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MACONARIA BRAZILEIRA
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BRAZIL
JORNAL 0FFIC1AL DA MAÇONARIA BRAZILEIRA. 0
SECÇÃO DOGMÁTICA.
A Maçonaria Brasileira.
Entra felizmente a maçonaria no Brazil em uma phase
verdadeiramente animadora para o seu progresso moral.
Convicta de poder realizar a unidade maçonica, em face
das numerosas e justas adhesões das officinas provinciaes
â jurisdicção do Grande Oriente Unido e Supremo Conselho
do Brazil, que é a verdade suprema d'essa instituição no
império de Santa Cruz, apoiada pela justiça e pela legali-
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dao pela instrucçao e eleva a família por um certo grau
de independência.
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Só assim, alargando os recursos do entendimento e me-
lhorando as commodidades da família, conseguiremos firmar
o padrão, que deve entre os maçons substituir a usança
da ameaça e da intriga que, sem nada produzirem de útil,
apenas degradam os insensatos que as manejam.
Nao é mister grande contensao de espirito para reconhe-
cer que o recente abalo da Ordem maçonica foi originado,
-antes de tudo pela vaidade de um gram-mestre que não
quiz submetter-se á nova auctoridade legitimamente eleita;
e depois, por falsos e ridiculos interesses de um pequeno
grupo, que aspirava o commando.
Mas, como em todos os phenomenos é sempre possível
corrigir ou annular as acções perturbadoras; assim também
o abalo que desuniu momentaneamente o grande povo, á
similhança das oscillações do pêndulo que diminuindo de
amplitude pelas resistências ao movimento, acabam por
chegar ao estado de repouso, ha determinar a sua influen-
cia pelo completo reconhecimento do Grande Oriente Unido,
primeiro e único regulador da maçonaria no Brazil.
Convém porém que os maçons d'esta terra nao se te-
mam de ameaças e affrontem corajosos os preconceitos com
que se pretendem occultar a immensa força e confiança
que inspira a maçonaria unida.
Galileu também soffreu pela verdade, mas conseguiu
demonstral-a; firmando assim o grande movei dos destinos
humanos.
Si motivos frivolos pudessem obstar seriamente a soii-
dariedade das instituições, nao estaria o Grande Oriente
Unido marchando impávido para as eminências que nunca
attingiu a maçonaria no Brazil.
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O jesuitismo em Pernambuco.
A intervenção dos maçons bons em favor da intolerância
jesuitica vai produzindo o effeito que dever-se-hia esperar,
açulando contra os maçons maus grande numero dos bispos
desta terra, sectários decididos da seita de Loyola.
A indifferenca da administração do estaco diante dos
actos praticados pelos bispos do Kio de Janeiro, do Pará e
Rio Grande do Sul, que a seu bel prazer sophismaram a
constituição do paiz, e a alliança entre os adeptos do romã-
nismo e a maçonaria ultramontana com o fim de dividir a
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recursos e ver-
sua influencia social, por seus pecuniários
dadeiro zelo christao sustentam o culto publico. desmora-
O elemento que procurou o prelado para
Usar a maçonaria e proteger os seus apaniguados jesuítas
desastrado O povo, em vez de
foi de certo o mais possível.
os maçons, collocou se ao seu lado, fazendo
lancar-se contra
áquelles que elle viu sempre, sem a hypocrisia pha-
justiça á celebração
risaica, dedicar-se á construcção dos templos e
das pompas festivas com o devido brilhantismo.
Seja capricho, tentativa jesuitica, ou subserviência á
cúria romana, o que é certo é que o acto do prelado per-
nambucano promoveu uma reacçao, talvez necessária para
a perfeita intelligencia das leis que nos regem, e para
que o povo conheça praticamente as sanctas virtudes das
sotainas e dos seus instrumentos.
Era de urgente necessidade que os maçons defen-
dessem a sua dignidade ultrajada e adoptassem resoluções
para esse effeito. O illustre delegado do gram-mestre do
Grande Oriente Unido convocou uma assembléa geral do
povo maçonico, que se verificou a 5 do corrente, tendo a
ella comparecido 227 irmãos de todos os graus.
Feita a exposição do fim da reunião pelo irmão dele-
gado, abriu-se o debate, em que tomaram parte notáveis
oradores, terminando a assembléa por adoptar as seguintes
resoluções :
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e desembaraça completamente o
desprende-se do seu jugo
ensino da influencia ecclesiastica. A França, quartel-general
se achava ameaçada de um des.
da reaccão catholica, que
occupa-se, com grande interesse, em
membramento social, as
realisar a idéa do ensino secular. A Suissa interrompe
relações com a Sancta Sé, rejeita o dogma da infalh-
suas
e não admitte à testa de suas escholas as sotamas
bilidade
A maior da Gram-Bretanha ha muito que
perniciosas. parte
a auctoridade de Roma e a Inglaterra se
protestou contra do ro-
esforça actualmente por livrar a Irlanda do poder
suas escholas. Na Hespanha o governo com-
manismo em
revolta, ecclesiastico, e em
bate uma protegida pelo poder
convocam-se, no Porto, meetings contra os je-
Portugal
suitas, e os poderes públicos, por deliberações acertadas,
attendem às representações que lhes são dirigidas.
