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Aula Teórica

Apresentação

Aula Prática 23/02/18

Avaliação Final

Aula Teórica 27/02/18

Tramitação da Ação Declarativa Comum

Vida de uma ação em tribunal. Trâmites.


Quando falamos em tramites da ação declarativa comum estamos a assumir que não
vamos falar de processos especiais, mas sim de processos comuns (executivo ou
declarativo).
O processo declarativo segue forma única, mas não é seguro que em todos as formas
comuns os tramites sejam sempre os mesmos, já que a lei prevê duas situações: 6º nº1
+ 547º confere ao juiz a possibilidade e um dever de processo a processo tendo em
conta as circunstâncias do próprio processo, depois de ouvidas as partes (respeitando
o contraditório) determinar o ajustamento ou a modificação da tramitação ou de
certos atos da tramitação de maneira a adequar as necessidades ao próprio caso.
Por outro lado, o legislador tem a noção de que em todas as atividades existe o risco
de os profissionais se acordarem a uma determinada rotina e ptt havendo uma
determinada rotina isto significa que os juízes podem não se preocuparem a terem a
tal visão critica das regras e seguirem sempre uma tramitação. Essa rotina tem uma
vantagem que é o risco de nos enganarmos na prática formal dos atos ser cada vez
menor. O legislador procura compensar isso através de algumas soluções avulsamente
previstas na lei.
Em algumas situações usando critérios que mtas vezes tem a ver com o valor da causa.

511º nº4 limite máximo de testemunhas pode ser ultrapassado dependendo de uma
ponderação casuística do juiz.
Mas existe o inverso
511º nº1 2ªparte – legislador procura compensar a rigidez

468º + 388º CC – perícia pode ser singular (único perito designado pelo tribunal) ou
colegial (3 peritos indicados por reu, autor e tribunal).
468º nº5 – sendo embora comum a ação e podendo em principio haver uma perícia
colegial, nas ações de valor não superior a 15.000,00€, a perícia é singular e não
colegial.

604º nº3 e) + nº5 –nas alegações orais normalmente cada advogado tem 1 hora e as
réplicas serão de 30 minutos. Porém o juiz pode permitir que estas alegações durem
mais tempo.
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Mas nas ações de valor não superior á alçada do tribunal de 1ª instancia, estes
períodos de tempo para as alegações e para as replicas são reduzidos para metade.

552º - 702º– Regras da ação declarativa comum desde a 1ª instância até ao Supremo

703º - processo de execução

878º - processos especiais + processos de jurisdição voluntária

Estrutura de uma ação declarativa comum

A ação declarativa tem 3 grandes momentos:


Estes momentos correspondem á pratica de atos diferentes entre si.

1º fase inicial – articulado147º- Período inicial de natureza escrita em que as


partes dizem ao que vêm, isto significa apresentar uma peça escrita em o autor diz
porque é que vem e o que que quer. Neste momento deve-se assegurar ao reu o
exercício do dto de defesa. Petição + contestação. Está em jogo a atuação das partes.
Qd se diz que temos uma fase inicial diz-se fase escrita, onde as partes apresentam os
seus argumentos por escrito e aí há 2 peças, 2 articulados147º: porque o conteúdo se
apresenta por proposições (parágrafos autónomos entre si e numerados) articuladas.

1º articulados normais
- Petição Inicial552º - peça processual + relevante na medida em que é a
petição que por existir e ter sido apresentada num tribunal dá origem ao processo e é
esta que conforma o âmbito do processo. É por via da petição que ficamos a saber
quem são as partes do processo, qual o limite do juiz na sentença e quais os
fundamentos da ação (causa de pedir).
Estrutura da petição:
- Endereço552º a) – definição do tribunal onde a ação é proposta

- Introito ou cabeçalho552º a) + c)– identificar as partes, quem é o


autor, quem é o réu. Estas indicações supõem o nome, dados identificativos e
respeitos endereço ou local de trabalho+ Também aqui deve estar a forma do
processo.

- Narração552º d) + 5º nº1 – conteúdo da petição. Autor vai dizer o que


o levou a propor esta ação em tribunal. Coordenadas geográficas e cronológicas.
Exposição dos factos que constituem a causa de pedir. Descrição de uma ocorrência da
vida que deve ser tão precisa qto possível e tão logicamente organizada qto possível,
de forma a assegurar adequadamente o contraditório e é fundamental para o juiz para
este tirar uma consequência numa sentença. Zona central da petição e do próprio
processo pois é aqui que surge a causa de pedir. É aqui que mtas vezes entra a aptidão
da petição inicial, a falta ou ininteligibilidade da causa de pedir gera a nulidade de todo
o processo 186º. Os factos apresentados terão de ser os que em concreto terão
ocorrido. O conteúdo da petição não é um conteúdo predefinido, apenas tem de ter
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um mínimo de alegação fática porque tem de ter causa de pedir e ser inteligível. Se
assim não for 590º nº4 o juiz convida o autor ao aperfeiçoamento. É suposto o autor
expor as razoes de dto, em que alega uma realidade e depois deve dizer qual a
valoração jurídica que faz dessa realidade, qual a conotação jurídica que essa realidade
tem. Pois a mesma factualidade em si pode ter um ou outro significado jurídico, pode
ter diversas conotações.

- Conclusão ou pedido552º e)–autor diz exatamente o que pretende. É


exigível que se perceba o que o autor pretende. A falta de pedido é motivo de
ineptidão, mas o peido tb tem de ser inteligível. Mas mais do que isso o pedido tem de
ser compatível com a causa de pedir, senão ineptidão. Por outro lado, se formular
diversos pedidos os pedidos têm de ser compatíveis entre si 555º

- Declarar o valor da causa552º f) - elaborada a petição ela deve indicar


o valor da causa 296º e ss. A indicação do valor da causa releva para:
- Efeitos de recursos;
- Efeitos tributários;
- A questão da eventual
necessidade de constituição de advogado,
para definir a forma de processo na ação
executiva comum.

A petição deve estar assinada.

Quando a petição da entrada em juízo, nesse momento por principio inicia-se a


instancia 259º na secretaria.

Recusa da petição pela secretaria558º - recusa por escrito e notifica por via eletrónica
o autor. Estamos a falar de atos praticados materialmente pela secretaria e por isso a
secretaria não tem qq tipo de juízo, quer seja sobre tribunal competente ou outra.
Circunstancias que motivam a recusa da petição:
a) não tenha endereço ou esteja endereçada a outro tribunal;
b) há elementos que tem de constar necessariamente e outros que constam se
possível. Não é exigível ao autor que indique qual a morada profissional do reu ou o
NIF do reu, mas se for elementos do próprio autor tem de indicar
c) não endereço do mandatário
d) não indicação da forma do processo
e) omissão da indicação do valor
f) não comprovativo de pagamento da taxa de justiça ou concessão de apoio
judiciário
g) não esteja assinada
h) não esteja escrita em língua portuguesa + 133º
i) o papel utilizado não obedeça aos requisitos regulamentares (papel formato
A4 e cores pálidas para assegurar o contraste entre o papel e a tinta).

Reação perante a recursa559º


Se a secretaria notificar da recusa o autor pode:
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- ou a secretaria não tem razão e autor reclama para o juiz e o juiz diz que autor tem
razão ou se juiz confirmar a recusa o autor pode recorrer para a Relação559º nº2.

Beneficio concedido ao autor560º


Se relação tb confirma a posição do juiz, o autor tem a possibilidade de apresentar
uma outra petição ou juntar o documento que estava em falta e se o fizer nos 10 dias
seguintes a data da entrada é a primeira.

Recebida a petição pela secretaria, segue-se o ato da distribuição216º (aula prática)

O ato seguinte é a citação do réu 562º + 563º + 227º (aula prática) – ato de informação
do prazo que tem do prazo para contestar e do que lhe acontece caso não conteste. O
ato de constar é uma emanação do dto de defesa, do principio do contraditório. O dto
de defesa corresponde á observância de um ónus, ie, não é indiferente para um reu
contestar ou deixar de o fazer.

- Contestação569º e ss
nº1 reu tem prazo de 30 dias para contestar.
Se o reu contestar:

Conteúdo da Contestação:a contestação pode ser:

1º função da contestação é traduzir a defesa do reu da ação que foi contra si


instaurada 571º
a) por impugnação (frontal)571º nº2:reu não aceita o alegado pelo
autor. A versão do autor e a versão do reu demonstram a não aceitação do reu aos
factos alegados pelo autor.

- Em matéria de facto: reu contradiz os factos que o autor


relatou na petição. Discute os factos. Pode traduzir-se na:
- Negação direta – traduz-se na situação em que o reu
rejeita o quadro apresentado pelo autor. E pode faze-lo em termos
absolutos quando reporta-se a tudo, rejeitando em absoluto a tese do
autor. Reu nega rotundamente e de forma genérica os factos
apresentados pelo autor. Reu não apresenta uma contraversão dos
factos. Impugnação não motivada – reu não apresenta qq contraversão
dos factos, não apresenta motivos para dizer que discorda do autor
porque discorda de forma absoluta
- Negação indireta – reu aceita que alguma coisa
sucedeu, mas não foi bem assim. Apresentação de uma contraversão da
mesma realidade. Reu demonstra discordância, mas apresenta uma
contraversão dos factos. Reu apresenta uma perspetiva diferente da
mesma realidade factual. Impugnação motivada – reu apresenta os
motivos que o levam a discordar
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O que o reu pretende é ser absolvido do pedido a titulo de não assistir ao autor o dto
que o autor invoca.

- (simples desconhecimento)

- Em matéria de direito: reu afirma que esses factos não podem


produzir o efeito jurídico pretendido pelo autor. Factos podem ter
ocorrido, mas não como o autor diz que ocorreram.

Reu quer ser absolvido do pedido porque não há correspondência no ordenamento


jurídico daquilo que o autor diz.

b) por exceção(lateral)571º nº2:factos novos. Reu não coloca em causa


o alegado pelo autor
- Exceção dilatória 576º nº1 + nº2: qd reu alega factos que
obstam á apreciação do mérito da ação. Argumentos de natureza
processual ou de violação de pressupostos processuais. Reu não discute
o mérito da causa. Não liberta o reu do fundo da questão. Quando mto
o reu pode ser absolvido daquela instancia 6º nº2 + 278º nº2 e nº3 – por
principio é sanável, mas há violações de pressupostos processuais que
são insanáveis, ou remessa do processo para o tribunal competente.

- Exceção perentória 576º nº1 + nº3: qd reu, servindo de causa


impeditiva, modificativa ou extintiva do dto invocado pelo autor,
determinam a improcedência total ou parcial do pedido. Há uma defesa
que contendem com o mérito da causa. O reu pretende ser absolvido do
pedido 576º nº3 + 571º nº2 parte final.
- Impeditiva – modo como se forma a vontade (vícios da
vontade)
Ex: coação, dolo
Ex: escritura publica qd necessário
- Modificativa
Ex: data
Ex: exceção de não cumprimento de um contrato
- Extintiva
Ex: prescrição
Ex: já paguei – pagamento
Ex: consignação em depósito

Há uma zona comum entre a defesa por impugnação e a exceção perentória:


- Na impugnação reu pretende ser absolvido do pedido por não assistir razão ao
autor, razão de facto ou de dto. O que o autor diz e o reu diz não é compatível. Mesmo
facto, mas incompatíveis. Se o autor não conseguir provar o que diz a ação é
improcedente.
- Quando o reu se defende por exceção perentória o reu invoca factos novos
em relação ao que la estavam, os alegados pelo autor e esses factos acrescem aos que
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o autor alegou na petição inicial. Esses factos novos são compatíveis, mas têm a
caraterística de ter uma eficácia impeditiva, modificativa ou extintiva do efeito a que
tenderiam os factos alegados pelo autor. São factos compatíveis com os factos
alegados pelo autor, factos compatíveis são factos que podem ser dados como
provados ao lado dos factos alegados pelo autor. O autor ganharia a ação se não
fossem as exceções perentórias. As exceções perentórias geram um efeito que se
impõe aos efeitos dos factos alegados pelo autor. É possível dar como provado o que o
autor diz e dar como provado o que o reu diz e dai a tal eficácia impeditiva,
modificativa ou extintiva. Em seguida o autor poderia vir falar pois é uma matéria que
o autor ainda não falou porque foi o reu que os apresentou – principio do
contraditório

Ex: A propõe ação contra B. autor diz na petição que o pagamento a 10/04/2018.
Reu contesta dizendo que a data do pagamento é 10/04/2019.
Questão é saber a que titulo o reu entende que é 10/04/2019.
Reu pode entender que essa data sempre foi a data combinada, ou que essa data foi
combinada depois de a 1ª data ter sido combinada e só depois a 2ª data.
Em qualquer caso o reu só quer pagar na 2ª data, mas o efeito é diferente.
Ou o autor prova que era a 1ª data e aí contestação por impugnação ou então o reu diz
que é a 2ª data porque foi assim combinado apesar de ter havido uma 1ª data tb
combinada e aí declara uma exceção perentória. Reu confirma o que autor diz, mas
contesta por exceção perentória modificativa.

342º CC ónus da prova

Se não fosse a exceção perentória o reu era condenado


Quando juiz fica em duvida com a 2ª data, juiz decide em conformidade com o autor.

2º Mas em alguma circunstâncias o reu pode aproveitar o ensejo da


contestação para formular pedidos ao autor e ai temos a Reconvenção573º

2º articulado eventual: após a contestação ás vezes podemos ter:


- Réplica 584º: não é seguro que apareça em todos os processos. Se o reu na
contestação para alem de se defender formular um pedido contra o autor
(reconvenção ou pedido reconvencional) aí o autor vai poder falar e dai surge a réplica
para o autor se defender da reconvenção.
Também se pode falar em réplica nas ações de simples apreciação negativa.
Só nestes dois casos é que se prevê que haja réplica ou por via da reconvenção ou por
simples apreciação negativa.

3º articulado superveniente588º + 589º


A dinâmica da realidade da vida é mto mais rica e intensa do que as vezes
parece. Assim, as vezes acontecem coisas já depois da petição ou da contestação e é
permitido ao autor e ao reu trazerem essa matéria nova em novo articulado, para
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permitir uma atualização do processo relativamente á realidade a que ele respeita. São
para as partes trazerem ao processo os factos constitutivos (autor), modificativos ou
extintivos (réu) do dto até ao encerramento da discussão 604º nº3 e) (momento em
que terminam as alegações orais). Estes articulados podem entrar em qq momento do
processo (sempre depois da petição ou da contestação) até ao encerramento da
discussão.

