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1
 BASES C O f l S T I T Ü I W A S
PARA A ÍIEOR»1\N1S\Ç\0

no

gr.\ OR.', do brush.

Tmcdidas dc uma exposição dirigida a todos os corpos M a ç . \
da corrcspoB 'encia c da obedicncia do mesmo

RIO DE JANEIRO
T Y P O G R A P H I C DE J. A. ALVES C H A R E G A
TRAVESSA 1)0 OUVIDOR N. 23.

1 864.
 A tíL.. DO GR.'. ARCH.'. DO Mil
A TODOSO!) t O B F O S l i n M €«BKESP«MUESiH A

E AOS DA OBEDIENCIA DO CR . OR \ DO BRAZIL.

s.\ s.\ s.'.

A discórdia quo separando em dous campos o povo raacon.'. da

Capital do Império, provinha, disse-se de falsificações feitas pe'a
C o m m . - . de rodacçãono a u t o g r a p h o d o C o d . - . p r o m u l g a d o e j u r a -
do a 7 de agosto pp., contra cs quaes, na sessão do janeiro sob a
presidência do Sapient.-, e x G r a m - M e s t r e A d j . ' . Barão de Cayrú.
apparecera uma prancha accusatoriafirmada por dous III1.'. I I . ' . ,
mas cujasassignaturaso dito Sapient.'. c x G r a m - M e s t . - . A d j . ' . não
quiz dignar-se fazer conhecer, parecia negocio extinclo de todo
pela resolução do G r . - . ( J r . - . de 3 de agosto u l t i m o , tomada a u n a -
n i m i d a d e de votos, em sessão presidida pelo Sapient.', ex G r a m -
Mest. •. da O r d . \ Marquez d'Abrantes,que mandou vigorar o Cod.'.
impresso,onomeavaaCommissão do a r t . - . 448,composta dos 1111.'.
I I . ' . Barão de Cayrú, Joaquim Marcelino do B r i t o , o B. Pinto de
Carvalho, marcando-se também logo d i a para a i . » sessão o r d i n a -
r i a d o G r . - . O r . ' . , sessão determinada pelo art.-. 21'do Cod.'., a
q u a l não tinha podido ainda ter lugar e m vista das perturbações
havidas, o que por ordem do mesmo G r . - . O r . ' , ao I r . ' . S ' o s s o l l o
chefe da Gr.-. Secret.', devião ter constado a todas as O t ) I T . \ do
C i r c . ' . para intolligencia, direcção e governo das mesmas.
T u d o parecia calmo e restabelecido na sessão marcada para elei-
ções,a que compareceram quasi todos os membros do Gr •. Or. \ e
presidiu o I r . - . Doe.'. Manoel Joaquim de Menezos, servindo de
orador inter.-, o I r . ' . Jose Maria Pereira, que desde logo tomando
assento junto ao Thron. •. declarou em alta voz, que tendo j u r a d o o
Cod.', maç.-. estava disposto com toda a auctoridadedc Guardae
Cens.-, da L e i , a S u s t c n t a l - a nas suas menores disposições, c o n f a
os membros que tentassem i n f r i n g i l - a .
Correu o processo da eleição á aprasimento geral, dissolvendo
o Dec ' Pres.'. algumas duvidas suscitadas; e quando verificou-se
ter sido eleito Gram-Mestre A d j . ' . o Sapient.'. I r . ' . G r . ' . 33, mem-
b r o do Supr ' Cone.-. D r . João Fernandes Tavares, levantou-se o
I r ' José Maria Pereira,e pedio para c o b r i r o T . ' . dizendo-se en-
commodado pelo calor,após elle r e t i r à r a m - s e a l g u n s l l . \ e n a n u m e r o
tálvez de trinta, fazendo grande vozeria, e dirigindo injurias
O I r • Dec • Menezes que presidia aos t r a b . ' . fez restabelecer
o b c e c o enrorogou a sessão alo terminar todo o acto, fazendo pro-
clamar eapplautíir aos l l r . - . Conselheiro D r . João Fernandes l a -
 _ 6 —

