . para i11tr odu zir valores humanos e cliitério s sociais nas
i ecente v1s1ta ao Brasil
. fo1 a
do vice-presidente dos E U A, � Gore, dec isõe s téc nico -industriais que estão sendo tomadas atra
q u � promoveu clara1nente a id é ia d a glo -
ba l i· zaça o d a m 1d ta por
_ vés da eco nom ia. Se falharem esses esforços, uma co ntinu a
meio de ce11tros m u n d 1· ais · de co n tra Ie. e ace ler ada con du ção da produção em busca de mais
Como a Sociedade e o Estad ° b,1as ·1 . "e fic iên cia " po de rá até assegurar permanente lucratividade
i ei ros \1em se nd o objeto
-
134
13 5
•
LEIA _ Como é po
ss í ve l �o
c__ p re en d er a n a tu reza e as a mea
ças
qu e p ro du
p
to de u m pa ís l ev�r para o mercado
ro du lo d el e exclu i r.
internacional 1
n1açoes.
o u q u e
dessa s tra n sfo r
pr �
od ut iv o d � co no m ia .. a i n fo rm ação
um a un tc a n1 an e1 ra : a q u e d ,
SCHILLER N o la do go v rnos estariam perden do sua capa
es lá,
Os � cidade de
implementar planos n acio nais?
LEI A
_
ap lic ad a de
r
se nd o
_
a
o r a ç _
o e s p r iv
. a d as . A 1. 111o rm açao La m bérn form ular e
s às c o r p
_
vantagen
se nd o ap lic ad a, do la do l1 um a no , JJara fa z er 0 Povo SC H ILLE R � e prosseguir e
De v �té acelerar-se a transferên
cia
au l r 1 d a d do Estado N acional para as entidades trans
está e
aceit ar e ac red ita r qu e ess e n1 o do de de se nv o lvi m en t o de o
benigno, se não benéfico. Ela é us
ad a pa ra 1ni nim iza r o
é
a o aj . o r:i ?o e o.
n ci n s C
�s
d r sas r� e globais de comunicação
depreciar os críticos, para negar opções a l lern a livas Que
u
íntracomp anh1a sua d1spos1çao, uma corporação transna
a
ci n a l eslá em posição
de t ar decisões em escala global
om
indicariam um caminl10 n1ais l1u ma no para a em ergen te o
sobre pr odu ç ão, investimento, transferência de fundos e
economia baseada na informação. Em ne11 hum outro mo.
n1e11to da /1istória rece11te, as possibilidades ele uma vida outras. Não há razão para, em suas consideraçõ es globais,
digna para o co11ju11to do povo estiveram tão a111eaçadas. se pore1n de acordo com planos ou necessidades cile um ou
A mais crucial das qt1estões é saber até que ponto u ma dos muitos Estados Nacionais, no território dos quais
perspectiva baseada em compromissos sociais poderá recu atu em .
perar um lugar proeminente na política e na consciência
das pessoas . E a resposta dependerá, em muito, do caráte r Conside rando que por meio dessas redes de comuni
LEIA
da infarmação fornecida ao povo.
-
LE IA ta
- O Sr. acredi qu e as tecnol
. talismo?
a subst1tu1ção de lrabalhador bilitem u m no vo ciclo de expansão para o capi
o fecha mento de
es por ro bos no Ca nad a, ou ex ec uti vo s, as no va s
SC H IL LER - Para os ad m in istr ad or es e
· na Ingla terra. Quan
fábricas
tro das Finanças anunc .a .
do u m M i n is- pr od uti vi �
a� e, co rtar
fiina nce1r o par a
te cn ol og i as po de m in cr em en ta r a
1 um pro g ram a � .1d �r os
manter a economia abe��� 1 , _ sublinhando que "vamos
enfrentar a crise eco � . po rt an te , 1n m
cu st os tr ab al hi st as e, nã o m en os im
n �
eco omia ao cálcL1lo do . - stá, num a pal avra, ex1Jo ndo a
'
tr ab al h ad or es . Há m ai s d o qu
. .. m a s a c a p a c id a d e d e as no
e
v
fa
as
ntas
te cn
ia
o
en
log
vo
ia s
lv id
m
a
u d
ni
a
sso.
rem
- ·
c
dec1d· e, em última . � a 1)1tal transna c1on al. E est e querm
· ·
te m a para
pr od uç ao Jª na- o '
e
i11stã nc1.a' onde i.nves t si gn if ic at iv am en te os m ei os de
i r ou d e si n v est i r,
,
136
137
organ izada ou transmitida. S
. 0
111ui to me11os
. ad a. eo m a destruiç
to rn ou -s e o pi vô ce nt ral da .
e
ação e for produzida
tera
or de in.fo rm
dúvidas. set , d ser com ')
1 1 . ,o
ão da 1n1
-am eri cana. rm açao
_
P aparecem.
s socia;s seja m aten didas'
,./ que as
ne ce ss ;d ad e
LE� - D�ue o pa pel do Fluxo de Dados Transliron t .
· r. ao mu n dta
n ta o u supre os serv;ços de Q ual
LEIA
r.z d11
. lira-estruit
sus te eiras
ocra.1.1co
erença quen i
'
-
·r. ,..tra etc :>
_
1a
u'd e , 1n (FD T). n a d 11us ' l desse modelo antidem
- uc a ç ã o s a
comun1caça0, ed . . .
· · ·
si q u e SCH
mercial é ela em
qu e qu es tõ es co m o q u e m p o d e pagar por el a " 0 FD T de
lucro. Daí
etar a to do s. Q u an d o 0 cio nal. A q uan l1 � ad e lra�sm1tida é enorme e a laxa de
expa nsão d s se tipo d.e trafeg� cresce aceleradamente. Os
a cu st a' ' pa ss � a af
e "quanto el �
in far m aç ão é de fin id o pe Jo po de r d e pa ga r, e is so
acesso à
1n e io s a traves
do a pr od uç ão e di ss em i dos quais se realiza a maior parte desse íluxo
é eletrô nico, não, como 110 passado, por instal açõ es físicas
oc or re qu an
a se r ex clL1 siv as d e em presa s
é exatamente o qu e
138
139
v rna m ent a l no Canadá recomendou qu
e
go
,
. em d iferentes regiões d o m u n d o q u e im p li ca e rn · e .
· dIa tamente pa ra
"o governo
mudan ça na d'IVI·são
realiza tra ba lho . Co m o diz 0 ag1r 1me
·
m e rca d os
pos-1
,
1 ça do
Oc1dente
·
pe ne lr en 1 e1 11 11o ss os ut en çã o de nossa sobera ni a".
s Co re an, os ' m an
ro ou ca rv iços dev em , p o r seu
cas in du st ri as d e se
nossas din a�m i ·
. .1s se n1 "o n e-
.1 n o poder compelir nos merca d os m L1n d 1a Q uais foram os resultados efetivos desses debates e
ço _ ?
tu
e 11a- o d 1z' qu e o a I EIA
_,
.1 osas e desleais restrições". �l as
,
1 e
_
,, "
recome n daçoes.
"c al ça do s c o rea 11os �od e i:n Lam b em , ser
no rte-a m eri-
bras ile ir o' ' ou os - P r enquanto a oposição ao fluxo de dados irrestritos
LLER ?
transfT onle 1 ra ?erm �� ? º plano da retórica Quão rapida
id iá ria s de tra ns na c1 on a1 s SCHI
·
bs
1
prad uz id os em su
· - es al ua i
e
' n d
ment
1ca d o as co 1ço
c
canas. (Isso equivaleria, ap s, ao , algo que ainda ignoramo
cer a a res1stenc1a e
em ent.r� a I11g la terra r es s.
que ocorreu conJ o Tratado de Me thu
e Portugal, en1 1 703. Portugal se co mp ro 1ne t1a a pr od u zit
tão baixo o grau de con.scientização e de
vi nl1 os e azeites a t.roco dos n1a nu fat ura do s ing les e s. Tud o LEIA Por que
_
é
to1nada de posição da sociedade nessas questões?
terminou com os ingleses proprietári os dos oliv ais e vin h as
portuguesas e Portugal - e como cons eqüê ncia o Bras il _ SCHIL LER O Ministro francês da Cultura, Jack Lang, disse
-
afastad o da primeira revolução indus trial. Nota d o autor. ) que "a economia e a cultura são a mesma luta". A produção
cultural tornou-se indistinguível da produção industrial
porque o núcleo da cultura nos países industrializados, isto
LEIA -De onde podem surgir essas "onerosas e desfeais é, a i n fo rm açã o tornou-se uma mercadoria comercial, um
restrições"? ite1n para a venda. Tudo depende dos mesmos equipamen
SCHILLER Os "obsb·ucionistas" a essas tend ênci as são na
- tos, sistem as e processos. Tudo acontece de um modo que
realidade um grupo bem diversificado. Líd ere s de países parece irresis tível, extra-h umano, um imperativo tecnológi
c9rno Suécia, Ca � adá e França revelaram suas preoc co. Essa m istificação tecnológica obscurece a rápida
upa
çoes �obre a dominação ec on ôm ica e inf or ma cio na l extensão dos critérios e controles capitalistas sobre um
no rte
amer1cana. ter1·e n o até entã o pouc o sujeito à sua influência: os
processos cultu rais e a própria consciência.
L E I� -No Brasil esses debates ja m
ais transparecem n a
imprensa...
LEIA - Ou seja, está sen do difícil sermos autores de nossa
SCHILLER - Uma sociedad -
..
�m e��tiva fr�nte ao sistema transn aci to
SCH ILLE R ...Na minh a opinião, tudo começa com uma questão
o n a l Um estudo . -
140
141
teni po
sã o co n si de radas im porta n t q ue fome nta e_ fr str as expectativas. A estab
� ?
SCHTLLE R 1 Tais
.
po lftica
nã o
u r r, de form a
qu es tões es ilidade
- te11de a drmr n
1ocr·dade em .que o SLstema de
não lh es parecem dign as d
e
assustadora, na
···
acontec e m . P .
' e, . e
, . .
o s. Am eaç as que surgem a toda hora a orde cidas do n2u11do.
tec11 01o g 1c m
.1 •
. .
uom1na n e
'
, , sã o , em ge ra l brutalm en te suprtmtdas. Pr
e-
tende-se q u e a m u d!
a nç a
' . .
ecno log1ca se;a um a for
ça LEI A
� �
Isso explica po r qu certo Estados utilizando inten
_
�
. tec11olog1as de t n formaçao, adquirem
1: ·
soc 1a !men te autô nom a e, nao, resultado de forças soci
. ais sivain e11t e as cres
com p/e.:cas. Per gun tar sob re� zpo de soc1edade
que ce nte e sofistic
adfssi m a capa cidade de intervenç
ão, como
desejamos é uma tarefa consciente que vem a ser, tam vin1os, via T1 ', 11a Guerra do Golfo?
bém, a única resposta efetiva a uma 01· em social ani ea. � LL ER - O pape l do Estado muda par� o con trole social, a
SCHI _
çadora, impulsionada P_ºr .uma_ tecn �log1a cada vez mais segurança, a coaçao _
... Nos EUA e no Re1no Urudo, enquanto
subtraída ao co11trole fJubl1co. E preciso revela1· o que está se c oi1 tra e 111 os gastos com educação e saúde, se expandem
acontecendo em sua totalidade, 11ão aceitar qr.1e a evolit as despesas com as forças armadas, a justiça, a polícia. Nas
ção possa situar-se a{ém de qr.1alque1· capacidade de eco no m ias de alta tecnologia, o enfraquecimento do setor
intervenção /1un1ana. E preciso 1·esistir.
público é c ompe nsado pelo fortalecimento do Estado, dotado
da mais avançada infra-estrutura de comunicação para a
LEIA - Existe alguma base teórica para um projeto
de ma11utençã o do equilíbrio social, ameaçado pela deterioração
tra11sformação social.?
da situação econômica da população. Se o Estado é despojado
-
SCHILLER Não temos nada realme nte .. . A rem ode laç
ão dos tanto quanto possível de suas funções sociais ganha mais
sis temas de informação, eliminando seus aspectos s dentro de casa e, também,
pú bli cos poder para coagir grupos rebelde
. .
ou sociais e ampl iand o su as caracterís ticas . .
possíveis adversar1os 1nternac1onais.
,
comerciais e
Iu c a tivas, ?em como as su as conseq
: üências para a vi da
social e nacional, são, o u deveri am
ser, magníficos as su n tos
parª um excitante e vigoroso LEIA - Como essas questões podem tornar-se ir1teligiveis para
,. estudo sobre a e c o n o m
pol1tica da cultura . Separar
ia motivar o envolvimento da população, enquan to os ca
cult ura, política e eco no
um absurdo. mia é nais de com unicação continua rem, quase com exclusivi
dade, à dl51Josição daqit,eles que mais se ben eficiam das
atuais 7Jolfticas?
t
LEIA - A que111 intere
ssaria esse exame crf
tco ? A m a1or a
. .
_
nao estarta
· ape11as i11ter ·" .
1 SCI-I ILL ER - Ve ndo as coisas por u1na perspectiva 11istórica,
po de mo s ter ca ut elo sa s esperanças. A longa archa rumo
essada e1n suas 111otiv
consumo? ações de �
SCHILLER - Apenas as "elite� à hu ma niz aç ão da so cie da de sempre se fez 1ncorpora do �
e as novas classes
"
s
estão en1 mell1
ores. c nd1 çoe
_ s profissi onais no va s vo ze s ao diá log o. Gr up os historicamente exclu1do
? para aderir às men sag
do s pr oc es so s de ci só rio s querem ser ouvidos . Apeesar
da
m a1or1a da po
cons umis tas A
de participa r,
·
embora se0 .
�u
1 açao
- nao - tem
ens
con dições gig an tes ca ac um ulaçã de o ca pit al,
·
po de r po 1
l'ti co e ontrole
ve;a cei cada e a�rem
estím ulos ao pelo s arte fatos e pelo s rm po nt os vu ln er áv eis qu
con su mo. i n fo ac io na l, o si st em a tem
se pelo mun d mode lo cons umi st na is alte rn at ivos,
o. torna-se a exp and i ndo- po ss ib il id ad es à expressão po pu la r. Ca
tand o-se de uma fo rça ra d
o pa ra serem
·
vave 1 s, ao mes mo v
·
·
142
14 3
Nacio na is, apesar de suas co Un d 'o co m 1n e i os cada vez m ai s centraliz ados extr .
. . Os Es tad os n. ao rn . ·
· a fronte1-
1nformacional pre enqu a d rad os na catego na econômica
ue seu
/rad"1ções e ,.,· alq u e r escopo e ti.co ou cultural. Como a expenenc1.
de classe, representam sér · e sem de mercado
u
car áte r . ia ras
. .
• 1 . . tr
sta transnacional Deve-se farn
e os confl1tos que irrompem
. q
le J ª m
,
sern
�
fa1 ad a e
ameaça ao srst e ma ., o po er a
a
. as n·valida des .
x.is te n o s , d av assalador que a mídia
. . . .
·
bém aproveitar e
e as poderosa corpo1 ações
, b re a s co ns c1e nc 1as 1nd1v1duais e
. �
so
, en tr s
vis ua l têm coletivas faz
o qu e pode ser esperado de destruição de val
111
. e
' mp os 1
de tempos e , •
r
acum u 1 a d os nos u1 timo
pre nu nci a ores
acabou. . . ? l tu r a , . s m ilên i os pelos povos,
n ao s u rgi re m . . .
, e de c u - .
,
se
LEIA _ E a história
re a ç o es
_
e se us de fen so re s p es
à
transnacional . za
processo histórico existem gerações que se
um nlu nd o fav or áv el ma nu ten ça o de se us int er e ss es. Mas nali sa que no
ia das Nações te1n necessi ªm -
pov o e a ma ior ostr am abúl icas, desin teres sada s pela própria vida, não d i s
1· e outras as7J i1·ações a
uma par te do
po �
lídere s , s an o s ou ge n 1os que conduzam seus povos
� .
Como observa1nos ao longo das pági nas dest e livro - e 0 reverter-se e a Nação retoma seu caminho . Não acreditamos
pensamenlo do Professor Scl1iller entrnci a isso com cl areza que os b ras il e ir os e s tejam vivendo nesse fosso que se caracte
_
há uma proposital substituição de fins por meios, sendo estes riza pela falta de vontade nacional; isso, porque estamos sendo
enfatizados e aqueles ignorados e, na maioria das vezes vítimade um grande engodo e m que os meios de comunicação
contrariados; os fins refletem as n ecessidades, interesses � bloqueiam, de modo monolítico, a consciência de nossa reali
aspirações das sociedades. Certa mente , o grote sco ardil de dade e impede1n, assim, a vontade nacional manifestar-se com
inviabilização dos povos pela subs titui ção dos fins por meio s toda pujança. Este efeito malévolo é, porém, transitório . É
não poderá persistir por muito tempo... incompatível com nossa cultura fi carm os submetidos a um
Um segundo aspecto essencial da an áli se do Profe pacote ideoló gico que deifica, como deus supremo, o mercado,
ssor
ScJ1iller é qu e os principais paradign1as de refer ên cia
aparecem ao tempo que favorece escancaradamente interesses alieníge
como "imperativos" categóricos de na tu re za ec
on ôm ic a de co r nas que nada têm a ver com nossa vida e que estão nos
�
re te da tal "economia de mercado", qu e
n ã o exi s te s al o para
� destrLtindo como Nação . São teorias inco nsi stentes e fajutas
! s te cn o l óg i co s qu e, no s que ga.n ham , apa rent eme nte, pelo poder da liBÍdia a força de
o nteresse de algu11s, e do s pacote
,
Naçao.
O ponto crucial p se!, qu e re pr od uz nit ida me nt e a consciência nacional:
orém d ª ana 1 ise
quando enfatiza
�
a aturez ess ; .
,
do Professor Schill er é
.
144
14 5
. 1. t '. nesta crônica o c l m r u.s.
Pretend o rev1s ª
a o oso
affaire Dreyfi ola se transf rma em "escolin ha
o
l 1
. a esc n
1le i r r:-
corn o . , 011de 0 mau
e.. o .
. .
0meu ; acusse.
co nt ra a e ev1sa- o bras a· ot1ce, o ac/11nca lhe sao dados em past .
_
e, ass en ta , a o .
as
gosto
.
cr1an cas
pr eo cu pa do
,
co m 1n eu bis p o
pai,s e co mo esc nte . o
, 1 po1· grande núme ro de fi ei .
o b ra Sl le iro adol �
repertono
faço co m ,a . fã . c�m�
_.
excetuar da . 1 .
'
acu saç ão e d· d a' ducação e cultur Ac uso a tel evi são brasileira de ser demolido .
va /ores morais, sejam eles
min ha . a ra dos mais
.
.
1na. 1e11ave1s
0
au t 1 1. .
ntes ca nais con tr1 u em para
b
e 05 programas
di fe re .