4º articulado de aperfeiçoamento
Têm uma função mais limitada e circunscrita porque o que está a em causa é a
circunstância já que este é feito no despacho pré-saneador 590º nº4
Um dos conteúdos possíveis do despacho pré saneador é de convidar as partes virem
aperfeiçoar o que fizeram constar antes. Convite ao aperfeiçoamento fático do
articulado.
Ás vezes a satisfação do convite ao aperfeiçoamento implica uma nova peça processual
inteira (com limites)
- As partes devem indicar logo na petição e logo na contestação os respetivos
requerimentos probatórios
552º nº2 para a petição inicial
572º d) para a contestação
Estes requerimentos probatórios podem, entretanto, sofrer alterações, quer na replica
pelo autor, quer através de uma peça avulsa nos 10 dias seguintes da notificação da
contestação. Reu tb pode reconvencionar e alterar o documento de prova.
Alterar significa que existe alguma coisa.
598º nº1 o requerimento de prova pode tb ser alterado na audiência previa
598º nº3 no que toca a prova testemunhal poem ainda as partes acrescentarem
testemunhas ate 20 dias antes da audiência final.

- 144º modo de apresentação dos articulados em processo: havendo advogado


constituído, o enviado das peças processuais em juízo é feito pela via eletrónica, pelo
CITIUS, não sendo permitido outro modo de envio

2º fase intermédia – audiência previa– na qual esta presente o juiz, o advogado


do autor e do reu onde se afina o processo. Pode acontecer que o processo termina já
aqui. Ou se o processo avançar aqui prepara-se a audiência final.

3º fase final – audiência final– parte visível do processo porque é aquele


relativamente a qual a intervenção das pessoas que não fazem parte (testemunhas,
peritos) e essa audiência final inclui a produção de prova 604º e as alegações. Respeita
aos atos de produção de prova que vai culminar numa sentença 607º.
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Aula Prática 02/03/18

A, residente em Paços de Ferreira, vendeu pelo preço de 120.000,00€ um imóvel sito


na cidade da Maia aos seguintes sujeitos:
1º B residente em Valongo
2º C, residente em Paredes
3º D, residente em Valongo
Nos termos do dito contrato, o preço deveria ser pago até ao dia 1/08/2017, o que não
aconteceu.
Face a isso, A pretende intentar a competente ação judicial.

1º Esclareça qual o tribunal competente para apreciar a presente ação.

Os tribunais competentes são internacionalmente competentes quando tiver sido


praticado em território português o facto que serve de causa de pedir na ação - critério
da causalidade

Competênciainterna:
Em razão do território – foro obrigacional 71º nº1 domicilio do reu + 82º nº1 1ª
parte pluralidade de réus – domicilio do maior numero
Em razão da matéria – competência residual 64º tribunais judiciais +
competência especializada 65º + 80º + 546ºprocesso comum
Em razão da hierarquia – tribunais judicias de 1ª instancia 67º
Em razão do valor –superior a 50.000€66º + 117º + 117º nº1 a) LOSJ + juízo
central cível do porto

2º Suponha que a ação deu entrada na comarca de Vila Real e que foi intentada
apenas contra B.

Mais suponha que B, uma vez citado, apresentou contestação e alegou o seguinte:
- é parte ilegítima na ação, pelo que dever ser absolvido do pedido.

Pluralidades de partes e unicidade da relação material controvertida – litisconsórcio e


não coligação
B tem legitimidade singular porque tem interesse direto em contradizer 30º

30º + 32º nº1 2ª parte – Litisconsórcio voluntário - se a lei ou o negócio for omisso, a
ação pode ser proposta só contra B, devendo o tribunal conhecer, neste caso, apenas
da respetiva quota-parte da responsabilidade, ainda que o pedido abranja a totalidade.
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A decisão produz o seu efeito útil normal só com a presença de B

Caso B fosse parte ilegítima, não seria absolvição do reu do pedido, mas sim da
instancia (exceção dilatória 577º e) + 278º nº1 d)

- o autor não constituiu advogado, pelo que deverá ser absolvido da instancia
40º nº1 a) pois o valor é superior á alçada do tribunal da 1ª instancia o que faz com
que possa haver recurso ordinário e por isso é obrigatório o patrocínio judiciário.

Aprecie os argumentos defensionais utilizados pelo réu

3º Face a todos os elementos disponíveis esclareça qual deverá ser a concreta atuação
do juiz da causa.

1º incompetência relativa 104º de conhecimento oficioso 104º nº1 a) + nº3 momento


– pode ser conhecida até ser proferido despacho saneador

2º patrocinio judiciário - Este vicio é sanável devendo o juiz convidar o autor a


constituir advogado 6º nº2 2ª parte.
590º nº2 a) – juiz profere despacho pré-saneador.

Dois momentos diferentes. As duas coisas não são incompatíveis. É possível o juiz
proferir despacho saneador e até aí...

Aula Prática 09/03/18

Modalidades do Pedido553º a 557º

5 tipos de pedidos:

1º pedidos alternativos553º
Distinguem dos pedidos fixos porque o autor deduz mais do que um pedido. Há
sempre dedução de pelo menos 2 pedidos. E são deduzidos não para que o reu seja
condenado no cumprimento de todos os eles, mas sim que o reu seja condenado de
forma alternativa a pelo menos um deles. Para o autor equivalem-se do ponto de vista
jurídica porque o autor não demonstra qq preferência relativamente a esses pedidos,
o Autor não cria qq graduação jurídica dos pedidos. Existe uma equivalência jurídica
entre os diferentes pedidos. Estes advém das obrigações alternativas. Autor não
espera a satisfação dos dois pedidos. Não há relação jurídica entre os pedidos
formulados. Se houver a dedução de um pedido fixo em obrigações alternativas não
obsta a que o tribunal condene.
802º podem dar origem a pedidos alternativos
Ex: autor pede a condenação do pagamento de 10000€ ou a entrega de um
relógio
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553º nº2 Se o tribunal perceber que a obrigações é alternativa e que a escolha


pertencia ao devedor, o reu será condenado em alternativa. Exceção ao principio do
dispositivo
297º nº3 – valor do pedido será o valor de maior

2º pedidos subsidiários554º
É deduzido + do que um pedido. Mas o autor não pretende a procedência
simultânea de todos os pedidos.
Será analisado apenas na hipótese do 1º pedido improceder. O autor cria
graduação jurídica entre pedidos e demonstra preferência entre pedidos e o segundo
pedido apenas será apreciado se o 1º pedido improceder. Estes pedidos são
formulados desde logo por economia processual e por acautelamento
Ex: pedir execução especifica e se o 1º não proceder pede-se a restituição do
sinal em dobro. Já não é equivalente, há uma nítida preferência pela procedência de
um dos pedidos.
297º nº3 - valor da causa será o valor correspondente ao valor do pedido
formulado em 1º lugar.
Podemos deduzir no âmbito dos pedidos subsidiários pedidos que sejam
incompatíveis entre si porque não pretendemos a procedência simultânea. Podemos
pedir pedidos substantivos diferentes.
No âmbito das invalidades do contrato é mto comum estes pedidos: pedido
principal pretende a nulidade do ctt e um pedido subsidiário que o negocio seja
declarado anulável
554º nº2 + 37º - Para a dedução destes pedidos é necessário que não surjam
obstáculos á coligação

3º pedidos cumulativos
Coincidência entre pedidos alternativos e subsidiários – é formulado mais do
que um pedido e pretende a condenação do reu no cumprimento desses dois pedidos.
Pretende a procedência simultânea de todos os pedidos formulados.
Esta cumulação pode ser:
1º independente – aqueles relativamente aos quais não existe qq
ligação entre os pedidos. Pedidos formulados pelo autor fundam-se em
relações jurídicas distintas que numa determinada altura teve com aquele reu
Ex: autor vendeu carro a reu e noutra altura vendeu relógio. Autor pode
deduzir pedidos cumulativos relativamente ao mesmo reu

2º Principal e acessório: mesma relação jurídica que dá origem á


formulação de dois pedidos
EX: A pede 30.000€ a titulo de capital + 3.000€ a titulo de juros de mora.
Fundam-se na mesma relação jurídica e há uma dependencia entre eles
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555º nº1 - Não pode haver oposição entre os pedidos. Tem de haver
compatibilidade entre os pedidos – não pode o autor formular pedidos incompatíveis
entee si. Incompatabilidade do ponto de vista substantivo, do ponto de vista material.
Ex: não podemos pedir o pagamento do sinal em dobro e a execução especifica
na mesma ação
555º nº1 + 37º - Para a dedução destes pedidos é necessário que não surjam
obstáculos á coligação
555º nº2  37º nº2
297º nº 2 - valor da causa
4º pedidos genéricos 556º + 358º
autor não consegue determinar o que quer ou quanto quer.
Aqueles em que se verifica que o pedido não esta definido do ponto de vista
quantitativo ou qualitativo. O autor não sabe que indemnização pretende ou o que lhe
deve ser entregue.
3 hipóteses de pedidos genéricos:
a) autor pretende a entrega de uma universalidade de facto (entrega da
biblioteca ou de um consultório médico) ou uma universalidade de dto (herança ou
estabelecimento comercial);
b) montante de danos – reu seja condenado naquilo/indemnização a que se
vier a liquidar. Não se define um valor.
É possível que na mesma ação seja feito um pedido fixo e um pedido genérico
Ex: danos patrimoniais já verificados e ainda todos os montantes que se vierem
a liquidar posteriormente ou relativamente a danos diferentes danos patrimoniais vs
danos não patrimoniais naquilo que se vier a liquidar
Valor da causa – não há critério liquido - depende da causa 5000€ + 0,01 ou
30.000€ + 0,01€
c) valor que se vier a liquidar na prestação de contas 941º + 2093º + 1944º -
obrigação de prestação de contas
358º momento da liquidação: 2 momentos
1º 358º nº1 - se essa liquidação for antes da discussão da causa em 1ª
instancia, deduz-se o incidente de liquidação para tornar liquido o pedido genérico. A
sentença será tb uma sentença liquida. Sentença irá condenar em termos objetivos e
no processo pendente
2º 358º nº2 se não for possível até o momento da discussão da causa, se
for depois da sentença, já não será uma sentença liquida, mas uma sentença
que comporta um pagamento liquido, uma sentença genérica, reu é condenado
no pagamento daquilo que se vir a liquidar. E depois procede-se ao
procedimento da liquidação. Abre-se um processo para qd se fizer a liquidação.

5º pedidos de prestações vincendas 557º


ainda não é possível o cumprimento, mas já há uma condenação, visando evitar
prejuízos futuros
557º nº1 – condenação antecipada
Ex: arrendamento em que o não cumprimento de uma não implica o
pagamento de todas as outras. Há uma condenação antecipada, mas cada uma no seu
momento. Não há uma antecipação do cumprimento, mas uma antecipação da
condenação.
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557º nº2 – existência de titulo executivo. Obtenção de condenação que


condene o reu no cumprimento de uma obrigação futura

6º pedidos fixos: são aqueles sem que autor deduz apenas um pedido e espera
que esse pedido seja julgado procedente.O aturo pretende apenas um efeito jurídico.
Ex: divorcio, divisão de coisa comum, ação declarativa de condenação, declarativa de
simples apreciação

Aula Prática 16/03/18

Citação

Inicio da instancia dá-se com a entrada da peça processual na secretaria


Depois disso temos 2 momentos prévios á citação:

1º Distribuição216º
Após a ação dar entrada num tribunal dá-se a distribuição das ações pelos
diversos serviços do tribunal. Esta garante de forma aleatória e automática (2 x por
dia) a distribuição dos processos pelos diferentes juízos do tribunal. É com a
distribuição que nasce o numero do processo.

2º Autuação
Criação de dossier que visa a organização dos documentos e visa a criação de
uma capa para o processo, onde é mencionado o numero do processo, o tribunal
competente, a indicação do autor e dor reu e dos mandatários, e ainda temos o valor
da ação e a data da autuação. Todos os processos têm uma capa destas.

Só a partir destes momentos é que podemos avançar para a citação

Citação 219º

Noção: ato pelo qual se dá conhecimento ao reu de que foi proposta uma ação contra
ele para possibilitar o exercício do contraditório ou para chamar pela 1ª vez uma
pessoa ao processo que seja interessada. Esta parte interessada não tem que ser
necessariamente o reu, ou seja, pode ser para chamar o autor, ou seja o autor que
devia estar no processo e não está (não estamos a falar de perito ou testemunhas). A
partir da citação de resto será notificado. A partir dai esgota-se a função da citação.
Nº2 A notificação é utilizada em todas as outras situações.

- Até 1995/96 a citação era precedida do despacho preliminar.


Antigamente só era realizada a citação desde que houvesse um despacho que isso
ordenasse.
- Atualmente essa regra foi eliminada. A regra da citação é da sua oficiosidade
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226º nº1 secretaria de forma oficiosa e sem despacho prévio irá proceder á citação.
Secretaria apenas faz controle previa relativamente ás formalidades. Secretaria dá
impulso á petição inicial
Regra: Oficiosidade. Secretaria não precisa de qq impulso que leve á citação pois ela
própria diligencia

Exceções 226º nº4


a) + 590º nº1 - é possível que o juiz contorne a regra do 226º nº1 e assim o juiz pode
determinar que a citação depende sempre de despacho liminar. Não só nas situações
previstas na lei, mas ainda nas dos 590º nº1.
Casos previstos na lei
Ex: 931º

590º Qd há despacho liminar pode ter:


1º Despacho de citação

2º Despacho de indeferimento: qd o juiz verifique q a pretensão do autor é


indeferido ou na eventualidade de existirem exceções dilatórias e estas são insupríveis
e de conhecimento oficioso.