vares, Gráo-Meslre A d j . ' . , D r . Antonio Gonçalves de Lima T o r r e i ,

Gr. •. Secret. \ Gcr. •. da Ord. •.,Antônio Teixeira de Oliveira, G r . \
Thesour. •. Ger. •. e Gr. •. Hospit. Honorio Pinto Pereira de Maga-
lhães (reeleito).
Cumpre observar que sendoraterpelladoolr.-. Dec. - . Slencz09,
se as eleições das GG. \ OOff. •. podiam ser contestadas respondeu,
que tendo sido pela OIT.-, suprema da O r d . - . , aceitas, e proclama-
das pelos membros do Gr. \ Gr. •., ficava tudo concluído, como era
de praxe.
Na sessão seguinte, expressamente convocada para determinar-
se o dia da Posse da nova administração, e presidindo-a o I r . - .
Dec.-, d e n t r e os presentes José Maria Pereira, foi lida como ex-
pediente, discutida cregeitada por quasi unanimidade, como i m -
procedente uma prancha de protesto em que talvez por engano,
o proprio Ir.-, protestante José Maria Pereira, confessava ter sido
vencido em um pleito legal. A essa sessão não compareceu o I r . - .
Menezes.
Na sessão de Posse a 3 d'outubro ultimo, o I r . -. Ruy G. Possólo,
Chefe da Gr.-. Secret.-, leu como expedient > uma prancha do l r . - .
Cayrú e outra do l r . \ Conselheiro Marcelino de Brito, em que
davam demissão de membros da commissão eleita em orde.n ás
disposições do citads art -.443.
' Na segunda sessão ordinaria fart.-. 21 citado) elegeram-se os
II11.-. I I . - . Joaquim José Ignacio e João Severino da Silva em subs-
tituição dos dous membros que se tinham dimittid» da commis-
são ditado art.-. 443. A h i l e v e lugar a declaração d» Ir.-. Ruy,Chefe
da G. Secret. -. de que havia recebido os balancetes, conías e li-
vros da Gr.-. Thesour.-. Ger.-. daOrd.-.,remettidos ao Gr.-. Or.-,
pelo I r . - . Antonio Dias de Souza Castro, e para esse exame foi
eleita a commissão especial de 3 membros que ficou composta dos
I I . -. João Severino da Silva, Bernardo Pinto de Carvalho e .losé
Alves Machado Junior. (Remorejava então que os Ur.-. José Maria
Pereira e Manoel Joaquim de Menezes ião convocar uma assembléa
do povo maçon.-. para eleger uma nova administração para o Gr.-.
Or.-, e que iam recusar obediência ás DD.-, legalmente constituí-
das.)
Foi lida depois uma prancha de representação da Gr.-. Off.•.
dosRR. AAz. . em que estes dous I I . - . i n consequentes, esque-
cendo os seus juramentos sagrados perante todo o Gr.-. O r . - . , um
como Presidentee otro como Orad, \ não se lendo opposto as elei-
ções feitaspela doutrina do C o d . - . . (eleições do Gr.-. Or.-, edas
GGr.-. OOff.-.,) apresentavam-se agora atlacando em termos in-
suportáveis o mesmo Cod.-, dizendo-o falsificado, e protestando
contra a eleição, e a Posse do Gr.-. O r . - . , incitando as OOff.% à
insubordinação e desobèdlencia, invectivando em eslylo inconce-
bível todo o estabelecido e constituído de conformidade com as
ultimas resoluções. Então depuis de larga discussão, veudo quo
lodos os recursos consiliatorios e quaesquer medidas prudenciaes
