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Ao Juízo da Vara Cível da Comarca de Macaé/RJ

GERSON, brasileiro, solteiro, médico, portador da carteira de identidade sob


o nº ..., inscrito sob o CPF nº...., com endereço eletrônico, domiciliado à rua..., vem
propor a presente ação, com fundamento nos artigos 158 e seguintes do Código Civil,
representado por seu advogado (a) com instrumento de procuração anexo, ajuizar

AÇÃO PAULINA

Em face de BERNARDO, nacionalidade, viúvo, profissão, portador da


carteira de identidade sob o nº..., inscrito sob o CPF nº ..., com endereço eletrônico,
domiciliado à rua..., e de JANAINA, nacionalidade, menor impúbere, neste ato
representada por sua genitora, NOME COMPLETO, nacionalidade, estado civil,
profissão, portador da carteira de identidade sob o nº..., inscrita sob o CPF nº ...,
domiciliada à rua..., pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

I- DOS FATOS

O autor realizou um contrato de nota promissória com o réu no valor de R$


80.000.00 (oitenta mil reais), sendo certo que esta nota promissória está vencida
desde 10/10/2016.

Tendo o réu feito uma doação de seus dois imóveis localizados na cidade de
Aracruz e de Linhares, ambos do Estado de Espírito Santo, no valor aproximado de
R$ 300.000.00 (trezentos mil reais), sendo realizado esta doação dias após o
vencimento da dívida com o autor.

Além disso, o réu realizou a doação dos dois imóveis a ré Janaina, sendo
esta residente em Macaé no Estado do Rio de Janeiro com sua genitora e
representante da menor impúbere na ação, contudo, o réu inseriu uma cláusula em
que haveria usufruto vitalício para ele mesmo e cláusula de incomunicabilidade, de
acordo com Certidão de Ônus Reais.

Destaca-se, que a dívida do réu com o autor ultrapassa o valor do contrato


de doação celebrado com a ré, eis que ultrapassaria o montante de R$
400.000.00 (quatrocentos mil reais).

II- DOS FUNDAMENTOS


Conforme o art. 158 do CC que ensinou que a remissão de dívida em que
reduzir o devedor a insolvência ou já reduzida a insolvência poderá ser desfeita ou
anulada pelos credores quirografários que já o eram ao tempo do ato fraudulento.

Insta salientar que a insolvência do réu pode até mesmo, ser ignorada ou
desconhecida pela ré que também participa do ato fraudulento, visto que há uma
presunção relativa da fraude.

Tendo em vista que o caso em tela revela que os réus, em conluio,


celebraram contrato de doação dos imóveis, de forma que o réu não tivesse
patrimônio para pagar o autor, sendo, portanto, a decretação da anulação do negócio
jurídico à medida que se impõe, nos termos do artigo 171 do CC.

III- DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer a Vossa Excelência:


a) A designação da audiência de conciliação e intimação dos Réus para o
seu comparecimento;
b) A citação dos réus para integrarem a relação processual;
c) A intimação do Membro do Ministério Público, na forma do art. 178,
inciso II do CPC.
d) A procedência do pedido do autor para anular o negócio jurídico de
doação dos imóveis descritos nos fatos e situados nas cidades de Aracruz
e Linhares, ambos no Estado do Espírito Santo.
e) A condenação dos Réus nos ônus sucumbenciais.

IV- DAS PROVAS:


Requer a produção de todas as provas em Direito admitidas, na amplitude do
art. 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, testemunhal e
o depoimento pessoal dos Réus, sob de confissão.

V- DO VALOR DA CAUSA:

Dá-se à causa o valor de R$ 300.000.00 (trezentos mil reais)

Em atendimento ao artigo. 319, inciso VII, do CPC, o autor se manifesta


pelo interesse na audiência de conciliação.
Termos em que,
Pede deferimento

Local e data.

Nome do Advogado(a)

OAB nº/ (Sigla do Estado)

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