Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
0041849-55.2015.8.07.0001.
Some-se a isso o fato de que a referida sentença entendeu que ocorreu a denominada eficácia
preclusiva da coisa julgada em relação aos atos processuais que levaram à arrematação do
imóvel nos autos nº 14844/1996, pela qual todas as questões deduzidas que poderiam sê-lo e
não o foram encontram-se sob o manto da coisa julgada, não podendo constituir novo
fundamento para discussão da mesma causa, ainda que em ação diversa.
No mais, a urgência da questão reside no fato da autora estar impossibilitada de fruir livremente
do bem adjudicado, o que gera consequências econômicas imediatas, seja pela impossibilidade
de residir no imóvel, seja na impossibilidade de aferir renda com este.
Ante o exposto, defiro a liminar vindicada para determinar que a parte ré desocupe o imóvel em
questão no prazo de 60 dias, sob pena de expedição de mandado de reintegração de posse que
poderá ser cumprido contra qualquer dos requeridos ou contra qualquer pessoa que lá esteja a
mando dos requeridos”.
Cumpre ressaltar ainda que, conforme razões recursais do próprio agravante, “a FOCO
CONSTRUTORA E INCORPORADORA DE IMOVEIS então ajuíza uma ação DE
ADJUDICAÇÃO COMPULSORIA, que transitou em julgado logo em 1ª instância (inexistindo
recurso). E depois do registro daquela sentença de adjudicação compulsória, a FOCO
CONSTRUTORA E INCORPORADORA DE IMOVEIS ajuizou o processo nº
0041849-55.2015.8.07.0001 pleiteando a imissão na posse do bem”.
Diante desse cenário, entendo que o presente o recurso não é o meio processual adequado
para se questionar decisão judicial já transitada em julgado, diante de eventual ocorrência
“estelionato judicial”, conforme argumentado pelo Agravante. Assim, a coisa julgada afasta a
probabilidade do direito alegado.
Diante desse cenário, não vislumbro a presença cumulativa dos requisitos necessários para o
deferimento da medida de urgência postulada, o que impossibilita a intervenção judicial
sumária.
...
Pelo exposto, INDEFIRO o pedido de liminar.
4 - Processo: 0731187-81.2021.8.07.0000:
Narra que há muitos anos adquiriu uma fração de 2.500m2 na Quadra 8, Conjunto 5,
Lote 4, do Setor de Mansões Park Way – SMPW, aquisição onerosa firmada com ROBERTO DA
CUNHA SOUZA.
...
Vale ressaltar que, o pedido rescindendo, como dito, de cunho vinculado, sequer se
refere a alegada colusão entre as partes, inclusive porque não fora nem mesmo especificados
atos materiais neste jaez.
A presente ação objetiva anular a compra dos imóveis e efetiva transferência feita à Foco
Construtora.
Vistos etc.
Alertou-se para o fato de que o requerente não detém legitimidade para postular a
respeito de causa em que não foi parte.
Concluindo este Juízo que o caso seria de ação rescisória, o requerente foi intimado
a manifestar-se a respeito e o fez, no Id retro, reiterando os pleitos e argumentos iniciais.
O autor dispõe de outras medidas judiciais cabíveis para a reparação do direito que
alega ter sido violado.
Enfim, o autor não detém legitimidade para a causa, assim como a via por ele eleita
mostra-se inadequada, razão pela qual o feito deverá ser extinto prematuramente, nos termos
do que também já consignado na decisão anterior, à qual me reporto "per relationem".
Posto isso, indefiro a petição inicial e julgo extinto o processo com apoio no
art. 485, I, cc. art. 330, II e III, todos do CPC.