Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
I. COMPETÊNCIA
A competência é do domicílio do autor, Sr. Paulo, por ser pessoa idosa, tendo esse
direito previsto no artigo 80 da lei 10741/2003.
II. CABIMENTO
A Ação Anulatória de Venda de Imóvel tem cabimento pois as partes são o sr.
Paulo, autor da ação, que perdeu o imóvel, pois sua irmã, sra. Judite, agiu de má fé,
utilizando uma procuração inválida para praticar o ato jurídico.
V. DO DIREITO
De acordo com o Código Civil brasileiro, os artigos 119, 145 e 166, inciso III, tratam
de questões essenciais relacionadas aos contratos e à capacidade das partes
envolvidas em celebrá-los.
O artigo 119 estabelece que, "A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu
autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o
destinatário tinha conhecimento."
Já o artigo 145 estipula que, "É nulo o negócio jurídico que tiver por objetivo fraudar
a lei, a ordem pública ou bons costumes."
Isso implica que qualquer contrato ou negócio que tenha como objetivo contornar
a lei ou que seja contrário à ordem pública ou aos bons costumes é considerado nulo.
Em outras palavras, a lei proíbe a celebração de contratos que tenham fins ilegais ou
imorais, portanto, como a procuração estava revogada desde 16/11/2016, e tendo
conhecimento tanto a irmã deste, quanto o titular do cartório, cabem a invalidade deste
negócio jurídico praticado.
Por fim, o artigo 166, inciso III, preceitua que, "É nulo o negócio jurídico quando:
III - for ilícito ou impossível o seu objeto."
Nesse contexto, o inciso III do artigo 166 estipula que um contrato é nulo se seu
objeto for ilícito (contrário à lei) ou impossível de ser realizado. Isso significa que, se o
objeto de um contrato for proibido por lei ou se for fisicamente impossível de ser
cumprido, o contrato será considerado nulo.
Portanto, esses artigos do Código Civil são fundamentais para a compreensão das
regras que regem a validade dos contratos e a capacidade das partes envolvidas em
celebrá-los. Eles garantem que os contratos sejam justos e legais.
a) Que seja julgado procedente o pedido desta inicial, com fulcro nos
artigos 119, 145 e 166, inciso III, todos do Código Civil;
b) Da prioridade tramitação, pois se trata de pessoal idosa conforme
artigo 80 do Estatuto do Idoso;
c) A citação da parte ré para apresentar resposta no prazo legal;
d) Que seja concedido a tutela de urgência para não prejudicar a
finalidade desta inicial;
e) Que a parte ré pague as custas e os honorários sucumbenciais.
Nestes termos,
Pede deferimento
Local / data
ADVOGADO
OAB