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Art. 448 CLT. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os
contratos de trabalho dos respectivos empregados.
Art. 448-A CLT. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts.
10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em
que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do
sucessor.
Parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar
comprovada fraude na transferência.
2. Sua cliente é uma empresa do setor calçadista com sede em Sapiranga, no Rio Grande do Sul, e lhe
procurou indagando acerca da possibilidade de transferir alguns empregados para outras localidades.
Diante disso, considerando o texto da CLT em vigor e o entendimento jurisprudencial consolidado do
TST, assinale a afirmativa correta.
A) O empregado com contrato de trabalho no qual consta cláusula expressa de transferência decorrente
de comprovada real necessidade de serviço obrigatoriamente deve aquiescer com a transferência, sendo
tal concordância requisito indispensável para a validade da transferência.
B) Apenas serão consideradas transferências aquelas que acarretarem, necessariamente, a mudança de
domicílio do empregado.
C) Em caso de necessidade de serviço, o empregador será livre para transferir o empregado
provisoriamente, desde que com a aquiescência deste, sendo desnecessário o pagamento de qualquer
outra vantagem ou benefício ao empregado, exceto a ajuda de custo para a mudança.
D) Havendo transferência provisória com o pagamento do respectivo adicional, as despesas resultantes
da transferência serão do empregado, uma vez que já indenizada a transferência pelo adicional
respectivo.
Art. 469 CLT. Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade
diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar
necessariamente a mudança do seu domicílio .
§ 1º - Não estão compreendidos na proibição deste artigo: os empregados que exerçam cargo de
confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição, implícita ou explícita, a transferência, quando
esta decorra de real necessidade de serviço.
Art. 470 CLT. As despesas resultantes da transferência correrão por conta do empregador.
3. Eduarda é auditora contábil e trabalha na sociedade empresarial Calculadora Certa Ltda., exercendo
sua atividade junto aos vários clientes do seu empregador. Por necessidade de serviço, e tendo em
vista a previsão expressa em seu contrato de trabalho, Eduarda será transferida por 4 (quatro) meses
para um distante Estado da Federação, pois realizará a auditoria física no maior cliente do seu
empregador. Considerando essa situação e os termos da CLT, assinale a afirmativa correta.
A) A transferência é nula, porque o empregado tem a expectativa de permanecer em um só lugar.
B) A empregada pode ser transferida e receberá um adicional de 10% (dez por cento), que será
incorporado ao seu salário mesmo após o retorno.
C) A transferência somente será possível se houver prévia autorização judicial e, caso permitida, Eduarda
fará jus a um adicional mínimo de 50% (cinquenta por cento).
D) Eduarda poderá ser transferida e terá direito a um adicional não inferior a 25% (vinte e cinco por
cento) sobre seu salário, enquanto estiver na outra localidade.
Art. 469 CLT. Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade
diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar
necessariamente a mudança do seu domicílio .
§ 1º - Não estão compreendidos na proibição deste artigo: os empregados que exerçam cargo de
confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição, implícita ou explícita, a transferência, quando
esta decorra de real necessidade de serviço.
Art. 470 CLT. As despesas resultantes da transferência correrão por conta do empregador.
4. Sheila e Irene foram admitidas em uma empresa de material de construção, sendo Sheila mediante
contrato de experiência por 90 dias e Irene, contratada por prazo indeterminado. Ocorre que, 60 dias
após o início do trabalho, o empregador resolveu dispensar ambas as empregadas porque elas não
mostraram o perfil esperado, dispondo−se a pagar todas as indenizações e multas previstas em Lei
para extinguir os contratos. No momento da comunicação do desligamento, ambas as empregadas
informaram que estavam grávidas com 1 mês de gestação, mostrando os respectivos laudos de
ultrassonografia. Considerando a situação de fato, a previsão legal e o entendimento consolidado do
TST, assinale a afirmativa correta.
A) As duas empregadas poderão ser dispensadas.
B) Somente Sheila poderá ser desligada porque o seu contrato é a termo.
C) Sheila e Irene não poderão ser desligadas em virtude da gravidez.
D) Apenas Irene poderá ser desligada, desde que haja autorização judicial.
Súmula 244 do TST
GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA.
I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da
indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT).
II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de
estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao
período de estabilidade.
