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DIREITO PROCESSUAL

CIVIL
PROFESSORA RAQUEL BUENO
@DIREITOPARADESESPERADO
1 XXII EXAME DE ORDEM - (55) João ajuizou ação indenizatória contra
Maria, postulando a condenação ao pagamento de R$ 100.000,00 a título de reparação por danos
materiais e R$ 50.000,00 por indenização de danos morais, em razão do descumprimento de um
contrato firmado entre eles, referente à compra e venda de dois imóveis, cujos valores eram R$
500.000,00 e R$ 200.000,00. Maria, citada, apresentou contestação e reconvenção, pedindo a
declaração de invalidade parcial do contrato relativo ao imóvel de R$ 200.000,00, bem como a
condenação de João ao pagamento de indenização por danos morais, no valor de R$ 20.000,00.
Diante de tal situação, assinale a opção que apresenta o valor da causa da reconvenção.
A) O valor deve ser o mesmo da ação principal, qual seja, R$ 150.000,00, por ser ação acessória.
B) Não é necessário dar valor à causa na reconvenção.
C) O valor deve ser de R$ 220.000,00, referente à soma do pedido de declaração de invalidade
parcial do contrato e do pleito de indenização por danos morais.
D) O valor deve ser de R$ 200.000,00, referente ao pedido de declaração de invalidade parcial do
contrato, sendo o pleito de indenização por danos morais meramente estimado, dispensando a
indicação como valor da causa.
VALOR DA CAUSA
CPC - Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:
I - na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de outras
penalidades, se houver, até a data de propositura da ação;
II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a
rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida;
III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor;
IV - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido;
V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido;
VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles;
VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor;
VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal.
§ 1º Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, considerar-se-á o valor de umas e outras.
§ 2º O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado ou
por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma das prestações.
§ 3º O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao conteúdo
patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao recolhimento
das custas correspondentes.
2 (57) Gláucia ajuizou, em abril de 2016, ação de alimentos em face de Miguel com fundamento na
paternidade. O réu, na contestação, alegou não ser pai de Gláucia. Após a produção de provas e o
efetivo contraditório, o magistrado decidiu favoravelmente ao réu. Inconformada com a sentença de
improcedência que teve por base o exame de DNA negativo, Gláucia resolve agora propor ação de
investigação de paternidade em face de Miguel. Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa
correta.
A) O magistrado deve rejeitar a nova demanda com base na perempção.
B) A demanda de paternidade deve ser admitida, já que apenas a questão relativa aos alimentos é
que transitou em julgado no processo anterior.
C) A questão prejudicial, relativa à paternidade, não é alcançada pela coisa julgada, pois a cognição
judicial foi restrita a provas documentais e testemunhais.
D) A questão prejudicial, relativa à paternidade, é atingida pela coisa julgada, e o novo processo deve
ser extinto sem resolução do mérito.
COISA JULGADA
CPC - Art. 503. A decisão que julgar total ou parcialmente o mérito tem força de lei nos limites da
questão principal expressamente decidida.
§ 1º O disposto no caput aplica-se à resolução de questão prejudicial, decidida expressa e
incidentemente no processo, se:
I - dessa resolução depender o julgamento do mérito;
II - a seu respeito tiver havido contraditório prévio e efetivo, não se aplicando no caso de revelia;
III - o juízo tiver competência em razão da matéria e da pessoa para resolvê-la como questão
principal.
§ 2º A hipótese do § 1º não se aplica se no processo houver restrições probatórias ou limitações à
cognição que impeçam o aprofundamento da análise da questão prejudicial.
3 XX EXAME DE ORDEM (57) A sociedade Palavras Cruzadas Ltda.
ajuizou ação de responsabilidade civil em face de Helena e requereu o benefício da gratuidade de
justiça, na petição inicial. O juiz deferiu o requerimento de gratuidade e ordenou a citação da ré.
Como a autora não juntou qualquer documento comprobatório de sua hipossuficiência econômica, a
ré pretende atacar o benefício deferido. Com base na situação apresentada, assinale a afirmativa
correta.
A) O instrumento processual adequado para atacar a decisão judicial é o incidente de impugnação ao
benefício de gratuidade, que será processado em autos apartados.
B) A ré alegará na contestação que não estão presentes os requisitos para o deferimento do
benefício de gratuidade.
C) A ré alegará na contestação que o benefício deve ser indeferido, mas terá que apresentar
documentos comprobatórios, pois a lei presume verdadeira a alegação de insuficiência deduzida.