teiiao improticuas, diante das phrases inconvenientes empregadas
por esses dous l l r . \ n'essa nrancha estranha de toda a razão, o
mesmo Gr. '• Q i v . pensando com madureza na subversão que e r -
reflectidainente confessavam tramar estes dous Maçons. •. tão alto
graduados na nossa Sublime Ord.'.,pois que por suas palavras se.
via claramente que não obedeciam mais se não á revogada Lei orgâ-
nica e Regulamentos de 1852,contra o que j á em 18(i<> iiubam elles
proprios reclamado como é notorio no Circ. •., resolveu o mesmo
G r . - . O r . - , diante do imminente desiquilibrio de qua se achava
ameaçada a nossa S u b l i m e . \ O r d . \ , u s a r das atlribuições dos §§1.*,
' ! ° e 3 . " d o art. 2 1 do Cod.'., e expulsar, como expulsou os dous
l í r . •. Manoel Joaquim de Menezes e José Maria Pereira, como per-
turbadores, e provocadores do inaudito attenlado da destruição o
desorganisação da Ord. \ -.entendendo outrosim o mesmo G r . ' . Or. •.,
dever assumir as attribuiçoes lithurg.-. do Sup.-. Cons.-, que não
podia reunir-se legalmente, por falta de membros,e nem tão pouco
queria preencher as vagas que haviam, o que prejudicava excessi-
vamente a boa e regular administração Maç. •. do Circ. 1 ..
Dias depois a commissSo especial eleita para verificação das
contas do Gr.-. Thesour.-. Ger.-. Antonio Dias de Souza Castro,di-
rigindo-se a Gr. - . Secret.-, da O r d . - . achou umaviso do I r . - . Pos-
sólo, do que não podia comparecer á reunião por ter uma filha
doente, mas que no outro dia talvez se podesse apresentar. Oito dias
se passaram sem que o I r . •. Possólo se dignasse apparecer no local
determinado, dando desculpas por parte do I r . - . Possólo, o I r . - ,
cob. - , ext.'. José Vieira, de que aquelle não podia comparecer á
reunião por sobrevir a uma neta um encommodo, no outro dia por
causa de u m attaque em uma outra pessoa da família, depois por um
negocio urgente, e a final porque negocio importante o chamava a
Nltherohy e obrigava-o a fazer uma viagem ao interior da proving
cia onde se demoraria alguns dias,para ver se comprava uma fazen-
dol-a, pois que não esperada no seu emprego maçon. • um futuro
para sua família.
Entretanto esse Ir.-, sendo aesse mesmo tempo encontrado na
rua da Quitanda, e pedindo-se-lhe que fosse ao menos áGr.-. Se-
cret •., declarou que lã não tinha que fazer, e que obrava cm vir-
tude de ordem superior. Na 3.'sessão para cumprimento do citado
art. •. 2 1 , reuniu-se o Gr.-. O r . ' . , e sendoahi os Membros da com-
missão de contas declararam o que dito fica sobre o comportamento
do I r . - . Possólo e tendo informado alguns Membros presentes que
uróí (racçjo do Sup.'. Cons.', reunida a uma outra da Gr.-. Ott.-,
dos RR. \ t í L •. iam fazer uma assembléa do povo moçon. •. e a u e o
I r . - . Possólo lhes franquearia a Gr.-. Secret.-. Geral, que se achava
trancadáéara a administração do Gr.'. O r . - . , foi resolvido que se
ciillocassc, c»®o c d l o c o u - w o p o r i a da U r . ' .

