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VIII.

DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, REQUER:
1. A concessão da gratuidade de justiça, nos termos do
art. 98 do Código de Processo Civil;

2. O arbitramento de alimentos provisórios, em R$ 477,00


(quatrocentos e setenta e sete reais), equivalente a 50% do
salário mínimo, a ser depositada na conta da Genitora.;

3. A citação do réu para responder a presente ação, querendo;

4. A produção de todas as provas admitidas em direito, em


especial a pericial para fins de que seja reconhecida
formalmente a paternidade do Autor determinando a
realização do exame de DNA – segundo praxe legal.

5. Seja designada audiência de conciliação, e não havendo


êxito, seja designada audiência de Instrução e Julgamento para
a oitiva das partes e testemunhas;

6. Expedição de Carta Precatória para os fins legais

7. Intimação do Ministério Público para intervir no feito, nos


moldes do artigo 698, do CPC;

8. A TOTAL PROCEDÊNCIA da demanda, para fins de


declarar o reconhecimento da paternidade e fixação de
alimentos, no equivalente a 30% do rendimento do Réu;

9. A expedição de ofício ao Instituto Nacional do Seguro Social


- INSS, requerendo informações acerca da existência de
vínculos empregatícios em nome do executado. Havendo
notícia de vínculo, que seja oficiado o empregador para que
seja descontado diretamente da folha de pagamento do
devedor o valor devido a título de alimentos, tanto vencidos
quanto vincendos, evitando novos inadimplementos
(art. 529, § 3º, Código de Processo Civil/2015); caso haja
deferimento desta Ação;

10. Dá-se à causa o valor de R$ 5724,00.

Nestes termos, pede deferimento.

Araçuaí, 18 de Setembro de 2018.

DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer:

a) os benefícios da justiça gratuita, por ser economicamente hipossuficiente, conforme


declaração anexa;

b) a realização de exame pericial de DNA, às expensas do Poder Público, em relação ao


qual as partes deverão ser intimadas para comparecimento, na data e horário designados,
ao DIA TAL

c) A intimação do ilustre representante do Ministério Público para intervir no feito


como fiscal da lei, nos termos do art. 82, II, do NCPC;

d) A citação do réu para apresentar resposta no prazo legal, caso queira, sob pena de
sofrer os efeitos da revelia;
e) A procedência do pedido de investigação de paternidade, para declarar que o réu é pai
do autor, e em consequência determinar:

e.1) a averbação, à margem do registro de nascimento do autor, do nome do pai e dos


avós paternos (art. 102, § 4º da Lei 6.015/73);

e.2) o acréscimo do sobrenome paterno ao nome do autor (art. 29, § 1º, d, da Lei
6.015/73);

f) A procedência do pedido de alimentos, para condenar o réu a pagar ao autor


alimentos no valor correspondente a R$ 0000000 (REAIS) mensal, devidos desde a
citação, a serem depositados todo o dia 05 de cada mês na conta poupança 0000000,
agencia 00000, do banco TAL, em nome da genitora do menor.

Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos,


especialmente pelo depoimento pessoal do réu, sob pena de confesso, a oitiva das
testemunhas que serão arroladas em momento oportuno, bem como o resultado de DNA
anexo.

Dá-se a causa o valor de R$ 000000000 (REAIS). Obs. A ação de investigação de


paternidade cumulada com alimentos terá o valor da causa fixado de acordo com a regra
do art. 259, II e VI, do NCPC. Caso a ação não incida com alimentos e não envolva
questões patrimoniais, que possam influenciar para a definição do valor da causa, a
parte autora, fixará segundo critérios subjetivos próprios, desde que o valor definido
seja compatível com as condições gerais do caso.

Termos em que,

Pede Deferimento.

_____________________________________________________________________________

(2 ) Quanto à audiência de conciliação e mediação (CPC, art. 695)

Opta-se pela realização de audiência conciliatória e de mediação (CPC, art. 319, inc. VII c/c art.
695), razão qual requer a citação do Promovido, por mandado (CPC, art. 695, § 1º), para
comparecer à audiência, designada para essa finalidade.

No mérito

Ponderações quanto à pretensão


Com respeito ao reconhecimento judicial, e forçado, da filiação, estabelece a Legislação
Substantiva Civil que:

CÓDIGO CIVIL

1.616 – A sentença que julgar procedente a ação de investigação produzirá os mesmos efeitos
do reconhecimento; mas poderá ordenar que o filho se crie e eduque fora da companhia dos
pais ou daquele que lhe contestou essa qualidade.

De outro importe, no plano constitucional, temos que:

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Art. 227 – É dever ( ... )

§ 6º - Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção terão os mesmos


direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.