,
s
lia m t tares, et1cos, re 1g1osos e
qu e, no ,
fa _
m1l1a e dos mazs_
tos. da altos valores familiares
brasileira por seus muitos deli c!en1olição
fu n õ e em
_
'
luga r e/isso, o deboche
ávida somente de pontos no Ibope e de faturamento, ela nã� AcLtSO a televisã o brasilei ra de ser corruptora de menores,
l1esita em apelar aos insti11tos mais baixos do horne m. Seu e m v i r tud e de programas da mais baixa categoria moral, pelas
pecado mais grave é o que concerne à educação por ser esta a cenas e pelo palavreado, em horários em que crianças estão
necessidade e a exigência fundamentais no nosso país. Com
diante ela caixa m ág ic a.
raras e louváveis exceções a Tu brasileira não só 11ão educ
AcL1so-a d e atentar contra o que há de mais sagrado, como
mas, com requ1� te� de perversidade, deseduca. Abu sand o d
o� seja a vida. . .. , em programa reprisado, milhares de espectadores
seu� recursos tecn1cos, do seu pod
tr
. . er de per sua são e de pene.
no 1 ares d o pais 1nt e1r o, ela destrói o
viram e ouviram, no diálogo entre um talkman e uma jovem
a�o s tras de 20 a 11 os , a 1nais explícita apologia do aborto e o não velado
.
.
_
qu e ou
du c ti v
.
1nstanc1as pedago, g1cas
i11citan1ento à supre ssão de vidas humanas no seu nascedouro .
e e a as, du ras pe na s procuram
a '
consb·uir.
A�uso atele vi à bras le ir a
_s ? !
de m in is tr ar cop iosam ente à Acuso-a d e dissem inar idéias, crenças, práticas e ritos
.
sua clientela os dois 111gred1entes
qu e' po r u m CL1 r 1·os o 1e
e no - me-
ligados a cultos os 1nais estranhos. Ela se torna, deste modo,
no' anda
.
� � J u11tos: a iolência e a pornogra
se p 1 e
. .
v
. veículo para a difus ão de magia, inclusive magia negra, satanis
1 e1 ra e servida
.
�r m em filmes para todas as idades A segun a
fi a. A rno, rituais nocivos ao equilíbrio psíquico.
1
d
a
impera, solta e m q ua � ue1 genero tel ev1s1vo: telenov televisão brasileira de destilar em sua programa
·
' Jlci1so
trevistas, pro g1 . e 1t
. � . .
elas en-
amas , os 11um ori'stic· os, spots p u b l1. c .1t . ' ção e i11 st ila1· nos telespectadores, inclusive jovens e adoles
ar1os e
,
nto de educação
servi ço ao pr óx im o e d e construção de uma sociedade melhor?
146
147
ecem à pop ul a çã o em p
Em lugar d.iss 0
s of er
as aven tu1·as d e uma b urgu esia el"h
as te len ov ela ob re ·
·••
m o dela e ideal '
cida, como
decomposição... . .
bras1/e1ra de 111sfTgar a violên c
. .
nfim a televisão
1•
Acuso, e ia·
'
- brasi'leira
. ao
a tel ev1s
violência qu e ela de se nc ad eo u .. . El a
_
na o po de procurar ál ibis
rutos �margos Q � e � � a lo u
quando essa violênci� prod �z �
1ng en u1d ad e na o 1 nd 1 c1 a r e n
� , I1á
J s uma jovem atriz? Seria
d·a I ão
mandar ao banco dos réus uma co-au tora do assass inat o : a TV
•
brasileira. ''
Em nosso livro Soberania e Dignidade, Raízes ela Sobre. Capítulo Ili
vivência, 1991, Editora VOZES, destacamos o grito de u
in a
mãe pedindo em desespero socorro à sociedade contra a ação
da TV brasileira, no processo de destruição da criança.
No momento que mandávamos este liv ro para o prelo
(agosto de 94), presenciamos uma farsa ain da mai or de debat
de "preside11ciáveis" do que aqu ela que elegeu Co llor de
es
em 89. Os "debates" que já suc ede ram mo str am cla ram e
Me llo
nte que
o objetivo é não dar opo1tunidade para qu e a po pu laç
LEI DAS PATENTES:
ão tome
conhecimento de eventual posicion am en to de
al gu m deles
�ob:e ?,s graves prob!e�as nacionai s Enquanto isso, as
"ava
A CHANTAGEM
. .
. . ín im o, u m ex a g e ro, poi·s
um Jogo ostensivo de cartas cria ·
marcadas .. . '
148
1 P
TO DE LEI DA S PATENTES : ORIGEN
UTORE S. AND AME�TO NO CONGRESSO
R OJ E SE
A NA L. A RE AÇ AO DA SO CIEDADE . OS
NA CI O APOIOS
151
G ver no e o Con gresso brasilei ros, consti tuindo grave
sionarn1s
fãrmacêu ticas 110 Brasil - e
corporaço- es b·a
nsna c 1ona
. ·
1s
. na, pratica n1ente con d u z1. rarn os
da r? º em assu ntos internos do País .
-ao
0 s
1 o Ne)' Lopes, e a pres1 . ntr
i
embaixada no ·te·
ame r1ca
deputad
tra. i . d er an d o tratar-se de projeto envolvendo temas
bailios orientando
o re a tor , dên. Co nsi de
le xi d ad e , com profundas impl icações políticas,
arn Pl a
eia da sessão. com P eco
Posten o rm e� te Colégio de Líderes, controlad o
Pel os nõ rn
_
_1ca s e s oc ia is , e podendo ferir de modo irreversível a
�
� Genebaldo C orrei a pelo PMD B, nia ci on al , as lid eranças majoritirias no Congresso
sobera
�:
io om
_
partidos ma 1o n tá � ' Luís
m
Eduardo Magal h ae� pe lo PFL Roberto Freire como líde r do ta m en lo in ac re di tá vel, em benefício ostensivo de
C âm ara, Inocê n ci o de dera -l h e
O l ivei ra, s me rc an Us de um pequeno grupo de corporaçoes
inter ·1n d uz1r
esse
-
d e n te da
�
Governo, e 0 p re s1
subs ti tu tiva do Rela tor, ante c Pr oc ur u- se
s. o · na populaç
t ra
dec1dm a aprova ão da emenda n a ion ao e en tre seus
.
a s n
�
·
msatísfaça_o de d P utados de todos os partidos . R e vol tad o, 0 n an es no Co ngresso a falsa idéia de que as questões
rep res : � _ 0 restritas ao conl1ecimento e ao
deputado Marqu �zeI li do PTB de São Pau lo, da ban cada 1 cas sa , . interesse de
tecn Olog
ru ralista ' consegu1L apresentar em ple1 1ári o, com mais de cem
i
espe c i a l i t .!
. . as Pelo contrário, o dommw tecnolog1co ' . da' o com
�n·
assinaturas, u1na esiJécie de 30 1 bras il e ira , QL1 e a11 u 1ava o efe ito
.
as estruturas produtivas de sorte que as naçoes
lega d l o · ·1
pr1v 1 e'g·o .
1 de patentes de corporaço- es no1. te-a 111e r1ca . nas
do sob r
depe nd e n1 d e c i
.
d.1 dame nte desse _
instru mento de peder. Segun-
qu� do 0 g?verno dos EUA u tilizasse seus 1ns • trun1entos u n1.J a d econômico em que ele for inser1 ' do, podera'
do o mo , e 0
•
1
tera1s d e i.eta11·aça-0 econôm ica Embo ra a Comi ssão de Agric ul- nações }1egemônicas ou em
. 1.
m dependentes.
.
tran sf o r m a - l a s e
t ura e Política Rural, por exemplo, fosse por una n1m . .
con b·ária ao projeto, 11a Comissão Espec1 al apen as tr-
. dade
es d eputa.
Alem _ � f
, d is s o o .i u sada a grande imprensa para desinformar
· ao pro1e · to
dos resistiram . Vários deputados 1eoran1 coo nes ta d os apo, ç a o . T d o aquele que se colocava contrario,
a pop � la
.
s via- t do desonestamente pela imprensa como
d e L e i e ra a p r�se n a
gem ao exterior patrocinada por corporações farma
cê u ticas
1
rações fa rmacêu ti
cas norte-ameri
i
o suporte do gove can as que tem ad ong ress o foi a "ameri
rno dos EUA e d ll
logia . A versão final ment e e nv a
�
Geor e Bush, com
interesses pess
o próprio ex-Presidente
cana", permanecendo no e_n tant � or in d e s c u lp á v e l la p s o a
�
"
ª. razao por que a emb oais diretos n o setor.
Essa é Exposição de Motivos original d . CT. P o s t e r io rm e n �e ' e m
aixa d a, altos fun cioná .
n orte-am eric iu -s e,
rios de Estado
· a nos nao
rios e até Sec retá-
- med em l1m1.te
s para pres-
.
todo o seu and ame nto n o Con gresso, esse
o que é uma forma matreira ·
_
d e cooptaçao.
M in is t é r io o m it
152
153
•
iu e se or � an i z o u p ro m oven
sid ent e d a F un d açao - 0 swa ld o Cru z o de
pu
re ag
Entretanto a so ci ed ad e
re c 1 m e 11 to s e 1n u n iv
d?
e x· Pre '
tado Serg1 0 '
.
l
. 1 .
,
,
esc a
1e1�s 1 eg1s a t i vas . e n o p ró p ri o C r
e
.
es
A
a e'.s1. u c
es , d eb l
cen tenas de reuniõ o a
dades, sindicalos, as se � b on. m is estarr e cedor , porém , foi a posição enganadora d
l1caç oe � fo ra m ed ita da s p ro c u ran 0 a
. . o
te d a Soc1e d ad e Brasileira para 0 Progresso da
pt 1b . d
? iden
gresso. In úm er as
Pres
sen 11or En10 Candotti. Após confund.
pe ct os
analisar 0 real
va ri s as ne ga t iv os
o
de a
sig ni fic ad o
desse ProJe to de L ei . Con t
Pa ra ex-
a (SBP C ) , ir os
.
ª 1 � 11ci .
• .
i r de co rr en te s C·e .
a contra r1os ao proJeto de lei, aparentando defen-
JJ tares
sociedad e br as ile
?1 � ! � ã d ': c!e n tis tas , Lec11 ólo g �� parl a
men . _ 01. o i.
, 1 pela redação do te'"
,
p art ic ç o
se para isso co .
os e L ra ba l h ador
os 1 ça o, f espo
. nsave �Lo que
indusb·iais, fu nc1on ar1 os publ1cos, Lec n1c .
' essa p
·
de r
os m 1croorgan1smos, ou. seja, a vida, aprovado pe1o
vinculados às areas potencia 1me n te a L1ng 1"das p e la s grav s
. es
ate ntei a
J - ,
•
p
L 'd er � s, em sessao ca�t1ca, no gabinete do deputado
conseqüências dessa lei. Crio u -se, co1n o objetivo pre cíp uo e légi d e 1
Co o
Correi a. Com essa açao o senl1or Candotti desonr ou
combater o projeto e esclarece r a opin ião púb li ca ant Gen ebal do
a�alanche de men liras pr? m0\1idas pe la gr an de imprensa� � a f u n ç ã o
s
que.
bras1le1r
ocupava na mai � �ignificativa associação de
.
os, que traz a s1 vinculada a imagem extraor
Forum para a Defesa da Lrberdade de Uso d o Conl1 ecim e t o ciei1 tisla
que reuniu mais de trezentas instituições e e n id ad es . Pra ca- t � ,
dir1á ria d o seu princip al fundad or, Mauric io Rocha e Silva ' e a
mente a totalidade das empresas de capital n ac i o nal 1 u tou t nt o s ou tro s gr an de s cie nti sta s brasileiros.
. . . de a
con tra o proJeto d e l er, com as costumeiras poucas exceço-es
.
A favor desse Projeto de Lei encontravam-se, além de
corpo rações farn1a cêuticas estrangeiras, a associação dos agen
por meio . de suas ent1.d a des d e classe, como a Associaçã d '
0 s
Laboratórios Farmacêuticos Nacionajs (ALANAC) e a Assoc ?
- B ·
çao ras 11 e11�a I
· das n d ustr1as d � Qu 1mi ca Fin a (ABI , 1a- tes da prop rieda de indu stria l, que trabalha para as transnacio
F'INA). A nais na obte nção de privi légio s de patentes; uns poucos
·
.
,
e�se esforço Jun tou-se a Assoc1 aça o Lat ino -Am eri can a d e I
tr1as r'<'a rm aceu - t1cas, un1a vez qu e a pressão
. n d ,
us- e1npresário s nat ivo s, desviados por interesses particulares; e,
exte 1.n para a como se1n pre , a FIE SP e a Con federação Nacional da Indústria;
adoção de !�is de propriedade i11dustrial desse me
sm o �eor vem estas, luta ndo com afin co contra os interesses legítimos das
sendo exercida nos principills países bero-am .
. i er1canos. i11dústrias na cio na is. Ta mb ém , po r motivos óbvios, a associação
. � Igre1a Católica por meio da sua mai
posicionou-se fortemente contrária a esse p .
s al ta h1era ,qu1 a
�
. dos exp ort ad ore s, sub me tid a à chantagem de re}Dresálias nor
ro1 eto de Lei que te-ame ric an as co ntr a as exportações brasileiras. Foi melancóli
.
154
15 5
d a cria tividade humana.
. Confor mam tamb ,
em o gra u
e ou Os e
e de raciona1 id a de da produçã o de r·i q uez
o v o q u e m e d
-
e se u p o n a o re m ·
n
o B ra si l ce ia
se mp re contra efi1c l às formu1aço- es d e poder e de bem-estar
· �
e c a, funda-
citação... roental nacional.
se fazem sentir em
seu s efeit . e pi.omove m a d ivisao .internacio
os
,lilico . . _
prof undi da de nos campos
social e po m opçoe _ nal do traba-
2. PATENTE
ST R UME N T O S DE POLÍTICA forma
S, IN
V A D E ME R C ADO 1110 . Defi i1 � s por s de energ ia e modos de produ
A: � SE R ou acr� s�en tand o
TECNOLÓGIC emp rego
MUNDIAL. RELA ÇOES
ex c � u1n do s, valorizando ou
fa �o res lo cais ou regio
ção .
-
A MB f1:0
_
LI CA DE compa ativamente os
a
MONO PÓ lor1 z a � do :
T E S TE CN O L O GIC O S E M O D E LO de s v
e m
COM PA C O direta relaçao com a emancip ação econõmica a
o a i sJ
. 1
ao eco nô -
' . o, e
po r soberano A depend essencial como ins tru me nt o de
de nt ,
po de m lev ar a u m no vo patamar civilizatório.
tar-se ou não em paL1·1· er. de sua origem po de m fundamen- Ao te m p o e m q u e ocorria o desen v o lv im e n to in � u st ri a l-te c
· ·
is
- .
156
157
a e a d v e rsa n os P . , deste modo, poder de com etiç_
n l1a s s it u a ç ão d iv e r s perde P
a1ses
1 b ·1 ai 1z
ue
t · ad o s p re de, q
i
e · ao, de autoges-
d e s e u m e rcado .
· ' · o N o rte . da a
.
H em1s11e ' ri
1 n d e fe s
-
p e o s d o m 1n d
trop1·cais _ es a d ota 1 a m m o d e lo "
u s de
'
· an.
LãO e
elo de c resc i 111 e n lo econôm ico depende
S u l. In d u z id os li
d o .
g 1o s econ 0.
. te c n o1 og1cos a g r egad
r e
tes, Países sit u a d o s n e s s a s . 0 010d nte vem
os Cora e a l
no cas o br s i e i ro , a est ru tu raçao d e um
�
.
otes - rn 1do , .
•
p a c . · ve1
o .
inverle b ra.d o,
s d e
micos depende n te . , to res p1 o
parq ue
s apel ativo a todo tipo de fac1.l1d
_
o n d 1ç o e e 1a
fl .
s, c e s tra· n h o
Por isso b ase a d o s e m in te re ss e
1 :; r
s /
. dus
1n t.ria l , .
.
ades d o
cunsw nc!a s. 1 ora m -l h es re lirad
1
c1 r 1n na r10 , as dívidas ext m
•
pr oc es so ac 1o !� .
•
N es sa s as do
:
a suas realidades . . O e n ema,
s t
as opções d e fu n d a m e n ta r s u a evoluçao n a s própri a s ri q uezas
.
E a
ec u laç ão de se n frea da tên1 , sem dúvid a r laçao 1n1c1al
'
� .
a esp e
patrimonia is , h u m a n a s e c u lt u r a is .
São con seq
..
u
�
enc
·
Deste . 0
di fic ul da de s, po is as tecn ol ogi a d ub va s co ns ist en te s e os .
conseguem re ag ir an te as � estru.tu ra s
pr o . fin s pa
.
ra os quais deve
i111põem-JJ1es pe r1 na ne ntes res tr1- .
_
as co m an da m N es sa s co n d .
1ço es .
, d eixa de cu mprir funções para as
exógen
-
dirigi r-se..
as
e , .
n tagens co m pa ra tiva s e0 d "
qu
trans for1na a N açao e m mero mercado a · merce
va
�
d e
...
e su as pr op r1a s 1 exi ste
qua is .
us o
çoes ao
cio na do s a a or
;
_
e tere
_
de
u d o o ma1s su bor d"inado a esse insustentável
.
conseguem ajustar-se as realid ades qu e os cir cu nd a in co111 u d o t
· m vos, fican
1 a de, pois estao d omi nad os por n1últi 1 os
, ·
e raci·ona1·d
1nilll o d
� paradig ma .
-
�
os tos pela dependência tec no lóg ica. Tr
_
int ere sse s 11np
portanto, de um modelo suici da, ou seja, um mod elo ue q t:n :- e
P e
,
�
uma es utura produtiva escancarada a t odo tipo d e infl ue- n cia ?
,
3. TR AT AD O DE M ET HUEM E ABERTURA DO S
predominan temente de países J1egemônicos Isso oc orre de
.
PORTOS, CA US AS D O NOSSO AFASTAMENTO DA
·
ad
-
.
desmon te do Es tado e
o esfiace lam en to da giu-se a ex po rt ar vi nh os e az ei te de ol iv a e en tr
Nação, qu an do isso
do m ín io in gl ês . Ra pi da m en te
favorece suas estra t
égias. interno e o d e su as co lô ni as ao
pr o}D rie da de do ca pi ta l in gl ês .
A _vu Inerabilidade tec
no lóg!. ca i. m po st a pe la s
as vi nl1a s e os ol iv ai s pa ss ar am à
r ec e i tas exte r- fu nç õe s se rv is , inter
- nas cria ine
. ficiê11ci
as estrut·ura1 s p S ob ra ra m ap en as e m m ão s portuguesas
erm a 11 e nt es de co rre nt es de
no s an os qu e du rou,
inadequações de
toda ord em co1n , · m ed ia d as pe la C or te . D es te m od o, 15 0
.os fator es 1 oc a1 s co n figu ran-
co lô ni a da In gl at er ra e, ao
do crescim ento
econ o"'m ico
· '
esse tr at ad o co n ve 1t eu P or tu ga l em
de efe1tos pe rve rs
os so br e a socie-
·
158
159
s üê n cias . Esse mercado é a base de se .
. in
. gléscon soli do u-s e e au m en to u n o in ício d
o c.o o-s e so men te
� e q
'?
algu risco quando a cor � k �� º n
o, Permi
c 1, amada
poder io
bíl é al tamen te fav
s Po rtos, com tari fas e
ª
O be rtu ra do � de forças
século X0 c � m
A
a Inglaterra. I sso res u l tou d
de
es
11i men to d as eco 11om
o rav
. e l Em con trapa id
rt a e ge
� m 0 escan-
,1 •
para a
e
idas ias tn - 0
em for aça , em m b '
·1m pOrtaÇàO 1 avorec bre a 1a m 1t1 a real q u an d cara ais fracas.
