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GR\NDE ORIENTE UNIDO E SUPREMO CONSELHO


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JOn.3STA.I-. omai-A-L
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MACONARIA BRAZILEIRA
Redactor Ctà-Ir. %. g. h %mxú.

2.° AMO.
N. 1.— Janeiro ": í

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ORIENTE DO RIO DE IÀNHRG.


GRANDE ORIENTE UNIDO E SUPREMO CONSELHO DO BRIZIL.
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1873 (era vulgar).

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boletim:
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GRANDE ORIENTE UNIDO E SUPREMO CONSELHO


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BRAZIL
JORNAL 0FFIC1AL DA MAÇONARIA BRAZILEIRA. 0

Num. 1. JANEIRO, 1873. 2.° Aimo.

SECÇÃO DOGMÁTICA.

A Maçonaria Brasileira.
Entra felizmente a maçonaria no Brazil em uma phase
verdadeiramente animadora para o seu progresso moral.
Convicta de poder realizar a unidade maçonica, em face
das numerosas e justas adhesões das officinas provinciaes
â jurisdicção do Grande Oriente Unido e Supremo Conselho
do Brazil, que é a verdade suprema d'essa instituição no
império de Santa Cruz, apoiada pela justiça e pela legali-
. .¦

dade, está ella já preparando os elementos de grandeza,


»

que deve recommendal-a à gratidão dos vindouros, tantos


e tao fecundos sao os magnificos bens que vai derramando
sobre nossa sociedade. .
Conscia de que o seu primeiro dever é amparar a vir-
tude, continuará a trabalhar para afugentar os ardilosos
hypocritamente se intromettem no seio da fa-
jesuitas que
milia brazileira; e graças a sua constante e insistente de-
dicaçao se tem creado desde os centros mais populosos até
aos mais remotos confins do paiz novos núcleos de resis-
tencia, afim de que ninguém succumba victima dos erros

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»

e da prepotência clerical, nem falte a luz com que deve


o homem reconhecer os seus sagrados direitos.
Confiando plenamente que a pratica das boas acções
dará o ultimo golpe nos que preferem viver tecendo mes-
quinhos enredos, que sao péssimos instrumentos de prós-
peridade, esforça-se a maçonaria — unida — por mitigar os
solfrimentos dos necessitados; e a fundação das escholas e
a creaçao do monte-pio maçonico em breve collocarao esta
grande instituição ao nivel das mais úteis que podem honrar
os destinos da humanidade.
A instrucçao privilegiada que alimenta os velhos pre-
conceitos e não suavisa as mal entendidas asperezas entre
os diversos membros de uma mesma sociedade, nem prepara
"educa
o cidadão, nem o homem; da mesma sorte que os
defeitos da organisaçao do trabalho e a escassez de meios
nao permittem ao trabalhador acautelar-se contra as even-
tualidades da vida humana, procurando, por uma justa
economia, amparar dos effeitos da indigencia os seres que
lhe sao mais caros.
o filho '
Escholas regidas por professores insignes, onde
do maçon necessitado e o msnino de qualquer classe en-
contrem o vestuário e o livro, e um modesto monte-pio ±
geral, cujas entradas possam ser realisadas sem maior sa-
crificio para o maçon; eis os dons singelos argumentos
com que vai o Grande Oriente Unido responder aos detrac-
tores de suas generosas intenções e com que ha de, confiado
na Providencia Divina, conquistar a affeiçao do restante
das oííicinas que ainda meditam sobre o modo de render
preito de obediência e homenagem ao supremo legislador
da maçonaria brasileira. '
Quando tao fascinantes horizontes animam as esperan-
ças de nossa sociedade, póde-se e deve-se ter como certo
que todos os maçons de coração hao de concorrer para esta
"*#• grandiosa propaganda ; e pouco a pouco cedendo a injus-
tificaveis escrúpulos auxiliarão o Grande Oriente Unido no
bello trabalho do progresso, que a um tempo dà luz ao
filho e preserva a familia da penúria, que fôrma o cida-

¦•mMsmvmwm
dao pela instrucçao e eleva a família por um certo grau
de independência.
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Só assim, alargando os recursos do entendimento e me-
lhorando as commodidades da família, conseguiremos firmar
o padrão, que deve entre os maçons substituir a usança
da ameaça e da intriga que, sem nada produzirem de útil,
apenas degradam os insensatos que as manejam.
Nao é mister grande contensao de espirito para reconhe-
cer que o recente abalo da Ordem maçonica foi originado,
-antes de tudo pela vaidade de um gram-mestre que não
quiz submetter-se á nova auctoridade legitimamente eleita;
e depois, por falsos e ridiculos interesses de um pequeno
grupo, que aspirava o commando.
Mas, como em todos os phenomenos é sempre possível
corrigir ou annular as acções perturbadoras; assim também
o abalo que desuniu momentaneamente o grande povo, á
similhança das oscillações do pêndulo que diminuindo de
amplitude pelas resistências ao movimento, acabam por
chegar ao estado de repouso, ha determinar a sua influen-
cia pelo completo reconhecimento do Grande Oriente Unido,
primeiro e único regulador da maçonaria no Brazil.
Convém porém que os maçons d'esta terra nao se te-
mam de ameaças e affrontem corajosos os preconceitos com
que se pretendem occultar a immensa força e confiança
que inspira a maçonaria unida.
Galileu também soffreu pela verdade, mas conseguiu
demonstral-a; firmando assim o grande movei dos destinos
humanos.
Si motivos frivolos pudessem obstar seriamente a soii-
dariedade das instituições, nao estaria o Grande Oriente
Unido marchando impávido para as eminências que nunca
attingiu a maçonaria no Brazil.

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O Grande Oriente Unido do Orazil. *

Nas sociedades particulares, como no seio dos partidos


e mesmo dos grandes estados, luctas intestinas tem havido
que sem abalar os sólidos fundamentos de sua formidável
grandeza e prosperidade, tem com tu do tristemente impres-
sionado aos mais notáveis pensadores. É que o progresso
que se tem obtido por tao encarniçadas contendas, podia
também ser pacificamente conquistado.
Nem sempre, porém, a verdade, que é a estrella polar
da humanidade, quer entenda com os princípios que obe-
decem â razão, quer se allie áquelles que dependem da
fé, pôde ser completamente determinada sem commoçoes
mais ou menos violentas; tal é o império do erro no meio
«das cousas terrestres.
O goso das frivolas posições, que deleitando a poucos,
compromettia severamente os direitos do maior numero, e
a dignidade da justiça que reclamava imperiosamente a
cessação dos velhos abusos e violências, tem geralmente
sido as causas dos grandes choques que hão retalhado de
um lado as sociedades e as nações e de outro ensanguen-
tado a humanidade.
Outr'ora vencia a tyrannia, porque dispunha da força;
hoje vencem a razão e a liberdade, que são as únicas armas
do progresso.,
Desde que os povos tem constituído as modernas so-
ciedades, ainda se não deu um facto tão grandioso, como
presenciar-se um povo generoso, os Estados-Unidos da Ame-
rica do Norte, travar a mais gigantesca lucta,
que se tem
observado, e arriscar toda a sua fortuna, só
pela causa
da liberdade!
Em menor escala, mas por motivos também civilisado-
res, tem surgido dissenções profundas na maçonaria bra-
zileira, sem que o espirito pacifico d'esta instituição e seu

l
¦

. :

natural pendor para a caridade e beneficência tenham po-


dido obstal-as.
Como a razão não pôde estar, a um tempo, nos dous
campos dissidentes, da mesma sorte que não estava ao
lado do sul e ao lado do norte na questão americana,
chega-se a esta conclusão rigorosa, que ella está necessa-
mente com o Grande Oriente Unido, que é a expressão da
grande maioria do Corpo maçonico do Império, e que a
futeis motivos prefere a crescente obra da civilisação; que
toma para base a moral; se esforça pela conquista da ver-
dadeira fraternidade, que é a demonstração pratica da
igualdade dos direitos do homem: e que a única e real
distincção n'esta peregrinação terrestre é o saber e a igno-
rancia, o vicio e a virtude.
Uma sociedade que tem acompanhado e auxilliado o
movimento progressivo da humanidade, e se tem sempre
distinguido por uma existência laboriosa, como a maçona-
ria, não poderia annular-se no Brazil pela inacção que de-
grada e esterilisa, só porque alguns espiritos obsecados
entendiam, que fazendo a dissidência, creavam também um
óbice ao triumpho das modernas idéas, que buscam eman-
cipar o homem pelo trabalho e pela instrucção, insistindo
em extirpar, a todo o transe, do seio da mesma sociedade
o aviltante cancro do parasitismo.
Os nobres estimulos que tanto honram a maçonaria-
unida, tem felizmente sido dignamente acolhidos pela sen-
satez do rigido povo maçonico do Império; e de sua si-
sudez e critério depende o grande bem, que intenta ella
realizar.
Mas, o que torna summamente recommendavel a atti-
tude assumida pelo Grande Oriente Unido é que, sempre
consternado pela deplorável cegueira da minoria dissidente,
não tem transigido com a dignidade, a ninguém tem re-
e antes extende commovido os braços aos que o
pellido
não tem calumniado e mentido para formar uma
procuram;
falsa opinião ante as potências maçonicas ; e principalmente
porque não se tem servido de outros instrumentos n'esta
- .
8

sento da exposição da verdade, le-


gloriosa propaganda,
vada a um inexcedivel grau de evidencia. o Grande Oriente
Quem considerar com madureza que
que nao proceda da
Unido nao aspira a nenhuma gloria, de uma
nao seja o resultado
espontaneidade da consciência, dos maçons que
e o fructo da meditação
Ivtao sincera, e con-
bem estar, pensam pelo
Z cuidam somente de seu dire.to, sua
tem pela
trario que a misera humanidade a todo o con-
na indigencia
fragilidade, a todo o amparo adversidade, nao
toda a na |
solo na desdita, e a protecçío
o destino da
no Brasil, immenso é
deixará de exclamar: do forte,
sem distinguir o fraco
maçonaria unida, porque nao
seduzir os inconscientes,
sem corromper os incautos, terra «Ia
o seu povo à
poupa sacrifício algum para guiar
Pr0Tsol'que
illuminou outrora o povo de Moysés, quando
empreza, hade amanhan também
intentava realizar idêntica Unido e
illuminar a inevitável victoria do Grande Oriente
*

Supremo Conselho do Brazil.

O jesuitismo em Pernambuco.
A intervenção dos maçons bons em favor da intolerância
jesuitica vai produzindo o effeito que dever-se-hia esperar,
açulando contra os maçons maus grande numero dos bispos
desta terra, sectários decididos da seita de Loyola.
A indifferenca da administração do estaco diante dos
actos praticados pelos bispos do Kio de Janeiro, do Pará e
Rio Grande do Sul, que a seu bel prazer sophismaram a
constituição do paiz, e a alliança entre os adeptos do romã-
nismo e a maçonaria ultramontana com o fim de dividir a
- 9-

Ordem para destruir-lhe as forças e não contraminar os


planos
tenebrosos da cruzada jesuitica, explicam sufficientemente
a ousadia do attentado que acaba de praticar o bispo de
Pernambuco, firmado na impunidade dos actos anteriores
dos seus collegas.
Eis porque os órgãos ultramontanos dessa província
appellidam de maçons maus os que trabalham com sacrifício,
coragem e perseverança para consolidarem em todo o im-
perio a união maçonica, tão necessária para o extermínio
dessa peste moral, que corrompe os costumes e lisongeia os
vicios, o jesuitismo, com todo o seu cortejo de nefandos males.
Os maçons bons pertencem ao grupo queA se arroga o titulo de
Oriente e segundo as suas doutrinas, não pretendem medir se
com laes campeões, mas simplesmente rccinduzil-os d verdade, cxhor*
tal-ns. E conseguiu em Pernambuco o almejado fim a única
publicarão possível no mundo profano, o Boletim Oficial do inti-
tú-lado Grande Oriente do Brasil!
A imprensa livre e independente do paiz tem profli-
gado com energia a arbitrariedade do prelado de Pernam-
buco, chamando a attenção dos poderes públicos para as
tristes conseqüências que. dahi poderão provir para a tran-
quilidade da nossa sociedade; as lojas dessa heróica pro- ê
vincia, que sabem manter illesa a dignidade da Ordem,
cumpriram o seu dever, e o Grande Oriente Unido lhes
prestará o seu auxilio, como lhe compete em tão grave
emergência, porque realmente a questão já não é para ser
acolhida pela indifferença de um pseudo gram-mestre, mas
para ser resolvida com urgência pelos representantes do
povo, a quem incumbe por providencias legislativas e por o'

iniciativa própria, oppôr barreira insuperável a essa con-


tinua invasão clerical nos domínios da consciência e da ,
¦ *'
1^

liberdade civil dos cidadãos.


Cumpre-nos reproduzir nestas paginas o deplorável
acontecimento para conhecimento de todos os maçons e
para registrarmos mais um triste episódio de nossa his^
toria, como lembrança dos funestos effeitos da ignorância ¦
¦
¦

. .¦
¦

ou do despotismo neste século de luz e de liberdade e em


¦

.

- 10 -

um paiz fadado por certo a destino mais feliz do que o


de ser dominado pela ambição desenfreada dos jesuítas de
todas as espécies?
As pranchas oniciaes que recebemos do delegado do
gram-mestre, a narração feita em jornaes profanos e no
excellente órgão da maçonaria em Pernambuco, A Verdade,
serão as fontes fieis e seguras de que nos serviremos para
descrevermos o escandaloso procedimento do diocesano, só
possível de ser tolerado em um paiz bárbaro e selvagem.
Irmãos justamente considerados e acatados na socie-
dade civil e maçonica, distinctos por seu saber e virtudes
e, o que é mais notável, por sua piedade christan, torna-
ram-se alvo das iras do reverendo prelado, que em uma
circular intimou, por intermédio de diversos parochos,
aos juizes das irmandades que dellas expulsassem os ma-
çons, pelo facto de serem excommungados, pena de expulsão
que não se realisaria, si elles abjurassem a Ordem.
Eis esse precioso documento que merece a todos os res-
peitos as honras da transcripção por ser o mais eloqüente
testemunho do gravíssimo erro commettido pelo prelado.
Ao Revm. Conego Vigário de Sancto Antônio do Recife.
Constando-nos que o Sr. Dr. Antônio José da Costa Ribeiro, noto-
riamente conhecido por maçon, é membro da irmandade do Sanctissimo
Sacramento dessa matriz, e pesando sobre os iniciados na maçonaria pena
de excommunhao maior lançada por differentes Papas, mandamos que V,
Revma. sem perda de tempo dirija-se ao juiz daquella irmandade e or-
dene-lhe em nosso nome que exhorte caridosa e instantemente ao dito ir-
mão a abjurar essa seita condemnada pela igreja.
Si por infelicidade este não quizer retractar-se, seja immcdiatamonte
expulso do grêmio da irmandade ; porquanto de taes instituições são exclui-
dos os excommungados.
Da mesma sorte se proceda com todo e qualquer maçon por ventura
membro de qualquer irmandade existente na sua freguezia.
Aguardamos a communicação de que as nossas ordens foram cumpridas
Deus Guarde a V, Revma. — Fr. Vital, Bispo diocesano.

Iguaes aos vigários da Boa-Vista, do Recife, de S. José


e da Capunga, ao guardião de S. Francisco e ao provincial
do Carmo, individuando alguns membros de irmandades,
que eram por S. Ex. reconhecidos como maçons.
Como era de esperar, o acto do diocesano não encon-
trou o minimo apoio e todas as irmandades, compostas em
¦

- 11 -

sua quasi totalidade de maçons, baseadas no direito escripto


e nos seus compromissos, recusaram peremptoriamente cum-
prir a sentença jesuitica.
O irmão 33, Dr. Ayres de Albuquerque Gama, veneravel
da loja União e Beneficência, uma das victimas da sanha epis-
copai, deu a seguinte resposta â intimação de abjuração
que lhe foi transmittida pelo presidente da mesa da irman-
dade de Nossa Senhora da Soledade.

Illm. Sr.—Prescindindo de responder ás extemporâneas e infantis


exportações que, por ordem do diocesano mandou o nosso Rev. parocho
me fizesse V. S. para abjurar da ordem da maçonaria a que affirmaelle
pertencer eu publica e notoriamente, porque pertenço á, classe das cousas
a que nao permitte a dignidade do homem responder; devo declarar que
a ordem de S. Ex. licvma. é inexequivel porque nao ha poder algum que
tenha a competência de expollir um membro da corporação do que faz'
parte integrante e que até faz parto como um dos encarregados de admi-
nislra-la.
É inexequivel porque S. Ex. nada tem que ver com as irmandades
constituídas legalmente por um compromisso competentemente promul-
gado pelo único poder legislativo na matéria, com sanceão do ordinário
na parte liturgica somente.
É inexequivel porque a expulsão tendo de ser feita ou antes imposta
a todos os irmãos que forem maçons. devem scr-lhes restituidas as res-
pectivas entradas com que se inscreveram e os cofres da confraria não
comportam tão enorme quão illegal desembolso, pois nesta, como em'todas
as irmandades e confrarias da capital, a quasi totalidade dos irmãos são
maçons e beneméritos da corporação que tão eílicazmente auxiliam com
dinheiros, dos quaes a jóia da entrada é a menor das quantias despendidas
com a irmandade e explendor do respectivo culto.
É inexequivel a expulsão porque o uuico poder depositário de auc-
toridade nas confrarias e irmandades é a meza regodora, a qual ó em sua
maioria absoluta, senão totalidade, composta de maçons.
É inexequivel a expulsão por falta de competência da auetoridade que
a ordenou e do intermediário a quem fui transmittida.
É inexequivel finalmente a expulsão porque não ha lei que a aueto-
rise, e no foro civil a que pertencem as corporações de mão morta, quanto
ao regimento interno e administração peculiar, nem um dos seus membros
tem direitos nem deveres que não estejam clara e expressamente decla-
irados e definidos. . . _
Ad impossibüia nemo tenetur : logo nao ha obrigação alguma da
meza regedora cumprir uma ordem impossível, como a que manda expul-
sár da confraria os membros que forem maçons, e V. S. como mero
presidente não tem attibuição alguma além das certo definidas no art. 18 do
nosso compromisso, c nestas não se pôde por incluir nem deduzir
o autocratico poder de expollir aquelles que concorreram para V. S. oc-
cupar a presidência da sua administração.
Deus guarde a V. S.
Illm. Sr. tenente-coronel João Valentim Villela, mui digno presidente
da meza regedora da confraria de Nossa Senhora da .Soledade.
O definidor
Ayres de Albuquerque Gama.
- 12 -

O que fez o Rev. prelado á vista da desobe-


porém
diencia formal a uma ordem incompetente, illegal e inexe-
quivel?
Ordenou a interdicção da igreja de Nossa Senhora
da Soledade, foi effectuada pelo respectivo vigário, de-
que
de ao ceremonial exigido! !
pois proceder
Essa resolução é digna de memória, porque não tem
exemplo em parte alguma do mundo, nem mesmo na cidade
eterna, centro das ordens do jesuitismo!
O irmão Albuquerque acabava de ser legal e legi-
timamente eleito juiz da irmandade e a circular do bispo
recommendava ao juiz em exercício a intimação de expul-
são ao juiz eleito !
Tal doutrina deixa bem claramente descobrir a fi-
liação do prelado á cohorte jesuitica, que tenta avassalar
o Brazil, imperando sobre todos os ramos da administra-
civil, ã qual devia ser completamente extranho o mi-
ção
nistro de um Deus de paz e de concórdia.
Não sendo da competência do bispo ingerir-se na ad-
ministracão das irmandades que são corporações de orga-
nisação mixta, sujeitas no seu governo temporal ao juiz
de capellas, referindo-se apenas as suas funcções ao exer-
cicio espiritual ou ao modo como celebram ellas o culto,
é claro que pretendendo invalidar uma eleição julgada re-
guiar e legitima pela auctoridade competente, ultrapassou
suas attribuições, provocando um confiicto de jurisdicção
com o poder civil, tao digno de respeito, quanto o eccle-
siastico. Si ainda se attender que não ha uma só irman-
dade na capital da província que não seja em sua quasi
totalidade composta de maçons, a expulsão destes contri-
buiria para o fechamento dos templos e o adormecimento
do culto. Longe pois de alcançar o seu desideritum, o prelado
<J
não fez mais do que servir á impiedade e em seu furor
atrabiliário, tão impróprio de um bispo, promover a resis-
tencia, e graves excessos, si nao fosse a população per-
nambucana respeitadora da lei, da auctoridade e do socego
publico. •
*

- 13-

As circulares episcopaes produziram com toda a razão


indignação geral e foram energicamente estigmatisadas
pela imprensa pernambucana.
Não sabemos si o prelad mandou interdizer a todas
as igrejas ou si recuou a tempo do plaao ousado e louco,
que tinha em mente. Era de presumir que S. Ex. â vista
da attitude que assumiu a população, receiasse uma ca-
lamidade e não quizesse ser coherente; pois teria de soffrer
a mesma decepção, visto como são os maçons que dirigem
todas as confrarias, a começar pelas de mais importância,
0

como Sancta Casa da Misericórdia, Ordem Terceira de S. Fran-


cisco e do Carmo; o que significa que a insensatez do
bispo frei Vital tanto mais se revela em seu procedimento,
quanto por aquelle facto a exclusão dos maçons das ir"
mandades importaria a sua suppressao.
Ou o diocesano nessa lucta que provocou, demonstrou
incapacidade notável para administrar o rebanho que tao
desastradamente pastoreia, ou conhecendo o pessoal maço-
nico das irmandades, que mantêem o culto, empregando
recursos avultados na celebração de festas, donde auferem
lucros o commerciante, o artista, e sobretudo o próprio clero,
pretendeu despojar de todos os seus direitos as irmandades
e extorquir-lhes os seus haveres para da-los aos jesuitas.
Será, porém, exequivel essa pretenção ? Consentirá a aucto-
ridade civil que se pratique tal desacato? Não o cremos.
S. Ex. errou, pois, o alvo, porque, longe fie ferir a ma-
çonaria e expô-la ás iras populares, terá de entrar em
lucta com a própria igreja, prejudicando o clero e o culto
religioso. Os templos ficarão desertos ; pois não serão ceie-
bradas as solemnidades do cathohcismo à custa da admi
nistração da provincia ou do estado. É esta a conseqüência
lógica a deduzir-se, si S. Ex. continuar a interdizer as
igrejas, hypothese que repugna ao nosso espirito admittir.
O ominoso acto episcopal rebaixou, pois, o clero e a re-
ligião, e exaltou os excommunyados; nem podia ser outro
o resultado em um paiz catholico, onde os homens desa-
catados pelo chefe da diocese sao justamente os que por
- 14 —

recursos e ver-
sua influencia social, por seus pecuniários
dadeiro zelo christao sustentam o culto publico. desmora-
O elemento que procurou o prelado para
Usar a maçonaria e proteger os seus apaniguados jesuítas
desastrado O povo, em vez de
foi de certo o mais possível.
os maçons, collocou se ao seu lado, fazendo
lancar-se contra
áquelles que elle viu sempre, sem a hypocrisia pha-
justiça á celebração
risaica, dedicar-se á construcção dos templos e
das pompas festivas com o devido brilhantismo.
Seja capricho, tentativa jesuitica, ou subserviência á
cúria romana, o que é certo é que o acto do prelado per-
nambucano promoveu uma reacçao, talvez necessária para
a perfeita intelligencia das leis que nos regem, e para
que o povo conheça praticamente as sanctas virtudes das
sotainas e dos seus instrumentos.
Era de urgente necessidade que os maçons defen-
dessem a sua dignidade ultrajada e adoptassem resoluções
para esse effeito. O illustre delegado do gram-mestre do
Grande Oriente Unido convocou uma assembléa geral do
povo maçonico, que se verificou a 5 do corrente, tendo a
ella comparecido 227 irmãos de todos os graus.
Feita a exposição do fim da reunião pelo irmão dele-
gado, abriu-se o debate, em que tomaram parte notáveis
oradores, terminando a assembléa por adoptar as seguintes
resoluções :

l.a Fazerem-ss representações aos poderes politicos e civis, contra os


abusos commettidos pelo bispo, e sollicitando providencias promptas.
2.a Fazer conferências publicas ou meetings em que se esclareça o
povo a respeito desses abusos, e da necessidade de serem quanto antes
remediados.
3.a Publicação dos quadros dos obreiros activos das differentes lojas
deste valle, e relação nominal de todos os maçons avulsos das provincias.
4a Abrir-se uma subscripção popular, cujo producto deve ser desti-
nado a erigir-se um mausoléu ao distincto pernambucano Abreu e Lima,
como á primeira victima escolhida pelo jesuitismo em Pernambuco.

As lojas de Pernambuco, que tão notáveis se têm


tornado em sustentar a causa da Ordem e da humanidade,
portaram-se com firmeza e energia, interpretando o senti-
mento geral do Grande Oriente Unido, cujos membros se es-
- 15 -

forçarão para que produza benéficos resultados a empreza


da legitima defeza dos nossos direitos conculcados, e com
elles o futuro da geração vindoura, ameaçada dos
grilhões
do fanatismo religioso e talvez das torturas da inquisição.
Segundo as deliberações tomadas, a commissão in-
cumbida de executal-as, convidou a população do Recife a
uma reunião, que se realisou a 9 do corrente no Campo das
Primezas, em numero de mais de seis mil
pessoas.
Transcrevamos a este respeito textualmente a noticia
que dá o Jornal do Recife de 10 do corrente:
EASt?LCi cxPlcn,a,iaa> a os respeitos, a reunião popular havida hon-
tiJÀ
tem â tarde, no Campo das íodosPrincezas.
'í0™*5 °* p?vo afflu*a Para tomar loSar «o theatro Gym-
nQC;ía À^CÍ£i°
nasio, onde ella devia eíFectuar-se.
„«„t?mliecend.0"scAlogo' 5W nao cabia naquelle recinto, nem um terço da
gente que se junetava, tomou-so a resolução de transferir a reunião para
a praça, orando da varanda daquelle edifício as
paiavia. pessoas que pedissem a
Ás seis horas, uma multidão immensa, cerca de 6,000
na irento do Gymnasio, esperando anciosa a voz dos oradores. pessoas, estavam
, JB Pnmciro quc fattou foi o Sr. Dr. João Francisco Teixeira que leu
U fS^n çao ,que damos al)aixo, depois de uma pequena exposição, pe-
üindo toda a calma e attenção necessária á
conTíí?lia1 a um P°v0 civilisado que, conscio questão de que se ia tratar,
dos seus direitos
Wé . llDerdades> se unia assim, tão voluntária e intimamente, e cioso
1,J??S nas leis do sou
cscuüacio para
paiz, advogar os seus direitos,
buas palavras foram muito bem recebidas.
begiim-se-llie na tribuna o Sr. Dr. José Mariano Carneiro da Cunha,
íeoactor principal do Liberal numa exposição bem delineada, mos-
ton1cí«nci1a que,
,.nvla aS üPerdacles ,dos jesuítas para o governo absoluto, e o perigo que
SSr publicas, ameaçadas em toda a parte por semelhantes
nomens, cujo proceder lhes tem acarretado a animosidade universal,
'* lHra?klln Tavora, redactor
ri*™- /• principal da Verdade, tratou
2bS questão de direito, baseando-se na Constituição do Império, que
garante ao cidadão brazileiro direitos que o Sr. bispo diocesano menosca-
oou, e que reserva ao
outras ordens da cúria governo poderes com relação á execução de bullas e
romana.
„õ« que as decisões de alguns papas, em relação á maçonaria,
nao J?°™onstw>u
tmnam recebido o eocequatur no Brazil, e,
appucaçao, sem violação dos direitos dos cidadãos portanto, não podiam ter
ae competência constitucional do e menoscabo absoluto
concluindo disse que o Sr. bispo governo do paiz e do corpo legislativo;
diocesano, dando as ordens que deu,
navia mtnngido disposição do código brazileiro.
Ao Sr. Dr. Tavora seguiu-se o Sr. penal Victoriano Palhares, que, depois
ue algumas palavras ditas em referencia ao sentimento de magoa,
ae que se acha possuida a população, vendo a errada geral direcção que vai
tomando o governo do bispado, recitou uma
tecimento, e que mereceu muitos applausos. poesia allusiva a este acon-
Apresentou-se em seguida o Sr. Floriano Corrêa de Brito, historiando
os serviços prestados pela maçonaria á humanidade, e as ten-
aencias sempre constantes do jesuitismo em supplantar as liberdades profligando
oiicas, o qual tinha começado o ataque no Brazil contra a maçonaria, pu-
por ver nella um dos maiores obstáculos que por tola a parte elles têm
encontrado, para a realisação dos seus planos.
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16
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m,a * iegaes emPregasse, pa


que so torna preciso reclamar. * ~™ *.**»«*¦ ils
garantias
iror ultimo tornou a fallnr n q* nM T ~ m
pessoas presentes a assignar a reDre»nf«ír\ °a° ^eixeM convidando as

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0 lamentável attentado do
bis™ d« d„„
monstrou a necessidade e *"
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lares, em ordem a influírem ^
pod remeti T*™™8 °
para que eile pugne por J^ZIZZ 'T
seus deveres, u"euos, sem T" esquecer-se de
1
A reunião popular
um acontecimento pernambucana fm „ , VIm°S'
grandioso e sotenl a de W
u mente excitada a opinião nnhl T peZai*

conservar-se na verdadeira P P Ç ° S0Ube


atttul
car-se. Ultude »em <lue devia collo-
Calou-lhe tanto no animo „ ov •
e do perigo da crise inLiZe *" ^
minada a reunião como n»I í' &TT°- ^^^w, que ter-
ponto em que t^'achTva ! , ^ PaSS^em Para •
ditado l repr^Iao IfinHe «»
2g&*
o ri,otrdrrrrd.rambu^ ^ *«*>
felicidade encetou, revog ^ C<>m ^^ *
todo o ponto injustificável do 0 £T0 ° ° * COmmette«> de
á ale -
obrigação zelar os intèr L» 5f d°S que têm P°r
af ^ braZ"eira' P™
?ue ella nao se desPen
Já de viseira erguiSa no ti Para °nde Prendem
arrl^ °* USm Chefes da
legião jesuitica, inc
mbid
da mais alvar super^t dS? , * "° Br&2il ° domi'»o
%"^^ V
feriores o embrutec^ne ™ eamadas i„.
. ni° e a subserviência. *

Si S Ft ,
resignar sua %£,VÍ * í&">
da força mora,, , ™
t^f™ ™ 7»' "^ ° apoio
p're g° 0 necessar:o á auctoridade
eccle-

'V*,y.w.?AiWi-.ÜV ':.,*,-, -v- '..