3ºDespacho de aperfeiçoamento: convite

Pode haver ao mesmo tempo despacho de citação e despacho de aperfeiçoamento

b)
c)
d) + 316º
e)
f) 561º

Citação de pessoas singulares 225º

1º citação pessoal (regra) 225º nº1


225º nº2 – 3 modalidades
a) transmissão eletrónica de dados

b)entrega ao citando de carta registada com AR + 228º + 229º Citação via postal
Feita através de carta com AR e esta pode ser enviada para a residência do citando ou
para o seu local de trabalho.
Esta carta pode ser entregue a um 3º 228º nº2 – se for assinado o AR por 3º é
advertido pela secretaria o citando nos termos do art. 233º
14

228º nº3 + nº4 alem disso, o próprio carteiro deve fazer uma advertência ao 3º que
receba o AR de que ele deve prontamente comunicar ao citando os elementos da
citação.
230º dia
228º nº5 não sendo possível a entrega da carta é deixado aviso ao destinatário
228º nº6 recusa em receber a citação do AR e carteiro lavra nota da recusa e devolve
ao tribunal

c) contacto pessoal do funcionário judicial com o citando231º


nº1 Regra: carater supletivo “frustrando-se a via postal”, mas nem sempre é assim.
Exceção: Há situações em que o autor diz na petição inicial que pretende a citação por
contato pessoal do funcionário judicial ou agente de execução.
nº2 elementos a transmitir são os mesmo do 227º
nº3 o agente de execução tem de entregar a nota de citação ao citando dizendo ao
citando que foi citado
nº4 recusa pelo citado de assinar certidão ou receber o duplicado
nº5 se o nº4 acontecer a secretaria notifica o citado
232º nº1 citação na hora certa – agente de execução deixa ficar nota no local de
trabalho ou residência do citado a dizer que no dia e na hora x vai lá e vai citar

Na verdade, apenas temos a modalidades a aliena b) e c) pois a a) no momento não


existe.

nº2 b) em regra o citando é citadoatravés de carta com AR.

227º nº1 A acompanhar a citação vai o duplicado da petição inicial e copias dos
documentos que a integram.
nº2 prazo para oferecer defesa, patrocínio judiciário, efeito para a falta de contestação

2º citação edital235º + 236º + 240º


Meramente residual e apenas existe em 2 situações:
1º qd o citando esteja em parte incerta

2º qd sejam incertas as pessoas a citar

Aqui já não se garante qq contato com o citando e esta é conseguida através da


publicação de anúncios publicados no CITIUS e na junta de freguesia onde se saiba que
o citando teve a sua ultima residência.

Como não é possível a entrega de duplicado da petição inicial, a nota de citação faz
menção ao pedido da ação, ao pedido formulado pelo autor.

Aula Prática 23/03/18


15

Alfredo, residente em Valongo, intentou contra Bruno, residente em Vila Nova de Gaia,
processo comum sob a forma única através de petição inicial apresentada no juízo
local cível de Valongo.
Na dita petição inicial o autor alegou o seguinte:
1º realizou diversos trabalhos de carpintaria no imóvel do réu
2º O preço de tais trabalhos ascendeu a 40.000€
3º O preço deveria ser pago até ao dia 01/02/2017
4º O reu não procedeu ao pagamento, dai a instauração da presente ação

Suponha que o reu foi citado por via postal e que a sua mulher, Maria, assinou o
respetivo aviso de receção.

Mais suponha que o reu contestou e alegou o seguinte:


1º O tribunal é incompetente em razão do território
2º é parte ilegítima, já que a ação tb deveria ter sido intentada contra a sua mulher
3º o preço convencionado entre as partes foi de 30.000€ e não o alegado pelo autor
4º mais tarde as partes convencionaram que o preço seria reduzido para 20.000€.
5º já procedeu ao pagamento de 15.000€

1º Esclareça de que prazo tem o reu para contestar


2º Classifique e, se possível, aprecie os argumentos apresentados pelo réu
3º Suponha que o réu, citado nos termos suprarreferidos, não apresentou
contestação. Esclareça que consequências pode dai resultar.

Forma da ação
Processo segue forma única
Requisitos da petição inicial estão cumpridos 552º
Autor pede um pedido fixo

1º Prazo para a contestação 569º 30 dias a contar da citação – prazo perentório,


começando a correr desde o termo da dilação – prazo dilatório – + 5 dias. Como o reu
foi citado 228º nº1 citação de pessoa singular por via postal por meio de carta
registada coma viso de receção + nº2 + nº3 + nº4 – citação pessoal + 245º nº1 a) 30
dias + dilação de 5 dias pois foi citação realizada em pessoa diversa do citando- 142º
reu tem 35 dias para contestar – prazo único


- 774º domicilio do credor – mesma área metropolitana - Pagamento de um preço –
pagamento de preço – ação declarativa de condenação – foro obrigacional 71º nº1 –
ação poderia ter sido proposta no domicilio do reu – Vila Nova Gaia
ou
no domicilio do credor - Valongo
40.000€ - 117º nº1 a) Processo comum de valor inferior a 50.000€, portanto ação teria
de ser proposta no juízo local cível de Vila Nova de Gaia
16

por exceção(lateral) 571º nº2: factos novos. Reu não coloca em causa o alegado pelo
autor
Exceção dilatória 576º nº1 + nº2: qd reu alega factos que obstam á apreciação do
mérito da ação. Argumentos de natureza processual ou de violação de pressupostos
processuais. Reu não discute o mérito da causa. Não liberta o reu do fundo da questão.
Quando mto o reu pode ser absolvido daquela instancia 6º nº2 + 278º nº2 e nº3 – por
principio é sanável, mas há violações de pressupostos processuais que são insanáveis,
ou remessa do processo para o tribunal competente.
Incompetência relativa102º + 105º - remessa do processo para o tribunal competente.
Tribunal é competente.

- Estamos perante um litisconsórcio necessário conveniente – credor deveria intentar


ação contra ambos e fazer a comunicabilidade da divida 34º nº3 + 1691º nº1 b) ou c)
CC + 316º + 577º e) + 278º nº1 d).
Reu é parte legitima porque autor não quis que assim fosse e quis apenas intentar
contra o Bruno.
por exceção(lateral) 571º nº2: factos novos. Reu não coloca em causa o alegado pelo
autor - Exceção dilatória 576º nº1 + nº2: qd reu alega factos que obstam á apreciação
do mérito da ação. Argumentos de natureza processual ou de violação de
pressupostos processuais. Reu não discute o mérito da causa. Não liberta o reu do
fundo da questão.
278º nº1 d)
Quando mto o reu pode ser absolvido daquela instancia 6º nº2 + 278º nº2 e nº3 – por
principio é sanável, mas há violações de pressupostos processuais que são insanáveis,
ou há remessa do processo para o tribunal competente

- 572º contestaçãofunção da contestação é traduzir a defesa do reu da ação que foi


contra si instaurada 571ºpor impugnação (frontal) 571º nº2: reu não aceita o alegado
pelo autor. A versão do autor e a versão do reu demonstram a não aceitação do reu
aos factos alegados pelo autor.
- Em matéria de facto: reu contradiz os factos que o autor relatou na petição. Discute
os factos. Pode traduzir-se na: - Negação indireta – reu aceita que alguma coisa
sucedeu, mas não foi bem assim. Apresentação de uma contraversão da mesma
realidade. Reu demonstra discordância, mas apresenta uma contraversão dos factos.
Reu apresenta uma perspetiva diferente da mesma realidade factual. Impugnação
motivada – reu apresenta os motivos que o levam a discordar.
Reu pretende a absolvição do pedido parcialmente (circunstâncias de índole material)

- 572º contestaçãofunção da contestação é traduzir a defesa do reu da ação que foi


contra si instaurada 571ºpor exceção571º nº2 – facto novo
Exceção perentória 576º nº1 + nº3: qd reu, servindo de causa impeditiva, modificativa
ou extintiva do dto invocado pelo autor, determinam a improcedência total ou parcial
17

do pedido. Há uma defesa que contendem com o mérito da causa. O reu pretende ser
absolvido do pedido parcialmente 576º nº3 + 571º nº2 parte final.
Modificativa

- 572º contestaçãofunção da contestação é traduzir a defesa do reu da ação que foi


contra si instaurada 571ºpor exceção571º nº2
Exceção perentória 576º nº1 + nº3: qd reu, servindo de causa impeditiva, modificativa
ou extintiva do dto invocado pelo autor, determinam a improcedência total ou parcial
do pedido. Há uma defesa que contendem com o mérito da causa. O reu pretende ser
absolvido do pedido 576º nº3 + 571º nº2 parte final.
Extintiva com improcedência parcial

- Quando o reu se defende por exceção perentória o reu invoca factos novos em
relação ao que la estavam, os alegados pelo autor e esses factos acrescem aos que o
autor alegou na petição inicial. Esses factos novos são compatíveis, mas têm a
caraterística de ter uma eficácia impeditiva, modificativa ou extintiva do efeito a que
tenderiam os factos alegados pelo autor. São factos compatíveis com os factos
alegados pelo autor, factos compatíveis são factos que podem ser dados como
provados ao lado dos factos alegados pelo autor. O autor ganharia a ação se não
fossem as exceções perentórias. As exceções perentórias geram um efeito que se
impõe aos efeitos dos factos alegados pelo autor. É possível dar como provado o que o
autor diz e dar como provado o que o reu diz e dai a tal eficácia impeditiva,
modificativa ou extintiva. Em seguida o autor poderia vir falar pois é uma matéria que
o autor ainda não falou porque foi o reu que os apresentou – principio do
contraditório

Aula Prática 06/04/18


Resolução do caso prático aula anterior

Defesa por impugnação de facto ou de dto – elemento comum - não aceitação do reu
Defesa por impugnação de dto qd contradiz os factos articulados na petição
Defesa por impugnação de facto qd factos não produzem o efeito jurídico

Defesa por exceção - reu não coloca em causa o alegado pelo autor
1º dilatória – factos novos que obstamá apreciação do mérito da causa
2º perentória - factos que servem de causa impeditiva, modificativa ou
extintiva do dto invocado pelo autor

579º - Conhecimento de exceções perentórias


1º oficioso
18

- pagamento
- novação
- dação em cumprimento
- 285º
- Nulidade

2º Inoficioso
- 303º CC Prescrição
- Anulabilidade

Aula Teórica 10/04/18

574ºnº3 Simples desconhecimento


Reu diz que não sabe se aquilo que o autor diz é verdade.
2 situações:
1º equivale como confissão se facto for pessoal ou de que o reu deva ter
conhecimento

2º equivale como impugnação se facto não for pessoal – não sei se é verdade,
mas tb não sou obrigado a saber. Autor tem de provar os factos.

Princípios Estruturantes da Defesa

1º Principio da Concentração da Defesa na Contestação573º nº1 1ª parte


Reu ao ser citado e ao ter prazo para contestar deve esgotar, concentrando na
contestação todos os seus argumentos. Isto é, não é permitido uma defesa em
prestações. O reu em principio só tem 1 momento para se defender e esse momento é
o da contestação e deve concentrar aí tudo o que tenha para dizer.
Este principio subdivide-se em:
a) Princípio da Eventualidade (caso assim não se entenda)
Argumento é concentrado na contestação de forma a ser colocado para a
eventualidade do outro não ser suficiente.
Qd o reu lega determinado argumento pode acontecer que a procedência
desse argumento leve ate á absolvição do reu da instancia. Mas este principio obriga
que todos os outros argumentos sejam
Reu nos seus argumentos defensionais deve utilizar uma ideia de
eventualidade. Deve defender-se apresentando argumentos sucessivos que o possam
“ajudar”, para que exista defesa na hipotese improcedência da ação.
Reu esgota todos os argumentos em função da improcedência de todos os
outros anterior
19

Ex: Ilegitimidade singular – absolvição do réu da instancia


Incompetência relativa – 105º nº3
Impugnação – improcedência da ação
Caso assim não se entenda o primeiro argumento, ou seja, na eventualidade de
o primeiro argumento não proceder...

b) Principio da Preclusão
Se existe o dever de concentrar na contestação os argumentos, significa que
apresentada a contestação os argumentos que eu não utilize aí ficam precludidos, isto
é, fica prejudicada a hipótese de serem invocados mais tarde. Reu perde o dto de
invocar os argumentos numa fase processual posterior.

Exceções:
1º Defesa separada 573º nº1 2ª parte
Argumento que surge não na contestação, mas numa peça autónoma.
Corresponde a uma situação mto limitada e residual e tem que ver com a
arguição da suspeição do juiz119º + 120º, mas que tanto o autor e o reu podem
invocar

Suspeição 119º + 120º


Evitar que o juiz esteja em processos que não é conveniente que ele não esteja.
Tem de ser um motivo grave e sério 120º - qd se levante este problema é para
proteger o juiz. A lei quer, para proteger o juiz, que ele saia. O que está em causa é a
aparência da seriedade que está em causa.
Isto não é um argumento de defesa pois não tem nada que ver com o processo.
121º nº1 ultima parte – reu citada para a causa pode deduzir a suspeição no mesmo
prazo que lhe é concedido para a defesa.

2º Defesa Posterior 573º nº2


Defesa que pode ser apresentada depois da contestação e que tem 3 vertentes:

1º Defesa Superveniente588º
Reu quando contesta, contesta com dados relativos ao dia de hoje. Se
acontecer alguma coisa depois que é motivo de defesa, o reu tem de poder vir ao
processo alegar essa matéria a titulo superveniente. É um facto posterior á
contestação porque objetivamente aconteceu depois da contestação e aí temos a
superveniência objetiva ou então, sendo posterior só chegou ao conhecimento do reu
depois da contestação e aí estamos perante uma superveniência subjetiva.

2º Defesa que a lei autoriza a esse tipo


Lei permite que certos argumentos sejam invocados mais tarde 97º nº1
20

3º defesa oficiosa com argumentos de conhecimento oficioso pelo


tribunal
Há certos tipos de matéria que são de conhecimento oficioso. Se a
matéria é de conhecimento oficioso mesmo que o reu não diga o juiz deve
conhecer dela quando conhecer. Não há problema que seja o próprio reu a
dizer que aquele assunto deva ser do conhecimento do juiz. Isto vale tanto para
questões processuais como para questões materiais.
Ex: incompetência absoluta 96º
Ex: ilegitimidade 30º
Ex: nulidade 286º CC

2º Principio do Ónus de Impugnação574º


Ónus nem é uma faculdade nem é um poder. Não sou obrigado a atuar de certa
maneira, mas se não atuar sofro as consequências.
Caso conteste não é indiferente impugnar ou não impugnar o que o autor diz.
Tudo o que o reu não puser em causa é sinal que o reu aceita.
Reu tem o ónus de tomar posição contra os factos que o autor alega. Os factos que o
autor alegar e o reu não contestar consideram-se admitidos pelo reu + 5º nº1.