Para além disso, há de se levar em conta a qualidade de infante. Nesse passo, em consonância
com o Estatuto da Criança e do Adolescente, vê-se que:

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Art. 27 – O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e


imprescritível, podendo ser exercido contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição,
observado o segredo de justiça.

Oportunas as lições de Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald, quando professam,


verbo ad verbum:

Não tendo sido obtido o reconhecimento espontâneo da parentalidade, sequer por meio da
averiguação oficiosa, os filhos – que não estão submetidos à presunção pater is este --
deverão obter o reconhecimento de sua condição forçadamente, através de ação
investigatória, dirigida contra o suposto genitor ou os seus herdeiros, com o propósito de
obter a regularização do status familiae, bem como os consectários lógicos da perfilhação,
como alimentos, nome, qualidade de herdeiro necessário etc.

O reconhecimento coativo do estado de filho, pois, decorre do reconhecimento do vínculo


parental pelo Estado-juiz, através de sentença.

Sem dúvida, a investigação de parentalidade se caracteriza como ação de estado, relativa ao


estado familiar, destinada a dirimir conflito de interesses relativo ao estado de uma pessoa
natural, envolvendo discussão acerca de verdadeiro direito da personalidade. Como tal, trata-
se de ação imprescritível, irrenunciável e inalienável....

( 2 )Dos alimentos provisionais


TUTELA DA EVIDÊNCIA

Tão logo encerrada a fase instrutória, máxime com a produção da prova de Investigação
Genética de Paternidade por Impressões Digitais de DNA, é possível, com fundamento nas
provas até então colhidas, estabelecer-se, em caráter provisório, os alimentos destinados à
Autora.

Pontue-se, com respeito a essa possibilidade, de sua viabilidade, no curso da ação de


investigação de paternidade, à luz do que rege o art. 7º, da Lei nº. 8.560/92.

Relembre-se o que consta da cátedra de Rolf Madaleno:

O risco de dano irreparável ou de difícil reparação concessivo da tutela antecipada há de ser
concreto e não hipotético, assim como precisa ser iminente, presente e pontual, porque sendo
um risco distanciado, ou de menor probabilidade, não faz sentido antecipar a tutela judicial
que bem poderá́ aguardar a decisão final da sentença a ser proferida na demanda ajuizada.
Quanto ao abuso do direito de defesa e ao manifesto propósito protelatório do réu, a
antecipação da tutela se justifica como uma resposta ao comportamento procrastinatório do
acionado que se vale de todos os subterfúgios da lei, em uma inescondível evidência de que
está protraindo no tempo o regular desenvolvimento do processo, valendo-se de alternativas,
recursos e expedientes processuais destituídos de verdadeiro propósito e argumento
defensivo e, ao abusar do seu direito de defesa (CPC, art. 14, incs. III e IV), o réu protela a
satisfação do direito da parte autora.

Já́ o manifesto propósito protelatório decorre do comportamento extraprocessual do réu,


agindo de modo a atrasar as diferentes fases do processo, como no exemplo de evitar
intimações pessoais, indicar testemunhas que não são encontradas, esconder provas, construir
desculpas ou simular doenças e compromissos para não comparecer aos exames marcados,
como na perícia em DNA e assim protelar o possível pagamento da pensão alimentícia, não
obstante sua fixação seja retroativa à data da citação.

O ato que não retardar ou impedir o andamento do processo não legitima a medida
antecipatória,32 prevalecendo o princípio da necessidade, porque o juiz dispõe de outros
mecanismos processuais para coibir abusos orientando-se pelos preceitos do artigo 125 do
Código de Processo Civil, velando, sobremodo, pela rápida solução do litígio ao indeferir as
diligências inúteis ou protelatórias (CPC, art. 130); sem olvidar que por ocasião do saneamento
do feito, já́ cuida de fixar os pontos controvertidos e de determinar as provas a serem
produzidas (CPC, art. 331, § 2o), cujas disposições legais tendem a atender à célere condução
da demanda, dispensando a antecipação de tutela, inclusive em sede recursal, uma vez que o
artigo 557 do Código de Processo Civil autoriza ao relator negar seguimento a recurso
manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou contrário à súmula do respectivo
tribunal ou tribunal superior...

Em conta da idade da Autora, presumem-se necessidades especiais.

De outro ângulo, consabido o dever dos pais de sustentar os filhos, menores, fornecendo-lhe,
sobretudo, alimentação, vestuário, moradia, educação, medicamentos, etc.
CÓDIGO CIVIL

Art. 1.701 – A pessoa obrigada a suprir alimentos poderá pensionar o alimentando, ou dar-lhe
hospedagem e sustento, sem prejuízo de prestar o necessário à sua educação, quando menor.