0 embaixad
in gl ês so
- o " da esq u a d ra d e su
or
porta-vozes do neo1.b
gem d o , . 0 do que pro pal am os
·ar1
chanta con b
au m en tan do vertigin
b a pro te ç a Ao i era
11
so
t nos
B ra si l, a
. 111 0 0 pro lec. 1o1.n1s mo ve1n
p a ra o
n con trava no porto de Lisboa
fug a
. · ·
da su a
n1a1estade b1. ILW• ..�n ica
osamene
u
. se e 1 1s '
JJ 3 1'ses
qu e -
· •
s r1 a iza d os. J a sao evi'd en te s sinais de d
b r tu ra do s P�rtos b ras i lei ros
L
'
i , ura guerra
0 Tratado de M et hu em e a A nos
ômi ca
. 1. o livre merca do via reduçao de tarifas de importa-
.
ecOn . mpo que
ão da P r1 m e1ra R ev ol uç ao In du stri al. Já
�or d str
.
� _
tr
ex cl us
cus taram-nos a
1 n du
� � -
� n dem
da Rodada UruguaJ do GATI aumentam 0 pro te-
em l ?85,
. 1 a 1 z ç ao. u íd a po r defe
ss a in ci pi en te � o
J,
no entr
evi dente 1n sp 1r aç ao in g lesa , qu e ça-0 d :
M ar ia de se�s mercados por outras vias. Com isso tomam
cioi1isrn o de_
decreto de D on a
l1e i �
de bem o rd 11ar q� e todas as fáb ri cas, �� �
s aque� e� m e rc o que não conseguem prote
mais vuln erave 1
dizia: "E u, a Ra inl 1a ,
ci dos se1am extintos e ab o l i dos em
ge
s ou tea re s de te salvo _ com r�s.tr1ço es tanfar1as. Nos ú\ti�os 20 an os, as
manufatura
qualquer parle onde se acharem
r- s e .
nos meus domínios do Brasi l . " s nao-tar1fa r1as passaram na ex-Comunidad e Econômi
bar reira
s 15% para 43% das importações; na Alemanha
Cerca de três n1il teares foram destruído para po mpa e ca Eur opéia d e
garbo de sua majestade britânica e ben efíc de seu s me rca do
io
de 1696 para 44% e, n a I tália, de 13% para 49%. Ademais , existe �
res e da tão decantada efi ciê 11 ci a da indústria têxtil ingl esa. Era
a importações como, por exempl(i), nas
as restriç ões tradicionais
a Food and Drug Administratio n,
o desastre da modernidade, agora repetido c o m o farsa ... áreas d a saúde e alimentos,
Em co 11 trapartida, já em fins do século XV, as leis mercan 110s EU A, e ou tro s ins tru me nt os legais.
tilistas da Inglaterra prescreviam a proibição de quase tudo qwe Começa-se a discutir, no âmbito do GATI, novas medidas
não fosse produzido em território inglês. Elizabeth I determ i dessa nature za 11as áreas ambiental e trabalhi sta, que irão
nava que o trabalho nacional deveria ser sustentado energica juntar-se às tradic ionais do setor tecnológico, como normas
mente. As importações i n devidas eram castigad as com a técnicas, legisla ção metrol ógica e, especialmente, patentes.
expropriação dos bens dos respo nsáv eis e os te c idos so m en te Estas const itL1 e m instru mento privilegiado para impor duras
�
pod riam ser exportados depois de tingidos e acab ado s. Nen hu restrições ao comé rcio graças à reserva de mercado mundial
� que conc edem ao deten tor do privilégio. Medidas de retaliação,
como a famo sa 301, são aplic adas unilateralmente pel o governo
ma 1mp or ação poderia ser feita sem qu e ho uve sse u1n a expor
taça_ o equivalente.
N ssas ci rcun s 1 ci as tantas foram as restrições
�� ,
dos EUA a outro s paíse s. No caso brasileiro, as restrições
: im postas
_
,as colon1as d �� er1c � ?º
No rte qu e as levaram à revolta e,
aplic adas ao simil ar nacio nal na fase de substituição de impor
. tações eram , entr etan to, usad as prioritariamente para proteger
a i n dependên c ia Foi en tã o a vez de
como conseque -
nc1a,
Alexander l-l am il ton lançar as
.
setores com anda dos por subs idiárias de corporações estrangei
bases do pro ·tec1. on 1sm o que
.
tor .u poss1vel o desenvolvim
��
.
, ras. Fiz emo s isso e m gra nde parte para atrair para dentro do
ento do s Estados U n id os da
País cor por açõ es tra nsn aci ona is que impuseram como condi
le i em 1 78 9 · e m 18 2 0 veio
A m ei ica, transformadas em .
'o ção rest riçõ es à i mportação d e produtos similares. A úni �
comprom isso de M is . so u ri, o Factory System d e 18
·
.
cado norte·an1er1 cano er-
para seus ro pr 1os pro d utores Depo
, ·
160
16 1
. eles de potên cias h ege m ón i cas. , con10 afir mo .te , a tran sfor m aç ão desse projeto em Lei somente seria .
poss1vel
nrus fren t� aqu .
. · . u daquele
Para
,
d a Republ1ca a enviar ao
"I ei da inf das l ev _ Congre sso tal
para 0 8ras1.1.
N � caso da n a o representa qualquer benefício
agressoes externas,
amea ça s de retal iaçõe s sobre nossos pri p1 ·oJ· eL o , q u e
n. .
d
co rr espon de a um re�ocesso co
ex
1t ra 10 , m relação à
,
�
·
pais·
·
·
s, apos a
,
chamam de 1vre veri fica e111 inc rível proposta a qu e se deu a intrigante denomi-
.
. os neolibe rais mercad o, livre
ti
Nac1ona .
1s. A isso'
·
n
i11 e" e qu e basi camente consiste em permitir
concor..1enc1a. .. a
- cLirioso qL1e todos os pa1ses qL1e vera1n suce sso ''p ip el
,
E aç o de
con cessã o de patentes no pais
ã
. , para invenções patent
. . . . .
msaram 111edldas protecionistas _
seme l hantes e a1n d a 111a1s duras
em geral por outros n1eios q u 11ao, a leg1 slaçao expl1c1ta, e nunca
. . ,
eadas no
� exte rior o u em aná lise , já esgolado o prazo-limite de solicitação
_ ,
houve queLxas, pois obedeoam a ordem 11atural das coisas, 110 País.
somente aplicável a eles, é claro... De sde a Co nve nçã o de Paris de 1883, a concessão do
Sobre essas e outras questões dizia o saudoso Senador privilé gio de pate ntes restringia-se exclusivamente a invenções
d
Severo Gomes: "Em nome a modernidade do Visconde de novas, con dici ona das à obrigatoriedade de produzir o objeto
Cairu, estamos demolindo o pa rq ue industrial brasileiro, cons da patente em terr itóri o do Estado concedente. Assim, a tenta
truído em mais de meio século de sacrifício de um povo
tiva de esten der o privil égio das patentes a importações retira
n umeroso. É um processo tão violento e incoerente que não
do Estado a princip al razão para a concessão do privilégio.
pode ser apenas fil}10 da eventual ignor ância dos que to ma m
Adema is, admit ir patentes para seres vivos é um atentado ao
decisões. Ele está no centro do mai or con flito de interesses de
princípio de que o privilégio seja concedido exclusivamente a
que tem noticia a l1islória.
invencões.
"
N� c�o n a l, por 1n 1c1a li. e o ongresso mais atingidos, como Índia e Brasil, o organismo específi�o das
va do Executivo e e m s u b s ti tu iç a atu
Codi�o de Propriedade ã o o al Naçõe s Unid as para a mat éria , a Organização Mundial da
In d u s tr ia l, projeto d e L e i d a s Patentes, Proprieda de Intel ectu al (OMP I), de tradicional e adequado
que e Lima afronla a esse
· c1 p1 0 co n st it u ci o n al . E v1.d
desemp enho no setor, foi simplesmente ignora � . � CA'f! . sem
·
pi. 1n , ·
. .
en te m en-
as caracter ísticas d e orga nism o internacional, pois e um simples
162
163
�
suas a b' i b uições, substi tu u e
1 9 9 0 , ·'o equivalente e m valores
erne nt. ex rtrapo J ando i 198?, :
atu
N��:
.
:�
· t·ui·ção sen1 qu
P nos
Gen eral Agre sido ouvida ou dissolvi
.
Lã o co m pl ex 8 7
t i·a nsfer
u
qu estões cred º Bras LI
1
Deste modo , es q u e vao muit o além i par a ore s exte rno s
ares. O
g·ia, com impli caçõ . 90 bilhões de do· t
u
tecn o o -
o da Fazen-
· a de 1nlernac1ona , serao ago1 Fer n a n d o H e n r 1 q e C ard oso , como Min istr
claqu e1
renct
Se11l1o r
·
-
·
no cio
·
comér ra
rll JJ ro 1n e leu-se a 1 eme ter entre 994 e 200 0
esse ,
d
as inter
�0
do
n
na n1 as JJressoe s dos qu e
a assom b o a
d om
.
1
_
c
1
;� �� que pre o
trata das e ó niu1 1dia is . Essas m uda nça ª 'an ti a d e 1 4 1 , 3 b i ll1õ es de d ólares. Coiisidera
� g n s neg cios s, da ndo em aid�1ça �
qu
o
controlam s u z i das , con fig ura m cla ra me nte re laçoe s e troc
o
,
nas a com exportaçõ
aS P erdas ,
nd - d .
a 1. . 1
�m sen do c . es d energia
maneira como ve . .
Tuc ui u1 , vi a a u m 1n a e alumínio, a preços
e
elé tr ica d e
e p ir a ta r ia in le r 11 a c 1o n
ed _ muito
ato de chantagem _ cu stos d e pr od uç ao � transporte, de miné
en Lr et an t� , p �r ? essas a � s, co1n o j á foi
�� . aba ixo do s . rio de ferro
O caminho, . pa ra ga ran tir um SU\)erávit
do pe 1 a 1 1 1 esp o11 s ab1 ltd ele . ' e Lu do o. 111a 1s suficiente para
pagar 0 se rv i ç o
. ado · foi fac il1la ade
anter1o rrnen te mosu· �
d a d 1,� 1. da ex er�a, chegamos a perdas interna-
qu e se compro1neteu a ap rovar 0
tad ora s, 1 m p oss 1v e1s de serem mantidas
uo r de M e l l o'
do sen hor Co
C o ere nc1 a EC 0- 9 2, q u a 11 do seria cio nai s ass us sem muita
.
es nf
· d.1ve rs1'da de . Es te d e fi1ne regras
ant
_
pi oJet0 de lei da .
m isér i a J)ara o
povo bras 1 l e 1ro e crescentes dificuldades eeonô-
.
,
_
�� �
_
í es. o fracasso do senhor Co llo r ne ss� ob} e ? vo levo � 0 pe l a Câm ara, ess as re m essas aum entarão substancialmente ...
presidente George Busl1 ao vexan1e de se i o un 1co �s �d 1 sta A eslratégi a das 11 ações hegernônicas, via GAIT, tem sua
c on seq ü ê n ci a direta no Brasil 110 Projeto de Lei PLC nº 115/93.
reun ião a vota r c on t r o Tra ta� o . Cas o o Bra sil tives se
naquela �
aprovado anteriormente o pro1elo d e Lei das Pate ntes , na forma Ela objetiva, enb·e muito s outro s aspectos, sempre na direção
como queria o senl1or B usl1, o se rvil Collo r te ria evita do 0 de ace n tua r os privil égios , a concessão de patentes nos setores
vexame ao governante no rte a me ricano . -
químico-fa rmacê utico, alimen tar, metalúrgico e seres vivos
O in teresse econômico i me d ia to dessa lei foi explicitado ( m i c roorga nismos ) estes pela via da engenharia genética. Ne
,
pela Comissão de Comércio I n te rn aci on a l do governo america n h u m desses setores seria patenteável pelo atu al Código de
no, que considerot1 satisfatórios os resultados da referida Propriedade Industrial. Essas novas concessões permitem que
Rodada Uruguai, na qual foram enrijecidos os privilégios de um pequeno grupo de Corporações TransnacioFlais vinculadas
propriedade industrial, especialmente nas áreas de biotecnolo ao Pri1neiro Mundo, especialmente aos EUA, passem a contro
gia, produtos farmacêuticos e insumos agrícolas . Conforme a la r a saúde, a agricultura, os insumos agrí col as, entre outros,
referida Co1nissão, as Corporações Tra nsn acio nais de origem dos países do Sul.
norte-americanas pro move rã o por esses nov os crit ério s do
GAIT um au mento de transferência de recursos do Terceiro
Com essa estratégia, os serviços de saúde serão so1apados,
/\1undo para o Norte in d ustri ali zad o, avaliado na ast1·on
barreiras serão interpostas ao uso dos genéricos e a elevação
ôm ica dos preços restring irá ainda mais o acesso aos medicamentos,
qi1ant;a anual de 61 bilhões de dólare
s. Es se é o fu lcr o da ação enqua11to au111 e nta o lucro das corporações do set0r. Além
d o GAIT.
disso, 110 mes1110 espírito da Rodada Uruguai, acordos do tipo
Esse montante irá ul trapassar em .m ui to o en or m flu de NAFTA obje tivam " liber aliza r" os serviços, o que permitirá aos
. e xo
c��i ta l repassado do S ul
para o Norte a título d e serviço da bancos sup ra11 acio nais desa loja r os nacionais e assim eliminar
di vid a exter11 a. S egund
. o Susan Jo rd an , d o In st it u to Transna- qua lq uer pos sibi lida de d e plan ejamento econômico e de desen
e
c1011al
-
.
de Amsterdã, as trans1e ren . s oc as ion
c1a volv imen to nac iona l. Essas são aval iações do professor Noam
' id ad as po r essa .
164
165
nte corresp onde à conces são
at e Pelo s agríco la s - açúcar, soja, suco
0 privi légi
da
pi.o d u to de laran1a
pa de niercado, por deter mina do prazo .
o
. . . etc
res erv . co se q u e n c 1a d o 111o n o p o 1 que '
de um a . orige m me d 1eva I . ent-ao ap1·1cad a n 10 ·
de coro
�
Estado
.
a
d
,
-
O
. ri.
sc o d e pe
as sementes
o rd
-
m
,
'
c
i . P_ � �� d et ê m es se m o n o p o 10 . D e maneira
seja, a �ate nte lem sido Po semelhante as .
para os grupo
to
qu e
r
mercado res t
e ano s . Ou
s
r . po rt u g u es es passai. am pa v1nhas
.
d
.
resu
um .
�
a
p re le n so s d el en lores dos mo11opólios
·
. a·fiq ue1n a
sa
JUS 1 10
· qu e dá
.
d e mo 11o po
-
qua n
, 1·1os de Es tado, ,
mono po etn
I1 01n ens so mente admit e
repeli do , pe la via d a subjugação. Trata-se de processo de
area
comun1.
s
estratégicas e visand o o ben1
co nq ui sta e de res pe ita bil ida de . Ninguém respeita o tolo ou 0
. covarde . En b·e tan to , a estratégia dos dirigentes brasileiros
querem impor ao Estado
ln te1·esses estra11!1os ao Pais
bras1·1er·ro patentes /1oje ilegais. Devzdo as precar1as c1rcu
.
ftin da me nta-se e m con ces sõe s sem fim, sem nada em troca (ou
. ,
.
,
ns-
.
com trocas par ticu lar es, geralmente ocultas e subalternas) para
Pats e d as emp resas
,
só resp eita out ro forte e des pre za o fraco. Será que os tecno
estrangeiras, em áreas vitais aos c1dadaos, como al1mentos e
cratas e os dipl oma tas desc onh ecem esse principio elementar
1nedicamentos, sem que essas correspondam n ecessariamen
te a uma invenção - como é o caso do patenteamento de
microorganismos; sem e11volver produção local - como é o da relacão entre Estados?
Cede r n a Lei das Pate ntes para agradar os norte-america-
•
166
16�
be ran i a d o pa íse s, alé m de envo
�
so lver ques s .
para c o n q u is ta r um l uga na -la s a um p l
. Su bo rdi foro ti o Genera
na
graves
toe eticas
0
1 0 de Seguran ça da . Agreement' em
in h o
n .
c a m
s
m el h o r r ,
permanen te , .
·
int
qu -
a
isla mer
r si l reú11e tod as
qu
de e uma fonte
con
,
. que se o
ea
d e c o n fl it o s .
n1 Jugai B do
e n te
Este é u.
n
... O
perm
a cl1i na
ocupar essa eslralégica pos i r-....
diga as .
v r :i .. o . .
Que
'
ional. a
º
n '
J , m al
inte rnac
s d1 pl o as
co11d1çoe para' 110 fuluro do m u n d o. Su a I n gên uo s ·
. - a o
·
sei bras1le1ros elogiam a Ro
uina vit ori a d a mu 1ti. 1 ateralidade Preferem
d ada U rugua1.
_ o ao seu P��nsellio
0 e imp ort â nci a
somente irá dar- l l1 e cr ed ib il id ade no Orno
e
f
.
,
devid
do Es tado brasi l e i ro cnL re- b a l m e n le, em oro no qual a presença dos mais f
negociar
lo . ortes e
·
prese � ça nesse
As i:,
(aze- - 1o com ca . da pais isoladamente ou
rf
·dad eir a di m e a
s
va,
osL ura
a ve i nsi
p
su 1
·
d a osLe
ões
.
l
· ª
,
de
·
em
es
a qu
país .
do mu ito ·
. .
es
,
tem
_
ta11to,
1nl ern aci on a 1 cri a um grande desequ il íbrio de int
de naç-oes no
.
cio
futuro.
mé r
papel
co .
histórica e do seu .
.
qual qu er ne go � c1 as potências usam mecanism
D O G A T T : INTERVENÇÃO
5 A RODADA uni late ral sobre o comércio externo dos
os
de retali açã o
URUGUAI
RANIA N A C IO N A L . � A P T
A REN E , .
demais
NA SOBE
. A Ç AO D O S pa1ses
QU EZA BR ASILEIR A
A inte rven iên cia do forte em áreas de grandes i nteresses e
FRA
OC RA TAS E DIP LO M AT AS : CA PI TULA ÇA O . "A
_
TECN
EM de amp las poss ibili dad es d e pressão, como é o mercado inter
COERÇÃO LIBERALIZANTE E A VORAG
nacional, em que os países do Terceiro Mundo não di spõem de
PROTECIONISTA. " ERA REAGAN/THATCHER. O
iiistrumentos d e defesa, é o dia-a-dia do GATI. Nessas condi
RELATÓRIO BRANDT E A REUNIA O DE VAIL . AS
-
DECLARA ÇÕES DE NOVA DELlll, PUNTA DEL ESTE ções, fica fácil criar meios de i ntervenção na soberania de países
E SAN CARLOS DE B ARILOCHE n1ai s fracos. Estes terminam apoiando os mais fortes, a troco
de migalhas. Os que resistem são derrotados e têm de se
As li n l1 as mestras do Projeto de Lei das Patentes são as
-
contentar com o que sobra das migall1as. Somente quando os
mesmas da recém-concluída Rodada Uruguai do GATT, cujos fracos se reúnem e m foro próprio conseguem resistir às pres
resultados são muito discutíveis, contestados por amplos seto sões. Sonhar c o m mais, especialmente neste mundo aético em
res da comunidade n1undial, após sete longo s anos d e desaoorr que vivemos, e m que a dominação está instalada dentro de casa,
•
d 1ca do pa ra qu es to es tã o am pl as e das . Vi\1em o s fase hist óric a com séri os conflitos regionais em
-
·
es L1·ª leg
' ico
. s do m er ca do i11 te rn o, be m coFlilO im e ns o po te nc ial d e riq ue za natural brasileira é crucial. Nessas
'
'
168 ,.
