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Acerca dos recursos, considere:

I. O recorrente comprovará, quando da interposição do recurso, o respectivo preparo,


incluindo o porte de remessa e retorno, ainda que se trate de autos eletrônicos.
II. A renúncia ao direito de recorrer é dependente da aceitação da outra parte quando a
sentença houver resolvido o mérito.
III. O recorrente pode desistir do recurso a qualquer tempo, ainda que sem a anuência do
recorrido ou dos litisconsortes.
IV. A apelação é um recurso de fundamentação livre, admitindo-se inclusive o reexame de
provas.

Estão corretas:

a- II e IV
b- I e IV
c- II e III
d- III e IV
e- I e III

Luciana interpôs ação de indenização por ato ilícito, em face de Rafael, a sentença julgou
procedente o pedido, condenando Rafael ao pagamento de indenização no importe de R$
50.000,00, além de honorários advocatícios de 5% sobre o valor da condenação. Inconformado
Rafael propôs recurso de apelação, buscando a redução do valor da indenização, nesta
situação é INCORRETO afirmar:

a) O recurso interposto por Rafael pode ser classificado como um recurso ordinário de
fundamentação simples que busca a reforma da decisão alegando error in procededo.
b) O recurso interposto por Rafael é classificado como devolutivo ou reiterativo.
c) Rafael poderá, em seu recurso de apelação, impugnar as decisões interlocutórias não
agraváveis.
d) Caso entenda que o valor arbitrado a título de honorários advocatícios é muito baixo frente à
complexidade do trabalho realizado, o advogado de Luciana poderá apresentar recurso na
forma adesiva, no prazo que incumbe para contrarrazões.

Analise a ementa a seguir:

APELAÇÕES CÍVEIS. RECURSO ADESIVO. NÃO CONHECIDO. AÇÃO DE


INDENIZAÇÃO POR COBRANÇA INDEVIDA C/C REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS
E MATERIAIS. RELAÇÃO CONSUMERISTA. APLICAÇÃO DO CDC. AJUIZAMENTO
DE AÇÃO DE EXECUÇÃO INDEVIDA. FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO.
INOBSERVÂNCIA DOS DADOS PESSOAIS DO DEVEDOR. DANO MORAL
EVIDENCIADO. QUANTUM ARBITRADO. MANUTENÇÃO. DANO MATERIAL.
INDEVIDO. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
PREQUESTIONAMENTO.
1. Pelo princípio da XXXXXXXXXXXXXXX , cada parte pode atacar uma decisão judicial
somente por um único recurso.
2. O Código de Defesa do Consumidor determina que a falha na prestação do serviço
bancário implica na responsabilidade objetiva, que dispensa a demonstração do
elemento subjetivo (dolo ou culpa) para sua configuração.
3. No caso presente, configurado o ato ilícito por parte do banco requerido,
consubstanciado no ajuizamento de ação de execução em desfavor de cliente diverso
daquele que contraiu a dívida decorrente da inobservância dos dados pessoais, exsurge
a obrigação de reparar pelo abalo moral decorrente da exposição, desespero, transtorno
e iminente risco de expropriação de bens indevidas.
4. O valor a ser arbitrado a título de compensação por ofensa moral deve ter como
parâmetro a extensão do abalo sofrido pelo lesado, considerada, ainda, a finalidade
repressiva ao ofensor, sem contudo, configurar fonte de enriquecimento ilícito. Estando a
quantia fixada em conformidade com essas balizas, incabível a sua majoração e/ou
redução.
5. O fato de uma parte exercer o seu direito constitucional de ajuizar ação indenizatória,
por si só, não induz ilícito gerador de danos materiais, razão pela qual inviável o
ressarcimento dos custos decorrentes da contratação de advogado pela parte autora,
visto que esta decorreu do livre acerto entre a constituinte e o seu mandatário.
6. Sendo as partes, em parte, vencedoras e vencidas, as despesas devem ser
proporcionalmente distribuídas entre elas.
7. Para efeito de prequestionamento, é suficiente que a questão objeto do recurso tenha
sido apreciada pelo Tribunal local.
1º RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDO E IMPROVIDO. 2º RECURSO DE
APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. RECURSO ADESIVO
NÃO CONHECIDO.(TJGO, APELACAO 0071764-22.2015.8.09.0090, Rel. MARIA DAS
GRAÇAS CARNEIRO REQUI, 1ª Câmara Cível, julgado em 27/02/2019, DJe de
27/02/2019)

Responda: Qual o princípio tratado no item 1 da ementa?