Desvios 574º nº2:


1º se estiverem em oposição com a defesa considerada no seu conjunto.
2º se não for admissível confissão sobre eles. O silencio do reu não pode
produzir que certos factos sejam confessados 354º CC
3º se só poderem ser provados por documento escrito, ou seja, não pode ser
considerado provado um facto por via da confissão quando a lei só o considera por via
de um documento escrito

574º nº2 parte final - A admissãode factos instrumentais pode ser afastada por prova
posterior: há duas caraterísticas de factos, os factos essenciais e os factos
instrumentais. Os factos essências tem correspondência com os tipos legais que as
partes propõem invocar quando propõem uma ação ou quando contestam uma ação +
5º nº1.
Por vezes a prova dos factos não é uma prova direta. Mtas vezes o tribunal convence-
se da realidade de um facto não pela prova (direta – analise de documentos ou
inspeção judicial490º) desse facto,mas por ter sido feita prova de outros factos, os
factos instrumentais de cuja realidade o juiz pode tirar ilação acerca dos factos
essenciais e isto é feitoatravés das chamadas presunções349ºCC+ 607º nº4
Os factos instrumentaispodem ser utilizados na petição inicial, mas podem ser
afastados em prova posterior pelo réu. É possível separar a afirmação e a impugnação
do facto essencial relativamente á não impugnação do facto instrumental. Os factos
instrumentais que não forem impugnados podem ser afastados por prova posterior. O
facto essencial não impugnado fica fechado, mas o instrumental como não tem
autonomia, ainda que se admita em tese que se tem admitido por acordo em tribunal
21

pode-se chegar á conclusão que afinal não se confirma o que está dito no facto
instrumental.
Um facto instrumental tem uma função meramente instrumental e nunca determina o
resultado de um processo, pode apenas permitir ao tribunal assumir a realidade de um
facto essencial.
Os factos essenciais não impugnados ficam provados em definitivo no processo, não
podendo depois fazer-se prova em sentido diverso.

Aula Prática 13/04/18

Caso Prático

Carlos, residente em Ovar e João, residente no Funchal, foram intervenientes num


acidente de viação ocorrido na cidade do Porto. Suponha que Carlos intentou, no juízo
central cível do Porto, a ação contra João em que peticionou a condenação do réu no
pagamento de 70.000€ a título de danos patrimoniais emergentes do dito acidente.
Imagine ainda que o réu foi citado por via postal, tendo o respetivo aviso de receção
sido assinado pela mulher do reu.
1º Esclareça de que prazo dispõe o reu para contestar?
2º Suponha agora que o reu contestou e alegou o seguinte:
- o dto do autor já se encontra prescrito, porquanto o acidente ocorreu
2010 e o reu foi citado em 2018.- perentória
- o tribunal é territorialmente incompetente. - dilatória
- alegou factos respeitantes á dinâmica do acidente invocado na petição
inicial e que demonstravam discordância do reu relativamente ao enquadramento
fático definido pelo autor.– impugnação de facto
- É parte ilegítima.– dilatória DL 241/2007
Considerando a ordem da procedência logica de cada um dos argumentos, formule
o/os pedido/s que o reu deveria fazer constar na sua contestação.
3º Imagine agora que o reu não invocou a prescrição do dto do autor nos termos supra
referidos. Mais suponha que, na véspera da audiência final, o reu pretendia invocar o
referido argumento. Esclareça se tal é processualmente admissível.

546º + 548º - processo declarativo comum + forma única

1º 569º prazo contestação 30 dias(prazo perentório) + 139º nº1 + 245º + 5 dias (prazo
dilatório) nº1 a) + 228º nº2+ 245º nº2 + 15 dias (prazo dilatória) + 245º nº4 = 50 dias
22

2º 608º - Começar pelos factos que conheçam do mérito da causa (questões de índole
processual)

Deve ser julgada provada e procedente a exceção dilatória de ilegitimidade, e, em


consequência, deve o réu ser absolvido da instancia.
Caso assim não se entenda,
Deve ser julgada provada e procedente a exceção dilatória de incompetência relativa
do tribunal e, em consequência, deve ser o processo remetido para o tribunal
competente 105º nº3

Principio da Concentração da Defesa na Contestação 573º nº1 1ª parte


Reu ao ser citado e ao ter prazo para contestar deve esgotar, concentrando na
contestação todos os seus argumentos. Isto é, não é permitido uma defesa em
prestações. O reu em principio só tem 1 momento para se defender e esse momento é
o da contestação e deve concentrar aí tudo o que tenha para dizer.
Princípio da Eventualidade: Argumento é concentrado na contestação de forma a ser
colocado para a eventualidade do outro não ser suficiente.
Por isso é que os pedidos têm de ser invocados de forma subsidiária.
Principio da Preclusão: Se existe o dever de concentrar na contestação os argumentos,
significa que apresentada a contestação os argumentos que eu não utilize aí ficam
precludidos, isto é, fica prejudicada a hipótese de serem invocados mais tarde.

Subsidiariamente,
Deve ainda ser julgada provada e procedente a exceção perentória de prescrição,
absolvendo-se o réu do pedido

Caso assim não ocorra

Deve ser atendida a matéria deduzida a titulo de impugnação, com a consequente


improcedência da ação, absolvendo o reu do pedido
(Devem ser atendidos os factos impugnados pelo reu e, em consequência, deve o reu
ser absolvido do pedido.)


1º Principio da Concentração da Defesa na Contestação 573º nº1 1ª parte
Reu ao ser citado e ao ter prazo para contestar deve esgotar, concentrando na
contestação todos os seus argumentos. Isto é, não é permitido uma defesa em
prestações. O reu em principio só tem 1 momento para se defender e esse momento é
o da contestação e deve concentrar aí tudo o que tenha para dizer.
Este principio subdivide-se em:
a) Princípio da Eventualidade
Argumento é concentrado na contestação de forma a ser colocado para a
eventualidade do outro não ser suficiente.

b) Principio da Preclusão
23

Se existe o dever de concentrar na contestação os argumentos, significa que


apresentada a contestação os argumentos que eu não utilize aí ficam precludidos, isto
é, fica prejudicada a hipótese de serem invocados mais tarde.

Reu não pode desconhecer o decurso do tempo. Tempo, em si, não é um facto que
possa ser considerado de conhecimento superveniente. A perceção ulterior não é um
facto superveniente.
Prescrição não é de conhecimento oficioso 303º CC (apenas pode ser aproveitado na
eventualidade de ser invocada por quem o facto aproveita) e por isso não era possível.
Não é admissível ao reu invocar este argumento. Já se precludiu o seu dto. E a ação vai
ser julgada sem que seja apreciada a prescrição

Aula Teórica 17/04/18

Contestação Reconvenção

Reu citado para a ação com função primordial de exercer o contraditório, podendo aí
aproveitar para peticionar contra o autor – cruzamento de ações – Reconvenção

Reconvinte – Reu
Reconvindo – Autor

Reconvenção
Corresponde a uma ação que o reu reconvinte podia instaurar autonomamente em
que seria o autor reconvindo e o outro reu.

A hipótese de haver reconvenção resulta da possibilidade dada ao reu, configurando


uma faculdade de que o reu dispõe.
Sendo facultativa, não é inteiramente livre, isto é, o reu não podia deduzir sempre
reconvenção.
Tal possibilidade está sujeita a verificação de alguns requisitos:

1º Requisitos objetivos
266º para que o reu faça o pedido de reconvenção tem que haver o mínimo de
conexão entre a ação e a reconvenção
266º nº2 a) e b) ligação mto forte entre a ação e a reconvenção

b) está em meu poder algo e a ação contra mim proposta resulta na eficácia prática de
eu entregar ao autor
Ex: ação de despejo
Ex: ação de reivindicação
24

Acoplação de sujeitos tanto na alínea a) como na b)

d) pretende o reu o mesmo que o autor, mas em sentido inverso. Há 1 pedido com 2
sentidos

c) quando há dtos de credito compensáveis entre o autor e o reu. Há um encontro de


contas emergentes de situações jurídicas diferentes.
Em qualquer contra crédito que o reu invoque contra o autor é deduzido em
reconvenção.

2º Requisitos processuais
São de dupla natureza.
Por um lado, o que resulta do 266º nº2 é que a forma do pedido
reconvencional tem que ser igual á forma da ação. Se a forma não for a mesma, não é
admissível a reconvenção, a não ser que o juiz autorize.
Por outro lado, quanto á competência 93º o legislador deixa de fora a
competência em razão do território propositadamente e qto ao valor 93º nº2.

A circunstância de haver uma reconvenção no processo implica a possibilidade de o


reconvindo apresentar a sua defesa – daí a réplica

A Reconvenção pode ser a titulo subsidiário – defendo-me e procuro ser absolvido do


pedido. Mas para a hipótese de a ação ser procedente o reu formula um pedido.

266º nº4 possibilidade de o reu envolver na reconvenção + pedidos – requerendo logo


o chamamento por intervenção provocada 316º - há litisconsórcio a provocar o
chamamento.

Estrutura e Conteúdo da Contestação

A contestação é essencialmente semelhante á petição inicial – tem endereço,


dirigindo-se ao tribunal e indiciação do processo que é um elemento novo
relativamente á petição inicial.

Elementos identificativos das partes:


Não é necessário voltar a colocar, a não ser que alguma coisa esteja errada e
seja relevante para a ação.
25

No conteúdo o que importa ter presente é que a narração se destina a apresentar os


elementos de defesa

Não há defesa por reconvenção – reu defende-se e reconvém:


- cada exceção que se deduza deve ser destacada, num confronto entre si e
para impugnar 572º c)
Acontece o mesmo que a petição inicial no que respeita ás exceções perentórias –
factos constitutivos
- 583º reconvenção deduzida separadamente na contestação

1º começar por questões de ordem processual:


- defesa por exceção dilatória 278º + 577ºque impedem o juiz de conhecer o
mérito da causa

2º Impugnação em matéria de facto e depois de dto

3º exceções perentórias:
- impeditiva
- modificativa
- extintiva

4º Reconvenção

305º nº1 reusó tem de falar do valor se o quiser discutir ou se formular pedido
reconvinte tendo a reconvenção autonomia e valor próprio 583º
Se não indicar valor 583º nº2

Aula Teórica Compensação 18/04/18

Prazo Contestação569º

Reu qd é citado e tratando-se do ato que se destina a assegurar o contraditório, este


recebe determinadas informações 227º e uma delas é a do prazo de que dispõe para
contestar 569º e é de 30 dias a contar da citação.
Citado o reu dispõe ele de 30 dias para contestar que se contam138º sendo contínuos
suspendendo–se nas férias judiciais
279º CC 30 dias onde não se considera o dia do ato em que recebe.
26

Esses 30 dias podem-se prolongar se tiver de ser tida em conta alguma dilação569º
nº1 e esta dilação varia 245º + 139º

1º Prazo Perentório
139º nº3 Prazo perentório é aquele de que cujo decurso implica a extinção do dto.

2º Prazo Dilatório
245º é variável em função das circunstâncias
Ex: 5+30dias. Conta-se primeiro o prazo dilatório e depois o perentório

- Se o reu for reu único na ação a contagem é esta.


- 569º nº2 Mas pode acontecer que tenhamos vários réus e ptt por força disso pode
suceder que os réus não tenham sido citados na mesma data.
Se o termo do prazo não for igual para todos a lei estabelece que todos podem
beneficiar do prazo que termine em ultimo lugar. Porquê?
Para proporcionar a chamada defesa conjunta, mas sem vinculação pois os réus
podem querer ou não apresentar a defesa conjunta.
Também pq não se ganha nada em forçar os réus a apresentarem a sua contestação
cada um no seu dia pois a ação não vai seguir sem todos os réus terem contestado.

569º nº3 Se o autor desistir qto á instância e qto ao pedido em relação ao reu que tem
um prazo maior, o reu que terminava o prazo primeiro vai ser notificado da desistência
e conta-se novamente a partir dessa data o prazo para a sua contestação (30 dias).

569º nº5 Pode haver uma prorrogação do prazo para contestar qd o juiz considerar
que há motivo ponderoso que impeça ou dificulte a organização da defesa do reu e
neste caso o prazo pode prorrogar-se até ao limite máximo de 30 dias. Reu deve
requerer esta prorrogação alegando razões ponderosas.
569º nº6 O pedido de prorrogação do prazo não suspende o prazo em curso e o juiz
deve decidir em 24 horas.

569º nº4 Nos casos em que o Ministério Publico atua em representação do reu, o MP
tem a prorrogação do prazo

139º nº5 independente deste prazo dilatório seguido de prazo perentório, terminando
o prazo qd terminar existe ainda a possibilidade de praticar o ato nos 3 dias úteis
seguintes, mas aí pagando multa que vai subindo de valor a cada dia.
UC – unidade de conta processual que tecnicamente corresponde a ¼ do valor do
salário mínimo nacional – 102€

Revelia do Reu566º + 567º


Se esgotado o prazo (com os dias de multa) para contestar e o reu não contestou.
Consiste em o reu não ter contestado.
Secretaria deve apresentar o processo ao juiz para que este faça uma primeira
verificação para apurar se a revelia é absoluta ou relativa
27

Modo
566ºRevelia absoluta: aquela em que o reu não só não contesta como está totalmente
alheado do processo. Reu não intervém no processo enão pratica qq ato no processo.
Aqui o juiz vai verificar se a citação foi feita com as formalidades legais e ordena a sua
repetição qd encontre irregularidades (atuação do reu no prazo que o reu tinha para
contestar e intervenções feitas depois do prazo não contam)
VS
Revelia relativa: reu não contesta, mas no prazo da contestação ainda assim intervém
no processo ou pratica qq ato no processo. Aqui já não há repetição por
irregularidades porque o reu se praticou um ato no processo é porque sabe que é reu.

A diferença entre a revelia absoluta e a revelia relativaé que no caso da revelia relativa
o juiz sabe que o reu sabe que é reu porque praticou um ato no processo.

Efeitos da Revelia
567ºnº1A revelia do reu causa na sua esfera jurídica consequências desfavoráveis.
O reu tem o dto 3º de antes de mais ser chamado no processo para se defender –
garantia do contraditório. Mas, em rigor isto não é bem um dto. A contestação não é
propriamente um dto, esta configura antes um ónus. O reu tem dto a contestar e se
não o fizer é livre, mas não é indiferente faze-lo ou não – se reu está em revelia
consideram-se confessados os factos articulados pelo autor (factos essenciais que
constituem a causa de pedir).

567º nº2 se factos são confessados só falta assegurar o dto e aí dá-se o dto a
alegações, fazendo o enquadramento jurídico dos factos.
Sempre que alguma questão vá.se decidir em processo pelo juiz deve antes de decidir
proporcionar as partes um momento para se pronunciarem sobre o assunto –
alegações destinadas a exercer o contraditório. Estas alegações das partes destinam-se
claramente
e só a influenciar o juiz pela força dos argumentos.
Julgar a causa conforme for de dto - Juiz vai ver se há ou não tutela jurídica para os
factos alegados. Implica que haja uma analise da questão processual 608º que ate
antecede o próprio julgamento material da causa. Juiz vai ver a regularidade da
instancia e depois se a pretensão do autor merece proteção jurídico

O ato de alegação antes da sentença é uma garantia processual que se vê noutras


partes do processo 591º nº1 b) ou 604º nº3 e)

Revelia Operante
Factos consideram-se confessados.
28

Isto não significa que o reu seja condenado, mas o juiz vai aplicar o dto àqueles factos.
Se aqueles factos permitirem o reconhecimento do dto invocado pelo autor então a
ação é julgada procedente e o reu condenado, mas se aqueles factos não permitirem o
reconhecimento do dto invocado pelo autor então a ação é julgada improcedente e o
reu absolvido.

