Este documento discute a legitimação sucessória do companheiro e do concebido pós-morte no Brasil. A Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente reconhecem o direito do companheiro e do concebido à herança na ausência de outros herdeiros. O Supremo Tribunal Federal confirmou a constitucionalidade da sucessão do companheiro em 2017.
Este documento discute a legitimação sucessória do companheiro e do concebido pós-morte no Brasil. A Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente reconhecem o direito do companheiro e do concebido à herança na ausência de outros herdeiros. O Supremo Tribunal Federal confirmou a constitucionalidade da sucessão do companheiro em 2017.
Este documento discute a legitimação sucessória do companheiro e do concebido pós-morte no Brasil. A Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente reconhecem o direito do companheiro e do concebido à herança na ausência de outros herdeiros. O Supremo Tribunal Federal confirmou a constitucionalidade da sucessão do companheiro em 2017.
A LEGITIMAÇÃO SUCESSÓRIA DO COMPANHEIRO E DO CONCEBIDO PÓS MORTE.
No Brasil a constituição Federal Brasileira de 1998 ( CF/88 ) reconhece a união estável
como entidade familiar, equiparando-a ao casamento civil para fins de proteção jurídica. Com isso, o companheiro passou a ter direito a sucessão na ausência de descendentes ou ascendente do falecido. Além disso, com a aprovação do estatuto da criança e do adolescente em 1990, também passou a ser reconhecido o direito de sucessão do concebido post mortem, ou seja aquele que foi concebido após a morte do genitor ou genitora esse direito de sucessão é assegurado desde que o concebido tenha sido gerado por fertilização artificial homóloga, com material genético do casal.
E desde que já tenha sido implantado no útero antes do falecimento do genitor ou
genitora ponto final essa mudança na legislação foi fundamental para garantir maior proteção jurídica aos companheiros e aos filhos inclusive aqueles que já tiveram a sua concepção realizada antes da morte do genitor ou genitora.
No que se refere a sucessão do companheiro, é importante destacar que esse direito
também é garantido pela constituição federal com fundamento no artigo 226 parágrafo terceiro que estabelece a união estável como entidade familiar prevendo que esta terá os mesmos direitos e deveres que o casamento, sendo assim o companheiro passa a ter direito à herança do outro, bem como terá direito a pensão em caso de falecimento do parceiro ou parceira. Observando também que o companheiro também terá direito a participar da partilha dos bens adquiridos durante a união estável.
Já em relação ao concebido post mortem, a legislação brasileira tem avançado para
reconhecer o seu direito à sucessão de acordo com o artigo 1798 do código civil onde prevê, que o concebido post mortem pode receber a herança deixada pelo genitor ou genitora desde que tenha sido concebido antes da morte destes mediante o uso de técnica de reprodução assistida homóloga como já referido. Valendo ressaltar que para que haja a legitimação sucessória do companheiro ou do concebido é necessário comprovar a existência da união estável ou a filiação além de preencher as outras condições e requisitos estabelecidos em lei ponto.
O supremo tribunal federal (STF) reconheceu em 2017, no julgamento da ação direta
de inconstitucionalidade ( ADI ) n° 4.277 a constitucionalidade da legitimação sucessória do companheiro, ou seja do parceiro que vive em união estável. Com essa decisão o STF reconheceu que o companheiro ou companheira que convivem em união estável com o falecido tem direito a sucessão, caso não haja disposição diversa em testamento ponto final antes desse entendimento, a legislação previa apenas a sucessão dos parentes com sanguíneos. Porém o STF também reconheceu o direito à sucessão dos filhos concebidos antes do falecimento desde que como já referido anteriormente nascidos dentro do prazo de até dois anos após a morte do autor da herança. Antes dessa decisão, havia controvérsia sobre a aplicação do prazo de dois anos o que gerava insegurança jurídica na determinação dos direitos sucessórios.
A controvérsia em relação a legitimação sucessória do companheiro ocorria
principalmente em casos nos quais o falecido deixava bem sem ter deixado um testamento válido, uma vez que a lei não previa claramente a sucessão do companheiro. Em alguns casos, havia desavenças entre familiares do falecido e o companheiro, que não tinha garantido o direito de herdar os bens deixados pelo parceiro havia também controvérsias em relação a legitimação gerando assim os familiares do falecido e a mãe aguardando o nascimento do filho. Com o tempo, porém as leis foram evoluindo para garantir o direito de sucessão ao companheiro e ao concebido, visando proteger seus interesses legítimos.
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