M"x'**>**m>ái»t*,.-.-.,.ua*,LL L
17

íík: kss in di s pensavei para •—**SI


Por estar no caso T '""^ da sociedade •
bispo uao"clu2Z í 7""' "í* assustadoras. Si
***" deU *™ interd^r as
urre as e e ! L T" ir°>andades,
das
sentaçao
sentaiY maÇOnS
das lojas si a repre-
pernambucana^ e aquella
"U0"V que breve
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dirigirá ao corpo le«-islitívn An
mo ao
Ulüdo ^ °' ^^ 0riente
d0 jJrazil,
BP87Í1 nao n«n forem attendidas,
P
amentar as tristes conseqüências teremos por certo
desse IZot
qual e uuico responsável frei Vital, enviado
da curià t

POrtaHt0' 6 tem°S fé UaS asPirac°<* d»


O. ente Unido, que o, verdadeiros
Orientei Grande
e genuínos maçons ta
balhem com promptidão e energia

J^SSLLTqile a 0rdem «-*dos «M5 para frustrados plano,"

Depois das bullas


pontifícias de Clemente xn Be
nedtctoxtv, Piovn , Leão x„ e
do assassinato de 7~
de Molay a nossa instituição
dos jesuuas, sendo parecia livre da persegue
para notar que a ultima enciclica de Ko
ix orgamsasse de novo uma formidável
colo de .Ilustração, contra uma cruzada neste s -
associação, tao conhecida
por suas nobres tendências e tao injustamente
ignorância ca „Sa
pela crassa e pelo cego fanatismo
Ignacio de Loyola, emprehendedor,
âaz, creou essa companhia, ambicioso e au-
que pretendendo
mundo, tem passado por tantas alternativas, dominar o
a esperança sem amai
perder de realisar as suas ambi^e
e expulsa da maioria das nações T embora
persegutda
civ.lisaTas

¦ ¦ ¦ - ¦- ¦ •
: . .;: :¦

Instituição habilmente organisada,


suas asp.trac.Oes o extremo opposto da ella constitúe em
¦ ¦

franc-maconaria sent "


portanto em todos os tempos as duas associações
nnplacavets e trreconciliaveis. Apóstolos nim
do'absoluto

...... :-,-,.
- 18-

pretenderam sempre os jesuítas avassalar o mundo e su-


bordinal-o ás suas idéas : os maçons pregam à liberdade e
a civilisação. Os jesuítas attraindo a confiança dos gover-
nantes, são os seus pincipaes inimigos, porque aspiram o
governo para si e senhores do poder, trabalham e conse-
guem por fim convertel-os em seus instrumentos. Os ma-
çons respeitam as leis do paiz em que vivem e são ami-
gos de todos os governos, comtanto que promulguem leis
que sejam expressão da vontade dos povos governados.
Não contentes de trabalharem sob uma bandeira reli-
giosa, os jesuítas pelo systema da insinuação e de um me-
thodo adrede estudado, augmentaram a sua conquista.
grangeando na ordem civil adeptos em numero tal que,
ainda quando repeliidos da sociedade, deixam abi permane-
cer os seus satellites, que aproveitam-se da occasião mais
propicia para reorganisarem a milícia, chamarem os che-
fes e de novo restaurarem as suas infernaes machina-
cões.
Então desvenda-se a combinação franca entre governo
e jesuítas, a política e religião revqlvem-se na mesma are-
na, a favorecerem as pretenções da cúria romana e a
contrariarem as aspirações liberaes da humanidade. Fa-
vorecidos por tal forma, e tendo a seu serviço sacerdotes
fanáticos e ignorantes, invadem o lar doméstico,
guerream
a maçonaria que lhes impede o caminhar, atrevem-se a
impor aos maçons a abjuração de seus princípios, indu-
zem á esposa a que ameace o marido com a separação, fa-
zendo-a crer que somos herejes, Ímpios e maldictos, e final-
mente aconselham até às filhas para que não obedeçam a
seus pais e prestem só a elles inteira submissão,
para deste
modo obterem a salvação.
Nenhum destes factos constitúe mysterio : todos os lio-
mens illustrados e bem intencionados das nações catliolicas
*
os observam e debalde procuram prover-lhes de remédio.
E que as necessidades da política cegam os
governantes
tornando-os indiíferentes ou quiçá conniventes com os sec-
tarios do romanismo: as leis do paiz são sophismadas,

¦ 'a»*»irtí W*P"f. T''. -*• TiTffir-"- ¦ .-,-•¦- .


¦ ';v '¦- '¦ ¦ ¦'\ '¦¦¦
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„¦¦'¦¦ .¦¦ ..'.¦¦/.¦¦:¦¦¦;.

- 19-
I

transparece a intolerância e a lucta torna-se,


por conve-
niencia de uns e outros politico-religiosa.
E a maçonaria? Os seus fins honestos, executados
sem a menor ingerência na
política ou na religião, o au-
xilio valioso que presta á sociedade, á
pátria, á familia
e ao governo, deviam pôl-a a coberto de
qualquer perse-
guição, sobretudo nos paizes em que as suas reuniões
sao toleradas, e até delia fazem
parte estadistas nota-
veis, embora alguns a avaliem como meio explora-,
tono e tramem o seu aniquilamento
pelo sorriso da
indiferença com que acolhem os
protestos justos e funda-
dados de seus irmãos contra o ultrage feito á dignidade
da associação, e mais tarde a considerem apenas como
simples sociedade de beneficência, e
perigosa quando pretende
influir na regeneração da sociedade pela realisação dos
verdadeiros e sãos princípios do seu instituto. A'divisão
entre os maçons bons e os maçons maus torna-se de rigorosa
necessidade, e observa-se na própria maçonaria a influencia
do poder romano a concorrer para a paralysação das forças
de uma instituição que, reanimando-se ás vezes
por um
impulso da dignidade offendida, encontra nas fileiras dos
associados, maçons degenerados que pretendem reduzil-a á
impotência, cavando a sua ruína.
Desviámo-nos do nosso fim, caminhando para um
terreno ingrato, a que fomos involuntariamente arrastados
pela lembrança de certos factos ainda bem recentes em
relação á maçonaria do Brazil. Sigamos os jesuítas na sua
audaciosa empreza.
Desmoralisados e repellidos de muitos paizes, nem
por isso diminuíram a sua actividade e coragem, em ter-
reno em que ainda julgam exercer o seu prestigio e a sua
força. A velha Europa, que foi theatro de suas mais arro-
jadas façanhas, em poucas partes tolera hoje a sua pre-
sença, e deixa de ser, portanto, a localidade que lhes
inspire mais confiança. A Itália ha tão pouco tempo agitada
e convulsionada, deu a queda no poder temporal do papa,
invadindo Roma e tratando de abolir os conventos. A Prussiai
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e desembaraça completamente o
desprende-se do seu jugo
ensino da influencia ecclesiastica. A França, quartel-general
se achava ameaçada de um des.
da reaccão catholica, que
occupa-se, com grande interesse, em
membramento social, as
realisar a idéa do ensino secular. A Suissa interrompe
relações com a Sancta Sé, rejeita o dogma da infalh-
suas
e não admitte à testa de suas escholas as sotamas
bilidade
A maior da Gram-Bretanha ha muito que
perniciosas. parte
a auctoridade de Roma e a Inglaterra se
protestou contra do ro-
esforça actualmente por livrar a Irlanda do poder
suas escholas. Na Hespanha o governo com-
manismo em
revolta, ecclesiastico, e em
bate uma protegida pelo poder
convocam-se, no Porto, meetings contra os je-
Portugal
suitas, e os poderes públicos, por deliberações acertadas,
attendem às representações que lhes são dirigidas.
A attitude do chefe do catholicismo nas suas allocu-
cões e no apoio que continua a prestar aos bispos reac-
cionarios, tem feito lavrar o descontentamento geral no orbe
catholico.
O jesuitismo pois achando-se em terreno frágil, nas
agonias derradeiras de sua influencia européa, sentindo que
o menor incidente os poderá consumir, fez preparar quar-
teis na America, aonde vão recolhendo-se depois da tor-
menta.
No Brazil observa-se a lucta entre as pretenções do-
minadoras do clero e os direitos dos cidadãos pela guerra
aberta feita á Ordem maçonica. E' esse o caracter dos actos
bispos do Rio Grande do Sul, do Rio de
praticados pelo
Janeiro e ultimamente de Pernambuco.
Esses attentados tem provocado geral indignação contra
o,fanatismo clerical; e a dignidade da nossa associação exige
os maçons genuínos formulem, como primeiro recurso
que
de legitima defeza, um protesto solemne dirigido ás auctori-
dades constituídas do paiz, contra a intervenção do ultra-
montanismo em assumptos maçonicos, sollicitando a expedição
immediata e urgente de um acto legislativo que ponha os
maçons e suas famílias ao abrigo dos attaques, abusos e
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prevaricações dos modernos jesuítas. Si procedermos com a


energia que o caso requer, combatendo em face os detrac-
tores da maçonaria e os inimigos encarniçados da humani-
.. ' ;
dade, com a verdade e a justiça do nosso lado, talvez consi-
gamos preparar o terreno para realisarmos as nossas mais
sanctas aspirações, destruindo essa seita, que sob a capa
da religião, profana o sagrado nome do Grande Architecto do
Universo, commettendo impunemente os mais abomináveis
crimes, como inimigos que são de todo o progresso e causa da
maior parte das desgraças que affiigem o gênero humano,
deixando enraizado no seu espirito o germen da ignorância,
do fanatismo e da superstição.
Tornar-se-hão os maçons surdos e indiíTerentes aos
seus deveres ? Impossível. E a prova acabam de dar exhube-
rantemente as lojas da heróica província de Pernambuco.
O Grande Oriente Unido, sem seguir caminho tor-
tuoso e occultar-se nas trevas, pugnará pela verdade, com
o fim de alcançar para a sociedade brazileira o respeito e
tolerância a todas as opiniões e a todas as crenças. Longe
de nós o desanimo ! Deixemos que os espiritos rutineiros e
invejosos, que esses entes, nos quaes se extinguiram os
sentimentos da honra e da dignidade pessoal, nos lancem ...

as suas aggressões. A nossa empreza é tanto mais digna


e a victoria será tanto mais gloriosa, quanto é mais diffl-
cil luctar contra a indiíferenca de uns e a malevolencia de
outros.
25 de Janeiro de 1873.

A. F. A.

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22

SEGCÂO OPFIGIAI.
;
Actos do Gram-Mestre da Ordem
22 de Novembro de 1872- — Approva a filiação da loja
Renascença, ao oriente de Belém.
30 de Novembro. — Approva a filiação da loja Vésper,
ao oriente do Poder Central.
5 de Dezembro. — Sancciona a elevação de differentes
irmãos ao grau de soberano grande mspector geral, 33.
11 de Dezembro. — Approva a filiação das lojas Fm-
Umidade IV, ao oriente de Itabíra, Cotinguiba, ao oriente de
Aracaju e do capitulo Realidade, no valle do Recife.
19 de Dezembro. — Nomeia o irmão 33, Francisco Ramos
Paz, delegado geral extraordinário nas províncias do Sul.
28 de Dezembro. — Auctorisa o grande thesoureiro geral
da Ordem a soccorrer o maçon avulso N... com a quantia
de cincoenta mil réis.
28 de Dezembro. — Concede a exoneração sollicitada
pelo irmão official da grande secretaria, Elysio A. Mendes
e manda agradecer-lhe os serviços prestados.
30 de Dezembro. — Nomeia os irmãos 33, José Pinto de
Magalhães, Udo Schieusner, Eutychio Pereira da Rocha e
Joaquim Soares Gomes, delegados junto ás officinas de
Pernambuco, Bahia, Pará e Paraná.
31 de Dezembro. — Nomeia o irmão 33, Dr. Ayres de
Albuquerque Gama, delegado adjuncto junto ás officinas de
Pernambuco.
9 de Janeiro de 1873. — Autorisa o grande thesoureiro
geral da ordem a soccorrer com a quantia de cincoenta
mil réis ao irmão N..., membro da loja Vinte e um de Março,
ao oriente do Natal.
14 de Janeiro. — Sancciona a elevação de differentes
irmãos ao grau de soberano grande inspector
geral, 33.
; ?;.!>
22 de Janeiro. — Nomeia o irmão Quintino Bocavuva
para redigir uma representação aos poderes do estado
contra o acto praticado pelo bispo de Pernambuco.

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23
Extracto das actas das sessões do Grande Oriente Unido
do Brazil
-

SESSÃO N. 10, EM 21 DE DEZEMBRO DE 1872.


Presidência do sapientissimo Gram-Mestre Conselheiro Saldanha
Marinho.

Presentes os irmãos inscriptos no livro respectivo, foi


aberta a sessão.
A' direita do Gram-Mestre senta-se o sapientissimo
Gram-Mestre honorário Conselheiro Dr. Felix Martins.
Prestou juramento e foi empossado com todas as forma-
lidades no cargo de Io Grande Vigilante o irmão brigadeiro
Dr. Francisco Pinheiro Guimarães.
Expediente. — Pranchas do delegado do Gram-Mestre
na provincia da Bahia communicando o progresso lisongeiro
que tem tido as lojas de sua jurisdicção, e diversas noticias
acerca da união maconica.
Ditas do delegado do Gram-Mestre em Pernambuco, parti-
cipando as adhesões ao Grande Oriente Unido dos. lojas
União e Beneficência, Regeneração, Philotimia, Segredo e Amor da
Ordem, Conciliação. Seis de Marco, Realidade e Restauração Pemam-
bacana, deixando somente das nove officinas existentes na
provincia uma de pronunciar até agora juizo definitivo a
esse respeito; e recommendando alguns obreiros mais
incansáveis em prol da união maconica.
Ditas do delegado do Gram-Mestre em Maranhão e no
Pará. sobre differentes assumptos.
Ditas das officinas Confratemidade Beneficente, ao oriente de
Cantagallo; Firme União, ao oriente de Campos ; Harmonia e
Fraternidade e Cosmopolita, ao oriente de Belém, no Pará;
Fraternidade Cearense, ao oriente da Fortaleza, no Ceará;
Restauração Pernambucana, Philotimia, Conciliação e Seis de Março,
ao oriente do Recife, em Pernambuco; Commercio e Indus-
iria, ao oriente de Pelotas, no Rio-Grande do Sul; União e
Beneficência, ao oriente de Mamanguape, na Parahyba do
Norte; todas do extineto Grande Oriente do Brazil, ao Valle

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. -,

li í 24

H do Lavradio, reconhecendo a legalidade e legitimidade do


Grande Oriente Unido do Brazil.
Dita do secretario da loja Amizade ao Cruzeiro do Sul, ao
Oriente de Joinville, na colônia de D. Francisca (Santa Ca-
¦El
¦1.

_- i
tharina) enviando o quadro dos obreiros e a acta pela qual
X-
'¦¦¦'¦¦'¦"

consta ter reconhecido o Grande Oriente Unido como única


potência regular no Império, o que já participou ao corpo
ifc,'/
espúrio do Lavradio.
Ditas das officinas Confraternidade Beneficente, Firme Unido,
União e Beneficência (do Recife e de Mamanguape), Abrigo e Hu-
manidade, ao oriente de S. Salvador, na Bahia, Modéstia, ao
oriente de Morretes, no Paraná, Mysterio, ao Oriente do Po-
^yiy,-*i
der Central, enviando copia da acta em que foi jurada a
Constituição vigente.
Dita da loja Firmeza e União II, ao oriente de S. Luiz,
no Maranhão, enviando o parecer do seu orador sobre a
legalidade dos dous corpos do Brazil.
Dita da loja Perseverança II, ao oriente de Macahé, com-
gratulando-se pela posse da nova administração do Grande
Oriente Unido, única Potência que reconhece como legal no
Império
Dita da loja Acácia Rio*Grandense, communicando a sua
A"'-.' 1 resolução de conservar-se fiel, como tem sido desde a sua
fundação, ao Circulo do Lavradio e fazendo votos pela
li prosperidade e engrandecimento do Grande Oriente Unido.
Dita da loja Progresso da Humanidade, ao oriente de
Porto-Alegre, no ftio-Grande do Sul, apresentando e recom-
mendando o seu veneravel, que Vem á corte tomar parte
¦'¦"¦¦'.

nos trabalhos da câmara dos deputados.


'• Dita da loja Fraternidade Alagoana, ao oriente de Maceió,
communicando certas occurrencias que embaraçando a re-
¦;\''

gularidade de seus trabalhos, a obrigam a convocar os


âeus obreiros para sobre ellas resolverem definitivamente.
Dita da loja Fidelidade e Beneficência, ao oriente de S. Sal-
vador, na Bahia, outrora pertencente ao extineto Circulo
'
¦¦¦¦
dos fienedictinos, participando haver mudado o seu titulo
distinctivo para o de Fidelidade e União.
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4"^f*'""V J' .'*J.!*:-&iiM„t,»ni'i.,-J>-j.'Baiit;n^.i-rfWt.j-üs,.,j'.'i.<!-. '¦ »-!-. -i


11 )'. »"TJ *1I—WÜ— iiBJgiSlMIlT. ini-^-ir r JniM-im» imiti» 1 M»MiH' "ff IHjTiill
¦:.',,' .-.; i .. ¦¦„,«¦«,
H' «. .','.' . «..
- 25- * -..
»

Dita das lojas Ceres e Abrigo da Humanidade, recommen-


dandoo breiros do seu quadro.
Dita da loja Perseverança, ao oriente de Paranaguá,
provincia do Paraná, communicando que em tempo oppor-
tuno será jurada a nova Constituição, visto achar-se em
obra radical o seu templo.
Títulos de membro honorário. — Foram conferidos a
diversos irmãos das lojas Harmonia, Harmonia e Fraternidade
e Cosmopolista.
Resoluções diversas. — Foi consignado na acta um voto
de louvor aos delegados do Gram-Mestre em Pernambuco,
Bahia, Maranhão e Pará pelos relevantissimos serviços
pres-
tados á Ordem em geral e especialmente ao Grande Oriente
Unido; e á loja America, ao oriente de S. Paulo, pelos bene-
ficios prodigalisados á instruccão, mantendo três escholas
na provincia.
Foi de novo remettido á commissão central para re-
considerar, por proposta do irmão Dr. Ataliba de Gomen-
soro, o parecer da mesma relativo á subvenção sollicitada i
'
. . . I

pelo redactor do jornal A Familia, depois de alguma dis-


cussão, em que tomaram parte os irmãos Conselheiro Sal-
danha Marinho (que foi substituído no altar), Felix Martins,
Ferreira Margarido, José Maria Pereira, Aleixo Gary, Al-
meida Martins e Dr. A. de Gomensoro. i

Auctorisou-se a commissão de policia a mandar fazer /

diversas obras no edifício, devendo apresentar o seu orça-


mento á approvação do Gram-Mestre.
Deu-se ampla faculdade ao grande secretario geral para
reorganisar a repartição a seu cargo; sujeitando todos os
seus actos desde já á approvação do Gram-Mestre e depois
á do Grande Oriente, no que lhe for concernente.
Declarações. — Os irmãos José Rufino e Polycarpo de
Vasconcellos, declaram por documentos ofíiciaes que apre-
sentam, ser falsa a noticia dada pelo Boletim do denominado
Grande Oriente do 'Brazil de haver a loja Perseverança H,
1
de Macahé, reconhecido a legitimidade desse corpo. ¦
¦¦¦•¦¦ '¦' -' - ¦¦'
"¦."'
vv v .-1: -, {
'.'.-Jj.'

Os irmãos Freitas Castro e Silva Guimarães informam

"." "'
íè)Vi';'r":i^..!..V;v'*
- 20 -
*!
*

ao Grande Oriente sobre o estado em que se acham os tra-


balhos da commissão incumbida da construcção de um
edifício maconico.
O Irmão José Rufino promette, em nome da commissão
do montepio, apresentar brevemente as respectivas bases
V para serem sujeitas á discussão.

CfC

SESSÃO EXTRAORDINÁRIA N. 11, EM 27 DE DEZEMBRO.

Presidência do Sapieiitissimo Gram-Mestre Conselheiro Saldanha


Marinho.
Presentes os irmãos inscriptos no livro respectivo, foi
aberta a sessão.
Expediente.—Prancha da loja Progresso da Humanidade,
ao oriente de Porto-Alegre, pertencente outrora ao circulo
do Lavradio, reconhecendo o Grande Oriente Unido do Brazil
como o único Corpo maconico legalmente constituído no
império. >
Dita da mesma officina recommendando um obreiro do
seu quadro.
¦;.?.
Ditas das officinas Segredo e Amor da Ordem, Regeneração
(Recife), Harmoniae Fraternidade, Firmem e Humanidade (Belém),
Commercio e Industria, Realidade, União e Segredo, (ao oriente de
S. Salvador, na Bahia) Cosmopolita, Fraternidade Areense, Fra-
ternidade II, (ao oriente de Iguape, em S. Paulo) Liberdade
e Fraternidade e Estrella do Norte, enviando cópia da acta
em que foi jurada a Constituição vigente.
Ditas das officinas Harmonia e Fraternidade, e Artista,
(ao oriente de Pelotas) Vinte e Um de Março, ao oriente do
Natal, no Rio-Grande do Norte, Firmem e União II, ao
,.,'.;,^'Í'V' -' ¦ .;'

oriente de S. Luiz, no Maranhão, e Perseverança II, ao


oriente de Macahé, recommendando obreiros do seu quadro.
Dita do delegado do Gram-Mestre, em Maranhão,
communicando a adhesão ao Grande Oriente Unido das of-
• :.:
1- • 1

ficinas Concórdia, ao oriente de Caxias, c Fraternidade Ma-


ranhense, ao oriente de S. Luiz (Lavradio).
Dita da oíficina Estrella do Occidente, ao oriente de Cuyabá,
em Matto-Grosso, accusando a recepção de varias pranchas. ¦¦

Ditas do delegado do Gram-Mestre, no Pará, communi-


cando a suspensão de um irmão sacerdo.te, em razão de não
ter assignado a condemnação de certos jornaes da pro-
vincia fulminados pelo diocesano.
Dita da oíficina Industria e Caridade, ao oriente de
Friburgo, communicando que tendo ouvido a sua com-
missão central a respeito da dissidência havida no Poder
Central, esta depois de varias considerações fez ver que a loja não *

se devia desligar do Grande Oriente Unido, e sendo este parecer


posto em discussão, não foi contrariado, e depois á votação ficou
prejudicado, por conseqüência está hoje de facto e de direito per-
tmcendo ao Grande Oriente, ao Valle do Lavradio. (Textual.)
Dita; da oíficina Honra e Humanidade, ao oriente de Pe-
lotas, outr'ora do circulo do Lavradio, communicando a
sua adhesão ao Grande Oriente Unido. :':.,

Dita do irmão Mariano José Cabral, remettendo sessenta


números da Família para serem distribuídos pelos membros
do Grande Oriente.
Ditas do delegado do Gram-Mestre em Pernambuco, tra-
zendo ao conhecimento do Cirande Oriente os factos occor-
ridos na província, em conseqüência do acto arbitrário pra-
ticado pelo diocesano contra os maçons que fazem parte
de confrarias e irmandades. -
'.••¦¦
H
Ordem do dia.—O sapientissimo Gram Mestre annuncia
que convocara extraordinariamente o Grande Oriente para
resolver sobre as providencias que devia elle adoptar em
face do attentado commettido pelo prelado de Pernambuco,
mandando expulsar das confrarias os maçons e lançando
o interdicto sobre as igrejas, cujas irmandades recusaram
obedecer às suas ordens.
Faz uma minuciosa exposição das occurrencias havidas è
analysa a arbitrariedade, incompetência e illegitimidade do
acto do diocesano.

'
• ¦¦'¦¦ .' ¦ ¦
.

¦
...
¦¦¦•*¦¦

- 28 -

Tendo nomeado logo que recebeu communicações do dele-


o irmão Quintino Bocayuva para redigir uma repre-
gado,
sentaçao aos poderes do estado e convocado para depois da
sessão do Grande Oriente, a assembléa geral do povo maço-
nico, conforme fora annunciado, o sapientissimo Gram-Mestre
solicita do Grande Oriente a sancção destes actos, e propõe
¦

que seja consignado na acta da presente sesssão um voto


de louvor ás lojas de Pernambuco pela nobre, honrosa e
pacifica attitude que tomaram nessa questão.
O Grande Oriente enthusiastica e unanimemente approvou
e applaudiu as resoluções do sapientissimo, o qual encerrou
a sessão por um só golpe de malhete, para abrir a assembléa
geral do povo maconico.

ASSEMBLÉA GERAL DO POVO MACONICO,


**
EM 27 DE DEZEMBRO
*

Presidência do Sapientissimo Gram-Mestre Conselheiro Saldanha


Marinho.

Achando-se reunidos no edifício do Grande Oriente Unido


mais de seiscentos maçons, todos decorados com suas insígnias
o sapientissimo Gram-Mestre abrio a sessão no grau de
aprendiz.
Senta-se á direita do sapientissimo o irmão Dr. Duque
Estrada, Gram-Mestre Adjuncto honorário e representante do
Supremo Conselho da Bélgica, o qual communica a ausen-
cia do irmão Conselheiro Dr. Felix Martins, por estar de
semana no palácio imperial, na qualidade de medico da
câmara..
O sapientissimo expôz o fim da reunião, narrando as
violências do bispo de Pernambuco e consulta a assembléa
si o grande Oriente Unido e Supremo Conselho do Brazil
devia ou não sollicitar dos poderes constituídos do estado
providencias promptas em ordem a reprimir as arbitrarie-
- 29 -

dades praticadas pela cohorte jesuitica, que procura plantar


o seu domínio no Brazil, attacando a consciência e liber-
-
dade civil dos cidadãos e guerreando a nossa sublime
Ordem.
A assembléa unanimemente deliberou em prol da re-
presentação e auctorisou o sapientissimo a convocar con-
ferencias populares afim de esclarecer o espirito do povo
a respeito das tendências nefastas da reacção ultramontana
no Brazil.
Foi lida a representação que abaixo segue-se e unani-
memente approvada, depois de um debate em que discur-
saram sobre a matéria os irmãos padre Almeida Martins,
Quintino Bocayuva, Francisco Cunha e Drs. Pizarro Gabiso
e Pinheiro Guimarães.
Foi auctorisado o grande secretario a remetter cópias
da representação às lojas para ser assignada por todos os
seus membros e a publical-a em todas as folhas diárias.
O sapientissimo encerrou os trabalhos depois de levan-
tar vivas ao Grande Oriente Unido, ás lojas de Pernam-
bilcò e aos maçons espalhados pela superfície da terra.

¦ Representação.

Augustos e Digníssimos Senhores Representantes da Nação. ...,/• ,;:

Toda a população de uma província do Império, a província


de Pernambuco, acaba de ser dolorosamente sorprehendida por um
acto exorbitante e imprudente do prelado dessa diocese e ferida nos
seus mais sagrados direitos, na sua liberdade de consciência e na
sua liberdade de associação, pela extranlia intervenção de um poder
abusivo e tyrannico que' não se funda em nenhum principio do
nosso direito publico constitucional.
Esse ataque inopinado, illegal e violento, dirigido contra a
sociedade; esse golpe funesto vibrado em nome da religião contra
as prerogativas elementares do cidadão brazileiro, consagradas no
pacto fundamental, que é a lei suprema do estado, creou súbita e
desgraçadamente uma situação anormal, cheia de inquietações e
de perigos; que pondo em risco a liberdade civil pela ameaça de
uma auctoridade extranha, que se presume superior ás leis e aos
30

tribunaes brazileiros, accarreta igualmente, pela perturbação das


consciências, um estado de anarchia espiritual, cujas consequen-
cias podem ser funestas.
O acto a que nos referimos é já de vós conhecido.
É a circular do Rev. bispo de Pernambuco, datada de Jb
de Dezembro de 1872 e expedida aos vigários .das freguezias de
sua diocese para que, em seu nome, ordenem aos juizes das difle-
rentes irmandades que expulsem do grêmio destas a todos os meti-
viduos reputados maçons, por serem estes excommmffaâos e portanto
¦

excluídos de taes instituições.