Revelia Inoperante568º:
Casos em que a revelia não produz os efeitos definidos no art. 567º.
a) Réu em revelia pode não ver aplicado o regime 567º e não se consideram
confessados os factos alegados na petição se ele não for o único reu e algum deles
contestar e impugnados os factos do reu que contesta aproveitando assim ao reu que
está em revelia. A impugnação de um reu aproveita ao outro. Só a impugnação.
Para assegurar a coerência interna do processo.
Revelia que se funda na circunstância de haver mais do que um reu e haver pelo
menos uma contestação

Nas outras alíneas não há nenhuma contestação:


b) não se consideram confessados os factos quando o reu for incapaz (menor, interdito
ou inabilitado) situando-se a causa no âmbito da incapacidade.
Quando o representante legal não contesta 21ºnº1 incumbe ao MP a defesa deles,
sendo citado correndo novamente o prazo para a contestação.
Se o MP não contestar a revelia é inoperante e os factos nem assim se consideram
confessados.
O mesmo se opera se ação for proposta contra um interdito e o seu irmão que não é
interdito (basta um ser incapaz) tb não se consideram confessados os factos. É para o
equilíbrio interno do sistema.

Ou se o reu tiver sido citado editalmente e permaneça na situação de revelia absoluta


tb não se consideram confessados os factos. Isto supõe que o reu esteja em revelia
absoluta que éaquela em que o reu não só não contesta como está totalmente
alheado do processo. Se o reu for citado editalmente, mas se o reu não está em revelia
absoluta esta alínea não se aplica.
Aqui tb se aplica a situação de haver mais do que um reu e um deles for citado
editalmente e permaneça na situação de revelia absoluta.

c) tb não se consideram confessados os factos articulados na petição qd a vontade das


partes for ineficaz para produzir o efeito jurídico que pela ação se pretende obter+
574º nº2

d) o que está em causa é apenas a inoperância da revelia apenas qd se trate de factos


para cuja prova se exija documento escrito. A amplitude da inoperância não é tão
aberta como as outras alíneas.
29

Na revelia operante o processo rapidamente termina pq os factos já se consideram


confessados e só faltam as alegações. Petição Inicial – não há contestação e vamos
diretamente para a sentença passando antes pelas alegações

Quando a revelia é inoperante é sinal que não se consideram confessados os factos e


então na pratica é como se o reu tivesse impugnado.
568º O andamento da ação é essencialmente o mesmo que teríamos se tivesse havido
uma contestação.
Petição inicial – há contestação 568º a) e processo segue normalmente – contestação
– replica – despacho pré-saneador – audiência previa – audiência final onde surgem as
alegações - sentença

Petição inicial – não há contestação 568º b), c) e d) não há contestação – não há


replica – pode haver despacho pré-saneador – não há audiência previa 592º nº1 a) –
audiência final com alegações – sentença

Aula Prática 20/04/18

Alfredo, residente em Valongo, intentou contra Bruno, residente em Vila Nova de Gaia,
processo comum sob a forma única através de petição inicial apresentada no juízo
local cível de Valongo.
Na dita petição inicial o autor alegou o seguinte:
1º realizou diversos trabalhos de carpintaria no imóvel do réu
2º O preço de tais trabalhos ascendeu a 40.000€
3º O preço deveria ser pago até ao dia 01/02/2017
4º O reu não procedeu ao pagamento, dai a instauração da presente ação

Suponha que o reu foi citado por via postal e que a sua mulher, Maria, assinou o
respetivo aviso de receção.

Mais suponha que o reu contestou e alegou o seguinte:


1º O tribunal é incompetente em razão do território
2º é parte ilegítima, já que a ação tb deveria ter sido intentada contra a sua mulher
3º o preço convencionado entre as partes foi de 30.000€ e não o alegado pelo autor
4º mais tarde as partes convencionaram que o preço seria reduzido para 20.000€.
5º já procedeu ao pagamento de 15.000€

3º Suponha que o réu, citado nos termos suprarreferidos, não apresentou


contestação. Esclareça que consequências pode dai resultar.

Revelia do Reu566º + 567º


Se esgotado o prazo (com os dias de multa) para contestar e o reu não contestou.
Consiste em o reu não ter contestado.
30

Secretaria deve apresentar o processo ao juiz para que este faça uma primeira
verificação para apurar se a revelia é absoluta ou relativa

566ºRevelia absoluta: aquela em que o reu não só não contesta como está totalmente
alheado do processo. Reu não intervém no processo e não pratica qq ato no processo.
Aqui o juiz vai verificar se a citação foi feita com as formalidades legais e ordena a sua
repetição qd encontre irregularidades

se o reu tiver sido citado editalmente e permaneça na situação de revelia absoluta tb


não se consideram confessados os factos. Isto supõe que o reu esteja em revelia
absoluta que é aquela em que o reu não só não contesta como está totalmente
alheado do processo. Se o reu for citado editalmente, mas se o reu não está em revelia
absoluta esta alínea não se aplica.

Revelia Operante
Factos consideram-se confessados.
Isto não significa que o reu seja condenado, mas o juiz vai aplicar o dto àqueles factos.
Se aqueles factos permitirem o reconhecimento do dto invocado pelo autor então a
ação é julgada procedente e o reu condenado, mas se aqueles factos não permitirem o
reconhecimento do dto invocado pelo autor então a ação é julgada improcedente e o
reu absolvido.

Resposta:
Citação foi feita por via pessoal pq foi feita por via postal 225º nº2
Quem assinou o aviso de receção foi a mulher face ao art. 228º nº2 que refere
q a carta pode ser entregue ....
Tendo isso acontecido, essa citação 230º considera-se pessoal, ou seja, o reu
considera-se citado na sua própria pessoa e neste caso deveria existir a advertência do
art 233º
Noção de revelia: reu não contesta
Distinção da revelia qto ao seu modo e qto ao seu efeito. Qto ao modo pode ser
absoluta ou relativa e neste caso é absoluta 566º e neste caso o juiz devera verificar
566º...; qto ao efeito a revelia pode ser operante e inoperante. O reu considera-se
citado na sua própria pessoa como já vimos e em principio dão-se por confessados os
factos articulados pelo autor e temos de ver se cabe algumas das exceções do 568º e
neste caso não cabe e por isso a revelia é operante.
31

Aula Teórica 24/04/18

Réplica584º

Articulado eventual.
Apresentada sempre em 30 dias.
A sua apresentação no processo está sujeita a determinada contingências.
Não é seguro que em todos os processos possa haver replica.
Havendo replica ela é apresentada pelo autor.
A replica pode surgir em 2 contextos:
1º 584º nº1 - Para deduzir toda a defesa quanto á matéria da reconvenção.
Proporcionar ao autor as mesmas condições de que dispõe o reu (pedido
reconvencional) nas ações em geral.
Existe ónus de replica. Existe ónus de impugnação dos factos que constituem a causa
de pedir da reconvenção. Existe ónus de concentrar na replica toda a defesa deduzida
na reconvenção.
Aquilo que se aplica para a contestação, aplica-se aqui para a réplica.
587º Se o autor não impugnar os factos que o reu invocou na contestação, esses factos
consideram-se admitidos por acordo.
Qd o autor não apresenta réplica, ele não está em revelia porque o autor está no
processo.

2º584º nº2 - nas ações de simples apreciação negativa10º nº3 a)(motivação é


uma conduta ou uma circunstância geradora de uma duvida da existência ou não de
um certo dto ou de um certo facto. o que vai ser reu se arroga titular de um dto que o
autor entende que não existe.) A réplica destina-se a permitir ao autor impugnar os
factos constitutivos que o reu tenha alegado ou para alegar os factos impeditivos ou
32

extintivos (defesa por exceção perentória – deduzindo exceções) do dto invocado pelo
reu + 343º CC

Não há replica qd na contestação exista defesa por impugnação e defesa por exceção
perentória.

Se o reu contesta e se limita á defesa por impugnação, não há mais articulados


no processo
Se o reu se defende por exceção pode haver replica?
Não, porque no 584º não está previsto que a replica responda a exceções.

No que toca a matéria impugnada não faz sentido pensar em replica.

Mas qd o reu se defende por exceção os factos que consubstanciam a matéria da


exceção são factos novos, isto é, no sentido em que são factos compatíveis com os
confessados pelo autor. É possível ao tribunal dar como provado o que disse o autor e
o que disse o reu em matéria de exceção. E por isso temos de dar hipótese ao autor de
falar sobre os factos alegados por exceção.

585º (antiga tréplica)


3º nº4 as exceções deduzidas no ultimo articulado admissível pode a parte (autor)
responder na audiência previa ou no inicio da audiência final. Mas pode não ser assim,
pois se o ultimo articulado for a contestação, mas com reconvenção, a parte pode
responder na replica e não esperar pela audiência previa e aplica-se o art. 584º e não o
art. 3º nº4

O problema que se coloca é: vamos admitir que na contestação há factos impugnados,


há factos deduzidos por exceção perentória e há reconvenção.
Se há reconvenção, há replica, mas poderá o autor, já que vai haver replica, replicar tb
os factos articulados por exceção?
Por um lado, não pode proibir-se o autor de deduzir exceções
Por outro lado, o autor pode aproveitar a replica para replicar as exceções, tendo para
isso o ónus com a cominação de confissão dos factos.

585º prazo de 30 dias

587º nº2 estabelece que qd o autor se defende da reconvenção, pode defender-se


como o réu, impugnando ou excecionado. Qd há matéria de exceção tem de a explicar
separadamente para assegurar o contraditório

Articulados Supervenientes588º

Função de alegação de factos que sustentam as pretensões das partes.


33

588º nº1 Factualidade que integra o elenco dos factos constitutivos do autor ou
factualidade que integra o elenco dos factos extintivos, modificativos ou impeditivos
do reu.
588º nº2 Factos que aconteceram depois da petição ou da contestação ou até terem
acontecido antes, mas só chegarem ao conhecimento depois da petição ou da
contestação, até ao encerramento da discussão604º nº3 e) – alegações orais na
audiência final – momento da discussão da causa + nº5

Articulado posterior á petição: réplica


Entre a data da petição e a data da réplica, se houver, se acontecerem articulados
supervenientes, estes são deduzidos na réplica.

588º nº3 momentos:


a) audiência previa
b) 10 dias posteriores á notificação da data designada para a audiência final, qd
não haja audiência previa
Ex: ações de cobrança
c) na audiência final

588º nº4 O articulado superveniente tem uma estrutura semelhante a uma petição ou
uma contestação. Tem a particularidade de qd se alega articulados supervenientes
devem indicar-se os meios de prova correspondentes. Existe sempre um despacho
liminar do juiz sobre a admissão do articulado superveniente e notifica a parte
contrária para responder em 10 dias e responde indicando os meios de prova.

588º nº5

589º Pode suceder que o articulado superveniente surja em data próxima da audiência
final ou no decurso da própria audiência final e aí não se suspendem as diligencias nem
determina o adiamento da audiência final. Não há atraso no andamento do processo.

Da gestão inicial do processo e da audiência prévia 590º

Fase intermédia do processo que comporta 2 pontos de referencia:


1º despacho pré saneador 590º
2º audiência previa 591º + 592º + 593º

595º despacho saneador


596º despacho de identificação do objeto do litigio e enunciação dos temas da prova
34

Numa ação por principio há audiência previa, mas independentemente de haver ou


não audiência previa, o processo comporta despacho saneador e despacho de
identificação do objeto do litigio e enunciação dos temas da prova.
Se houver audiência previa, o despacho saneador surge no decurso da audiência
previa.
Se houver audiência previa, o despacho de identificação do objeto do litigio e
enunciação dos temas da prova.
Se não houver audiência previa há despacho saneador e despacho de identificação do
objeto do litigio e enunciação dos temas da prova.

Despacho pré saneador 590º

Antes disso temos a questão do despacho pré saneador.


Este despacho não é seguro que aconteça.
Não faz parte que exista despacho pré saneador, porque este pressupõe que alguma
coisa não está bem.
É pré pq é anterior ao despacho saneador e pré pq mtas x em função deste despacho
fica modelado o conteúdo do despacho saneador.
Despacho pré-saneador destinado a:
590º nº2 a)providenciar pela sanação de um vicio processual que é detetável
oficiosamente (os que não são detetáveis oficiosamente o juiz não se mete)
(suprimento de exceções dilatórias) + 6º nº2 2ª partenão está na disponibilidade do
juiz proferir o despacho ou deixar de o fazer.
Não é suscetível de impugnação. Quem não estiver de acordo aguarda despacho do
juiz

590º nº3 carater injuntivo – não está na disponibilidade do juiz proferir o despacho ou
deixar de o fazer. olhar para os articulados na vertente da sua regularidade técnica e
providenciar pelo aperfeiçoamento dos articulados
Ex: quando não há valor da causa, ainda que este seja evidente e quando a secretaria
mesmo assim aceitou a petição
Vícios que contendem com os próprios articulados. Vícios formais.
Distinguem-se 2 planos:
1º Articulados irregulares propriamente ditos
Aqueles relativamente aos quais se verifica que não foram observados por
inteiro os respetivos requisitos.

2º Articulados irregulares documentalmente insuficientes + imp.


- “a parte não haja apresentado documento essencial...”
Não vão acompanhados de um documento que era suposto acompanhar o
articulado e cuja fata determinada que o juiz intervenha notificando a parte para
juntar documento que deveria ter apresentado antes. São documentos sem quais os
quais o facto a que os mesmo se reportam não pode ter-se como provado e ptt são
documentos que chegado a este momento de transição do processo o juiz tem de
35

fazer o controle para saber se eles estão lá ou não e sem os quais o processo não pode
seguir.
- “ou de que a lei faça depender o prosseguimento da causa.” – caso em que o
próprio andamento do processo depende da existência de um determinado
documento.

