DPCIV MATUTINO – TURMA TERÇA - Prof. Andréa Morgado
Aluno: EVERSON MAURO FELIZARDO
PROVA DISCURSIVA – LER COM ATENÇÃO AS ORIENTAÇÕES
- Consulta a todo material físico, vedado uso meio eletrônico. - Responder a questão antes de fundamentar. - Todas as respostas devem ser integralmente fundamentadas com a indicação do dispositivo legal + teor + argumentação jurídica pertinente. - A mera afirmação sem o dispositivo legal ou sem a argumentação invalida integralmente a questão, assim como será inválida a questão não respondida. - Todas as respostas encontram-se contempladas nos artigos já estudados - Utilizar apenas as linhas disponíveis para as respostas POSTAGEM NO PORTFÓLIO ATÉ 11h
1. Informe o Princípio aplicável ao processo de execução quando se
afirma: (apenas informar o princípio, não precisa fundamentar) 1.1 quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado R: Princípio da Menor Onerosidade da Execução. 1.2 a ação executiva se desenvolve com o objetivo de satisfazer o direito do exequente R: Princípio do Resultado. 2. Fernando ingressou com ação de execução contra Pedro, postulando o pagamento da quantia de R$ 18.000,00 em razão de obrigação inadimplida, contida em título executivo extrajudicial. Após a citação do executado, frustradas as tentativas de localização de bens passíveis de penhora, foram as partes intimadas a comparecerem em juízo para tentativa de composição. O exequente, por sua vez, questionou a conduta do julgador, eis que o procedimento executivo não prevê o ato conciliatório. Está correta a conduta do julgador considerando os dispositivos aplicáveis ao procedimento executivo? Sim, ainda que não faça parte do procedimento da execução, R:
em qualquer uma das suas modalidades, nada proíbe o juiz de
determinar o comparecimento das partes (art. 772 Inc.) para fins de tentar uma conciliação. 3. Luiz foi demandado em ação de execução proposta por Pedro. Devidamente citado, não realizou o pagamento no prazo legalmente previsto. Em cumprimento ao mandado expedido, o Oficial de Justiça tentou, sem êxito, realizar a penhora do bem indicado pelo exequente na petição inicial, eis que o executado vem adotando condutas no sentido de dificultar a realização do ato. Considerando tal situação, qual a penalidade poderá ser aplicada ao executado pela conduta praticada? R: A penalidade a ser aplicada é multa, e essa não superior a vinte porcento do valor atualizado do debito da execução, conforme descrito no art. 774 Parágrafo Único “...o juiz fixará multa em montante não superior a vinte por cento do valor atualizado do débito em execução...” 4. Carlos ingressou com ação de execução de obrigação de fazer contra Alfredo, objetivando a realização da obra contratada em sua cozinha. Citado, o executado apresentou sua defesa, através de via própria, alegando que a reforma foi realizada nos exatos termos contratados. Carlos apresentou pedido de desistência da ação de execução proposta. Referido requerimento deve contar com a concordância de Alfredo? R: Sim, pois neste caso não versa apenas sobre questões processuais. O art. 775 Inc. CPC descreve “que nos demais casos a extinção dependerá da concordância do impugnante ou do embargante”. 5. Pedro ingressou com ação de execução para entrega de coisa contra Sandro. Considerando os atos praticados pelo executado, o mesmo foi condenado pela litigância de má-fé, além de ser condenado à multa decorrente pela prática de ato atentatório à dignidade da justiça. As multas foram exigidas pelo exequente nos próprios autos do processo executivo. O devedor, contudo, insurgiu-se contra a cobrança, afirmando que: a) não se pode cumular as penalidades impostas (litigância de má-fé e ato atentatório a dignidade da justiça) e b) eventuais penalidades deveriam ser exigidas em autos apartados.