O conhecimento e a leitura de tal documento não podiam
deixar de produzir o espanto e a duvida que se manifestaram
Tão singular, tão estranho, tão abusivo, tão absurdo,
geralmente!
tão illegal e tão violento é, desde que: .
No ponto de vista religioso, é elle apenas a revelação do espirito
da intolerância inconciliável com a doutrina do Eedemptor do mundo;
No ponto de vista moral, um escândalo repugnante á paz das
consciências, aos bons costumes e á própria disciplina da igreja
r - r
-que recommendou sempre que fossem elles evitados;
No ponto de vista político, por ser um attentado contra as
liberdades consagradas na Constituição do Império;
No ponto de vista jurídico, por ser um acto evidentemente
'*"---. illegal e exorbitante, de excesso de poder e emanado de anetori-
dade incompetente;
E finalmente, no ponto de vista social, por constituir uma
odiosa e extravagante aberração de todos os princípios tutelares
do progresso humano que se fmsêa hoje no livre exercicio de todos
os direitos naturaes e civis do homem.
A essência desse documento é, portanto, viciosa.
Como idéa representa o fanatismo religioso, a mais perigosa
de todas as aberrações do espirito humano.
Como sentimento exprime apenas o rancor e a perseguição
contra homens inoffensivos.
Como deliberação é fatal e obcecada como o próprio erro em
que ella se inspirou.
Como acto é inexequivel, irrito e nullo por ser contrario ás
leis do paiz e por constituir usurpação de direitos e de attri-
buições, ingerência do poder ordinário nos domínios da júris-
dicção
* civil e invasão acintosa do espiritual sobre o temporal.
¦,;
-.
Depois de tantos séculos de lucta, lucta assignalada na his-
toria por tantas épochas brilhantes, de combate, de esforço, de
sangue, de martyrio, de discussão, de gloria, nessa gigantesca
batalha do espirito humano influenciado e assistido pelas puras
inspirações do Christianismo, contra o erro, contra a obcecação
do espírito, contra a tyrannia theocratica, contra a intolerância
religiosa, contra o fanatismo, contra a ignorância, contra o intuito
oppressor de todas as potências terrestres animadas do espirito
reaccionario, contra a emancipação da razão e da consciência
¦
¦..¦¦
humanas, contra todas as gloriosas conquistas da philosophia mo-
derna, contra todos os adiantamentos moraes e materiaes que
constituem o orgulho legitimo e a nobre essência da civilisaçao
dos povos, assombra, maravilha, contrista, provoca a resistência
essa louca tentativa do obscurantismo procurando fazer a huma-
nidade retrogradar do seu caminho progressivo para lançal-a de
novo nos antros da sujeição espiritual e temporal.
31
Um poder occulto mas sensível, que como o Argos da my-
thologia tem olhos abertos sobre todos os lares e como Briareu
tem um braço extendido sobre todas as nações, envolto no manto
mvstlcismo traidor, mas sopezando a clava de uma aucto-
vi jm tyrannica, odienta,
ndade implacável e incansável, ainda uma vez,
como a serpente vencida, busca aífogar a consciência humana nos
seus anneis compressores que são os elos da ininterrompida cadeia
(Io despotimo romano, buscando, mas debalde, reduzir o mundo
inteiro á dupla escravidão moral e material.
Quando a humanidade, por todos os meios ao seu alcance,
busca illuminar a consciência e a razão do homem
o influxo divino, o influxo christão possa derramar-se nopara que
espirito
da creatura, como o óleo em amphora de crystal; quando o
puro
grande empenho das sociedades modernas é elevar a creatura
humana até o ponto de receber na sua alma a intuição sublime
do seu Creador, approximando o homem finito do Deos infinito,
fonte única do bem e da verdade, é agora que uma sombra negra
procura interpôr-se entre essa fonte e a razão e a consciência do
homem! E essa sombra tem a forma de uma roupeta !
Não cabe nesta petição, Augustos e Digníssimos Srs. Repre-
sentantes da Nação, aprofundar as causas que influem para essa
obra sinistra de systematica deturpação dos mais elevados prin-
cipios do Christianismo em exploração e exclusivo proveito de
uma seita ambiciosa e funesta que* desde longos annos cava a
mina da religião e espanta a consciência da humanidade com as-
suas arrojadas e perseverantes tentativas de domínio universal/
Os fastos modernos da igreja romana ahi estão para attestar
todo o perigo dessa ambiciosa paixão de mando e poderio sobre
a humanidade inteira ; e recordando aqui que ella está hoje em
lucta e guerra aberta com a sociedade moderna, em todos os pontos
onde a civilisação tem extendido os seus benefícios, teremos assi-
gnalado o facto mais contristador e mais perigoso da épocha actuaL
A questão de que nos occupamos, e por virtude da qual vimos
respeitosamente solicitar da representação nacional a sua intervenção
e a do^ governo do estado, como guardas e defensores dos direi-
tos civis e políticos do cidadão brazileiro, como executores das
leis que são aproteccâo e a garantia desses direitos, é apenas uma
conseqüência lógica ao systema adoptado pela cúria romana em
todos os paizes catholicos. ¦í

Esse acto, porém, não pode produzir effeito entre nós, si a


tempo os poderes públicos acudirem com as providencias que a ¦¦"'

ordem social reclama instante e urgentemente.


Em nome e por auctoridade do papa os bispos brazileiros
(funccionarios pertencentes também á ordem civil) julgam-se com
o direito de fulminar excommunhões (por motivos não religiosos)
.,.', i
aos membros da communidade social ! Invocam-se bullas como si
estas fossem leis do Estado, ainda sem o beneplácito do poder
civil! Invoca-se a auctoridade do Summo Pontífice como si ella
prevalecesse também na esphera dos interesses temporaes da com-
munhão brazileira!
As irmandades, para as quaes pretende legislar em absoluto
oRevm. bispo de Pernambuco, são pela legislação do Império cor-
por ações de organisação mixta.
Sua economia depende, como sç sabe, de compromissos ou
estatutos decretados nas províncias, paio poder legislativo pro- ¦•'<•¦¦, .'.'.*¦¦¦.¦:.¦./ Y'*$l

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- 32 -

vincial, que tem alçada sobre todas as associações políticas ou


religiosas, como é expresso no acto addicional a Constituição do
Império. , ,, . ., a ,•„«:«
Seu governo ou administração temporal esta sujeito juus-
dicção
* de um funccionario civil que é o juizdecapellas.
intmir,
E quanto ao espiritual, onde o ordinário tem direito demodo
a sua auctoridade está limitada a estabelecer e regular o da
celebração do culto. ' x extranhoAft. ao
,A
estado
O pessoal dessas corporações é inteiramente
j.x-i rv^ i~a:„:a*«^* /lAvmitiarvo^nc Mtnlit. toMftPrn WVLVfL OS nobres

lei que os rege, são corrigidos e coagidos somente pelo poder civil
— o único competente para chamal-os ao cumprimento dos de-
veres contrahidos. ,
Tão extranha é hoje, portanto, a intervenção do poder eccle-
siastico na economia dessas corporações quanto reconhecida e ín-
contestada tem sido até hoje a intervenção do poder civil.
Em confirmação desta doutrina, nunca posta em duvida, e
deste costume, nunca extranhado pelo poder ecclesiastico, ahi
temos o facto constante da regularisação de todos os actos das
irmandades pelo juiz de capellas—que conhece dos vícios das
eleições; que as valida pela auctoridade própria; que conhece das
condições do pessoal admittido a èllas para saber si, nessa admis-
são foram respeitadas as cláusulas dos seus compromissos — que
são a sua lei econômica; e mais ainda si são observados nelles
os preceitos constitucionaes que preferem a todos, por serem —
direitos elementares contra os quaes a ninguém é licito attentar.
Temos disso um exemplo. O compromisso de uma irman-
dade do Piauhy consignava a exclusão dos libertos e dos pardos.
Esse compromisso foi, pelo poder civil, reputado offensivo do
art. 6.° § 1.° e art. 179 §§ 13, 14 e 16 da Constituição política
do Império (aviso de 2 de Junho de 1849).
Como, pois, pode um bispo arrogar-se o direito de mandar
expulsar de uma irmandade os indivíduos reputados maçons, con-
tra o expresso no art. 179 da Constituição do Império, contra
outras tantas disposições das nossas leis*e a pretexto ou sob o
fundamento de que eíles se acham excommungado^ ?
A lei em que se funda o bispo chama-se bulla ; a auctoridade
que elle representa chama-se summo pontífice : a ordem vem de
Roma; é um soberano estrangeiro quem passa, portanto, a impe-
rar na terra brazileira.
Fosse a maçonaria fo que não é) uma seita religiosa ; seguis-
sem todos os seus membros um culto differente do da religião do
Estado ; nem assim podiam elles, por isso, ser privados dos seus
¦.¦¦;».

direitos civis desde que o Pacto Fundamental tolera todos os ou-


tros cultos além do catholico, e desde (pie nenhum cidadão
brazileiro ou estrangeiro pode ser perseguido por motivo de re-
ligiãov
O que distingue, porém, esse movimento clerical ultramon-
tano: contraí a maçonaria,
"maçons o que caracterisa essa perseguição
episcopal: contra os é o; ódio entranhado que o jesuitismo
vota á liberdade e á tolerância de todas as crenças religiosas, dou-
trinas salutares de que a corporação maconica e hoje, nos paizes
'derradeira
catholicos, a» suprema garantia, a defèza, o ultimo ba-
33
luarte com que conta a civilisacão para resistir á invasão do de<4-
potismo clerical.
Por sua organisação, por suas doutrinas, por seus actos, a
maçonaria, associação fundada nos mais elevados da
moral e da doutrina christan, é hoje em todo mundo princípios
civihsado,
representante da tradição augusta da liberdade da consciência e aa
detensora perpetua e inquebrantavel do direito de todos os oppri-
rnidos contra a prepotência e contra o ódio de todos os oppressores.
Desde séculos queella marcha, atravez das vicissitudes e dos cata-
clysmas sociaes, acompanhando a humanidade em todas as suas
evoluções, porque ella representa a caridade, o trabalho contra o
esbullio, a liberdade contra a tyrannia, o direito contra a
a igualdade pre-
potência, contra as distinccões e os privilégios ódio-
sos, a fraternidade contra o espirito egoistico e contra a ambição
cio domínio. . <
Ella vive e tem sobrevivido, como instituição essencialmente
torte e essencialmente progressista, justamente "porque não é Uma
seita, nem um partido nem uma facção; mas em todos os
porque
tempos ella foi a defeza para os aggredidos, o conforto
desconsolados, o abrigo para os desamparados, o resgate para os os
captivos, a tolerância para' todas as crenças, o respeito para
para todas
as opiniões, o amparo para todos os opprimidos, o refugio
todos os perseguidos, a luz para todos os espíritos, a forca para
todas as fraquezas, o grande templo, emfim, aonde a humanidade para
pode retemperar-se na fé viva que o Deus creador inspira a to-
dos os seus filhos!
Augustos e Digníssimos Srs. Representantes da Nação:
O facto de comparecermos hoje, em nome da maçonaria bra-
zileira, solicitando dos poderes públicos a sua indispensável in- > ¦ ¦•',. mi
tervenção para pôr termo aos abusos, ás perseguições que se pra-
ticam e se procura exercer em damno de todos os cidadãos bra-
zileiros, attesta o recrudescimento da ira clerical e a ostentação
acintosa do poder com que se pretende esmagar-nos.
Quando ha pouco tempo, a maçonaria brasileira, em defeza de
um de seus membros perseguido pelo Rev. bispo do Rio de Ja-
neiro, teve de unir-se e de levantar-se altiva e serena, na esphera
do seu direito, para combater com as armas da luz os inimigos
da liberdade humana,, appellou para a imprensa, para a discussão,
porque estava convencida de que o acto do Rev. bispo era um
acto singular que podia talvez demonstrar o erro de um homem, "4- "
4
porém nunca revelar um systema, uma propaganda organisada, '*¦

uma guerra vasta e combinada no estrangeiro para ser levada ao


cabo por meio da milícia da igreja, formada, arregimentada, dis-
seminada, resoluta e inquebrantavel no seu propósito, nos seus de-
signios, no seu immenso plano de suífocação moral!
Observa-se agora que os actos se reproduzem, filiados a uma
só combinação, inspirados pelo mesmo espirito , dirigidos pela
mesma vontade, visando o mesmo fim, suecedendo-se com essa
calma e firme deliberação que é o característico de toda a forca
que se presume invencível, incontrastavel como a fatalidade dos
antigos.
Nestas condições, a maçonaria brazileira está, por seu lado,
resoluta e disposta a resistir, a luetar, a disputar o legado glorioso
3 *
34

do seu passado de soffrímentos e de to^^^^S-S


vindouras a posse e o gozo da liberdade^Tie^os .^pssos
gerações
maiores conquistaram com o próprio sangue e 1»^ |W
a maçonaria o a civilisacão ^«^-vWpe^.^Sffi-l^ íntcna
fiôlffothá cuios braços bastam para unir a humanidade do e da
no ampíexíí da liberdade, da paz, da fraternidade, progresso
MÍCA»1ustosme
WgnLimos Srs. Kepresentantes da Nação , o direito rec a-
ofendido pede n reparação da
'delegados justiça ; as leis prostergadas
do, d'o a sobonm.a mc.onal do-
SETdû povo; do symbolo au-
sacatada pede a sua confirmação : é em nome
e veneravel da religião do Christo,. em nome dos mais ele-
?usto vimos reclamar de
vados interesses da sociedade brazileira que
dos nacionaes, a defeza dos direitos inalie-
vós, poderes públicos con-
naveis da consciência humana e da nossa soberania nacional de uma
tra o intuito perversor e contra os attentados manitestos
seita fanática e intolerante que ameaça conflagrarno a seu nossa pátria
nas chammas de uma revolução social, sinistra intuito e
atterradora nos seus effeitos. dos
Tenham os poderes públicos do Brazil, com a consciência sobre
seus direitos, a consciência da grande responsabilidade nem que
reta-
elles pesa, e o Brazil não se sentirá nem afrontado,
lhado pelas dissenções religiosas.
Pedem firmeza e justiça os abaixo assignados.
(Seguem-se as assignaíuras).

Supremo Conselho do grau 33.


ASSEMBLÉA DE 5 DE DEZEMBRO DE 1872.

Presidência do soberano logar-tenente commendador


Conselheiro Dr. Felix Martins.

Foi aberta a assembléa, achando-se presentes onze mem-


bros effectivos.
Prestaram juramento de membros effectivos do Supremo
Conselho os irmãos 33? Aristides Farrouch, Antônio Manoel
de Almeida, José Maria Pereira, Sarmento Júnior, e Dr.

i
K
'.$ 5-.-; ¦¦'._

- 35 -

Bpuza Pitanga deixando de comparecer a esse acto, por


motivo justificado, o irmão padre Almeida Martins.
Foram devidamente juramentados no grau de soberano
grande inspector gerai 33 os irmãos Miguel Couto dos Santos
e Albino de Freitas Castro, os quaes cobriram o templo.
Por delegação do Supremo Conselho, o logar-tenente
nomeou para membros da commissão permanente do mesmo
Poder, os irmãos Drs. Duque-Estrada, Azevedo Macedo, e
Pitanga.
Ordem do dia:—Elevações de graus. — O Supremo Conse-
lho elevou ao grau 33 os irmãos padre Eutychio Pereira da
Rocha, Vicente Ruiz, Joaquim Soares Gomes, José Ferreira
Bastos, Francisco da Silva Cardoso, José Rufino de Vas-
concellos, Aleixo Gary, Antero Dias Lopes, Dr. João Pizarro
Gabiso, Antônio Pereira Pinto Júnior, Francisco Pereira da
Silva Novaes, Luiz José da Costa Amorim, e José Joaquim
Alves : ao gráo 32 os irmãos Manoel Antônio Viegas Júnior,
José Fernandes Ferreira, Antônio C. P. de Burgos Ponce
de Leão, Joaquim da Rocha Leão; e ao 31 os irmãos Fran-
cisco Antônio Proença, José Pacheco da Costa, Antônio
Joaquim de Meira Guimarães, João Thomé da Silva, João
Pinto da Cunha Maia, Antônio José Rodrigues de Oliveira,
Francisco Marques da Silva Paranhos, e Rodrigo Antônio
Machado Reis.

ASSEMBLÉA DE 14 DE JANEIRO DE 1873,

Presidência do soberano grande commendador Conselheiro


Saldanha Marinho.
Foi aberta a assembléa com onze membros effectivos.
O Supremo Conselho elevou ao grau 33 os irmãos Fe-
licissimo Manoel do Amarante, Joaquim José da Cunha Gui-
marães, Manoel Moutinho de Avilez Carvalho, Joaquim José
Fernandes, e José Fernandes Ferreira, e ao 32 o irmão
¦ '
Antônio José Rodrigues de Araújo., • .¦
- 3ò-

commendador aucto-
Foi concedida ao soberano grande Conse-
das sessões do Supremo
maçao para, no intervallo
espaço de um anno aos mem-
mo, conceder permissão por fora da
residirem
bros effectivos, que por motivos plausíveis licença
devendo communicar essa
sede do Poder Centrai,
ao Supremo Conselho.
discussão sobre o art. 37 da Consti-
Depois de breve
resolvido o Supremo Conselho ende-
tuicao vijente, foi que
consulta ao Grande Oriente, para elle provi
reçasse uma
deliciar na próxima assembléa constituinte.

Grande Loja Central.


s

SESSÃO N. 4, EM 10 DE DEZFMBllO DE 1872.

Presidência do irmão gram-mestre adjuncto honorário,


fe Dr. 'Duque Estrada.

Presentes os irmãos inscriptos no livro respectivo, fo-


ram abertos os trabalhos.
Eleições. — Foram approvadas as eleições, para 5873, a
as lojas União e Segredo, União e Beneficencn
que procederam
(Recife), União e Beneficência (Mamanguape), Confratemidade
Beneficente, America, Perseverança (Paranaguá), e Amparo da
Virtude II, e os capítulos União e Beneficência (Recife) e Re-
generação Catharinense. * .
Regülakisacões. — Ficou a Grande Loja inteirada de

terem sido regularisadas em tempo competente as officinas N


37
t

symbolicas Asyb da Caridade, ao oriente do Aro xá e Amparo


iia Virtude II, ao oriente de Uberaba, ambos em Minas
Geraes; e resolveu mandar applaudir o acto humanitário
praticado pelo irmão major Joaquim José de Oliveira Penna,
dando liberdade a um seu escravo no acto da regularisação
da loja Amparo da Virtude II.
Foi concedida a regularisação impetrada pela oficina
provisória Cotinguiba, ao oriente de Aracaju, na província
de Sergipe e pelo capitulo Realidade no seio da offieina do
mesmo nome, ao oriente do Recife, em Pernambuco.
Elevações de graus. — A Grande Loja sanccionou a ele-
vação ao grau dezoito conferido a diversos obreiros pelos
capítulos Commercio, Estrella do Rio, Urias, e Regeneração Ca-
tharinenst; concedeu o mesmo grau a membros das lojas
Âsylò da Caridade, Cotinguiba e Amparo da Virtude II; e o
trinta a obreiros das lojas Commercio, Urias, Estrella do Norte.
Amparo da Virtude II, Cotinguiba, Conciliação, Seis de Março,
União e Beneficência (Recife) e Philotimia.

SESSÃO N. 5, EM 16 DE DEZEMBRO DE 1872.

Presidência do irmão grande veneratel Dr. Fernandes Lima.

Abertos os trabalhos foi lido o Decreto do sapientissimo


Gram-Mestre determinando que a Grande Loja Central, fosse
convocada para hoje, afim de proceder à eleição das suas
Dignidades, segundo o disposto no art. 26 da Constituição
Provisória.
Nomeados e approvados os escrutadores, procedeu-se a
eleição do grande veneravel e dos 1.° e 2.° grande vigilante.
Estando adiantada a hora e não havendo numero legal
foi adiada a sessão.
I
38

SESSÃO N. 6, EM 29 DF, DEZEMBRO.

Presidência do irmão Dr. Freire do Amaral.


no livro respectivo foi
Presentes os irmãos inscriptos
aberta a sessão. ; . a
os escrutadores concluiu-se
Nomeados e approvados a
tem de ser .ubmettida
eleição das Dignidades, a qual único do
nos termos do §
approvação do Grande Oriente
art. 47 da Constituição. em
os trabalhos da Grande Loja
Continuaram depois
sessão ordinária. ,
-Foram approvadas as eleições para 587á a
Eleições.
lojas Commercio, Süencio, Tolerância, Segredo
que procederam as Vera-Cruz, Indepen-
è Amor da Ordem. Regeneração, Realidade,
Cosmopolita, União Um-
dencia. (ao Oriente de Campinas)
e Commercio e Industria; e dos
stanie (Rio Grande do Sul)
Commercio e Industria, Cosmopolita, União Constam*,
capítulos
Ueqencração
' e Segredo e Amor da Ordem.
Ficou a Grande Loja inteirada de ter
REGULàRiSàGõES.-
em tempo competente a omeina Tolerância,
sido regularisada
ao oriente de Porto Alegre e resolveu que a ofticina pro-
visoria Cruzejrõ do Sul fosse por si mesma regularisada.
... Auctorisou a regularisação impretrada pela oíficiiia
Trabalho, ao oriente do Amparo, na provincia de
provisória
JÈjjAjfc, ¦¦
S. Paulo.
Elevações de graus.— A [Grande Loja sanecionou a ele-
*gráu
vação do dezoito conferido a diversos obreiros de
diferentes capítulos escossezes; concedeu o mesmo grau a
membros de algumas lojas' symbolicas; e o trinta a obreiros
de diversas lojas.
Processo.— Ficou adiado o parecer da primeira secção
sobre o processo instaurado na loja Philotimia contra um
dos seus obreiros.

v
- 39 -
*

SECCÂO BE CORRESPONDÊNCIA.
o

Da Loja Confraternidade Beneficente.


Ao Directorio do Lavradio.
Em vossa mencionada circular lastimaes a fusão dos
Grandes Orientes do Lavradio e Benedictinos, effectuada
em 20 de Maio do anno vigente, e prevenis a todas as
lojas sobre os últimos acontecimentos que tiveram por
infeliz desfecho a nova e deplorável scizão dos mesmos
Orientes.
Lida na loja Confraternidade Beneficente a que nós outros
signatários desta prancha temos a honra de pertencer, foi
a vossa circular tomada em toda a consideração.
No entanto, já pela gravidade do assumpto, já porque
os irmãos presentes não se dessem por suficientemente
esclarecidos e ainda por entender que deviam ser ouvidos
senão todos, ao menos uma grande maioria de irmãos do »

numa questão nimiamente vital e por isso pre-


quadro,
deliberou a mesma loja tratar da resposta em
ponderante,
outra sessão. E tanto mais se tornava necessária esta
¦¦-.',¦

delonga, quanto essa resposta devia importar um pronun-


ciamento pelo Grande Oriente Unido ou pelos irmãos re-
cem-dissidentes.
Comprehendendo a magnitude e o alcance da delibera-
a tomar, procuraram os membros de nosso quadro pre-
ção
munirem-se de todos os dados que podessem conduzir ao
conhecimento dos factos. Documentos impressos e manus-
criptos, informações tudo foi consultado e
particulares,
discutido na oficina.
A loja decidio afinal que de modo nenhum devia con-
correr para a desunião da grande Família Maçonica que
adheriu ao Grande Oriente Unido, e que outras auetoridades
não podia reconhecer, senão as legalmente eleitas, como
consta da communicação do nosso respeitável irmão grande
'secretario Alexandrino Freire do Amaral.
geral Dr.
<i
-40-

E deliberou mais que a circular fosse respondida por


nomeada, com o fim de ser mais
uma commissão para isso
adhesão ao Grande Oriente Unido
significativa nossa
caríssimos irmãos, que nos coube a honra
| por isso.
de vos dirigirmos esta prancha.
deploramos profundamente e
Cumprida nossa missão,
toda a sinceridade, que factos inspirados em princípios
com
á nossa instituição tivessem frustrado
alheios e adversos e
constituída fraternal união,
as promessas da força pela
faziam sorrir-nos uma aurora futura
as esperanças que
de prosperidade e triumpho.
Não desesperamos, porém, de uma reconciliação.
O Supremo Architecto do Universo vos illumine e
Guarde.
Logar coberto, ao Oriente de Cantagallo, 1,° de Novembro
de 1872. (era vulgar.)
Os Membros da Commissão.

Da mesma Loja.
Ao muito respeitável irmão Dr. L. C. de Azevedo.

Apresentando-vos como grande secretario do Grande


Oriente do Lavradio ás oficinas do Brazil, daes por exacta
uma exposição feita por circular de 12 de Setembro do
anno vigente, da qual fostes signatário, insistis em lios-
tilizar o Grande Oriente Unido, lastimando a fuzão, e ter-
minaes por convidar as mesmas oficinas a serem firmes e
fieis á lei e á fé jurada.
A fé jurada e a fimeza, no entanto, já tinham inspi-
rado á loja de que ora sou órgão, a adhesão ao Grande
Oriente Unido. Ella, portanto, julgar-se«hia perfura e tíbia,
si retrocedesse agora pronunciando-se contra tão maçonica,
&V ,
salutar e fecunda união, sem motivos que podessem jus-
ml''.: '
tificar cabalmente uma scizão nova e deplorável.
- 41 -
A resposta da circular alludida dispensa, por certo,
esta prancha. A deferentia, porém, e o acatamento para
comvosco determinam a responder. Dignai-vos, então, accei-
tar esta como um addendo á referida resposta.
Já estaes informado sobre a resolução da loja Confra-
nidàde Beneficente que adheriú, por unanimidade de votos,
ao Grande Oriente Unido. Longe teria de ir si me propo-
zesse a dar-voi conta de todos os fundamentos da deci-
são. Não os mencionarei portanto; vou limitar-me a vos
informar perfunctoriamente. ¦ .
A fidelidade para com a lei orgânica da instituição em-
quanto é lei, emquanto perdura sua raztio de ser, a inde-
clinavel e devida observância dos decretos consentaneos
com essa lei, sao as bases era que devem assentar as de-
liberações acertadas e de bom aviso. S ão também os
princípios que k Con fraternidade Beneficente inspiraram seu
procedimento.
Em sua soberania e por voto unanime, em uma
sessão para isso convocada, resolveram os dois Grandes
Orientes Benedictinos e Lavradio, congraçarem-se em fra-
ternal amplexo. E foi promulgado o respectivo decreto de
fuzão. Confeccionada, discutida, foi depois jurada a Cons-
tituicão Provisória. Nem uma Officina brazileira e deveras
maconica podia deixar de adherir a esses factos tao ai-
tamente fraternaes. E adheriram todas. E assim fez a
Confraterrddade Benificente.
Como pois retroceder agora, caríssimo irmão, sem in-
correr na pecha de rebelde e refractario,?
Accresce ainda que o nosso illustrado e prestimoso
irmão grande secretario reeleito Dr. Alexandrino Freire do
Amaral teve a bondade de nos communicar p resultado
das eleições dos funccionarios do Grande Oriente Unido,
feitas com todas as solemnidades, como se deprehende dos
documentos impressos e das discussões pelos jornaes, ou
antes das publicações não refutadas. Tudo isto pareceu à
Confraternidade Beneficente comprovar a legalidade dessas
eleições.
6
- 42 -

constituídos esses funccionarios


Como nao ter por bem .gnora-se >
outros, cujas eleições regulares
Dara
n\ZI, rihecer *"*£
respeitável irmão, a pm »
g
um& resolução dos :«J£-£—*£ oovid £££
ae
assembléa. Conseguintemente porece uma nova
/*scuao ;
decretar-se
4'.- ,*t
•te
.*.
que so de igual modo poderia dessitataquelle
! menos que nao seja taxado de grupo
da União assim deliberada
que
9 se constituir separado
em nome da ofllcina Cmfram^ie
Em todo o caso,
ao signatário desta prancha significar-
Btrifmu, cumpre os seu
têem todos
to. o sincero e profundo pezar que urgia que
membros pela nova scizão; maxime quando
todas as nossas forças ™«*°v»
fizéssemos convergir contando
se ostenta ovante,
lendo e ardiloso inimigo que nossas dis-
Certo é que as
triumphar pela nossa desunião.
robustecem e acoroçoam nosso inimigo
sensoes domesticas
commnm. ... e
Universo vos illumme
O Supremo Architecto do
guarde.
O Secretario.

Da Loja Seis de Março.


do Grande Oriente Unido
Ao illustre irmão grande secretario geral
e Supremo Conselho do Brasil.

vivo
v

o sincero regozijo que cumpro o


E* com o mais
a loja capitular Seis de Março
dever de communicar-vos que
neste valle do Recife, fiel a suas tradições
de 1817, erecta
em sessão extraordinária a 8 do corrente,
gloriosas, reuniu-se a
convocada especialmente para o fim de deliberar sobre
magna questão que se agitou no seio da maçonaria brazi-
Wae deu em resultado o escandaloso attentado commettido
uma facção que se arroga o titulo de Grande Oriente do
por
vr.-: .'<•':, :fj> i,;.''- •
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...
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Brazil, ao valle do Lavradio.


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43

A humilde loja Séw de Março de 1817 ouviu com toda a


attenção e respeito a leitura do Boletim e Manifesto ma-
çonico, este «publicado* era nome do supposto oriente e
aquelle pelo Grande Oriente Unido do Brazil. *
? -i

A leitura do Boletim sabiamente elaborado produziu,


como era de esperar, o enthusiasmo eo júbilo pela justiça
da causa que o inspirou. Foi um raio de luz emanado de
¥
V
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S /

um globo igneo tal é o Grande Oriente Unido e Supremo


f

Conselho do Brazil.
A causa da humanidade; a grande-causa do futuro; a
regeneração dos costumes; a liberdade, a emancipação do
homem e o direito não precisam de estandarte; encerram-se ...

no singelo, mas grandioso titulo de Oriente Unido do Brazil.


'¦-¦.

Tem a sua legenda sublime, escripta nas paginas d'esse


Boletim histórico que ha de ser o evangelho da nossa causa,
ha de ser a nossa columna de fogo no porvir.
Entretanto, meu respeitável irmão, não foi sem pro-
fundo deogoto que a augusta loja Seis de Março de 1817 sentiu
por mais de uma vez o gênio do mal perturbar a santa paz
do templo de Salomão, e o que é digno de lamentar-se, o
promotor da desordem era o próprio irmão veneravel...que, Zy

abusando do mandato, attentou contra a soberania daofflcina,


como podeis conhecer dos factos que vão escrupulosamente
relatados na acta que por cópia inclusa passo ás vossas
mãos para os fins convenientes : e ainda pouco satisfeito em ¦

anarchisar tão respeitável associação, para cumulo das suas


malversações, obtém que o irmão thesoureiro.... depois de ¦¦..'•visa
••;
¦;;¦

haver prestado o seu voto de adhesão com os demais obreiros


V:;; ," Wà

em a noite de 8 do, corrente, recusasse restituir os metaes


confiados á sua guarda, e o mesmo consegue do irmão
chanceller... com respeito ao timbre e sello que estavam ¦

em seu poder. ;!"!;3

Felizmente, porém, ainda a augusta loja Seis de Março


de 1817 conta em seu seio Íntegros caracteres, a quem deve a
causa commum da maçonaria brazileira o explendido trium-
obtido nessa noute, que marca uma nova era nos fastos
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da maçonaria pernambucana. , '•¦¦•. x

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-44-
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com a ausência do respeitável


Restabelecida a ordem a ma-
então à hvre discussão
irmão veneravel e submettida secreto
ao escrutm.o
teria da ordem do dia, procedeu-se em do
de votos prol
dando este em resultado unanimidade e Su-
Grande Oriente Unido
reconhecimento e adhesao ao da ma-
única legitima
premo Conselho do Brazil, potência
conaria
* neste Império. .
meu turno que foi subtraído
Devo por prevenir-vos
desta oficina o seu breve de constituição
dos archivos
com o fim de pretextar elle nullidades que
pelo irmão...
só o despeito e a maledicencia podem reconhecer para
augusta loja capitular Seis de Março
inutilisar o que a
constituída, acaba de realisar; e e esse
de 1817 legalmente
capitanea' um grupo de revoltosos.
irmão perjuro que
Taes são... a relação nominal de dez obreiros).
[Segue-se
de hoje em diante esta augusta loja
Obedecendo pois
Grande Oriente Unido, dignai-vos meu
às sabias leis do
acceitar o abraço sincero e fraternal destes
I distincto irmão, as
vossos honrados e firmes irmãos, os quaea aguardam
vossas determinações e luminosos conselhos.
O Grande Architecto do Universo vos illumine e guarde.
da augusta loja capitular Seis .de Março de £817,
Secretaria
aos 15 de Novembro de 1872 (era vulgar).
O Secretario.