590º nº4 convite ao aperfeiçoamento pelo juiz para suprimento das insuficiências ou
imprecisões. Convite ao aperfeiçoamento fático dos articulados. Vertente substancial
do processo. Apurar se matéria de facto alegada pelas partes se mostra bastante,
suficiente e inequívoca ou se há insuficiências e imprecisões. Se houve uma alegação
deficiente (faltar aspetos ou suscitar duvidas) impõe-se que o juiz profira um
despachopré saneador de convite aoaperfeiçoamento dos articulados. Este despacho
tem grande importância na medida em que o processo vai desenvolver-se na vertente
da prova dos factos alegados e se a alegação de factos padece de alguma deficiência é
evidente que se há coisas que não estão lá então há que suprir essas insuficiências.
Teor da alegação terá de ser o mais fiel possível.
Analise cuidada do juiz de maneira a que em tempo útil possa intervir neste contexto.
Causa de pedir se mostra suficiente preenchida face ao alegado. Não pode se pode
aproveitar este convite para outras coisas, para inovar quer por parte do autor, quer
por parte do reu nº6 – limitação qto á alteração da causa de pedir e qto ao ónus de
impugnação e qto ao principio da concentração da defesa na contestação.
Não está na disponibilidade do juiz proferir o despacho ou deixar de o fazer.

Autor propõe ação e omite matéria relativamente a um tipo legal. Reu é citado e
contesta. Em condições normais o juiz faz despacho a notificar o autor para
aperfeiçoar a petição.
Mas e se Reu é citado e não contesta – revelia – confissão de factos relativamente aos
factos que estão bem mas em relação ao facto que o juiz acha que está insuficiente –
juiz convida na mesma o autor ao aperfeiçoamento – reu não contestou e vai ser
notificado do acrescento e vai discutir só esta parte porque está amarrado á sua
revelia ou poderá discutir tudo?
Reu que está em revelia e ptt não contestou, caso haja convite ao aperfeiçoamento da
petição inicial, o reu deve ser admitido a contestar por inteiro.

590º nº5

Aula Prática 27/04/18

Alfredo, residente em Paredes, intentou no juízo central cível de Penafiel uma ação
contra Carolina, residente em Vila Nova de Gaia.
Nos termos da respetiva petição inicial, o autor, por escritura publica prometeu
comprar pelo preço de 35 000€ um prédio urbano, sito em Aveiro, a Carolina, que
prometeu vender.
Mais foi alegado que a promitente vendedora recusa a outorga da escritura publica
prometida, apesar de várias vezes interpelada para o efeito.
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Face ao alegado, a referida petição inicial, á qual não foi junto qualquer documento,
conclui peticionando a execução especifica do contrato promessa de CV.
1º Suponha que o reu foi citado por via postal e o respetivo aviso de receção foi
assinado pela sua mãe. Mais suponha que o reu não apresentou contestação, apesar
de ter constituído mandatário no prazo de que disponha para apresentar aquele
articulado. Esclareça que consequências podem dai resultar?
2º Suponha que o reu contestou e alegou o seguinte:
- o tribunal é incompetente.
- era encargo do autor a marcação da escritura publica, sendo certo que nunca foi
interpelado para a celebração do negocio prometido
- o seu marido, Pedro, também celebrou contrato promessa, pelo que é parte ilegítima
na ação
Classifique e aprecie os argumentos defensionais apresentados pela ré.
3º Esclareça se á contestação seguir-se-ia outro articulado. Em caso afirmativo indique
qual e para que efeitos
4º Face a todos os elementos disponíveis, indique qual a concreta atuação que o juiz
da causa deveria adotar.

1º petição inicial 552º


Pedido fixo
Ação declarativa constitutiva propriamente dita
70º nº1 foro real –Tribunal 81º + 117º losj valor não superior a 50 000€, logo juízo local
Cível de Aveiro

Citação pessoal 219º + 225º nº2 b)+ 228º citação feita em pessoa diversa do citando
569º Contestação –prazo dilatório 139º + 245º nº1 a) pessoa diversa 5 dias + b)ré
citada fora da comarca sede do tribunal 5 dias + prazo 30 dias prazo perentório = 40
dias prazo para contestação
Revelia do Reu566º + 567º
Se esgotado o prazo (com os dias de multa) para contestar e o reu não contestou.
Consiste em o reu não ter contestado.
Secretaria deve apresentar o processo ao juiz para que este faça uma primeira
verificação para apurar se a revelia é absoluta ou relativa

Qto ao Modo:
Revelia relativa: reu não contesta, mas no prazo da contestação ainda assim intervém
no processo ou pratica qq ato no processo. Aqui já não há repetição por
irregularidades porque o reu se praticou um ato no processo é porque sabe que é reu.
A diferença entre a revelia absoluta e a revelia relativa é que no caso da revelia relativa
o juiz sabe que o reu sabe que é reu porque praticou um ato no processo.

Qto aos efeitos:

Em principio a revelia seria operante por a ré ter sido citada regulamente e sendo assi
os factos consideraram-se confessados
Mas há aqui uma exceção: e por isso a revelia é
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Revelia Inoperante568º:
Casos em que a revelia não produz os efeitos definidos no art. 567º.

d) o que está em causa é apenas a inoperância da revelia apenas qd se trate de factos


para cuja prova se exija documento escrito. A amplitude da inoperância não é tão
aberta como as outras alíneas + 364º CC + 410º CC

Quando a revelia é inoperante é sinal que não se consideram confessados os factos e


então na pratica é como se o reu tivesse impugnado.
568º O andamento da ação é essencialmente o mesmo que teríamos se tivesse havido
uma contestação.

Petição inicial – não há contestação 568º b), c) e d) não há contestação – não há


replica – pode haver despacho pré-saneador – não há audiência previa 592º nº1 a) –
audiência final com alegações – sentença


1º começar por questões de ordem processual:
por exceção(lateral) 571º nº2: factos novos. Reu não coloca em causa o alegado pelo
autor
Exceção dilatória 576º nº1 + nº2: qd reu alega factos que obstam á apreciação do
mérito da ação. Argumentos de natureza processual ou de violação de pressupostos
processuais. Reu não discute o mérito da causa. Não liberta o reu do fundo da questão.
Quando mto o reu pode ser absolvido daquela instancia 6º nº2 + 278º nº2 e nº3 – por
principio é sanável, mas há violações de pressupostos processuais que são insanáveis,
ou remessa do processo para o tribunal competente.
Incompetência relativa102º + 105º - remessa do processo para o tribunal
competente+ 577ºque impedem o juiz de conhecer o mérito da causa – 577º a)
incompetência relativa 102º + 103º pode ser arguida pelo reu na contestação + 104º
nº1 a) deve ser conhecida oficiosamente + 105º remessa do processo para o tribunal
competente

104º nº2 incompetência em razão do valor + 105º

2 incompetências

Processo seria remetido para o juízo local Cível de Aveiro

- Mora do autor – facto novo


-Exceção perentória 576º nº1 + nº3: qd reu, servindo de causa impeditiva, modificativa
ou extintiva do dto invocado pelo autor, determinam a improcedência total ou parcial
do pedido. Há uma defesa que contendem com o mérito da causa. O reu pretende ser
absolvido do pedido 576º nº3 + 571º nº2 parte final.
Impeditiva – dto nem sequer se chegou a formar/impede a constituição do dto
38

- por exceção(lateral) 571º nº2: factos novos. Reu não coloca em causa o alegado pelo
autor
Exceção dilatória 576º nº1 + nº2: qd reu alega factos que obstam á apreciação do
mérito da ação. Argumentos de natureza processual ou de violação de pressupostos
processuais. Reu não discute o mérito da causa. Não liberta o reu do fundo da questão.
Quando mto o reu pode ser absolvido daquela instancia 6º nº2 + 278º nº2 e nº3 – por
principio é sanável, mas há violações de pressupostos processuais que são insanáveis,
ou remessa do processo para o tribunal competente.
571º 576º nº2 + 577º e)

Litisconsórcio necessárioconjugal 34º nº2

3º Saber se há réplica 584º + 103º nº2 – vai haver outro articulado mas não a replica
porque não estamos perante uma ação de simples apreciação negativa nem perante
um pedido reconvencional e por isso vai haver um outro articulado, um articulado
próprio apresentado pelo autor. Há o ónus de o autor se pronunciar qto ás outras
exceções (perentória), para além de se pronunciar qto á exceção dilatória.

4ºIncompetência relativa102º + 105º - remessa do processo para o tribunal


competente + 577ºque impedem o juiz de conhecer o mérito da causa – 577º a)
incompetência relativa 102º + 103º pode ser arguida pelo reu na contestação + 104º
nº1 a) deve ser conhecida oficiosamente + 105º remessa do processo para o tribunal
competente

104º nº2 incompetência em razão do valor + 105º


2 incompetências
Processo seria remetido para o juízo local Cível de Aveiro
Litisconsórcio necessário conjugal 34º nº2

590º
3 problemas:
1º incompetência relativa
2º ilegitimidade
3º falta de documento
Em relação á incompetência relativa como esta é insuprível não poderá haver
despacho pré-saneador 590º nº1
104º nº3 + 105º nº3 – o juiz deve suscitar e decidir a questão da incompetência até ao
despacho saneador.
Tendo em conta os 3 problemas, poderia haver a prolação do despacho saneador e
depois remessa para o tribunal competente, isto em termos teóricos. Mas em termos
práticos, normalmente iria primeiro ser remetido o processo para o tribunal
competente e depois o novo juiz iria proferir despacho pré saneador para os outros
vícios.
(Se tiver de existir 2 despachos pré saneador pode haver)
39

Juiz deverá proferir um despacho pré saneador. Este despacho é pré porque é anterior
ao despacho saneador e é destinado a providenciar pela sanação de vícios processuais
que são detetáveis oficiosamente e, assim, para suprimento de exceções
dilatórias590º nº2 a) + 6º nº2, tais como, no caso, a ilegitimidade – litisconsórcio
necessário conjugal

590º nº1–regra geral a intervenção do juiz apenas acontece findos os articulados


há situações em que não é assim, há situações em que por determinação legal 226º
nº4, ou por determinação do juiz, o processo é submetido a despacho liminar. a
gestão inicial do processo não tem lugar qd findam os articulados, mas no momento
em que a petição inicial é recebida. A gestão inicial do processo pode ter lugar em 2
momentos:
1º qd findam os articulados
2º qd haja lugar a despacho liminar – petição inicial levada ao juiz e este profira
despacho de indeferimentos ou de aperfeiçoamento

590º nº2 a) + 6º nº22ª parte + 316º–suprimento de pressupostos processuais


convidar quem? autor intentou ação de forma inapropriada
A fazer o que? A requerer a intervenção principal provocada 316º. Autor é responsável
por manter a instancia regular. Autor vai pagar e suportar economicamente as
circunstâncias e uma má instauração da ação.
Só depois de ser requerida esta intervenção e de esta ser admitida pelo tribunal é que
o juiz vai ordenar a citação e a secretaria vai citar 226º nº4 d)

590º nº2 b) + nº3carater injuntivo – não está na disponibilidade do juiz proferir o


despacho ou deixar de o fazer. olhar para os articulados na vertente da sua
regularidade técnica e providenciar pelo aperfeiçoamento dos articulados
Ex: quando não há valor da causa, ainda que este seja evidente e quando a secretaria
mesmo assim aceitou a petição

Vícios que contendem com os próprios articulados. Vícios formais.


Distinguem-se 2 planos:
1º Articulados irregulares propriamente ditos
Aqueles relativamente aos quais se verifica que não foram observados por
inteiro os respetivos requisitos. Carecem de requisitos legais + 552º devem ser
respeitados no momento da elaboração da petição inicial (valor da ação – recusa) +
558º + 133º nº1 + 147º

2º Articulados irregulares documentalmente insuficientes + imp.


- “a parte não haja apresentado documento essencial...”
40

Carecem de documento essencial á ação ou á defesa – relacionado com o


mérito da causa. Sem este documento não há procedência ou improcedência da ação.
A não junção de documentos essencial potencia a improcedência da ação.
Não vão acompanhados de um documento que era suposto acompanhar o
articulado e cuja fata determinada que o juiz intervenha notificando a parte para
juntar documento que deveria ter apresentado antes. São documentos sem quais os
quais o facto a que os mesmo se reportam não pode ter-se como provado e ptt são
documentos que chegado a este momento de transição do processo o juiz tem de
fazer o controle para saber se eles estão lá ou não e sem os quais o processo não pode
seguir.

- “ou de que a lei faça depender o prosseguimento da causa.” – para o normal


desenvolvimento da instancia. caso em que o próprio andamento do processo
depende da existência de um determinado documento.
Ex: qd determinada ação deva ser registada e enquanto isso não acontecer a
ação não prossegue e fica suspensa ou sustada 269º nº1 d) processo fica sustado +
276º nº1 d) termina a suspensão qd se pratica o ato em concreto

590º nº3 + 590º nº2 b) – documento essencial. Documento vai levar a que exceção vai
ser julgado procedente e sem esse documento vai sem julgado improcedente.
Ex: recibo de quitação

590º nº2 c) não são documentos essenciais. Não são documentos que a sua
inexistência no processo determina em princípio a improcedência da exceção ou a
procedência da ação.