t o c a r i a nrofanamente a sociedade G l o ™ ( 1 ? ,„„i»(

r á n José de A r a u j o Motta dizia ter lá guaroauos

tSKSsesgawftA- * a.
acham atfectos todos os n e g o c i o * d a O i . l . - . n . ' « M « « K ,
convite, e d e c l a r o u que assim procedia poi o u l c m s u p u i o . , j
auctoridade não quiz designar. , ,(1 d o m ) e SCnlior
N o dia seguinte esto i n l e l i z I r . J< c uom
f l ' a q u i l l o que para guardar e conservar p a g a v a - M j • • U<
ordenado vantajoso do dois contos o quatro W u l « » n U i w s a i
r o m b o u com a a uda do c o b , . e x t , . l o s e \ ; £
( e s V e n â n c i o Guimarãesc ^ « « J ^ Í X S
Barcellos.a porta onde se achava o cadeado o l o c ado p o, nem ao
Gr • O i ' , . . T a l f e z o empregado a quem o art. .11 «lo C w l . - « n c e
dia á vitalicidade no cargo! 1 E m u m a dessas noites o Suju •
i l l e g a l e abuzivamente convocado pelo I r . lose M a n a l e m r a n d
qualidade de G r , . Secret. •. i n t e r i n o do fel,Imper; ,scm, qu esU-
vessemdoentes ou houvessem m o r r i d o os U i . . b r . . Societ. . a o
St • I m n e r i o G o u v è a , e o A d j , . R u y G. Possolo,reui n u - s o a u m a
fraccão ?la Gr '. O f f , dos R R , . A A , . e (izeram c o r r e r impresso p o r
da a Capital u m decreto de expulsão, onde,sendo contemplado os
m e m b r o s da administração do G r , . O r . • „ e mais ou ™ ' e s p .
craaceitaejuradaaLeiorganicaoosRegulamcntosGc . .dclSoZ
F i n a l m e n t e no dia 23 de n o v e m b r o , convocaram estas mesmas
Gr • OOff. •• por prancha especial do I r . •. Ruy (o sem sciencia <los
Membros das O O f f , . que ora se r e t i r a m ) a m a i o r parte dos das
outras desde os mais elevados gráos ate o d e A p r e d , . , facto n o v o c
ú n i c o talvez na O r d , . , contra o expresso na p r o p r i a l e i que na
vespera tinham jurado,constituiram-se em Assemblea de eleição do
Gr • O r , , propondo e acclamando os l l r , . que m u i t o bem 1 lie
aprouve nomear para os mais eminentes cargos da O r d . •. r e p e l h n -
do com assuada alguns M M , , do G r , . O , , que sem c o n v i t e ,
a l i se apresentavam no i n t u i t o de presenciarem tamanho escandalo;
emfim reconhecendo t u m u l t u a r i a m e n t e u m o u t r o b . \ U r , , « o
I m p é r i o que dizem ser o v e r d a d e i r o , o reconhecido porque se acha
de accordo e harmonia perfeita com a administração actual da socie-
dade Gloria do Lavradio que tem sido sempre a m e s m a ^ r i m i u v a
 - 9 —

d i r e c i o n a coin mudança do c a r g o s e d a q u a l fazem parte A n t o n i »

!>ias de Souza Casini como|presidcnle, c Josó dc A r a u j o Molla com.)
lliesouroiro.
Nestes termos, c d i a u t e dc proceder t8o i n q u a l i f i c á v e l , a a d m i -
n i s l r a ç ü o d o l i r . ' . O r . - , do Brasil, Único ceulro d ' A u t h . - . iaaçon.%
reconhecido no I m p é r i o , a cuja Posse e scssiies assistiu o I r . ' , l í u v
Germack Possólo, chefe da Gr.-. Secret.-. G e i v . da O r d . - . , Maçoíi
Decano, c([ue não poderá ser reputado ignorante das matérias e
negócios da A r i . - . I I . - . , vendo-se l u d i b r i a d a no exercício legal-
mente indisputável dasattribuirSss que l h e conferia o Cod. •. Maç. •.
única Lei adoptada e mandada o b s e r v a r e m todo o C i r c . • . pela
A u l l i . - . legalmente constiluida a 3 do agosto u l t i m o c desejando a
rlila administração evitar c o n d i d o s c actos violentos para os quaes
era quotidianamente provocada, resolveu, fazendo u n i d e r r a d e i r o
esforço de abnegação e prudência recolher-se as OOfT. \ s y m b o l . •.
cujos m e m b r o s activos são, como único m e i o salvador d i a n t e do
p r o c e d i m e n t o anli-maçonic.-. dosRRcsp.-. I I r s , \ 3 3 . ' . m e m b r . - .
ilo M . \ !'.•. S . \ Cone.'. Manoel Joaquim de Menezes, e José Maria
Pereira, sustentados pelo chefe da G r . - . Secret.-. R u y Germack
Possólo, pelo presidente da sociedade Gloria do Lavradio A n t o n i o
Dias de Souza Castro, ex tbesour.-. Ger.-. d a O r d . - . , e pelo the-
s o u i v . da mesma Gloria do Lavradio José do A r a u j o Motta também
Maç. -. do gr. - . 33.-.. E tendo chegado circuinstanciadainente tudo
o que fica exposto ao conhecimento das OOtT. -. da Côrte, os Ven. •.
das A A u g . - . o K R . ' . O O f f . • - C a p i t . - . supra deparadas, e que dis-
põem de u m pessoal de mais de m i l membros, negociantes, a d v o -
gados,medicos, proprietários,artistas e empregados p ú b l i c o s , assaz
conhecidos, assumindo a grave responsabilidade que vai pesar
sobre tantos e tão distinctos O O p e r . - . d a A r t . - . R . \ i n s c r i p t o s n o
L . ' . do ( T i d e matric.-. dessas respectivas O O f f . - . , seguros, e
eonscios p o r é m da mais sancta das causas, c o n v i d a r a m o Bene-
m e r i t o m a ç . - . 3 0 . - . D r . J o a q u i m Saldanha Marinho a dar-lhe seu
j u s t o e v a l i o s o conselho nesta,amaisnefanda das emergencias por
que tem passado a nossa Subi.-. O r d . - . neste I m p é r i o . E m ordem a
isto apresentam ao Circ. - . as medidas pelo mesmo nosso 111.-. I r . - ,
aconselhadas ás quaes reslingir-se-hão, como devem, certos da
prudência,illustração e altas virtudes m a ç o n . - . que tanto o fazem
c-onsiderado e d i s t i n c t o n a nossa Sociedade, e m todo o Paiz.