Da Loja Conciliação.

Ao respeitável irmão grande secretario geral do Grande Oriente


Unido e Supremo Conselho do Bra&il.

Resolvendo esta offlcina, por uma insignificante maioria


' ' ¦
WS.

o acaso em sessão de oito do corrente mez,


que produziu,
obediência ao intitulado Grande Oriente doLavradio,
prestar
ante seu insólito arbítrio, os maçons que pugnam pelos
legítimos interesses da nossa Ordem, resolveram separar-se
'' >>< ¦ ' ' '¦-/
- ,¦ .' i >.¦ •¦'".¦ ,
f-

¦
i

, I,

•l
,. ..

45
e prestar obediência ao único e legitimo Corpo, que é o sa-
pientissimo Grande Oriente Unido do Brazil.
Constituindo a grande maioria da oficina, abrigamo-nos
nas abobadas do soberbo templo da loja União e Beneficência,
deixando a minoria dissidente no antigo valle da rua do
Cabujâ.
Os motivos que determinaram esta dolorosa separação,
que são a trama urdida aos incautos e as illegalidades
commettidas para triumphar a idéa do Lavradio, estão
expostos no manifesto que se acha no prelo, o qual vos
será enviado opportunamente, acompanhado do processo
eleitoral; pois está designado o dia Io de Dezembro próximo
para a eleição de algumas vagas deixadas pelos dissidentes.
Envio-vos copia da acta da sessão de 12 do mez cor-
rente, em que a nossa loja jurou solemnemente a Consti-
tuição Provisória e prestou firme adhesão ao Grande Oriente a

Unido do Brazil, como único legislador e regulador da


Ordem no Império.
Expostas com a verdade dos acontecimentos, as cir-
cumstancias que motivaram a separação, esperamos justiça. '

O Grande Architecto do Universo vos felicite e guarde.


Traçado em sessão da loja Conciliação , ao oriente do
Recife, aos 28 dias do mez de Novembro de 1872 (era vulgar.)
'* ¦

As Luzes da Officina.

*
.

Da Loja Symbolica Amizade ao Cruzeiro do Sul.


t;i/>

Illustre e $espeitavel Irmão Dr. Alexandrino Freire do


Amaral, muito digno grámde secretario do Grande Oriente
Unido do Brazil, no Rio de Janeiro.
Oriente de Joinville, aos 23 de Janeiro de 1873.
De ordem da augusta loja Amkade ao Crüuira do Súl
tenho ò favor de passar a vossas mãos para os fins devidos
os seguintes documentos: -
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¦ ¦¦*-,'''
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¦¦ -i
*'

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46
acta lavrada .£-£
,,-Cópia autnenticada
do «^ P« ?
l0ja em 13 de De.embro ^ adhesao
q„al declara, P»r f*^**^2T «ra.il, «nico
Grande Or ente Ond
Orl do ^
e obediência ao Impeno cm ^^w
legal neste
Corpo maconico no mez
a sua resolução, já tomada
•anno. convênio » celebrado
e em 1862
i» »
2..-Cópia authentica a Grande
enfcre o Grande Oriente do * loja
Hamburgo de, ^f"*JMo
oat»J» lingua
Loja de airei ^^
^ Hamburgo, em
do Sul o
Amizade ao Cruzeiro
conforme o Rito da
allema e £**&£& contrato.
S°b "** «*
etto vos JFZ»»*
TC! £Í£f mas *
à^aTe° 13 de Bezembrc,, .*»»
„*T£
¦:¦

^
¦¦¦
:

entendeu, jà hoje mais


em vez de seguir para
a corte, nao tenho tempo para ^££TZm> esta na
enviar-vos a acta lavrada,
demora preferi
procedeu em
acta vereis-e no^jeja
ir
^a í£í
13 ^ o respeitável
o anno TS que íui
de 1873, te Si'——vel
irmão Dr. Ottokai^oerfful^ e de um depu-
â eleição de um repr
Quanto Unido por p
tado junto ao Grande Oriente
o |5. tom .
loja, chamo a vossa attençao para ^

Laos qualificados para preencheres*s


irmãos que s™.f* $£*££
os dons L
leixeira Chaves de-
representante, e o irmão ^Te*
Manoel
Hansen,
. ptttado, e ambos ^^iZJTZ^T^l a íespom
o-naríun dar nos a mínima noticia
maçonicas, que tanto nos «£*£¦££
Crlcts dos ditos irmãos,
e a opin.ao
i*so ignoramos qual a posição ou ao grupo de-
ao Grande Oriente Unido
e si pertencem
nominado Oriente do Lavradio.
*
47 \ ^h «

Aguardamos, pois, uma decisão a respeito dessa quês-


tão, do Grande Oriente Unido, e immediatamente depois de
recebermos a resposta, procederemos á eleição e remetter-
vos-hemos o respectivo quadro dos ofüciaes e obreiros
acompanhado da quota annua.
Por intermédio do irmão Watson, do Desterro, recebi
vossa ultima prancha fraternal do mez de Dezembro, e o
Boletim ns. 11 e 12 (Outubro e Novembro). Foram ambos
lidos em sessão de nossa loja aos 29 de Dezembro, e aco-
lhidos com grande satisfação da parte dos obreiros ; e neste
lugar cumpro o grato dever de agradecer-vos cordialmente
em nome da minha loja pelos esclarecimentos que vos
dignastes administrar-nos; e si a justa causa e a verdade
triumpharam no seio de nossa oficina, devemos este bom ./<**
'

resultado em primeiro lugar a vosso zelo, á vossa bon-


dade e ao vosso interesse, que sempre mostrastes para com
nossa modesta loja. v:

Que - o Grande Architecto do Universo vos guarde e


proteja em vossos augustos trabalhos a bem da nossa su-
blime Ordem, este é o desejo sincero de vosso irmão af-
fectuoso e amigo obrigado.
O secretário, Ca rios Lange.

, Cópia. — Secretariai general de l'Ordre, au Grand ^


\::P
Orient du Brésil, le septième jour du móis de Janvier de
Tan 1862.
'.
-,-C-ii

et Ulustre Frère. — Le Grand Orient du


Jlespectable
Brésil a reçu avec satisfaction Ia correspondance de Ia . ¦.'¦.Wj

Grande Loge de Hambourg en date du 20 Juillet de 1'an-


née dernière, laquelle accusait Ia reception de ceile-adressée
par le Grand Orient du Brésil en date du 14 Décembra de
1'année 1860, ai faisait sur son contenu^des observations pour' ,:í:
être convenablement éclaiçcies. J'ai eu oràre, en réponse,.
et par Votre entremise, d'exposer à Ia três honorable
Grande Loge de Hambourg ce qui suit: #
Que le Grand Orient du Brésil¦, se congratulant avec
"."st ¦ ¦
v,.v-..
;.,í ' ¦

" " ¦ .'-.--''~ ¦"',¦'¦- ""¦ '''¦'"* ¦.'¦:"" "" '¦ '-'•'"; ' : ¦'.'¦'¦ '¦ ''V^>-....;0*;J&Üfj
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i
- 48 -
.' ¦¦¦¦.¦¦¦ . ¦ ...
¦¦¦-..-¦,.¦ ¦

Loge sa fraternelle complaisance; lui,


Ia même Grande par
le respectable et illustre frère C
annonce avec plaisir que
da Silva existe encore et est reconnu sous
R. João Severino
le caractère de son digne représentant.
le Grand Orient du Brésil, èn remerciant infiin-
Que
Ia Grande Loge de Hambourg de l'offre de lui indi-
ment
\
un frère, son membre, pour être nommé son représen-
quer
tant auprès d'elle, souhaite beaucoup que cela se verifiele.
vu le respectable et illustre frère
plutôt possible, que
Dr. Cords ne peut continuer dans cette qualité.
à Ia loge allemande Amitié Croix du Sud,
Que quant
à 1'oríent de Ia colonie de D. Francisca, dans Ia province
de St. Catherine, de cet empire, le Grand Orient du Bré-
faite travailler <
sil ratifie Ia concession pour qu'elle puisse
dans le rite de Ia Grande Loge de Hambourg et dans Ia
langue allemande, devant toutefois envoyer sa lettre d'ins-
tallation sans aucune dépense de sa part; mais elle devra
".
(-':[ .

annuellement Ia contribution d'usag e, laquelle,


#payer
d'après Ia note áimexée á notre Constitution munte à
mille reis pour chacun ouvrier, inscript sur le tableau
jusqu'au n. 81 le maximum et 33 le minimum (art. 29 de
Ia Constitution).
Ces raétaux seront envoyés au Grand Orient du Brésil
<£?¦';'
le 7eme móis de chpque année, accompagnés d'un exemplaire
¦

;;! •'
'

du dit tableau et du procès verbal rélatif à 1'election du
vénerable, d'un représentant et d'un depute, rélection de
ces deux charges devant retomber sur des ouvriers de
quelqu'une des loges du rite bleu, à 1'Orient do Rio de
Janeiro, et qui jouissent du dégré de Rose Croix. Enfin,
que ratifiée par cette manière tout ce qui a été exposé par
lesdeux puissanees maçonniques du Brésil et de Hambourg
dans les correspondances reciproques du 14 de Février, 20
.,
¦¦

¦</¦:::*,:,
.:•
V; d'Aoat. 14 Décembre 1860 et 20 Juillet 1861 par rapport h
i:.
Si'-. :¦ •¦

Ia loge Amitié Allemande, le Grand Qrient du Brésil croit


qu'il ne reste plus à fairè sinon que les mêmes deux hau-
tes puissanees^ resserrant les liens fraternels qui les unis-
sent, fassent maintenir les susdites stipulations.
'¦,¦
'
¦¦¦' ¦''¦'
.

''¦''.i •;
iií- . .
''<
. >
'-'v'
:.'.:; - '- Vi-'•';':
-49- •*

Le Grand Orient du Brésil m'ordonne également de : -.-•

vous envoyer ci-joints cinq exemplaires dei tableaux de


radministration de ses Grands Ateliers et des loges de sa
*¦*¦ i~-
.• iZ': •¦

jurisdiction, afin que vous ayez Ia bonté de présenter trois


à Ia Grande Loge, un à 1'illustre frère qui será proposé
pour y représenter le même Grand Orient du Brésil et le
•'<

cinquième pour vous.


De tout ce que j'ai Ia faveur de m'acquitter.—Par ordre.
[Signé) Ruy Germack Possollo, chef et grand secrétaire
adjoint 3 gr.— Está conforme, em fé do que me assigno.
Secretaria da augusta loja Amizade ao Cruzeiro do Sul% ao
oriente de Joinville, em D. Francisca, aos 16 de Janeiro de
1873, (E. V.) — Carlos Unge.

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.-,
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''WÈÊ
Wm
,

BULLETIN POUR L'ÉTRAi\GER Zi-

Dans le dernier Bulletin pour Vétranger nous disions,


en faisant connaitre le mérite des reproches des frères ..'< t

dissidents, que notre auguste mission consistait à combattre


sans cesse 1'ineptie en soutane, décorée du nom divin de %

doctrine chrétienne et à plaider toujours pour Ia liberte de . ¦ ¦ :¦ ¦ ¦: .-..vi.-


'dmw

conscience par des représentations legitimes aux pouvoirs


de 1'Etat, par des conférences publiques et par Ia presse. ¦

0'était notre tache, laissant de côté les frères refrac-


taires qui pretendaient ramener Ia secte jésuitique à Ia
vérité par Texhortation au moyen de Ia seule publication pos^
sible dans le monde profane, sorfcie du silence de son cloltre. ¦¦¦V*.¦.,., L'--\ *

0'est en vérité un moyen três súr pour opposer une


*' ¦

barrière aux déréglements des jésuites qui, proteges par


les bons franc-maçons, comme sont appelés les frères da
¦'..«

Lavradio par les ultramontainS, viennent, par 1'organe de


1'evêque de Pernambuco, de mettre en pratique Ia persêcu
ti'-'.

„ - .
- 50 —
. ¦¦¦ "¦¦''
' ¦ '
¦ ¦.
¦ ¦

vive contre les mamais franc-maçons, s'acharnant . ... .


tion Ia plus ..

contre eux Ia population catholique de cette pro-


à exciter 6-

vince du Brésil.
Voici les effets de l'intervention des bons franc-maçons,
tous les liens de Ia fraternité pour donner
qui oublièrent
de force et d'audace à plusieurs evêques du Brésil,
plus
emissaires serviles de Ia curie romaine. On peut maintenant
connaltre que Ia prétention de détruire le Grand Orient
Uni du Brésil est de 1'influence de Ia politique, dont
partie
1'alliance avec 1'ultramontanisme a tout fait pour introduire
le désordre et Ia mésintelligence dans les ateliers de 1'empire,
appuyer les desseins du jésuitisme et contrarier les
pour
aspirations du progrés, de Ia liberte et de Ia civilisation.
Malgré toute Ia persécution, le Grand Orient Uni con-
tinue à rencontrer un sincère appui dans les vrais franc-
maçons, parce que vingt-trois ateliers qui appartenaient
Jjtg ¦'¦.-:.'¦¦-'i ¦-* - autrefois à Tancien Grand Orient du Brésil, à Ia Vallée du
•p
Lavradio, ont deja reconnu le Grand Orient Uni comme le
seul Corps maçonnique régulier pour 1'empire. \*.

Les evêques de Rio de Janeiro, Pará et Rio Grande do


Sul, qui ont commencé à 1'aise leurs charges offensives
-
contre Ia franc-maçonnerie, en faussant les lois civiles,
n'ont pas exerce une violence susceptible de comparaison
avec celle de 1'evêque de Pernambuco, un moine de 23 ans,
lequel contre les dispositions de Ia loi qui a supprimé les
Ur
ordres monastiques, a fait profession à Rome dans une cor-
poration religieuse. Cest ce jeune homme qui a été choisi
,.

; .

pour' instruire pastoralement les ouailles d'une, province


grande, riche et- éclairée.
^y*A
Depuis longtemps, 1'église et, Ia franc-maçonnerie vi-
vaient en paix et Ia population pernambucaine était tou-
'¦'...'

Jours considérée comme le; type de Ia dévotion catholique. '


.vi J „¦.., „

Les eyêquès connaissaient parfaitement que les franc-maçons


étaient les plus notables à developper le culte religieux,
sans hypoçrisie ni fanatisme. ?
i ' "
tev/iàto'v#jtoe exotique du jésuitisme n'avait pas encere
cherché à prendre racine au Brésil. Chassés de Ia plupart ' ':
.1 p

-51-
... ' : -': ;.

des pays de 1'Europe, les robes noires choisirent dans •íli

l'Amérique, notre patrie. pour persécuter le clergé national,


prendre possession des dioceses et des paroisses et exercer.
leur domaine direct sur toutes les consciences au moyen ¦ t

*.* **
de 1'instruction, de Ia chaire et du confessional.
. La franc-maçonnerie, par son apostolat de tolérance,
de liberte et de civilisatiou, contrariait leurs désirs les plus
véhéments. Voici les raisons de Ia guerre ou verte par des
bulles d^excommunication lancées contre nous par les emis-
saires de Rome, qui cependant n'avaient pas encore eu le
courage de Tevêqne de Pernambuco. '
Dans un article sur le jésuitisme, publié à Ia section
dogmatique de ce Bulletin, pour lequel nous appelons tout
particulièrement 1'attention de nos frères étrangers, nous
faisons 1'exposition du procede arbitraire et capricieux de
1'ecclésiastique áttaché fortement à Ia cause temporelle du
pape.
Ce moine, frei vital, revêtu de Ia principale dignité ¦ -' .'¦..-.-'¦ ,,.:V

ecclésiastique de Ia province, a oublié les limites de sa


jurisdiction pour usurper les pouvoirs de 1'autorité civile, *
¦¦'

laquelle n'avait pas même le droit que s'est arrogé revêque. .*

Nos frères de Pernambuco, honores et vénérés dans Ia


société civile et maçonnique par leurs vertus et, ce qui
est plus remarquable, par leurs oeuvres de piété et de devo-
tion, ònt été en butte de remportement du prélat, qui,pár
¦tv

Tintermediaire des clirés, intima aux juges des confrériesla


peine d'expulsion pour tous les franc-maçons qui en fissent
¦.
*
part, ou Patiraration publique des« príncipes níaçonniques. u

Ce document précieux. se trouve transcrit daus son en-


tier pour témoigner le coup de desèspoir de Tintolérance
d'um ministre de Dieti. ," femi
L'intimation de frei Vital ne rencontra aucun appüi et
toutes les confréries, composées én leur presquè totalitè de
franc-maçòns, se reposaut sur le* droit écrit et suí leurs m
statuts, n'ont voulu nullement Paccepter pour juge. La
;-« ¦M
¦f.

désobéissance décisive fut Ia repouse doüuéeà Ia sèuteucè


""'¦: ' ' ''" '
V ¦ .'¦ '-'.'V; : ¦,'¦:'/' V •¦''¦ -¦¦¦*

. ' '. *¦¦ ¦ ' ' ¦¦¦ ¦¦ ¦¦ ¦ ¦'. ¦¦ "*.'..¦:: •"¦• •;.:"vVt51' '
.'". : ..'¦,/'¦¦¦-';'-¦.
';.
.¦'¦.. ' , ,' . . . !¦.'•'

I"

',¦¦:¦- ¦¦."*¦'¦:*

52

Mais 1'evêque est un vrai sectaire de Loyola: ses pro-


avaient un but determine et devaient aboutir à une
jets
autre violence. II a ordonné sur-le-champ Finterdiction ¦

d'une église, ce qui a été mis tn exécution par le respe-


ctif cure avec le ceremouial prescrit.
Voici l'evêque se mêlant de 1'administration des con-
fréries, sans être requis.
Ces confréries sont des associations mixtes, soumises au
temporel à un juge special nommé par 1'autorité civile,
tandis que les fonctions de l'evêque se rapportent à 1'exer-
cice spirituel ou à Ia manière dont les confréries célèbrent
\
le culte catholique. II faut encore remarquer qu'il n'y a
pas une seule confrérie, sans que les franc-maçons consti-
tuent Ia plupart des membres de Ia Corporation.
Si donc 1'expulsion de nos frères eút été realisée, elle
contribuerait pour Ia clôture des temples sacrés, parce que
ce sont lea confréries qui soutiennent le culte public. Est-
ce qu'aurait-il lá prétention de dépouiller les confréries de
tous leurs droits et faire 1'extorsion de leur péciile pour
rendre aux jésuites ? Nous ne croyons pas que cette abo-
I
minable tache soit favorisée par le pouvoir civil; maisen
í

V
..

I
¦
tout cas 1'ordre de frei Vital est absurdo, illégal, incompé-
tent et inéxecutable.
Le prélat voulait irriter 1'esprit de Ia population
contre nos frères; mais il a manque son coup.
Le peuple a fait de Ia justice aux franc-maçons, à
céux dont il a toujours apprecié leur sollicitude à Ia cons-
truction des églises, à 1'inauguration des temples et à Ia
célébration des fêtes solennelles enl' honneur de Dieu. Ils
travaillent pour obtenir Ia plus ample liberte religieuse;
mais ils consacrent au vrai catholicisme de leurs pères
Ia plus ardente dévotion.
Personne ne peut refuser à nos frères le droit de dé-
fense legitime. Le delegue du grand^maitre auprès les
ateliers de Ia pro vince convoqua une assemblée générale
:--'.j.'í'(:
du peupíe maçonnique, laquelle eut liou le 5 du móis
couraht. ¦" ¦ '
'
V ;

¦¦;' ¦ ¦".¦' •'¦:.'


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53

Cette assemblée a adopté, avec Ia sanction du Grand


Orient Uni, les résolutions suivantes: ¦ **5

1 l.e Faire des représentations aux pouvoirs civils et


contre les abas pratiques por 1'evêque et de- ^ ¦
:>#v-r

politiques i. • s.S

mander avec instance les moyens actifs pour rémédier à


cette intervention du clergé dans Ia conscience des ei-
toyens. . .:*«

2.e Faire des conférences publiques pour éclairer 1'esprit


du peuple sur les dispositions et les tendances funestes de
Ia réaction cléricale. ' •/-•>

3.e Publier Ia liste nominale de tous les franc-maçons


de Ia province.
Ces résolutions furent executées et Ia première con-
férence eut lieu le 9 de ce móis dans le Campo das Prin>
cezas, oú Ia lecture de Ia représentation aux pouvoirs de
1'état et les discours prononcés par plusieurs frères fu- ¦¦¦¦

rentf accueillis avec un grand enthousiasme par plus de


six mille personnes qui remplissaient Ia place et qui surent ;
;

tenir leur rang de tranquillité et de déférence à Ia première


autorité de 1'église, malgré son égarement et Ia menace
de détruire Ia franc-maçonnerie.
Le procede de frei Vital a produit 1'indignation générale
contre }es attentats du fanatisme clérical et Ia presse s'occupe
journellement de cette question.
Nous ne savons pas encore si le prélat ordonna l'inter-
¦¦.

¦
¦
.

diction de toutes les églises ou s'il recula de son project


audacieux.
Le Grand Orient Uni a convoque, lors Ia reception de
¦
¦ ¦ -
.

• ¦ •

ces nouvelles, 1'assemblée générale du peuple maçonnique,


*

le 27 du móis. courant. II a fait une repré-


qui eut lieu
sentation aux chambres législatives, laquelle est transcrite
à Ia section omcielle du Bulletin.
ce tout cela deviendra; mais le
Nous ne savons que
Grand Orient Uni du Brésil continuera à defendre sesdroits
,; (

et àtravailler pourobtenir Ia tolérance de toutes les opinions efr


/

sous le déguisemetit
¦V. .'. -;f;.;',:;

pour 1'extinction de cette secte, qui


religieux, profane le nom de Dieu et produit le malheur de '•
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T ,
- 54 -

Tespèce humaine par 1'ignorance, le fanatisme et Ia su-


perstition.
— Nous avons reçu le Calendrier maçonnique du Grand Orient
de France (1872); les Bulktins du même Grand Orient (7,
8 et 9); Ia Chaine dWnim 11 et 12 (1872) et 1 (1873); le Monde
Maçonnique (4, 5, 6, 7 et 8); the Proceedings ofthe Sup. Counc. for
lhe southern jurisdiction U. S. (1872); o Boletim Oflicial do Grande
Oriente Lusitano Unido (7 et 8): et ei Espejo Masonico (1 et 2).

, Janvier, 1873.
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A. F. A.

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55

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SECÇAO NOTICIOSA. ¦

Revista estrangeira

França.-0 Grande Oriente de Franca W#«l*


collectivaáçeticao
ultima assembléa geral a sua .adhesão obrigatória • leiga, ™Ja mi-
que se refere á instrucção gratuüa,
de uma loja de Strasburgo em 1870
clativa partiu Ba-
-Duas Grandes Lojas, a do Canadá e a da Nova da troca
cnssia renovaram as relações ofiiciaes, por meio
de reores^tantes, com o Grande Oriente de Franca, que
conta^so^sua obediência 340 officinas em plena actmdade,
* esta lhe augura
Seja capSs e conselhos: situação que
Um ri actividade nos trabalhos
obser/aTSom effeito grande
das loiPas franceLs, de uma % outra obediência, freqüentadas
a Ordem, e que se esforçam por col-
Z obreiros devotados aeve assumir perante a ,

focal-a na verdadeira posição que


sociedade profena.^^.^ ^^^ „op>í,«
da e da j
«ftfr-
snas sessões do estudo Do papel franc-maçonana o irmão
TE deíus trabalhos. Na sessão de 11 de Novembro, apresentou sobre a
Wvrotboft oradoT titular da offlcina
trabalho, do qual extrairemos os se-
K um importante
gn4tes Veclfos por. se, adaptarem Pf d?
ue s^a
sua
brazileira, e á fXtncia
importância
actual da maçonaria
missão na actúalidade: ¦Jw

A verdadeira sabedoria consiste em prever ^^SSSSSl


felizes ou infelizes, e emestop^para dSr Símos organi-
S^talWS. S£WK«&S£L«M»m£

sociedade esta tranquüla e' P^ jonsegmm» e tQ mais


¦ ¦;
.

"""""mü,
<<"*i ^^.¦¦¦-^¦NYH'--

K saras Taísst sansü™ ~ «~


«ma conclusão ,tirar m*.devemos .gu*meJg»&

mi"^3PK^» é
preetsoe ^Wto-^fcjfcj* •^S

, "Sr * *
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-V ". .;.' .'.""• " •'¦.', ¦-•*
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¦
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Sr n ¦«:.

-56-

digo,
Timento excessivo do clericalismo Eu nãotornou-se, u«
^*?|^SócÍl
para alguns, negocio
distihcção é importante.'O catholicismo
partido
P e transformou-se em clencaltsmo. sfW*|SStSK
. necal-o;
Esse partido é poderoso: seria insensato,

e fazem muitobem, porqu* e >«£


por todos os pontos insignificantes,
insignificantes que a religião e a plulosophia penetram profunda
pontos
"tá?**- o direito e odever *rttóri to»,
adversários, temos
nos amaldiçoou, excommungou-nos; com uma
estamos, em relação.a ^.p^^WStSS
ella no caso des tógitima
para o inferno pois,
Sefeza, que é o mais sagrado de todos os direitos, P°^els,sA°Mnm^m^:
ainda não foi negado por legislação alguma. éOy^«^e|a^g^erra tempo de mostrar que a
¦

à razão moderna: acceitamos o. combate; já


razão moderna não teme ser vencida. •••••• • . ,rAr¥1 rl_ lirn na:7 aue
Diante da obediência passiva a decretos que vem de ™J PJ» que
colloqueinos a liberdadej nao a^dade <J™
nenhum de nós conhece,
consiste em caminhar ao acaso, mmm^^S^!^&i^m&- civilisaçao: o bem estar intei
que vai em demanda do fim supremo da
.: '•; lectual e physico das(Le massas. '. ¦ \ -â \.„„ T>nn qqo \
Monde Maçonniqae. Pag. õ6&.)

— O Grande Conselho geral dos gram-mestres ad vitam


oriental de Misraim, em í rança, acaba
da Ordem maconica votado em
de distribuir* aos maçons do rito, o annexo,
Janeiro de 1872, aos estatutos geraes da Ordem.
?
O art. 3.o da Lei já adoptada diz o seguinte: nriníiínÍM os da
Os presentes regulamentos tendo por fim confirmar PJ^W*
iniciação, e desde a fundação da obediência sao a prm
verdadeira* que :ÍmMz0.^f^^m^^^^^
cipalbase da Ordem M^oniea
os estatutos geraes, submettidos á apreciação dos profanos que quizerem
ser admittidos á iniciação. ^^ em AvM t^..- au
Deus
Nos annexos notamos: - Artigo Sendo a crença ae
immortaüdade da alma, e o amor do próximo a base «ndamentai
<!- ¦.
A i
nossa instituição, não pôde fazer parte delia o profano que nao proiessar
aquelles principios.
Art. 5.-Sendo composta a franc-maçonaria de homens de todas
as opiniões politicas e de todas as crenças religiosas, será riscado do oe
quadro o franc-maçon que tentar fazè-la servir a um fim particuiai
opinião ou de crença. 4 % ,... . e. reli-
va1-
Art. 70. São prohibidas nos templos as discussões políticas
e cessam de direito os trabalhos maçonicos, logo que taes ms-
giosas;
cussoes se levantem. , ,
Art. 73. O Conselho da Ordem convida seus irmãos a se absterem,
nas lojas, de manifestações profanas. Quando um irmão, por euma peça
de architectura ou por boas palavras, bem mereceu da officina, por uma
viva e calorosa batteria que deve ser agradecido, e nao por applausos,
em uso nas salas de espectaculo, mas que não convém a gravidade ma-
çonica de nossos templos. £
Pag. KnÀS
564).
(La Chaine tfUnion.
.,__ 1 loja ia Libre cohscienee que, como noticiámos no
precedente numero deste Boletim, reclamou do Supremo
i
'-¦(.¦'¦ '. Conselho de Franca reformas em sua organisaçao, con vi-
¦
. i •¦ -'•>'

'¦' '¦
,.J,\ UU.itW-i i.. ;¦¦"?' ¦ Z ¦
¦t • .
¦•

i- ¦,« *

57

dando todas as suas co-irmans a imitarem o seu exemplo,


foi acompanhada pela loja Les Amis de Sully, ao oriente de
> * t

Brest, qne sustentou a idéa da convocação de uma asBemolea


constituinte sob a presidência do grande commendador actuai,
oflicinas.
e composta exclusivamente dos representantes dasMaçonnique,
— Na revista estrangeira do n. 7 do Monde
correspondente ao mez de Novembro, encontram-se noticias a
respeito da maçonaria do Brasil, algumas das quaes trans-a
crevemos para conhecimento dos leitores, terminando com maço-
inserção de um interessante documento proveniente da
naria* ultramontana, que é a sua própria condemnaçao.
Nao ha duvida que nos referimos ao Oriente dissidente
do Rio de Janeiro.
./:
Brazil.- O Boletim Offtciát do Grande Oriente Unido ™s o
no Pará, e da, Verdade e dafnnunda
apparecimento do Pelicano, ^múxa
entre as
Si»,

Universal, em Pernambuco. Ha além disso uma nobre emulação


loias com o fim de libertar escravos. Os relatórios dos trabalhos das, om-
cinas registram constantemente novos actos de manumissao. fcisto» a
bem entendida; e seriamos felizes si tivéssemos de registrar
maçonaria então sem reserva as nossas
somente factos desta natureza, porque seriam
felicitações. Porque razão somos obrigados a asannunciar agora a quebra
união, apenas formada, entre duas obediências que di-
nesperada da nos
vidSm entre si o páiz?Uma carta que recebemosi ^Xlnaíou1^
Lavr^os«~P»r0^
uma fracção importante do antigo Grande Oriente do «omflmfluSCoHe
da união e recuperou sua independência. Esperaremos> de
minuciosas que nos devem c&egar dos dous partidos, para julgarmos
o direito. Lamentamos, porem, desde já, Profundamefe este
que lado está 1i preoceupaçoes pes
scizâo, e nos affligimos ao ver cederem os maçons e todos os seus estorços
soaes, quando é certo que toda a sua dedicação . #
anenas chegariam á altura de todos os seus deveres.
apL acaba de ^MA em
instaUar-se *™
Por esforços do Grande Oriente UnidoSete de Setembro. Tem por
S. Paulo uma lojVde adopção que tem o titulo
Gram-Mestra a irman D. Francisca Carolina de Carvalho.
Depois de' haVer citado complacentemente todos do yJ^S^SJS
Grande Oriente Un^o,
Grande Oriente brazileiro, o Boletim, orgam official
diz em seu numero 8:-« Consideremos agora o ^verso do jmedjMSto^ suo-
a imprensa franceza que é opposte á maçonaria,
as reflexões um pouco ^1»', com
.«niargf ^^ queamna
Unhando certas passagens, e de decretos,que eram sem
mos acompanhado a reproducção de_ artigos hostilidade manlfestecontra_o
duvida concebidos com uma intenção de BoMm c>irma.AmgJ^JjÇg
Grande Oriente de França. O redactor ào desejo actualmente e procurar esxa
miA nao nos resüondorá e que todo o seu e os maçons
SlwTumauntãc^iSa e fraternal entre os maçons francezes
^Primnos AcZÍanhal-0-hão nossos votos os mais sinceros nesse empenho
Não podemos, porém, deixar passar sem protesto
^SS^áSeZSSSo.
I flffirmacão de aue somos adversários da maçouanao brazileira. Si o grande neste Ü ¦
t^S^aSSSoSéaiB Unido quizer reler
rtív{fli0 onhvA n ftrazil convencer-se-ha facilmente ^publicamos de que nos axuriuutj
sentimentosque nlrtemos QuaSdo em marçoestávamos escrevemos algumas pgavras
do Lavradio sob a dolorosa nn-
umTouco dSas a respeito" franceza, nos §
pressão dos ataques que se faziam á maçonaria .mesmose
nas folhas maçomeas allemans, americanas
termos e ao mesmo tempo, de uma espécie de senha contra
Süeiras Podíamos cre? na existência senão poder
£ FelizesTsenoi enganámos ;e nem outra xousa desejamos
crer que essa coincidência foi inteiramente fortmte.
ÂBRIEN GlHMMJX.