590º nº4 convite ao aperfeiçoamento pelo juiz para suprimento das insuficiências ou
imprecisões. Convite ao aperfeiçoamento fático dos articulados. Vertente substancial
do processo. Apurar se matéria de facto alegada pelas partes se mostra bastante,
suficiente e inequívoca ou se há insuficiências e imprecisões. Se houve uma alegação
deficiente (faltar aspetos ou suscitar duvidas) impõe-se que o juiz profira um despacho
pré saneador de convite ao aperfeiçoamento dos articulados. Este despacho tem
grande importância na medida em que o processo vai desenvolver-se na vertente da
prova dos factos alegados e se a alegação de factos padece de alguma deficiência é
evidente que se há coisas que não estão lá então há que suprir essas insuficiências.
Teor da alegação terá de ser o mais fiel possível.
Analise cuidada do juiz de maneira a que em tempo útil possa intervir neste contexto.
Causa de pedir se mostra suficiente preenchida face ao alegado. Não pode se pode
aproveitar este convite para outras coisas, para inovar quer por parte do autor, quer
por parte do reu nº6 – limitação qto á alteração da causa de pedir e qto ao ónus de
impugnação e qto ao principio da concentração da defesa na contestação.
Não está na disponibilidade do juiz proferir o despacho ou deixar de o fazer.
41

Aula Prática 04/05/18

Resolução ponto 3 aula 13/04

Resolução ponto 3 aula 27/04

Caducidade não é sempre de conhecimento oficioso 333º

584º Há reconvenção - Replica – finalidade é responder apenas qto á matéria da


reconvenção ou responder tb á exceção?
Havendo uma ação que admite replica autor tem o ónus de na réplica responder as
exceções invocadas no último articulado

Aula Teórica 15/05/18

591º Audiência prévia

Apresenta-se por principio como uma diligencia em regra tem lugar em todos os
processos.
A questão é saber se a audiência previa é antecedida de despacho pré saneador ou
não.
Entre o momento escrito dos articulados e a sentença final temos o período
correspondente ao da audiência previa.
Antes da audiência final as partes encontram-se na audiência previa que tem uma
função preparatória para a audiência final.
Esta audiência previa cumpre em abstrato diversas funcionalidades 591º nº1, e a
questão que se coloca é saber caso a caso quais as finalidades que em cada processo
irão ser observadas.
Nesta fase do processo pode acontecer que o processo termine, que o processo não
chegue á sentença e á audiência final e se for isso que vai acontecer então o juiz deve
ter presente que vai proferir no despacho saneador uma decisão que poe termo ao
processo e então uma das finalidades próprias da audiência previa será precisamente
permitir as partes produzir alegações antes da decisão do juiz
Se o processo prosseguir então o juiz deve aproveitar este momento para preparar
todo o processo, definindo o âmbito da instrução, o âmbito da prova e por outro lado
definindo os próprios tramites processuais e em especial o modo como vai decorrer a
audiência final (qtas sessões, quem vai ser ouvida, que provas testemunhais vão ser
ouvidas).
Confronto entre 591º/592º/593º

591º - regra
Cabe ao juiz decidir se convoca ou não audiência previa.
Nº1 convocatória pelo juiz
Se juiz convocar tem de assumir o cumprimento do nº2 do 591º- objeto e finalidades:
42

a) tentativa de conciliação + 594º


b) finalidade que tem por objetivo assegurar o princípio do contraditório + 595º= 604º
nº3 e)
c) delimitação dos termos do litigio e suprir insuficiências ou imprecisões que
subsistam ou que apareçam no próprio debate
d) proferir despacho saneador – decisão nuclear do processo que mtas vezes poe
termo ao processo 595º
e) poderes de gestão processual e adequação formal – momento para o juiz de modo
aberto confrontar as partes e recolher os respetivos pontos de vista
f) nos casos em que o processo deva prosseguir 596º identificação do objeto do litigio
e enunciação dos temas da prova
g)tb nos casos em que o processo prossegue, programar numero de sessões, duração,
datas.
Nº2indicação do objeto e finalidade

592º - não realização


Casos em que a lei diz que não há audiência prévia
1º qd o processo deva findar no despacho saneador, por absolvição da
instancia, com fundamento em exceção dilatória já debatida nos articulados 547º
processo termina aqui, com absolvição do reu da instancia
2º casos de revelia inoperante 568º b) c) d) (necessidade de cumprir o 593º
nº2)
processo não vai terminar aqui e vai prosseguir para a fase final

593º - nº1 dispensa do juiz


Juiz pode não convocar a audiência previa nas seguintes situações. Permite ao juiz
tomar a iniciativa de dar um sinal as partes que para si naquele processo não será
necessário a audiência previa.
Juiz assume a dispensa.
Em caso de revelia inoperante 592º nº1 a) - Juiz profere os seguintes despachos sem
precisar de ouvir as partes 593º nº2 a) b) c) d)
a) c) e d) são obrigatórios; qto ao b) depende de ponderação casuística
Nº3Audiência prévia potestativa
Autor e reupodem requerer a realização da audiência prévia – audiência potestativa,
com vista a reclamar dos despachos proferidos em 593º nº2 b) c) e d)
Reclamação é apresentada na audiência nº3 2ª parte
Só não há se todos estiverem de acordo – juiz + partes

Aula Prática 18/05/18

Resolução ponto 4 aula 27/04

Aula Teórica 22/05/18

595º Despacho Saneador


43

Tem 2 vertentes:

1º fixação da verificação da verdade da instancia ou das consequências decorrentes da


verificação de irregularidades de ordem técnico processual

2º ponderação que o juiz deve fazer sobre se neste momento do processo, não
havendo obstáculo ao conhecimento do mérito, sem necessidade de mais nenhuma
diligencia (prova) se há condições, sem mais, decidir já sobre o mérito da causa.

595º nº1 a) - Não havendo nenhum obstáculo ao conhecimento do mérito devera o


juiz ir para a alínea b)

A ponderação a fazer no momento do despacho saneador é condicionada por vícios


processuais e juiz ter cumprido o art. 6º nº2 e ter providenciado pela sanação desses
vícios

595º nº1 a)
595º nº1 a) – para alem das exceções dilatória tb trata das nulidades processuais
A matéria das nulidades processuais 186º, sendo que a 1ª nulidade aí prevista é a
ineptidão da petição inicial. Essa nulidade é elevada á categoria da exceção dilatória.
Mas tb há outras nulidades processuais que devem ser tomadas em conta nesta fase
do processo, alem da dita ineptidão:

1º 187º, 191º, 193º e 194º - nulidades principais/nominadas/tipificadas


187º falta de citação sendo nulo tudo e apenas fica de fora a petição inicial e a
ca causa de nulidade é a falta de citação. A falta de citação é a condição da garantia de
defesa. O conceito de falta de citação é mais amplo que a mera omissão do ato de
citação 188º nº1 a). Tb ocorre falta de citação nas demais alíneas do 188º

189ºnulidade da falta de citação se o reu não for citado e de todo o modo intervier no
processo e se não arguir logo a falta de citação, considera-se sanada a nulidade. A inda
que a citação esteja mal ou não tenha sido feita, mas o reu acaba por intervir no
processo, ou levanta logo nesse mesmo momento a falta de citação ou fica sanada a
nulidade, vicio fica ultrapassado.

191º nulidade da citação, ie, cenário em que processualmente se diz que há citação, ou
seja, não corre falta de citação, mas esta é nula pq não foi feita com observância
integral das formalidades previstas na lei 227º
O prazo para arguir a nulidade da citação é o prazo para a contestação, mas qd este
não é indicado ou qd a citação tenha sido edital, a nulidade pode ser arguida qd da 1ª
intervenção do citado no processo
Qd tiver sido indicado prazo superior para contestar o autor ou deixa rolar ou o autor
pode vir ao processo pedir que a citação seja remetida indicando-se um prazo em
conformidade.
44

193º erro na forma do processo, ie, existem diversas formas de processo (comum e
especiais). Se proponho ação comum qd devia propor ação especial ou ao contrária há
um erro na forma e importa a anulação do s atos que não podem ser aproveitados,
mas devem aproveitar-se atos já praticados se do facto resultar uma diminuição de
garantias do reu. Sempre que o ajustamento do processo possa configurar uma
diminuição das garantias do reu isso não pode acontecer. Ex: redução de testemunhas

194º o MP é uma entidade que representa o estado junto dos tribunais, mas tem
outros tipos de atribuições como representar o reu incapaz qd os seus legais
representantes não o fazem. O papel do MP é o de atuar como parte principal. Outra
coisa é o MP acompanha o processo e deve ter vista do processo (processos que
envolvem menores, regulação de responsabilidades parentais) e no processo estão o
pai e mãe, mas é um processo em que MP intervêm não a representar o menor, mas
uma função de vista, de acompanhamento de garantia de que os interesses do menor
não são postos em causa. E para o MP intervir é necessário que lhe seja dada vista. A
falta desta vista ao MP implica uma nulidade principal

Estas figuras devem ser controladas no momento do despacho saneador para se


tomarem as medidas adequadas de modo a que o processo avance sem que estes
aspetos estejam resolvidos

VS

2º195º - Nulidades secundárias/inominadas/não tipificadas – lei não lhes chama pelo


nome
A prática de um ato que a lei não admita ou a omissão de um ato ou de uma
formalidade que a lei prescreva é uma irregularidade e esta pode ter consequências no
processo e passa a tratar-se como nulidade, embora secundária, qd possa influir no
exame ou na decisão da causa. Temos uma preocupação material e não meramente
formal.
Isto tem consequências
Ex: falta de junção de documento essencial – juiz dita a improcedência da ação no
despacho pré saneador envés de convidar a parte a juntar o tal documento. O que foi
mal feito porque devia ter feito despacho pré-saneador e por isso praticou um ato que
a lei não admita 195º nº1 e isto leva a uma nulidade secundária

Regime das nulidades

Saber se é do conhecimento oficioso 196º

Quem pode arguir a nulidade 197º

Até que momento pode ser arguida 198º + 199º

Momento em o juiz há-de conhecer das nulidades200º

Qual o efeito da nulidade no processo


45

595º nº1 b)

Qd o cumprimento da alínea a) não conduza á absolvição do reu da instancia dai


resulta que não há obstáculos ao conhecimento do mérito da causa e aí existem
condições para neste momento o juiz proferir uma decisão do mérito da causa e qd
esta resposta é positiva o juiz profere decisão sobre o mérito da causa (procedência ou
improcedência).
O conhecimento do mérito pode conduzir á extinção da instancia tb.
Não é normal que o juiz conheça do mérito da causa aqui porque o juiz tem de
conhecer a vertente do dto e a vertente do facto pois qto á vertente do facto a prova
da realidade dos factos apenas será produzida na audiência final. E por isso esta alínea
diz que as provas nesta fase são provas de índole documental.

Se proferido despacho saneador resultar que o processo não termine, então é sinal
que o processo vai avançar e importa preparar o processo e entra a questão da
identificação do objeto do litigio e a enunciação dos temas da prova

Vamos primeiro ver o art. 278º nº3 2ª parteque tem especial relevo no momento do
despacho saneador e pode voltar a colocar-se na sentença 608º
Se vicio persistir, antes de absolver o reu da instancia, o legislador pergunta ao juiz:
Qual o vicio em causa?
Ex: falta de patrocínio judiciário por parte do autor – atuação devidamente
representada para proteger cada uma das partes

E se o vicio não existisse, o juiz decidiria já sobre o mérito da causa?


Se não – absolvição do reu da instancia
Se sim, se não fosse este problema eu decidiria já sobre o mérito da causa e surge a 3ª
pergunta

Irias decidir a favor do autor ou do reu?


Se a favor do reu – absolvição do reu da instancia
Se a favor do autor – então esquece o patrocínio judiciário e decide já a favor do autor

A lei manda que se desconsidere a violação do pressuposto processual e que se


conheça do mérito e que esta seja favorável a essa parte.

Ex: incapaz propõe uma ação


Instituto existe para proteger autor
Juiz chama representante legal que não pratica nenhum ato e incapaz fica sem qq
suporte
Incapacidade que gera a absolvição do reu da instancia (evitar que a incapacidade
possa conduzir a um resultado desfavorável ao incapaz), mas este autor incapaz deve
ser protegido porque propôs a ação e ganharia essa ação neta altura e assim já não se
absolve o reu da instancia ainda que seja para proteger o autor e o juiz deve esquecer
46

a incapacidade do autor e deve-lhe o melhor resultado que ele teria se não fosse esta
incapacidade.

Isto revela-se para Personalidade/capacidade/legitimidade/patrocínio judiciário


Não serve para aptidão da petição nem para a litispendência e caso julgado

Preocupação do legislador da prevalência do mérito sobre as questões processuais.

596º Despacho a identificar o objeto do litigio e a enunciar os temas da prova

Andamento seguinte do processo implica em especial a definição dos contornos da


instrução da causa que temque ver com a atividade de produção de prova:

1º identificação do objeto do litigio


Na sentença o juiz identifica o objeto do litigio 607º nº2, mas a bem do juiz e das
partes essa identificação deve ser feita nesta fase de transição, no momento da
audiência previa onde se elabora este despacho que tem a virtude de concentrar/focar
as partes e o juiz no cerne da questão.
Este objeto é delimitado a partir dos pedidos formulados.
E logo nesta sequencia passa-se a

2º enunciar os temas da prova


Destina-se apenas a determinar sem grandes pormenores os limites da instrução.
Esses limites são definidos pela causa de pedir (concreta situação da vida da qual uma
das partes pretende obter consequências através da invocação de um dto e tudo o que
tem atinência sobre isso interesse para a causa de pedir) e pelas exceções...

Aula Prática 25/05/18

Caso Prático

1.
Citação 219º + 225º nº1 citação pessoal + 225º nº2 b) + 228º citação por via postal
Prazo para contestação – prazo 139º + prazo dilatório 5 dias + prazo perentório 30 dias
569º = 35 dias

Não Contesta – reveliaabsoluta operante 566º


Qto ao modo: Revelia absoluta - Reu não intervém no processo e não pratica qq ato no
processo.
Qto aos efeitos: Revelia OperanteFactos consideram-se confessados.
Isto não significa que o reu seja condenado, mas o juiz vai aplicar o dto àqueles factos.
Se aqueles factos permitirem o reconhecimento do dto invocado pelo autor então a
47

ação é julgada procedente e o reu condenado, mas se aqueles factos não permitirem o
reconhecimento do dto invocado pelo autor então a ação é julgada improcedente e o
reu absolvido.

2.
571º defesa por impugnação de facto – negação indireta – reu aceita que alguma coisa
sucedeu

Aula Teórica 29/05/18 – não houve

Aula Teórica Compensação 30/05/18

598º nº1 Alteração do requerimento probatório

- Na audiência previa convocada pelo juiz 598º nº1 + 591º


- Na audiência prévia potestativa 598º nº1 + 593º nº3

Aditamento ou alteração ao rol de testemunhas 598ºnº2 + nº3

Até 20 dias antes da audiência final – apresentação das testemunhas cabe á parte que
a arrola e não de notificação por parte do tribunal

597º Regime das ações de valor não superior a metade da alçada da Relação –
15.000,00€

juiz pode ou não fazer, consoante a necessidade e a adequação do ato ao processo

a) contraditório
b) audiência prévia
c) despacho saneador
d) adequação formal, simplificação ou agilização processual
e) despacho a identificar o objeto do litigio e a enunciar os temas de prova
f) despacho destinado a programar e agendar audiência final
g) designação de dia para a audiência final
48

se houver necessidade de realizar atos processuais, como por exemplo perícia, não vai
haver logo audiência final

599º Audiência Final

- Gravação sempre 155º


- Juiz singular: tramitação, audiências, sentença 599º e 605º
- Inadiabilidade 603º, em princípio as audiências finais não são adiadas porque elas
foram marcadas por acordo das agendas, a não ser que haja um justo impedimento
para isso.
- Suspensão da instancia não interfere com realização da audiência 272º nº4
- Atos a praticar na audiência final 604º nº3
- Alegações de facto e dto em simultâneo 604º nº3 e) – momento em que os
advogados mostram a sua natureza e qualidade e mtas vezes se realiza o resultado do
processo

Audiência final604º
1º tentativa de conciliação que se correr bem há transação e o processo fica
por aí 604º nº2

Se não correr bem:

2º 604º nº3 a) b) c) d) – atos de produção de prova

Antes ou depois da produção de prova pode acontecer que o juiz pretenda realizar
mais diligencias probatórias
A alínea e) só pode ser cumprida apenas quando o juiz der por finda toda a produção
de prova e ppt se houver outras diligencias probatórias elas devem ser efetuadas antes
desta alínea e) alegações orais.+ nº5

Alegações orais: são um projeto de sentença, para influenciar o julgador pela força dos
argumentos utilizados:

1º de facto - apreciar o modo como a prova foi produzida e como se entende


que os factos devem ser analisados.