A attitude do chefe do catholicismo nas suas allocu-
cões e no apoio que continua a prestar aos bispos reac-
cionarios, tem feito lavrar o descontentamento geral no orbe
catholico.
O jesuitismo pois achando-se em terreno frágil, nas
agonias derradeiras de sua influencia européa, sentindo que
o menor incidente os poderá consumir, fez preparar quar-
teis na America, aonde vão recolhendo-se depois da tor-
menta.
No Brazil observa-se a lucta entre as pretenções do-
minadoras do clero e os direitos dos cidadãos pela guerra
aberta feita á Ordem maçonica. E' esse o caracter dos actos
bispos do Rio Grande do Sul, do Rio de
praticados pelo
Janeiro e ultimamente de Pernambuco.
Esses attentados tem provocado geral indignação contra
o,fanatismo clerical; e a dignidade da nossa associação exige
os maçons genuínos formulem, como primeiro recurso
que
de legitima defeza, um protesto solemne dirigido ás auctori-
dades constituídas do paiz, contra a intervenção do ultra-
montanismo em assumptos maçonicos, sollicitando a expedição
immediata e urgente de um acto legislativo que ponha os
maçons e suas famílias ao abrigo dos attaques, abusos e
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SEGCÂO OPFIGIAI.
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Actos do Gram-Mestre da Ordem
22 de Novembro de 1872- — Approva a filiação da loja
Renascença, ao oriente de Belém.
30 de Novembro. — Approva a filiação da loja Vésper,
ao oriente do Poder Central.
5 de Dezembro. — Sancciona a elevação de differentes
irmãos ao grau de soberano grande mspector geral, 33.
11 de Dezembro. — Approva a filiação das lojas Fm-
Umidade IV, ao oriente de Itabíra, Cotinguiba, ao oriente de
Aracaju e do capitulo Realidade, no valle do Recife.
19 de Dezembro. — Nomeia o irmão 33, Francisco Ramos
Paz, delegado geral extraordinário nas províncias do Sul.
28 de Dezembro. — Auctorisa o grande thesoureiro geral
da Ordem a soccorrer o maçon avulso N... com a quantia
de cincoenta mil réis.
28 de Dezembro. — Concede a exoneração sollicitada
pelo irmão official da grande secretaria, Elysio A. Mendes
e manda agradecer-lhe os serviços prestados.
30 de Dezembro. — Nomeia os irmãos 33, José Pinto de
Magalhães, Udo Schieusner, Eutychio Pereira da Rocha e
Joaquim Soares Gomes, delegados junto ás officinas de
Pernambuco, Bahia, Pará e Paraná.
31 de Dezembro. — Nomeia o irmão 33, Dr. Ayres de
Albuquerque Gama, delegado adjuncto junto ás officinas de
Pernambuco.
9 de Janeiro de 1873. — Autorisa o grande thesoureiro
geral da ordem a soccorrer com a quantia de cincoenta
mil réis ao irmão N..., membro da loja Vinte e um de Março,
ao oriente do Natal.
14 de Janeiro. — Sancciona a elevação de differentes
irmãos ao grau de soberano grande inspector
geral, 33.
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22 de Janeiro. — Nomeia o irmão Quintino Bocavuva
para redigir uma representação aos poderes do estado
contra o acto praticado pelo bispo de Pernambuco.
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¦ Representação.
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lei que os rege, são corrigidos e coagidos somente pelo poder civil
— o único competente para chamal-os ao cumprimento dos de-
veres contrahidos. ,
Tão extranha é hoje, portanto, a intervenção do poder eccle-
siastico na economia dessas corporações quanto reconhecida e ín-
contestada tem sido até hoje a intervenção do poder civil.
Em confirmação desta doutrina, nunca posta em duvida, e
deste costume, nunca extranhado pelo poder ecclesiastico, ahi
temos o facto constante da regularisação de todos os actos das
irmandades pelo juiz de capellas—que conhece dos vícios das
eleições; que as valida pela auctoridade própria; que conhece das
condições do pessoal admittido a èllas para saber si, nessa admis-
são foram respeitadas as cláusulas dos seus compromissos — que
são a sua lei econômica; e mais ainda si são observados nelles
os preceitos constitucionaes que preferem a todos, por serem —
direitos elementares contra os quaes a ninguém é licito attentar.
Temos disso um exemplo. O compromisso de uma irman-
dade do Piauhy consignava a exclusão dos libertos e dos pardos.
Esse compromisso foi, pelo poder civil, reputado offensivo do
art. 6.° § 1.° e art. 179 §§ 13, 14 e 16 da Constituição política
do Império (aviso de 2 de Junho de 1849).
Como, pois, pode um bispo arrogar-se o direito de mandar
expulsar de uma irmandade os indivíduos reputados maçons, con-
tra o expresso no art. 179 da Constituição do Império, contra
outras tantas disposições das nossas leis*e a pretexto ou sob o
fundamento de que eíles se acham excommungado^ ?