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'\'l' -.- .'.- ¦í3-:^ '-.'.¦'•''¦. ':•'
58
C ao director
acima falíamos, e qui foi dirigida
Segue-se a carta ,de que
do Monae Moçonnique:
¦¦'¦ ¦

do Lavradio), 30 de Setembro de 1872.-


Rio de Janeiro (Valle
#4t

irmãos se tornaram culpados. «.AW%MA fA? — p ™m mais eci


exoe-
W JWKffi &SV&SS
rieX7£a«,°K
SelWS
Stul^tocoScTdtque vos rogamos, caros irmãos, que
tinhamos acceitado em. nosso mutuo accordo. Mas e Kf^™Jgg
que

q aspirações pro-
A fSo dissidente move-se infelizmente só por
fanaSNnsso Visconde do Rio-Branco, qUe está ligado
eram-mestre é o ele-
a nôs-f « matTelSluz deste paiz.e sem duvidao mais poderoso
vnpnto vara a salvação de nossa Ordem. o humilde Dr .
Luiz
tfio «ande secretario é o abaixo assignado,
vos transmittir todos os
CorrèfTãlvXm^^tox^à sempre por
*~^ff.SÍSLri£5KS ,»e em nossas Oleiras aohou:se
«^0, o irmão Alexandrino Freire cio Amaral,
um *Dfcnos ex-grande secretario
tanto mais esse
quanto
profundamente essa desgraça; cheia de esforços pelo bem de
jovèn ZçZ tinha tido uma existência
mSm manifesto no qual achareis
Em wucos dias vos remetteremos um súbita, mas necessária desu-
minuciosamente expostos os pormenores desta
nia°* deve ser diri-
Eu vos peço que noteis que toda a correspondência
eida ao abaixo assignado, vosso irmão respeitoso, e que se esforçará por
o progresso da nossa Ordem.
nrovar-vos quanto lhe interessam a felicidade eLuiz
. -O grande secretario geral da Ordem, Dom Corrêa de Azevedo.
(Monde Maçonnique pag. 395J

Quem tiver acompanhado os telegrammas do intitulado


Grande Oriente do Brazil apreciará a coherencia q ue se nota ¦

na expedição de cada um delles, e o amor que tem os


nossos antagonistas á variedade na interpretação dos factos.
A transcripçao, pois, da carta do irmão Dom Luiz de Aze-
" '¦¦'-
Z.- '¦- .¦¦¦¦¦' .«¦ ¦¦'¦ i

vedo dispensa-nos de mais commentarios.


— A Chaine tiUmon em seus números 11 e 12 consagra ..
-.¦¦ ¦ ¦¦¦.¦,,
".

algumas linhas âanalyse do Boletim n. 8 do Grande Oriente


¦. '¦'.;.. ¦¦¦
¦' :.-.'! .."¦¦.-..
¦

Unido do Brazil, quando lhe era permittido trabalhar no edi- ¦

'

ficioque concede o direito de legitimidade aos felizes que


.-'¦¦'

transpõem os seus umbraes.


Citemos alguns trechos da apreciação do irmão Hubert, ¦.¦•¦¦¦.¦. '. '
¦.-
:'.

'¦r.-. ¦,'. -- ' - ¦¦-:':[


Z^iZZ<._ Z í..

•";.;¦¦¦"¦¦¦.¦¦¦¦¦.¦.,.¦

¦
r .¦ . .
» . tV

::,

59

por sua importância em relação ás reformas que urge á ma-.


*

conaria realisar.
Primeiramente agradeceremos muito a essa digna,e altouv.Potenda a. r.
Maçonica, e em particular ao muito estimavel e sábio irmão • &¦/¦"

do Amaral, grande secretario geral e redactor chefe doem Vomw,o commemo-


presente que nos fez da bella medalha de prata, cunhadada raça negra no
ração da lei de 28 de Setembro, sobre a emancipação in-
Brazil. Nada nos podia ser mais agradável, nem honrar-nos mais. o *ounm
gamos também que muito agradecemos a insistência com que
cio Grande Oriente Unido do Brazil recommenda a nossa folha..JJ?!!0!
esforços terão por fim merecer constantemente tao honrosas e animaaoras
sympathias, que são bem necessárias neste rude labutar que nos im-
puzemos. ^^ ^ ^ franceza do Boletim n. 8 de J^jJJ,"
a O artigo que achamos: A propa- .
'
¦¦ ¦:- ¦

jamos parte portugueza. conhecer primeirodous novos escriptos contra a maço


gania epiícopal,'fazendo-nos os seus auctores, o bispede Dia
naria brazileira, censura energicamente «aminaem
mantina e o de Marianna. O segundo artigo, muito bem £»to, tem de reger
que condições deve ser estabelecida a nova constituição que
o Grande Oriente Unido. v
irmãos do Brazil fazem bem preoccupando-se dessa
Sim, nossos' ou daquelle paB,p<«JJ
necessidade que se impõe á maçonaria, não deste seio, em suas formulas, em
f maçonaria universaí, de introduzir em seu
as mudanças reclamadas pelo progresso das ideas, petos
fei£ riC civilisação moderna emfim. Porem
costumes novos e mais adiantados, pela
X a palavra qu/indica por si ^•^•"KS
já pronunciamos introduzir nova diversidade nos ritos ]à exis
a menos que não queiramos .
tentes
tentes, conuec
conhecidos e ypraticados: - A Maçonaria Universal.
_ auctoridade maçonica que conseguisse rea-
uma immortal, e.prodigf isarm a rna^
Conquistaria
lisar o pròjePcto,'serviço gloria - ™*™FàggJ5í
çoTaria oVaior que se lhe pôde prester
obediência maçonica tomasse a iniciativa, junto das ou*%°0™™'.' em
auefmccionam no universo, da reunião um de uma ASS^BL!^0GE,f0 rada
fosse determinada ou dous delegados de cada
aualSr ciS que por
Eif Ahlqnessa assembléa solemne e ^'XHoKíáufe dos ritos, dos graus e uwdo
minadas redigidas e votadas as modificações
Sis A maçonaria seria assim universal, teria uma língua JjajaJ» J
a sua importância, a sua ™*f^JJ™
«Ataria^o mesmo tempo isto a attençao e os esforços
SdSção e a sua actividade. Chamo para
do todos os maçons sérios, illustrados instruídos. ^ e
(La Chaine d'Union. Pag. 579.)

— O irmão Hubert, na impossibilidade de formar o


de dezembro da Chaine XUnion,sem lacunas ou sup-
numero da lei, antes do depo-
Pressões, para permanecer nos limites
de nos occupâmos, reuniu em um só
fuo da fiança, que já das lojas da Al-
Mheto a Sacao dos últimos momentos
sacia e Lorena; apresentando diversos documentos prove-
officiims das outrora;!•«*»»*«• á
Ses das províncias se relerem ao
Franca e publicando extractos de jornaes^que
dessas lojas, as quaes P^^riram dissolver-se
adormecimento lhes intimara a ordem
a obedecer a autoridade alleman, que
;V'¦-.¦; ,'.:.;^:í'

trabalhos ou continua-los »<»»£«¦?


de cW seus a n^ Grande
porém de prestar adhesão e obediência qualquer
"v ¦.•-¦. '¦"..' /.
a,','-.- ,-•¦•¦,
' n:"v: ..
-Swt>
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- eo -
as relações com o Grande Oriente da
Loja alleman, rompendo
França. ¦

de Zetland que foi por longo


Inglaterra.- O Conde
- ¦.

."5 .. .ri.
da Grande l£ja Unida d»
espaçoí?t£po gram-mestre de 1^5 e lecebeu a
Inglaterra, nasceu em 5 de Fevereiro
Si maconica na loja do Príncipe dedepois m$M^$&^
Junho àe 1830, sendo pouco tempo 2o de Abril ^™ggf. ae íaw i.
a ftrande Loia o elegeu em
.'
".¦
¦'¦'. *', ¦

Tirilante e em 24 de Abrif de 1839 deputado gram-mestre;


Sfw» foi elevado á dignidade do. de gram-mest»¦*>»*.
até a morte Duque de Suwex, em
cargo que exerceu ate 6 de Maicude
Abril de 1843. Conservou este officio
eleito sendo releitoate 1870
Í844,em que foi gram-mestre, conquistou W
.
vinte e seis vezes. Este notável maçon
maçonaria
mais de um quarto de século a sympathia da da Grande
universal e augmentou a gloria e a prosperidade cresceu de uma
Loja de Inglaterra, cujo numero de officinas
maneÍrTenPdS
dSto a sna demissão, foi substituído pelo irmão
Thomaz Dundas, marquez de Ripou, o qual foi instóteto
em 24 de Abril de 1872, nas funcções de gram-mestre. [Monde
Maçonniqiie^
^^ de Liverpool, um dos principaes centros de
da maçonaria ingleza, acabam de assentar os alicerces
um novo templo, notável por suas disposições e por sua
destinado às lojas symbohcas terá 51
grandeza. O templo comprimento sobre 30 de
pés inglezes e 6 pollegadas de
largura. Os outros templos, assim como a bibliotneca, os
corredores, etc, estão em proporções idênticas.
— O Freemmon, de Londres, de 7 de Setembro do anno
pretérito, menciona que a Grande Loja Loja Unida da Inglaterra
recebeu uma prancha da Grande « Royal York da Amv-
zadea de Berlim, commünicando que, conforme a revisão dos
' ¦
,'*

estatutos deste grande corpo, as lojas de sua jurisdicçao


iniciarão de ora em diante judeus, bem como mdmduos
pertencentes a qualquer religião.
Escossia. — A Grande Loja da Escossia, em sua
ultima reunião trimestral, manifestou os pezames de que
se achava possuída pela morte do rei da Suécia, Carlos XV,
como pela morte
que eTa seu membro honorário, assim Grande
do irmão M' Corvan, representante do Oriente de
Franca. ,
Em 9 de outubro, a primeira pedra do Instituto de
' '¦ '¦¦,.¦

'.••r"'"A,;Ü
. ::ZlZj:'.y,:

Watt e Eschola das Artes foi assentada em Edimburgo


pelo gram-mestre, conde de Rosslyn, em presença de mais
de mil maçons.
A '-
[ f':\H',j*/;'j

V.

¦. ¦
' ¦

-61-

Allemanha. — O Monde Maçounique, 'maçons de Novembro,


sollicita o soccorro de todos os para o herdeiro 'V .«

de um grande nome, de um artista illustre, cujas obras tâH


fazem a admiração do mundo inteiro, que por toda a parte
desde três quartos de século desperta, entretem, attrâe ao i . -ma

coração humano as mais nobres emoções, os mais elevados


sentimentos, tornando os homens melhores, mais justos para
com seus semelhantes, mais propensos aos enthusiasmos
sublimes, de Mozart em uma palavra, que foi um dos
nossos, ao gênio do qual nunca se appellou em yao,
quando tratava-se de realçar o brilho de uma solemnidade
maconica.
* .:,"... .a
O membro da família Mozart que arrasta uma exis- seu
%

tencia penosa pela necessidade e pela idade, ^com tuna


cortejo de moléstias e de fraqueza, é uma mulher,
também '(*). de artista, VLm Josefa Lang, sobrinha do grande
Mozart
Itália. — A assembléa maconica constituinte, que1872, se
reuniu em Roma de 28 de Abril a 2 de Maio de a
occupou-se de questões do mais alto interesse para
r ^Trinta
officinas superiores e 164 lojas symbolicas
foram representadas nessa assembléa. Mais 26 oíUcinas
nao mandar a Roma seus repre-,
adheriram, porém poderam numero de offi-
sentantes. As cidades que contavam maior
eram: Palermo, 14; Nápoles, 8; Florença, 7, Livur-
cinas, 5; Smyrna, 5,
nia, 7; Catania, 7; Gênova, 6; Ca^hari,
M a
A assembléa auctorisou o futuro Grande Oriente em Roma
adoptar as medidas necessárias para a convocação
congresso maconico universal, na épocha e na fôrma
de um . ¦
oue o Grande Oriente julgar mais opportunas. ,
Foi adoptada, depois de uma discussão animada, a
seguinte emenda á definição do fim da maçonaria. _
estuda as
« Ella se applica ás sclèncias physicas,
sociaes, sem restricçao de qualquer espécie _ou
questões somente forças da intel-
grán, e procura resolvel-as pelas
tanto individuaes, como coílectivas. .
figencia,
VÒtou-se também por grande maioria a seguinte
\

m0Ça0(( a nomear
A assembléa auctorisa o Grande Oriente lojas da Itália,
commissoes encarregadas de visitar todas as
de accordo com os veneraveis e as.luzes, sr foi possi;
e, pelo GraMe
ssPbh
m&ÊÊm

vel, propor a uma commissão central, instituída ,:ti

de visar os diplomas de Maçons que des-


Oriente* a recusa
,M Os donativos poderão ser dirigidos ao irmSo H. J. Schneeberger,
JQ.
r

veneravel da loja Humanitas m Vienna (Áustria), IV Schleifmuehlgass*

'¦.."..'
¦
to
. #

62
.

^'^Diversas outras foram submettidas ao es-


proposições
tUd° dA officinas a instituição
TemS &2S2SZ-M

o ^V"nd cSIegu^ que a união


esperam ^^SftàJ^Í
todos os bons e sincero»
e produzirá os fructos que
maÇ0QTal do passou nesta
succinto resumo que .se
t^
Vo*
a rspe^rr&Xis^e E
f
&
assim
^

Hdails' a ue ainda reinam na maçonaria italiana.


se esforçam P»r des-
embalar senão
q^erTpXm consolidada. Taes sao os bu-
truir a unidade que parecia Nápoles, e de Palermo.
*e Turim, de
premos Conselhos
Hesnanha. — O gram-mestre usando das atribuições
concede a Constituição, nomeou o irmão Juan
aue lhe da maçonaria symbolica
Êravo, 33, gram-mestre adjuncto
do serenissimo Grande Oriente de uma Hespanha.
Fõrmon-se em Hespanha associação para se-
A. Filhas do Sol. Segundo o titulo 2.
nhoras, intitulada dez filhas do Sol reu-
organisacao da Ordem,
4 art. 3.» da uma constellaçao : dez constellaçoes,
nidas, constituirão zonas um ceu.
um svstema, dez systemas, uma zona, e dez
As lojas do oriente de Barcelona occupam-se em
réalisar um consiste em fundar nessa cidade
projecto que ira-
-;:;.;.?;

um centro maçonico cosmopolita, onde seriam recebidos


,.(,-.;'

tornalmente todos os maçons, tanto nacionaes como estran-


ahi se apresentarem. Este centro terá alem disso tuao
* I ;''=;'
geiros, que
o que fôr necessário para um'elegante e confortável Cassino; salas
grandes e espaçosas que se converterão em uma grande
loja, com todos os seus accesso rios, suas três câmaras, sym-
bolica, capitular e do meio, com as dependências indispen-
.,¦¦...'¦''

saveis. ¦ r ,

Portugal. W Commemorou o Grande Oriente Lusitano


Unido a 30 de Outubro a juncçao da familia maçonica
portugueza em uma sessão solemne, Conde abrilhantada pela pre-
senca do sapientissimo gram-mestre de Paraty e de
grande numero de distinctos amaçons, entre os quaes se ¦ ¦¦¦ ¦' "l
¦¦.¦¦, v

achavam alguns pertencentes varias officinas do valle


do Porto. Introduzido com tolas as formalidades do ritual,
•fe :'.
':. ¦
. i
o gram-mestre recebeu o màlhete das mãos do irmão João
'

¦'.

..
63

Manoel Gonçalves, 33, e õccupaudo o throno pronunciou .IA tí

um discurso, no qual fez a analyse dos trabalhos do


Grande Oriente e do seu estado prospero,
« ¦

¦
%¦ V

O malhete de prata, de que se serviu o grao-mes-


tre pela primeira vez, é uma preciosidade histórica por
ter pertencido ao irmão Gomes Freire de Andrade, que,
segundo os maçons portuguezes, morreu no patibulo, vic-
-
<

tima de sua devoção pela maçonaria e pela causa da \* ?

liberdade. ,
O irmão Vieira de Sà occupou o logar de grande
<*:,*»

orador, proferindo um eloqüente discurso sobre os Gomes destinos $ . *


L.

¦m H
da maçonaria portugueza. Os irmãos Dr. Santos, de %.

Brito Dr Cunha Belém e Freixao Coelho celebraram também


os benefícios da nossa Ordem, seu progresso, suas nobres
aspirações, os felizes resultados da juncçao de 69, e os •,-, y. l

deveres que tem a maçonaria 'lucta a cumprir aberto, diante da reacçao '
religiosa, acCeitando a em campo embaraçan- .¦'¦¦•

do-lhe o seu caminhar, mediante o empregoe da maior acti-


vidade em oppor propaganda â propaganda em nao deixar à

sem protesto as assercões ultramontanas e jesuiticas.


— O irmão Gomes de Brito, participando em phrases
sentidas a morte do rei da Suécia, Carlos XY, mestre da
Ordem nos seus estados, leu na sessão da commemqrou Grande Loja de
Novembro, uma memória em que as
8 de Loja.
virtudes daquelle irmão e offerceu á Grande
Este corpo superior resolveu offerecer o trabalhoso
ministro da Suécia e Noruega em Portugal, Pedindo-lhe
o remettesse ao rei Oscar. Foram incumbidos dessa
que de Paraty, Gomes de Brito,
missão os irmãos Conde _ »t.J'

Paula dos Santos e os grandes secretários, Dr. Cunha


Dr.
Belém e Carvalho Prostes.recebidos *
na sessão
zz^j^i

— Em 15 de novembro foram
solemne da Grande Loja os irmãos John daStottj^Howorth,
¦ma-. - >.,^: :; w

18, como representante da Grande Loja Irlandv José ¦ Z '


" h '* '*„'.:" ^z

•..¦¦•

do Directo- "V -í ,: ¦ ¦
'.

Mendes de íssumpçao, 33, como representante : ¦ ¦%_


'y-
.;;:¦¦¦> .'¦;-"

Roumano, Guilhermei Bastes, 28, da Grande


rio HelveticO Caetano deAlmeida,
Loja Eclectica de Francfort, S. M., João .

Oriente de Hespanha, e Antônio^anoel da


33 do Grande doso Paizes Baisps.
Cunha Belém, 33, do Grande Oriente
O GraAde Oriente Lusitano Unido, Supremo Conselho
deJjmizade
da Maçonaria Portugueza, mantém relaçõess
com quasi todas as potências maçonicas do universo.
- O Supremo Concelho da tojsdic-
Estados-Unidos. começou
cao Norte dos Estados-Unidos da America,
•^ do em 17 de Setembro no lindo e espaçoso
sLsa^o annua comenda-
SuoTeKaTã%t, em Broadway. O grand*
Hayden Drummond leu o dmcurso ào
dor Josiah de todo ^estylo,
o anno.
resumo completo e minucioso dos trabalhos ¦
>
.'•
'/>'
-. -¦..'"'.,'-

'Ai'. '
.
¦

64 - ,»

-, ,,,

nomeou o irmão Dr. Lorenzo Montúfar.


o primeiro
v a «p«q«n fcri ua tarde de 20 de betem oro,
encerrada
A. sessão mi eu^*"J"* .
do rpfarido
retenao Corno effectuar-se
devendo a próxima reunião ^«F" ?"

yotos subiu a 2,378. ^^>á; d* « 149 p


aniwfoideM^
O numero de iniciados duraute o membro, activos e
|
812 filiados, dando o total de 77,079
722 acclamaçao o irmão
^i eleito gram-mestre por
CLristopher G Fox ^ r , d Junh
¦

':':,
-;¦''
';...

.
'
'

i O «ande comendador do Supremo Conselho do


receberá com summo prazer o^ irmão
Norte maniflstou que do Suprwao Consriho
John W. Simons como representante
de Nova-Granada e deu ordens ^pf^gPgSlt^ S. Percy Ellis, como. repre
expedir as credenciaes ao irmão
do Supremo Conselho do Norte junto ao Neo-Gra-
.
¦
.¦-¦'¦¦

sentante
¦

naamo^
^ Nev&da celebrou a sua reUniao
: ' V. ¦¦¦''' "i

^ ^^ Virgínia.
annua em 19 de Setembro, na cidade da
Ha 15 lojas subordinadas em Nevada, com 1,028
activos. Foi reeleito gram-mestre o irmão George
membros
Robinson.^
^^ LQ.a de ilUnoig reuüiu.se dem se10u de o a-
tubro, na cidade Chicago, sob a presidência gram-
mestre. Havia 450 lojas representadas das 777 que esta
Grande Loja possúe sob sua jurisdicçao, devendo attri-
buir-se tal facto á destruição de edifícios de muitas lojas
no grande incêndio do anno passado e às perdas conside-
¦

raveis que soffreram os maçons. Po„oi1a


t':\'h
As Grandes Lojas dos Estados da União, a do Lanada
e outras, contribuiram com diversas quantias para ajuda-
rem as lojas que perderam todas as suas propriedades.
'.

*«'
¦ :

Foi eleito gram-mestre o irmão James A.. Hawley.


i ..- ¦". '

; . J .<

"

,
p

>
65

Noticiário interno i -í

., ¦

ADHESÕES. ¦¦* ¦ ¦.

f'.l-

Os resultados continua a obter o Grande Oriente


que
em favor da justa causa, asseguram a
Unido do Brazil,
da união maconica em quasi todo o império,
consolidação e
da oficial, das ameaças
e apezar da influencia política
maior
nossos adversários, a
das tricas empregadas por
i

adherem á justiça, â razão e à legali-


parte das officinas de honra e conser-
dade, mantendo-se firmeá no seu posto
vando-se fieis ao juramento prestado. Grande
officinas que jà adheriram ao
A's dezesete
tendo outrora pertencido ao extincto Grande
Oriente Unido, de accres-
ao valle do Lavradio, temos
Oriente do Brazil, b tbes.
o eleva o numero a tinte
centar mais cinco, que
Norte. - A única officina da antiga obe-
Parahyba do nessa província,
dignem, do cfrculo do Lavradio existente Mamanfuape. ȣ
édT"»ao0B;«SU ao oriente de y ¦.^»í.ü-;".'.-v-^:ÍV#V

trabalhos e o zelo maconico £


dejeus i ¦
l

laridade dos seus desta loja, fundada


obreiros attestam o crescente progresso
ha pouco mais de dous annos. serviu de
..,^11
base â sua deli
iis o luminoso parecer que

no império.
A «ommtoío central foi »£• » P"**^ SAít. E
gusta loja dirigiramjdosonze.
' ',vt'i2

Jw^^JSSffdeSSto di fusão effectuàda a


tuito de prevenil-a factos alh 9^rS^^Smm^ imPossi-
30 de Maio, em conseqüência 4çb «gaeswB^maçons' J m ^rigir
a^.bemest^ ^
yel a harmonia indispensável do Ko a&mftJec^ir~lar)
'.N..

im manifesto ao Visconde Jraw» datado de

a fusão.
e declarado irrita e nullamaçons _. ¦ „ ossa augusta loja con-
Concluem esses onze de ^^.J1^^^^
fidelidade eaanes Oriente
rer
tinúe firme no seu Juramento
do Lavradio. e ™cqgjy»dj^^ '

* ""».
¦Z S

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v ... -i!,; . ¦'-.. ,\"- \, ¦ ¦',¦¦¦ «
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' : ¦'.'.'
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1 . -i ¦¦¦'¦ ,: ,
66 •ijfc

com o Grande Oriente «> so,vaUe


»uu »
^gjgiS Grande Oriente Unido
corpos maçomcos em um
do Brazil. _ . d Grande Oriente do Lavradio, nem

cias estrangeirasse^estavamçej£^^,X^Stoeiite collocados

°povo maçoni 0 °se


, naria, ferindo o w^J*™» ffiSS^atofflmSo
^sssasssms^^^^^ e^omuma dn-ecçao &q
commum, aquelles

, reunisseiem uma só família


^
^apPat^nfmeSe!
e^^Pl^*uf\ Outro tanto devera
Y
do T^lfti
Lavradio, foi %SSSt%
üiscuuaa nr;pnte- mas este facto sigmfi-
) ter acontecido no seio do outro'GrandeV»e™S «f sua parte que-

• ffAÍ°notlsdXaivos Grandes
LddrStiíSf iSSSi.