2º de direito – enquadramento jurídico

Terminadas as alegações, temos o momento final do processo na 1ª instância que é a


sentença 607º

- Prazo 30 diasnº1
49

- Juiz pode confrontar-se ainda com duvidas sobre a matéria de facto e deve mandar
reabri a audiência para diligencias suplementaresnº1
- Identificação das partes e do objeto do litigionº2
- Decisão de facto e de dto em simultâneo nº3

Poderes de cognição do juiz em matéria de facto 5º

É na sentença que se projeta o art. 5º - factos essenciais alegados pelas partes, + mas
tb o juiz deve considerar na sentença os factos essenciais, complementares ou
concretizadores que tenham resultado da instrução 5º nº2 b) (conhecimento oficioso)
+e ainda considerar os factos instrumentais 5º nº2 a) (conhecimento oficioso)

Dai que seja remetida para a sentença a definição do concreto quadro fático dos autos,
em função de todas a provas produzidas 607º nº4 – fundamentos de facto na sentença
(5)

Os factos instrumentais devem surgir no segmento da motivação da decisão e não na


própria decisão de facto. Factos instrumentais devem aparecer na parte da sentença
no momento em que o juiz como chegou àquela decisão.

Aula Compensação 04/06/18

Fase Inicial
- Petição inicial
- Contestação
- Replica

Fase intermédia
- Despacho pré-saneador
- Despacho saneador
- Temas de prova

Fase Final
50

- Audiência final
- Sentença

Capítulo V – Da instrução do processo 410º e ss


Atividade instrutória

Conjunto de disposições relativas á prova.


Esta fase manifesta-se ao longo de todo o processo.
Relacionado com a indicação da prova e da produção de prova

410º - são os temas da prova que vão ser objeto de instrução. Vão condicionar a
atividade instrutória

Temas de prova

1º416º nº1 - coisas móveis,bens que podem ser entregues na secretaria

2º416º nº2 – coisas imoveis e móveis,mas são bens que não podem ser entregues na
secretaria.

A parte deve indicar logo os factos q visa comprovar através da apresentação da coisa.
Não é impeditivo de prova pericial ou por inspeção qto ás coisas apresentadas sejam
coisas móveis ou imoveis416º nº3

3º 423º - prova documental


documento 362º CC – fotografia, quadro, etc.
363º CC: 3 tipos de documentos: particulares (nem autênticos nem autenticados),
autênticos (elaborados por pessoa dotada de fé publica) autenticados (documento
particular feito pelas partes, mas certificado por pessoa dotada de fé publica).

Regra: 423º nº1 - Documentos destinados a fazer prova dos fundamentos da ação ou
da defesa e devem ser apresentados com o articulado em que sejam alegados os
factos correspondentes. Sempre que se alega um facto que alegue meio de prova
deve-se apresentar o documento no momento em que se alega os factos, ou seja no
articulado correspondente. Petição inicial e contestação são os momentos por
excelência.

Exceções:
Apresentação ulterior: 423º nº2 – até 20 dias antes da data em q se realize a audiência
final, sujeitando-se a parte á multa respetiva, salvo se justificar a apresentação tardia
Após esse momento (após os 20 dias): 423º nº3 + 424º
Só são admitidos os documentos cuja apresentação não
tenha sido possível ate então – 1ª parte
51

Só são admitidos os documentos cuja apresentação se


tenha tornado necessária em virtude de ocorrência posterior – 2ª parte
Em grande parte, são documentos que são juntos na audiência final – prazo de vista –
prazo que a parte tem para analisar a documentação (10 dias) e a parte normalmente
não prescinde desse prazo eaí o juiz pode ordenar a suspensão da audiência final e faz
isso qdo entende que há inconveniente no prosseguimento da audiência final

429º - prova documental na circunstância em que o documento está em poder da


parte contrária, ou seja, parte quer apresentar documento, mas esse documento está
em poder da parte contrária. Requeresse a notificação da parte contrária para que
junte determinado documento e diz que se quer aquele documento e especifica-se os
factos que com ele se quer provar.
430º - Se esse documento não for junto há consequências – 417º nº2 – é possível que
a parte que não junta o documento veja o ónus da prova ser invertido em virtude da
sua recusa e seja ele que tenha de provar os factos impeditivos, modificativos e
extintivos.

432º - documento em poder de terceiro

4º452º - prova por confissão das partes + 352º CC


A confissão só releva relativamente a factos que são desfavoráveis ao confessante
355ºCC - confissão pode ser judicial ou extrajudicial
O depoimento de parte pode ser requerido ou oficiosamente determinado.
452º nº2 - Sendo requerido, devem indicar-se, concretamente, os factos sobre que o
depoimento há-de recair, sob pena de recusa.
454º nº1 – só pode versar sobre factos pessoais ou de q deva ter conhecimento
453º nº3 – cada uma das partes pode requerer o depoimento da parte contrária, bem
como o dos seus compartes
453º nº1 – é necessário que o depoente tenha capacidade judiciária

Regime do depoimento de parte


456º + 604º nº3 a) - em regra é prestado na audiência final para o que deve notificar-
se pessoalmente o depoente, dando-se-lhe conta da data, local e fim da comparência
225º nº2
459º - impõe que o juiz proceda a uma advertência da parte dando-lhe nota do dever
moral de dizer a verdade e da sua importante e da prestação do juramento
460º - incidirá sobre os factos que constituem o objeto do depoimento
460º - interrogatório é feito pelo juiz
462º nº1 – advogados das partes podem pedir diretamente esclarecimentos ao
depoente
463º nº1 – depoimento prestado é reduzido a escrito, na parte que envolva confissão –
assentada - mecanismo processual através do qual o juiz vai fazer exarar em ato os
52

depoimentos da parte que envolva a confissão. Na ata da audiência final o juiz vai fazer
constar os factos que foram confessados. Pergunta á parte que depois se a assentada
corresponde àquilo que ela disse. Após isso os advogados das duas partes são
admitidos a reclamar da assentada.
465º - em regra a confissão é irretratável. Porem, as confissões que não forem aceites
especificadamente pela parte contrária, podem ser retiradas.

5º466º - Prova por declarações das partes


Não se confunde com a prova por depoimento/confissão de parte.
Esta não visa o reconhecimento de facto que são desfavoráveis ao depoimento.
Consiste numa mera repetição da versão que consta da PI e da contestação.
Confirmação das declarações feitas.
nº1 – a própria parte (e não a parte contrária nem o juiz) que se oferece para depor,
requerendo a prestação de declarações, ou seja, têm um carater voluntário e não
podem ser requeridas oficiosamente
Ex: autor pode requer que ele próprio preste declarações de parte
nº2 + 452º nº2 – sendo requerido, devem indicar-se, concretamente, os factos sobre
que o depoimento há-de recair, sob pena de recusa.
nº1 – apenas podem recair sobre factos em que a parte tenha intervindo
pessoalmente ou de que tenha conhecimento direto
nº1 – pode ser requerida a prestação de declarações de parte até ao inicio das
alegações orais em 1ª instancia, mas a parte tem de estar presente. Qd a parte não
está presente o juiz indefere as declarações de parte.

6º467º - Prova Pericial


qd o juiz face ao objeto da causa entenda que é útil a apreciação dos factos por meio
de pessoas com conhecimento especiais.
Nº1 – pode resultar de requerimento das partes ou de determinação judicial
468º - a perícia é requisitada pelo tribunal a entidades competentes para o efeito (IML,
laboratório da policia cientifica ou judiciária, LNEC)
qd não seja possível ou conveniente, a perícia pode ser singular (1 perito designado
pelo tribunal) ou colegial (3 peritos, 1 indicado pelo autor, outro pelo reu e outro
indicado pelo tribunal)
468º nº5 – nas ações de valor não superior a metade da alçada da Relação, a perícia é
apenas singular
A parte que requer a perícia deve indicar logo, sob pena de rejeição, o respetivo
objeto, enunciando as questões de factos que pretende ver esclarecidas, ou seja
devem ser elaborados os quesitos
476º nº1 – juiz, depois de ouvir a parte contrária fixa o objeto exato da perícia nº2
477º - qd a realização da perícia seja ordenada oficiosamente, o juiz deverá fixar o
respetivo objeto
485º - o resultado da perícia é expresso em relatório e as partes podem apresentar
reclamação contra o relatório
Pode ser requerida a realização de segunda perícia
489º - a segunda perícia terá o mesmo numero de peritos da primeira
53

7º490º - Prova por inspeção


Aquela que visa permitir ao tribunal a perceção direta dos factos.
Ex: acidentes de viação
Pode resultar de requerimento das partes ou de determinação judicial
490º nº1 – o juiz procede á inspeção de coisa ou pessoas, a fim de se esclarecer sobre
qq facto que interesse á decisão da causa
491º - as partes são admitidas a participar na inspeção
493º - deve ser lavrado um auto

8º 494º - Prova por verificações não judiciais qualificadas


Tem a função idêntica á da inspeção, mas com a diferença de esta não ser feita por
juiz, mas sim por técnicos ou pessoas qualificadas e aqui não se justifica o
conhecimento direto dos factos. Não se justifica a perceção direta dos factos pelo
tribunal
493º - pode resultar de requerimento das partes ou de determinação judicial
É designado técnico ou pessoa qualificada para proceder aos atos de inspeção de
coisas ou locais ou de reconstituição de factos

9º495º - Prova testemunhal


Podem depor como testemunhas todas as pessoas que, não estando interditas por
anomalia psíquica, tenham aptidão física e mental
Não podem ser testemunhas aqueles que podem depor como partes
598º nº2 – o rol de testemunhas pode ser alterado ou aditado até 20 dias antes da
data da realização efetiva da audiência final
498º nº2 – a parte pode desistir a todo o tempo da inquirição de testemunhas por si
indicadas, mas 526º tribunal pode requerer a inquirição oficiosa
511º - numero limite de testemunhas: 10 testemunhas para o autor e para o reu,
sendo esse nº...
511º nº4 – juiz da causa pode admitir um nº superior de testemunhas, q da natureza e
a extensão dão temas da prova que o justifiquem, através de uma analise casuística
526º - inquirição oficiosa
507º nº2 – as partes têm o ónus de apresentação das testemunhas por si arroladas,
salvo se requererem a respetiva notificação para comparência ou inquirição por meio
de equipamento tecnológico
513º - o depoimento é antecedido do juramento (459º) e do interrogatório preliminar
516º nº4 – o interrogatório e as instancias são feitos pelos advogados das partes, sem
prejuízo dos esclarecimentos pedidos pelo juiz no seu decurso

Aula Prática 08/06/18

Resolução caso prático Nota


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3.
providenciar pelo suprimento dos pressupostos processuais + 590º nº2 b) convite ao
aperfeiçoamento + nº3 articulados + despacho pré saneador p/ juntar ctt
arrendamento 1069º CC – doc essencial 364º CC nº1 – documento essencial á ação e
juiz deveria convidar autor a juntar doc para que pudesse obter a procedência da ação.
Caso esse doc não fosse junto a ação deveria ser julgada improcedente logo no
despacho présaneador + 595º nº1 b)

proferir despacho pré saneador 590º nº4


juiz deveria convidar aperfeiçoar a alegação fática 5º nº1 (factos essenciais,
complementares e concretizadores) – estes são concretizadores, data das obras, 590º
nº4 – articulados imprecisos
juiz devera interpelar o autor para aperfeiçoar
articulado de aperfeiçoamento + contraditório
várias obras – facto essencial que não se encontra concretizado – q obras?
há não mto tempo – facto essencial que não se encontra concretizado – o que é o há
não mto tempo?

despacho saneador – em regra oral na audiência previa 591º nº1 b) para conhecer do
mérito da causa, mas e se juiz recuar e já não quiser conhecer do mérito da causa não
é obrigatório591º nº2

596º nº2 reclamar


se há audiência prévia – perante o juiz- oralmente
se não há audiência previa – perante o juiz – por escrito – prazo 10 dias 149º

parte notificada para concretizar e não concretizou – não há outra oportunidade 590º
nº4 591º nº1 c)

4.
572º d) reu terá de apresentar requerimento probatória, mas se não o fizer fica inibido
de o apresentar 598º
como o reu não deu cumprimento ao ónus não pode alterar requerimento probatório
como ele não apresentou requerimento probatório, não pode agora vir altera-lo.

5.
Despacho saneador – capacidade judiciária
juiz- antes de elaborar a sentença percebeu que na verdade o autor sofre de
incapacidade judiciária
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qual a influencia do que consta do despacho qd o juiz agora entende que o que disse
no despacho saneador não é bem assim
compatibilizar o conteúdo do despacho proferido nos autos com o entendimento que
o juiz agora revela em sede de audiência final do processo
595º nº3 – despacho saneador - caso julgado formal nas questões apreciadas. Se o juiz
numa forma enunciativa, genérica, tabelar elenca o respeito pelos pressupostos
processuais, o despacho saneador não constitui caso julgado formal. Não há força de
caso julgado no processo devido ao próprio despacho saneador
mas qd é que o despacho saneador constitui caso julgado
neste caso não constitui caso julgado formal e o juiz pode agora olhar para o problema
resolve-lo ou nãos sendo possível retirar as consequências que resultem desse
problema.
Mas é conhecimento oficioso 578º + 28º - oficiosidade + momento processual
adequado
15º noção de capacidade judiciária – suscetível de sanação – juiz não vai retirar
consequência imediatas mas deveria providenciar pelo seu suprimento 590º nº2 a) +
6º nº2 1ª parte + 27º + 28º
608º impõe que o juiz qd elabore a sentença comece por verificar os pressupostos
processuais q posam determinar a absolvição da instancia
deve ordenar a notificação dos representantes legais do autor para que possam
intervir nesta causa

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