169
a- x
s po ss ibi lid ad e s de ba rg
r io r" no Bra sil. Alguns desses diplomata
. no ssa
ge nt e a. él l i· ura d a N aç à o-con
. 1 au me nLa r
qu e i x a -
-
cond1 çoes , deve r1an
u111 a .
"do E te
m ; '
hOJe
. �P sen-
l1o ra se n 1i o re s d 1 p l o m a l.(l
d iri
La
,
cla ss e
d
s s e
1
d a te nd ên cia mercantilisl .
p
emo s . a �
n u
s
1n am o M i n istér 0 N
1
m
nl1a, se . uves , d o · e 1nserc1on1sta"
os
11a ,
esta rá 10 ·
Je om
os e.
qu e d
s o o s. Não s' r . 1 . a melhor
tinente que as reali dade s? Sucessi va _ . das
1i 1 póte. s
beça e fazer valer noss
de 1 �v
·
a o d e1 n
I
s ão cabem no'ci . os a1 s n1 . teresses em
açoe
m
c�p1�l neo -
. c; a s
JO f 1 e1ro. s e nao os de mercadores
Se es sa fasse a s i t uaçã o
se us o s
. p
senhor es e s e
m
tanc1as. Ou o tfO , que nenhum
m , - . corn pr o
o tom ar?
1vc 1 co111 a co111pe ·t c 1 1 c1 a t rad i
i nli ss lern com o ai s.
�
ou q. u e ca , o 1
co1no procede r
ela certamen le
0
Não é p o r ac as o qu e os
na- ser ia coi npa l di pl omatas tiveram pa
ilO m raL i e JJOsla a se rvi ço d
Jmen 1e I·econJ1e
pel predom1-
·
.
. F
C o or. 01 constrangedor ver estampa
a .
·
cid a I La o li
na era
d o. p a i s Jorn a 1s d o mun d o a eufo r1ca celebração
. . .
a
e
v1ltpe11d1
c1ona 11 a nl . . . . d a nos
,
hoje tão
. i
.
Estado-Nação ,
, 11ã o é �
descon hc c1 0 QL te ti e rain � pr n
s
c i
11 ba i
�? d o r . e m �ond;,�s a:olheu em companhi
com
���
Esco l s q ue Je
te cn oc ra La s o e 1
Quanto aos os
1 1 te nc e m . in lr i
n a
or ie nL ad as pe la s � � n ex p oe n l e � d o a mb1e ntal 1smo 1ngles a �emarcação
da "nação"
1c?s f_a rma n d o eq ui
suas cabeças
as a pa ís es l1 e ge n1o n ,
pes ian o m a111 1 . M.e �
mo ago ra, e ntre anto, a exceções. Todos espe
� �
secanienle ligad
l�
bel ec id as fora do P ai s: S ao os P l1D s . ua
Q n q ue o M 1 n1s t r o Ce lso Am or1 1n reaJa. a _
l1erança que recebeu
com lideraiiças es rain
no Co ns elh o De lib era tiv o da CA PE S, ti\1en1os op or tu nid ade e lide re mov ime
nto de resgate do Itamarati para a causa
do
vir vár ios co 11s elh eir os lúc ido s e ex pe rie nt es l evan tarem n ac i on a l. Expectativa que seu passado autoriza.
os
de ou
d . P re?c u �a ç õe s com
preocupações com de s ti no s o Paí s 0 No 1nom ento em q u e há uma desordem internacional e as
perigo que representa o fl ux o de n_os �os ma is bril han tes estu metró poles colon iais quere m 1nanter a todo custo suas hege
u
dan tes - finan ciado com rec rsos publ1 cos - para certas escol as monias, quer pela formação d e novos blocos, quer pela domi
de pensan1ento econômico no exterior, de orient ação defini da na ção econôn1ica implacável sobre os mais fracos, uma nação
para seus próprios interesses. Uma das mais conhecidas é a de continental como o Brasil n ão pode deixar de ter na estrutura
Cl1icago, que tem Milton Fried m a n con10 figura em b l e mática. de seu Estado poderosa entidade que represente e defenda
O saudo so Senador Severo Gomes fazia sobre ela a seguinte nossos interesses e nos i lu mi n e quanto aos caminhos a seguir,
avaliação: "Entre as Escolas de Ch i cago , a que menos matou desde que mantenha sagrados compromissos de lealdade com
ainda foi a de AJ Capone". a Nação. U m g rande número de países espera!Il isso �o Brasil,
Qua nto aos diplomatas, nota-se que , per man ece ndo em 11ão só e1n nosso continente mas tarnE>ém na Africa, Asia e, em
g�ral muito� a nos no e.>.terior, sempre son han do ocu par pos pa rti c u lar , no mundo árabe. O nosso comportamento oficial,
. i
çoes nas capitais das gra r1des 1netrópoles e vivendo em co n
dições porém, os tem frustrado. Mesmo no Primeiro Mundo, muitos
de extre a reg� i� , termi na m inevitav elm en te es
� qu ec endo-se ficam perple xos co111 a postur a submissa e servil do Brasil,
de que sao bras 1le1 ros e , com o tais, de\1em se
rvir ao Estado do quan do esper avam pelo meno s a defesa dos próprios interesses.
q ua l são fu n cio ná ri os Desde o Im pé rio A c a p i tulação bras ileira na política externa é injustificada,
ina c red i táve l e incompatível com nossa tradição.
tiv em os gr an de s di pl ©
matas, homens com visão nacional qu e foram
.
no ss os represen-
ta n t e s em pa 1s es es tr an g
,
.�n�e pret ei ro s, c o n s c i e n t e s d e q u e A po siç ão br asi lei ra foi r azo áve l no início da Rodada
·
ava1n nossa realidade à U r ug L1 a i , dep ois degr ingo lou d e man eira lastimável. A p�ssa
: lu z d e n o ss o s m a is Ie g ít im © s
pe 1 0 B a ra- o d o R 10
1nte1 esses A com eça r
' B ra nc o qu e resolveu gem pe lo Mi nis tér io da s Relações Exteriores de Olavo Setubal '
� ·
de m d0 magi � tra l as n ossa
.
s principais q u e st õ e s d e frontei ras, Abre L1 odr é Fra nci sco Rez ek Celso Lafer e Fernan do Hen ri-
.
�1 em e Joa�urm N a b u c o O li v
, -
Lanlos ou l 1os. E ssa lrad1ção pr ec is a ser do pr oc e ss o. Ne m me sm o o lam entável go\1ern o Collor, em�ora,
'
de 0 I la m a ra l 1� con
resgatad a sob pen a
.
170
171
Ler iam enl rad o en1 processo falim entar
mo d1 1 . fic an do su a tra dj cio na l d i retriz p oütic
a· rne n , te ' caso fosse .
e r. to d o M 1. n 1· sté r i o d
rn ent se tral and o de naçõe s. isso
prog res� 1va pe 1 o fa el em
·
er av a -se qu e, as o ss1v .
0 am b re nle 110 Ql tal essa n1udança veio 0corre
, s� . _ p
Na reali dade � s nipor com as Foi ças A1 madas o esteio
R elações Extei: 01 l
o-Naç ao,
� �� l a r a t i resistisse ao d.esm ont e do. Estad
o R o d ada Urug uai . d o GA �
_ �
TI r íl e e essa realidade -
n do - e a
está descrito
•
x
do Estad
.1 ·end o e n t re t a nt o, prec isam ente o i nverso l �
en e te �e d e m es t1 a ? e Carmen
eiro. Ven1 ��º' '
'
na e c e Sariano Pu ig, defen-
99 1 sob o títu\ o
brasil B . em l
i tand. o. . Ui1 1 ver s1 d a d e d e ras 1 l 1a,
p
frent e fa c il 1 na
d .da '
J
vai. na
. _ g10 bª 1 d
. · Coerçao _
.
.
.
.
ru i'bera l1za .
do s pr op ug na do res da do u. n te, \li o1 age rr1 ot .
z or1
ec1on1sta: o carater
•
es b·a Lég ia
. beral , os 1·nteresses hegen1,on1cos na R od ad a u ru gua i
a
•
C1clo de Negoc1açoe
p
ita v o
••i n c1 p1os V
b·ina neoli do O Multilatera1s .
s nos p1 .
a 1·u gu a1 . 1z L11g: '
GATT tizado ad
• •
.
GA'f1'-Rod
.
do são sinte
1 aberIu1 a -
rcado dos pa1 ses po r meio da
,
. 111e
ao Lem po em qu e c rescem
máx inia do
. "A id éi a d e u1na n o va ro da da de negociações (a última fora
reduçao de - - ' Las ) ao co m
Ro un d 1 9 73- 79) ga11hara força a partir de
de 1mp ort aça o,
a Tokyo
tar ifas
_
1982
a 0 Larifárias �
-
- ( qu e sao mu i
,
outran ce.
na l de pat e nt es , qu e res erv a seu s me rca do s em r egime
cio Cur iosame nle , a fase que se pretendia final neste exercício
de monopólio, por vinte anos, JJara seto res ess enc ia is à 11ego ciador (sauda do pela impren sa i11ternaciona\ como the
terceira revolução industrial;
111ost comp lex and ambitious programme of negotiations ever
3 _ extensão do privilégio de patentes para não-inve nções. u11dertaken by GATT) iria coincidir com o último conflito
Por mais de u n1 século o sistema existiu e perdurou (armado) 110 Golfo Pérsico . Esta irônica coincidência abre uma
permitindo a concessão de pate11tes exclusiva1nente a in digressão no se11 tido d e observar que as argumentações predo
venções novas; minantemente jurídicas com que se tem procurado legitimar a
4 - controle monopólico mundial por pequeno grupo de atuação dos principais países da OECD no conflito, liderados
corporações tra11snacio11ais sobre amplo s setore s da agri pelos EUA, mentor oficial d a Rodada, 11ão conseguem ocultar
cultura, insumos farmacêuticos e medi came ntos, além de totalmente as motivações d e uma política de poder da qual a
tudo o que resullar da biote cnolo gia; estratégia e nergética é u m a das manifestações . Não seria esta
5 - tra11sferê11cia, 11a prática, de riquíssimo pat1·imônio gené política de poder precisamente o reverso da medalha 'liberal'?
tico de nações con1 vastas regiões tropicais e su btropicail5 Em outras palavras: não será o espírito desta política também
para um pequeno número de Corporações Tr an sn ac o nutriente da coerção liberalizante que se procura exercer urbi
ion ais ;
6 aun1e11/o em 61 bil/1ões de dólares an uais da et orbi?"
s transferên
-
cias lfqi1i�as de recursos fi11 an ceir De fato, a afirm ação d e Arthu r Schlesinger, ex-Ministro de
os dos pa íses pobres
para os ricos.
Energia dos EUA, n a Conferência Mundial de Energia de 1991,
"que m dom inar o Orie nte Méd io terá resolvido o problema
Essa estralégia dos país energético n1undial11, suscita legítimas apreensões quanto ao
m dan ça q u e se estabe
es ri co s re su lt o u d e profunda
� leceu a partir d e 19 8 2 , q u a
n d o a lg u n s
fulur o das regiões tropica is, especialmente as do trópico úmi 01 �
. '.
pa1ses do Tercei ro Mu , . as Ltnic as que, p o r meio d a biom assa, podem dar soluçoes
res1s L 11
n d o, en tre e 1 es o M ex 1c o e o B ra si l não '
am a carga cl e seL1s .
,
serviços ela cl 1v id a e x te rn e p ra ti ,
alter nativa s perm anent es aos deriva dos do petróle o.
a ca-
172
17 3
os ra i. n te s a a ti v id a d e d e diplomacia parlame .
ea to
n
uram .
. . . "Pro c 1 . mo as
com por neste trabalho, . nta r em
ain d a �u ig em 5 3 5
. e a d e s
Diz
d r 10 e n v o l
a de como, cl1egado s os an
d o v 1m e ntista, acabaria
resen11
' l
,
s
u111 a e
1 pro
rn
os
. icas,
reduZin . do
bás
.
1�s
hn . 1,,
" d o
suas
o ia g o N
volvirnenlo vo 1 tad o JJara o Sul ser
o rt
e� p _
c
e
o m e- S ul11 ou ainda
desen r s s ões . uma s1mp
d
80, a reto r1ca
.
- o de i ncômodas
. ·l es
a
cen
- c1as
ia a c o 11 d iç a
d o cen tro d o po de r m . ç No i-te-Su
,
gu ag e m ela
.
lin 0
� da ''r An
r e
e an ida
m
un
. in is
defi nitivament . , . ,, fr
d e ex or ci za r
Norte/S ul. naquele momento , configu.
tava ular o debate ·
que
Lr
� 1.�
a
ão
.
1
se e
aç re duz1r os
dial. Estan do
"
finance iro P 1 1
� �· ,��0ª�: Norte, artífi c e que fora d a reciclagem do
s a 1• ª, · m
r
es
io é
fin a n ce iro s - n o in arco de orga111sm
fa ci l1n en te co n tr ol ado pelas principais
os CUJO proces
so
no va s palavr as de ordem espell1ariam esla si tua. o
p b.0d?, 1 res
de c1s . potências
p a ss o u a se r ev1 dentemente uma forma
� �nte foi 0 "ajuste'' , ao qual se .proc urou associ a r a eco n o m ic a s
m
de eludir
�
çao. In1c:_1al
� .
t co pre sen te nos temas i· ga
0 [o
_
r 1 de auste ridad e . Post er1or 1nen te o proj eto l SLtb stra to � o l'ti �
con� taçao m� �
r e � os ao desen-
. on .
ar to do se u spec ro id eo l óg ic o : " liv re comér- l V 1 de so ci ed a de s na ci ai s. Esta tendenc1a redu
ia ,, " fi vo en
neohbe ral esp1
e · m to
· · ·
ª1 t cionis-
i ti \1 1 dad e , e 1c1e nc1a glo-
.
,, gul am enl açã o''. ta Lern
est ad o
•
1gu a l �
me n t p�ese n te no 1nter1 r das . ,
c. o "de sre " com pet . �. proprias
· � ·
,
J 1 ,, ' etc., u ma série de conc eitos um ta11 lo neb ulos o s, erigi dos 1 e nac ion ais per 1fer1cas. A mesma log1ca preside as
ba soc
, . .
. dad e s
. -0 de artigos de fe, que te1n pau t ad o nu1ne rosas Negociaçõe s Comerc1a1s
. M ult1l atera1s.
a. con diça .
"
_
�
.
adn1m·1sb·ações nacioi1aJs ao sul do
E qua d 01 . Essas ad m1rus tra-
Após leva ntar u m a séri e de marcos de referência que
_ so, pe 1 a 1. d 1
.
-
çoes vêm sendo iníluen ciadas . mas
�
·
nao
i
eo og1a,
, . . p .e arara m o clima para a "Era Reagan/Thatcher" , ainda viva
também pelas diretriz es prograrnat1cas e oper�c1011a1 s dos
.
. acrescen :
ta
para 0 Terceiro Mu11do devedo r, únicas fontes d e créditos
"Co11v ém le1nbrar que a procura, a partir dos anos 70, de
externos. Eles são no n1omento instru1nentos i1n porta11tes para
l1111a nova orde1n, ou seja, o r econheci mento das limitações da
a "ação concertada do Norte em relação ao Sul" e sua atuação
ordem vigente, tem sido comum naturalmente com perspec
deverá ser reforçada e complementada pelo "novo " GATI que
-
ializadas das N · .
-
Co111 m ission on In ternational Development lssues under the
174
175
·
. �f �1l t Brand� parlicu l ar
Esse do cumento ap re a li d a d e , as propostas do Relaló
1
198 0). e s . N a rio nesse
y0 um divisor de águas entre a retóri ca �e.,
are st . -
·m
d e
Chairrn ansh rp
Pw�, �c
ado", a p rese n tan d o-se :
01·0 c1·d e c
m om a g u m a s d
e
a s
tã
p o s 1c o
• es mais du
ras defen dt'd
ilo
as no
como afir�a b
C D e q u e s o
� O n o
-
arn
"merc da E c erne, como
a do . esclarece Puig
. h/ened self-inte rest ao defender o desenv
mento corn
1l!J
env lv
o1_
o . Rod ada Uru guai, por exemplo:
en d o 'd
·'des � ea r-io da '
.11
A c o rdos 1 /ergove r n a m e n tats que n a prática
manJJ.,estaçao do
,
, .
viriam
ne s t.a
.
rn
tra n sfo 1a r �co n ifos ?ofen ci�is exis tentes
en tre corpo
raçõ es tr a n s n a c Lo n a Ls e 7Jaises a n fi triões, ditos
tima ame�� ª P c
d �
es istóiic as do Norte e do SL1l no subdesenv
. 1 olv'I. em
im en to, em
d a
dese nvo lv co11flitos ent re go ve rn
responsab1h
l'd as pa.ra os d 01s ad os e n
me�t0 deste u,10. tre as os;
mo e propõe me d
- '
.
_
·s recomendações d o R eI ator10
eVI rmam ci a M un d ial d e Energia, por exemplo, para resolver
rand L não for m
ais
:
naoon
' · B
co n lrov érsi as en tre Corporações e países do Terceiro
· 1 o q ue
.
fi
ue as .
pr1n c 1pai . a
q ci al , prec1samen t e naqu1
absotv1'das P elo mundo o tinham
. M un do ;
c0 11 su \ tas inte rna cion ais sobre políticas nacionais que
u v um esforço de enten di mento e coope
de mai s pos ·
1 i-n,0 para raça-0
ena·e os dois mundos.
_
contraçao e c o n ô m ic
o s p a ís e s ricos pela
d o publ'1camente: As dec1 so es
a n as políticas in te
d e es e r�r q u e e r n a s . A s s im , não seria .
? n c o n tr a s s e ressonâ Thatche r já l1avia se pronuncia
ncia u m esforço keynesiam,o
m
� cl � reçao a o S u l. Q uan to dessa reunião, d e fato, pre nunc1am · t�d ª um a série de me d'1das
_ ame nte imp lantadas no s d iversos
a o papel d a s C o r p o r a
1dent1fica con1 ela ç õ e s Vaitsos '
que vêm sen do pro gre ssiv
reza que a rela - , .
dependentes çao d e la s c o m o s paises ,
1gu a 1 mente a
somente tenderia países ibero-americanos. Sua estrategia · segu e
a a m p li a r a v u ln e r a b i lidade . M undo com o
inte nção d e con side rar os países do Terceiro
176
177
No �e . A perspe��va, con no qua l a �al:nle passa a ter a
. -
Relaton o B . ro S ão eles os principais países do T rce
do cO. c
lél1
talis m tu uli notaçao de
fronteiras do capi
?
ran d �
do e . acê
ó li
�
P :
ana con tida n o
o , c o m o é o c a so d o Can adá seriam
ro Mundo e
•
o
s
nes1 _ 1
nest e caso P m e ir
key
ri
.
não
relaç ão o i on P o
somen
oposta à recu sos, também ,
os casos da 1 ta\ia, S uíça ou J apa
r
h
•
_o
inoso de . 111
ner g ti cos e 0 el s.
do
atra
volu
rn
. a a s
nuxo 11s
d
consagra . te L1
or de
. alg
.