A lei em que se funda o bispo chama-se bulla ; a auctoridade
que elle representa chama-se summo pontífice : a ordem vem de
Roma; é um soberano estrangeiro quem passa, portanto, a impe-
rar na terra brazileira.
Fosse a maçonaria fo que não é) uma seita religiosa ; seguis-
sem todos os seus membros um culto differente do da religião do
Estado ; nem assim podiam elles, por isso, ser privados dos seus
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commendador aucto-
Foi concedida ao soberano grande Conse-
das sessões do Supremo
maçao para, no intervallo
espaço de um anno aos mem-
mo, conceder permissão por fora da
residirem
bros effectivos, que por motivos plausíveis licença
devendo communicar essa
sede do Poder Centrai,
ao Supremo Conselho.
discussão sobre o art. 37 da Consti-
Depois de breve
resolvido o Supremo Conselho ende-
tuicao vijente, foi que
consulta ao Grande Oriente, para elle provi
reçasse uma
deliciar na próxima assembléa constituinte.
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SECCÂO BE CORRESPONDÊNCIA.
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Da mesma Loja.
Ao muito respeitável irmão Dr. L. C. de Azevedo.
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Conselho do Brazil.
A causa da humanidade; a grande-causa do futuro; a
regeneração dos costumes; a liberdade, a emancipação do
homem e o direito não precisam de estandarte; encerram-se ...
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da maçonaria pernambucana. , '•¦¦•. x
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Da Loja Conciliação.
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e prestar obediência ao único e legitimo Corpo, que é o sa-
pientissimo Grande Oriente Unido do Brazil.
Constituindo a grande maioria da oficina, abrigamo-nos
nas abobadas do soberbo templo da loja União e Beneficência,
deixando a minoria dissidente no antigo valle da rua do
Cabujâ.
Os motivos que determinaram esta dolorosa separação,
que são a trama urdida aos incautos e as illegalidades
commettidas para triumphar a idéa do Lavradio, estão
expostos no manifesto que se acha no prelo, o qual vos
será enviado opportunamente, acompanhado do processo
eleitoral; pois está designado o dia Io de Dezembro próximo
para a eleição de algumas vagas deixadas pelos dissidentes.
Envio-vos copia da acta da sessão de 12 do mez cor-
rente, em que a nossa loja jurou solemnemente a Consti-
tuição Provisória e prestou firme adhesão ao Grande Oriente a
As Luzes da Officina.
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du dit tableau et du procès verbal rélatif à 1'election du
vénerable, d'un représentant et d'un depute, rélection de
ces deux charges devant retomber sur des ouvriers de
quelqu'une des loges du rite bleu, à 1'Orient do Rio de
Janeiro, et qui jouissent du dégré de Rose Croix. Enfin,
que ratifiée par cette manière tout ce qui a été exposé par
lesdeux puissanees maçonniques du Brésil et de Hambourg
dans les correspondances reciproques du 14 de Février, 20
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vince du Brésil.
Voici les effets de l'intervention des bons franc-maçons,
tous les liens de Ia fraternité pour donner
qui oublièrent
de force et d'audace à plusieurs evêques du Brésil,
plus
emissaires serviles de Ia curie romaine. On peut maintenant
connaltre que Ia prétention de détruire le Grand Orient
Uni du Brésil est de 1'influence de Ia politique, dont
partie
1'alliance avec 1'ultramontanisme a tout fait pour introduire
le désordre et Ia mésintelligence dans les ateliers de 1'empire,
appuyer les desseins du jésuitisme et contrarier les
pour
aspirations du progrés, de Ia liberte et de Ia civilisation.
Malgré toute Ia persécution, le Grand Orient Uni con-
tinue à rencontrer un sincère appui dans les vrais franc-
maçons, parce que vingt-trois ateliers qui appartenaient
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Lavradio, ont deja reconnu le Grand Orient Uni comme le
seul Corps maçonnique régulier pour 1'empire. \*.
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de 1'instruction, de Ia chaire et du confessional.
. La franc-maçonnerie, par son apostolat de tolérance,
de liberte et de civilisatiou, contrariait leurs désirs les plus
véhéments. Voici les raisons de Ia guerre ou verte par des
bulles d^excommunication lancées contre nous par les emis-
saires de Rome, qui cependant n'avaient pas encore eu le
courage de Tevêqne de Pernambuco. '
Dans un article sur le jésuitisme, publié à Ia section
dogmatique de ce Bulletin, pour lequel nous appelons tout
particulièrement 1'attention de nos frères étrangers, nous
faisons 1'exposition du procede arbitraire et capricieux de
1'ecclésiastique áttaché fortement à Ia cause temporelle du
pape.
Ce moine, frei vital, revêtu de Ia principale dignité ¦ -' .'¦..-.-'¦ ,,.:V
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tout cas 1'ordre de frei Vital est absurdo, illégal, incompé-
tent et inéxecutable.
Le prélat voulait irriter 1'esprit de Ia population
contre nos frères; mais il a manque son coup.