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Se a parte desiste de recurso que interpôs contra sentença que julgou o mérito,

a) fica prejudicado o julgamento do mérito da causa.


b) a desistência não impedirá a análise de questão objeto de julgamento de recurso
especial repetitivo.
c) para que a desistência seja homologada, é necessária concordância da parte recorrida.
d) a situação equivale, em termos práticos, à renúncia ao direito em que se funda a
demanda.

Considere hipoteticamente que o autor ajuizou ação de cobrança de dívida e o réu, na


respectiva contestação, alegou que a dívida estava prescrita e que já havia efetuado o
pagamento do débito. O juiz, na sentença, acolheu a prescrição e, por isso, não examinou a
outra defesa do réu, julgando improcedente a demanda. O autor, inconformado, interpôs
recurso de apelação. Nesse caso, o tribunal, se reconhecer que a dívida não estava prescrita,

a) não pode acolher a outra tese do réu, pagamento, porque o réu não recorreu.
b) pode acolher a outra tese do réu, pagamento, porque é deduzida a defesa com mais de um
fundamento. Assim, ainda que o juiz tenha acolhido apenas um deles, os demais poderão
ser apreciados pelo tribunal.
c) deve suspender o julgamento e converter o feito em diligência, para que o juiz de primeiro
grau examine a outra defesa do réu (pagamento), para evitar supressão de instância.
d) deve anular o processo e remeter o processo para o juiz de primeiro grau examinar a outra
defesa do réu (pagamento), para evitar supressão de instância.
e) pode acolher a outra defesa (pagamento), mas o réu, para que a respectiva defesa seja
analisada, deve interpor o incidente de assunção de competência.

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Sidnelsom foi condenado em ação de reintegração de posse cumulada com indenização, a
devolver à Maroca o apartamento que ela havia lhe cedido por tempo determinado, além da
obrigação de indenizá-la no importe de R$ 12.500,00 pelos tempo de ocupação indevida. O
pedido de indenização por danos morais foi julgado improcedente, e os honorários de
sucumbência, fixados em 10% sobre o valor da indenização, foram divididos entre os patronos
do autor e réu em proporções iguais. Inconformado, Sidnelsom, interpôs recurso de apelação,
nesta situação,

QUESTIONA-SE:

Sabendo-se que a Maroca foi concedido os benefícios da gratuidade da justiça, caso seja
interposta apelação pelo seu advogado, visando exclusivamente a majoração dos honorários
advocatícios, como fica o preparo recursal?

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Analise o acórdão a seguir, extraído do julgamento de uma apelação.

APELAÇÃO. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. EMBARGOS À


EXECUÇÃO. DEFENSORIA PÚBLICA. INTIMAÇÃO PESSOAL. PRAZO EM
DOBRO. TEMPESTIVIDADE. ERROR IN PROCEDENDO. PROVIMENTO.
1. Forçoso o reconhecimento de XXXXXXXX do julgador que deixou de
conhecer dos embargos à execução opostos, por suposta intempestividade,
porquanto protocolado em tempo hábil.
2. Afastada a intempestividade dos embargos, impõe-se a cassação do ato
decisório, ensejando a devolução dos autos ao juízo de origem para
prosseguir no seu julgamento.
3. Apelo conhecido e provido. Sentença cassada.
(TJGO, Apelação (CPC) 5371301-68.2017.8.09.0051, Rel. BEATRIZ
FIGUEIREDO FRANCO, 4ª Câmara Cível, julgado em 19/03/2019, DJe de
19/03/2019)

Da análise conseguimos extrair qual foi o pedido e a causa de pedir recursal, informe-os a
seguir

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Sobre os recursos em espécie, assinale a alternativa INCORRETA, nos termos do Código de
Processo Civil de 2015:

a) A decisão que julga antecipadamente parcela do mérito é recorrível por apelação.


b) O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério
Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica.
c) O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é impugnável
na apelação.
d) Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do
julgamento anterior, não será necessário aplicar o princípio da complementaridade, sendo
assim, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos
embargos de declaração será processado e julgado independentemente de ratificação.
e) É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada para
julgar improcedente o agravo interno.