Saldanha Marinho, ex-gram-mestredos^ Bene-


Lavr\dTnemíco2s?lheírT

Sní crknde SSente do Grande Oriente Unido, auctoridade que fora


lei de 4 de Junho para rege-lo interinamente ate
SSU^affiSpK
«KlffSuasse aí el&cão do gram-mestre (^J^SSÈSr'de°aS!K restabelecer de aucto
Arande Oriente Nenhum destes podia portanto, nem do o ««J™™
ridade proprS o seu <antigo e extincto Grande Oriente, qual P<™
se Yavia libertado, n°m tão pouco destruir oacto.da as^^f^g

Lmo r,ovo declarando irrita e nulla a fusão eifectuada em M de Maio,
circular
cZ?acaba de fazero Visconde do Rio Branco, segundo diz a prancha
d° ^smodirectorto
lísf acto'de S. Ex. não é justificado pelo manifestoe do
corpo que não se sabe donde veiu, e que nem ao circular menos ou quer ser o.mesmo
Grande Oriente do Lavradio, pois que a prancha nos diz a ultima hora
aue lhe constava ter o Visconde do Uio Branco reassumido o supi emo ¦

malhete desse Grande Oriente, expressões que fazem crer que elle nao tomou 4'"- :.¦ ':

í.
':", '.'¦:'
7'.
parte nem foi presente a este acto. si actualmente
D.
existe no Kio rlA
de To
Ja-
Crê, portanto a commissão, que ¦

neiro um corpo com a denominação de Grande Oriente do nao Brazil, ao valle


do Lavradio, como se diz na prancha circular, esse corpo corpo e nem pode
ser aquelle a que jurámos fidelidade e adhesão, mas um inteira-
mente novo, embora com o mesmo titulo, obra de uma rebelliao, servindo e
somente para contrariar aquella aspiração do povo maçonico do o Brazil
dar escândalo no mundo profano, enfraquecendo a Ordem perante inimigo .
' '" ¦¦¦.-.¦ ¦'¦'.¦¦

• /¦¦¦?¦.'. <'¦,/ ¦'¦¦ ;¦'. ;-¦:'; r ¦


secular e astuto que nos espreita. .
A fidelidade e adhesão qu3 jurámos ao antigo e extincto Grande Oriente
do Lavradio, foi transferida pelo facto da fusão para o Grande Oriente
-¦«.¦¦¦;-::-:-:--K'-' ¦ !ifii%
,;.;.:

Unido do Brazil, única auctoridade centrai que a nossa augusta loja reco-
nhece actualmente. Os factos mencionados na prancha circular não justi-
ficam a rebellião, nem primam pela exactidão. #
¦ ¦

. Consiste o primeiro desses factos em terem o Conselheiro Saldanha


Marinho, ex-gram-mestre dos Benedictinos, e o Dr. Freire do Amaral, ¦ ¦
¦
'
.
¦;¦'.¦ '¦>

; ".' : : ¦•"¦". -i'?-;; ^


A.'-''.'
¦ ¦

- 67 -
¦ ¦
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'¦•' 'Z-
•'';,-'¦"'"¦ ;'¦•,"•.-'; ¦ .' 4--Z.Z- y ,,'./¦' .¦ Zí\/,... ¦:.-,¦;.'•'' y' *' %-V »-' -• v " •• ' <¦ '-• • «¦ ;. ', "* -'* •'¦'¦

ex-grande secretario do Lavradio, estabelecido as bases que lhes con-


vieram para a fusão, sem que o Visconde do Rio Branco, gram-mestre do
Lavradio, tivesse conhecimento dellas nem da sessão especial para sua
discussão.
Este facto não é verdadeiro. A proposta para a fusão contendo as
bases delia, foi confeccionada pelo irmão Gabizo, e discutida na sessão
especial numero 688 de 20 de Maio. Posta ella em discussão pelo pri-
meiro grande vigilante na ausência do Visconde do Rio Branco, gram-mes-
tre, o irmão Alvares Coruja desejou saber se o mesmo Visconde do Rio
Branco estava inteirado do motivo da sessão especial, e não só o irmão
grande secretario declarou que lh'o havia communicado oficialmente, como
até o irmão Costa Brancante, usando da palavra em favor da proposta,
asseverou que força maior obrigava o sapientissimo (Visconde do Rio
Branco) a não comparecer; mas estava auctorisado por elle a communi-
íiicar ao Grande Oriente a sua inteira adhesão à união da familiar maço-
nica do Brazil. Consta isto da acta dessa sessão publicada no sétimo nu-
mero do Boletim offlcial do Grande Oriente, a pag. 283, *
E no emtanto é esse mesmo irmão Dr. Gosta Brancante quem assigna,
como presidente do directorio, a prancha circular, allegando a Insciencia
do Visconde do Rio Branco. ¦¦ ... - ,T. . . t>.
Além de que a sciencia ou insciencia do irmão Visconde do luo
Branco nada importavam para legalidade dos trabalhos do Grande Oriente,
uma vez que em sua ausência foram esses trabalhos presididos pelo irmão
primeiro grande vigilant3 que, empunhando o malhetedodoGrando gram-mestre
Oriente
nà sua ausência, era tão completamente o gram-mestre
como o proprietário, si presente estivesse, uma vez que ¦ a auctoridade
reside no cargo e não na pessoa que delle se reveste. . _
Outro facto é o da approvação tumultuaria e sem discussão áa Cons-
tituiçao Provisória. Mas em todo caso a Constituição foi approvada e os
respeitáveis irmãos que assignaram a prancha circular conformaram-se com
';-',:*¦ '-,',•

ella, apezar do modo irregular de sua approvação, e em obdiencia a ella


procedeu-se á eleição que deu origem á scisão. A questão portanto não foi
a approvação da Constituição, foi a eleição. Si os membros do Grande da
Oriente do Lavradio previam as conseqüências, que chamam funestas,inte-
fusão e conheciam o espirito de discórdia, as vistas ambiciosas e os dos
resses profanos que dominavam os membros do ex-Grande Oriente
Benedictinos, porque adheriram â fusão apezar de tudo isto?
Si erraram, no seu erro* não tiveram parte alguma as lojas de sua
obediência; de si só devem queixar-se. As lojas não podem ficar adstnc-
tas a quantos erros e desatinos praticarem os Poderes Centraes.
Quem pôde assegurar-nos, visto a facilidade com que ellessao ílludidos
os membros do extineto Grande Oriente do Lavradio, que acertam
agora, rompendo os laços de 20 de Maio e constituindo uma scisao quando
se contava com a mais cordial união da familia maconica? # a
No entender da commissão a discórdia de que dá noticia prancha
de uma
circular teve por único motivo o despeito resultante do insuecesso daquella
candidatura. Esta deplorável verdade se transluz perfeitamente
T)i*ancha
* ! i
Os respeitaveil irmãos dissidentes estavam inquestionavelmente em
nüaoria, pois que suas reclamações contra o processo eleitoral não a foram
attendidas e não tiveram a necessária virtude para resignarem-se Prefe- uma
condição inherente ás deliberações de todos os corpos collectiyos. e
;•
'.
- riram dar escândalo, expor a maçonaria aos motejos de seus inimigos
finalmente coroar a obra do interesse individual constituindo-se env um
corpo para dar um malhete imaginário ao candidato _ infeliz. Preferiram
da Ordem
essa vaidade a todas as considerações de respeito aos interesses
_ e tem a fragilidade de nos dirigir a palavra em nome desses mesmos inte-
resses que elles tanto tem prejudicado. n. . ._ ehor-, V
A commissão central, pois, lamentando o facto da nova scisao
rorisando-se do espectaculo que está dando na corte a maçonaria brazileira
no momento mesmo em que se esperava que ella se tornasse mais lorte e
mais respeitável pela união de todos os seus membros; ed9 parecer:
'¦," ':"¦"¦¦¦
-Y
.''¦¦'¦

¦''.¦¦¦.¦'.¦'" '"¦',¦'¦¦!¦ z-.: Vó',


"^^"" ¦ ¦

¦¦.-. ¦
-68
.

!.. Que o antl.oGr.ude Oriontedo ^^^^^«0^

B"f•• d» Brazil é o único Poder Central


Que «te G«u»de Oriente Unido
deve obediência a nossa au^teloj^ Lavradi0) que, segundo
a *que
3.» Que o Grande 0r^Íw?TÍeu suonlemento, existe agora nao é o
/

^It^tóarsrs «. ^-«. *-» o— »


V alguma.
lacão «AOta^a da mmmissão
comnu»a£ central da augusta loja
Gabinete secreto das sessões guape tiliada ao sa-
svmbolica União e Bemfiem^M^^^^^/^
Oriente
mez de 0u-
pSissimo Grande ^{^2l) LuTAn\onio Gonçalves, grau
'"%•¦
z ¦
de Souza Lobo, grau 3, secretario.
.*? S!Sír£ÍÍHS2SàlMo
. « j^ *«, Qui II \ loia Proaresso da Humanidade,
^M Port-A&re, coSpost? de maçoas respeite-
adoptar as conclusões do seguinte parecer:
Uber?u
incumbida de dar parecer wbçe
i. cornaria*, ^CiffiíoSiuSe
S STctSr^^^tSSffi seu reüeetido
M* $ trabalho: A ft lini5A ^Ae marons aue é a base essen-
conscincioso
figos sinceros da
^^«f^r^ars^rr ««ss—
mT£^mrrÈX,l^XXÍ
- JSSSw&IS. e «empeis representa^ de todas
£J^«
aS facto da união foi jurado pelos ombros do Oriente
^ttendenl^a que o
. X
¦
:'''.',-v..'''
.';,!

•'
e que pretende a restauração do antigo
gram-mestre, desastrado, sem razão legitima e ^^r^^S
intenso aos nofsos
I um acontecimento tendo a sua explicação em motivos
prSpios de desinteresse e tolerância, ^::..Z-4

*6 esta loja, desprezando> às'^Jfjf ~^to


EntenraTommissão que de o Granle Oriente
derações de natureza política e convencida que ^ ema» pengoaos e
Unido poderá vencer os esforços combinados dos lesmtas
systematicos inimigos da maçonaria livre, e dodigna e * J «e -. ¦ iím\%mwm4:<~-

humanidade, deve, ainda pelas conveniências futuro, manter-se hei


leal á causa da união maconica. DAvf. àu
oriente de porto-a»-
Loia capitular Progresso da Humanidade, aomembros da commissão
gre, 16 de Novembro de 1872 (era vulgar).- Os
1. Miguel Heinssen, grau 18, veneravel honorário.—Dr. Luiz da biiva
Flores Filho, grau 17.-José Pinto Gomes Filho, grau 17.^-Antônio 18.-Carlos
Thompson Flores, gráo 3.-Gabriel Martins Fay, grau
irjontArin dft flírniareo. sráu 3. —João Antunes da Cunha Netto, grau 14.

•í ¦-.-

¦- •;•••!• - ,'.'¦

¦ . ¦ .
>...'¦¦
í7.; -*,."'¦" -7.'¦'¦¦• .'^4

¦ -7^.

- 69 -

José Maria de Camargo. - O orador, Carlos Thompson Flores.


vicilante,
— O secretario, João Antunes da Cunha Netto, grau 14. ' '- ¦irl

Na loja Honra e Humanidade deram-se immensas regu-


laridades que forcaram os verdadeiros maçons a Ao abandona-
seus companheiros, cegos ambição mando
rem os cela no templo da
e a abrigarem-se
.;¦¦:,..¦; ¦ . . _¦

e por aspirações politicas, segundo os ver-


loia Commercü) e Industria, onde trabalham
de nossa instituição, 1"^™ »-JJ"
dadeiros princípios rece^do de bra-
sordem existente no grupo insurgente e
os transviados adheriram á íllegalidade e
cos abertos que corpo. Repro-
reconheceram depois a legitimidade do nosso
em seguida a narração dos lamentáveis aconteci-
duzimos
mentos ahi occorridos. >,

da loja^ capitular H<mrajHuimnmde, ao valle


Desde a fundação do Sul, sob os «W™»a
«ia PpWrs na nrovincia do Bio Grande Grandelegenda de sua bandeira
do Grande OriK'do Lavradio, foi sempre
¦"•aSWS! «ma daa primei-
*£'*»%«£ ffISSSt «.mo foi o seu amor pela
ras t^Í&^^^m^m e vehemente
"""âa SdetcSwffultimamante ii*» «.ff&£*fgSB,í

de commum accordo combinarem no


de todHs irmãPos nW valle, para um.golpe só'"**g£^£ ^
Ji ¦

melhor meio a lançar mão, para dode furor satânico aeaerrai


da hydra jesuitica accommettida
da. grande família^^^J0^^^^
peçonhenta no seseiodirigisse
nimidade, que ao Oriente do'Lavradio umaaJef™ Jri^se'£os
dindo o concurso de todas as ^J» w^™ *° ™^'
uma J£J
wnro o?
os» abusos i illegali-
poderes do Estado petição, mais leis e se
.Xades dos bispos, por isso «^?^^l*ÍH^«5Sem do tão só-
consideravam acima da; Constituição J*P«£».Pa™
macnma miem*
gSJnal da niaie
mente as imposições odiosas da cuna romana,
nefaTal
íeplesenfa^não foi attendida, como devera. .
DepoTC luctl do bispo] fluminenseJ«^°^^,f5iáUSS£
cetebrámos com delírio .
família maçonica, facto que nos . i

èna%%^rifstd^riroS»aSu,eg«m * «*
. o^Tm^sr^s £pa» ^ *: — •.'.;¦.;,>.;.'"-í ¦'!..

"*lftAmbo" *»
«a orieatas expiram «a ¦«-•*»*•firmei ou^^ "g^ifyu JSÍtSX
e convinha que ellas se^ íeclarassaml para que
orador Dr..oao CeS0^3
Assim é que o illustrado para ser discu-
immediatamente se ^^^^^J^oSmS^t^ sua P/oposta apoiau» ™h"*°
tida a momentosa questão. Esta votado o adiamento para o dia io
corrente,
de obreiros não passou e foi
Custa a dizer-se o que se passou então.
' '7
¦77* . '

':¦"¦'.'"'._¦>.•;¦¦.'••',';'-.'' -.'" v '':'¦•¦


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. ¦ .¦•'-'','' 7
-70-

Compareceram áquella reunião membros que nao freqüentavam


a loja ha annos e que nem quites estão com os cofres : fizeram-se pres-
soes, não se procurando nem o logar nem a occasiâo; empregaram-se
meios reprovados, mentiu-se á própria consciência; e a dignidade maconica
e pessoal tremiam sob o peso da odiosidade; emfim, não se tratava de
princípios, porque a questão foi levada para o campo das individualida-
des; não se buscavam argumentos para discutir, porque a razão tinha
desapparecido no meio das paixões. Isto cá por fora. Lá dentro não era
attendida a voz do orador, que eloqüentemente, por espaço de uma hora,
mostrava a legitimidade do Oriente Unido, demonstrando o futuro brk
lhante que esperava a maçonaria brazileira sob essa poderosa influencia
e auxilio, influencia e auxilio legal e verdadeiro, porque tinha á sua frente
homens de verdadeiro patriotismo e abnegação. Foi infructifera, foi bal-
dada a argumentação do eloqüente orador, que tocou ás raias do sublime
entre um e outro manifesto.
Os homens eram os mesmos, venceram pela maioria de 30 votos !...
Em seguida os unionistas victoriosos, porque a sua idéa não havia
sido vencida, retiram-se com a maioria das luzes da officina, 2.° vigilante,
orador, secretario, e o theseureiro, o irmão Antônio José Rodrigues de
Araújo,1 grau 31, decano da maçonaria deste valle, declarando que consi-
deravam nulla a deliberação tomada, por isso mesmo que só reconheciam
como verdadeira loja Honra e Humanidade aquella que funccionasse sob
os auspicios do Grande Oriente Unido do Brazil.
Dirigiram immediatamente uma prancha a sua irmã deste valle e do
mesmo Oriente a respeitável loja capitular Commercio e Industria, pe-
dindo-lhe o seu templo para continuação de seus trabalhos, visto que se
consideravam como loja constituida em conseqüência de terem a maioria
de suas luzes.
Esta augusta oflicina prestou-se da melhor vontade, sendo o seu pro-
ceder nobre e desinteressado, franqueando o seu templo gratuitamente, e
assim é que em 18 do corrente, reunidos os membros da loja capitular
Honra e Humanidade em numero de 54, assumia o malhete de veneravel o
2.° vigilante, tomando as luzes que os acompanharam os seus logares,
nomeando-se interinamente aquellas que por dissidentes deixaram de o
fazer.
Declarando o veneravel o fim daquella sessão, votou-se unanimemente
que se reconhecesse como legitima a loja capitular Honra e Humanidade
,r ' • ' ao Oriente Unido e assim não deviam nem podiam transferir o titulo que de
direito lhes pertence.
Em seguida foi marcado o dia 20 para sessão solemne do juramento
da constituição provisória.
Como vereis pela acta junta, esta sessão foi imponente, e para seu bri-
lhantismo concorreu a nossa irman Commercio e Industria, que se dignou
enviar-nos uma commissão para felicitar-nos.
...
._
¦¦'
'

Está dado pois o grande passo. Como os outros, inquestionável é o


nosso supremo anciar para um estado mais brilhante e auspicioso.
Temos fé e esperança, respeitáveis membros do Grande Oriente Unido,
que esta officina, contando membros tão distinctos por suas qualidades,
se eleve bem depressa ao maior grau de progresso ' e prosperidade. O
seu fluctuante pavilhão de verdadeira fraterni dade acolhera dentro em
pouco obreiros fortes e resolutos para combater o mal, pugnando pela
verdade contra o erro.
Traçada em loja, ao valle de Pelotas, provincia do Rio-Grande do
Sul, aos 20 dias de Dezembro de 1872 (era vulgar). — O veneravel inte-
Tino, Antônio Cândido da Silva Job, grau 18. — O primeiro vigilante inte-
rino, Januário Joaquim Amarante, grau 9. — O segundo vigilante interino,
José de Oliveira Portugal, grau 18. — O orador, Dr. João Chaves Cam-
pello, grau 9. — O seeretario, Antônio Pereira Guimarães, grau 17.

Maranhão. — Nesta provincia pronunciou-se por una-


üíme accordo em favor de nosso Grande Corpo a loja Fra-

.:¦¦.¦¦
:' .
, -i .-*
' I
¥ f »

-71-

íeraidade Maranhense, approVando as conclusões do seguinte


parecer:
i

A commissão por vós nomeada para emittir seu voto sobre a attitude
que nos cumpre tomar em faço dos extraordinários successos que na
côrtc do império occasionaram a desunião dos dous Grandes Orientes do
Lavradio e dos Bénedictinos, cuja fusão acabávamos de saudar com inai-
sivel júbilo, vem hoje dar-vos conta da importantíssima tarefaalguns que com-
mettestes a suas débeis forças, esperando que lhe presteis mo-
mentos de benevola attenção. xü£à&& distante
No intuito de corresponder á vossa confiança, a commissão, esforços para
como se acha do theatro dos acontecimentos, não poupou
chegar a seu perfeito conhecimento, e, depois de acurada leitura, minucioso nvaes,
estudo e imparcial exame dos Boletins |os dous Grandes.Orientei> eva-
manifesto dirigido ao sapientissimo irmão Visconde do Rio Branco
rias outras publicações referentes á questão, convenceu-sedevem que os veria-••
deiros principios de dignidade e amor á coherencia, que presidir a
todas as acções humanas, nos impõem o rigoroso sob clever de continuar o
exercicio da nossa honrosa missão na sociedade, os auspícios ao
Grande Oriente Unido do Brazil, que enthusiasticamente abraçámos .ainda
ía pouco, e acolher, portanto, com fraternal urbanidade, 9 Delegadoo que de-
digíou-se enviar. Releva, porém, notar, que só temporariamente
com todos os de que se acha investido, pois o m-
veliios acreditar poderes em1 geralxige
teresse vital da nossa augusta officina e da maçonaria e solicitemos do
oue terminada a presente crise, usemos de nossos direitos ampla esphera de attn-
Grande Oriente afgumas restricções na demasiada
do delegado e directa intervenção das lojas provinciaes na escolha ¦¦ •

buições
d°S
DaTnalyse conscienciosa dos factos a que procedeu e^ commissão|se
evidencia que, recusando-se a acceitar o ^^J^S^J^Z Orientes do Lavradio
toda a regularidade pelos membros dos dous Grandes e'SS^S^&dSS^A-'
e dos Bénedictinos, reunidos num só templo, mcontestavel nas sociedades co
opinião da maioria, poder competente e ¦Z' m ' ¦

lectivas, se declaram em schisma os maçons C°^ei™ q™»..80?»86^^^ d? Rio ..

festo apresentado ao sapientissimo irmãoeste haver J^*!irrita e Jílla a


nulla
Branco, e em virtude do qual entendeu por
fusão dos dous Grandes Orientes. 4«,i«iw a trabalhar nara
Para avcon-
a con
A commissão, pois, opina que continuemos
do nosso sublime fim, ligados ao Grande Onente Unido do '
secução de revogar, si por ventura ^razu,
(gra-
SppwSo esta aue não ficamos inhibidos de que nao
tuita hvpothese)! ullteS acontecimentos vierem convencer-nos
é eUeTverdldeiro representante dos principios 'W™!^*™*^
é nossa firme crença, e esperamos vê-lo em breve reco
brazileira como i. Hi-yvi-i-jh;:}.. •;-'¦•.«;.•;¦'

-e
fergÜSífiSESfSS& ss. • ¦¦ >...
, ;.fíf '¦¦¦';¦'¦ ¦ ¦¦>'"'¦

'¦'
-72- m

e só elle possúe todas as condições de vitalidade. Terminando, a çommis-


sSo cumpre o grato dever de agradecer a bondade comdo que vos dignastes
S£i532 e faz votos para que o Grande Architecto Universo vos illu-
mine e inspire uma decisão que, cobrindo de gloria a nossa loja, seja o
reflexo dos principios de moderapao, fraternidade e tolerância religiosa, c
Sara aue vos não esqueçais que tendes a resolver como emembros de uma
do suas
sublime associação que, desde tempos immemoriaes, hei apezaraos princípios
vicissitudes e applicações diversas, se tem conservado
e de pé; como um monumento, tem visto cahir do alto de sua se ímmortah-
dade em torno e junto a si, muitas outras instituições força
que julgavam
denominada
ihvenciveis, mas não eram, como ella. protegidas pela religião,
associação, e associação fundada sobre o triângulo luminoso da .
da sciencia e da philosophia. % ; _. .
Traçado em lugar occulto, aos 20 de Novembro de 18/2 (era vulgar).
— (Assienados) Domingos Theotonio Jorge de Carvalho, grau 30.—José
Ferreira de Brito Upton, grau 18. - C- H. Autran, grau 18.r Casimiro6. de
Barro3 e Vasconcellos, grau 18. — Custodio Gonçalves Belchior, grau
Está conforme. — José Joaquim de Miranda, grau 18, secretario.
Conforme. — O delegado, Antônio Francisco de Salles, grau 33.

Sancta Catharina. — Na colônia de D. Francisca, ao


oriente de Joinville, existe uma loja modesta, mas com-
posta de irmãos que comprehendem o que é de maçonaria e
- ¦

e executam com independência e liberdade consciência


os principios que honram a nossa instituição. A loja alie-
¦ ¦ ¦

man Amizade ao Cruzeiro do Sul, resolveu nao retroceder no


o seu
passo que jâ tinha dado, continuando a prestar-nos Brazil.
apoio e a adherir ao legitimo poder maçonico do
Chamamos a attençao dos leitores para a carta do irmão
secretario desta loja, publicada na secçao de correspon-
dencia.
Eis como o renovado oriente do Lavradio purifica as suas
fileiras de irmãos dissidentes. W realmente considerável o nu-
mero de adhesões que tem obtido ; o Bra%ü Maçonico em peso
adheriu á sua causa, a excepçao de vinte e três lojas que
faziam parte do extincto Grande Oriente do Brazil e cujos
titulos reproduzimos em seguida.
Francs-Hiramites (Poder Central).-
Regeneração, (idem). ¦ -.'-..'

Estrella âo Norte (idem),


. -¦¦¦¦,. ¦,:• ¦>¦ ¦¦,.... .'>¦¦-¦. -'.

Ceres (Cantagallo).
Confraternidade Beneficente fidem).
Firme União (Campos).
União Democrata (Ouro-Preto),
Perseverança (idem).
Commercio4 e Industria (Pelotas).
Honra e Humanidade (idem).
Progresso da Humanidade (Porto-Alegre).
Amizade ao Cruzeiro do Sul (Joinville).
Seis de Março de 1817 (Recife),
Segredo e Amor da Ordem (idem).
Regeneração (idem).

¦L.;
-"¦í i '.» '•
,

- 73 -
»

Restauração Pernambucana (idem).


Philotimia (idem).
Conciliação (idem).
União e* Beneficência (Mamanguape).
Fraternidade Cearense (Fortaleza).
Fraternidade Maranhense (S. LuizJ.
'
¦
.

Cosmopolita (Belém). "-..¦¦-

Harmonia e Fraternidade (idein).


Fazendo abstraccao de oito officinas, nas quaes o direc-
torio encontrou algunô proselytos que irregularmente ins-
tallaram lojas com o mesmo titulo, restam ainda quinze
adneriram unanimemente ao nosso Corpo e que serão
que
em breve acompanhadas por outras. *
Novas officinas. — O Grande Oriente Unido do Brazil
tem concedido cartas constitutivas a novas officinas, além
das que meccionamos no precedente numero. Sao ellas as
SeSXXRealidàde
(capitulo), ao valle do Recife, em Pernambuco.
Cotinguiba (loja), ao oriente do Aracaju, em Sergipe.
Trabalho loja), ao oriente do Amparo, em S. Paulo.
Depois da divisão estabelecida em 14 de Setembro por
quem teve a infeliz lembrança* de fomentar a dissidência as
na grande familia maçonica do império para proteger menos de
ambições retrogradas da cúria romana, em
mezes, se tem erguido em varias localidades um
quatro e o arbítrio. A cora-
protesto solemúe contra a prepotência
e abnegação dos legitimos obreiros da Arte Keai
gem o
nessa lucta contra dous elementos associados, devemos
triumpho alcançado sobre a dissidência, que ainda appa- vulto
renta vida regular em razão do prestigio do grande
maçonico que pretendeu destruir a unidade da maçonaria
brazileira, o mais seguro penhor de sua prosperidade
Oito lojas e dous ,capltulos se filiaram durante esse es-
paço de tempo ao Grande Oriente Unido do Brazil, pro-
testando contra as dissenções que embaraçam o progresso
real da nossa instituição.
No próximo numero apresentaremos o quadro completo
das lojas de obediência, o que agora nao podemos fazer, oíbci-
por ainda esperarmos a adhesão oficial de algumos
nas do antigo grande Oriente do Brazil, ao vallècomo do La-
vradio e sabermos que em varias províncias, em
Minas Geraes e no Pará, irmãos dedicados tratam de fun-
dar novas lojas para exterminio da seita jesuitica e pro-
gresso da sociedade brazileira,
Loja Amparo da Virtude II. — Em sessão de 27 de
foi solemnemente regularisada nos mysterios ao
Agosto
¦

• ' .' ' •


.

- 74-

rito escossez antigo e acceito a loja Amparo da Virtude II,


ao oriente de Uberaba, na provincia de Mmas-Geraes, por
uma commissão composta dos irmãos Joaquim Henrique
Margarido da Silva, presidente, Joaquim Gomes Villela ee
Antônio Rodrigues Moreira. O presidente da commissão
o orador da loja proferiram importantes discursos, que
foram enthusiasticamente applauaidos.
Loja Asylo de Caridade. — Esta oíficina situada ao
oriente do Araxá, na provincia de Minas-Geraes, procedeu #

à sua regularisação em 9 de Novembro, praticando nessa qcca-


siao alguns de seus membros louváveis actosde philantropia. O
irmão coronel Fortunato José da Silva Botelho concedeu
liberdade plena a uma sua escrava por nome Izabel, em rego-
sijo ao solemne acto da regularisação da loja. Declarou também
o irmão Joaquim Silverio Pereira continuar a trabalhar
para remir do captiveiro dous escravos que já estariam
livres, si nao dependesse a sua libertação de alguma equi-
dade por parte aos possuidores. Pelo presidente da com-
missão regula risadora, o irmão Margarido da Silva, foi
proferido um discurso, bem como pelo irmão Herculino
José da Rocha.
Saudámos cordialmente a nova oíficina e fazemos votos
pela sua prosperidade.
Loja Tolerância. — Na noite de 5 do mez pretérito
effectuou-se a regularisação desta oficina, ao oriente de
Porte-Alegre, estando os obreiros do novo templo animados
do mais fervente zelo pelo esplendor da nossa Ordem e
gloria do Grande Oriente Unido do Brazil.
Foi umaceremonia pomposa, na qual se fizeram repre-
sentar por grande concurrencia de seus membros as duas
outras officinas daquelle oriente.
Depois de regularisada com todas as formalidades do
rito escossez pela commissão respectiva, composta dos ir-
mãos Valentim Geyer, presidente, Manoel Rodrigues Velli-
nho e Dr. Luiz da Silva Flores Filho, fez-se ouvir o pri-
meiro irmão em uma breve, mas eloqüente allocuçao.
Seguio-se o veneravel da oíficina, o irmão João Baptista
Tallone que entreteve a attençao do auditório em um bri-
lhante discurso, enthusiasticamente applaudido.
.Oraram ainda os irmãos Dr. Flores Filho, Leopoldo
Masson e João Pereira Gomes, revelando-se em todos os
discursos produzidos a tendência da actualidade em facili-
tar ao povo a instrucçao para marchar desafrontado pela
senda do progresso.
. A sessão foi encerrada ás onze e meia, passando depois
todos os que tomaram parte nos trabalhos a um dos sa-
lões do Hotel du Brézil, onde foi offerecido pela loja um pro-
¦

— 75 -

fuso copo d'agua á commissão regularisadora e mais vi-


Praza ao Supremo Architecto do Universo que percorra
esta nova estreita do Grande Oriente Unido um longo es-
tadio, afim de realisar a nobre missão em que se acham
empenhados todos os seus obreiros, aos quaes endereçamos
os votos da mais estreita fraternidade e as mais cordiaes ,
saudações.
Funeraes maçonicos. — Verificou-se a 20 de Novem-
bro, na loja Harmonia, do Pará, uma sessão fúnebre em
commemoraçao de alguns obreiros fallecidos. Foi cresci-
dissimo o numero de maçons e de senhoras que concor-
'homenagem
reram a render a devida â memória de tantos
irmãos, notáveis durante a sua vida pelo seu entranhado
amor a Ordem. . . .
Todas as lojas dessa província, como sabem os leito-
res, adheriram ao nosso Corpo, prova altamente maçonaria significa-
tiva da união e fraternidade que reinam na As-
paraense, onde a rebelliao nao encontrou proselytos
sim é que ellas se fizeram representar na ceremonia tune-
bre por commissões especiaes, além de muitos de seus
obreiros, inclusive as suas respectivas dignidades e ofhciaes. '

Oriente,
¦','.;*-',

As nossas irmans, pertencentes á Ordem Estreitado loja, tive-


introduzidas pelos membros mais graduados da
ram assento especial ao oriente, ficando junto do altar a
respeitável patrona. nornavn
todo o esmero,
A câmara do meio estava ornada com
erffuendo-se no centro, sobre o túmulo de Hiram, um ím- ¦ ' ¦¦
¦
. .
¦ ¦

catafalco, onde se liam diversos versículos da


ponente
O' coro, em tomaram parte algumas distinctas se-
que com harmo-
nhoras e maçons, fazia
'encaminhavam ouvir as nenias que
niosas vozes ao seio do Altíssimo, ao som
¦-¦,.. ««„;„«'
do orgao, preces saudosas.
Depois do discurso eloqüente do orador dada oíhcina, loja e
a attençao do auditório um membro y-.-^y^y.r, .¦-¦ ¦¦/

prenderam -
uma senhora. , m. _ &
a
Os trabalhos, que começaram as nove, terminaram
uma hora da madrugada. „™i™,«, membros a»
da
Foram assim tributadas pelos distinctos testemunno
loia Harmonia estas honras posthumas, comoe *

de veneração ás virtudes de tfto ülaatres Gurjao, prestijnosos


maçons, como eram os irmãos Hilário Coelho da Camillo Motta,
Guimarães, Baptista Passos, Silva Egues,
Monteiro Baena, Sabino de Almeida, Nascimento Pereira,
Oliveira Pantoia, Dias Possas, Pereira Cas-
Ribeiro d'Arede, Santos Lou-
•¦:¦,•:;; '¦'¦:¦.-¦, S.Zr . ¦:. ÁrÜÈZi
¦
.
¦
¦
-. ¦¦

tro, Antônio de Moraes, Lacerda Chermont,


reiro e conego Ismael de Senna.
'::¦*-':¦„'•¦,:'*.¦.,':'.''.'¦¦ ¦ Z-: .;¦'. ¦ ;¦¦..;¦'.¦,¦ y:- >':¦ \.:/!v,Z:::r^Z ':¦ >%.:.,:;;;f;'-»:,*''-V ;V ^'¦¦kl-'í

''ZÍ^'Z:>z-'ZZ.-Z-'iZ:?'(; -Z/s.
. ¦•";;'.'',;-;-'''.":";: *¦¦',"•¦'.""'';-•'. ¦ ;'-v^ ; ''• ^-"'^¦'¦"''¦ $'¦
";.;,v, ¦

-76-

Com todo o esplendor fúnebre foram feitas em 24 do


mesmo mez pela loja Regeneração, ao oriente do Recife, so-
lemnes exéquias aos irmãos Vieira Ribeiro e Guimarães.
O concurso foi numeroso, estando presentes a respei-
tavel viuva e mais parentes do irmão Vieira Ribeiro. O
orador fez o elogio necrologico dos dous irmãos.
i

A officina União Democrata, ao oriente de Ouro-Preto,


celebrou a 19 do corrente, trigesimo dia do passamento do
irmão Narciso Augusto Arieira, uma sessão fúnebre a que
concorreram grande numero de obreiros, nao só desta loja
como da Perseverança e muitas senhoras.
Fizeram o elogio fúnebre do finauo, os irmãos Ovidio de
Andrade, Cândido da Gama e Luiz Laranja. Orou em se-
guida o irmão Aflfonso Arieira que, comquanto ainda sentisse
a dôr que havia soffrido pela perda daquelle a quem se
achava ligado pelos laços de consagueinidade fraternal, nao
podia deixar de agrad*ecer por si e por sua família as
provas inequívocas de consideração da loja a que tinha a
honra de pertencer.