Le peuple a fait de Ia justice aux franc-maçons, à
céux dont il a toujours apprecié leur sollicitude à Ia cons-
truction des églises, à 1'inauguration des temples et à Ia
célébration des fêtes solennelles enl' honneur de Dieu. Ils
travaillent pour obtenir Ia plus ample liberte religieuse;
mais ils consacrent au vrai catholicisme de leurs pères
Ia plus ardente dévotion.
Personne ne peut refuser à nos frères le droit de dé-
fense legitime. Le delegue du grand^maitre auprès les
ateliers de Ia pro vince convoqua une assemblée générale
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du peupíe maçonnique, laquelle eut liou le 5 du móis
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C ao director
acima falíamos, e qui foi dirigida
Segue-se a carta ,de que
do Monae Moçonnique:
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q aspirações pro-
A fSo dissidente move-se infelizmente só por
fanaSNnsso Visconde do Rio-Branco, qUe está ligado
eram-mestre é o ele-
a nôs-f « matTelSluz deste paiz.e sem duvidao mais poderoso
vnpnto vara a salvação de nossa Ordem. o humilde Dr .
Luiz
tfio «ande secretario é o abaixo assignado,
vos transmittir todos os
CorrèfTãlvXm^^tox^à sempre por
*~^ff.SÍSLri£5KS ,»e em nossas Oleiras aohou:se
«^0, o irmão Alexandrino Freire cio Amaral,
um *Dfcnos ex-grande secretario
tanto mais esse
quanto
profundamente essa desgraça; cheia de esforços pelo bem de
jovèn ZçZ tinha tido uma existência
mSm manifesto no qual achareis
Em wucos dias vos remetteremos um súbita, mas necessária desu-
minuciosamente expostos os pormenores desta
nia°* deve ser diri-
Eu vos peço que noteis que toda a correspondência
eida ao abaixo assignado, vosso irmão respeitoso, e que se esforçará por
o progresso da nossa Ordem.
nrovar-vos quanto lhe interessam a felicidade eLuiz
. -O grande secretario geral da Ordem, Dom Corrêa de Azevedo.
(Monde Maçonnique pag. 395J
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Primeiramente agradeceremos muito a essa digna,e altouv.Potenda a. r.
Maçonica, e em particular ao muito estimavel e sábio irmão • &¦/¦"
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as relações com o Grande Oriente da
Loja alleman, rompendo
França. ¦
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da Grande l£ja Unida d»
espaçoí?t£po gram-mestre de 1^5 e lecebeu a
Inglaterra, nasceu em 5 de Fevereiro
Si maconica na loja do Príncipe dedepois m$M^$&^
Junho àe 1830, sendo pouco tempo 2o de Abril ^™ggf. ae íaw i.
a ftrande Loia o elegeu em
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A assembléa auctorisa o Grande Oriente lojas da Itália,
commissoes encarregadas de visitar todas as
de accordo com os veneraveis e as.luzes, sr foi possi;
e, pelo GraMe
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O irmão Vieira de Sà occupou o logar de grande
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da maçonaria portugueza. Os irmãos Dr. Santos, de %.
deveres que tem a maçonaria 'lucta a cumprir aberto, diante da reacçao '
religiosa, acCeitando a em campo embaraçan- .¦'¦¦•
— Em 15 de novembro foram
solemne da Grande Loja os irmãos John daStottj^Howorth,
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do Directo- "V -í ,: ¦ ¦
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sentante
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naamo^
^ Nev&da celebrou a sua reUniao
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^ ^^ Virgínia.
annua em 19 de Setembro, na cidade da
Ha 15 lojas subordinadas em Nevada, com 1,028
activos. Foi reeleito gram-mestre o irmão George
membros
Robinson.^
^^ LQ.a de ilUnoig reuüiu.se dem se10u de o a-
tubro, na cidade Chicago, sob a presidência gram-
mestre. Havia 450 lojas representadas das 777 que esta
Grande Loja possúe sob sua jurisdicçao, devendo attri-
buir-se tal facto á destruição de edifícios de muitas lojas
no grande incêndio do anno passado e às perdas conside-
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Noticiário interno i -í
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ADHESÕES. ¦¦* ¦ ¦.
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no império.
A «ommtoío central foi »£• » P"**^ SAít. E
gusta loja dirigiramjdosonze.
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a fusão.
e declarado irrita e nullamaçons _. ¦ „ ossa augusta loja con-
Concluem esses onze de ^^.J1^^^^
fidelidade eaanes Oriente
rer
tinúe firme no seu Juramento
do Lavradio. e ™cqgjy»dj^^ '
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LddrStiíSf iSSSi.
malhete desse Grande Oriente, expressões que fazem crer que elle nao tomou 4'"- :.¦ ':
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parte nem foi presente a este acto. si actualmente
D.
existe no Kio rlA
de To
Ja-
Crê, portanto a commissão, que ¦
Unido do Brazil, única auctoridade centrai que a nossa augusta loja reco-
nhece actualmente. Os factos mencionados na prancha circular não justi-
ficam a rebellião, nem primam pela exactidão. #
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-68
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e que pretende a restauração do antigo
gram-mestre, desastrado, sem razão legitima e ^^r^^S
intenso aos nofsos
I um acontecimento tendo a sua explicação em motivos
prSpios de desinteresse e tolerância, ^::..Z-4
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«a orieatas expiram «a ¦«-•*»*•firmei ou^^ "g^ifyu JSÍtSX
e convinha que ellas se^ íeclarassaml para que
orador Dr..oao CeS0^3
Assim é que o illustrado para ser discu-
immediatamente se ^^^^^J^oSmS^t^ sua P/oposta apoiau» ™h"*°
tida a momentosa questão. Esta votado o adiamento para o dia io
corrente,
de obreiros não passou e foi
Custa a dizer-se o que se passou então.
