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MM. JUÍZO DA .....

VARA CÍVEL DA COMARCA DE MACAÉ/RJ

GERSON, brasileiro, solteiro, médico, portador da Carteira de


Identidadenº, expedido pelo, inscrito no CPF sob nº, endereço eletrônico, residente e domiciliado
em Vitória/ES, por seus advogados abaixo assinados, com endereço profissional (endereço
completo), para onde desde já requer que sejam remetidas futuras intimações para fins do artigo
77, inc. V, do CPC, vem a este juízo, propor a presente

AÇÃO PAULIANA

pelo procedimento comum, em face de


BERNARDO, nacionalidade, viúvo, profissão, portador da Carteira de Identidade
nº, expedido pelo, inscrito no CPF sob nº, endereço eletrônico, residente e domiciliado em
Salvador/BA, e
JANAÍNA, solteira, menor impúbere, portadora de carteia de identidade nº,
expedido pelo, inscrito no CPF sob nº, representada por sua genitora com carteira de identidade
nº e inscrita no CPF pelo nº, endereço eletrônico, ambas residentes e domiciliadas na cidade de
Macaé/RJ pelos fatos e fundamentos jurídicos que serão expostos a seguir:

I - GRATUIDADE DE JUSTIÇA

Inicialmente, afirma nos termos da Lei nº 1.060/50 com as alterações


da Lei 7.510/86 c/c art. 1072 do novo CPC, ser pessoa juridicamente pobre, sem condição de
arcar com as custas judiciais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento ou de
sua família, motivo pelo qual faz jus a gratuidade de justiça e à assistência gratuita integral.

II- DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO


 
Informa que o AUTOR não tem interesse em realizar audiência de
conciliação ou mediação.

III - DOS FATOS

Conforme a nota promissória em anexo, o AUTOR é credor do 1º


RÉU (BERNARDO). A referida nota, no valor de R$80.000,00 (oitenta mil reais) venceu no dia
10/10/2018.

Passada a data do vencimento e o não pagamento da dívida, agindo


de má-fé, o 1º RÉU doou dois imóveis que havia em seu nome para sua filha, a 2ª RÉ
(JANAÍNA), sendo um imóvel situado em Aracruz e o outro em Linhares, ambos no Espírito
Santo, com valor equivalente a R$300.000,00 (trezentos mil reais).

A doação feita pelo 1º RÉU à sua filha foi realizada com cláusula de
usufruto vitalício em favor do mesmo, além da cláusula de incomunicabilidade, conforme
Certidão de Ônus Reais, ficando evidente que o propósito do 1º RÉU, ao doar seus imóveis, é de
não ser atingido por uma execução judicial para quitar suas dívidas. Atualmente, os imóveis
doados à 2ª RÉ (JANAÍNA) encontram-se alugados para terceiros.

IV – DOS FUNDAMENTOS

Conforme preceitua o art. 158 do CPC, a transmissão da propriedade,


propositalmente, logo após o vencimento de sua dívida, é lesivo e constitui fraude contra
credores. Quando o devedor insolvente realiza o negócio jurídico, cometendo fraude
contra credores, tal negócio é sujeito a anulação pelos credores quirografários lesados por
conta do vício, mesmo que tenha preenchido os requisitos da VALIDADE, descritos no
art.104 do CC que são: agente capaz, objeto lícito, possível, determinado ou determinável
e forma prescrita ou não defesa em lei.

Diante do exposto, requer o acolhimento do pedido de anulação do


negócio jurídico por fraude contra credor e AUTOR da presente ação, com base no
art.158 do CPC e art.171 do CC e, que lhe seja garantido o direito ao recebimento do valor
lesado imediatamente, cabendo ressaltar que a presente demanda, de acordo com o art.
178 do Código Civil, ainda se encontra no prazo decadencial.
V - DOS PEDIDOS

Sendo assim, o AUTOR vem requerer ao D.Juízo:

1. que seja deferido o pedido de Gratuidade de Justiça pleiteada no preâmbulo


desta exordial;

2. a citação dos RÉUS, tendo em vista a declaração do AUTOR em não querer


optar pela realização de audiência de conciliação ou mediação;

3. a procedência do presente pedido com a condenação do RÉU com a


ANULAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO, uma vez que eivado do vício de
fraude contra credores, conforme art. 158 CPC c/c 171 CC

4. a condenação do RÉU em custas processuais e honorários


sucumbenciais.

VI - DAS PROVAS

Protesta, ainda, a produção de todas as provas em direito admitidas,


na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, a prova
pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do Réu.

DO VALOR DA CAUSA (art. 292 do CPC)

Atribui-se a presente o valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais).

Nestes Termos,
Pede deferimento.

Local, .... de ......... de .........

ADVOGADO
OAB/RJ N°

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