Loja União e Segredo.—Tem havido grande affluencia


de profanos que procuram a iniciação nesta officina, ao
oriente de S. «Salvador, na provincia' da Bahia. Na sessão
de 20 de Dezembro foram iniciados seis e os trabalhos se
prolongaram até perto de meia-noite, rendendo o tronco de be-
neficencia 168*000.
A loja nao poude dar as férias do verão, como sempre
era praxe. Os seus trabalhos sao nas sessões magnas acompa-
nhados pela musica de um excellente orgao. Trata-se de
organisar entre os membros um coro de cantores para a
execução de musicas sagradas apropriadas.

¦'*¦¦
Loja Philantrophia e Ordem.—Na tarde de 24 de De-
zembro uma commissão desta loja presidida pelo seu ver
neravel, o irmão Francisco Antunes da Silva Guimarães,
entregou na residência do sapientissimo gram-mestre o seu
retrato, que a referida officina mandara tirar para offertal-o
a Exma. Sra. D. Agatha Joaquina de Saldanha, veneravel
mai do nosso gram-mestre.
Foi recebida a offerta com os signaes da mais grata
e viva emoção.
A uma profusa mesa tomaram logar numerosos amigos
do illustre chefe do Grande Oriente Unido. Ao orador da
commissão o irmão Manoel Marcellino Guerra seguiram-se
o sapientissimo irmão Saldanha Marinho, que agradeceu
em nome de sua mai o delicado mimo, e muitos outros que
proferiram brilhantes e animados discursos.
;l

¦ ¦ .'v •

¦
¦ . .
. . ,,.

-77-

Loja Discriç&o. — Em sessão magna presidida pelo sa-


grande numero
gram-mestre e concorrida por esmero
e visitantes, esta officina, notável pelo
Sientissimo que de-
sen volve na execução dos seus trabalhos, segundo o rito
adhoniramita, concedeu o titulo de membro honorário ao
nosso prestimoso irmão José Joaquim Ferreira Margando.
. y

'
¦ . ¦

Lojas Conciliação e Seis de Março. — A's informa- ¦"


....
¦¦

cões que demos no precedente numero acerca das occur-


rencias havidas nesta loja, acrescentaremos as que nos
fornece a Verdade em seu numero 24, de 16 de Novembro:
expressões para significar o nosso júbilo annunciando tão
Faltam-nos
graninSveU°Isaforços e manejos, felizmente mallogrados, pôz em pratica o
extincto Oriente do Lavrad o, de concerto com o veneravel
ex-deKdodo um voto de adhesao
aÍ i*iJ Conciliação, no intuito de lhe extorquiremnoticia do rompimento
que desde a priníeira
.-;' - yA-

áqueUe ^mm^M, mais


pnrontrou da parte delia a
enco?a?osseria positiva repulsa. a ameaça, a insi-
prepotente arbítrio, dea promessa,
boçal, o aforam se fez successivo, uso
dia e Ité a humilhação, elementos que da
templo, conforme a athmosphera e o ambiente
sob as abobadírílaquellê
°CCMas'a maconica pela sua independência e
maioria, verdadeiramente
desoVendimento, e que não arma á possetriumphar de proveitos que tanto seduzem ei-
interesseiros, pSde de toda a sorte de
of adimos Senteq invasão da po-
Wm ^heoando> até a evitar a profanação edo recinto pela a acudir á voz de
S de altemão postada do lado de fora, prompta
™nía seria a Primeira vez que denunciaria'uma causa justa. decidir .
q DpS de diversasoccuwenciás, taes como uma sessão p ira
á Ordem sem prévio convite especial de todos
^ifi3nPde interessaSal
«SSÍrim*foutm nullidades que foram lucidamente apontadas no,vi-
vSrSâffí ^mm0$m '

acompanharam perjuros e forada«í a "lustre


. Conciliaça<0
icna w• * v v
por
Aqui apresentamos os nossos parabéns
aiignalado triumphoLe iguaes^ apontamos á ittajtee IgMJJ^J
esse
Março, onde, posto, que nao d|.lanta^ay^dad| «f^ gravei o

5rieêXn o podemos aceitar, oonso-


¦
.
¦

a°e£ ^KW

isolamento inimigo da honra e da luz.


ingterio do seu
a apreciação que a respeito da maçona-
E' curiosissima moderno orien te do^a-
ria pernambucana faz o Boletim do
alguns trechos do seu solemne
vradio e por isso citaremos
e dogmático julgamento.
¦.

do bom senso excluíram de suas columnas os


Estss nucleSs da verdade e
¦'>¦¦;¦:,.¦¦.;:;¦¦;".'¦;:'¦ ¦¦':•' v. Z. -''¦";<%;¦ .-¦' >. -y^V. *¦¦ ":-.V Y-: ¦,;,. *.v--;',¦'":-.'¦ "•;",* ;.'y. ¦• 'y?-'
- 78 -

exagerados propugnadores de crenças que deshonravam e abastardavam a


verdadeira maçonaria. . . . .
Em pouco tempo, temos disso certeza, outras lojas imitarão o exemplo
•destas duas suas co-irmans, dando ao Brazil o exemplo da obediência
maçonica. ao único possível e regular Poder maçonico, que é o Grande
Oriente do Brazil, ao valle do Lavradio.

ÉÉ*'A Verdade, queé;apenas sò um jornal de novidades verdadeiras e falsas,


como são jornaes que não são doutrinários, perderá o seu tempo exal-
tando os ânimos e defendendo a causa dos ultramontanos maçonicos, que
sao os dissidentes remidos no seu club benedictino, que- nem sequer é
um pequeno oriente.
*-

Sem fazermos commentarios, pois deixamos que os lei-


tores interpretem o significado dessas phrases vasias de
sentido e que nenhuma idéa exprimem, citemos ainda o que
i>"" diz a Provincia a respeito da maçonaria
*a bastarda. Si A Ver-
dade, jornal a quem tanto deve nossa Ordem, nao mere-
Ce a approvaçao do orgao da única maçonaria possivel no
Brasil, a Provincia será também suspeita por ser um jornal
politico. Só exprime a verdade o Boletim Official do Lavradio.
Em todo o caso ahi vai a citação:
A pretexto de manterem os créditos do Oriente do Lavradio, que aliás
já não existe, e cujo cadáver querem galvanisar a todo o transe, alguns
membros refractarios da loja Conciliação estão a converter em sede de
club politico o edifício em que funccionava a mesma loja, e em cuja posse
¦

illegal e criminosa se mantêem.


E como para ficar patente por demais que converteram em centro
faccioso aquella officina maçonica, o Sr. desembargador Faria Lemos,
quando ainda se achava no exercicio da presidência desta provincia, se
lne filiou solemnemente.
i.

E sao os membros do Grande Oriente Unido que cons-


titúem um club politico,' quando basta o conhecimento das
Dignidades da Ordem e de muitos outros maçons, cujos nomes
nao referimos para nao expol-os às iras governativas, para
ver-se que m*o pôde para tal fim haver combinação pos-
sivel entre credos políticos inteiramente oppostos na socie-
dade profana. Deixem pois os nossos adversários esse chavão
e apresentem provas de suas asserçoes. A desordem que se
tem dado no seio de algumas officinas que por tantos annos
obedeceram ao antigo Oriente do Lavradio, quando aili nao
fervia a ambição* dos modernos proconsules do irmão Vis-
conde do Rio Branco, demonstra exhuberantemente donde
.¦"

os clubs e qual o grupo maçonico que dâ a senha


a politica. Demais, onde e de que lado estão as sugges-
Srovem
toes e os ouropeis do poder?
Abjuração extorquida.— Com a devida venia aqui re-
produzimos a seguinte noticia, publicada no n. 27 da Ver-
dade, de 7 de Dezembro.
V

79
Falleceu o nosso irmão Manoel Pedro de Noronha no dia 30 do passado.
Dias antes desse infausto passamento, deram-se occurrencias que nao
será descabido relatar aqui. #
Conhecendo o enfermo estar em perigo de vida, pedra ser confessado ;
e comparecendo o sacerdote, este ouviu-o de confissão, sem comtudo querer
ahsolvè-lo, por ser elle maçon. O sacerdote empregou todc* os meios para
que Noronha abjurasse da maçonaria, condição sinede qua nao lhe adminis-
traria o Viatico. O enfermo, apezar de toda sorte suggestoes e imposi-
cões, tanto mais odiosas e deshumanas quanto eram feitas naqueiia nora
extrema, manifestou louvável firmeza em não abiurar de uma Ordem para
ontrar na qual tinha prestado o juramento çathohco.
Na manhã do dia seguinte, tendo voltado o padre, reiterou-lhe as sug-
afanai o enfermo .co,nsentmaaem,
gestões, para não dizer ameaças, até quedistava,
ceder; e acompanhando o padre, que diante de testemunhas, a
abjuração, ao cleclarar este que o enfermo abjurava de todo o coração da
maçonaria, interrompeu-se aquelle, e com toda a vehemencia declarou.
abjurava, não de coração, porque não queria ™n£r«*>f™>™f
que condição para ^admi-
forçado, •ooràue o confessor lhe impunha aquella
nistrar o Viatico. O enfermo taxou por diversas vezes de importuno,
teimoso e descortez ao sacerdote. Süit^L ^ do Am
^^ítm^^a deu
moribundo,
A final, este, não se importando com a explicativa
a abjuração por feita e terminada.
PoU1SrV
\ Veja bispo6 si essa immoralidade, essa tyrannia deve repetir-se
em seu nome, e no da igreja de Jesus-Chnsto.
Amor da Ordem. - Celebrou no dia
Lola Segredo e
13 do corrente uma esplendida sessão emManoel que se filiaram
os irmãos Florianno Corrêa de Brito e José Bato-
rues, verificando-se também a regularisação do bacharel
"-'¦-
V-:'.': \::--.-:

José de Seixas e as iniciações do capitão Antônio Raymundo


Lins Caldas e Antônio da Silva Neves. ^anafíoifx a beneficio An(i
dos
O tronco de beneficencias foi apphcado
náufragos do vapor Erie existentes na ilha do Pina.
— Recebemos os ns. 24 a 30 (1872) ei a5
A verdade. »™™*?£
notável orgao da maçonaria^•«
(1873) dato revela mais vida e actividade na sustenta
que cada vez de nossa associação e nadefeza dosi sãos
cao dos direitos no coração-de todos os
principios que devem repercutir a üu
a patna, a família e
nomens honestos que prezam ..
;

1

¦ -¦

mmQue ser
mais -importante questão oodea liberdade
'¦'.' '¦
¦- V .... " ;

«o.HaHfl ™l"nsüU
a maçonaria do que seja ^almente
ae con- ¦¦*¦'' •"'*¦''¦¦ ? -

:. ;, \ ,

Seta/ no? seus um


da ^£^2^
liberdade religiosa
tra a intolerância e em prol serplena nestaeno.ha *e»g^»
jornal doutrinário, como deve ao
Desagradou, a redacçao
cao um jornal maçonico ? porém,
ásua obediência e
foletim do Lavradio por nao curvar-se
*cK ódio entrance.que a into
itSSft
serviços á nossa patna, des-
octasiaó na qual presta reaes
¦

'
¦.•¦-. ' '

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'..-¦*.. ¦¦'..'.¦"'„>¦'..:¦. -¦¦' ¦'.;¦-¦ ¦'-{'':¦¦¦'.¦'' '¦ ¦--.'.' :.;;.:.. '¦•y'


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-¦*-'. "..-y ¦-•. ¦.'*''¦¦' ' A " ':'"¦-¦,--':''['¦¦'¦ ~\:'y'yiir'-r:^ ¦-'->,'"--''-
\y /¦ ¦¦¦'•: \'':yy-'-
.«'

-80-
..-.¦¦-.. ¦ .¦¦.».....

e procurando afu-
vendando os tenebrosos planos jesuiticoâ
tao abominável seita, desta terra.
*gentar redacç&o da Verdaà5 as bene
Agradecendo á illustrada ainda
volas expressões com que nos honra, lhe pedimos
transcrever do artigo .sobre o nosso Botem,
permissaS para de 28 de Dezembro, os seguintes períodos .
mserto no n. 30,
os ns. 11 e 13, correspondentes aos mezes de Outubro e
Recebenios
Novembro, á maçonaria brazileira, pelo
senso aími-
muito ^ revXeTaíono da sua moralidade, illustraçâo e
^^BÒletim - secção dogma-
aprecia no seu primeiro artigo edictorial
tica-o oriente dissidente, o exhumado oriente do Lavradio. nao MjggügJ
Fazendo a analyse do programma deste, mostra a amais fraude e a vmlencia
meio de tópicos cilados, as contradicções, os erros, wmpimesnto.
com que procedeu o grupo dissidente no ultimo injustificável seu> secretario-,0
Conhecedor da marcha do poder centra, por ser o mnguemnSS
respeitável redactor do Boletim, acha-se melhor do que com a
a desbaratar, quando não o fizesse por outros méritos, e datas, ?S?É? como fez,
de peças officiaes, com a lógica irresistível dos Jactos
toda chicana e mystificação do illegal poder dissidente. lidanesta
Si o Boletim não fosse uma publicação tao geralmente nao so o artigo re-
provincia, nós reproduziríamos em toda sua íntegra -que
titulo - O manifesto polyglotta
íerídoVcomo tampemo que tem por da analyse, quer de P*™.
lhe não é somenos em mérito e%igor, quer últimos
Em todo o caso, aqui transcrevemos os períodos do primeiro
constituem o verdadeiro programma da maçonaria brazileira,
artigo, que
sinãc/do mundo.
O Pelicano.— Recebemos os números 40 a 61 deste im-
portante orgao da maçonaria no Pará, que nao sabemos
milagre ainda nao foi fulminado pela grei do La-
por que
vradio, pois é um jornal, como a Verdade, que sustenta aa
causa nobre e elevada da união maconica e continua
confundir os ultramontanos detractores da nossa Ordem, pul-
verisando a sua argumentação atrabiliária, e a defender os
direitos ultrajados da humanidade, livrando-a da ignoran-
cia, do fanatismo e da superstição por sua propaganda activa
e desinteressada.
Ainda uma vez felicitamos os nossos irmãos da capi-
tal do Para.
Ainda a perseguição jesuitica.— Foram na capital do
Pará suspensos ex-informata conscientiâ os reverendos padres
Felix Vicente de Leão e Benedicto Thomé da Cunha e Mello.
Chamados ao palácio episcopal, exigiu-lhes o prelado
que definissem sua posição em relação ao anathema por
elle fulminado contra os'principios liberaes na sua porta-
ria de 2 de Dezembro, visto nao terem assignado, como
membros do clero catholico, a adhesao que lhes foi imposta.
Nao agradando ao bispo a resposta destes distinctos
sacerdotes, fez cair sobre jsuas cabeças a portaria de sus-
pensão ! '
-. ¦

.
.:

-¦ 81 - )

Loja Fraternidade Cearense.— Esta oflftcina promoveu


entre os seus obreiros uma subscripçao em favor da viuva
de um fallecido irmão em estado de extrema da indigencia.
Mandou-se entregar á beneficiada o producto disso subscn-
se elevou a 176»000, abrindo-se além uma
pçao, que
verba mensal pelo tronco da beneficência.
Esta respeitável loja tem outras pensionistas e mces- ¦ ¦ ¦
'".

santemente protege os desvalidos com o zelo e caridade,


.

recommendados pelo martyr do Golgotha.


Solemnidade maçonica.—Folgamos em dar em seguidaa
a noticia de uma festa maçonica, em que tomouobediência parte
loia União Democrata, ao oriente de Ouro-Preto, cuja do
ao Grande Oriente Unido pretendeu contestar o boletmista do irmão
Lavradio, transcrevendo uma adhesão á pessoa dessa
Visconde do Rio Branco por parte de alguns membros mesma, to-
officina que rebellaram-se contra a decisão dada copia

mada em 28 de Setembro, como se verifica hei da


acta, inserta no precedente numero de nosso Boletim. fazer effeito
Nao tem necessidade de forjar adhesoes para
todos os actos das officinas, acompanhados dos
quem publica
documentos que lhes deram origem.
¦¦'.*
+ ;.;¦.:

Eis a noticia a que nos referimos, datada de du de ue-


zembro:
- No dia 26 do corrente reunidas as officinas União Democrata e Per-
severenca ao oriente de Ouro Preto, subordinadas ao Grande Oriente
reconhecem
UnXun\crcentro maçonico que, legitimamente constituído, um
neste imüerio. foi por ellas celebrada uma solemnidade, que é mais en-
StesWm sólontra esse poder pharisaico e jesuitico que pretende
esses a*eclas da ma-
tPhronisar-se no solo livre do"Brazil, como contra,^tolerante e ultramon-
çonaria cortezan que, indifferentes á propaganda
tana, só tendem a falsear os ; sagrados pnncipios d»no llbe™ad^. dia consagrado
,
a
 festividade* foi intencionalmente celebrada
S. Estevão, um dos heróes venerados pela nossa decorado Ordem. Aornavn a
Apresentava aspecto deslumbrante o tempte, com esmero e
eosto Os svmbolos symetricamente dispostos indicavam que a lei natural
l?a a reguladora das acções do homem. Os estandartes maçonico e bra-
ziíeiro SfosamenW entrelaçados inspiravam retrato duplo sentimento, o amor da
humanifade e o' amor da pátria. Emfim o to venerando gram-
Marinho
Se da maçonaria brazileira, o sapientissimo irmãoo Saldanha maçon, de
minunha symoathia e respeito, porque representava genuíno
reaes o
vfia irieprehensivel, dotado de* virtudes exemp ares e etalentoí defensor
Hdador incansável em prol dos direitos do opprmudo, ignorância eperse- des-
verante e desinteressado^ da humanidade perseguida pela
POtÍSmeçaíameos trabalhos e officiaes
pelo empossamento das dignidadesde soberano príncipe
da loTpe^verança, seguindo-se a iniciação no asgrau Io as. A ceremonia foi
ria-craz conferido a diversos irmãos de ambas
executada se^índo as prescripções do ritual, tanto quanto
factos mais transcendentes da vida do ^imponentes,
Homem Deus.
recordam os rameroí».
Terminados estes actos, tiv?ram entrada no templosalasgrande contíguas e em
^nhoras resaeitaveis que se achavam em utoa das da loja
luaSSençaP procedeu-se ao juramento e posse da administração
União Democrata com a maior ordem e regularidade.
'¦ ¦ .'.'': ¦'¦¦':¦'::]y-:, ¦¦ ';".¦.¦.-.-¦ " ¦' '''
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— 82 —
Usaram da palavra os irmãos Ovidio de Andrade, Cândido da Gama*
e Cesario Gama. . it ,, na .-...¦ - ., .
X) primeiro, cujo talento se tem distmguido mstrucçao da mocidaae,
como tente de diversas matérias no Lyceu Mineiro, expendeu idéas de
grande alcance, concluindo por demonstrar que duas suas crenças eram reaes
no seu coração:—Deus e Maçonaria, que secundava vistas na terra.
O segundo irmão, que por sua eloqüência mereceu de novo os suffragios
dos obreiros da loja Perseverança para o lugar de orador, demonstrou a
utilidade da nossa associação, que familiarisando-se com os principios ema-
nados das leis naturaes, esforçava-se incessantemente pelo aperfeiçoamento
do gênero humano. .
Finalmente o irmão Cesario Gama, cuja voz eloqüente e persuasiva
tantas vozes echoou na assembléa provincial e no tribunal do jury, como
advogado distincto, descrevendo e comparando certos factos da historia
antiga e moderna, provou que a maçonaria era uma instituição recom-
mendavel e útil, como iniciadora das principaes aspirações da humani-
dade, tendendo sempre a promover as medidas reclamadas pelo bem pu-
blico; e por tal motivo todo o homem de coração bem formado devia
fazer parte de uma associação pacifica e humanitária que, longe de atta-
car a religião e o estado, professava ao contrario os sentimentos de pa-
triotismo e abnegação por toda a causa justa e sancta, como seja a da
liberdade, igualdade e fraternidade;
Encerrados os trabalhos, os membros das duas lojas, os visitantes e
as senhoras passaram a uma das salas immediatas, onde tomaram assento
a uma grande e profusa mesa.
Fizeram-se diversos brindes, entre os quaes distinguiu-se o proposto
pelo irmão Ovidio de Andrade ao benemérito gram-mestre Saldanha Ma-
rinho, que foi calorosa e enthusiasticamente applaudido.
Uma banda de musica postada na referida sala, executou durante todos
estes actos, escolhidas e variadas peças de harmonia.
Terminou a solemnidade ás duas horas da manhan, observando-se a
mais perfeita harmonia e cordialidade e divisando-se em todos os sem-
blantes as mais vivas demonstrações de prazer e alegria.

Loja Vésper.—Foi a 9 de Dezembro com toda a


pompa regularisada e consagrada, segundo o rito de York,
a loja Vésper, ao oriente do Poder Central. Seguiu-se á
risca o imponente e religioso ceremonial do rito, segundo-
as'instruccões do Ahinwi Reason, obra do irmão Daniel Sickels.
Á commissão regularisadora compunha-se dos sapientissimos
irmãos Saldanha Marinho, Felix Martins e Duque-Estrada.
Organisada esta loja para a propagação do ensino, por
meio da instrucçao e das conferências populares e para a
creaçao de,um ctub maconico, é de esperar que ella realise
o seu pensamento, ajudando os nobres empenhos do Corpo,
sob cujos auspícios funcciona.
Concorrida a . sessão por grande numero de obreiros,
usaram da palavra os irmãos Drs. Gabiso, Varejao e Ataliba
de Gomensoro, e foi encerrada a sessão depois de haver cor-
rido o tronco de beneficência em favor da liberdade de
uma escrava, que se achava ás portas dp templo.
'". ¦

Lojas Silencio, Amparo da Virtude, Bstrella do Norte


e Tírias.— E'com immenso júbilo que consagramos um acto
meritorio praticado por estas quatro officinas em favor da in-
digencia atacada pela febre amarella, que grassa com inten-

',.,¦": '';' ''¦'. .'¦¦¦'.'


t' " V.-1-"- : v ¦ : . .¦
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sidade actualmente entre nós. A primeira mandou entregar


à comniissao central, estabelecida pela Caixa de Soccorros
D. Pedro i V, a quantia de 1:000*000, a segunda 200*000 e as ...' ti $._ tt

duas ultimas 100*000. Recebam estas ôtílcinãs as nossas


sinceras congratulações e qiie o Supremo Ser dos Seres proteja
semgre na adversidade os seus obreiros, incansáveis lidadores
em prol àa humanidade afflicta.
Maçonaria em Macahé. — Sob este titulo o Boletim
n. 12 do denominado Grande Oriente do Brazil consagra
elogios â dedicação esforçada de um nosso caro irmão de Macahé,
veneravel da loja Perseverança II e cantando uma victoria pre-
matura, entoa hosannas, como os que soem ser os da lavra
do redactor chefe, ao espirito maconico dessa localidade,
oWAè õ espirito dè dissidência e á propaganda socialista irão sur-
tiram effeito. yyyyy-v^

E' a primeira vez, depois da rebelliao do Directorio, que


folgamos em jurar nas palavras do articulista e por isso
lhe pedimos venia para transcrever o Seguinte período, como
•-N-
um testemunho de apreço e de confiança que merece do
Grande Oriente Unido do* Brazil o distincto maçon a quem
se refere o nosso collega.
Ha em Macahé um irmão illustre e caro, cujo caracter e energia são.
garantias da dignidade de nossa Ordem. O irmão Antero Lopes, um digno
veneravel, um forte baluarte do nosso circulo, saberá conduzir-se em
qualquer emergência; e desde já approvamos e louvamos tudo quanto elle
se dignar fazer em bem da nossa sublime Ordem.
Isolado elle não ostá; porque a um homem de taes virtudes juntam-se
¦'•'-.'
¦

;
.'....:¦ V ./; yy";í
sempre os propugnâdores da justiça e da ordem.
Desejamos ao nosso illustre irmão Antero Lopes â maior felicidade
em todas as suas generosas aspirações.

Confirmará sempre um juizo tao justo e merecido o illustre


redactor acerca do veneravel de uma loja, da qual nao só elle,
como todos os outros membros nunca transigiram com a sua
consciência ? Em nome do Grande Orieàte Unido lhe agradece-
mos a sua benevolência extrema, mostrando que sabemos ser
justos e dar a César o que é de César, quando a justiça e a
verdade o exigem. Noblesse obíige.
A loja Perseverança II é uma das rutilaüteè estíéllas dò
Grande Oriente Unido do Brazil, que tem, sobre as outras, a
gloria de receber elogios enthusiasticos da fracçao dissidente.
¦ ¦'.'¦ '¦* "¦ ¦ *'„•
.¦¦.' ¦ { I -:-
,
'.!¦'¦

Communicamos á redacçao uma noticia que ainda lhe ha de


ser mais grata: é que no momeúto em que traçámos estás linhas
recebemos o processo eleitoral desta augusta loja, para o anno
de 1873, sendo reeleito veneravel o muito..;:;*
digno irmão Antero
Lopes. "¦' ""¦;'"".';.*¦¦'.' .¦
O ilustre membro honorário do Supremo Conselho, em sua
excursão por Macahé, tomou a nuvem por Jüno ou empregou
desta vez mal o telescópio: ali nao se abrigam idéas de política '
¦
R

¦' '¦¦¦¦ ".v ',"


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''¦'A'-í'"^'-":'r-'. ¦..^vvííU^sli

Z:ZZ .i-Z.A-Z-,')
\!'J-
v" :?£

-84-
desordens motivadas
* nftm ,e produzem dissençOese

*o referido Bole*;
¦¦ i ¦ ...
'¦:.,¦' .."¦

segu"S

DO ORIENTE DISSIDENTE
BOLETIM
deste Boletim as as-
Ratando no precedente numero I*
do m^W. |»W*!K
JÍÍmS
serções falsas e con
contradictorias discussão, e deixar
mettemos aos lebres Preferiamos por
^^^
-

e imprópria de maçons. Julgava-


íTuiSTdetabrida «'^
era possível para
¦
las er°X tudo quanto de boa fé, com
mais emperrados que argumentávamos ao testemu-
vezes recorrendo
TvasToumentaols e muitas dos nossos antros
de alguns
Zmutvalioso e insuspeito
companheiros, hoje irmãos conversos de sair à luz, corres
i leitura do Boletim |que acaba do em
ao mez de Janeiro, demoveu-nos proposto
pondtnfe até a demorar a publicação
L estávamos, forçando-nos
Unido: tao grande é a neces-
offlcial do Grande Oriente contestação certas
sem
aS de nao deixarmos passar menos
se nao maream, podem pelo
aceulo s ousadas que, maçons respertavcs
e a reputação de
toar o caracter acabam de receber
fazem do nosso Corpo e que
Jue parte diploma
foco de desencontradas um que
daquelle paixões honestó-
os caracteres puros e
fé sao capazes de passar
, simos da grei lavradista.
.... ...
¦::;;-.;,„-: . ¦:* .¦¦: ^ ¦.-.¦: ¦•¦¦_¦ .¦.¦..¦¦¦'¦¦....¦,:

¦.¦.;:, ¦¦'..-"¦';¦.*":. y:
.

— 85 "~

É incrível que uma corporação que se diz maçonica


sem algum continuar a ser dirigida por
possa protesto
de maçons, cuja leviandade (para nao darmos
um grupo
mais* acertada), se torna tSo notável que con-
denominação
no espirito de alguns de seus
tribue poderosamente para que
manifeste um sentimento de lastima e de
companheiros se
de haverem transposto os umbraes de um edi-
arrependimento
onde se alvita a dignidade alheia e nao se
ficio maçonico,
hesita atirar um labéu infamante sobre individuos respeitados ¦¦¦.-.

é tra-
• ¦" ¦ - '
. ! ... . .',!,.

e considerados na sociedade profana. Ali a dedicação


a independência por despeito, a no- '".
"». ¦
¦
¦>:¦'.

duzida por baixeza,


servilismo, a abnegação por calculo e
breza d'alma por
até a honestidade por malversação.
exageraçao no afirmamos. Merecem todo
Nao ha que
maçons daquelle oriente, cujo ca-
o acatamento alguns
a respeitar, mas que ignoram os
racter somos os primeiros
do afamado Directorio, e nem lêem as
actos dos membros
Dentre estes últimos, mesmo
suas engenhosas producçoes.
tinham ha bem pouco tempo a menor noticia
alguns nao
ou manifesto, onde figuravam as suas
do libello difamatório
o aroma das
.

assignaturas, porque nem sequer aspiravam


num semeado de abrolhos e em
flores que se abrem jardim
abundam os cogumelos e absurdas. A única pu-
que tanto o é no maçonico,
blicacao possivel no mundo profano nem
ser fazermos a devida justiça aos que
e assim deve para
sua reputação, nao consentiriam que fosse :..¦;-.
¦¦

sabendo prezar a sua


atassalhàda a de seus irmãos, bastante conhecidos por
probidade incontestada. sug-
As reflexões que acabámos de adduzir foram-nos
leitura de um decreto que expulsa da Ordem
geridas pela "por sua dedicação aos prm-
Maçonica um irmão notável ex-
benefícios prodigalizados ao
cipíosda associação e pelos
do Brazil, cujos pretendidos herdeiros
tmcto Grande Oriente
o legado de que se assenhorearam. Os ava-
nao sabem respeitar
liadores da probidade alheia tentaram aviltar por um de-
esse distincto maçon, installador de diversas
creto infamante
lojas, nas quaes ainda figuram alguns obreiros que jamais

..''¦'¦
¦¦
-¦8ô
,¦"¦''"

em duvida a sua probidade, e isso pelo simples facto


puzerain da união
de ter sido èlle um dos mais denodados campeões
maconica. ' j
ainda
Thesoureiro da commissão de propaganda, quando ¦

civil tolerava as reuniões do Grande Oriente


a auctoridade
no do Lavradio, o irmão Almeida apresentou as
Unido prédio
suas contas, que foram julgadas legaes e approvadas pela

commissão competente. O fechamento das portas do edifício


¦

mudou o aspecto de todas as questões. Sujeitando-as ao pa-


rècer de uma nova commissão, o oriente ressussitado, nao leva
conta os documentos sem valore illegaes sobns. 1, 12, 13 e 15
em
¦

por serem despendidos com favores a particulares.


