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Ruy Silva ingressou com uma demanda trabalhista em face do seu empregador. No curso do
processo, o juiz determinou que o reclamante juntasse aos autos, no prazo de 10 dias,
determinado documento como meio de prova, sob pena de preclusão. Ocorre que Ruy estava
na dependência de que o Cartório emitisse o aludido documento, porém, não tendo este o
emitido a tempo, informando a Ruy que o referido documento só ficaria pronto no prazo de 15
dias. Diante da situação fática, responda:
RESPOSTAS SUGERIDAS
a) Sim, uma vez que a emissão do documento dependa de fato de terceiro caracterizador de
força maior, tal questão se submete a hipótese prevista no art. 775,§1º, I, da CLT OU art.
775,§2º, da CLT, que possibilita que os prazos possam ser prorrogados, pelo tempo
estritamente necessário, em virtude de força maior devidamente comprovada.
QUESTÃO 56
b) Diante da ausência da parte Reclamada a audiência, poderá o seu patrono contestar a ação?
Justifique.
RESPOSTAS SUGERIDAS
a) Não procede o pleito. De acordo com o art. 71, §4º, da CLT a concessão parcial do intervalo
intrajornada, implica o pagamento apenas do período suprimido (30 minutos), com acréscimo
de 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. Não haverá ainda, a
repercussão do valor nas parcelas contratuais e resilitórias, diante da natureza indenizatória
dos valores devidos.
RESPOSTAS SUGERIDAS
b) Não, pois como a demanda tem como parte o Município de Arujá, aplica-se a regra prevista
no art. 852-A, §único da CLT, que exclui o procedimento sumaríssimo para as demandas em
que é parte a Administração Pública, direita, autárquica e fundacional.
QUESTÃO 58
RESPOSTAS SUGERIDAS
a) A empresa transparência deverá efetuar o depósito recursal pela metade, já a Luz e Sol está
isenta, não precisando efetuá-lo, por força do art. 899, §§9º e 10º, da CLT.
b) Sim. Ambas estão obrigadas ao recolhimento das custas processuais de forma integral, cada
uma comprovando o seu pagamento. É o teor do art. 789, §1º, da CLT.
QUESTÃO 59
Diana ajuizou reclamação trabalhista requerendo o pagamento de horas extras sonegadas por
sua empregadora, a empresa Delta Confecções. A sentença julgou procedente seu pedido.
Inconformada com a decisão de primeiro grau, a reclamada resolveu recorrer. Entretanto, não
efetuou o depósito recursal e não recolheu as custas processuais devidas, razão pela qual, por
falta de preparo, o seu recurso não obteve processamento.
a) Qual a medida processual que poderá ser utilizada pela empresa Delta Confecções?
Justifique.
RESPOSTAS SUGERIDAS
b) Não. A execução será promovida pelas partes, permitida a execução de ofício pelo juízo,
apenas nos casos em que as partes não estiverem representadas por advogado, de acordo
com o art. 878, da CLT.
Cláudio é motorista de ônibus da Viação Ponto a Ponto Ltda. desde 20/03/2018. Nos últimos 3
meses, Cláudio, descumprindo deliberadamente cláusula específica do seu contrato de
trabalho, passou a dirigir em alta velocidade, bem como a não respeitar sinais vermelhos, o
que acarretou numerosas multas por infrações de trânsito. Cláudio foi notificado pela
autoridade competente de que perdera a habilitação para dirigir veículos.
A empresa consultou você, como advogado(a), sobre a medida que deveria adotar em relação
ao contrato de Cláudio, considerando que não tem interesse em mantê-lo como empregado.
B) Na hipótese de Cláudio ser dirigente sindical, que medida jurídica processual você deverá
adotar para implementar a dispensa do empregado?
RESPOSTAS SUGERIDAS
a) Deverá ser recomendada a dispensa por justa causa, na forma do Art. 482, letra m ou h da
CLT.
b) Ajuizar inquérito judicial para apuração de falta grave, na forma do Art. 494, OU do Art. 543,
§ 3º, OU do Art. 853, todos da CLT OU Súmula 379 TST OU Súmula 197 STF.
A) Que tese jurídica você defenderia, como advogado(a) da sociedade empresária, em relação
à estabilidade pleiteada por Gleicimar?
B) Que medida judicial você, como advogado(a) da sociedade empresária, adotaria para tentar
reverter a tutela de urgência deferida em favor de Gleicimar?
RESPOSTAS SUGERIDAS
a) Gleicimar não tem garantia no emprego porque é estagiária; portanto, ela não tem vínculo
empregatício, na forma do Art. 3º da Lei nº 11.788/08 OU do Art. 10, inciso II, alínea b, ADCT
OU da Súmula 244, inciso III, do TST. Ela não faz jus à estabilidade, pois essa pressupõe que a
pessoa seja empregada.
b) Impetrar mandado de segurança, pois se trata de decisão interlocutória contra a qual não
cabe recurso imediato, na forma da Súmula 414, inciso II, do TST e Súmula 214 do TST.
Você foi contratado(a) como advogado(a) por um trabalhador que requereu, em reclamação
trabalhista, o pagamento de horas extras e de adicional noturno. Em audiência, após ter
acesso à defesa, você verificou que a tese defendida pela reclamada foi a seguinte: em relação
ao adicional noturno, negou o direito, porque a convenção coletiva da categoria prevê, em
uma das cláusulas, expressamente, que a remuneração do trabalho noturno seria igual ao
diurno, sem direito a adicional; em relação ao pedido de horas extras, negou a sua existência,
apresentando os controles de ponto assinados pelo trabalhador, que contêm horários
invariáveis de entrada e saída. O juiz concedeu prazo para manifestação acerca da defesa e
documentos. Considerando a situação posta, os termos da CLT e o entendimento consolidado
do TST, responda às indagações a seguir
A) À luz da defesa e dos documentos, que tese jurídica você apresentaria em relação ao pedido
de adicional noturno? Justifique.
