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JANEIRO.
AÇÃO PAULIANA
Nos termos dos Arts.158 c/c 161 do Código Civil, em face de BERNARDO,
brasileiro, viúvo, portador da Carteira de Identidade nº (xxx), inscrito no CPF sob o
nº (xxx), residente e domiciliado na Rua (xxx), nº (xxx), Bairro (xxx), Cidade de
Salvador/BA, Cep. (xxx), e JANAINA, residente em Macaé/RJ, menor impúbere,
neste ato representado pela sua genitora, pelos fatos e fundamentos que passa a
expor:
I - DOS FATOS
2. Entretanto, após o vencimento da dívida no dia (xxx) do mês (xxx) do ano (xxx),
data estabelecida como definitiva para o pagamento da dívida, BERNARDO
manteve-se inerte, fez uma doação, de seus dois imóveis, um localizado na cidade
Aracruz e outro localizado em Linhares, ambos localizados no Espírito Santo, no
valor de R$300.000,00 (trezentos mil reais), dias após o vencimento da dívida, o
que revela a má-fé dos Requeridos para com o credor.
Ocorre que as dívidas de BERNARDO ultrapassam a quantia de R$400.000,00
(quatrocentos mil reais).
3. Outro aspecto relevante refere-se à data (xxx) em que foi lavrada a escritura de
doação dos imóveis, situados na cidade de Aracruz/ES e outro na cidade de
Linhares/ES, à Rua (xxx), nº (xxx), Bairro (xxx), Cep. (xxx), com cláusula de usufruto
vitalício em seu favor, do próprio BERNARDO, além da cláusula de
incomunicabilidade, conforme Certidão de Ônus Reais, nos termos da cópia da
certidão do Cartório do (xxx) Ofício de Registro de Imóveis anexo (doc. x), em favor
de sua filha JANAÍNA, menor impúbere, residente em Macaé/RJ, com sua genitora.
4. Desse modo, resta de sobejo comprovado, a caracterização de uma manobra
fraudulenta, com a existência de todos os seus elementos constitutivos, quais
sejam, Consilium Fraudis, Eventus damni, Scienta Fraudis, por parte dos
Requeridos contra quaisquer tentativas de recebimento do referido crédito.
II - FUNDAMENTOS
4. Ademais, sendo de má-fé (art 104, I, II, cc) do réu em esvaziar o patrimônio para
tentar defraudar, para o não pagamento da dívida com o autor, (art 159 CC), pauta-
se aqui, em outro preceito normativo, que reforça a defesa dos direitos lesados
perante o co-autor da ação fraudulenta. Trata-se do artigo 161 do Código Civil que
dispõe:
“Art. 161. A ação, nos casos dos artigos 158 e 159, poderá ser intentada contra o
devedor insolvente, a pessoa que com ele celebrou a estipulação considerada
fraudulenta, ou terceiros adquirentes que hajam procedido de má-fé.”
5. Desta feita, é imperioso concluir-se pela má-fé dos REQUERIDOS, bem como
pela artimanha e ação fraudulenta engendradas pelos mesmos, no intuito de se
esquivar do cumprimento de suas obrigações, tornando-se de extrema pertinência a
presente ação, proposta no intuito de se fazer prosperar os direitos do
REQUERENTE.
6. Sendo assim peço a anulação do negócio jurídico (doação), art 171, I, II CC, pela
violação do vício da boa-fé objetiva (art 113, cc), visando de má-fé enganar a parte
autora (art 161, cc).
IV - DOS PEDIDOS
V - PROVAS
VI - VALOR DA CAUSA
Termos que,
Pede deferimento.