III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea “b”, do
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por
tempo determinado.
5. Na reclamação trabalhista movida por Paulo contra a sociedade empresária Moda Legal Ltda., o juiz
prolator da sentença reconheceu que o autor tinha direito ao pagamento das comissões, que foram
prometidas mas jamais honradas, mas indeferiu o pedido de integração das referidas comissões em
outras parcelas (13º salário, férias e FGTS) diante da sua natureza indenizatória. Considerando a
situação de fato e a previsão legal, assinale a afirmativa correta.
A) Correta a decisão, porque todas as verbas que são deferidas numa reclamação trabalhista possuem
natureza indenizatória.
B) Errada a decisão que indeferiu a integração, porque comissão tem natureza jurídica salarial, daí
repercute em outras parcelas.
C) Correta a decisão, pois num contrato de trabalho as partes podem atribuir a natureza das parcelas
desde que haja acordo escrito neste sentido assinado pelo empregado.
D) A decisão está parcialmente correta, porque a CLT determina que, no caso de reconhecimento judicial
de comissões, metade delas terá natureza salarial.
Art. 457 CLT. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do
salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que
receber.
§ 1º Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo
empregador.
§ 2º As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado
seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do
empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer
encargo trabalhista e previdenciário.
6. Determinada sociedade empresária propôs, em 2022, a um grupo de candidatos a emprego, um
contrato de trabalho no qual a duração máxima seria de 30 (trinta) horas semanais, sem a
possibilidade de horas extras. Como alternativa, propôs um contrato com duração de 26 (vinte e seis)
horas semanais, com a possiblidade de, no máximo, 6 (seis) horas extras semanais. Um dos candidatos
consultou você, na qualidade de advogado(a), sobre os contratos de trabalho oferecidos. Assinale a
opção que apresenta, corretamente, sua resposta.
A) Os dois casos apresentam contratos de trabalho em regime de tempo parcial.
B) No primeiro caso, trata-se de contrato de trabalho em regime de tempo parcial; no segundo, trata-se
de contrato de trabalho comum, dada a impossibilidade de horas extras nessa modalidade contratual.
C) Os dois casos não são contratos em regime de tempo parcial, já que o primeiro excede o tempo total
de horas semanais e, o segundo, contém horas extras, o que não é cabível.
D) Não se trata de contrato por tempo parcial, pois, na hipótese, admite-se tempo inferior ao limite
máximo, quando na modalidade de regime por tempo parcial os contratos só poderão ter 30 (trinta) ou
26 (vinte e seis) horas.
Art. 58-A CLT. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a
trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja
duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas
suplementares semanais.
7. Milton possui uma fábrica de massas que conta com 23 (vinte e três) empregados. Em fevereiro de
2021, Milton conversou individualmente com cada empregado e propôs, para trazer maior agilidade,
que dali em diante cada qual passasse a marcar ponto por exceção, ou seja, só marcaria a eventual
hora extra realizada. Assim, caso a jornada fosse cumprida dentro das 8 (oito) horas diárias, não
haveria necessidade de marcação. Diante da concordância, foi feito um termo individual para cada
empregado, que foi assinado. Sobre a hipótese apresentada, de acordo com o disposto na CLT, assinale
a afirmativa correta.
A) O acordo é inválido, porque somente poderia ser feito por norma coletiva, e não individual.
B) O acerto é válido, porque o registro de ponto por exceção à jornada regular de trabalho pode ser feito
por meio de acordo individual.
C) A alteração, para ter validade, depende da homologação do Poder Judiciário, por meio de uma
homologação de acordo extrajudicial.
D) Para o acerto da marcação por exceção, é obrigatória a criação de uma comisssão de empregados,
que irá negociar com o empregador, e, em contrapartida, a empresa deve conceder alguma vantagem.
Art. 74 CLT. O horário de trabalho será anotado em registro de empregados.
§ 2º Para os estabelecimentos com mais de 20 (vinte) trabalhadores será obrigatória a anotação da hora
de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções expedidas pela
Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, permitida a pré-assinalação do
período de repouso.
§ 3º Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos empregados constará do registro
manual, mecânico ou eletrônico em seu poder, sem prejuízo do que dispõe o caput deste artigo.
§ 4º Fica permitida a utilização de registro de ponto por exceção à jornada regular de trabalho, mediante
acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.