Rio de Janeiro, 16 ile dezembro de 1863,

« CONSELHO BOS V V
Antonio Teixeira de Oliveira, 33.-. Presidente.—Anto-
nio de Almeida Santos, C.-. R . \ João Severino da
Silva, 3 0 . - . — H o n o r i o Pinto Pereira de Magalhães, 31.-.
Eduardo Augusto Machado, 30.-.—Jose Corrêa de Bar-
ros, 3o. ' . — J o s é Aires Machado Junior, 31. \ Secretario.
 Â' GL. DO GR/. &RCH.'. do ÜN.'.

Recebendo to A A u g . v e R R e s p . ' . OOll'. •. Chnridade, Cummer-

tin, Silencio, Dezoito de Julho, I'liihi'itropia c Ordem, Impar-
cialidade, c Estreitado llio,a honrosa, mas summaineute delicada
missão de estudar e resolv r a infeliz questão que se agita no
grande templo da rua do Lavradio,o soba aurtoridade e protecção do
( i r . - . O r . ' , do liras.-.; não podendo t o r n a r - m e estranho ás ultimas
occurroueias, visto como, se bem que simples medianeiro, tenho
empregado (pranto pôde suggerir a prudência dignidade c amor
pela O r d . ' . , c i i i bom de restabelecera paz e verdadeira fraternidade-
Mae. •., alteradas pelo egoísmo, despeito, má vontade e maldito de-
sejo dominador de alguns que calculadaniente foin procedido de-
modo a excluir do grêmio Mae. - , a quantos, por zelo de seus d i -
reitos o prerogatives, não têm podido apadrinhar excessos, e incon-
veniências ; cumpriiido-me portanto concorrer com o meu fraco
contigente para que não mais se repitam as scenas escandalosas e
degradantes, desgraçadamente praticadas, e de que muitos dignos
M a c . ' . t e m s i d o v i c t i m a s , t o m o sobre m i m , apezar da minha insuf-
iiciimcia, (supprida apenas pelos melhores desejos) a missão hon-
rosa que me foi conferida pelas ditas lUlesp.-. O O f t V . ; e depois da
maduro exame aconselhado pelos dictanies de prudência, guiado,
pelo descio de prosperidade da M a c . - . , e acatando a l e i j u r a d a ,
resolvo do modo seguinte, aucturisado pelas considerações, q u e
lambem em seguida vou expender.
Atlendendo a que a grande lei que r e g u l a a M . - . Bras.-. s o p o r a c -
cordo de todos os Mac.-, e pelos meios competentes, e na mesma
auctorisados, pódeser mudada,alterada, revogada, oa-substituida:
Attendendo a que qualquer g r u p o de M a ç . \ que por sua única
deliberação e interesse,aeclamar u m a > o v a lei,mesma anterior mas
iá revogada, e com isto estabelecer uma nova ordem de consas,
constituir nova aucloridade, sem sciencia, e annuencia geral de toda
a família Maç. •. se torna ipso facto i r r e g u l a r , scismatico, revolucio-
nário canarchisador da Ord.-. M a c . - . : . . .
Attendendo a que todos os exforços, ato a mais evangelica resi-
gnação, foram baldados para restabelecer a paz e harmonia que
entre os filhos da V.-. L . - . deve reinar :
Attendendo a que espíritos egoístas, e alguns que se locupletam,
das riquezas mac.-., fazendo delias a fonte de suas subsistências,
cm nreiuizo da O r d . o com escandalosa e revoltante hypocrisia,
tem posto em accão a mais cyniea i n t r i g a , para que de seu jogo-
repprovado possam t i r a r a perpetuidade do uti possidehs,que lhes
 — 12 —