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-70-
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-71-
A commissão por vós nomeada para emittir seu voto sobre a attitude
que nos cumpre tomar em faço dos extraordinários successos que na
côrtc do império occasionaram a desunião dos dous Grandes Orientes do
Lavradio e dos Bénedictinos, cuja fusão acabávamos de saudar com inai-
sivel júbilo, vem hoje dar-vos conta da importantíssima tarefaalguns que com-
mettestes a suas débeis forças, esperando que lhe presteis mo-
mentos de benevola attenção. xü£à&& distante
No intuito de corresponder á vossa confiança, a commissão, esforços para
como se acha do theatro dos acontecimentos, não poupou
chegar a seu perfeito conhecimento, e, depois de acurada leitura, minucioso nvaes,
estudo e imparcial exame dos Boletins |os dous Grandes.Orientei> eva-
manifesto dirigido ao sapientissimo irmão Visconde do Rio Branco
rias outras publicações referentes á questão, convenceu-sedevem que os veria-••
deiros principios de dignidade e amor á coherencia, que presidir a
todas as acções humanas, nos impõem o rigoroso sob clever de continuar o
exercicio da nossa honrosa missão na sociedade, os auspícios ao
Grande Oriente Unido do Brazil, que enthusiasticamente abraçámos .ainda
ía pouco, e acolher, portanto, com fraternal urbanidade, 9 Delegadoo que de-
digíou-se enviar. Releva, porém, notar, que só temporariamente
com todos os de que se acha investido, pois o m-
veliios acreditar poderes em1 geralxige
teresse vital da nossa augusta officina e da maçonaria e solicitemos do
oue terminada a presente crise, usemos de nossos direitos ampla esphera de attn-
Grande Oriente afgumas restricções na demasiada
do delegado e directa intervenção das lojas provinciaes na escolha ¦¦ •
buições
d°S
DaTnalyse conscienciosa dos factos a que procedeu e^ commissão|se
evidencia que, recusando-se a acceitar o ^^J^S^J^Z Orientes do Lavradio
toda a regularidade pelos membros dos dous Grandes e'SS^S^&dSS^A-'
e dos Bénedictinos, reunidos num só templo, mcontestavel nas sociedades co
opinião da maioria, poder competente e ¦Z' m ' ¦
-e
fergÜSífiSESfSS& ss. • ¦¦ >...
, ;.fíf '¦¦¦';¦'¦ ¦ ¦¦>'"'¦
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-72- m
Ceres (Cantagallo).
Confraternidade Beneficente fidem).
Firme União (Campos).
União Democrata (Ouro-Preto),
Perseverança (idem).
Commercio4 e Industria (Pelotas).
Honra e Humanidade (idem).
Progresso da Humanidade (Porto-Alegre).
Amizade ao Cruzeiro do Sul (Joinville).
Seis de Março de 1817 (Recife),
Segredo e Amor da Ordem (idem).
Regeneração (idem).
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- 73 -
»
- 74-
— 75 -
Oriente,
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prenderam -
uma senhora. , m. _ &
a
Os trabalhos, que começaram as nove, terminaram
uma hora da madrugada. „™i™,«, membros a»
da
Foram assim tributadas pelos distinctos testemunno
loia Harmonia estas honras posthumas, comoe *
''ZÍ^'Z:>z-'ZZ.-Z-'iZ:?'(; -Z/s.
. ¦•";;'.'',;-;-'''.":";: *¦¦',"•¦'.""'';-•'. ¦ ;'-v^ ; ''• ^-"'^¦'¦"''¦ $'¦
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-76-
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Loja Philantrophia e Ordem.—Na tarde de 24 de De-
zembro uma commissão desta loja presidida pelo seu ver
neravel, o irmão Francisco Antunes da Silva Guimarães,
entregou na residência do sapientissimo gram-mestre o seu
retrato, que a referida officina mandara tirar para offertal-o
a Exma. Sra. D. Agatha Joaquina de Saldanha, veneravel
mai do nosso gram-mestre.
Foi recebida a offerta com os signaes da mais grata
e viva emoção.
A uma profusa mesa tomaram logar numerosos amigos
do illustre chefe do Grande Oriente Unido. Ao orador da
commissão o irmão Manoel Marcellino Guerra seguiram-se
o sapientissimo irmão Saldanha Marinho, que agradeceu
em nome de sua mai o delicado mimo, e muitos outros que
proferiram brilhantes e animados discursos.