B) À luz da defesa e dos documentos, que tese jurídica você apresentaria em relação ao pedido
de horas extras? Justifique.
RESPOSTAS SUGERIDAS
a) O examinando deverá explorar o fato de que a norma coletiva da categoria não pode
suprimir o pagamento do adicional noturno por vedação constitucional OU vedação legal OU
porque constitui objeto ilícito, nos termos do Art. 7º, IX, CRFB/88 OU Art. 611-B, VI, CLT.
b) O examinando deve afirmar que controles contendo horários invariáveis são inválidos como
meio de prova, invertendo-se assim o ônus da prova, que passa a ser da sociedade empresária,
na forma da Súmula 338, inciso III, do TST.
A massa falida de Biscoitos da Serra Ltda. teve de romper os contratos de trabalho de todos os
seus empregados quando da quebra judicial, porque o juízo estadual determinou o
fechamento e lacre do estabelecimento principal e das filiais. Logo após, um dos empregados
ajuizou reclamação trabalhista postulando as verbas da extinção contratual, e, na sentença, o
juiz condenou a massa falida ao pagamento de aviso prévio, do 13º salário proporcional, das
férias proporcionais acrescidas de 1/3, da entrega das guias para saque do FGTS, dos
formulários do seguro desemprego e das multas do Art. 467 e do Art. 477, ambos da CLT.
RESPOSTAS SUGERIDAS
a) As multas do Art. 467 e do Art. 477, ambos da CLT, não são devidas, em razão da extinção
do contrato pela falência, na forma da Súmula 388 do TST.
QUESTÃO 64
Tício Abreu, admitido pela Empresa Comercial ABC, no dia 05.12.2018, sempre teve salário
inferior ao do colega Tales Mileto, admitido um ano antes, para o exercício da mesma função.
Ambos os empregados trabalham em filiais distintas, mas localizadas no mesmo município. De
acordo com o fato narrado, responda:
a) Eventual postulação de equipar ação salarial de Tício Abreu com Tales Mileto poderia
prosperar? Justifique.
b) No caso da empresa Comercial ABC, fizer parte da administração pública indireta, com uma
Sociedade de Economia Mista, podemos ainda assim falar em equiparação entre os
empregados? Justifique.
RESPOSTAS SUGERIDAS
a) Não merece prosperar, uma vez que os empregados prestam serviços em estabelecimentos
diferentes, de acordo com a previsão no art. 461, caput, da CLT.
b) Sim, desde que preenchidos os requisitos da equiparação salarial, as regras são aplicáveis
aos empregados públicos de sociedades de economia mista e empresas públicas, por força da
Súmula nº 455, do TST.
QUESTÃO 65
A empresa Montovani, hoje com 25 empregados, procura você como Advogado(a), pois está
com dúvidas sobre a obrigatoriedade da anotação da hora de entrada e de saída, em registro
manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções do Ministério do Trabalho e Previdência.
De acordo com o fato narrado, responda:
a) A empresa está obrigada a efetuar a anotação de hora de entrada e saída, tendo apenas 25
empregados no seu quadro? Justifique.
b) Caso o setor de recursos humanos, decida pela possibilidade de um controle por exceção, a
medida seria possível? Justifique.
RESPOSTAS SUGERIDAS
a) Sim. De acordo com o art. 74, §2º, da CLT, as empresas com mais de 20 empregados têm a
obrigação de manter a anotação de entrada e saída de seus empregados, em registro manual,
mecânico ou eletrônico.
b) Sim, nos termos do §4º do art. 74, da CLT é permitido, de forma expressa, o controle de
jornada por exceção, não apenas mediante previsão em norma coletiva, mas também por
meio de acordo individual escrito.
QUESTÃO 66
Aline, estudante do 5º período do curso de Direito, está com dúvidas sobre tema “Recursos no
Processo do Trabalho”. Dessa forma, questionou sua tia, Alice Mendes, renomada advogada
trabalhista sobre algumas questões que podem ser cobradas na sua prova, marcada para a
próxima semana. Diante dos fatos narrados responda.
a) No âmbito do TST, e de acordo com o que estabelece a CLT, da decisão não unânime de
julgamento que conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam
a competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho, qual será o recurso cabível?
Justifique.
RESPOSTAS SUGERIDAS
a) Cabem Embargos Infringentes, no prazo de 8 dias, nos termos do art. 894, I, a, da CLT.
QUESTÃO 67
José da Silva, dirigente sindical, foi flagrado, pelas câmeras de segurança, se apropriando
indevidamente de vários produtos do estoque de seu empregador, a empresa, Comercial Leve
Tudo Ltda. Considerando que a confiança estabelecida entre as partes foi quebrada, o
empregador pretende romper o contrato de trabalho por justa causa. Diante dos fatos
narrados, responda:
a) Qual a medida judicial deve ser aplicada ao caso narrado e em qual prazo? Justifique.
RESPOSTAS SUGERIDAS
a) Inquérito para apuração de falta grave, no prazo de 30 dias, contados da data da suspensão
do empregado, com fulcro nos arts. 494 e 853, ambos da CLT OU Súmula nº 197 e nº 379, do
TST.
Rogério Renzetti