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MM.

JUÍZO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE BRUSQUE/SC

PAULO, brasileiro, viúvo, militar da reserva, portador da Carteira de


Identidadenº, expedido pelo, inscrito no CPF sob nº, endereço eletrônico, residente e domiciliado
na rua Bauru, nº371, Brusque/SC, por seus advogados abaixo assinados, com endereço
profissional, para onde desde já requer que sejam remetidas futuras intimações para fins do
artigo 77, inc. V, do CPC, vem a este juízo, propor a presente

AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE NEGÓCIO JURÍDICO

pelo procedimento comum, em face de JUDITE, brasileira, solteira, advogada, portador da


Carteira de Identidade nº, expedido pelo, inscrito no CPF sob nº, endereço eletrônico, residente
e domiciliada na Rua dos Diamantes, nº123, Brusque/SC, e JONATAS, espanhol, comerciante,
da Carteira de Identidade nº, expedido pelo, inscrito no CPF sob nº, endereço eletrônico, casado
com JULIANA, brasileira, profissão, da Carteira de Identidade nº, expedido pelo, inscrito no CPF
sob nº, endereço eletrônico, ambos residentes e domiciliados na rua Jirau, nº366, Florianópolis,
pelos fatos e fundamentos jurídicos que serão expostos a seguir:

I - PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO

O AUTOR é pessoa maior de 65 (sessenta e cinco) anos, conforme se


observa através de seu documento de identidade em anexo, necessitando, assim, de prioridade
na tramitação de seu pleito, nos termos da lei 12.741/2003, em seu artigo 71 com alteração da
Lei 13.466/2017.

II - GRATUIDADE DE JUSTIÇA

Inicialmente, afirma nos termos da Lei nº 1.060/50 com as alterações


da Lei 7.510/86 c/c art. 1072 do novo CPC, ser pessoa juridicamente pobre, sem condição de
arcar com as custas judiciais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento ou de
sua família, motivo pelo qual faz jus a gratuidade de justiça e à assistência gratuita integral.
III- DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO
 
Informa que o AUTOR não tem interesse em audiência de conciliação
ou mediação, nos termos do art 319, VII e 334, §5º do CPC).

IV - DOS FATOS E FUNDAMENTOS

Em novembro de 2011, o AUTOR da presente demanda, outorgou à


sua irmã, ora PRIMEIRA RÉ, por meio de procuração com poderes especiais para fins de
alienação, um imóvel de propriedade conjunta de ambos, localizado na rua Rubi, nº 350,
Balneário Camboriú/SC. Entretanto, no dia 16/11/2016, o AUTOR revogou a referida
procuração, sendo a PRIMEIRA RÉ devidamente notificada da revogação no dia 05/12/2016.

Ocorre que, no dia 15/12/2016, dez dias após tomar conhecimento da


revogação, a PRIMEIRA RÉ, mesmo sabendo que não possuía mais poderes para tal, alienou o
imóvel, pelo valor de R$150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais) para os 2º e 3º RÉUS. O
AUTOR só teve ciência da alienação no dia 1º de fevereiro de 2017 quando chegou ao imóvel e
constatou que o mesmo estava ocupado pelos 2º e 3º RÉUS.

Observa-se que, à luz do artigo 682, inciso I, que determina a cessão


do mandato pela renúncia ou revogação, o que foi feito pelo AUTOR em 16/11/2016, e que a
PRIMEIRA RÉ tomou conhecimento 10 (dez) dias antes da alienação. Sendo assim, a
PRIMEIRA RÉ não tinha legitimidade para celebrar o referido negócio jurídico e mesmo assim o
fez.

Diante o exposto acima, e com base nos artigos 104, inciso III e 166,
inciso IV do Código Civil, que dizem que é nulo o negócio jurídico quando não revestir a forma
prescrita em lei, assiste ao AUTOR direito e razões suficientes para pleitear a presente demanda
buscando a declaração de nulidade do negócio jurídico celebrado entre a PRIMEIRA RÉ, a qual
não tinha mais a legitimidade para tal, e os 2º e 3º RÉUS.

Importante salientar que, com base no art.169 do Código Civil, o


negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso do tempo.

V - DOS PEDIDOS

Sendo assim, o AUTOR vem requerer ao D.Juízo:

1. A prioridade na tramitação do processo tendo em vista que o AUTOR tem 65


(sessenta e cinco) anos de idade;

2. que seja deferido o pedido de Gratuidade de Justiça pleiteada no preâmbulo


desta exordial;

3. a citação do RÉU, tendo em vista a declaração do AUTOR em não querer optar


pela realização de audiência de conciliação ou mediação;

4. a procedência do presente pedido com a condenação dos RÉUS com a


NULIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO, conforme art. 682, inciso I c/c
arts. 104, inciso III e 166, inciso IV;

5. que seja emitido ofício ao cartório de RGI do respectivo imóvel para que
seja inicialmente informado a referida demanda e depois de sua procedência
para a determinação de averbação do retorno da propriedade ao AUTOR;

6. a condenação do RÉUS em custas processuais e honorários


sucumbenciais.

VI - DAS PROVAS

Protesta, ainda, a produção de todas as provas em direito admitidas,


na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, a prova
pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do Réu.

DO VALOR DA CAUSA

Atribui-se a presente o valor de R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil


reais).

Nestes Termos,
Pede deferimento.

Local, .... de ......... de .........

ADVOGADO
OAB/RJ N°

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