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-77-
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79
Falleceu o nosso irmão Manoel Pedro de Noronha no dia 30 do passado.
Dias antes desse infausto passamento, deram-se occurrencias que nao
será descabido relatar aqui. #
Conhecendo o enfermo estar em perigo de vida, pedra ser confessado ;
e comparecendo o sacerdote, este ouviu-o de confissão, sem comtudo querer
ahsolvè-lo, por ser elle maçon. O sacerdote empregou todc* os meios para
que Noronha abjurasse da maçonaria, condição sinede qua nao lhe adminis-
traria o Viatico. O enfermo, apezar de toda sorte suggestoes e imposi-
cões, tanto mais odiosas e deshumanas quanto eram feitas naqueiia nora
extrema, manifestou louvável firmeza em não abiurar de uma Ordem para
ontrar na qual tinha prestado o juramento çathohco.
Na manhã do dia seguinte, tendo voltado o padre, reiterou-lhe as sug-
afanai o enfermo .co,nsentmaaem,
gestões, para não dizer ameaças, até quedistava,
ceder; e acompanhando o padre, que diante de testemunhas, a
abjuração, ao cleclarar este que o enfermo abjurava de todo o coração da
maçonaria, interrompeu-se aquelle, e com toda a vehemencia declarou.
abjurava, não de coração, porque não queria ™n£r«*>f™>™f
que condição para ^admi-
forçado, •ooràue o confessor lhe impunha aquella
nistrar o Viatico. O enfermo taxou por diversas vezes de importuno,
teimoso e descortez ao sacerdote. Süit^L ^ do Am
^^ítm^^a deu
moribundo,
A final, este, não se importando com a explicativa
a abjuração por feita e terminada.
PoU1SrV
\ Veja bispo6 si essa immoralidade, essa tyrannia deve repetir-se
em seu nome, e no da igreja de Jesus-Chnsto.
Amor da Ordem. - Celebrou no dia
Lola Segredo e
13 do corrente uma esplendida sessão emManoel que se filiaram
os irmãos Florianno Corrêa de Brito e José Bato-
rues, verificando-se também a regularisação do bacharel
"-'¦-
V-:'.': \::--.-:
1
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mmQue ser
mais -importante questão oodea liberdade
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a maçonaria do que seja ^almente
ae con- ¦¦*¦'' •"'*¦''¦¦ ? -
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-80-
..-.¦¦-.. ¦ .¦¦.».....
e procurando afu-
vendando os tenebrosos planos jesuiticoâ
tao abominável seita, desta terra.
*gentar redacç&o da Verdaà5 as bene
Agradecendo á illustrada ainda
volas expressões com que nos honra, lhe pedimos
transcrever do artigo .sobre o nosso Botem,
permissaS para de 28 de Dezembro, os seguintes períodos .
mserto no n. 30,
os ns. 11 e 13, correspondentes aos mezes de Outubro e
Recebenios
Novembro, á maçonaria brazileira, pelo
senso aími-
muito ^ revXeTaíono da sua moralidade, illustraçâo e
^^BÒletim - secção dogma-
aprecia no seu primeiro artigo edictorial
tica-o oriente dissidente, o exhumado oriente do Lavradio. nao MjggügJ
Fazendo a analyse do programma deste, mostra a amais fraude e a vmlencia
meio de tópicos cilados, as contradicções, os erros, wmpimesnto.
com que procedeu o grupo dissidente no ultimo injustificável seu> secretario-,0
Conhecedor da marcha do poder centra, por ser o mnguemnSS
respeitável redactor do Boletim, acha-se melhor do que com a
a desbaratar, quando não o fizesse por outros méritos, e datas, ?S?É? como fez,
de peças officiaes, com a lógica irresistível dos Jactos
toda chicana e mystificação do illegal poder dissidente. lidanesta
Si o Boletim não fosse uma publicação tao geralmente nao so o artigo re-
provincia, nós reproduziríamos em toda sua íntegra -que
titulo - O manifesto polyglotta
íerídoVcomo tampemo que tem por da analyse, quer de P*™.
lhe não é somenos em mérito e%igor, quer últimos
Em todo o caso, aqui transcrevemos os períodos do primeiro
constituem o verdadeiro programma da maçonaria brazileira,
artigo, que
sinãc/do mundo.
O Pelicano.— Recebemos os números 40 a 61 deste im-
portante orgao da maçonaria no Pará, que nao sabemos
milagre ainda nao foi fulminado pela grei do La-
por que
vradio, pois é um jornal, como a Verdade, que sustenta aa
causa nobre e elevada da união maconica e continua
confundir os ultramontanos detractores da nossa Ordem, pul-
verisando a sua argumentação atrabiliária, e a defender os
direitos ultrajados da humanidade, livrando-a da ignoran-
cia, do fanatismo e da superstição por sua propaganda activa
e desinteressada.
Ainda uma vez felicitamos os nossos irmãos da capi-
tal do Para.
Ainda a perseguição jesuitica.— Foram na capital do
Pará suspensos ex-informata conscientiâ os reverendos padres
Felix Vicente de Leão e Benedicto Thomé da Cunha e Mello.