,
as-pr1 �as, e
,
e
.
,
ma er1
sent ido do Sul para 0 Nort
de r déc
aL.1n g1 do s. esses paises organizaram a Con
financei ros, roas S
e
a
do -s
Lt
n
r aç � A
d
Sen tiii ·
,
o
p
hum ano.
re o Reg1· me de Patentes p roposto
fe
seu pote ncial
a c1o na l o b
Intern
me t o de a
·
s t
esta ta is do e t r le o e
as Farn �
Ind ú stri
bada dos monopólios e do Grupo
'
en eg o ia a
·
da India para estl1 dar a Lei de Patenl.
,0
a iv1d a
'
Traba l\10 ..e
. s
de
co m o 1 1 r
l
o m o d o c d
N acion .
a Lei das Pate nt es , d' .
. ao da m oe d a Rea l,
co m o form - f01 rea i·iza d a na cidade de Nova De\hi,
- a
. a erenc1a
·1 . e a cr 1aç .
externa bras1 eira
ta. tas outras m ed id as, en caixam
A Con f
n
-se (NWG PL).
de sete11 1bro de 1993, tendo 175 participantes entre
ele 2 a 4
mab·e ira de do lar iza çã o, e
mico s, l íd e r� s políticos, indu striais ele., de países
ia.
rigorosamente nessa estratég acad ê
Pui g e m sua tese, "a estratégia d eIX j urista s ,
S. tes c o m o Ar ge nt ina e Ba ngladesh, Itália e Venezuela,
tão distai;
Como diz Carmen . a
entrever o prolongamento do per íod o dito de ajuste co m t etc.
Brasil e Indi a
seu corolário de con seqü ênci as pol íticas, eco 11ôm i cas e soc1a1s ' ?�0
11t es de lib era ram sobre o impacto negativo que
os pa rti cip a
1çoes até o ponto e 111 que
·1rnen to das 1nst1tu · ·
pr op os to na versão final da Ata da Rodada
·
pa te nl es ,
e o en fraquec .
-
se
0 re gi m de
houver consolidado um grau de controle considerad0 n t eres
·
a po pu lação, a indústria, a ciência e a
e
� ca us ar ia so br e
u n i d ades nacionais em q ue ainda UrugLtai,
se e, po r un ar um ida de , adotaram a seguinte
sante sobre as diversas
ial
-
DECL A R A Ç Ã O D E
des econômicas, como das políticas públ icas sses pa .
. _
unida.
e dos mecanismos de formação da opi niã o púb lica ou
�: ises 1 REAFJRJV! AN D O QL Le ca da Es ta do tem o di re ito soberano
bem
, como
em a ec on ôm ico
-
se u si st
e in al ie ná ve l de escolher
mostra a realidade dos fatos tud o Ju . n to E, es cla
recedo ra si st em a le ga l, so ci al , cu ltu ra l e político, de
co1110 se u
quanto às intenções e aos me io do s p i_ m o to re � .
s d a re u n i ão de m o de se jo de m oc rá tic o de se u po vo;
� acordo co
Vai! a frase tornada pública qu e co ns id
eramos s1n , te s e : ,,We
have to use t/1e austerity a11d th � s�czal .
chaos to c1·ack th e 2
pa te nt e ga ra nt ida pe lo
� RECORDANDO q tLe o di re it o da
social instifL1tio11s of t/1e cou n t .
e i n ge t/1 e laws. ,, Eviden
um d ireito
-
1y, p ri vilé g io e nã o
temente, a Revisão co n sti tu Estado é p o r n a tu re z a u m
c1.011a I ra s1 le 1r
�
a e n c o n tra-se nesse
.
contexto. privado ab sol uto e qu e:
le is d e p a te n te s n a c io na is cada
2 .1 - Na fo rm ulação da s
A s pressões q u e se es .
tabel ec e am para im
: p or n o â m b ito da p a ís deve co n ti n u a r exerc e n d o se u in e q u iv o uo direito
GAIT reg s te
Rodada U r u g u a i d o
na ci on ai s so br e proprie
�� � :
e
I bli c a e a n u trição ,
s o b e ra n o d e p ro te g e r a sa ú d e pú
dade intelec tu al vi s
avam atin g11 p r1 n c1 p al m en te e m se to re s d e impor
que dispunha n1
de L1n1 ce i· to gra u
a q u el es países de p r o m o v e r o in te resse público
· d us tr·1a l1z
· o-econômi-
Embora com d1f d e in - prop só ci
erentes 1,ve . s d
. aç ao , ria tâ n c ia v it a l p a ra o s e u dese n v o lv im e n to
pa1 ses dem on s ram c
,
b·a ;dep end ênc ia e xte r n a , esses
o p e te n c 1a e d
� : co e tecnológico;
ir
n efício de s
volver-se en1 be e s e jo d e e v o lu ir e desen- para discut
eus povo s ' e sp ec .1a 1
priado
2.2 O GA IT não é o foro apro
m en te n o campo
-
propried ade
o m os direitos de
p ro b le s
1na rela c io n a d os c
178
179
te eliminadas as disposições
5er
Prte
l1nen
rLto
ganização flfu11dia! de Pro 101a
intelectual e sim a Or . da
.
que estabele
O rece
m e dos pe d 1·dos de pate çam
/11Pf o u l1t !JPO),· b i ntes imediata
0 e n t1·a
de Jnte/ectua l (0 mente a os-
dada Urugu �
·
· d
at· A
da en 1 vig or o Acordo da Ro
retroalt V
a
as /Jroposla�r; co ntidas 110 ra
. 'd
L d e o u " .
p1pe z 1ne
· " deue ser rejeitada;
u i
3 _ SÃO /NACEITÁ l'E/S
Ata. re/ati11a ao r cgi1ne de pr1 /e1 1 te 'i /Jo rq
nao
��
7 0 � 36 A s disposições so bre retaliações cruzad
as entre
e
da
e11/r o
final
refleten1 uni bala f be11 csta 1• /
_
da Ata, con-
,
.. ·
Júb/i
con10 proposta no rascun/1 0 final
11 o correio 1- setores,
e
- A lem
,
·n a do GA TT e
se'fllte� tra ria a d 1sc17J
. . z1 deve ser re.}'eitada.
disto, qua I qu
0 privado. Em 11ar/1c11/ar deL1ern �'ier 1·e 'ipeita do,r; os
. er açao unt zateral de retaliação d
'
eue ser
. 111. ·
tes pri11cípios:
3.1 - Os go11er11os de11em rejeitar propostas que .
x
'
p lic ita m e n le pro 1 b1'da.
e
t mpo.
o
11han1 t1n1 regi111e de 11a/e11/es 111011 pólico ·
3.2 - A proteção do objeto pate11tcado deve pe r
'
ina11 ec
Em março de 1992,
a Associação Latino American
er
- d
lr Farmac uticas (AL!FAR)_ reuniu-se em Puni d
� :�
con10 111n direito soberano dos Estados, a
os . se �: 1,1 dús ias
ars a se g uz nt e DECLARAÇA O :
ac0' 0 c
deue permitir legislar as p1·óp1·ias leis de Este e tir OLI.
oin
P roposta d
seus imperaliL1os de desenuolviinen to A
Le van do-se e m co n side ração:
·
de vl'dª ªíeu
estender as patentes a qualqi1er for ma e
rejeitada,- e se1·
A intensa e crescente pressão externa à qual se vêem
3.3 - A importação de p1·odutos
paten tea,.,
_
as
gurar
como um 1nstrume
i,a11/o o dese11v nto
olvimento da P - Que, ainda não tendo termi11ada a Rodada Uruguai (março
logia de fabric
aça-o ,.J
roduçao local e
a tecn o-
de pro cessos p
ue p1·0dutos e de 92), essa pressão significa um claro desprezo pelas
teados, como aten-
para posst'bt'l ·�ª
t ', a come1·ciali normas inte rna cio n a is;
35 - As dtsp
(T. . o·
,
- Que essas pressões conti11i1am em países que sancionaram
st1o.1·z.as da
osições tra11 ·
ema de Pro
pried d ;
incluir q
:�
� ; ��
1
� lec ua! da
p1·oposta TR!PS rece11ten1ente /e;s de patentes, o que põe de maniiesto o
desco 11 h ec;n 1 ento dos mecanismos institucionais sobera-
a
não deve Rodada Ur uguai)
t1go que
�
exclusivo 11os vigentes e m cada u m de nossos paises;
de co1nerci ga1·a 11ta "direito
al açã
· Da mesma for1na devem - Qiie elas não
somen te estão sendo exercidas em matéria de
leg;s/ação de pa te ntes, ma s também em outros aspectos
180
181
c ia ç ão Latino-Americana de / ndu'strias · D
ss o 1•a rmacêu
à rga co m a De claração de São e ar1
A
as 11ormas para ap,·ov
A
·
os c om ca
º!ta os de
ft cos v
io na d a r Pro
de 19 94:
c
como os rela
Iie 1
. .
� s o n1es1110 o b'}elrvo de nion XVAssem ble1a · · Geral em maio
sariJOC
sua
dutos, persegL
1in d a m bo
: . 1a
ú s l rt.a fa1 .1naceut1ca 11 ac 1 onal do Brasil' eozom - bl.
·
opo
- . .
.
merca d os,
e uatem a la, Mex1co, Paragu ay, Pe ru., R -
lizar os ,,,
·11• d . a,
A
C/11·t
dor,
ca n a, Urugua1, l l ienez uela e Argentina ,.
alva
FAR vê-se na ob rigação de volta
El S . e
ra
e,
pll'bf ·ca
isso , a A l f oi n in i ' eunt
Por tudo D
.
., 1t. 1m ct'd
. . -o p u'bl1c . a, os gover11 os e os legisl 1
._
-
de São Carlos de Bariloche, declara.·
a /Jressao exter n a q u e /Joc/e ea u r
an te a op 11 11a ado de
den ui?ciar a
sa
10 _
-
da 1
·
.
1ste n c1a e
. ssa popu 1açao, sobJ·etu
e 11 g
e
1 _ sua
res. essa intens a con de naçao a pressão exercida pelo
_
. _
� � uu·,J e 1e
t
,J no ,
· do ª
res
atendendo a um grupo de laborato· 1.·lOS
•
ep ara ve 1s
• •
irr �
governo
danos .11do EUA,
ate n.
dos
. ·1os h umanos e 1.ec1a
aq u1 s1t 1vo , co 11strtu1 u111 ve1 dadeiro . .
1 ma:
de baixo po de r transnaczo nais agrupados na denominada
êutic os
sociaçã o de l ndústrias Farmacêuticas dos Estados
/ado contra os d1re1 farmac
1ação das instituições sobeia1 . 1as
- Que se respeite. a livre alL
P/11A _ As
. · fez Prete
que, reco11 hece11 do o d1re1to das en1presas inovad me rcados e da competitiv idade, incitan
_
o pretexto de disposi
��:
úst rias na cio na is, sob
·
ue se ind
t:1
es d�m �m conjunto políticas de desen v
olv
do pel as
ora de toda
n o p ra ções sa n itárias e de co mércio internacional, f
icie77 te de beneficrar
a rndustr1a nacional como for1na ef/ . �
a saúde da população; a lógica;
182
183
ilégio s estrangeiros, em mais de um se. 1
v � · · en
v:c1 us 1.
pri v
N esse per1 0 d o pagamos preço inom·inave1 po
. ,. .,, t e cu o
z
das pretendidas beneu
açao·
ad e
c
fal sid
t1
m a -
no, demonstra ol�
paten tes monopo 1ca de aP
en r
,
-
t. siste.ma em cond1çoes de extr ema desvanta-
,
· s que se
c1·as do rm o . 1
d e
. _
a
,.,e pt'an1ias tn
.
. .
rr
� .
i a consu bstanc1 a um novo col0nialisrn o
car
balanç a c o111 e rcr i._ �
. ,
a dos ac
.
L er 1z
n d ên c
. .
p e
forn. 1 . \acável e perve rso que o anterior, posto que reali za
es tr at eg ra de dom111açao do mercado,· a d e de .
mp .
des ta
1
efeitos
5 o caso 1. . 1,.,.,
11 3 3 J S
ã propn a es tru tura pro dutiva
d o in aç
toda .r;u a gra11idade, eviden
.
co n1
1 m
ua do r.
..1
do Eq c1a na
,
. interna do País;
. . o
. 1 . ...1 1 . utos
.
.
1nar da con1pe 1/1vrdade /Jrod �u
.
_
i
x ta
- es
restr1 çõ
s em centen- as de dec 1so governamen-
6 -As indústrias farn1acêi1ticas nacio11ais reiterom s u
da
� nao se p0de designá-\o como
es e pl i c i
, .
respeito à propriedade i11telectual e aos pi·incíp io
1cas
·
cara cten st
'
. . com tais �
d
�
;,�
1.ais
mo elo de
d ese nvo l v1m n ·to, mas penas de crescimento
ª
competitividade e da liberdade dos mercados. efet iv o
e nd o em efeitos negativos para a Nação. N o
sentido apóian1 os resultados da Rodada Urugu 1 0 o, re su lta
eco nõrnic
GA TT e e.xortan1 a indústria trans11acional a a'Jius ar-se � tes , ta'i s e f ·
e1t os · ham setldo
v1n
d as pa ten
ade ln ustrial , aprovado
mp o
�
ca
as norma11 · tema come1·cial internaci
f •vas do srs .
�
tan to , no
iti gados po is o C dig �
o de Pr op rie �
nao p enmte a concessão de
o na l v1-
•
, . ,
gen te, como un1co modo de dar legalidade às aço-es,. pelo Congre
ss o Na cio na l em 19 71 _
7 - Fina/1nente, exortamos os governos e os dirigen tes po l' .
en vo lv am a v1d a e a segu rança
zti-
em se to re s qu e
, tais privilégio s
. ,
, co m o sã o o s fa rm ac êu tico e alimentício e o de
cos em seu con1unto a uesemperzha r um papel a t1v do s cidadãos,
,., interess
' o na
r.
p ro duto s qu e re su
. e m u ta çõ es ge né tica s sCilbr e se re s vivos.
de1esa uos ltam d
li ca-se apenas
es nacionais que estão em ;.ogo ne
questao, buscando leis que obtenham o melhor equ · 1... .
sta
l zrluTlO
- nt e de in ve nç ão ap
l, a pa te
' { entre as empresas nacionais, os consu
Ademais, e m ge ra
passive
m1.dores e d o s pa co te s te cn ol óg ic os , os quais podeIJ1
. . a itens is ol ad os
co nte r até m il h õe s
o respeito as normas de propriedade intelect
ual d el es . T al nã o oc or re , po ré m , no campo
es m o n o d os al im en to s, on de a patente
farmacêutico e n em m
in cí pi o at iv o do m ed icamento
6.
se refere ao pr od u to final ou ao pr
.
184
185
to a p ó s su a i m p la n taçã o. O Japã o om d tar a participação de empresas nacion ais no setor farm acêutico
um sec , ulo, port a n , in ava
far ma c ê utid ca s e qu e .necess i tav da qu al resultar_ 1:1. �ezenas de novas in dústrias. Somente n�
en ta_ o 8 10 das
0º' inv en çõ es . r - aea
rc eira n1 a1 or
- .
potencia 1 a1 m ac eu tica o m u n d cam 1)0 do s a n t1
ª
b1 ot1cos surgiram sete indústrias nacionais.
o ean a d a so ad e rira m
Sf
u ça e1a a te do
•
.
, .
- u·
s co nio a Es pa 11 /ia e Deslas , apenas um a sobrevive. Como o estrangulamento era no
Ou troS Paíse ,
ao·
.
s1s tem a int ern ac ioi ial na .
ar ea 1ar
-
ma ce u ca co mo frul
. o de cam po Lecnológico, a STI promoveu a criação d a Companhia
negoci açõe s, te nd o po r �o m pe nsaçao p ar c1 pa e resp ecti
ti �� va .
de Desenvolvimento Tecnológico (CODETEC), empresa priva
, e do N � da vinc ulad a à Universidade Estad u al d e Campinas. Os resulta
mente da União Eu rope1�
A. neste ultim o caso
de
ain da prazo e carê1ici a
vantagens duvidosas. Obtiveram d Par dos foram excepcionais, especialmente quando 1-Iélio Beltrão
se adaptaren1 às novas circunstância O Proje to d e Le i
s.
0! foi Mi11islro da Previdência Social.
1 15/93 nem sequer contempla essa p os s bilid a e, embora seja
i d O 11úmer o de medicamentos com tecnolo gi as desenvolvi
ela facultada pelo recente acordo multilateral adota d o sob re das ou em desenvolvimento pela CODETEC chegou a 80, em
matéria no âmbito do GATI'. Cootén1 ainda, como vimos ª apenas 4 anos de atividade . A lista dos medicamentos básicos
aberração do "pi�eline'', o � �eja, ef� i �o l egal retroativ o. A tr c d� _ RENAME - não cl1ega a quatrocentos, ou seja, em mais
de que se subordina o Brasil a cond1çao de ter que aceitar agora algu11s anos poder-se-ia cl1egar próximo à auto-suficiência gra
patentes para produtos farn1acêuticos e alimentícios? Nenhum ças à possibilidade de desenvolvimento tecnológico autóctone
dos propugnadores internos dessa aberração ega consegue l l que o não reconhecimento de patentes permite. Na realidade,
explicitar unia só moti''��ão ve rda d ei ra . Em con tra a rt a p id ,
com o privilég io das patentes, o mercado interno fica reservado
. .
·
la1 ?0 e�pectro de c? nse que nc1a s neg ativ as fica n evi den te
1 s, a para n1edican1entos conb·olados por corporações tra11snacio
mais gritante delas e a que provoca o n oss o afas am en
o se rv1J
t t · nais que dom inam , em regime de monopólio, sem alternativas
da Terceira Revolução Ind ustria/ em 01archa. por vi11te anos, qua lque r que sejam os desenvolvimentos reali
. At� a década e �O, o Brasil teve um a da s m ai s
� zados por outros, das tecnologias necessárias. Sim ultaneamen
flo re sc en tes
1n ? ustr1as f rma ce u bcas, em SL1a quase to ta lid
,
� te, no caso brasileiro, o modelo econômico dependente impediu
ad e d e capital
privado nacion · al, fu11d ain en ta da e1n no ss a r q íss m 1,
,·
pe1a. Essas 1nd ustrias su pria m 85% o
, i u i a carm aco- o dese11volvitnento tecnológico interno.
�
.
d mercado in te r A partir de 19 79 , como vimos nos capítulos � e II deste
ex tavam vacina s e 1n edica 11 en tos pa ra
po r no e
·
va �1as de1as tinham cen
�º�ª·
1 paia
os EU A e - a liv ro , co me ço u o processo de desmonte que .culminou com a
Eu ·
. tr os d e d esenvol m e to tec-
vi n ex tin çã o da Se cr eta ria de Te cn olo gia In du str ia � e o de sm an t:
no/og1co propnos. Foram , porém
d l da , emo i s po r
políticas anti- lan 1e nt o de un 1 sis tei na de ór gã os de de se nv olv im en to tec no lo-
nac1o� a1s, como aq ue las
das In st ru ções 70 e ) 6oico al gu ns de s es tra té gic. as e co n1 re ali za çõ es de
Superintendê ncia de oe da 1 13 d
a anti ga J
les ein ár ea
M e Crédito ( SU M O C E nt re mé rit o int ern ac ion al.
e 19 75' m a·is de 37 Ia . 19 57
borato r1os r1a cio n a s
,
· � �
1 r 1 os or
i foram ad qu . .d p ic a re ce ss iv a e o "t ra to r' ne ol i er al .
grupos estrangeiros , V ei o em seguida a po lít
i ���f a �leg?vel l privilégio de
Gra as
�
ress o er ni da de e da m se rç ao do
_
186 1B7
a
.intei·na c lu c r o s exlr;:iord in ários.
io n l men te não somenle para cobrir os cuslos,
mas
.