Gerusa ajuizou ação de cobrança em face de Vicente, que, ao final da instrução probatória,
culminou em sentença de procedência de seu pedido condenatório, tendo o magistrado fixado
honorários advocatícios de sucumbência em quantia irrisória. O êxito obtido decorreu do
trabalho desenvolvido pelo Dr. Alonso, advogado particular constituído por Gerusa em razão de
renúncia ao mandato apresentada por seu antigo advogado, logo após a distribuição da ação.
Assim que assumiu o patrocínio da causa, o Dr. Alonso identificou que Gerusa não possuía
recursos suficientes para custear o processo, razão pela qual requereu e obteve o direito de
gratuidade da justiça para sua cliente.

A partir dos elementos do enunciado, com base no CPC/15, assinale a afirmativa correta.

a) O pedido de gratuidade da justiça deveria ter sido formulado por meio de incidente
processual em apenso.
b) É cabível apelação versando exclusivamente sobre a majoração do valor dos honorários
fixados pela sentença, mediante pagamento do preparo pelo Dr. Alonso.
c) A gratuidade da justiça não poderia ter sido deferida pelo juiz, pois Gerusa está assistida
pelo advogado particular Dr. Alonso.
d) É cabível apelação versando exclusivamente sobre a majoração dos honorários fixados pela
sentença, sendo dispensável o pagamento do preparo em razão da concessão do direito de
gratuidade da justiça a Gerusa.

De acordo com o disposto no Código de Processo Civil,

a) não serão admitidos novos embargos de declaração apenas se os três anteriores houverem
sido considerados protelatórios.
b) as questões de fato não propostas no juízo inferior não poderão ser suscitadas na apelação,
em virtude da preclusão, ainda que a parte prove que deixou de fazê-lo por motivo de força
maior.
c) o capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é impugnável na
apelação.
d) decisões que versem sobre o mérito do processo, ainda que em análise perfunctória, só
podem ser impugnadas por meio de apelação.

4
QUIM COMERCIO DE VESTUARIO INFANTIL propôs ação de rescisão contratual cumulada
com reparação de danos patrimoniais e morais em face de SHIRASE FRANQUIAS E
REPRESENTAÇÕES LTDA, onde alega descumprimento de contrato de franquia celebrado
com cláusula de eleição de foro. Na sua petição inicial alegou nulidade da cláusula de eleição
de foro a fim de que a tramitação do processo se desse na comarca de Cuiabá-MT. A empresa
ré alegou, em sua defesa, exceção de incompetência, que foi acolhida pelo juiz de primeiro
grau, determinando a remessa dos autos à comarca do Rio de Janeiro/RJ, por entender
inexistente a alegação de nulidade veiculada pelo autor de cláusula de eleição de foro prevista
no instrumento contratual.

Nesta situação é CORRETO afirmar

a) Na situação narrada, a decisão não é agravável, sendo assim, a autora deverá aguardar a
sentença para, em preliminar de apelação impugnar a decisão interlocutória através de
Agravo de Instrumento.
b) Segundo o entendimento do STJ, em precedente obrigatório, neste caso caberá Agravo de
Instrumento, isso porque o rol do artigo 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso
admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da
inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação.
c) Para esta situação, por cuidar-se de decisão interlocutória expressamente prevista no rol
taxativo do Código de Processo Civil, o recurso cabível será Agravo de Instrumento, dirigido
ao Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso.
d) Para esta situação, por cuidar-se de decisão interlocutória expressamente prevista no rol
taxativo do Código de Processo Civil, o recurso cabível será Agravo de Instrumento, dirigido
ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

Considere a seguinte situação hipotética:

No ano de 2015, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça julgou um importante tema
de direito privado em sede de recurso especial envolvendo contratos bancários. Neste ano de
2018 houve alteração na composição da referida Turma, com a saída de três dos cinco
Ministros e a posse de três novos Ministros. No mês de Abril do corrente ano, a mesma
Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, quando do julgamento de outro recurso
especial, divergiu do julgamento anterior proferido no ano de 2015, quando da análise da
mesma questão de mérito envolvendo contratos bancários. Neste caso, nos termos
estabelecidos pelo Código de Processo Civil, a parte interessada poderá interpor

a) agravo regimental.
b) embargos de divergência.
c) embargos infringentes.
d) mandado de segurança.
e) reclamação.

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