Chamados ao palácio episcopal, exigiu-lhes o prelado
que definissem sua posição em relação ao anathema por
elle fulminado contra os'principios liberaes na sua porta-
ria de 2 de Dezembro, visto nao terem assignado, como
membros do clero catholico, a adhesao que lhes foi imposta.
Nao agradando ao bispo a resposta destes distinctos
sacerdotes, fez cair sobre jsuas cabeças a portaria de sus-
pensão ! '
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— 82 —
Usaram da palavra os irmãos Ovidio de Andrade, Cândido da Gama*
e Cesario Gama. . it ,, na .-...¦ - ., .
X) primeiro, cujo talento se tem distmguido mstrucçao da mocidaae,
como tente de diversas matérias no Lyceu Mineiro, expendeu idéas de
grande alcance, concluindo por demonstrar que duas suas crenças eram reaes
no seu coração:—Deus e Maçonaria, que secundava vistas na terra.
O segundo irmão, que por sua eloqüência mereceu de novo os suffragios
dos obreiros da loja Perseverança para o lugar de orador, demonstrou a
utilidade da nossa associação, que familiarisando-se com os principios ema-
nados das leis naturaes, esforçava-se incessantemente pelo aperfeiçoamento
do gênero humano. .
Finalmente o irmão Cesario Gama, cuja voz eloqüente e persuasiva
tantas vozes echoou na assembléa provincial e no tribunal do jury, como
advogado distincto, descrevendo e comparando certos factos da historia
antiga e moderna, provou que a maçonaria era uma instituição recom-
mendavel e útil, como iniciadora das principaes aspirações da humani-
dade, tendendo sempre a promover as medidas reclamadas pelo bem pu-
blico; e por tal motivo todo o homem de coração bem formado devia
fazer parte de uma associação pacifica e humanitária que, longe de atta-
car a religião e o estado, professava ao contrario os sentimentos de pa-
triotismo e abnegação por toda a causa justa e sancta, como seja a da
liberdade, igualdade e fraternidade;
Encerrados os trabalhos, os membros das duas lojas, os visitantes e
as senhoras passaram a uma das salas immediatas, onde tomaram assento
a uma grande e profusa mesa.
Fizeram-se diversos brindes, entre os quaes distinguiu-se o proposto
pelo irmão Ovidio de Andrade ao benemérito gram-mestre Saldanha Ma-
rinho, que foi calorosa e enthusiasticamente applaudido.
Uma banda de musica postada na referida sala, executou durante todos
estes actos, escolhidas e variadas peças de harmonia.
Terminou a solemnidade ás duas horas da manhan, observando-se a
mais perfeita harmonia e cordialidade e divisando-se em todos os sem-
blantes as mais vivas demonstrações de prazer e alegria.
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sempre os propugnâdores da justiça e da ordem.
Desejamos ao nosso illustre irmão Antero Lopes â maior felicidade
em todas as suas generosas aspirações.
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desordens motivadas
* nftm ,e produzem dissençOese
*o referido Bole*;
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segu"S
DO ORIENTE DISSIDENTE
BOLETIM
deste Boletim as as-
Ratando no precedente numero I*
do m^W. |»W*!K
JÍÍmS
serções falsas e con
contradictorias discussão, e deixar
mettemos aos lebres Preferiamos por
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é tra-
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- 89 -
passarinhos
se salva ás vezes quem faz bancarota.
O auctor destas linhas poderia passar em silencio simi-
lhante facto que nao lhe diz respeito; mas como membro
foi da commissão, nao foge da responsabilidade da
que
auctorisaçao que concedeu; e considerando-se solidário com
o thesoureiro, despreza solemnemente a pecha que o decreto
atirou, bem como ao grande secretario do moderno cir-
lhes
e devolve intactos á sua origem os insultos que lhe di-
culo
rige, quem nao podendo defender-se, procura tal subterfúgio.
— Convença-se o caracter que nada o verga que patentea-
mos a sua incoherencia neste Boletim com o direito que
defeza, examinámos apenas o seu
tínhamos de legitima que
maçon e nada temos que ver com
procedimento como que
é
o seu nome profano. A jogada por mão ousada
personalisação
imprópria desta aceitamo-la de viseira erguida
publicação:
receio, mas em linguagem decente, em campo mais
e sem
vasto e adequado [watts und bequemes Feld). _: ".
.¦-..*,>
— 90 -
F elle quem faz ' ou escreve uma constituição para elle próprio go-
vernar. W::i -tí 8
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- 91 -
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¦ :¦¦ :'-•¦ ¦ :¦.-..-¦¦>:¦,'.¦,"
¦y ¦ ¦ .
- 92 - ,
após-
orgulhar-se do seu triumpho e vangloriar-se de sua
tasia.