ão ,
ara
cl asse di rige nt e co m a N aç e os te cno crata
s. ern r
promisso da
. .io
te
::i tente acrescenta, no caso farmacêutico 0 pr1v11eg
- o b
q u e nos tom a u m p ,
P
. . . es
c1 p a1 s raz o
fe
n
ri
n
pe
as p
.,
ri-a
seu nome, sã o
�15 A p .
·
do
. .
oc so
es de
1Tl
dependen te e im po tent e, em cé le re pr çao que e un1 1nsb11mento que anula por \1 . te
opóli o. . _ anos
rn o n
por dentro. ·b 1·1 1·d ade d e competição ou de uso de tecno1agias .
qua
er pos s1
cio na l de Tecn o logia co . lqu .
. s. E. po1 t..anlo. um instrumento de estagnac. ão lecno1 •
e1
o In sti tut o Na
at
os,
•
o-
1 ade d o mercado não se J·ustifi
çou suas atividades em 1 922. Em ma is de me io séc ul o �on s
nat.1
1spon1·b·i1·d
1
.
.· a . pois sem a dº carn
&ico· Já '-J\.J
01c .
truiu-se uma rede de dezenas de ins titu içõ es tec n o lóg s
� ve . .
''º 1 \11 me nto tecno\órt
en
1n
e11 to s e1n d es º";slem 1·de1a ·· s
algurnas de natureza normativa, tendo como ápi ce a S ec�e ta� a
50 ·m .
vas
.
ria e n d o de permitir-se a concessão de patentes sem
r10
no s
de Tecnologia Industrial. Após o desmonte des sa po erosa _ cone?�darn as corporações transna-
ireito ao n1 o nop o i·10 . A�aso
estrutura legal, quando o País se en co n tra sem instr u ento
,
�
d
es sa 1no\1� tiva e legitima modalidade de patentes?
de ação nem possibilidade de resposta, surge 0 Proj e to e Lei�
co 111
cion ais
m en te qu e ��º· O QL1e elas querem é a resen1a de
das Patentes, com o objetivo de: Ev idente _ ter que enfrentar a
con 1 mo no po l10 , par a nao possibili
- substituir o Código da Propriedade Industri a l, vi·sa nd o a mercado
- . con cor rê1 1cia co1n empresas nacionais e poder arbitrar
, . dade de
e.,"\1orsivos
ocupaçao por interesses externos de setores sens 1v e1s da e ç o s p a r a s e u s produtos.
p r
nossa vida, por meio do monopólio de paten tes, e
su sp eit o qu e os n1esrnos que pressionam para a
- tr�nsformar o In stit uto Nacional da Prop ri eda d e In d É rnL 1ito
ao setor privado, em sua quase totalida
us concessão pe lo Es ta do
triai (INPI) instrumento essencial da regula� o d o io da s patentes, ataquem com
fluxo ro , do m on op ól
externo de pacotes tecnológicos, e m m e ra agen c1. a c de estrangei
-
Tam bem -
nà o sao consiste11tes gr u s
po estrangeiros. m a is d e s e n v o lv id a s são utilizad relativo
se n v o lv im e n to
argum en tos acerca n or de
�10 �
dade das corp p r e ju íz o s d e r e g iõ e s d e m e
orações po r m . da ne ce ssi n a c io n al. Ou
d s Pat en tes, ressa p a r te da ec o n o m ia
r
vi� nto
custos �o desen vol e s s im , a fa z e
� rcir-s e dos e
q u p as s a m , a vol
c à
. _ a çã o , ao d � e n
ocup
,
�
e
:�� ul�s de sigilo
por meio d
�
am s o tra
�
q ais
!os de tecnol ogia com
n e n ta
ov
is
a
e
s á
m gra
re a
n
s
d
d
e
o
p
te
a rt
m
e a in
�
da nao
cim entos e : ao garant id os to do s os País d e d im e n s õ e s c o n ti
m ui to mais Esse e
· 0 m o d o co ns agrado ocupado.
188
18 9
?
Como as Corporações Tra snaci onais ocupa m ni ais
de 8 p aí se s c o m a lt o n íve l d e desenvolv imen
e, mais aind , t , 1co e que
.
0
n
t
nao tér .
do mercado brasileiro,
. es pa
de medicamentos o
5% gr an o 1
. os ecn
,
m n olog
. na e
a d tr
se trata de fármacos, e 1ncornpreens1ve1 que prele nda 111 a
q u a n do
i
. - naturais a perd
1
.
rn a . 111 te rn ac 1o d er, cons ideram o
_
s1. ste
pa te nt .
seus 1 n teres-
es
1
urne n.
1
vantajo so para
tar sua pai·ticipação já absu rda . prati cam e n te erra d ica
P or 1ss o, o apao .
es .
-
evou
s
nd as quas e cem anos
, 1
empresas de capital nacional do mercado intern o, 0
qu e 1 rr nt e s fa rm ac e u t.1ca s, so adm 1t1. ndo-as Ql!lando ,
?
te
para conceder
mediavelme11le ocorrera con1 a 1 ega 1zaçao. pa
,
que
e · a tinha
d e 80º 6 n as ao supridas ·1nte
A
. auto r·iza as de m a J
_
d e su a cerca
·
d
mamente.
. . -
/
d
patentes farma cêuticas Nao. 1rna� 1nan 1 que L1m dia as po pu laç
_
tra
Em c o n
.
pode m t u p a rt
.
i d a o Ja pa o te m extraordin ário
_
pa
1·nteresse na
x st nc d e te n te s bras1le1r . as, e pecialmente
a
.
terem sido recebidas com am pla ge n e rosida d e Por i ê i
n o in e 1 ca � e � na área meta-
m ,
l u,
Po de de st e m od o, us uf ru ir de
rg a. . .
do ic nossos imensos tri-
. . II!ª
brasileiro?
m ôn i os m 1 n e ra 1 � � r at u 1t a m e � t: e, ai nd a
po r es se p
ro1.eto
Também o setor m etal úrgico fo i at in gi do
mo no pó l i o . u J ,
, em regime de
de Le1· ao adm 1ti O s e a e co m o se tiv es se mos transferido
·
s. o B. ras . legalmen
· r patentes JJara i 1g · as e processo
dispõe . de al tíssimas porcentagens da s te e de graça
iJ pa ra el es a �ropr i edade desses
. era1s estrateg , . 8
re se rv as m u n di· a 1s patrimônios.
r:i 1cos: 9 96 de 11 ió bio, 52 d e Evid ente m en te qu e, qu an do vi er m os a mudar nosso modelo de
ti tâ ni o 4Bº
1n de
t:ã11
talo etc. Como fica rãa esses patr %
imônios g iga n tes % de cres ci m en to
ec on ôm ico de pe nd en te para outro que
�
c o. se_su as preserve
Ligas puderem ser ob;e .
to de con b·ole m o n o p n ossa au to no ia
m te cn ol óg ica e assim alcançarmos nív
pa tentes.? corno vimos no c , el de
ó li c o 01
mei o d e
·
a p it u lo a n te ri o r' s o m e n t P . comp et içã o in te rn ac io na l, então nos interessará fazer parte de
·
' '
� , e uma min
um si ste m a in ter na cio na l de pa ten tes , alé m de , por este me io,
a de n ob10 de Araxa, rep
resenta L1m v a lo r d e a'
mercad d
de � u 1n h e n tos bilh õe
s d e dólares, o u c�rca
seja, q u a b-� � garanti r a preservação de nossos patrimônios naturais. Eviden
! �
exteir as, qua do e 1stem _ � registradas ce rca d e 4 · 1
ívidas
. 8 m 1 Jazi. teme nte qu e ess e nã o é ain da o caso, pois mais de 98% das
.
ocorrenc1as minerais
no País. das e
A aprovação da Lei
patente s reg ist rad as n o País, com conseqüências na estrutura
a sucessivos Ministr
das Pate11tes foi in1 . p�sta com o co11d produtiva, são de origem estrangeira.
os da Fazenda iç.ão
- ,, . pa1 a ma1s u m a .
çao da divida
externa, em bora . " r e n e gocia . O PL C 1 15/94, no entanto, vai muito além do que descre
,
a nós e já se nada se
t
vezes . Na realid
ade' some11 te es
te exem plo do
d1v1d a várias ciênc ia e o vern ácul o, ao tratar uma descoberta como sendo
mostra que a s e tor m e ta lu, r
gi co u1na inve 11ção . E com o se, modus in rebus, o Congresso
,
supos ta troca
desiguais. Expli en ol_ve val_o es fanta
� : sticamente
e o servilismo
ca-se somente
pe a imposiçao Nacio nal resol vesse decretar a revogação da lei da gravidade ...
do outro . d e u1n dos l ad
os Isso ocorr e n o Projeto ao pretender patentear microorganis
o� � aís es hege
mônicos, care mos, ou seja, seres vivos, que jamais poderão ser considerados
n tes de rec
essenc1a1s,
u rs o s natu rais in ve nç õ es. So1ne11te estas podem constituir-se em objeto de
procuram gara
.
ve_I, o acess
e 1 ent_em
o fácil a esse
ntir d o o
�
s recu sos �� o 1n a1s van tajo so
p ossí privilégio das patentes. Evidentemente, um microorganismo
�? ente, ineJJ1 e isso ocor
rer sem custo
pol10, ainda
or para l es S
. . e s, e11ge11l1 eirado pouco difere de um micrroorganismo tal como é
melh or. Em . for em regi me d e
tes brasilei con ti: a t1 da mono encontrado n a natureza; ele pode alterar apenas algumas de
ros n ã o fos r ,_ bas ta ri a
o acesso a sem idio � P qu e os di rigen
esses recu rs
s �u. coi suas características, mas, na essência. é o mesmo ser vivo .
•
ruptos para
os a um m1n condicionar Adem ais, considerar a vida como objeto de propriedade sobre
1mo de just
a compensaç
ão. passa o campo ético e afronta o domínio do sagrado.
Nã o é por aca so qu e a Igreja Católica, por meio de su � m�is
alta hiera rquia, tem se pronun ciado publicamente, com JUStifi-
190
191
JlA.NSFERÊNCIA DO PATRIMÔNIO GENÉTICO
1. 'l' sIL IRO pARA o C O N T�OLE
cada e firme opos1ç
· ão a essa monstruosidad e. A ciên cia est
. - á
0�TRAT0S E EXTERNo. os
1. DE TRANSFERENCIA DE
gem da vida. Co mo , en tão , u m gru po de
co N LO GIA E os A T9s NORMATIVOS
r a ori
longe de exp ica
_ mercantis que rem an1orar-se em pro pri e tá rias d e
fE
corporaçoes. . c O D O INPI.
.
microorgan 1sm os , ou seja dos elem ent os que con stit u e m a bas
. . e íTI CA D E P RODUÇ�O TECNOLÓGICA
Or.,
da vi da? Na 1 eal
'
. · "
t dad1 e nin gt1é 1n Jam ais 1 nve 11l0u L11n ser viv i p NA L · A VERB AÇ AO DOS CONTRATOS D
. •
m'
:N'AC IO E
croorgan1s1nos, qu e são se u
•
ad o?
fu n damenta-se no me rc es cuja d e id a d e
ac har nova s plan tas ' novo s organismos viv o s etc Nós nao
'
·
·
tn-
tar" alg u m a coisa n es se ca m po, temos que procurar 0 pa
môr1i o biológico que rzão é nosso. "
192
193
Sab ein também qu e ? esgotamento da síntese
sa
da d e .
aci
et re lla e x p lic itan1 p a rc ia l m e n te
� .
1c a c o rn o pr od u tora de medicamentos e fármacos e o
. .
o u to r P
d quirn
vo \ v
,
tá .1·0s do . . . nto vert igin o so da b.iotecnologia abrem perspec-
.
come n - . e
·
rn
u·
Os açao t1 o p 1c a 1 , o B ra s i l i
, ·
i
ii ti do na m ai o r n s e n ·
0- ni o co , de es ta u' lti
. m a . M ais·
h
pa 1m · · . para ainda, sabem que os
l
so . s 1 rne nsas
U·a os pe
o imen g en el 1c o e se
·1s fós s e ·1
. qu e es�e pa tr 1m -
on 10 es n ci a l , ·
de nl ai s , u v a a en g en ar1a·
Cons1de1.ando a c o m b u s t1 v e s - q ue ti
&é nic os o b genetica derivam neces-
·
ív e l c ri se d o s al1 5 ·
n
irreve rs - o de ex tre111 a
r
. tr patr1· mo - n1os trop1ca1s · de indiscutível valor
para reso1ver a
sar1a
des ses ·
ic as em s1 l ua ça vu ln e- en le
l.
he ge ni ôn .
e
col oca as na Ço-e s .
v
s o u lr o s s e la re s pro-
ni
u m e ro
,
. e 11 la r 111 s a
1 a lé m de fu n d a m r
d ad e,
v
b .1 1
A a p ro
ra m e 1n , c o m o a l 1m
' e n to s, por o do r efe ri do Proj eto de �ei d�ria a um pequeno
_
1 a1 a d o s o b'
a o J1 o i
aç ã
J
a is
l
e ss e n ci .
du t01.es de bens
l
i
. .v
1s ao 111 a1 s c · e os des corporaçoes transnacionais o domínio sobre
_
pa ss am os a Ler u1 na ;, de gran
· 1 .ir� ?º r me.io das p�tentes de sementes e
.
exemplo -, o
l
. gr up
s s1 e
a agr i
das pale11le tur a bra
dessa hedionda "lei
ade: t/1e 1990 a 11 d the
c u
o documento ru ci al D ec óxic os e ferül izan tes a elas vinculados. Com nossa
Tl 1e C grot
o rl d R e so u rc e s In sL itLi· dos. a er
,
a, po rtanto, em grande escala, o que já
l C h a ll e1 1g e, d o W
ul tura ac on te c . , .
Global Environ1nenta a gr1 c . \ tores d o r1qu1ss1mo M'dd i \ e West norte-
da qu e a m ai or ia da s se J,1 as tr o p ic ai s s e si tu e m co m os ag r1c u .
te afirma: ªA in oco t-re u
ue1r os
, .
e ,
gave
1
. Nesse
uf em is m o para i n d i ca r ne o ivi . d a com os b anq impa
� de se nv ol vi m en lo (e cuja d '
E UA
n s países em no,
11ão pode1n pe rm itir-se a m erica '
in d .
ic e d e s u · i'd.io nos EUA por categoria
1c
ta do At 1to r) , os r r e o m a io r
colônias. No se t 0 r o c o
es de si nt er essados. O s re os g1 ga ntescos subs1'd'ios d o govern o .
·
pa pe l de ob se rv ad or ap es ar d
desempenhar
lv as sã o in1 po rt an tes para
econ ôm ica,
ge né tic os ex ist en te s ne ss as se ão do pri vil égro seja a mais ampla
cursos a efe tiv aç
qu e os ut iliz an1 para Para qu e
a agricultura estad un ide ns e po rq ue os au to re s d o Pr oj et o procuraram eliminar as princi
P ssível os
�
nto s oti mu taç õe s ge 11é tic as têr n q u e vo lta r pe rio dica s usuais instâncias de
cru za me
�
is sal ag u ar da s do E st ad o, al ém da
mente às fontes silvesb·es em busca de genes resistentes a
enfermidades. Os bosques são vit ais par a a me dic ina , pois a � pelação e m ca so s d �
ri g
co
o
nc
ro
es
so
s�
si
o
st
in
em
de
a
vi
p
da
en al
do
p
pr
ar �
iv
aq
ilé gi o. A
uele� ��e �e
essa
quarta parte de todos os med icam ento s d er iva m das plan tas, e orientação se g u e- se
e m al g u m a,s pe ct o a ex te ns ao do pr1v1leg10.
os cie11tistas apenas começam a anali sar os milh ões de espécies atrevam a re st ri n g ir ício exclu
al g o m ai s u n ila te ra l em b en ef
encontradas nas selvas tropi cais. Em linguagem bem diversa " É impossível i m ag in ar es tr angeiras e em
g ru p o d e co rp o ra çõ es
daqu e la do FAST, essa organização norte-americana abre o sivo d e u m p e q u e110
to d a a so c ie d a d e b ra si le ira.
jogo e mostra as unhas ... detri m e n to d e
ri al ai n d a em vigor em
��
A si tua ã de ca rên cia de patrimônios genéticos nas 11ações
.
O C ó d ig o d a P ro p ri e d a d e In d u st
o não sendo
.
hoJe he �e�� n1cas, todas situadas em regiões te mpe radas e frias setembro d e 19 9 4 d ef in e u m si st em a q u e m es m
ss os i:'ª's
•
eg a a co m p ro m et er n o
do Hem1sfe �10 N orte, não justifica tentar apoderar-se, pelo grito vantajo so p a ra o P a ís n ã o ch rad1cal-
� .
e pe a �ressao, vi a mono pólio das patentes, de noss o portentoso
. \)rofu n d o s e le g ít im o s in te re ss
e s. E ss a situ aç ã o m u d a
. m in hado ao
patr1m �n.10 trop1 �al. Mesn10 por que sendo ele exc luíd o de tal
1nente s e o P L C 1 1 5/93 n a for,m a q u e fo i en ca
longo
� �
mo no ol10 estar� n c es sariam e n te disponível para tod os, sal
Senado fo r a p ro v a d o , c o m o v im o
s d em o n st ra n d o ao
vaguai dados s d1r 1tos da nação que o
? detém em seu ter ri tó ri o
conf�rm e está prev1slo no Tratado de Bi od ive
� , deste trabalho.
setor de
�t:C�-�2 rs ida de ap oia do pr op os ta n o
M ai s g ra v e a in d a q u e a alteração
�
po r todas as ações presentes, com ex c ção do s � !) atente s é a s u p r e s s ã o "t o u t c o u r t" d a
u iç ã o le g a l d o INPI
·
atrib
. � em aq ue la s naço es qu e, _ 11
al é 111 da profunda cr ise em rndl 1 za ça 0 de tecno· -
d e an al is ar e a v er b a r o s co ntratos d e inte
•
194 195
Quanto à remun por seu uso, os royaltie
eração Tudo, entretanto, foi desmontado pela inominável onda
e aos do Pai's a d os custos ocasios-
o neoliberal. em nome d� compelitividade... Agora, o PLC 1 15/93
2%
·
na o cl1 eg am
-
d as
nadas por co nt ra to s de as s1s t: nc 1a t retira ao lNP I a capacidade de averbação dos contratos, trans
ex te rn a . Po r iss qu� ex1g1r1a_m ai or atenção
o, a ar ea for man do-o em mer o cart ório de regi stro . . . Voltamos assim ao
tecnologia
ºseq üên cia do de 1mpo rtaçao tec11ol óg ica,
enor me fluxo 311tigo Oeparta1nento da Propriedade Industria\, de triste me
om1 o epe11 en e, e a de averbação
em co - .
d d t
imposto pelo mo de lo ec on c ,
� te neg oci a d o na
Tecnologia ��dLis��i�I � u
E · \o n gam en
aç a o p a ra Transferência d e Tecno1og1a,
?
e ra � �Liculada pela Secretaria d e
dé ca da de 70 no âmbito da �CTADC Tssã� ;ar�;entar co f rt 1· d an ça
in o b 1 /
Nacional de Tecnologi 1 d . izava p a r a tanto o Sistema
centros de prodLiçà àte 1 u; t:ia l, d o q ual �aziam parte o s ce n te s co n c\ u so es d a � m .
brasileira, o u as re og1 co, pre .
s1 d ida pe\ o
regionais de coordeii�ç o e c n o lo g ic � , a s a g _
e n c ia s 11aciolilais e de Inq uér ito Mista sobre o Atraso Tec no\
as e11l1dades d e fi n a n c ia m e n Se na do r M ár io Covas.
to .