Eis a integra do decreto:. >

do Rio Branco., grande commendador da


Nós, Visconde gram-mestre,
Ordem Maconica no Império do Brazil: _
Fiemos saber a toSas as officinas da nossa urisdicção que o sapien;
Oriente do Brazil, em sessão, de 21 de Dezembro de W7«
tissimo Grande de finanças
fera vulgar), attendendo ao parecer da sua illustre commissão seguintes reso-
e ás valiosas razões allegadas e provadas, adoptou as
UÇ°lV Al-
Não é approvada a despeza que o irmão Antônio Manoel de sem
meidá diz ter feito e da qual jwnctou ao seu balancete os documentos
valo? e illegaes, sob ns. í, 12, 13 e 17; visto como despendeu dosinetaes
que lhe estavam confiados para um fim determinado,e em a quantia de Dbüffuuu
empregara em dádivas a escríptores de folhetos pagamento a aa-
que
vogados de causas'particulares.
2.a Fica approvada a despeza que legalmente fora ordenada.
3.» Seja lançado o nome do irmão Antônio Manoel de Almeida no
livro negro de nossa Ordem, sendo-lhe prohibido o ingresso em nossos
templos, em qualquer tempo e sob que pretexto for.
O nosso caríssimo e illustre irmão soberano grande mspector geral óó
Br. Luiz Corrêa de Azevedo, grande secretario geral da Ordem, e encar-
regado da promulgação e publicação do presente Decreto. _
I Dado e traçado no. Grande Oriente do Brazil, ao Valle do Lavradio,
no Rio de Janeiro, no primeiro dia do décimo mez do anno da verdadeira
luz 5872 (21 de Dezembro de 1872, era vulgar). m (Assignado) Visconde
do Rio Branco, 33, gram-mestre, grande commendador.— Dr. Luiz^Corrêa
de Azevedo, 33, grande secretario geral da Ordem.-Dr- Pedro Isidoro ae
Moraes, 33, grande cbanceUer. ,1
¦-.?,;:;
yy.^y.yy

O irmão a que nos referimos entregou em 14 de Se- ¦'¦¦¦¦¦

tembro o saldo em seu poder ao mesmo Corpo a quem


hevia apresentado as suas contas, o Grande Oriente Unido
e o grande thesoureiro geral da Ordem lhe passou quitação.
y A expulsão do irmão Almeida daquelle pretendido
oriente maconico, sem razões allegadas e provadas, nada teria
de extranhavel, por partir da intolerância daquelles que
¦

-87-

nunca permittiram que houvesse na associação quem se


oppozesse innocentcmente ao único candidato imposto para o
gram mestrado. Lançar o seu nome no livro negro por
tal facto é uma distincçao que muito o honra, concedida
ás mãos cheias aos que se alistam em nossas fileiras-
Dar porém como razão a apresentação dos taes documen-
tos, é o requinte da calumnia e uma vingança torpe e
mesquinha; o que significa que os nossos antagonistas,
pisando em terreno falso, nao podendo apparentar pelo
menos a lógica de seus actos, reccorrem á falsidade para
salvarem-se da desmoralisaçao que nao tardará a ser com-
pleta em todas as provincias do império. Lembrem-se que
a outrem em vantagem particular é condemnar
prejudicar
a regra immutavel que mantém e faz viver toda e qual-
sociedade e ir de encontro aos principios que diri-
quer
o digno e leal dos homens honestos.
gem procedimento-
A verdade nao se decreta, demonstra-se. Expliquemos- os
factos, e os leitores aquilatarão a moralidade do decreto:
A commissão de propaganda, sem excepçao de um só
membro, auctorisou seu theaoureiro a obter por 100*000 qui-
nhentos exemplares de um folheto impresso em defesa de
nossa ordem, ser distribuido profusamente pela socie-
para
dade profana do Rio de Janeiro e das provincias. Era o
Ponto Negro, por Enrico. Basta citarmos esta obra para
demonstrar a acceitaçao que ella teve; e o auctor por essa
insignificante indemnisaçao para as despezas da impressão,
nao auferiu lucro algum, como demonstraremos, si formos
contestados.
Passemos ao pagamento de advogados de causas parti?
lares. Os leitores desculparão por certo entrarmos nessas ¦"l"

minudencias mais próprias de um jornal profano ou de um


tribunal civil, onde o irmão offendido poderia talvez encontrar
Exige-o, a dignidade da nossa
pleno desaggavo. porém,
ingrato.
associação, pore isso somos arrastados a terreno tao
O maçon opprimido pelo poder jesuitico, perseguido
seus collegas sacerdotes, que nao lhe podiam desculpar
por
asuafirmesa aos maçonicos, tinha sido insultado
principios
'. '
¦ >•¦¦¦ , ¦ ¦ ¦
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¦
. :•
* .-';¦:'", y.yy^.\vy :,'.

.1: •-'•-

lazarista, foi chamado à


na imprensa por um padre que
no competente, onde se rectratou.
responsabilidade juizo
reunida, entendendo que nao deviam ser lesados
A commissão emprega-
contra quem todos os meios
os interesses do irmão, auctonsaçío ao
e deu plena
ram-se em seu desabono prejuiso,
satisfazer as despezas da causa. Era quantia
thesoureiro para mostrasse
a associação
por certo muito insignificante para que as
vez mais experimentava
o seu interesse por quem cada em
lamentáveis conseqüências de um discurso pronunc.ado
em homenagem à uma idéia reahsada,
uma festa maconica *de sua
um gram-mestre. A maçonaria por
é em honra a
e e assim pensando
dignidade devia amparal-o protegêl-o,
as
menor solicitação de quem ignorava
commissão, sem a
cumpriu o seu dever, segura, como estava,
suas intenções,
seria nao só approvado, como
de que o seu procedimento
o nao fosse, os seus membros se
até elogiado; e quando
satisfazer o cofre. A prova mais
¦¦' ¦
,
¦
''¦

.
¦;:
.

quotisariam para grande


houve má fé consistiu na apresentação dos
evidente que nao
respectivos documentos por parte do thesoureiro.
Eis a narração verídica e fiel dos factos, sobre os quaes
commentano fariamos, si um membro da
nenhum outro
de nao tivesse referendado o decreto
commissão propaganda
na qualidade de grande secretario.
Assistir impassível a uma discussão de tal natureza,
erguer-se formular um protesto solemne contra
sem para
é demasiada coragem; mas no ti-
uma aleivosia infamnte já
ficar a todas as lojas e publicar o decreto com a sua assigna-
tura, é certo um acto que nao encontramos termo
por
adequado na lingua vernácula para qualifical-o.
Condemnar um irmão por um acto que sem a expli-
cação necessária pode desairal-o, sem ouvi-lo e sem a me-
hor formula de processo só faz a única maçonaria antiga,
legal e acceita no Brazil. O que diremos, fazer uma impa-
. taçao gravissima à saa honestidade por um decreto, assi-
secretario
gnado pelo gram-mestre, referendado pelo grande
é chanceller (novissima formula) e publicado no Boletim
para ser destribuido pelos maçons de todo! o Império?

J "

<

¦

- 89 -

É abafar as nobres inspirações do coração, fazer calar


a consciência, que para alguns indivíduos é, segundo diz -
¦

Schiller nos Salteadores, uma figura que serve para espantar


de cima das arvores ou uma letra com a qual ;

passarinhos
se salva ás vezes quem faz bancarota.
O auctor destas linhas poderia passar em silencio simi-
lhante facto que nao lhe diz respeito; mas como membro
foi da commissão, nao foge da responsabilidade da
que
auctorisaçao que concedeu; e considerando-se solidário com
o thesoureiro, despreza solemnemente a pecha que o decreto
atirou, bem como ao grande secretario do moderno cir-
lhes
e devolve intactos á sua origem os insultos que lhe di-
culo
rige, quem nao podendo defender-se, procura tal subterfúgio.
— Convença-se o caracter que nada o verga que patentea-
mos a sua incoherencia neste Boletim com o direito que
defeza, examinámos apenas o seu
tínhamos de legitima que
maçon e nada temos que ver com
procedimento como que
é
o seu nome profano. A jogada por mão ousada
personalisação
imprópria desta aceitamo-la de viseira erguida
publicação:
receio, mas em linguagem decente, em campo mais
e sem
vasto e adequado [watts und bequemes Feld). _: ".
.¦-..*,>

O grande secretario do oriente ressuscitado sabe per-


feitamente que nunca usámos do anonymo, senão para
ultramon-
¦ ¦¦
• ->¦:¦-:

combattermos a seu lado contra a intolerância ¦

artigos mereciam a sua approvaçao e muitas


tana em que
vezes elogios. Erra pois oficialmente e de caso pensado quem
Vétranger ridicularisar um antigo '¦'¦';;
v;:;--y ¦¦.-' ¦ ¦ ¦ ¦ ~.

no Bulletin pour pretende


companheiro, dando-lhe a paternidade de miseráveis pasquins
apparecem na imprensa profana. Alteri non fecerts quod
que
tibi fieri non vis.
nome do secretario foi repetido nestas pa-
Si o grande
solidaria em suas opiniões, a m-,
ginas, teve a redacçao,
de fazer avaliar o todo pela parte, extraindo ;do
tencao
milhares de maçons tem
graíide archwo documentos que
apreciado com todo o critério.
• • Houve injuria na citação do trecho deTim
por ventura
na loja Amparo d* Virtude antes da
discurso pronunciado
' '"
"'
¦ 1

— 90 -

da Dezoito de Julho ? Nao ha com ef-


juncçao pelo orador nao
feito raporto possível â observação vulgar feita por quem
ignorância ousada comprehender como aquelle
podia em sua hosan-
o facto da união, entoando
que annunciava grandioso
Saldanha
nas ao Grande Oriente único e indiviso, ao irmão
e combatendo a indolência oficial, pretendesse de-
Marinho
de alguns mezes destruir a obra, em que tao notável
pois da
se tornou. Aos que hesitarem em crer na veracidade
citação apresentaremos o discurso original.
Nao podiamos tao riscar da memória o nome sym-
pouco
bolico de um dos signatários da proposta de 20 de Maio e
a secçâo histórica do Boletim do modernissimo oriente nao
deixa nenhuma duvida a respeito da posição falsa em que
se acham os nossos adversários que nao podem interpretrar
um só facto, sem remettel-o com vistas a qualquer de seus
collegas de redacçao.
— O artigo intitulado — A maçonaria unida do Brazil —
ê uma edição mais correcta e augmentada do manifesto
já refutado victoriosamente em todas as suas partes.
Gomo nao havemos de nos admirar de tal narração,
vemos dirigindo a grande secretaria um dos que
quando
assignaram o projecto de organisaçao do novo Corpo, con-
vertido na lei de 4 de Junho-, tomando parte activa em todo
o ominoso drama ?
Nao constam dos Boletins officiaes todos esses factos?
A nossa tarefa tem sido ao contrario defender o grande
secretario das accusações que lhe dirigem na própria folha
que redige. Gomo nao protestar por exemplo contra os trechos
que adiante transcrevemos* em nome do Dr. Luiz Corrêa de
: ': '
Azevedo, que foi um dos que discutiram com mais profi-
ciência o projecto da constituição nas reuniões de commis-
sao de que era membro?
¦'Vfí'*"!-''".^' -J-'¦•'*"'
?¥*'.-¦

Ainda nessa memorável noite elegeu-se a commissão que devia en-


carregar-se da feitura da nova constituição, a qual, foi, oem como a^
¦¦¦¦ ' l( ' '
'¦'
:
"

auctoridades provisórias, designada no mesmo club pelo Chefe Benedictino.

F elle quem faz ' ou escreve uma constituição para elle próprio go-
vernar. W::i -tí 8
*'
• •

- 91 -
*

É impossível que 0 caracter que nada o verga se sujei-


tasse a similhahtes imposições e por isso o articulista da di- ,
reita calumniou o da esquerda. Si esta nao é a conclusão lógica,
nao sabemos que outra illacçao se possa tirar de taes apre-
ciacões.
Contestem os nossos antagonistas o que affirmamos e sere-
mos os primeiros a confessar a nossa derrota. Nenhuma das
estultas apreciações do argumentador foi até agora destruída: é
essa a nossa questão, deixando de parte os insultos de que se
servem, na falta de recursos de defeza.
Nao nos arvorámos em polyglottas, nem este era o lugar
competente para analyses de lingüística, o que nos levaria
muito longe. Traduzimos litteralmente alguus trechos em
allemao e inglez para demonstrarmos que a coherencia do ma-
nifesto variava em pontos importantes, segundo o idioma em
que era escripto. Quando o dador de reputações demonstrar que
errámos, ficaremos convencidos que nada entendeinos daquellas
línguas, sendo talvez necessário então recorrer a alguma in-
terpretaçao sybillina. Todos os nossos argumentos ficaram em
e á linguagem de que nos servimos, os leitores
pé, quanto
apreciarão a differeuca.
Para os que nao têm a felicidade de possuir esse precioso
Boletim, apresentaremos uma amostra do estylo nobre e elevado
do redactor chefe nos seguintes trechos:
resultado do da nos pateos de escolas medicina
Eis o jogo peteca nem ^
seguros que
e nas companhias de seguros, quando não ha medicina,
occupem os vadios e os indolentes. ••
........•••
nas mãos
Tudo é possível neste nosso mundo; até a lingüística passa
cios incompetentes como cascas (Talhos, • •

escreve não tivesse uma ignorância que a lesse e


Si a ignorância que adverti-
applaudtssfha muito que os semsaburões e os pelantes estariam
dos da sua nullidade.

Apezar de tal fôrma, nao desceremos


provocados por
usar de represálias do mesmo gênero, nem trataremos
a
com visos de fidelidade, que deixa em sua
aqui da traição
documentos comprobativos de uma nova theorià
passagem universo,
de coragem e nao receia depois, á face do
que

¦-,¦¦'"' ¦ "i
¦ :¦¦ :'-•¦ ¦ :¦.-..-¦¦>:¦,'.¦,"

¦y ¦ ¦ .

¦ i"---''W>Z:-y'Oi-- ': :'Çy


" " '
.V. . ¦ ¦ .
i

- 92 - ,
após-
orgulhar-se do seu triumpho e vangloriar-se de sua
tasia.
— Nao podemos terminar sem felicitarmos o auctor do
artigo Os homens dos Bénedictinos, por ser o primeiro que
honrou o Grande Oriente unido, procurando refutar as
demonstram a legitimidade desse Corpo.
publicações que
A analyse do manifesto polyglotta, sobre o qual formulou
o seu juizo, entre outras, uma loja que trabalha na lin-
alleman e composta de allemaes, como viram os lei-
gua
tores na secçao de correspondência, excitou as iras do
secretario do Lavradio e contribuiu para que er-
grande
Virtude, bas-
guesse a viseira a Pedra Bruta do Amparo da
tantemente elogiado por todos, profanos e maçons, que estavam no
caso de comprehender os seus escriptos, sendo prova cabal o facto
de ser sobre elle que se lançaram os ultramontanos brasileiros e
europeus, e signal de que o consideravam como o adversário
mais perigoso.
Congratulamo-nos por ter indirectamente prestado um
serviço ás letras pátrias e maçonicas.
Deixando de parte esse cavaco forçado a que nos levou
a Pedra Bruta, procuraremos no próximo numero ver si é
possivel attingir às eminências de seu talento, compre-
hendendo e interpretando as suas apreciações, somente no
que diz respeito aos principios maçonicos e sem acceitar-
mos aqui a polemica pessoal, elemento em que sempre
primou a Pedra Bruta. O limitado espaço de que dispo-
mos nao nos permitte entrar em matéria, mas como
exordio e em signal dé deferenciá ao articulista, nós di-
rigimos a elle para confessarmos um acto nosso, que ape-
zar de* antigo, ainda hoje nos contrista e penalisa.
Dr. Joaquim Pedro.
Dedicamo-vos e vos dedicaremos sempre no mundo profano,
onde vos reconhecemos como um de seus mais bellos ornamentos
a mais sincera ami%ade; maçonicamente, porém, dir-vos-hemos
que foi com immenso pezar e impellidos pelo dever e por
obediência à lei que em nossa vida de operário da Arte Real nos
yimos forçados in Mo tempore a eliminar do quadro da
¦ ¦

* '' ¦ ¦.¦¦-', ;, :.l'. .',;i0


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. . * . ¦ ' T.-''-\;.'X. ¦'"'.*>•'- - í"

**- 93 -

da Virtwk, na qualidade de seu veneravel in-


loja Amparo
nos havia ahi proposto á iniciação e
terino, aquelle que
ter bandeando-se para ocir-
isso pelo facto de perjurado,
culo chamado então dos Benedwtinos.
¦

com mais pode traçar a historia


Ninguém pois proficiência
do aquelle que ahi trabalhou du-
geral desse oriente que
á em
rante dous annos até epochá pouco anterior juncçao,
do indulto concedido pelo § 4- do decreto
que favorecendo-se lavraüo-be-
de 1870 foi o primeiro membro
de 21 de Junho do
uma das lojas do Grande Oriente
nedktino que visitou
a legitimado desse corpo, pouco tempo
Brazil e reconhecendo
aprisco legal, ao seu Amparo de Virtude, nao
depois voltou ao
ter uma formalidade, qual a de
sem primeiro preenchido
o seu antigo proposto, que era então grande
consentir que
o seu diploma do grau 30, que havia
secretario, legalisasse
obtido no circulo dos communistas e petroleiros,
razão o Dr. Joaquim Pedro
Foi também com justa que
a tolerância de que se havia
chegou a convencer-se que razão
aproveitado, nao devia ser actualmente permittida,
de Dezembro do anuo pretérito apre-
porque na sessão de 21 convertida em
sentou ao Grande Oriente uma proposta, que,
nos templos do Lavradio, como visi-
lei, prohibe o ingresso
aos membros do Circulo dissidente dos Benedwtinos.
tantes,
no seguinte numero a occupar-nos, nao
Continuaremos
de sua pessoa mas de suas novas opiniões maçonicas, porque
maior a nossa causa e
resultará dahi talvez gloria para
o Grande Oriente Unido do Brazil,
triumpho completo para
tem encontrado
¦ ,

assiste,
_

na lhe
que escudado justiça que
asser-
destruir todas as falsas
generosos defensores para
coes dos nossos antagonistas.
A. F. A.

¦ ¦
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. ¦' -¦¦¦'
.'¦'¦¦".

- 94 -

E AVISOS.
fSXPEOIEWTE «." ,*•

que deverão
Recommendase às officinas^ do circuloBoletm,
dar execução ts íesoltícoes contidas no indepen-
dente de outra communicaçao da grande secreta-,
qualquer
ria geral da Ordem.
aos irmãos
A redaccáo do Boletim muito grata ficará maçon,
secretários das lojas, assim como a qualquer suas respec-
que
lhe remetterem notas acerca dos trabalhos das
tivas oficinas* lhe communicarem qualquer documento ma-
conico que mereça ser publicado, ou enviarem jornaes que
defendam ou combatam a Ordem.

Recommenda-se muito expressamente ás officinas do


circulo que o quadro que tem de acompanhar o_ processo em
eleitoral deve conter, conforme se acha determinado
lei, ó nome dos operários, naturalidade, idade, estado,
profissão, grau e a assignaturao das Luzes.
O formato Reverá ser como do papel almaço.
Recommenda-se igualmente aos irmãos que tiverem de
solicitar a expedição de diplomas pela grande secretaria
£eral da Ordem a' conveniência de mandarem o nome por
¦

inteiro, escripto com a máxima clareza, e acompanhado


das indicações de idade, estado, naturalidade e profissão.

Os irmãos que em virtude do disposto no art. 7.°, e


Junho do corrente
s 1.° do art. 9.° da Lei n. 2 de 4 dehonorários
anno tiverem direito a ser membros do Grande
Oriente Unido, podem solicitar, do dia 7 de Janeiro em
diante, a respectiva « Patente» na grande secretaria ge-
ral, satisfazendo previamente na grande thesouraria geral
¦a
-yy->y*yy
jóia de- 12V000 estabelecida por ¦ lei. ,
:; ¦ L
Para intelligcncia das officinas e capitules cumpre-
nos declarar que os veneraveis e athersatas nomeam cada
um o seu representaute. E quanto aos deputados que sao
eleitos, cada officina dá um, tendo 33 membros effectivos,
dous de 66 até 98, e três tendo 99 ou mais, conforme se
¦¦'¦'•:'
acha disposto no decreto n. 5 publicado a pags. 486 do Bo-
letim.
,•

¦
.

¦¦:'.'¦':''•¦'.'" '''ZV-'".
iiW;-1' ,¦:¦'¦
Para fazermos a remessa do Boletim Oficial,„ rogamos ás
l
.ojasy ás quaes enviámos listas de assignantes, o obséquio

.-...¦¦. . ¦ Z ZZ;..
".¦¦'
¦, t
y

¦;. '.¦¦:., - ¦.¦ ¦.;';

de endereça-las ao redactor chefe, grande secretario geral


. . ;.„.,'¦¦

da Ordem*.
¦/¦'] " ~^';yy ¦ Ví'"
¦'''¦'. ¦'' !¦ '¦'"¦ :" .''**".¦' *'..¦ '''.
V.'. .^ *f-
'"¦¦.<. '\C-'< ' ' ., '•¦' .;"¦'=-¦' •
-':''''¦¦ ¦* '"¦',¦¦'¦:' • -¦¦¦''-' ;:/'' ¦; yj1* y- '¦*.. \; v ;-*'.'¦
mn ¦ ¦,..-.

¦" &¦' ~- •', ? - - .'¦¦..¦.„. ¦•¦¦¦¦¦.'.'.¦


' '
W?'^'*-- y0y:y:yy'~¦'¦ *

¦
;

— 95 —

. Nous prions tous les rédactenrs auxquels nous en-


voyons notre BuUetin de vouloir bien nous remettre en
écfiange régulièrement leurs journaux.,
Adresse du secrétariat:
Rua Benedictinos--22
'.:¦'¦-¦"
¦
,
¦

— Rio de Janeiro — I

— Brazil —

ULTIMA HORA.
¦

de receber noticias de Pernambuco, que nos


Acabamos
apressamos de transmittir aosfeitores Ode sentimento frei Vital,a
pdbhco
qual,
se revoltava contra a cega obstinação
levantado o interdicto da igreja de Nossa fe
si nao tinha a do
nhora da Soledade, também nao continuava proceder
em relação ás outras igrejas. As suas ordens
mesmo modo seu lado de ndmulo.
SanTmeXs severas, mas tinham o
Receiando talvez as conseqüências de sua coherencia, provo- ¦'::'
. - -

eus actos a compaixío. das pessoas sensa as, que


SI auctoridade da igreja a
a
sentiam vêr desmoralisada primeira continuação no bispado.
Zto de tomar-se impossivef a sua
^Considerando naturalmente o abysmo que tinha diante de
«p,i« olhos e nao ouerendo por outro lado recuar do primeiro
wHeqZnsidePrar o seu acto «^«merequereu
pSabtèf da igreja da Soledade, nao se
oficialmente a irmandade mas
animoTa taterdizer a igreja de Santo Antônio, prohibiu
á irmandade respectiva o uso das opas omnteci-
Ttessa ultima intimacao resultou um triste aconteci
seguido de algum escândalo, se a
menioZe poteria ser a o povo, o qual
irmandade não fosse a primeira pacificar o
v^^ Qm veZmoVAe suas opas ella acompanhasse
se oppôz tenazmente o coadjutor, de-
Snto S?o A isso do seu superior nao
claíando aue para obedecer ás ordens
se com as insígnias,
saET siqr\rmandade paramentasse
S uselhe tinha sido interdicto pelo prelado.
^ fora severamente est.gmatisada
SceSatio côntristadora
V ¦

¦¦'¦-, ¦'¦" '•¦'-'¦ '¦" -í y


;.¦¦'¦.;..! \.'¦¦'¦!

.'.'''
I

96

Entreoutros fSStffíÇM^lWK
representara ao pie ^^ ftC_
tava também que

ledade! .ma . fl«rPPiacao do reverendo prelado,


¦

tanto deve o «P^jA^c^nSÚ dos diocesanos !


ou menos se referem * m-
as slga^ToSs^^mais
""üm significativa para a Ordem
&«ao altamente
os maçons do Recife no Mo_
zirem restos;™ito* J1»^
do irmã,> «ou fí ^
terio publico os o D^°
o boato de que
reira. Circulando corpo do falieci^g»&gg& con-
ao immeSso
sagrada
pultura circumstantes de todas as classes socwes, COmmu- . .
¦

?urso de

da °^* *™^aí? *
nebre no templo o aahimento ate cemitério,
ao.cerni , sendo
pulacao acompanhou volta, se iez u* .
Mrswass
ES a affluencia que
SsSurds:
amda na que

seus adeptos so»«stó to Wfl»


e eleva um dos que

Eta2»fc£ sempre caracteres £~fâ^?£$Z&.


UnÍCSts^™prCÍS desvelo membro
Amor 4. Orfa», foi «tam*to *X
activo^a loa^rSTe reverendo bispo, que w*™*™
facío da Soledade pelo
H"

¦V>,

Associação, que amparara o menino


mao bemfazeja de uma os meios adquirir a ins
n™tao nroporcionando-lhe para no semi-
tarde fazendo-o entrar
?r?ccaò Saria ennApmaisrpppbeu a profissão sacerdotal, que
xruu^^™;»

iniciando-se em seus augustos


cidoá maçonaria,
*e procurou-a fosse opposto_a re-
ffity
m
-:¦•- ' •¦„.-
•- . ,.?..„.-.

mysteiios nada ahi encontrando que de


Sao, de que era ministro, só a ella deixaria pertencer
léi declarasse que o cidadão brazileiro nao podia
qf ando a
*¦•.•. '
ser maçon.
SSç»',' <<.¦'¦¦'' ¦'

Vv ,

¦ .¦¦¦'¦¦¦
5
1

97

Azevedo antes de 'etirar^r^cteou a toi


O irmão
Vital que considere
%*££>% %*»fô §gg$5 o
"bispo
a°o E&XSP ts^SaV houvesse

*aqXa
do Pina e em.cujo numero, havm ^»ensenthu.
Izlet», onde o
JS^Sã^^JSXVZA

dividido .gualme,ate ento todos


que o obolo fosse
todo* 3SS5S»3^ -A —•
entre os sobresairam os seguintes.
quaes
ÍSSS, portuguesa e americana.

assim comedem^SS^S^Srpr a nossa

SeP^nXT„rhpSePrmao^is X grau
maçonica umversal.
âe p?estigfoP" femilia

Acabamos &ÍE
nambuco que ^"XS^SfcTJâX
tem ^.fl*™resolveu que uma comuns-
tiva. O G™°deOfef^ bw<m¦ ^
SaldanhaMarinho, Drs. Du-
sao composta
sssrff-^ssa^s.
dos irmãos
«^como a do Grande ge encar.

Oriente Unido, ao seu destino. '


officinaStejo otog» «X
FUlacao.-Filiou.se na
í. P—e
^££?&^^&

——~-
98

An extincto Grande Oriente do Brazil, ao valle do Lavra-


loja Silencio por essa distincta açquisiçao
dio Famosa
e';»-? o iilère deputado da offlcin»>*£***£
com a sua intelhgencia robusta a pugnar
rense continuará com o mesmo zeio
*¦v'¦¦¦¦.;¦¦.

¦

nelos direitos da verdadeira maçonaria,


com tem defendido os interesses da na-
fabnegacao que
oao da iústica e da humanidade. do La-
Bem vê k Pedra Bruta que o Supremo Conselho
vradio nao perdeu unicamente o Grande Traidor. No próximo
explicaremos mais detidamente do que já fizemos
numero constituo esse
à pag. 526*do Boletim n. 11 e 12, o que
espantalho illudir as potências es-
Corpo, verdadeiro para
trailQuanto
â relação dos membros do Grande Oriente doe
Lavradio que se acham actualmente no Oriente unido,
tao numerosa, que só poderemos publical-a em occasiao
fôr impresso o nosso quadro. A Pedra Bruta se
em que ine
dignará então acceitar um exemplar, que gostosamente
ofereceremos, assim como a todas as Potênciasda doLniverso. Pedra Bruta
É ainda muita ingenuidade da parte
¦

perguntar quaes as officinas do Lavradio que passaram


inteiras ou em maioria para os Bénedictinos. ae-
Os três números do Boletim que havemos publicado
da rebelliao respondem cathegoricamente a um desaüo
pois
feito com tanto arreganho, como se ainda houvessem incau-
tos que nelle depositassem fé.
¦

Offerta caridosa.—O Grande Oriente Unido acaba de de


offerecer á Commissão Central de Soccorros a quantia
1:500#000, destinada á população des valida desta cidade, ata-
cada pela febre amarella. Registrando esse acto philantro-
pico, aproveitamos o ensejo para render os devidos enco-
mios á benemérita commissão, composta de grande nu-
mero de irmãos, a qual, com uma rara abnegação, tem
prodigalisado immensos benefícios nesta quadra affiictiva
á nossa sociedade, sem fazer distincçao de nação, e se-
gundo os preceitos do Redemptor da humanidade.
i.v.\' ' Adhesões.—Mais duas officinas vieram junctar-se ás
vinte e três, constituindo vinte e cinco as do Lavradio que
adherem aos socialistas e communistas. Daremos no seguinte nu-
mero os seus titulos e os documentos comprobativos do seu
apoio ao único Corpo maconico legalmente constituído no
Brazil. Temos fé que o Poder Central dos insurgentes em
breve pregará no deserto.
Cerrem fileiras embora os esforçados campeões da des-
'injurias,
união e da discórdia, recorram às a calumnia e
>!•:.-' IV
¦
* '
¦

. ;

-99-

á falsidade, appellem para os desprevinidos virem em au-


xilio da sua imprensa caridosa e de suas arcas vasias de me-
toes, a sua derrota será tanto mais inevitável, quanto é já
inglória a vida que arrasta.
«

Circumstancias extraordinárias motivaram a demora da


publicação deste numero do Boletim, pelo que pedimos des-
culpa aos nossos assignantes.

¦ ¦¦

¦r. '¦. ¦ ¦;¦;. ;• \y


v*

¦'¦í\

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