serve de titulo a manterem-se no desfruto p e r m a n e n t das vanta-

gens, quo alias devem reverter somente cm beneficio da vime/, o
ornhandade desvalidas, e cm engrandecimento da Mac.-..cm gerai
e das OOtT.'. em particular:
Attendendo a qnc lodos os meios toprudência devem ser em-
pregados para que se pouiia ierii.o á ínvia íralni i;,a que ac.ua.-
nientc devora os Mac.'. que no templo da rua (lo Lavradio se

' ° Altendeiiilo a que nessa lacta foram envolvidos na melhor boa ft?,
mas arrastados pela bem disposta intriga e dilTamaçâo adrede em-
pregada, muitos caracteres respeitáveis a quem cumpro sempre
acatar, deixando que as lições do tempo os convençam do erro
a que foram levados, c da injustiça com que procederam :
Attendendo a que no maior silencio se devem passar essas m i -
sérias mac.'. : , ,
Attendendo finalmente a que a O r d . ' . Mac.', so pode salvar-se
na actual emcrgencia, empregada a maior prudência o cireums-
pecção, bem como a mais perfeita o calma resignaçao :
Itesolvo'pela autoridade que me foi conferida o seguinte:
1 0 As 0011'.'. Chariilmlc, Commercin, Silencio, Dnoiln ik
Julho, Philunlropiae Ordem, Imparcialidade e Estrella do llio,
se retirarão da casa da rua do Lavradio, em que actualmente tra-
balham, levando eomsigo seus nietaes e os objectos ás mesmas
pertencentes.
2.° Uma casa com as accommotlações necess;irias para os tra-
balhos do (Jr.'. c i l a s 0011.'. sciá alugada desde já e alii se
farão as obras necessarias, c com a maior presteza possível para
os trabalhos Mae.-.
:!." Os VVen.-*. dessas OOfl'.'. formarão um Conselho director
para deliberar não só sobre aacquisição da casa, como sobre os
necessários eindispensáveis preparos.
4." Para oe,correr ás despezas indispensáveis para tal obtenção,
concorrerão as ÜOíf.'. supra mencionadas com as quantias neces-
sarias, que serão consideradas empréstimo, que para o futuro sera
pago peies cofres do Gr.'. O r . ' .
li.» O Conselho dos VVen.'. nomeará um tliesoureiro ao qual
serão entregues as imporlaneias que das OCIIV.'. se tirarem, de-
vendo o mesmo tliesoureiro só fazer as ilespezas que lhe furem
ordenadas por esse Conselho, prestando contas logo que o O r . ' ,
que tem de ser eleito estiver organisado c fiineeionar.
ti." Logo que um, ou mais templos estejam preparados poderão
as supra mencionadas OOlf.'. ahi fiincrionar.
Será mantida a lei Mac. - , arltial, proeedendo-se porém ás
indispensáveis reformas nos termos pcrniitlidos na mesma lei.
5." Tralar-se-lia quanto antes da organisação do ( i r . - . O r . - . ;
c visto que não é petsivcl ía/el-o pela deferi.íio em que se acha
 - 13 —
o G r . - . Or.-, ([iic existia, com as formalidades da lei extrida-
incnte observadas, se procederá do seguinte modo:
§ I o O Conselho dos W e n . - , convocará todas as l l . \ das
respectivas OOI1'. o com cilas formará um Gr.-. Cons • provi-
sorio, n qual reunido ás GGr.•. DDignid.-. e antigos membros do
•!'.-. -. que existirem entre os que se retiraram, formará o
corpo eleitoral provisorio.
§ 2." Este corpo eleitoral se reunirá o mais breve possível,
e elegerá as dignidades e empregados do Gr.'. O r . ' , pro-
visório.
§ Este Gr.-. Or.-, provisorio, funccionando na forma da
lei cm vigor, procederá iininedialamente á eleição do Gr.-. Or.-,
delinilivo, o qual, uma vez eleito tomará imincdiatamcntc posse,
leito o que se haverão como dissolvidos o grande e pequeno Con-
selhos, e o Or.-, provisorio, prestando logo contas o thesouroiro
de que trata o art. 5°.
II.° O r g a n i s a d o o G i v . Or.-, definitivo,se dirigirá ellea todos as
O O i r . a o Or.-, do Brasil, as convidará ao seu grémio, procla-
mando srismaticas e separadas do mesmo Gr.-. Or.-, legitimo a
todas quantas, dentro do uin termo dado, não lhe prestem
obedienciá.
•10 Desde já o Conselho de W e n . - , fazendo uma exposição de
motivos comedida decente e grave dirigirá a todas as OOIT. \ do Ini-
pcrio,eaosOOr. . estrangeiros com quem lemos relações,a partici-
pação da soberana deliberação que ora se toma, communicando-lhes
que na formada lei, se vai proceder á organisaçãodoGr. . O r . - , do
Bras.-., visto como, o que se achava funccionando foi disperso tu-
nuilluariamcntc por MMaç.-.que ile sua propria c «nica anctoridad»
revogaram a lei jurada, c se constituíram cm separação.
I I . " O mesmo Conselho de V V e n . \ , c com a mesma exposição
de motivos, se dirigirá por prancha ás OOIT.'. superiores que
ora trabalham na rua do I.a\radio, protestando por fazer elTec-
livos cm todo o tempo os seus direitos Maç.-., declarando que so
conservam na mesma lei c regra jurada, e que consideram de«-
ligados do legitimo Gr.'. Or.', do Bras.', a quantos em um
praso dado não adherirem á manuten.ão da mesma lei, c ao
contrario prestarem obediência ás auctoriilades anarchicamente,
acelamadas na casa da rua do Lavradio. Jsto porem .nos lermos
os mais cortezes c fratemaes.
1-2. Ficam absolutamente prohibidas a publicações pela im-
prensa sobre negocios Maç.'., salvo as respostas que forem abso-
lutamente indispensáveis.
listas porém não p o í c r í o ser publicadas senão sob a censura
do Cons. . de V Y c n . \
I:!. De lodos os trabalhos, quer dos Cons.', quer do Oi'.'.,
provisório, se lavrarão as competentes actas n n liwosesperiaes,
os quaes logo que f í r doSniUvamcnlc organisado o G r . ' . O r . - ,
serão recolhidos aos sons archives.
11. Na p r i m e i r a sessão do Cons.*, dos W o n . - , se lavrara unia
acta circumslanciada c histórica da presente c exlraordiiiaria
occurrencia, para <{tie liquoin es factos ronsignailos na historia
da Mae.-, liras.'.
Tal é a resolução que, nos melhores desejos, e cm bem da
prosperidade da Mae. . liras.-., entendo dever-se In.uar, e que
aconselho.