196 197
Nola d a Associated Press/Dow Jones pu bl'ica dª na Gazeta'
h. n lr·t
e estrangeiros em in ent es q ue
.
fife rca
.t
os br as ile, iro s
Não são po uc os d e 30 09 ·94 . ·1n forma: "Com o os cientis
s m an 11e�ta ram su a rejei çã tas vêm iden
.
ico
a
os 1stor . d o)
,
t
ll· (i
em dif� re nt es m om en o novos genes humanos, as -
. nal de patentes. Ci tem os ap en as c n d o (descob rtn co rpo _
i.
u
. raçoes
c í c as , e111 poL1cos anos, poderão inic'iar a
te m a in te rn ac io do
fa rm
a um sis s.
e l
- ·
de patentes no govern? dos EU A, em carta de 1 3 de agos to d pol10 p , ar a negociar genes humanos, ou seja, a vida. Os
. te Julgamento: "Que as idéias rno n o
1813, fez o segum devemse t � são os e l emen tos do cromossomo que condicionam ª
gen es
divulgadas livremente, de uma pessoa a outra , pelo m un d o
in te1ro, para 1nstruçao mora 1 e mutua do l1omem e JJara o
- 11 is s a o e a m a n 'fe s taça- o dos caracteres hereditários
1
Lrans1 .
. _
,
· ·
·
J nio
meIh oramen to de suas cond 1çoes, parece ter sido u m des'g . Abrin do cami nl10 ne ssa d ireção, segundo a notícia da
pecu 1.1ar de benevo 1 enc1a - . da natureza. Quando as fez ,
co m o 0 A P j
Dow �
Jones, es a Smithkline Beecham, corporação farma
.
, a, expansivas pelo espaço, tudo sem perda da sua
iog densi da de c ê u ti c a anglo-a1 11er1cana, que tem acesso aos maiores armaze
em ponto algum, e como o ar que respjramos , 0n d e no s o r e de genes, por
s m eio de acordo de pesquisa com a
. . na d
movemos e temas nossos f1s1cos incapazes de sere in encJ� S ci en ce s In c. , do s E UA .
,
. au s� ra- I-I um an G en om e
dos ou apropriados com exclusividade. Po1-tanto, as rnve1
por natureza, nao podem ser submetidas à propriedade. ,,
_
1çoes' En1bora se recuse a falar sobre o seu lrabalho com genoma
1
. u ma n o, a Sm itl1l<lin e, que afir ma ter isolado 4 5 mil genes,
l
Corporações transnacionais da área far ma cê t c
rev e l a que até 1 996 es pe ra
���
es tao com eça r a comercializar o dire ito
_
Ja patenteados, conforme a Fu nd a
no
-
�
Br as il 1 5 d es ap ar ecem
'.
· ,
. , produ z
� � �\ ���� �
en'zima qu e ajuda na uebrª , qu e "rzos so s " ge ne s 11ã o po ss am se r us ad os
q e e g licos e ; P a� en tes afirma Po st e - para
' a to ry �a e 1 -Lam
n º 1 5.4 22 , 31 .906 e 2 1 39 3 d do au to r) po r m eio de lic en ça de
i· 1 ·
a ri t como m oeda (ê nfas e e as pa s
beit/Pa rl{e Davis e Lape tit L -
, rn
b e al ia nç a co m vá rio s pa rc eir os ". Executivos de
: t � 73�
t ';�da s respecti va m te pa te nt es ou d
Pat nà e º
pro�uçã o de an tib i ó ticos; en na nam a cria
co rp or aç õe s tr an sn ac io na is fa rm ac êu tic as já p ro p u g
t
. d a. Kake n Ph ar m a
c
ceuti als e utiliza cio 11a ge ne s serão
etc. Trata-se de usurp ã
produç o �
d e su bst n c1 as an tit u
m o rai s ção d e u m "1 11 er ca do " no qu al os di r ei os ao s
aç d e no ss s ma tr ze s e irã o to do s soçobrar...
pondo crimin oso mo n op ó º � _ � i bi l ó gicas, im
o ne go ci ad os . E é ne ss e "m er ca do " qu
� f�neta 1crCUJaorgapanirosp�os o
l ' s
b e m p ó lio d as p at en te
de d lJ
parte da biodiversida � q u e fazem C o m o a c o n c e ss ã o d o privilégio rl o m o n 0
e m direito
de Lesa-Hu 1nan idad riaçã é crime e x ig e q u e se ja d e te rm in a d a sua função de u so , n en h u
e
o u en g en h ei ra d o pode
.
à c é lu la q u e c o n té m o g e n e descobe rt o
p o ss am d o c \!lm entar ª
es ta b el ec er -s e a té q u e as corporações n d o
a S m it h k li n e se
u ti li d a d e d e s s e g e n e . "N ã o posso imaginar
s c o m p le ta s d e g enes
capaz d e d is tr ib u ir m il h a r e s d e seqüência nas 0
v e l é q u e a p e
c o m u t il id ad e s e s ta b e le c id a s ; o mais prová
198
199
B E NE R GIA, PRINCIPAL FONTE DE PODER
na s", d � � �
B:uce Cai er, di r to r de pe sq uisa
c.AfvlL ADA PELA DIT�lJRA FINANCEIRA.
faça com poucas de ze
aceutica de origem di na m a rquesa.
ll! E SO B�VIVE�CIA. O MONOPÓLIO
da NOVO, corporação farm
R ÓL E O
pET
Podemos assim imaginar, com
o decorrêncja da propriedade ATA L DO PET�OLEO E ESSENCIAL. A CRISE
EST DE
problemas de toda ordem qu e irão :grJER GlA E O S TROP�COS. A LEI DAS PATEN'rES E
ZÔNIA . PETROLEO: ESTRATÉGIA MILITAR.
sobre a vida, o emaranl1ado de
e
aparecer - jurídicos, morais, econômjcos polí
ticos. Essa loucura
A _AMA
r
de patentes de rrucroorganismos poderá cria o 1nais hed;o ndo BI O MA SSA COMO ALTERNATIVA TROPICAL AO
A
IMENSO Pq_TENCIAL BRASil.EffiO .
projeto jurídico jamais imaginado pelo /1omem... pETRÓLE O . O
CIVIl.,IZAÇAO DOS HIDRATOS DE
Evidentemente, a SmilhJcline não irá permilir que os dados AP OT EÓTICA
genéticos de suas descobertas caiam no dom ínio da ciên c ia cARJ30 NO
pois sin1uJtaneamente quer garantir fJara si vinte anos d �
o u se transforma na natureza sem a partici-
monopólio de seu uso e, como conseqüência, ganl1ar niuito N ada se move
jJ
dinheiro e o poder decorrente do controle desses elen1e11 tos ação da energia. Nenhuma ativ�i da.de humana é possível sem
ela qLt e r seJa
no campo econom1co ou qualquer outro. A
•
com a nature za
�
Estender o privilégio d e paten po rt an to da s re laç õe s do ho me m
te a descobertas cien tífi No ce nt ro
be ªº proce�so
cas
orno no caso dos genes, o fa
z a A ta fi n a l da R o d a d a
Uru gua � está a en er gi a, em su as di ve rs as fo r m a s út�.i s Ca
, extra1da
i
GA
1! �
e alguma s legi Iações
c n b_ad1 ao, tendo e111
_
�
nac ion ais, i11tr odu z profulild
� tec n o l ó gi c o vi ab ili za r su a utili dade a partir da qu
e e
i:i
vista a restrição explícit
�
a q e aqt 1e 1 e � do pa tr im ôn na io tu ra l . É a en er gi a a
pr
co
op
nd
nos
ição fu ndam_en �al
esmos 1nst ru me11tos jurídic
legio a invenções de
os co11 têm de s ó on ce
apli cação ind usb-ial . . T
� .
e r o p r1 v 1-
,
para a existê nc ia dos g ru pa n1 en tos hu m an os e dos
seres vzvos.
•
. . õ es Sua s f ont es
ç
de de te rio ra ça o, necessitando pro fundas muta . .1l.da
_ .
. . tão ou mv1 . a b i de
naturai s de sm or on am , quer seJa por exaus
200
201
é a i n u ti lid a d e, o desespero e a � �rte, enquanto a produção de
Ou por terem de enf ren tar uma evolução de necessidades ri qu ez � au m e nt a de m od� fantástico. Essa situação criou uma
de u so ,
·o 1 e e de dom 1n1 0 inc om- di n ãm 1 �a de tra � sformaçao para uma nova ordem e uma nova
da sociedade ou de ambições de conb
. .
Isso ocorre por motivos diversos, todos gravíssimos, com e a ra zã o do ne ol 1b er al 1s m o e prevê gravíssimas co11seqüências
.
0 carvão mineraJ, com a ex-panacéia nucl ear e com o peb·óleo, O s e feil os já cl1egaram no centro do poder. Os países-mem
este pela sua escassez ante as brutais demandas emergentes no bros d a OE CD , he ge mô nic os e beneficiários do trabalho e da
mundo hegemônico de uma sociedade de consum o insaciáv el. riqu eza do mu ndo , já apresentam nesle ano de 199 4 a assusta
Por isso, o controle do petróleo é hoje objeto de ostensiva dora cifr a de 34 mill 1õe s de desempregados, junto a 1 5 mill1ões
estratégia militar pela maior potência econômica. de sub e111 preg ado s. No Terceiro Mundo campeia o genocídio
O hon1e1n e os animais foram - e ainda o são parcialmente -, lJrogra111a do, visa ndo exterminar Lrês quarl?s da l1u111a11idade,
até um passado l1istórico recente, elementos essenciais desses ante s qLte se transforme1n em revoltados. E a lógica do 111ale
sistemas e11ergéticos. Com o avanço da automação e u1na maior rial ism o con su1n isla e concentrador ...
aAnplitude de uso das fontes naturais de energia, a necessidade Ne11l1u111a revolução alé hoje questionou as bases físicas que
do homem, como peça motora essencial da estrutL1ra de produ
suporta m a existê11cia dos grupainentos 11umanos, que, ao longo
ção, vem se torna11do cada vez mais dispensável. Daí o maciço da história, te111 11a forma energética em uso seu elemento crucial.
o livro As Servidões elo Poder, dos autores franceses l-leinery,
desemprego grassa11do indiscriminadamente e já atingindo de
modo brutal os centros de poder do chamado Primeiro Mundo.
Debie r e Delea ge, b·aduzido por Sérgio de Salvo Brito para a
A substituição do homem pela máqui na - que nada mais
Edito ra d a Unive rsida de de Brasíl ia e que ganhou o título a11ódi110
são que conversores de energia - faz-se com enorm e ganho 11a
de Uma História da Energia, re-interpreta o papel das farmas de
produção de riqueza e de poder, o que natu ralm ente pode ria
trazer vantagens para todos. Essa era uma velh a aspir ação da ene rgia n a criação, evolução e decadência ªs gr�des Civi i�a? �
Humanidade e da Ciên cia. No entanto, transformou-se em ções. As circunstâncias atuais de irrevers1�el crise e11ergeuca
refém do poder do capital financeiro, a serviço do neo libe rali s mu nd ial são ta111bém an alisadas em profundidade.
mas
mo, esq uecendo-se de seus compromissos com o Ho me m. Os ele me 11tos da natureza qu e conformam os ecossiste
Qu and o o resultado do trabalho da n1á qui na fica exc lus iva me n a bio sfe ra e qu e sã o es se nc iai s pa ra a forma çã o e manutenção
d
te nas mãos do capital financeiro, cada vez ma is con cen
tra do s
do gr up am en to s l1u 1n an os nã o fazem Pª e:tdo s parâmetros e
em poucas 1nãos, poucas esperanças se poderão ter ia1 n as te or ias ec o11 _ 1cas qu: governam o
om
co m o va riá ve is qu e ba se
fu1lmro da Hu ma nid ad e. m às re gr as es tabe lecidas por essas
m un do e nã o se su b1 ne te
Qu an do a energia motora do 11o me m era teorias.
es se 11c ial 11a
produção, esse podia disputar com o ca o ve re di ctos de
pital fin an ce iro um a er ir a es sa s te or ia s �
P o r es se m ot iv o, co nf
•
is e p
.
ra n l1 0 a su a s le
totalidade dos 11omens e suas fa
míl ia s de pe nd em pa ra so br ev i N a tu re z a a u m d e te rm in is m o est
v� r d as reco1npensas obtidas
p el o se u tr ab al h o , ao se r d is p e1 qu e os co nd uz irá a o de sa str e. , .
dªd e e
1-
�
saveJ sua co n tr b u ição ante . onfro nt a-se está d1reta-
A cr is e co m a q u a l a hu m an i r
o detentor do ca p it a l fi n a n ce
d o n o das m a, q u in a s e, port ir o - q u a i dade e
a11to, da e n e rg ia ú ti l - o se ã o d e uma ce rt a
u d e st in o men t e v in c u la d a à p re se rv a ç
202 203
gt·an des corporações transnacionais petroleiras garantid as por
qu e a na tu re za caprich osa
. .. ·
re se rv a a de te rm in ad os te rr itó rio s na ci on ai s. Q ua lq u er
mente
poütica qu e se pr ez e ne ce ssi ta, po rta nt o, ga ra nt ir a preservaçã o lud t
.
. s�o 1g
0
nora m noram o que fundamenla a produ-
ís ig �
de um lote rnínimo essencial à sobrevi\1ência na cio na l. Tud o
pa
.
_
Le. o 1gno ra1n, poden; �er facilmente manipulados ... Eles só
pela via tecnológica, o méOO mo de energia útil, em ben efíc io d�
com
do conlrole nu1ner1co do financeiro, do "papel pintado'',
todos. Isso é o que, precisamente, o neo libe rali sm o prete nde cLti dam
falso. para proteger os poderosos, internos e
nie sn10 q u e
extirpar dos brasileiros.
te rnos , q u e conlrol_a1n esse fr udulento sistema. Os banquei
�
É crucial, assim, garantir por todos os m ei os o domíru o ex
e espec uladores internos nao lêm qualquer compromisso
sobre esses pabimônios energéticos pelas únicas estrutu ras ro s
somente cuidam de seus bolsos e são de cobiça
juríd�co-i�s�tucionais que têm c?mpromissos com a popula ção con i a Nação,
. Lada . Nem se preo cupan1 com a tragédia que causam.
e estão drreramente vinculados a preservação de grup a m entos ilimi
devastan do a saúd e
e o bem-eslar da n1aior pa1te de seus
humanos historicamente estabelecidos.
,
Essas estruturas são os Estados-Nação. compatriot as. Para eles 11ão existe Pátria por isso não reconhe
cem o noss o
povo com o composto de compatriotas. Os segun
Por tudo isso, a prática imposta de sub1ne ter a vida exte rna , estã o aqu i para exp lora r ao máximo,
. dos , os d e orig e111
na�r�naI em. tod�s seus �spectos, huma nos, espir ituai s, socia is e o poderio de suas
para reso lver o seu pró prio bem-estar
poLJ0cos e h1st6 ricos ao imperativo ideológico de uma fi te1..�1· no-' e cus ta de n oss a misé ria, de nosso desespero. Isso
tem à frente do Estado
na ç õ s à
Jogia exclusivamente economicista - bas icam ente na nc 1sta
em bu�·da na doutrrn .
a �eoliberal -, desvia a dis cus são d e n ossa� oco rre , 110 ent a11t o, por que o Bra sil não
s e de coragem qu e
qu estoes fundamenta1s, qu e estão longe de ser de n atu re 11en1 n as cla sse s dir ige nte s 1101nens digno
za se dêe m a res pei tar e res pei ten1 o povo, a que
m deveriam servir.
economrca - d e rr1t · eresse exclusivo de corporações aéticas -
� ·
e com
nos conduz como povo ao desastre coleti\10. Fa lta m- ll1e s dig nid ad e, cor ag em e competência. São servis
os po de ro so s, i 11s ac iáv eis em seu p róp rio ben efí cio e pre poten
C?m o vimos, podemos recontar com mais r c . s -
e in te- tes pa r a co m o po vo .
� �� :�
.
�genc1a ª. l1istória de todas as civilizações, an al is
�
n to 11 a ci o n a l es tã o f\ln-
g ra n d e s in v e st im e n to s d o d e se n v o lv im e
204
205
ra çã o , g er ação e u so des:es A gra nd e. problemática do petróleo no mun do e,
lig ad o s à ex p l � .l1m 1tad o de suas reservas o volume
damentalmente J. á mu ito e 0 descompasso entre 0
·a· ,
ta m be m qu as e Lo da s as te cn ol og ia s .
1
ene rg e co s . Pr at icam en te · os e nto de consu mo e o ritmo cada vez ma·is decresc
ag re ga da s 11o s pa 1s es 1e ge 1n
�
o1 1 1c au me , ente de
em uso no País foram . a s fa, ss e
.
is . novas descob ertas. Ja em 1972, o Clube de o .
s em fo rm as e n e rg é ti c , 1nco
. mpa ti·b1· l·d R rna a dver
tia
estão baseada 1 a d e entre o excessivo consumo
.
quanto a
,
ab so lu to do pe lr ól o no se la r de , . , . d e
l lev a ao us o ave1s d os pa1ses ditos ricos e as respecti.
