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AÇÃO DE RECONHECIMENTO
E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO
ESTÁVEL ''POST
MORTEM '' C/C
RESERVA DE BENS NA
SUCESSÃO
I. SINÓPSE FÁTICA
A requerente conheceu o de cujus desde Data, quando foi manter uma
relação na intenção de constituir família, mantendo um relacionamento
duradouro e público.
Conviviam maritalmente todo o tempo, tudo conforme fotos e outros
documentos que comprovam o relacionamento, além de testemunhas.
A união estável entre ambos foi marcada pela convivência pública,
notória, contínua, ininterrupta e com o objetivo de constituir família. Até
porque moravam e trabalhavam juntos no bar de propriedade dos dois.
Como já dito, essa união estável é comprovada pelos documentos que
instruem a presente peça, vale dizer, fotos, documentos probatórios e
testemunhas. Da união e trabalho do casal sobreveio um patrimônio construído
na constância da relação, comercio que até hoje a demandante utiliza como
sustento, além dos bens amealhados na constância da união.
Assim, o casal adquiriu bens à partilhar, porém, a presente ação é
necessária porque em vida, a demandante e o “de cujus” não oficializaram a
união, sendo requisito necessário para habilitação no inventário e a reserva dos
bens para posterior partilha, além de habilitação junto ao INSS para pensão por
morte.
A lei 9.278/96 regulamentar o § 3o do artigo 226 da Constituição Federal,
que reconhece a união estável entre homem e mulher, como entidade familiar.
Estabeleceu seu artigo 1º, ser reconhecida como tal, a convivência pública
e contínua de um homem e uma mulher, estabelecida com objetivo de
constituição de família.
Discriminando o artigo 2º, que deveres e direitos de cada um deles,
devem ser iguais.
Para, no artigo 5º estabelecer que “os bens móveis e imóveis adquiridos
por um ou por ambos os conviventes na constância da união estável e a título
oneroso, são considerados fruto do trabalho e da colaboração comum, passando
a pertencer a ambos, em condomínio em partes iguais, salvo estipulação
contrária em contrato escrito.”
No parágrafo único do artigo 7º, previu o legislador a dissolução da
união estável por rescisão, com efeitos alimentares e patrimoniais.
Assim, rompido o relacionamento, tratado pela Constituição Federal
como verdadeiro núcleo familiar, estabeleceu a nova lei, a competência da Vara
de Família para conhecer e decidir sobre os impasses e lides dele resultantes.
Com efeito, certo é que tal dispositivo acabou, inegavelmente, por elevar
a companheira de um homem solteiro, separado judicialmente, divorciado ou
viúvo, à categoria de cônjuge supérstite referido no inciso III do artigo 1.603 do
Código Civil, numa intenção clara do legislador de beneficiar a convivência
“more uxório”, até então, à margem do mundo jurídico.
Assim, exatamente, leciona MARIA HELENA DINIZ quando afirma que
Da mesma forma LIA PALAZZO RODRIGUES, afirma que:
Dos fatos narrados e dos dados probatórios amealhados à presente, não
resta outra alternativa, se não reconhecimento da União Estável de ... e do
falecido.
Diante do exposto acima, é a presente para requerer o que segue:
A) a intimação do Ilustre Membro do Ministério Público, para atuar no
feito na forma da lei;
B) declarar que não tem interesse em audiência preliminar de
conciliação/mediação nos termos do art.319, VII do NCPC, com a consequente
citação de “herdeiros” para, querendo, contestarem a presente ação;
C) que seja declarada a existência de união estável entre a autora e
Informação Omitida, pelo período de Informação Omitida.
D) A reserva dos bens amealhados na constância da união, tudo como
forma de garantir a partilha do quinhão pertencente à companheira.
E) gratuidade da justiça nos termos do art.98 do NCPC, por ser pobre na
forma da lei.
F) Protesta provar o alegado por todo o meio de provas em direito
admitidas, em especial pelo depoimento dos requeridos e pela oitiva das
testemunhas abaixo arroladas.
Termos em que
Pede deferimento
Cidade, Data.
Nome do Advogado
OAB/UF N.º
Rol de testemunhas:
1. Informação Omitida
2. Informação Omitida