D) O instrumento processual previsto para atacar a decisão judicial de deferimento do benefício é o
agravo de instrumento.
PRELIMINARES DA CONTESTAÇÃO
CPC - Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
I - inexistência ou nulidade da citação;
II - incompetência absoluta e relativa;
III - incorreção do valor da causa;
IV - inépcia da petição inicial;
V - perempção;
VI - litispendência;
VII - coisa julgada;
VIII - conexão;
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
X - convenção de arbitragem;
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual;
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
4 XXIX EXAME DE ORDEM (56) O Tribunal de Justiça do Estado X, em
mandado de segurança de sua competência originária, denegou a ordem
em ação dessa natureza impetrada por Flávio. Este, por seu advogado,
inconformado com a referida decisão, interpôs recurso especial. Sobre a
hipótese, assinale a afirmativa correta.
A) O Superior Tribunal de Justiça poderá conhecer do recurso especial, por
aplicação do princípio da fungibilidade recursal.
B) O recurso especial não é cabível na hipótese, eis que as decisões
denegatórias em mandados de segurança de competência originária de
Tribunais de Justiça somente podem ser impugnadas por meio de recurso
extraordinário.
C) O recurso especial não deve ser conhecido, na medida em que o recurso
ordinário é que se mostra cabível no caso em tela.
D) As decisões denegatórias de mandados de segurança de competência
originária de Tribunais são irrecorríveis, razão pela qual o recurso não deve
ser conhecido.
5 XXVI EXAME DE ORDEM
53) José ajuizou ação de indenização por danos morais, materiais e
estéticos em face de Pedro. O juiz competente, ao analisar a petição inicial,
considerou os pedidos incompatíveis entre si, razão pela qual a indeferiu,
com fundamento na inépcia. Nessa situação hipotética, assinale a opção
que indica o recurso que José deverá interpor.
A) Apelação, sendo facultado ao juiz, no prazo de cinco dias, retratar-se do
pronunciamento que indeferiu a petição inicial.
B) Apelação, sendo os autos diretamente remetidos ao Tribunal de Justiça
após a citação de Pedro para a apresentação de contrarrazões.
C) Apelação, sendo que o recurso será diretamente remetido ao Tribunal de
Justiça, sem a necessidade de citação do réu para apresentação de
contrarrazões.
D) Agravo de Instrumento, inexistindo previsão legal de retratação por parte
do magistrado.
6 XXIX EXAME DE ORDEM
(57) Pedro, na qualidade de advogado, é procurado por Alfredo, para que seja proposta uma
demanda em face de João, já que ambos não conseguiram se compor amigavelmente. A fim de
embasar suas alegações de fato, Alfredo entrega a Pedro contundentes documentos, que
efetivamente são juntados à petição inicial, pela qual, além da procedência dos pedidos, Pedro
requer a concessão de liminar em favor de seu cliente. Malgrado a existência de tese firmada em
julgamento de recurso repetitivo favorável a Alfredo, o juiz indefere a liminar, sob o fundamento de
que não existe urgência capaz de justificar o requerimento. Posto isso, a decisão está
A) correta, pois, ainda que o autor tenha razão, o devido processo legal impõe que seu direito seja
reconhecido apenas na sentença, exceto na hipótese de urgência, o que não é o caso.
B) incorreta, pois, se as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e
houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos, como no caso, a liminar pode ser deferida.
C) correta, pois a liminar só poderia ser deferida se, em vez de tese firmada em sede de recurso
repetitivo, houvesse súmula vinculante favorável ao pleito do autor.
D) incorreta, pois a tutela de evidência sempre pode ser concedida liminarmente.
7 XXIII EXAME DE ORDEM
(51) Pedro promove ação de cobrança em face de José, pelo descumprimento de contrato de
prestação de serviços celebrado entre as partes. O processo instaurado teve seu curso normal, e o
pedido foi julgado procedente, com a condenação do réu a pagar o valor pleiteado. Não houve
recurso e, na fase de cumprimento de sentença, o executado é intimado a efetuar o pagamento e
pretende ofertar resistência. Sobre a postura adequada para o executado tutelar seus interesses,
assinale a afirmativa correta.
A) Deve oferecer embargos à execução e, para tanto, deverá garantir o juízo com penhora, depósito
ou caução.
B) Deve oferecer impugnação à execução, devendo garantir o juízo com penhora, depósito ou
caução.
C) Deve oferecer embargos à execução, sem a necessidade de prévia garantia do juízo para ser
admitido.
D) Deve oferecer impugnação à execução, sem a necessidade de prévia garantia do juízo com
penhora.

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