90
rfi �
80
Es se pe 1 em 1 odo 1as, . rec ursos nao renov
_
. . , vas
transportes, que se concentra em _ � . com res ervas mu n d1a1 s. N o caso do petroleo, a questão explodiu em
gravíssim a irr ac io na lid ad e em r� laç ao ao us ? de h1 dr ov � as e
seguid a com o embargo, em setembro de 1973, e repetiu-se em
ferrovias, ao contrário do qu e seria recomendavel en1 contin en 110va cris e de preços e ';1 _ 1 979 . Desde então, a situação em nada
te com o 0 no sso . com gra nd es dis tân cia s a pe rco rre r, im e11 sas
se alte ro u, pelo � ont�ar10 , aumentou sua grav idade, apesar de
áreas a serem ocupadas, extensa cosla marítima e excepcio nai s med i das de rac1 ona l1da de e economia nos principais países
vias fIL1viais navegáveis. Na maioria dos países dilo s desenvol
vidos, sem essa potenciaJjdade brasileira, a participação das c o n s u m id o r e s .
rodovias, com cuslos de transporte muito mais caro s, é subs A rig or, hou ve gigantesca manipulaçã0 via sistema finan
tancialmente me11or. Em conb·aparlida, o uso de petró leo e ceiro internacio nal, para manter a aparência de que nada de
carvão mineral para a produção de calor i11duslrial e na geração grave estava acontecendo. Simultaneamente, a OPEP, organi
de eletricidade é reduzido entre nós, ao contrário do que zação que tinha conse guido reunir os principais produtores
acontece nos países hegemôrucos. Nestes, por causa de duros para enfrentar as pressões das grandes potências consumido
invernos, há ainda ponderável consumo de petróleo para 0 ras, foi praticamente anulada. Para isso contribuiu a guerra
aquecimento. l
entre o Irã e o Iraque, da qual saíram destroçados. Seguiu-se a
Toda esta realidade inconteste de consu mo intensivo e queda do preço do petróleo que reduzia os ingressos em
extensivo de petróleo entre nós, apesar disso , em situa ção momento que dependiam desses recursos para promover as
me ? os grave do que nos países hegernônjcos, mas , mes n10 respecti vas reconstr uções, especialmente do último que tinha
assim, ainda de essencial dependêncja para a vid a nacio11al. Por grande s dívidas com a Arábia Saudita e o I\uwait e cuj0s
tudo isso, é exigido de todos os que temos respo11sa bili dad es serviços eram impossíveis de serem pagos com os elevados
r
�om o País �osicionamento claro, vi,goroso e enérgico em torno níveis então alcança dos pelos juros. Isso levou o Iraque, após
a �res� rvaçao da nossa PETROBRAS co mo em pr es a de econo reitera das provo caçõe s, a invadir Q Kuwait, sofreFtdo assim o
mia � 1sta sob o co11tr0Ie do Estado e do Mo no pó lio Estatal do que todo o mund o conhe ce e que resultou no esmagamento de
pe �oleo. Sendo uma das maiores empresas do m un do ,
e da s seu povo e na ocup ação militar pelos EUA do Kuwait e da
m ai s eficientes, em seus 40 anos de existência a PE T
.
Aráb ia Saud ita, o que, com grande probabilidade, era o objetivo
RO BR Á S
se� pre soube ga:anti: de modo seguro o for ne prin cipa l. Com essa ocup ação , o que já era bem conl1ecido ficou
ci m en to de
der1v�dos de petroleo a população, 11os di fíce evid enc iado : o con trole do petróleo é hoje uma questão de
is m o m entos po r
que vi mos passando, nesses últimos 2 0 an nat ureza 1nilitar. As des pes as mil itares dos EUA para garantir
. o s d e cr is e energética
m u n d 1 �. E ela o faz com preços ao p ú ess e con tro le no Or ien te Mé dio , oBde se l0caliza mais de 60%
. · b lic o q u e estão entre o s
m a is ba1xos do mundo . A.dem a1 s, su a das res erv as qu e sob ram no planeta, fazem que o custo por
- reconl1ecida co m p et ên ci a
e� p�ospecçao e exploração d e pe
tróleo te m c o n s e g u id o e x c e p - cad a ba rri l im po rta do po r aq ue le país ascenda a cerca de cem
C1ona1s resu l tados vantaJo · same nte
co m parativos co m qu al qu er dó lar es , en qu an to a ch am ad a economia de mercado coloca .º
outra corpo ração do setor. 1
pr eç o· do ba rr il ab ai xo de 20 dólares ... Formas nobres de energ1a
se m pre foram co ns id er ad as estratégicas. O petróleo, entretan-
206
'J... O I
-
, .
vim o s, hoJ·e obj eto de esb -at égia m i litar. E os ção de troca seja pelo reaju.sta 1ne11 to
to, e' como
ç
refa correspo ndente
ex
•
a
dial que rem con ven cer os · d tolas
1 se p 1 odutos de aos
tartufos da eco11om1·a mun de de u s : po rt ão Para tanto,
·
?reços
� .
ue mo n ta r u1n sistem
terão os
.
mm r1altza
pe
que o tróle o é um a a fses i11du
óleo maJ dão par a 30 ano s '
a mais requin
l do e efici
_
As .
e1 1t e de pressoes, de constrangime
1
petr
.
de
.
res er vas m und iais ntos, garantido
isso imp ica em que as naçõ es com baix
.
o
. . h
con sum o nao pod erao
- _
a
- n aci o n al d a ma i or i a dos \)0\1os com os resultados da Rodada
.
•
econor - ruc · ·
.
a
_ es
-
sua habitual truculência, poderão fazer com as naç oes que ma is rviu nd ial me sua s d ele te r 1 s aço contra a humanidade, sempre
favorece ndo os pre1)otentes e predadores e dessangrando os
necessitam elevar o nível de bem-esta r de seus pov os, pelo uso
de suas próprias reservas de peb·oleo. E' ssa e a raza� p e l a qua l
, , -
de sfavo re cid os .
necessitamos garantir, a qualqu er, custo, o monop ol10 estata l
N a Con ferê nc ia f\1u ndi al de Energia em Montreal, em 1989,
do petróleo e manter a PETROBRAS sob o controle do Estado
brasileiro. sem irresponsáveis parcerias ou outras 1naJandra A. c11u rch do Ban co �1un dial informava que interesses do Norte
gens, quaisquer que sejam as pressões externas. O pr esi d ente iriam " inves tir " no Sul cem bilhões de dólares por ano, durante
ns um id ores,
con10 Fra11ça, Itá lia , In glaterra, ou não di sp õe
base insubstituível para a Terceira Revol ução l ndu s�ial, a se�
m de reservas ou
as têm decadentes. Como sa ir, en tã o, dessa
si tu aç ão de se sp er a
dora sem procurar ton1ar o pa tr im ôn io na promovida \)ela biotecnologia. Essa é a razão da hed1onda Lei
tural de ou tr os po vo s?
das Patentes, que o Governo norte-americano quer impor ªº
.
en te ao pe tr ól eo mas à
Essa si tuação refere-se não ex cl us iv am .
nenlium valor pa ,
. da vid a: na
tr11nonial, e, se e ,
r1 a111 a deter e s s e monopo 10 so r1. b e a ba se
levados, sua pe1·da de . 1 as a
agricultura , pelas patentes de semen t es e ·
1 nsur oo s agr1c
, o
208
209
.
o sufi cientes para matar a atual população
elas v 1n c u 1ados
sã d Terra. Cada
., na fa ntástica fa rmacopéia . na tu ra l br as ile i ra e
n uc lear produ z mais de cem quilos de plut .
.
·eaL or �
nos a1 11nen tos. Seg
os an le r1 o rm e1 1l e 11e sl e ca p 1- 1 on10 por ano ...
am
,
fo rm
· 1 passa
undo i11
r i11n 11ovo e espa 1t so : � As sim , a so luç ao da qu est ao energética mundia
f�
_ _
1o ve
orden1 de 6 1 b1
d a d e ir á p r o 1r . pelos
tulo tal monstruosi po is , ar a ·
is so , o a ·
r1 m on 10 genético é
1ilLtO de recu
Lró pi cos ,
·
n
�
captar e armazena
�
1e n1 ne dos vegetais,
_
se qL 1e r to qL
zindo o s 111dratos d e carbo no : celulose, açúcares, am1
eia da República 11e m .
Ferna1 1d o I-lenr1qL1c Cardoso
óle os v ege ta i s e t ., qu e tom am a designação genérica d
1e nt e o se nh or P rodu . 'dos
tando es pe cia Jn
�
� rnprom eti do co m es se
Ex
ne
ler
fa nd
ior es
o projeto, Le nd o si do , q.ua � do
e da Fazenda, se u pr 1nc 11)al bio m ass a . Es ses l11d raL os d e carbo no podem ser usados direta
�
M in istro da s Re laç õe s
promotor. Esperamos qu e seu po.
�
sic io na m en to, ii_es a e em o � u�as m e n te com o for mas ene rgéticas primárias ou transformados
, . pr1a
eta me nte a P' � sobrev1ve n e m tais por pro ces sos d e ferm entação com bactérias ou enzi
mas, e h i d róli se , tamb ém com enzimas ou ácido etc. Quase
questões fundamentais, liga da s dir
da Na ção , cor res po nd a às nov as res po ns ab ilidades qu e assu
cia
miu como presidente de todos os brasileiros e não ma is a de u m Lodo s já dom inad os no B ras i l , em escala indu strial. Estamos
candidato a uma eleição qL1e tudo joga para gan há-la, em processo por tudo isso, predes tinado s a se rmos a grande Civilização do �
que necessita de substanciais apoios financeiros, em geral, em H i d rato s de Carbo no, em vez daquela decadente dos hidrocar
mãos antinacionais. Esta é a esperança fund amen tada d e Lodos bonetos que vive seus estertores, pois deriva.m de combustíveis
os que tê1n compronlissos com o Brasil . fósse i s, em extinção, ou altamente desestabilizadores do equi
1'1uito antes das resen1as de peb·óleo serem exauridas, a l íb rio term odin âmi co da ecos fera .
maioria dos países não terão mais acesso a elas, 1nesmo se Nos países hoje industrializados, todos situados ao NDrte
localizadas em seus territórios. Elas passarão a ser controladas do Trópico de Câncer, as aplicações energéticas da biomassa •
por for ças militares das potências l1ege m ô nicas para garantir serão sempre marginais, poi s sua aplicação generalizada é
Il1es o suprimento necessário, enq u a nto d ure. inviabilizada pela baixa incidência média de energia solar sobre
Mesmo com medidas dessa nalureza, o fim do petróleo é seus territórios e pela carência de grandes e:xitensões territoriais
inexorável para aquelas potências, muito pobres em recursos adequadas para esse fim.
energéticos renováveis por estarem todas situadas em regiões Por lamentável m imetismo cultural, tende-se, no Brasil, a
temperadas e frias. Só as regiões tropicais com exte11sões 11ão -
encarar esta forma de energia como al go complementar de ,
210 211
Sen vol vi1ne1 1to d o inu ndo tropical e, a
de mais longo
s di m e11 sõ es en er gé tic as do e a
id éia da l Lei - prazo, em
Para que se poss a ter ., alav an ca l e a .
ç a o da estrutura
po derosa
( 1 Ja co 1n ova d os na
, . . de poder .
uL iliz e1n os 1n d1 ce s 1J1 . mundial
o,
eco1 og1co
d
,
que estamos a �11
. . Esta nd o a bi om as sa di st rib uí da em ambientes
nental brasile·
a saber ,
i
experiên cia brasileira,
.
. s
ta
.
Lo d o o t er 1 1to 110
·
� o s e1n c o
.·
ífi nt
1
c
. ·
a
a) 30% do le i 1 1 ga11 1 a co no ç a o 1nt r1n sec a de profun
- u Li l i zação
-
. .
as . da descentral·-
l
a:; a11 cx p 1 aç ao
,
1n or
1
co 11v e11 cio 11a J. 1
para a agi.·icu !Lu ra
· � 1.• e on1 os nív
zaçã o só ci o ec on o 11 1ca, o qu e d a, po ss ib ili da de a
_
.- .
fi111 s d ?
1 c a d e d a A ce .
s1t a E uma distribui-
1
du L1v n e1
Ja ção a d e q ua d a e r1 L1 e z a em todos o recantos do País. As falsas
de pr o _,
eis
�
-
Jloresl.4
. os
�
getíca, a 1cançados 110 \/ale
.
1a ,
pr o m es s as el e1 to re1r as de d esce ntral i zação ganham p0r essa via
·
01 1 e1n
· ·
do Jc qL 11l1 11l1
·
, ·
. d e .1 0 se ;a
cerca de dez b;//1ões de barr1,'l
u
. po r
pe tr o eo . (orle vo nta de na cio 11a l. Es sa d isp on ibi lid ad e energética descen
ano, O equiL1a/e11te a i1n1 terço
das reservas glohats de trali zada em prat icam ente todo o território cria condições
petróleo norte-a111 erica 11 as; e x ce pci o n a i s par a um a rev isão profunda do si ste ma nacional
b) Entre centenas de óleos vegel � is Lro pic ais élJJl os a sub stil uir de tran spo rtes e d e ocupação p opul aci o nal de imensas regiões
0 óleo djesel obt ido do pelroleo. tom emo s com o exe m1J lo hoje d esoc u p a d as . O seu reflexo imediato é o desinchamento
0 óleo de dendê. con1 nível de prod utiv idad e con serv ado r. das gran des mega lóJJo les brasileiras em sua crítica situação de
Utili zand o os 70 milh ões de l1eclares n a A111 azôn ia e 2 insegu rança e desord em gene r ali zad a por m ei o da criação de
mill1õ es no sul da Bahia , aptos ao plant io de dend ê, com
m u i tos milhões d e empreg os no campo e em vilas e cidades de
produti\1idade média de 4 tone ladas por hectare por ano,
chega-se a i1ma produção potencial de 6 n1ill1ões de
méd io e pequ eno port e, constituindo-se em uma verdadeira
barris1dia de óleo diesel vegetal Ou seja, cerca de cinco marcha para o Oeste. Há ainda a possibilidade crucial de
vezes o consumo total de petróleo no Brasil !1oje. Co1n ocuparmos com brasileiros imensos espaços expostos à cobiça
es tr an ge ir a ...
•
212
213
A disponibilidade de energia é' como vim
· os
. LA
ev ol uç ão sã o el e1 nentos es se n ci a is a . ' a condiçao
-
- em cu ·a
1 básic a paraa eXJs enc1a e farmação
do de maturaçao, ., icas a l ta lm en le predo-
eL
de agrupamento
s humano
A fo rm as en er g 1z
prud enc1a . e o vi·goi· A s L er ma nente s. A m ob·i 1 · aça- o d as diferentes
formas e 5
se a in d a d u ra n te c e rto te m p o , c o m P . .
. d energi a
.
1.1açoes consecu l.1vas d e
r- 1n t e1.·
1or d e
·
·
m1nan tes devem mante - orga niza-s e no
. .
sistemas cujas tlimensoes- sao ao
·
.
a av a
_
nacio nal decorren te tend o por b ase .a su b sti tu1ça o energeti , .ca mtensiva e ext
·
ta re f�
.
s s�o necess�1o s �o d ens1va
r av an te es sa s
petróleo. Pa ra le va : Nu nca se qu es tio 11o u as bases �ateriais da organização saciai
_ ,
do s in sb ·u m en to s. O pr1me1ro de le s e a pr op r1 a
rosos e ad eq ua existe ntes para .suportar esses sistemas. No entanto , nenhuma
alternativa soc1a1 perman
S. Nã o se ju st ifi ca qu e vi ve nd o o m un do l1á m ai s
PETROB RÁ ente será mais concebível -
. se nao
te an os u1n a pr of un da cr ise e11 ergética, em qu e novas
de vin impli car e1n u m novo siste ma energético .
as, s e ma nt en ha
formas extensivas são ansiosamente procurad
As e m p!esa s b�sicas e estraté_gicas, com participação do
nossa principal empresa de energia confi11ada a um a forma
restrita e convencional. Já em fevereiro d e 1 987 , Me lvin Cal vin ,
Estad o , terao cruci al papel no ajuste da matriz energética
brasi le ira à nossa realid ade e à c�ise mund ial do petróleo, assim
Prémio Nob el de Química, dizi a que a PETROBR S era um a
Á
das úJtimas empresas exclusivamente de petróleo d o mun do,
p:
como foi essenc ial a, P TROB RAS garantindo a distribuição na
implantação d o PRO-ALCOO L. A Co1npanhia Vale d0 Rio Doce,
devendo-se transformar imedi atamente em uma empr esa d e
energia, ajustando-se, portanto, à realida de da socied ade, e m
' por exempl o, levando e m conta sua experiência no setor
florestal, e a Acesi ta Energética, ex-Acesita Florestal, mesmo
função da qual existe. Isso não significa que ainda por um longo
que privatizada, se continuar em mãos nacionais, a ELETRO-
período vá deiJCar de atuar, de modo predon1inante, nas 1núlti , .
plas atividades vinculadas ao petróleo, que exigem forma
BRAS, especialmente a Eletronorte e a OH1ESF 1 elilitre outras,
integrada de ação, e cujas atividades estão perfeitamente deli
terão também importante papel na gi gan tesca tarefa que a
neadas e an1adurecidas pela empresa. Energia é um a d i mensão
oportunidade histórica no campo energético proporciona para
física única que se modifica de uma forma em outra, continua n construir u m Brasil poderoso e justo.
do, porém, sendo sempre energia. Confi nar uma empre sa à Com a convicção baseada na potencialidade física e huma
geração ou transformação de uma forma dete rmin ada de ener na brasileir a e a confirmação da ciência, podemos conclam ar
gia é estabelecer limites para sua efici ênci a. É um verdadeiro estar nossa Socied ade ante su a maior opoFtunidade histórica,
atentado ao Primeiro Princípio da Ter mod inâm ica que esti pula talvez única . Para fazer jus a ela é essencial que nos v oltemos
que a energia não se cria nem se desb·ói, ape nas se tra nsf orm a. para noss os imen sos patri môn ios naturais, no momento em que
O qu e dev e comandar sua vocação é a rna ior ou me as potê ncia s 11ege1nônicas vêem os seus próximos da exaustão.
n0 r
ab un dâ nc ia de fontes energéticas pr im ári as e as cir cu Cria-se, ass im, estt1pendo desafio de coragem e competência,
ns tân cia s
do co�t�xto sócio-econômic� onde estão loc qu an do ve mo s a de mo lição do Estado ocorrer aos nossos olhos
alizadas . Na pi or
das h1poteses, a PETROBRAS de ve ria com ina cre clitáve l bru tal ida de, fruto da especulação, do egoís
mo , d a ma ldi çã o da pe rd a da auto-estima, do desamor à Pátria
ocupar o espaço do s
co m bu stíveis líq ui do s e gasosos,
de or ig em fóss il ou nã o
fortal ec en do a in iciativa d e em pr
extensamente n a prod ução de
es as brasileiras qu e já atua � e aos pró prio s filh os.
combustível renovável qu e está s e n do fei t� para
. Es te liv ro pr oc ur ou mostrar o _ s Po-
im pe d ir q u e se ja m alcançados nossos objetivos nac1ona1 .
214
215
te d e q u e a d in â 11 1i ca d e 11 1o l i
E D IT O RA
aqui o a te n L1 a n
d ia ter Jiavido a té ra d a c o m Lo d a c la re za.
não te n l1 a si d o m o sl
dora q u e nos assola
Transformada em fa to s, p o ré m , c o m o m o d e slam e n le p ro c u ra VOZES
u é m m ai s p o d e af ir m ar q u e a d c sc o 11 h ec e .
mos evidenciar, n in g
ri a te r le va do al g u ns ao d es i1 1l er ess e o u
Antes, tal p o st ura pode
l1o je , nã o há m ai s razão pa ra de sc o nl 1 ecê-la, SED E Porto Alegre, RS
ao esconderijo:
lâ nc ia s, po rl a1 1L o , a {90 01 0-273) R Riª
somente cabe a tr in ch ei ra . N es sa s ci rc L11 1s
d e al la lr ai ç5 o .
Petrópo lis, RJ
(25689-900) R. Frei Lufs, 1 00 Tel .: (05 1 ) 2 39
2 6� 1 t uelo, 1280
e, 82
Tel.: (OB 1 ) 221 �4 OO nc1p 4
Fax: (0242) 4 2 -0
692
�
Fax: (08 1) 221 -4 180
LOJA S
tªf
Lon dri na, PR S ã o Paulo, SP
º 1 0-3 90) Rua Piou(, 72 Loja 1 (0 13 0 9 -0 0 1) R. Luls Coelho, 295
216
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