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Gerson, brasileiro, solteiro, médico, CPF ..., identidade ..., residente e domiciliado na rua ... Vitória/ES,
vem por meio do seu advogado regularmente constituído, a presença deste juízo propor com fulcro nos artigos
205 c/c 806 do Código de Processo Civil.
Em face de Bernardo, nacionalidade, viúvo, profissão, CPF ..., Identidade ..., residente e domiciliado na
rua ... Salvador/BA, pelas razões de fato que passo a expor:
I- COMPETÊNCIA
De acordo com a Súmula nº 383 do STJ é competência para processar a julgar as ações conexas de
interesse do menor é, em princípio, do foro do domicílio do detentor de sua guarda.
II- TEMPESTIVIDADE
De acordo com o artigo 205 do Código Civil “A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja
fixado prazo menor.”, a ação tem cabimento, pois não se passaram o prazo de 10 anos desde a data dos fatos
(10/10/2016).
Preliminarmente, o requerente pleiteia os benefícios da Justiça Gratuita, com fulcro na Lei 1.060/50,
artigo 98 do Código de Processo Civil e artigo 5º LXXIV da Constituição Federal, pois não possui condições
de arcar com os encargos decorrentes do processo, sem prejuízo de seu próprio sustento e de sua família.
De acordo com artigo 334 do CPC, a requerente tem interesse na audiência de conciliação e
mediação nos termos da lei, como etapa necessária do procedimento comum no processo civil.
V- DOS FATOS
Gerson é credor de Bernardo, viúvo, residente em Salvador /BA, conforme nota promissória no valor de
R$80.000,00 (oitenta mil reais), anexada ao processo, já vencida em 10/10/2016. Ocorre que, Bernardo, dias
após o vencimento da dívida e o não pagamento da mesma, fez uma doação, de seus dois imóveis, um
localizado em na cidade de Aracruz e o outro localizado em Linhares, ambos no Espírito Santo, no valor de R$
300.000,00, para sua filha Janaina, menor impúbere, residente em Macaé /RJ, com sua genitora, com cláusula
de usufruto vitalício em seu favor do próprio Bernardo, além da cláusula de incomunicabilidade, conforme
Certidão de Ônus Reais, sendo certo que o imóvel doado para sua filha está alugado para terceiros.
VI- DO DIREITO
a) Nos termos do artigo 784 do Código Civil, expõe quais são os títulos executivos
extrajudiciais e dentre deles consta a nota promissória, portanto não há dúvidas que é objeto passível
de execução, conforme dispositivo legal supracitado.
b) Que seja feito a correção monetária com os juros devidos, de acordo com o artigo 806,
parágrafo 1º do Código Civil, pois os valores fazem jus ao valor que o exequente deixou de receber por
07 (sete) anos. Tabela devidamente atualizada, com cálculo feito pelo site do Tribunal de Justiça de
Macaé-RJ.
Valor atualizado: R$ 211.822,32.
c) A filha, menor impúbere, do executado não reside no imóvel que lhe foi doado, tendo
este imóvel valor superior a dívida e está sendo alugado para terceiros, com isso o artigo 806 do Código
de Processo Civil, deixa evidente a obrigação de entregar coisa certa, constante de título executivo
extrajudicial, e para que em 15 (quinze) dias seja satisfeita a obrigação.
d) Da execução por quantia certa da expropriação de bens do executado,
de acordo com o artigo 824 e 825 do Código de Processo Civil.
Dá-se a causa, o valor de R$ 211.822,32 (duzentos e onze mil, oitocentos e vinte e dois reais e
trinta e dois centavos).
Nesses termos,
Local/ data
OAB