|{:(> i!c J m c ' m , 9 (ie Dezembro dr 18«3.

f U m virtude dos poderes que nos foram wtiiforiiUis pelas nossas
respectivas O O l í . - . , aceitamos as bases conslituitivas acima exa-
radas para a nossa retirada do Valle d» Lavradio e por cilas
Jrws compromeUemos a r e o r g a n i s e o (ir.-. O r . - , do lirasil

Bi» de Janeiro, 1(1 de Dezembro de ISlíTi.

. i . de Almeida Saitlos, ('.- I ! . ' . 2<í.

Veil.-, da,Olf. 1 , -(juiunvm;.

Aiiloniii Teixeira de Oliveira, gr.-. 33,

Von. da OIT. — Cudheuciu.

iuilo Seeerino da Silva, gr.-. 30,

Von.-, da OIT.-. — Silencio.

Honorio l'into Pereira de Maqailiães, g r . - . 31,

Y e n . - , da O l f . - . — D e z o i t o de Julho.

Eduardo Atipislo Machado, g r . - . 30,

Veil.-', da O I T . ' . — 1 ' n i L . i N T n o m eOudesi.

José ,'líi'ps .Machado Junior, g r . - . 31,

Yen. - , da OÍT.'.—Imparcialidade.

José Corrêa de Barros, g r . - . 30,

Von.-, da O f f . ' . —Estrella do Rio.

VIM,

Typ.-. do I N . ' , J. A. Alves Ghaiieua.