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XXXXXXX, por seu procurador judicial ao final assinado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência,
interpor
AGRAVO INTERNO
em face da decisão do Sr. Desembargador Relator xxx, que ao teor do exposto, nos termos do art. 557 caput, do
CPC (art. 932, III, novo CPC), negou seguimento, de plano ao recurso, requerendo-se a apresentação do feito em mesa para
pronunciamento da Câmara, caso Vossa Excelência não entenda em reconsiderar a decisão ora Agravada.
I - DA DECISÃO PROFERIDA
Inicialmente, faz-se necessário destacar, por partes, os termos da decisão recorrida que merecem maiores
considerações, senão vejamos:
“(...) Com efeito, a concessão da tutela antecipada nas revisionais (ou “liminar incidental”, como alguns preferem) está
intimamente ligada com a caracterização da mora. Se ela for afastada, naturalmente não há razão para se inscrever
o nome da parte autora nos órgãos de proteção ao crédito, nem razão para negar-lhe a manutenção na posse do bem
(...)”.
“(...) De qualquer sorte, no caso dos autos, ao que se extrai da decisão agravada (fl. 81-TJ), o próprio juízo a quo já
consignou que para elidir a mora, se quiser, deverá o autor depositar as quantias que avençou com o réu ,
inclusive as eventualmente vencidas, do que se concluiu que já houve autorização para o autor realizar esses
depósitos em juízo (...)”.
Visto isso, a parte do julgado que merece reforma é simples. Uma vez que Vossa Excelência reconheceu que “se a
mora for afastada, não há motivos para inscrição no Serasa e para negar a manutenção de posse” e, considerando que JÁ
HOUVE AUTORIZAÇÃO PARA O DEPÓSITO INTEGRAL, O QUAL POSSUI O CONDÃO DE
DESCARACTERIZAR A MORA, inclusive tendo o magistrado mencionado que “que para elidir a mora, se quiser,
deverá o autor depositar as quantias que avençou com o réu” o que podemos concluir?
Que o autor depositando o valor integral da parcela, pedido este já autorizado, afastará a mora e, consequentemente,
deverão ser deferida as liminares de exclusão do Serasa e manutenção de posse.
Ocorre que, inobstante esse raciocínio, AS LIMINARES FORAM INDEFERIDAS E TAL DECISÃO FOI
MANTIDA POR ESTE TRIBUNAL.
Visto isso, o agravante apenas requer o deferimento das liminares de exclusão do Serasa e manutenção de posse
CONDICIONADAS ao depósito do valor integral das parcelas que avençou com o agravado.
Observa-se a decisão oriunda do TJPR, em que foi relator o desembargador Carlos Mansur Arida no julgamento dos
autos de agravo de instrumento nº 694.390-4:
“(...) De igual forma, enquanto estiverem sendo realizados os depósitos, o bem poderá ficar na posse do
agravante, desde que este assuma a condição de depositário judicial daquele. Corroborando esse entendimento,
vale citar: “Em primeiro lugar, é possível a concessão de medida liminar ou antecipação de tutela em ação revisional
para que o autor (devedor) seja mantido na posse do bem dado em garantia do contrato em revisão judicial. Neste
sentido: REsp 166.649/SÁLVIO, REsp 140.144/DIREITO, AgRg no REsp 888.354/HUMBERTO, AgRg no REsp
815.069/SCARTEZZINI, AgRg no REsp 807.994/NANCY e AgRg no REsp 817.530/SCARTEZZINI. (...)”.
Caso não haja decisão nesse sentido, mesmo depositando o valor integral da parcela contratada, o autor ainda
poderá ter seu veículo apreendido e seu nome inscrito no Serasa. De nada adianta o reconhecimento da descaracterização da
mora, sem que se produza o efeito decorrente de tal fato, ou seja, o deferimento das liminares.
III - DO PEDIDO
Termos em que
Pede deferimento.
LOCAL, DATA
ADVOGADO