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Ao Juízo de Direito da 3° Vara Cível da Comarca de Tubarão/SP

Autos n°…

GENIVAL, brasileiro, solteiro, profissão…, filiação…, data de


nascimento…, RG 1.234 SESP/SP, CPF 012.345.678-90, residente e
domiciliado na Rua de Justiça, n° 1988, Centro, Tubarão,
CEP…,e-mail…, por seu advogado que esta subscreve (procuração
anexa), e-mail…, com escritório profissional no (endereço completo…)
onde recebe intimação e citação, vem a presença de Vossa Excelência
apresentar CONTESTAÇÃO CUMULADA COM RECONVENÇÃO com
fulcro nos artigos 335 e seguintes combinado com o artigo 343, ambos
do Código de Processo Civil (CPC), na ação indenizatória que é movida
por PAULO já qualificado, conforme fatos e fundamentos que passa a
expor:

I - DOS FATOS
Paulo, ora requerente, ajuizou ação indenizatória face ao réu
pleiteando R$15.000.00 título de dano moral e o mesmo valor a título de
dano material, em 10/09/2020, em razão do requerido ter encaminhado
carta de cobrança no valor de R$2.500,00 a despeito de compra e
venda do veículo FIAT Uno 147, azul, alcool, 1980/80 onde o contrato
teve as 10 prestações vencidas em 10/02/2016, sem qualquer
pagamento.
A carta enviada em 10/07/2015 foi parar na mesa do chefe do
autor, que acabou por abri-la, tendo conhecimento do contrato e da
competente falta de pagamento, já que Genival a endereçou ao local de
trabalho do peticionante.

II - DAS PRELIMINARES
A - DA INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL
O autor requereu na petição inicial pagamento de R$15.000,00 a
título de danos materiais sem trazer um fato condizente com o pedido.
De acordo com o artigo 330, inciso I e parágrafo 1°,, inciso I, do
CPC a petição deve ser indeferida, já que falta a competente causa de
pedir do dano supramencionado, acarretando em inépcia da exordial
que é uma preliminar de inépcia deve ser alegada antes do requerido
realizar a defesa de mérito, conforme o artigo 337, inciso IV, do CPC.
Nesse sentido, requer acolhimento da preliminar com a pronúncia
a inépcia da petição inicial, resultando em extinção do feito sem
resolução do mérito, conforme o artigo 485, inciso I, do CPC.

B - DA RECONVENÇÃO
O autor também é do réu devedor do valor de R$2.500,00 em
razão do requerente ter comprado o veículo retromencionado com o
vencimento das 10 prestações em 10/02/2016, ressaltando que como a
dívida é líquida, segundo o artigo 206, parágrafo 5°, inciso I, do Código
Civil (CC) o prazo prescricional de tal cobrança é de 5 anos e ainda não
decorreu a totalidade do prazo.
Segundo o artigo 343, caput, do CPC pode o réu aduzir pretensão
em face do autor quando essa for conexa com o objeto da inicial ou com
os fundamentos da defesa, o que resta comprovado nos autos.
Portanto, requer a condenação do reconvindo, ora autor, da peça
principal, a realizar o pagamento de R$2.500,00.

III - DA PREJUDICIAL DA PRESCRIÇÃO TRIENAL


O suposto dano ocorreu com o encaminhamento da carta no dia
10/07/2015, tendo o requerente ajuizado a demanda em 10/09/2020.
Assim, incide no autos a prescrição trienal, haja vista o artigo 206,
parágrafo 3°, inciso V do CC aduzir prazo de 3 anos para as ações de
reparação civil.
Nesse sentido, o autor deveria de ter ajuizado ação até
09/07/2018, o que não fez, devendo a prejudicial ser acolhida, a
prescrição trienal ser pronunciada com a extinção do feito com o
resolução do mérito, segundo o artigo 487, inciso II, do CPC.

IV - DO MÉRITO
A - DOS DANOS
O autor requereu danos morais no valor de R$15.000,00 e danos
materiais no mesmo valor.
Em relação aos danos morais, insta salientar que o autor não
trouxe qualquer violação a sua honra, intimidade, vida privada e/ou
imagem que gerasse o dever do réu a indenizá-lo (artigo 5°, inciso X, da
Constituição Federal - CF).
Em relação aos danos materiais, caso Vossa Excelência não
acate a preliminar de inépcia, se faz importante defender que o
requerente não alegou nos autos e nem trouxe qualquer prova
documental, que comprovasse a existência de dano patrimonial passível
de reparação patrimonial (artigo 5°, inciso V, da CF).
Nesse sentido, para haver reparação civil deve o réu ser o agente
causador de um ato ilícito, que resultar em dano a outrem, o que não
aconteceu, segundo os artigos 186 e 927 do CC.
Importante ainda mencionar que o artigo 373, inciso I, do CPC
aduz que, é ônus do autor provar o fato constitutivo do que alega, o que
também não ocorreu.
Portanto, requer a Vossa Excelência, que julgue improcedente os
pedidos de dano material e dano moral.

V - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência o acolhimento da
preliminar da inépcia da petição inicial, acarretando a extinção do feito
sem resolução do mérito. Ademais, ainda requer preliminarmente a
pronúncia da reconvenção condenando o reconvindo a realizar o
pagamento de R$2.500,00 pela compra do veículo.
Ainda, requer o acolhimento da prejudicial, com a pronúncia da
prescrição trienal, resultando na extinção do feito com resolução do
mérito.
Outrossim, no mérito requer a improcedência dos pedidos
realizados na peça vestibular.
Por fim, requer a condenação do autor ao pagamento de custas e
honorários advocatícios (artigo 85 do CPC).
IV - DOS REQUERIMENTOS FINAIS
Primeiramente, protesta provar o alegado por todos os meios
admitidos em direito, em especial as provas documentais e
testemunhais e outras que se fizerem necessárias, que ficam desde já
requeridas.
Em relação a reconvenção, requer a intimação do reconvindo
para, em querendo, apresentar defesa.

Dá-se a reconvenção o valor de R$2.500,00 (dois mil e quinhentos


reais).

Nesses termos pede deferimento


Local… e data…
ADVOGADO…
OAB...

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