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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA a VARA DO JUIZADO DA

INFÂ NCIA E DA JUVENTUDE, PROTETIVA E CÍVEL DA COMARCA DE GUARULHOS - SÃ O


PAULO/SP.
Nome, menor impú bere, nascida aos 18 de dezembro de 2003, conforme certidã o de
nascimento certificada na matrícula de folhas 053-F, do Livro A n° 932 de registro de
nascimento, sob o n° de ordem 531.625, portadora da Cédula de Identidade n° 00000-00,
inscrita no CPF sob o n° 000.000.000-00, neste ato representada por seu genitor Nome,
brasileiro, Engenheiro, portador da Cédula de Identidade n.° 00000-00 e inscrito no CPF
sob o n.° 000.000.000-00, residente e domiciliado na Endereço, Vila das Bandeiras,
Guarulhos/SP, por seu advogado infra-assinado (Instrumento de Mandato incluso) vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor o presente PEDIDO DE
AUTORIZAÇÃ O JUDICIAL PARA VIAGEM INTERNACIONAL, pelos fatos e fundamentos a
seguir aduzidos:
I - Dos Fatos
Para comemorar o aniversá rio de 15 (quinze) da Requerente a avó paterna MARINA
MADUREIRA adquiriu um pacote turístico com destino para Argentina e Uruguai para
passear com a Requerente no período de 18.12.2018 a 22.12.2018.
Já foi procedida a emissã o dos bilhetes junto a companhia aérea para embarque no dia
18.12.2018, vô o JJ 3306, com partida à s 11:30 horas, bem como, as reservas dos hoteis,
passeio e seguro (documentos inclusos).
Para a realizaçã o do embarque a companhia aérea informou que é obrigató ria a
apresentaçã o da Autorizaçã o para viagem internacional Judicial ou Consular.
Considerando, a proximidade da viagem da Requerente acompanhada da avó paterna,
pugna a mesma pelo deferimento, com urgência, da autorizaçã o judicial para a sobredita
viagem.
II - Do Direito
Os artigos 83 e 84 da Lei 8.069/90 regulamentam acerca das autorizaçõ es de viagem.
Considerando a obrigatoriedade da autorizaçã o quando a criança viajar para fora da
comarca onde reside desacompanhada dos Pais, requer a Autora seja autorizada a viagem
no período descrito no item precedente.
III - Da Tutela de Urgência
Como se observa dos documentos, o voo está agendado para o pró ximo dia 18.12.2018 à s
11:30 horas.
À partida, torna-se necessá rio abordar alguns aspectos do instituto da tutela de urgência,
largamente comentado pelos ilustres doutrinadores.
Com efeito, ao criar a tutela provisó ria de urgência constante do artigo 300 do Novo Có digo
de Processo Civil, pretendeu o Legislador garantir direitos fundamentais dos litigantes, já
assegurados pela Constituiçã o Federal, enfeixados no que genericamente se denomina
devido processo legal.
Dentre esses vá rios direitos, destacam-se dois, que mais interessam ao tema da tutela de
urgência: "o direito à efetividade da jurisdiçã o" e o "direito à segurança jurídica" . Vejamos
cada qual desses direitos:
A Constituiçã o Federal atribuiu ao indivíduo que, impedido de fazer justiça por mã o
pró pria, provoca a atividade jurisdicional para vindicar bem da vida de que se considera
titular.
A este indivíduo devem ser, e sã o, assegurados meios expeditos e eficazes de exame da
demanda trazida à apreciaçã o do Estado.
Eficazes, no sentido de que devem ter aptidã o de propiciar ao litigante vitorioso a
concretizaçã o fá tica de sua vitó ria. E nã o basta à prestaçã o jurisdicional do Estado ser
eficaz. Impõ e-se que seja também expedita, pois é inerente ao "PRINCÍPIO DA
EFETIVIDADE DA JURISDIÇÃ O" que o julgamento da demanda se dê em prazo razoá vel,
sem dilaçõ es indevidas.
Pois bem.
No caso sub judice , a Autora nã o conseguirá embarcar sem a autorizaçã o expedida por esse
Juízo e a viagem está agendada para o pró ximo dia 18.12.2018.
Pelas evidentes razõ es acima expostas, e atendidas as regras do artigo 300 do Có digo de
Processo Civil, impõ e-se data maxima venia , a concessã o da tutela de urgência, com o que
estar-se-ia garantindo os direitos constitucionais fundamentais a Requerente.
IV - Dos Benefícios da Justiça Gratuita
O representante da Requerente declara que nã o tem condiçõ es de arcar com as despesas
processuais, sem prejuízo do sustento pró prio e de sua família, por ser pobre na acepçã o da
palavra, motivo pelo qual requer a concessã o dos benefícios da Justiça Gratuita.
V - Dos Pedidos
Em razã o da causa de pedir já relatada, requer a Autora:
b) Seja concedida autorizaçã o judicial a menor Nome, viajar para a Argentina e Uruguai no
período de 18.12.2018 a 22.12.2018, desacompanhada dos Pais, e acompanhada da avó
paterna MARINA MADUREIRA, brasileira, professora, casada, portadora do RG n° 00000-00
e inscrita no CPF sob o n° 000.000.000-00; e
c) A concessã o dos Benefícios da Justiça Gratuita.
VI - Dos Requerimentos Finais
Por todo o exposto, a Requerente aguarda que esse Juízo decida pela procedência dos
pedidos vindicados.
Requer, ainda, seja procedida a citaçã o do representante do Ministério Pú blico para que
intervenha no feito.
Requer, finalmente, a produçã o de todas as provas em direito admitidas, em especial,
documental e testemunhal.
Por derradeiro, o Patrono da Requerente declara que os documentos juntados em có pias
simples sã o autênticos.
Face à s regras procedimentais, requer que as futuras intimaçõ es e notificaçõ es sejam
endereçadas exclusivamente ao patrono signatá rio.
Atribui-se a presente causa o valor de R$ 00.000,00 para efeitos de alçada.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Guarulhos, 14 de dezembro de 2018.
p.p. Nome J. Madureira
00.000 OAB/UF

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