Estão corretas as insurgências expostas pelo executado?
a) Não, pois é possível cumular as penalidades impostas
conforme descrito na segunda parte do Parágrafo Único do art. 774 “sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou material”.
b)Não deveriam, pois o código diz que devem ser promovidas
nos próprios autos do processo, conforme o art. 777 que diz “ A cobrança de multas ou de indenizações decorrentes de litigância de má-fé ou de prática de ato atentatório à dignidade da justiça será promovida nos próprios autos do processo” . 6. Após o falecimento de Túlio, por meio da ação de inventário proposta, deu-se a partilha dos bens deixados pelo falecido aos filhos Ana e Pedro. Cada qual recebeu a quantia de R$ 16.000,00. Otávio, credor do falecido no valor de R$ 79.000,00, pretende direcionar contra os herdeiros a demanda executiva, de sorte a receber a quantia integral da dívida firmada pelo falecido (Túlio). Está correto o pleito deduzido pelo exequente considerando o que dispõe a legislação processual civil? R: Não, a somatória herdada pois a partilha é de trinta e dois mil, valor menor do que dívida e conforme o art. 796 do CPC o espólio responde pelas dividas, mas feita a partilha, cada herdeiro responde proporcional da parte que lhe coube “ ... mas, feita a partilha, cada herdeiro responde por elas dentro das forças da herança e na proporção da parte que lhe coube.” 7. Danilo ingressou com execução contra o fiador Carlos, objetivando o pagamento de R$ 14.000,00 proveniente de contrato assinado pelo devedor Aurélio e duas testemunhas. Em sua defesa, o executado alegou que, em razão do benefício de ordem, não poderia ser demandado sem que a execução fosse direcionada ao devedor originário, Aurélio. Está correta a posição exposta pelo executado? R: Não, tendo em vista que o devedor originário está fora do processo, além do que para este benefício ter efeito sobre o devedor originário, deveria ter sido executado juntamente com outro executado que fez essa alegação. O art. 794 caput que fundamenta sobre o devido processo legal em os devedores estarem na mesma comarca; art. 796 “O fiador, quando executado, tem o direito de exigir que primeiro sejam executados os bens do devedor situados na mesma comarca, livres e desembargados, indicando-os pormenorizadamente à penhora” 8. Carlos ingressou com ação de execução contra João, postulando o pagamento da quantia de R$ 80.000,00. Juntou com a petição inicial um cheque, no valor de R$ 30.000,00, bem como uma nota promissória no valor de R$ 50.000,00. Em sua defesa, João alegou a impossibilidade da cumulação da execução, eis que fundada em títulos diferentes. Está correta a posição exposta pelo executado? R: Não, pois desde que o executado seja o mesmo, desde que o juízo seja competente para todos os títulos, desde se exista identidade de procedimento, conforme descreve o art. 780 CPC “O exequente pode cumular várias execuções, ainda que fundadas em títulos diferentes, quando o executado for o mesmo e desde que para todas elas seja competente o mesmo juízo e idêntico o procedimento”. 9. Tereza propôs ação de execução contra Júlio, requerendo o pagamento da quantia de R$ 186.000,00. Juntou aos autos um contrato de arrendamento de um terreno, assinado pelas partes e duas testemunhas, em que se obriga o devedor Júlio ao pagamento das diferenças eventualmente ocorridas entre os valores futuramente obtidos nas colheitas dos produtos ali plantados, nos anos compreendidos entre 2019 e 2020. Juntou ainda o exequente, planilhas com os valores auferidos no decorrer do período, bem como relatório sobre possíveis fatores externos que teriam influenciado a oscilação dos lucros recebidos. Analise e discorra sobre a possibilidade da continuidade da demanda executiva proposta por Tereza considerando os requisitos exigidos para a propositura da ação. R: A continuidade da demanda é cabível, pois há na descrição que Tereza juntou documentos públicos, contratos assinados, testemunhas que são requisitos conforme os Incisos II, III, V do art. 784. Já as planilhas com valores, relatórios sobre possíveis fatores e etc, simples operações aritméticas conforme Parágrafo Único do art. 786. 10. Juca pretende ingressar com ação de execução de entrega de coisa contra Humberto. Considerando a necessidade de obter, no menor espaço de tempo, a devolução do objeto que se encontra com o executado, Juca pretende fazer um pedido de tutela provisória de urgência antecipada com fulcro no art. 300 do CPC. A providência pretendida pelo exequente está correta? R: Não, pois a tutela a qual se refere é cabível no procedimento de conhecimento, já para o procedimento de execução a tutela cabível é tutela cautelar.
Ação Anulatória de Execução de Imóvel Extrajudicial - Anulação de Procedimento Cartorial para Retomada de Imóvel de Acordo Com A Lei de Alienação Fiduciária