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ANANINDEUA-PA
ODIAS LOPES DOS SANTOS, brasileiro, casado, policial militar reformado, RG/PM/PA 12549 e
CPF no 251.234.242-53, neste ato representado por sua esposa e curadora, ALDENORA
CARDOSO DOS SANTOS, brasileira, casada, do lar, RG no 3511500, CPF no 510.778.682-00,
endereço eletrônico: aldacardoso2018@hotmail.com, ambos residentes no conjunto PAAR,
alameda Porto Walter, quadra 133, casa 06, CEP 67145-081, Ananindeua-PA, vem por-meio de
sua procuradora, perante Vossa Excelência, requerer expedição de ALVARÁ JUDICIAL para
autorização de empréstimo pelos fatos e direitos a seguir explanados.
1 - DA JUSTIÇA GRATUITA
O autor requer que seja concedida a Gratuidade da Justiça, nos termos do art. 5o, incisos XXXIV
e LXXIV da Constituição Federal cominado com as disposições dos artigos 98 e seguintes do
novo Código de Processo Civil, tendo em vista não poder arcar com custas e despesas
processuais sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, declarando, assim, ser pobre
sob as penas das leis 1.060/50 e 7.115/83, bem como no caso de eventual recurso.
. 3. DOS FATOS
O Senhor Odias é curatelado, oscilando entre momentos de lucidez e de crise, motivo pelo
qual se fez necessária a interdição, passando a ser sua curadora e esposa a Sra. ALDENORA
CARDOSO DOS SANTOS, conforme Termo de Curatela Definitiva e Registro Civil anexos.
A família possui como sua principal fonte de renda a aposentadoria do curatelado Sr. Odias, o
qual é policial militar reformado e recebe seus proventos da inatividade através do Banpará.
A casa usada como moradia familiar é própria, porém simples, sendo interesse da família a
ampliação e reforma da residência de forma definitiva com a consequente troca da mobília
para melhor acomodá-los, sendo o sonho de ter uma casa confortável.
Seguem fotos da residência do casal:
Vale destacar, que a requerente se dirigiu ao Banco Banpará munida dos documentos seus e do
interdito para tentar solicitar um empréstimo, porém foi informada que para obtenção do
empréstimo, deveria ingressar com o pedido alvará judicial, motivo pelo qual decidiu ingressar
em juízo com a presente ação.
4 - DO DIREITO.
I – emancipação
; II - sub-rogação;
III - alienação, arrendamento ou oneração de bens de crianças ou adolescentes, de órfãos e de
interditos;
IV - alienação, locação e administração da coisa comum;
V - alienação de quinhão em coisa comum;
VI - extinção de usufruto, quando não decorrer da morte do
usufrutuário, do termo da sua duração ou da consolidação, e de fideicomisso, quando decorrer
de renúncia ou quando ocorrer antes do evento que caracterizar a condição resolutória;
VII - expedição de alvará judicial;
VIII - homologação de autocomposição extrajudicial, de qualquer natureza ou valor. Parágrafo
único. As normas desta Seção aplicam-se,
no que couber, aos procedimentos regulados nas seções seguintes.
Portanto, frente ao demonstrado se faz necessário o alvará judicial com a autorização expressa
para que a esposa e curadora possa efetuar empréstimo na monta de R$ 37.000,00 (trinta e
sete mil reais)) para a reforma e ampliação da residência do casal nos termos informados.
A razão de ser do empréstimo se mostra bastante justa, não ocorrendo qualquer tentativa de
dilapidação do patrimônio do curatelado com o aproveitamento da curadora. A moradia (art.
6o da CF) e a dignidade humana (art. 1o, III da CF) são direitos reconhecidos
constitucionalmente, sendo a casa (no sentido de residência) tão importante que é chamada
de “asilo inviolável” (art. 5o, XI) pela Carta Magna brasileira.
Tanta é sua importância no direito brasileiro que foi elevada a bem de família pela Lei
8.009/1990, tornando-se impenhorável. Não é somente o direito a moradia que é protegido,
busca- se a moradia digna, pois conforme Pedro Lenza 7 “Também, partindo da ideia de
dignidade da pessoa humana (art. 1o, III), direito à intimidade e à privacidade (art. 5o, X) e de
ser a casa asilo inviolável (art. 5o, XI) não há dúvida de que o direito à moradia busca consagrar
o direito à habitação digna e adequada.”
Portanto não se busca fazer um empréstimo para realizar benfeitorias em um bem qualquer
por luxo ou sem tanta (ou qualquer) necessidade. Busca-se a habitação digna sem esquecer
igualmente do direto à segurança (art. 5o caput e preâmbulo da CF) reforçar as paredes e o
teto da casa.
Para a concessão da tutela de urgência, prevista no art. 300 do CPC/2015, deve estar presente
a probabilidade da existência do direito do autor e o periculum in mora. Ora, Excelência, a
curadora e seu curatelado são pessoas simples que há décadas tentam finalizar a reforma e
ampliação de sua residência.
Todavia nesse momento existe a possibilidade da realização do sonho que a maioria das
famílias tem que se resume em uma casa segura linda e confortável,, porém só será possível
através da autorização judicial para realizar o empréstimo na monta de R$ 37.000,00 (trinta e
sete mil reais) não se tratando de empréstimo sem fins designados, restando presente o fumus
boni iuris.
Aliado a isso o empréstimo de tal valor só será possível através de uma linha de crédito
especial lançada pelo Banco Banpará que possibilita o pagamento em 180 (cento e oitenta)
parcelas.
Porém a quantidade de parcelas logo voltará ao usualmente ofertado pelo referido Banco,
impossibilitando a contratação do empréstimo no valor pretendido demonstrando a existência
do periculum in mora.
Art. 31. A pessoa com deficiência tem direito à moradia digna, no seio da família natural ou
substituta, com seu cônjuge ou companheiro ou desacompanhada, ou em moradia para a
vida independente da pessoa com deficiência, ou, ainda, em residência inclusiva.
6 - DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer:
a) A concessão dos BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA, conforme art. 98 do NCPC, por ser
pobre na forma da lei não tendo condições de arcar com custas processuais sem
prejuízo ao próprio sustento e de sua família.
f) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, inclusive
testemunhais, caso seja necessário ouvir os filhos e o próprio curatelado para
comprovar a necessidade da autorização judicial.
Dá-se à causa o valor de R$ 37.000,00 (trinta e sete mil reais) ) para efeitos