Parágrafo único – Compete ao juiz, se as circunstâncias o exigirem, fixar a norma do


cumprimento da prestação.

Feitas estas colocações, quanto à possibilidade financeira recíproca dos pais de


sustentar os filhos, vejamos as condições financeiras de Joana e do Réu.

A genitora da Promovente, ora trabalha como secretária no Instituto


Fictício de Educação S/S. Percebe mensalmente rendimento bruto de um salário mínimo e
meio. (docs. 05/06) Com esse valor, diga-se, tem que pagar o aluguel, de R$ 250,00(duzentos e
cinquenta reais) mensais, além de energia e água.(docs. 07/09)

Outrossim, com essa quantia paga alimentação, medicamentos, lazer,


vestuário, etc., dela e de sua filha, aqui Autora.

E isso, resta saber, trouxe-lhe um agravamento de sua situação


financeira. Essa já tem inserto seu nome no banco de dados dos órgãos de restrições. Ademais,
por duas vezes já existiram avisos de corte de energia da casa onde residem (docs. 10/14),
justamente pelos parcos recursos que detém, agravado pelo dever (unilateral, por hora) de
cuidar da Autora.

Há, pois, necessidade mais que urgentíssima da realização do exame de


DNA, para que se possa delimitar, de pronto, a presunção de paternidade do Réu.

De outro bordo, o Réu é empregado direto do Banco Zeta S/A, desde os


idos de 00/11/2222. Exerce, desde então, a função de caixa. O teto mínimo dessa categoria de
trabalho é de rendimento bruto de R$ 0000,00( .x.x.x.x ) mensais. É o que se depreende da
declaração, originária do Sindicato dos Bancários do Estado.(doc. 15)

Outrossim, ao que se sabe aquele é solteiro. Assim, tal rendimento


exorbita de suas necessidades básicas.

O Código de Processo Civil autoriza o Juiz conceder a tutela da evidência,


independentemente da demonstração de perigo ou de risco ao resultado do processo:

Art. 311 - A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de


perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:

(...)

II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese


firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;

(...)
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do
direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.

Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.

Reserva-se a demonstrar a “prova documental suficiente” da licitude do


pleito, quando assim for realizado o exame de DNA, o que fica postergado esse pleito até sua
realização.

Urge ressaltar que, nessas situações, que reclamam tutela da evidência, é


desnecessária a oitiva da parte contrária (novo CPC, art. 9º, parágrafo único, inc. II).

Desse modo, observados o binômio necessidade e possibilidade de


pagamento, a Autora requer, a título de alimentos provisionais

No Brasil, a investigação de paternidade é regulamentada por leis específicas


que visam proteger os direitos das crianças e estabelecer a filiação de forma
legal. A seguir, fornecerei informações doutrinárias e referências às principais
leis relacionadas à investigação de paternidade no país:

1. Constituição Federal do Brasil: A Constituição Federal, em seu artigo 227,


estabelece que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança
e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à dignidade, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à convivência
familiar e comunitária, entre outros. Esse artigo serve como base para a
proteção dos direitos das crianças no contexto da investigação de paternidade.
2. Código Civil Brasileiro: O Código Civil, em seus artigos 1.596 a 1.606, trata da
filiação e estabelece os direitos e deveres decorrentes dela. O artigo 1.597
estabelece que presume-se a paternidade em relação aos filhos havidos na
constância do casamento ou da união estável. No entanto, em casos de filhos
nascidos fora dessas condições, a paternidade deve ser investigada e
comprovada de acordo com as regras estabelecidas na legislação.
3. Lei nº 8.560/1992: Essa lei dispõe sobre a investigação de paternidade dos filhos
havidos fora do casamento e regula o registro civil dos nascimentos. Ela
estabelece os procedimentos para a realização do exame de DNA, a
competência dos juízes, o prazo para contestação da ação de investigação de
paternidade, entre outras questões relacionadas ao tema.
4. Lei nº 12.004/2009: Essa lei alterou o Código Civil e estabeleceu que a
investigação de paternidade pode ser realizada a qualquer tempo,
independentemente da idade do filho. Anteriormente, havia um prazo limite
para a propositura da ação de investigação de paternidade.
5. Súmula Vinculante nº 25 do Supremo Tribunal Federal (STF): Essa súmula
estabelece que é possível a utilização de exame de DNA em ação investigatória,
mesmo quando há presunção legal de paternidade. O objetivo é assegurar a
busca da verdade biológica e a garantia dos direitos fundamentais envolvidos
na investigação de paternidade.
Essas informações são apenas uma visão geral e, para uma compreensão mais
aprofundada sobre o tema, é recomendado consultar a doutrina jurídica e a
legislação atualizada, além de buscar orientação de um advogado especializado
em direito de família.

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