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AO JUÍZO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE UBERLÂNDIA - MG

Processo n°. XXXXXX

Eduardo, já qualificado nos autos em epígrafe, vem respeitosamente perante Vossa


Excelência, por intermédio do seu advogado adiante assinado (procuração anexo), com
endereço profissional (endereço profissional completo), endereço eletrônico, para fins do Art.
77, V, do CPC, nos autos da ação de Indenização por danos morais e materiais, pelo
procedimento comum, movida por Marcela já qualificada, APRESENTAR:

CONTESTAÇÃO COM RECONVENÇÃO

Pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:

I - GRATUIDADE DE JUSTIÇA

O requerido não tem condições financeiras para arcar com despesas jurídicas sendo
a mesma hipossuficiente e na forma da lei, vem solicitar o suprimento das custas processuais
e com os honorários advocatícios, sem que venha ter prejuízo do seu sustento e de sua família,
pelo que requer a concessão dos benefícios da gratuidade da justiça, com fulcro no artigo 5º
da Constituição Federal em inciso LXXIV, bem como no Art. 98 do CPC.

Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com


insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os
honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da
lei.

II - PRELIMINAR

2.1 – DA LITISPENDÊNCIA
Ao analisar os autos surge a ocorrência de preliminar de mérito de listispendência,
pois a autora já entrou com ação semelhante na 2° Vara Cível de Urbelândia - MG, apenas
esperando a apresentação da réplica da requerente, configurando assim a litispendência que é
uma ação anteriormente ajuizada e ainda em curso, apresentando tríplice identidade: partes,
causa de pedir e pedido, nos termos do artigo 337 , inciso IV do CPC.

“Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: VI -


litispendência” .

Sendo assim, o processo há de ser extinto sem resolução de mérito, nos termos
doArti. 337, VI, do CPC.

III – DO MÉRITO
3.1 DO NÃO CABIMENTO DA AÇÃO DE INDENIZAÇÃO DE DANO MORAL E
MATERIAL

A culpa é única e exclusiva da requerente, uma fez que conduzia seu veículo de
forma incompatível com a via, na modalidade imprudente, parou seu veículo antes da faixa
de pedestres, visto que não havia qualquer pessoa aguardando para atravessar na faixa.
Conforme podem comprovar duas testemunhas que a tudo visualizaram e se propuseram em
testemunhar a nosso favor perante este juízo.

A requerente agiu de forma desidiosa provocando o acidente por negligência e


imprudência , pois a requerente não deveria estar parada diante da faixa de pedestre. Portanto
resta claro que os danos materiais e morais sofridos pela requerente não podem ser pleiteados
em juízo. Uma fez que o requerido não agiu de forma a contribuir para o acidente.

Quando se fala em danos materiais e morais é necessário que haja um ato ilícito
nos temos do Art. 186 do CC, a ser imputado ao agente causador do dano, para que então se
desencadeie a obrigação de indenizar por tais danos conforme Art. 927 do CC. No caso
concreto não resta dúvida que o agente causador do acidente foi a própria requerente.

IV- RECONVENÇÃO
Por força do Art. 343. do CPC. Que diz que na contestação, é lícito ao réu propor
reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o
fundamento da defesa. Portanto, a requerente e causadora do dano, tem a responsabilidade de
indenizar pelos danos morais e os demais transtornos sofridos pelo requerido em decorrência
da sua negligência e imprudência exclusiva da parte da requerente ao parar seu veículo de
forma errada diante da faixa de pedestres,

Diante exporto, venho requerer a indenização moral e litigância de má-fé pelos


prejuízos sofridos no valor de R$ 10.000,00 (de mil reais), a título de reparação nos termos
dos Art. 186 e 927 do CC.

V- PEDIDOS

Diante do exposto REQUER:

a) A concessão da gratuidade da justiça nos termos do artigo 98 do CPC/2015;


b) O acolhimento da preliminar, devendo ser reconhecida o instituto da litispendência,
por ter outra ação tramitando na 2ª Vara Cívil, ação idêntica, e extinção do presente
processo sem julgamento do mérito conforme Art. 485 do CPC ;
c) A improcedência dos pedidos formulados pelo requerente quanto as indenizações de
dano moral e material;
d) Desde já manifesta pelo interesse da audiência conciliatória nos termos do artigo 319,
VII do CPC/2015;
e) A procedência do pedido de reconvenção proposta, que seja a requerente condenada a
pagar como forma de indenização pelos danos morais e os demais transtornos sofridos
pelo requerido no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais);
f) A Citação da requerente para apresentar defesa ao pedido de reconvenção;
g) Condenação do requerente ao pagamento das custas processuais e honorários
advocatícios no importe de 20% conforme artigo 85, §2 do CPC/2015;

VI - DAS PROVAS
A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial a prova
documental, o depoimento pessoal e as oitivas das testemunhas.

Valor da Causa R$ 10.000,00 (dez mil reais)

Nestes termos,
Pede Deferimento.

Uberlândia, 05 de junho de 2021

ADVOGADO
OAB/UF

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