— Nao podemos terminar sem felicitarmos o auctor do
artigo Os homens dos Bénedictinos, por ser o primeiro que
honrou o Grande Oriente unido, procurando refutar as
demonstram a legitimidade desse Corpo.
publicações que
A analyse do manifesto polyglotta, sobre o qual formulou
o seu juizo, entre outras, uma loja que trabalha na lin-
alleman e composta de allemaes, como viram os lei-
gua
tores na secçao de correspondência, excitou as iras do
secretario do Lavradio e contribuiu para que er-
grande
Virtude, bas-
guesse a viseira a Pedra Bruta do Amparo da
tantemente elogiado por todos, profanos e maçons, que estavam no
caso de comprehender os seus escriptos, sendo prova cabal o facto
de ser sobre elle que se lançaram os ultramontanos brasileiros e
europeus, e signal de que o consideravam como o adversário
mais perigoso.
Congratulamo-nos por ter indirectamente prestado um
serviço ás letras pátrias e maçonicas.
Deixando de parte esse cavaco forçado a que nos levou
a Pedra Bruta, procuraremos no próximo numero ver si é
possivel attingir às eminências de seu talento, compre-
hendendo e interpretando as suas apreciações, somente no
que diz respeito aos principios maçonicos e sem acceitar-
mos aqui a polemica pessoal, elemento em que sempre
primou a Pedra Bruta. O limitado espaço de que dispo-
mos nao nos permitte entrar em matéria, mas como
exordio e em signal dé deferenciá ao articulista, nós di-
rigimos a elle para confessarmos um acto nosso, que ape-
zar de* antigo, ainda hoje nos contrista e penalisa.
Dr. Joaquim Pedro.
Dedicamo-vos e vos dedicaremos sempre no mundo profano,
onde vos reconhecemos como um de seus mais bellos ornamentos
a mais sincera ami%ade; maçonicamente, porém, dir-vos-hemos
que foi com immenso pezar e impellidos pelo dever e por
obediência à lei que em nossa vida de operário da Arte Real nos
yimos forçados in Mo tempore a eliminar do quadro da
¦ ¦
'"'-*
. . * . ¦ ' T.-''-\;.'X. ¦'"'.*>•'- - í"
**- 93 -
assiste,
_
na lhe
que escudado justiça que
asser-
destruir todas as falsas
generosos defensores para
coes dos nossos antagonistas.
A. F. A.
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¦¦'¦•'¦: ''¦'.' i
f K:... \r **?.'"¦ ¦".¦'i: .'¦'¦ l ."¦:-.!*---!'"-V-'--.' ¦" -' ¦'.-':¦¦ ¦ :.v-.y-^V«v. •. -.:.*¦:¦.:-¦. ¦:-;¦:¦¦ •" i*. ¦¦,¦ ¦ . *
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- 94 -
E AVISOS.
fSXPEOIEWTE «." ,*•
que deverão
Recommendase às officinas^ do circuloBoletm,
dar execução ts íesoltícoes contidas no indepen-
dente de outra communicaçao da grande secreta-,
qualquer
ria geral da Ordem.
aos irmãos
A redaccáo do Boletim muito grata ficará maçon,
secretários das lojas, assim como a qualquer suas respec-
que
lhe remetterem notas acerca dos trabalhos das
tivas oficinas* lhe communicarem qualquer documento ma-
conico que mereça ser publicado, ou enviarem jornaes que
defendam ou combatam a Ordem.
¦
.
¦¦:'.'¦':''•¦'.'" '''ZV-'".
iiW;-1' ,¦:¦'¦
Para fazermos a remessa do Boletim Oficial,„ rogamos ás
l
.ojasy ás quaes enviámos listas de assignantes, o obséquio
'¦
.-...¦¦. . ¦ Z ZZ;..
".¦¦'
¦, t
y
da Ordem*.
¦/¦'] " ~^';yy ¦ Ví'"
¦'''¦'. ¦'' !¦ '¦'"¦ :" .''**".¦' *'..¦ '''.
V.'. .^ *f-
'"¦¦.<. '\C-'< ' ' ., '•¦' .;"¦'=-¦' •
-':''''¦¦ ¦* '"¦',¦¦'¦:' • -¦¦¦''-' ;:/'' ¦; yj1* y- '¦*.. \; v ;-*'.'¦
mn ¦ ¦,..-.
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— Rio de Janeiro — I
— Brazil —
ULTIMA HORA.
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I
96
Entreoutros fSStffíÇM^lWK
representara ao pie ^^ ftC_
tava também que
?urso de
da °^* *™^aí? *
nebre no templo o aahimento ate cemitério,
ao.cerni , sendo
pulacao acompanhou volta, se iez u* .
Mrswass
ES a affluencia que
SsSurds:
amda na que
¦V>,
Vv ,
¦ .¦¦¦'¦¦¦
5
1
97
*aqXa
do Pina e em.cujo numero, havm ^»ensenthu.
Izlet», onde o
JS^Sã^^JSXVZA
SeP^nXT„rhpSePrmao^is X grau
maçonica umversal.
âe p?estigfoP" femilia
Acabamos &ÍE
nambuco que ^"XS^SfcTJâX
tem ^.fl*™resolveu que uma comuns-
tiva. O G™°deOfef^ bw<m¦ ^
SaldanhaMarinho, Drs. Du-
sao composta
sssrff-^ssa^s.
dos irmãos
«^como a do Grande ge encar.
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98
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